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ação dos heróis.ação dos heróis.
Ao longo da narração, há vários tipos deAo longo da narração, há vários tipos de
episódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricosepisódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricos
e naturalistas.e naturalistas.
(1)
Já se viam chegados junto à terra
Que desejada já de tantos fora,
Que entre as correntes Indicas se encerra
E o Ganges, que no Céu terreno mora.
Ora sus, gente forte, que na guerra
Quereis levar a palma vencedora:
Já sois chegados, já tendes diante
A terra de riquezas abundante!
Desembarque de Vasco da Gama em Calecute
(cidade na costa ocidental da Índia)
Este canto segue com a comparação dos
feitos dos portugueses contra
os muçulmanos, expandindo
o cristianismo e fazendo a guerra santa,
com os conflitos internos da Europa
(estrofes 2 a 14).
(13)
Gregos, Traces, Arménios, Georgianos,
Bradando vos estão que o povo bruto
Lhe obriga os caros filhos aos profanos
Preceptos do Alcorão (duro tributo!).
Em castigar os feitos inumanos
Vos gloriai de peito forte e astuto,
E não queirais louvores arrogantes
De serdes contra os vossos mui possantes.
Nas estrofes 15 e 16, Camões volta a narrar a
chagada dos portugueses à Índia e ao porto de
Calecute.
Da estrofe 17 a 22, há a descrição da Índia: sua
geografia, seus habitantes, reinos e a própria
cidade de Calecute.
(22)
Da terra os naturais lhe chamam Gate,
Do pé do qual, pequena quantidade,
Se estende üa fralda estreita, que combate
Do mar a natural ferocidade.
Aqui de outras cidades, sem debate,
Calecu tem a ilustre dignidade
De cabeça de Império, rica e bela;
Samorim se intitula o senhor dela.
Nas estrofes 23 a 27, Camões narra o trecho em que Vasco
da Gama envia um mensageiro ao soberano indiano. No
meio deste novo povo, com quem não consegue se
comunicar por não saber seu idioma, o marinheiro
mensageiro encontra Monçaide, um mouro hispânico falante
de castelhano que oferece abrigo ao mensageiro e lhe serve
de tradutor. Monçaide explica que o o rei daquela terra
estava fora da cidade.
(26)
Espantado ficou da grão viagem
O Mouro, que Monçaide se chamava,
Ouvindo as opressões que na passagem
Do mar o Lusitano lhe contava.
Mas vendo, enfim, que a força da mensagem
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Lhe diz que estava fora da cidade,
Mas de caminho pouca quantidade;
Nas estrofes 28 a 41, Monçaide acompanha o
mensageiro até a frota (onde é muito bem recebido
por todos) e explica aos portugueses um pouco
da geografia, história, política, religião e costumes
da Índia.
(31)
Deus, por certo, vos traz, porque pretende
Algum serviço seu por vós obrado;
Por isso só vos guia e vos defende
Dos imigos, do mar, do vento irado.
Sabei que estais na Índia, onde se estende
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De ouro luzente e fina pedraria
Cheiro suave, ardente especiaria.
A partir da estrofe 32 (até a estrofe 36), Camões, pela
boca de Monçaide, faz a descrição histórica e geográfica
de Malabar (costa ocidental de Calecute).
Da estrofe 37 até a estrofe 41, Moçaide passa a
focalizar os costumes de Calecute.
(41)
Gerais são as mulheres, mas somente
Pera os da geração de seus maridos
Ditosa condição, ditosa gente,
Que não são de ciúmes ofendidos!
Estes e outros costumes vàriamente
São pelos malabares admitidos.
A terra é grossa em trato, em tudo aquilo
Que as ondas podem dar, da China ao Nilo.
Nas estrofes 42 e 43, o rei de Calecute toma
conhecimento da chegada dos portugueses e
manda chamar o capitão da armada. Vasco da
Gama vai até o rei acompanhado de “nobres
portugueses”.
(43)
Mas ele, que do Rei já tem licença
Pera desembarcar, acompanhado
Dos nobres Portugueses, sem detença
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  • 2. Os planos temáticosOs planos temáticos  Plano da ViagemPlano da Viagem - onde se trata da viagem da descoberta- onde se trata da viagem da descoberta do caminho marítimo e chegada à Índia de Vasco dado caminho marítimo e chegada à Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros;Gama e dos seus marinheiros;  Plano da História de PortugalPlano da História de Portugal - são relatados episódios- são relatados episódios da história dos portugueses;da história dos portugueses;  Plano do PoetaPlano do Poeta - Camões refere-se a si mesmo- Camões refere-se a si mesmo enquanto poeta admirador do povo e dos heróisenquanto poeta admirador do povo e dos heróis portugueses;portugueses;  Plano da MitologiaPlano da Mitologia - são descritas as influências e as- são descritas as influências e as intervenções dos deuses da mitologia greco-romana naintervenções dos deuses da mitologia greco-romana na ação dos heróis.ação dos heróis. Ao longo da narração, há vários tipos deAo longo da narração, há vários tipos de episódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricosepisódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricos e naturalistas.e naturalistas.
  • 3. (1) Já se viam chegados junto à terra Que desejada já de tantos fora, Que entre as correntes Indicas se encerra E o Ganges, que no Céu terreno mora. Ora sus, gente forte, que na guerra Quereis levar a palma vencedora: Já sois chegados, já tendes diante A terra de riquezas abundante!
  • 4. Desembarque de Vasco da Gama em Calecute (cidade na costa ocidental da Índia)
  • 5. Este canto segue com a comparação dos feitos dos portugueses contra os muçulmanos, expandindo o cristianismo e fazendo a guerra santa, com os conflitos internos da Europa (estrofes 2 a 14). (13) Gregos, Traces, Arménios, Georgianos, Bradando vos estão que o povo bruto Lhe obriga os caros filhos aos profanos Preceptos do Alcorão (duro tributo!). Em castigar os feitos inumanos Vos gloriai de peito forte e astuto, E não queirais louvores arrogantes De serdes contra os vossos mui possantes.
  • 6. Nas estrofes 15 e 16, Camões volta a narrar a chagada dos portugueses à Índia e ao porto de Calecute. Da estrofe 17 a 22, há a descrição da Índia: sua geografia, seus habitantes, reinos e a própria cidade de Calecute. (22) Da terra os naturais lhe chamam Gate, Do pé do qual, pequena quantidade, Se estende üa fralda estreita, que combate Do mar a natural ferocidade. Aqui de outras cidades, sem debate, Calecu tem a ilustre dignidade De cabeça de Império, rica e bela; Samorim se intitula o senhor dela.
  • 7. Nas estrofes 23 a 27, Camões narra o trecho em que Vasco da Gama envia um mensageiro ao soberano indiano. No meio deste novo povo, com quem não consegue se comunicar por não saber seu idioma, o marinheiro mensageiro encontra Monçaide, um mouro hispânico falante de castelhano que oferece abrigo ao mensageiro e lhe serve de tradutor. Monçaide explica que o o rei daquela terra estava fora da cidade. (26) Espantado ficou da grão viagem O Mouro, que Monçaide se chamava, Ouvindo as opressões que na passagem Do mar o Lusitano lhe contava. Mas vendo, enfim, que a força da mensagem Só pera o Rei da terra relevava, Lhe diz que estava fora da cidade, Mas de caminho pouca quantidade;
  • 8. Nas estrofes 28 a 41, Monçaide acompanha o mensageiro até a frota (onde é muito bem recebido por todos) e explica aos portugueses um pouco da geografia, história, política, religião e costumes da Índia. (31) Deus, por certo, vos traz, porque pretende Algum serviço seu por vós obrado; Por isso só vos guia e vos defende Dos imigos, do mar, do vento irado. Sabei que estais na Índia, onde se estende Diverso povo, rico e prosperado De ouro luzente e fina pedraria Cheiro suave, ardente especiaria.
  • 9. A partir da estrofe 32 (até a estrofe 36), Camões, pela boca de Monçaide, faz a descrição histórica e geográfica de Malabar (costa ocidental de Calecute). Da estrofe 37 até a estrofe 41, Moçaide passa a focalizar os costumes de Calecute. (41) Gerais são as mulheres, mas somente Pera os da geração de seus maridos Ditosa condição, ditosa gente, Que não são de ciúmes ofendidos! Estes e outros costumes vàriamente São pelos malabares admitidos. A terra é grossa em trato, em tudo aquilo Que as ondas podem dar, da China ao Nilo.
  • 10. Nas estrofes 42 e 43, o rei de Calecute toma conhecimento da chegada dos portugueses e manda chamar o capitão da armada. Vasco da Gama vai até o rei acompanhado de “nobres portugueses”. (43) Mas ele, que do Rei já tem licença Pera desembarcar, acompanhado Dos nobres Portugueses, sem detença Parte, de ricos panos adornado Das cores a fermosa diferença A vista alegra ao povo alvoroçado; O remo compassado fere frio Agora o mar, despois o fresco rio.