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CANTO I
CANTO II
ESTROFES
1 - 28 -O rei de Mombaça, mandado por Baco, tenta destruir a Armada Portuguesa
atraindo-a ao porto. Vénus pede ajuda às Nereidas e estas afastam as naus. O
falso piloto e os mouros julgam ter sido descobertos e fogem.
29 - 32 -Vasco da Gama apercebe-se da cilada e pede a deus que o ajude a chegar à
Índia.
33 - 63 -Vénus pede a Júpiter que ajude os Portugueses. Júpiter concorda e profetiza-
lhes sucesso. Mercúrio aparece em sonhos ao Gama e diz-lhe para seguir
viagem.
64 - 71 -Partida de Mombaça. Os Portugueses capturam um navio e os mouros levam-
nos a Melinde.
72 - 91 -Recepção festiva em Melinde.
92 - 113 -O rei de Melinde visita a Armada e pede ao Gama que lhe conte a história de
Portugal.
ESTROFES
1 - 3 -Proposição: Camões propõe-se a cantar os feitos dos Portugueses.
4 -5 - Invocação: O poeta invoca as Tágides (ninfas do Tejo).
6 - 18 -Dedicatória: O poema é dedicado a D. Sebastião.
19 -Narração: A Armada no Oceano Índico.
20 - 41 - Os Deuses discutem no Olimpo. Júpiter e Vénus apoiam os Portugueses, e
Baco opõe-se. Marte apoia Vénus.
42 - 99 - A Armada em Moçambique. Vasco da Gama recebe o regedor e este último,
incitado por Baco, ataca os Portugueses, mas é vencido. Mostra-se arrependido
e oferece um falso piloto ao Gama
100 - 102 - O falso piloto dirige as naus para Quiloa, mas Vénus afasta os Portugueses do
perigo de uma emboscada.
103 - 104 Chegada a Mombaça.
105 - 106 Considerações sobre a insegurança e as falsidades da vida.
CANTO III
ESTROFES
1 - 2 -Invocação de Camões a Calíope.
3 - 5
-O Gama resume ao rei de Melinde o que lhe vai contar: terras, gentes e feitos
de armas.
6 - 21 -Situação geográfica da Europa e de Portugal
22 - 98
-Viriato, Conde D. Henrique, reis de Portugal (de D. Afonso Henriques a D.
Dinis), Egas Moniz, guerras da Reconquista, Batalha de Ourique.
99 - 135
-D. Afonso VI, Batalha do Salado, episódios Líricos de Inês e da formosíssima
Maria.
136 - 143 -Reinados de D. Pedro e D. Fernando.
CANTO IV
ESTROFES
1 - 50
-Mestre de Avis como rei de Portugal, discurso de Nun'Álvares, Batalha de
Aljubarrota, conquista de Ceuta.
51 - 65
-Reinados de D. Duarte, D. Afonso V e D. João II.
66 - 93
-Reinado de D. Manuel. Sonho do rei em que aparecem os rios Ganges e Indo a
profetizar o sucesso dos Portugueses na Índia. A Armada parte de Belém rumo
ao Oriente.
94 - 104 -O Velho do Restelo.
CANTO V
ESTROFES
1 - 36 -O Gama conta ao rei de Melinde a viagem até ao cabo das tormentas. Partida
para o Equador. Fogo de Santelmo. A tromba Marítima. Fernão Veloso na Baía
de Santa Helena.
37 - 60 -O gigante Adamastor.
61 - 91 -O Gama acaba o relato da viagem até Melinde. Sofala. O escorbuto. Elogio à
coragem dos Portugueses.
92 - 100 -Desânimo do poeta face ao desprezo dos Portugueses pelas Letras, e em
especial pela poesia.
CANTO VI
ESTROFES
1 - 6 - O povo de Melinde festeja os Portugueses. Partida das naus para os mares da
Índia.
7 - 37 -Baco fala com Neptuno. Concílio dos Deuses Marinhos. Discurso de Baco. Éolo
é incitado a soltar os ventos para impedir a viagem dos Portugueses.
38 - 69 -A bordo, os Portugueses contam histórias para passar o tempo. Fernão Veloso
conta o episódio dos Doze de Inglaterra.
70 - 84: -A tempestade.
85 - 91 -Vénus e as ninfas abrandam os ventos.
92 - 94 -As naus chegam a Calecut. O Gama agradece de novo a Deus.
95 - 99 -Camões medita sobre o valor da glória.
CANTO VII
ESTROFES
1 - 14
A Armada está na barra de Calecut. Camões elogia o espírito aventureiro dos
Portugueses, comparando-os com outros povos que nada fazem.
15 - 22 Entrada em Calecut. Descrição da Índia.
23 - 27 Contacto com o povo desconhecido.
28 - 41 Monçaide descreve o Malabar.
42 - 56 O Gama desembarca e o Catual leva os Portugueses até junto do Samorim.
57 - 66 O Gama visita o Samorim. Acolhimento dos Portugueses.
66 - 77 Paulo da Gama recebe o catual a bordo da Armada.
78 - 87
Camões faz nova invocação às Ninfas do Tejo e do Mondego, e queixa-se da
sua infelicidade.
CANTO VIII
ESTROFES
1 - 43 Paulo da Gama descreve ao Catual as figuras das bandeiras das naus.
44 - 56 O Catual regressa a terra. Baco intervém de novo, pondo os indianos contra os
Portugueses.
57 - 78 O Gama pede para ser recebido pelo Samorim. Este acredita no discurso do
capitão e deixa que regresse à sua nau.
79 - 95 O Catual tenta deter Vasco da Gama em terra, mas como tem medo do
Samorim, liberta-o a troco de mercadorias. O capitão regressa à nau e ficam
dois feitores em terra.
96 - 99 Reflexões do poeta sobre o poder do ouro.
CANTO IX
ESTROFES
1 - 17 - Em Calecut espera-se uma armada Muçulmana para destruir a Portuguesa.
Monçaide avisa o Gama, que levanta âncora, aprisionando os mercadores
indianos como castigo. Os mercadores são trocados pelos feitores, e a
Armada volta a Portugal.
18 - 50 - Vénus decide recompensar os Portugueses.
51 - 92 - Ilha dos Amores. Descrição e acolhimento das Ninfas aos Portugueses. Tétis
recebe o Gama no palácio.
93 - 95 Exortação de Camões aos que sonham com a imortalidade.
CANTO X
ESTROFES
1 - 143 Ilha dos Amores. Profecia dos feitos dos Portugueses no Oriente feita por
uma Ninfa. Invocação a Calíope. A Ninfa continua as profecias. Tétis indica ao
Gama os locais onde os Portugueses serão célebres. Os marinheiros
despedem-se e partem.
144 Chegada a Portugal.
145 - 156 O poeta lamenta-se e promete a D. Sebastião cantar as futuras glórias e
conclui assim a sua dedicatória, encerrando com ela a obra.
O Género Épico
O género épico remonta à antiguidade grega e latina sendo os seus expoentes
máximos Homero e Virgílio.
A epopeia é um género narrativo em verso, em estilo elevado, que visa celebrar
feitos grandiosos de heróis fora do comum reais ou lendários. Tem pois sempre um
fundo histórico; de notar que o género épico é um género narrativo e que exige na
sua estrutura a presença de uma acção, desempenhada por personagens num
determinado tempo e espaço. O estilo é elevado e grandioso e possui uma estrutura
própria, cujos principais aspectos são:
PROPOSIÇÃO - em que o autor apresenta a matéria do
poema;
INVOCAÇÃO - às musas ou outras divindades e
entidades míticas protectoras das artes;
DEDICATÓRIA - em que o autor dedica o poema a
alguém, sendo esta facultativa;
NARRAÇÃO - a acção é narrada por ordem cronológica
dos acontecimentos, mas inicia-se já no decurso dos
acontecimentos (“in medias res”), sendo a parte
inicial narrada posteriormente num processo de
retrospectiva, “flash-back” ou “analepse”;
PRESENÇA DE MITOLOGIA GRECO-LATINA -
contracenando heróis mitológicos e heróis humanos.
Estrutura Externa d'Os Lusíadas
A obra divide-se em dez partes, às quais se chama cantos. Cada canto tem um
número variável de estrofes (em média de 110). O canto mais longo é o X, com 156
estrofes.
As estrofes são oitavas, portanto constituídas por oito versos. Cada verso é
constituído por dez sílabas métricas; nas sua maioria, os versos são heróicos
(acentuados nas sextas e décimas sílabas).
O esquema rimático é o mesmo em todas as estrofes da obra, sendo portanto, rima
cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB-AB-AB-CC).
Esta estrutura externa é semelhante à das epopeias clássicas.
Estrutura Interna d'Os Lusíadas
É na sua estrutura interna, isto é, no desenvolvimento do assunto, que Os Lusíadas
se revelam mais claramente como uma epopeia clássica apresentando a seguinte
estrutura:
Proposição
Canto I, est. 1-3, em que Camões proclama ir cantar as grandes vitórias e os
homens ilustres - “as armas e os barões assinalados”; as conquistas e navegações no
Oriente (reinados de D. Manuel e de D. João III); as vitórias em África e na Ásia
desde D. João a D. Manuel, que dilataram “a fé e o império”; e, por último, todos
aqueles que pelas suas obras valorosas “se vão da lei da morte libertando”, todos
aqueles que mereceram e merecem a “imortalidade” na memória dos homens.
A proposição aponta também para os “ingredientes” que constituíram os quatro
planos do poema:
Plano da Viagem - celebração de uma viagem:
"...da Ocidental praia lusitana / Por mares nunca de antes navegados / Passaram
além da Tapobrana...";
Plano da História - vai contar-se a história de um povo:
"...o peito ilustre lusitano..."."...as memórias gloriosas / Daqueles Reis que foram
dilatando / A Fé, o império e as terras viciosas / De África e de Ásia...";
Plano dos Deuses (ou do Maravilhoso) - ao qual os Portugueses se equiparam:
"... esforçados / Mais do que prometia a força humana..."."A quem Neptuno e Marte
obedeceram...";
Plano do Poeta - em que a voz do poeta se ergue, na primeira pessoa:
"...Cantando espalharei por toda a parte. / Se a tanto me ajudar o engenho e
arte..."."...Que eu canto o peito ilustre lusitano...".
Invocação
Canto I, est. 4-5, o poeta pede ajuda a entidades
mitológicas, chamadas musas. Isso acontece várias
vezes ao longo do poema, sempre que o autor precisa
de inspiração:
Tágides ou ninfas do Tejo (Canto I, est. 4-5);
Calíope - musa da eloquência e da poesia épica (Canto II, est. 1-2);
Ninfas do Tejo e do Mondego (Canto VII, est. 78-87);
Calíope (Canto X, est. 8-9);
Calíope (Canto X, est. 145).
Dedicatória
Canto I, est. 6-18, é o oferecimento do
poema a D. Sebastião, que encara toda a
esperança do poeta, que quer ver nele um
monarca poderoso, capaz de retomar “a
dilatação da fé e do império” e de
ultrapassar a crise do momento.
Termina com uma exortação ao rei para que
também se torne digno de ser cantado,
prosseguindo as lutas contra os Mouros.
Narração
Começa no Canto I, est. 19 e constitui a acção principal que, à maneira clássica,
se inicia “in medias res”, isto é, quando a viagem já vai a meio, “Já no largo oceano
navegavam”, encontrando-se já os portugueses em pleno Oceano Índico.
Este começo da acção central, a viagem da descoberta do caminho marítimo para a
Índia, quando os portugueses se encontram já a meio do percurso do canal de
Moçambique vai permitir:
A narração do percurso até Melinde (narrador heterodiegético – 3ª pessoa, não
intervem na acção)
A narração da História de Portugal até à viagem (por Vasco da Gama narrador
heterodiegético);
A narração da viagem ( acção central) por Vasco da Gama, este é narrador
homodiegético (personagem participante).
A narrativa organiza-se em quatro planos: o da viagem, e o dos deuses, em
alternância, ocupam uma posição importante. A História de Portugal está
encaixada na viagem. As considerações pessoais aparecem normalmente nos finais
de canto e constituem, de um modo geral, a visão crítica do poeta sobre o seu
tempo.
Os Planos Temáticos da Obra
Plano da Viagem
A narração dos acontecimentos durante a viagem entre Lisboa e Calecut:
Plano da História de Portugal
Em Melinde, Vasco da Gama narra ao
rei os acontecimentos de toda a nossa
história, desde Viriato até ao reinado
de D. Manuel I.
Em Calecut, Paulo da Gama apresenta
ao Catual os episódios e as personagens
representados nas bandeiras das naus.
A história posterior à viagem de Vasco
da Gama é-nos narrada em prolepse,
através de profecias.
Plano da Mitologia
A mitologia permite a evolução da acção (os deuses assumem-se como adjuvantes
ou como oponentes dos portugueses) e constitui, por isso, a intriga da obra.
Plano do Poeta
Considerações e opiniões do autor, expressões nomeadamente no inicio e no fim
dos cantos.
Prof. Elsa Giraldo

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Os-lusiadas - resumo

  • 1.
  • 2. CANTO I CANTO II ESTROFES 1 - 28 -O rei de Mombaça, mandado por Baco, tenta destruir a Armada Portuguesa atraindo-a ao porto. Vénus pede ajuda às Nereidas e estas afastam as naus. O falso piloto e os mouros julgam ter sido descobertos e fogem. 29 - 32 -Vasco da Gama apercebe-se da cilada e pede a deus que o ajude a chegar à Índia. 33 - 63 -Vénus pede a Júpiter que ajude os Portugueses. Júpiter concorda e profetiza- lhes sucesso. Mercúrio aparece em sonhos ao Gama e diz-lhe para seguir viagem. 64 - 71 -Partida de Mombaça. Os Portugueses capturam um navio e os mouros levam- nos a Melinde. 72 - 91 -Recepção festiva em Melinde. 92 - 113 -O rei de Melinde visita a Armada e pede ao Gama que lhe conte a história de Portugal. ESTROFES 1 - 3 -Proposição: Camões propõe-se a cantar os feitos dos Portugueses. 4 -5 - Invocação: O poeta invoca as Tágides (ninfas do Tejo). 6 - 18 -Dedicatória: O poema é dedicado a D. Sebastião. 19 -Narração: A Armada no Oceano Índico. 20 - 41 - Os Deuses discutem no Olimpo. Júpiter e Vénus apoiam os Portugueses, e Baco opõe-se. Marte apoia Vénus. 42 - 99 - A Armada em Moçambique. Vasco da Gama recebe o regedor e este último, incitado por Baco, ataca os Portugueses, mas é vencido. Mostra-se arrependido e oferece um falso piloto ao Gama 100 - 102 - O falso piloto dirige as naus para Quiloa, mas Vénus afasta os Portugueses do perigo de uma emboscada. 103 - 104 Chegada a Mombaça. 105 - 106 Considerações sobre a insegurança e as falsidades da vida.
  • 3. CANTO III ESTROFES 1 - 2 -Invocação de Camões a Calíope. 3 - 5 -O Gama resume ao rei de Melinde o que lhe vai contar: terras, gentes e feitos de armas. 6 - 21 -Situação geográfica da Europa e de Portugal 22 - 98 -Viriato, Conde D. Henrique, reis de Portugal (de D. Afonso Henriques a D. Dinis), Egas Moniz, guerras da Reconquista, Batalha de Ourique. 99 - 135 -D. Afonso VI, Batalha do Salado, episódios Líricos de Inês e da formosíssima Maria. 136 - 143 -Reinados de D. Pedro e D. Fernando. CANTO IV ESTROFES 1 - 50 -Mestre de Avis como rei de Portugal, discurso de Nun'Álvares, Batalha de Aljubarrota, conquista de Ceuta. 51 - 65 -Reinados de D. Duarte, D. Afonso V e D. João II. 66 - 93 -Reinado de D. Manuel. Sonho do rei em que aparecem os rios Ganges e Indo a profetizar o sucesso dos Portugueses na Índia. A Armada parte de Belém rumo ao Oriente. 94 - 104 -O Velho do Restelo. CANTO V ESTROFES 1 - 36 -O Gama conta ao rei de Melinde a viagem até ao cabo das tormentas. Partida para o Equador. Fogo de Santelmo. A tromba Marítima. Fernão Veloso na Baía de Santa Helena. 37 - 60 -O gigante Adamastor. 61 - 91 -O Gama acaba o relato da viagem até Melinde. Sofala. O escorbuto. Elogio à coragem dos Portugueses. 92 - 100 -Desânimo do poeta face ao desprezo dos Portugueses pelas Letras, e em especial pela poesia.
  • 4. CANTO VI ESTROFES 1 - 6 - O povo de Melinde festeja os Portugueses. Partida das naus para os mares da Índia. 7 - 37 -Baco fala com Neptuno. Concílio dos Deuses Marinhos. Discurso de Baco. Éolo é incitado a soltar os ventos para impedir a viagem dos Portugueses. 38 - 69 -A bordo, os Portugueses contam histórias para passar o tempo. Fernão Veloso conta o episódio dos Doze de Inglaterra. 70 - 84: -A tempestade. 85 - 91 -Vénus e as ninfas abrandam os ventos. 92 - 94 -As naus chegam a Calecut. O Gama agradece de novo a Deus. 95 - 99 -Camões medita sobre o valor da glória. CANTO VII ESTROFES 1 - 14 A Armada está na barra de Calecut. Camões elogia o espírito aventureiro dos Portugueses, comparando-os com outros povos que nada fazem. 15 - 22 Entrada em Calecut. Descrição da Índia. 23 - 27 Contacto com o povo desconhecido. 28 - 41 Monçaide descreve o Malabar. 42 - 56 O Gama desembarca e o Catual leva os Portugueses até junto do Samorim. 57 - 66 O Gama visita o Samorim. Acolhimento dos Portugueses. 66 - 77 Paulo da Gama recebe o catual a bordo da Armada. 78 - 87 Camões faz nova invocação às Ninfas do Tejo e do Mondego, e queixa-se da sua infelicidade. CANTO VIII ESTROFES 1 - 43 Paulo da Gama descreve ao Catual as figuras das bandeiras das naus. 44 - 56 O Catual regressa a terra. Baco intervém de novo, pondo os indianos contra os Portugueses. 57 - 78 O Gama pede para ser recebido pelo Samorim. Este acredita no discurso do capitão e deixa que regresse à sua nau. 79 - 95 O Catual tenta deter Vasco da Gama em terra, mas como tem medo do Samorim, liberta-o a troco de mercadorias. O capitão regressa à nau e ficam dois feitores em terra. 96 - 99 Reflexões do poeta sobre o poder do ouro.
  • 5. CANTO IX ESTROFES 1 - 17 - Em Calecut espera-se uma armada Muçulmana para destruir a Portuguesa. Monçaide avisa o Gama, que levanta âncora, aprisionando os mercadores indianos como castigo. Os mercadores são trocados pelos feitores, e a Armada volta a Portugal. 18 - 50 - Vénus decide recompensar os Portugueses. 51 - 92 - Ilha dos Amores. Descrição e acolhimento das Ninfas aos Portugueses. Tétis recebe o Gama no palácio. 93 - 95 Exortação de Camões aos que sonham com a imortalidade. CANTO X ESTROFES 1 - 143 Ilha dos Amores. Profecia dos feitos dos Portugueses no Oriente feita por uma Ninfa. Invocação a Calíope. A Ninfa continua as profecias. Tétis indica ao Gama os locais onde os Portugueses serão célebres. Os marinheiros despedem-se e partem. 144 Chegada a Portugal. 145 - 156 O poeta lamenta-se e promete a D. Sebastião cantar as futuras glórias e conclui assim a sua dedicatória, encerrando com ela a obra.
  • 6. O Género Épico O género épico remonta à antiguidade grega e latina sendo os seus expoentes máximos Homero e Virgílio. A epopeia é um género narrativo em verso, em estilo elevado, que visa celebrar feitos grandiosos de heróis fora do comum reais ou lendários. Tem pois sempre um fundo histórico; de notar que o género épico é um género narrativo e que exige na sua estrutura a presença de uma acção, desempenhada por personagens num determinado tempo e espaço. O estilo é elevado e grandioso e possui uma estrutura própria, cujos principais aspectos são: PROPOSIÇÃO - em que o autor apresenta a matéria do poema; INVOCAÇÃO - às musas ou outras divindades e entidades míticas protectoras das artes; DEDICATÓRIA - em que o autor dedica o poema a alguém, sendo esta facultativa; NARRAÇÃO - a acção é narrada por ordem cronológica dos acontecimentos, mas inicia-se já no decurso dos acontecimentos (“in medias res”), sendo a parte inicial narrada posteriormente num processo de retrospectiva, “flash-back” ou “analepse”; PRESENÇA DE MITOLOGIA GRECO-LATINA - contracenando heróis mitológicos e heróis humanos. Estrutura Externa d'Os Lusíadas A obra divide-se em dez partes, às quais se chama cantos. Cada canto tem um número variável de estrofes (em média de 110). O canto mais longo é o X, com 156 estrofes. As estrofes são oitavas, portanto constituídas por oito versos. Cada verso é constituído por dez sílabas métricas; nas sua maioria, os versos são heróicos (acentuados nas sextas e décimas sílabas). O esquema rimático é o mesmo em todas as estrofes da obra, sendo portanto, rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB-AB-AB-CC). Esta estrutura externa é semelhante à das epopeias clássicas.
  • 7. Estrutura Interna d'Os Lusíadas É na sua estrutura interna, isto é, no desenvolvimento do assunto, que Os Lusíadas se revelam mais claramente como uma epopeia clássica apresentando a seguinte estrutura: Proposição Canto I, est. 1-3, em que Camões proclama ir cantar as grandes vitórias e os homens ilustres - “as armas e os barões assinalados”; as conquistas e navegações no Oriente (reinados de D. Manuel e de D. João III); as vitórias em África e na Ásia desde D. João a D. Manuel, que dilataram “a fé e o império”; e, por último, todos aqueles que pelas suas obras valorosas “se vão da lei da morte libertando”, todos aqueles que mereceram e merecem a “imortalidade” na memória dos homens. A proposição aponta também para os “ingredientes” que constituíram os quatro planos do poema: Plano da Viagem - celebração de uma viagem: "...da Ocidental praia lusitana / Por mares nunca de antes navegados / Passaram além da Tapobrana..."; Plano da História - vai contar-se a história de um povo: "...o peito ilustre lusitano..."."...as memórias gloriosas / Daqueles Reis que foram dilatando / A Fé, o império e as terras viciosas / De África e de Ásia..."; Plano dos Deuses (ou do Maravilhoso) - ao qual os Portugueses se equiparam: "... esforçados / Mais do que prometia a força humana..."."A quem Neptuno e Marte obedeceram..."; Plano do Poeta - em que a voz do poeta se ergue, na primeira pessoa: "...Cantando espalharei por toda a parte. / Se a tanto me ajudar o engenho e arte..."."...Que eu canto o peito ilustre lusitano...". Invocação Canto I, est. 4-5, o poeta pede ajuda a entidades mitológicas, chamadas musas. Isso acontece várias vezes ao longo do poema, sempre que o autor precisa de inspiração:
  • 8. Tágides ou ninfas do Tejo (Canto I, est. 4-5); Calíope - musa da eloquência e da poesia épica (Canto II, est. 1-2); Ninfas do Tejo e do Mondego (Canto VII, est. 78-87); Calíope (Canto X, est. 8-9); Calíope (Canto X, est. 145). Dedicatória Canto I, est. 6-18, é o oferecimento do poema a D. Sebastião, que encara toda a esperança do poeta, que quer ver nele um monarca poderoso, capaz de retomar “a dilatação da fé e do império” e de ultrapassar a crise do momento. Termina com uma exortação ao rei para que também se torne digno de ser cantado, prosseguindo as lutas contra os Mouros. Narração Começa no Canto I, est. 19 e constitui a acção principal que, à maneira clássica, se inicia “in medias res”, isto é, quando a viagem já vai a meio, “Já no largo oceano navegavam”, encontrando-se já os portugueses em pleno Oceano Índico. Este começo da acção central, a viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia, quando os portugueses se encontram já a meio do percurso do canal de Moçambique vai permitir: A narração do percurso até Melinde (narrador heterodiegético – 3ª pessoa, não intervem na acção) A narração da História de Portugal até à viagem (por Vasco da Gama narrador heterodiegético); A narração da viagem ( acção central) por Vasco da Gama, este é narrador homodiegético (personagem participante). A narrativa organiza-se em quatro planos: o da viagem, e o dos deuses, em alternância, ocupam uma posição importante. A História de Portugal está encaixada na viagem. As considerações pessoais aparecem normalmente nos finais
  • 9. de canto e constituem, de um modo geral, a visão crítica do poeta sobre o seu tempo. Os Planos Temáticos da Obra Plano da Viagem A narração dos acontecimentos durante a viagem entre Lisboa e Calecut: Plano da História de Portugal Em Melinde, Vasco da Gama narra ao rei os acontecimentos de toda a nossa história, desde Viriato até ao reinado de D. Manuel I. Em Calecut, Paulo da Gama apresenta ao Catual os episódios e as personagens representados nas bandeiras das naus. A história posterior à viagem de Vasco da Gama é-nos narrada em prolepse, através de profecias. Plano da Mitologia A mitologia permite a evolução da acção (os deuses assumem-se como adjuvantes ou como oponentes dos portugueses) e constitui, por isso, a intriga da obra. Plano do Poeta Considerações e opiniões do autor, expressões nomeadamente no inicio e no fim dos cantos. Prof. Elsa Giraldo