A dislexia é um transtorno de aprendizagem que afeta a leitura e a escrita e tem origem neurobiológica. Pessoas com dislexia tipicamente têm dificuldade em associar sons a letras e podem trocar ou escrever letras em ordem errada. Existem vários tipos de dislexia e sintomas que variam de gravidade. É importante que professores e escolas forneçam apoio e recursos adequados para auxiliar alunos disléxicos.
2. DISLEXIA
• A dislexia é considerada um Transtorno Específico da
Aprendizagem (TEAp) que tem origem neurobiológica e
afeta diretamente a leitura e a escrita. Em outras
palavras, é um transtorno do neurodesenvolvimento que
preocupa pais e professores no processo de
alfabetização das crianças, embora se manifeste desde
muito cedo por sua origem biológica.
3. DISLEXIA
• As pessoas com Dislexia costumam ter dificuldades quando
associam o som à letra, e costumam também trocá-las ou
mesmo escrevê-las em ordem contrária.
• Compromete a linguagem oral, auditiva e
interpretação/compreensão.
• Exames comprovam que existe uma alteração no lado
esquerdo do cérebro.
4. Disléxicos x Não-disléxicos
O leitor fluente utiliza três estratégias de leitura: a rota logográfica,
para ler símbolos, placas de trânsito, entre outras; a rota fonológica, na
conversão das letras em sons formando palavras no processo de
decodificação (Leitura), e de codificação (Escrita), rota utilizada
quando o leitor se depara com palavras novas e pseudopalavras; e a
rota lexical, para leitura de lavras familiares e irregulares (SEABRA;
CAPOVILLA, 2010).
5. Disléxicos x Não-disléxicos
As duas primeiras áreas são menos ativas nos disléxicos.
• As pessoas disléxicas possuem o lado direito do cérebro mais
ativo e desenvolvido, e a parte frontal é obrigada a trabalhar
mais. A dislexia pode causar mau funcionamento do cérebro,
atraso no amadurecimento do sistema nervoso central, falha
na comunicação entre os neurônios, dificultando as funções
de coordenação.
6. DISLEXIA
Existem tipos variados para a Dislexia:
-Dislexia visual: dificuldades em diferenciar os lados direito e
esquerdo, erros na leitura devido à má visualização das palavras;
-Dislexia auditiva: ocorre devido a carência de percepção dos sons,
o que também acarreta dificuldades com a fala;
- Dislexia mista: é a união de dois ou mais tipos de dislexia. Com
isso, o portador poderá ter, por exemplo, dificuldades visuais e
auditivas ao mesmo tempo.
7. • A Dislexia não é igual para todos, ela tem impactos diferentes.
• Possui sintomas variados que diferem de acordo com os níveis de
gravidade, e ficam mais claros durante a alfabetização.
“Não é uma doença, mas ao mesmo tempo precisa ser tratada.”
8. SINAIS DA DISLEXIA
• História familiar de dislexia ou dificuldade de leitura na família;
• Histórico de intercorrências no nascimento;
• Atraso na fala;
• Dificuldades em discernir desenhos, como material gráfico
(letras, números);
• Dificuldades na aprendizagem que envolve palavras, som de
letras, sequência de letras;
9. SINAIS DA DISLEXIA
LINGUAGEM:
• Vocabulário reduzido
(Ex.: sempre utiliza termos como “aquela coisa”);
• Troca de sons na fala;
• Dificuldade para organizar sequencialmente uma
história, muitas vezes é preciso pedir para a criança
parar e redirecionar o que estava falando.
10. SINAIS DA DISLEXIA
LEITURA:
• Dificuldade na automação da leitura, possuem leitura
silabada;
• É comum que elas inventem ou adivinhem palavras quando
estão lendo;
• Dificuldade em separar sílabas;
• Confusão na ordem dos sons na fala;
• As crianças podem ler de trás para frente;
11. SINAIS DA DISLEXIA
• Dificuldade em identificar letras que são semelhantes
(Exemplo: b – d; m - n);
• Lentidão para ler;
• Dificuldade em compreender textos longos;
• Dificuldade com textos que possuem muitas instruções.
12. SINAIS DA DISLEXIA
ESCRITA:
• Dificuldade na automação da escrita;
• Lentidão para escrever;
• Dificuldade na cópia, copiar o que está escrito no quadro negro para o
caderno é lento e demorado;
• Dificuldade em expressar através da escrita, na elaboração de
redações, escrevem histórias sem começo, meio e fim, sem
planejamento, querem adicionar uma informação que esqueceram de
colocar no início já no fim do texto, além de muitos erros ortográficos
como omissões e trocas de letras.
13. SINAIS DA DISLEXIA
OUTRAS CARACTERÍSTICAS:
• Pouca compreensão e memorização para rimas, letras de canções,
parlendas e até historias;
• Pouca habilidade com sequencia motora, transmitindo dificuldades em
organização ou pouca ordem;
• Dificuldades com atividades espaciais (quebra-cabeça, figura fundo e
localização no espaço);
• Dificuldades em lembrar nome dos objetos e pessoas;
• Pouco interesse em atividades que envolvam livros,
materiais didáticos, gráficos, etc.
14. DISLEXIA
• Quando recebemos informações visuais e sonoras, estas são
armazenadas na memória de trabalho para depois serem transferidas
para a memória de longo prazo, possibilitando o aprendizado.
• Sendo assim, podemos perceber que as dificuldades encontradas na
Dislexia não estão relacionadas com a inteligência, e sim com
habilidades específicas que favorecem o processo de alfabetização e da
aprendizagem (CARDOSO, SILVA, PEREIRA, 2013).
15. DISLEXIA
• O uso de técnicas de metacognição para disléxicos são importantes
para o desenvolvimento dessas habilidades.
16. DISLEXIA
• Encontramos estudos de Snowling (2004) e Chakravarty (2009) que
relatam que muitas vezes os indivíduos com transtornos de
aprendizagem possuem algumas habilidades psicológicas mais
desenvolvidas, principalmente a criatividade. Um estudo cita Leonardo
Da Vinci e Albert Einstein que provavelmente tinham dislexia e foram
considerados criativos pelas obras desenvolvidas ao longo de suas
vidas.
17. DISLEXIA
• Os pesquisadores acreditam que esse fato seja decorrente a condições
cerebrais, como o hemisfério direito do cérebro mais desenvolvido que
o esquerdo, logo, podemos afirmar que não há relação entre
inteligência, ou níveis de inteligência com a dislexia.
18. DISLEXIA E MATEMÁTICA
• A matemática é um tipo de linguagem.
• Uma pessoa com dislexia pode apresentar dificuldades na
matemática, como na decodificação de números e fórmulas,
dificuldades na interpretação de problemas, sequenciamento,
etc.
19. DISLEXIA E MATEMÁTICA
Essas dificuldades podem ser minimizadas com a aprendizagem
multissensorial e a utilização de próteses cognitivas, tais como:
1. Nas séries iniciais usar material concreto como o ábaco, material
dourado, entre outros ou interativos, como os aplicativos;
2. Usar caderno quadriculado;
3. Conversar sobre matemática, isto é, pedir ao aluno para explicar o
que ele entendeu do que está envolvido na tarefa;
4. Permitir a consulta de tabuadas, tabelas, fórmulas, inclusive nas
avaliações.
20. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA
• É de grande importância para o aprendizado a empatia entre aluno e professor.
• A Dislexia se trata de uma diferença na maneira como o cérebro processa a
informação, portanto ela pode ter um grande impacto na forma como um aluno
aprende.
• O estudante com transtorno de aprendizagem é vulnerável a um professor que
não consegue entender sua dificuldade e estudantes com dislexia precisam de
apoio para enfrentar e superar as barreiras que lhe são impostas diariamente.
21. PASSOS PARAAUXILIAR O ALUNO
DISLÉXICO:
1. Oralizar, ler provas e atividades escolares;
2. Dar mais tempo de execução durante as atividades e avaliações,
permitindo que o aluno faça revisão das questões;
3. Priorizar o conteúdo e não a ortografia;
4. Permitir o uso de fórmulas e tabelas matemáticas;
5. Fazer uso de pesquisas, trabalhos e atividades práticas como
complementação para a nota bimestral (diferentes formas de avaliação
do aluno).
22. 6. Observar os contrastes e evitar excesso de informações nas imagens;
7. Verificar a posição do aluno na sala em relação à fonte de luz
8. Usar maior espaçamento entre linhas;
9. Empregos de recursos auditivos e visuais;
10. Evitar o uso de palavras que não são do cotidiano da criança;
11. Introduzir novos vocabulários de modo gradual;
12. Observar a propagação do som da sala e a posição do aluno
• O suporte oferecido também auxilia na construção da autoestima de
estudantes com dislexia.
26. “Uma grande caminhada se faz a passos
pequenos. Precisamos, por esta razão,
aprender a apreciar cada pequeno avanço
que a criança vai conseguindo. Precisamos
estimar situações que propiciem esses
pequenos deslocamentos. Eles podem ser
pequenos, quando comparados com a
dimensão da caminhada total, mas
também podem ser grandes, quando
considerados em sua importância no
sentido de produzir movimento, de gerar
novas descobertas e conhecimento.”
OBRIGADA!!! Equipe CREI
Itajubá- MG