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DISLEXIA
Prof. Esp. Gláucia Correa Peres
Instituto Saber / Brasília 2010
 sujeitos cujos problemas na compreensão
residem, basicamente, nas operações que
envolvem o RECONHECIMENTO DE
PALAVRAS
 compreendem explicação oral mas não um
texto que verse sobre os mesmos
conteúdos
Em outras palavras: poderiam compreender o que lêem se
fossem capazes de ler as palavras corretamente.
Stanovich,1989
DISLÉXICOS
CARACTERÍSTICAS DA
DISLEXIA
 é um transtorno específico nas operações
implicadas no reconhecimento das palavras que
compromete, em maior ou menor grau, a
compreensão da leitura. A produção escrita também
é comprometida.
 afeta a um subconjunto, claramente minoritário, dos
alunos com problemas na aprendizagem da leitura e
escrita. Talvez não mais que 1% da população
escolar.
(Moojen, 1996, 1999,2004; Moojen e França, 2006)
Ilustração: Adriana Costa
Dificuldades de
aprendizagem
Transtornos de
aprendizagem
Transtornos de
aprendizagem
Transtornos de
aprendizagem
Sem
dificuldade
LEVE MODERADO GRAVE
DISLEXIA
OS PROBLEMAS DE
APRENDIZAGEM
Pode ocorrer em comorbidade com outras patologias.
 é diagnosticada em indivíduos com capacidade intelectual
normal (acima de 85 na escala WISC)
 ocorre em indivíduos que tem visão e audição normal ou
corrigida e que não são portadores de problemas psíquicos
ou neurológicos graves que possam justificar, por si só, as
dificuldades escolares.
 é um problema persistente até a vida adulta (com
atenuações), mesmo com tratamento adequado, o que torna o
prognóstico reservado.
 O aluno disléxico que, evidenciando um alto grau de
adaptação escolar, consegue entrar na Universidade,
apresenta dificuldades importantes na leitura de palavras não
familiares.
 Os disléxicos não automatizam plenamente as operações
relacionadas ao reconhecimento de palavras, empregando
mais tempo e energia em tarefas de leitura.
 está presente desde os primeiros anos de escolaridade mas
só ao final da 2ª série é possível o estabelecimento de
diagnóstico
 estão atrasados na leitura e escrita, com relação a seus
pares, com no mínimo dois anos (se a criança tem mais de 10
anos) e um ano e meio (se tem menos desta idade).
 possui evidências de origem genética associada
a diferenças funcionais no hemisfério esquerdo
 Estudos sobre a incidência de problemas de leitura em
gêmeos monozigóticos e gêmeos dizigóticos parecem
justificar a existência de uma moderada influência genética
nas habilidades implicadas no reconhecimento de palavras.
(Projeto Colorado)
 Dois marcadores:
 cromossoma 15 - inabilidade para leitura global da
palavra.
 cromossoma 6 - disfunção fonológica
 Simetria no plano temporal .
 requer um tratamento que envolve um processo lento,
laborioso e sujeito a recaídas, conforme sugerem os dados
de estudos longitudinais de sujeitos reabilitados (Rueda e
Sanchez, 1994).
 requer uma equipe multidisciplinar para seu diagnóstico e
tratamento.
 os problemas residem, freqüentemente, no
momento de juntar os sons parciais em uma
palavra completa
 dificuldades na leitura de palavras não
familiares, sílabas sem sentido , mostrando
melhor situação com as palavras familiares
 o esforço que fazem ao ler dificulta a
compreensão
sintomas
 As dificuldades residem ao ler, afetando
fortemente a leitura de palavras irregulares
(particularmente no inglês).
 Os disléxicos são escravos da rota indireta,
que é muito mais lenta em seu funcionamento.
Por isso lêem lentamente, vacilando com
freqüência e, em muitos casos, silabando.
 Os erros habituais são silabações, vacilações,
repetições e retificações e quando
pressionados a ler rapidamente cometem
substituições .
 As vezes situam incorretamente o acento das
palavras.
O PAPEL DA ESCOLA
O PAPEL DA ESCOLA
ESCOLAESCOLA
TERAPEUT
AS
TERAPEUT
AS
FAMÍLIAFAMÍLIA
O disléxico deve
progredir na
escolaridade
independentemente
de suas dificuldades
na leitura e escrita
ATITUDES
 dar a entender que seu problema é
conhecido e que será feito o possível
para ajudá-lo
 dar-lhe uma atenção especial e animar-lhe
a perguntar em caso de alguma dúvida
(sentar perto do professor para facilitar a
ajuda).
 comprovar sempre que o material
oferecido para ler é apropriado para o seu
nível leitor, não pretendendo que alcance
um nível leitor igual aos dos outros
colegas.
 destacar sempre os aspectos positivos em seus
trabalhos e não fazê-lo repetir um trabalho
escrito pelo fato de tê-lo feito mal.
 evitar que tenha que ler em público. Em
situações em que isto é absolutamente
necessário, oportunizar que ele prepare a leitura
em casa.
 aceitar que se distraia com maior facilidade que
os demais, posto que a leitura lhe exige um
esforço muito grande.
PROPOSTA DE AÇÃO
PEDAGÓGICA
 ensinar a resumir anotações que
sintetizem o conteúdo de uma explicação
 permitir o uso de meios informáticos e de
corretores
 permitir, se necessário, o uso da
calculadora e de gravações
 usar materiais que permitem
visualizações (figuras, gráficos,
ilustrações) para acompanhar o texto
impresso
 evitar, sempre que possível, a cópia de
grandes textos do quadro de giz, dando-
lhes uma fotocópia
 diminuir os deveres de casa, envolvendo
leitura e escrita
APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS
ESTRANGEIRAS
 analisar a possibilidade de isenção de
língua estrangeira, substituindo essa
disciplina pela elaboração de projetos
independentes sobre conhecimentos
relativos à cultura do país em que falam
esta língua
Shaywitz
AVALIAÇÃO ESCOLAR
 realizar, sempre que possível, avaliações
oralmente
 conduta válida em todos os níveis de ensino
 prever tempo extra como recurso obrigatório,
não opcional, pois a capacidade de aprender
do disléxico está intacta e ele simplesmente
precisa de tempo para acessá-la
 como não automatizou a leitura, terá que ler pausadamente,
com muito esforço, apoiando-se nas suas habilidades
superiores de pensamento
 precisa utilizar o contexto para entender o significado da
palavra (caminho mais longo e indireto e que requer um
tempo extra)
 evitar a utilização de testes de múltipla escolha que, pelo
fato de descontextualizarem as informações e reduzirem o
tempo de execução, tornam-se muito difíceis para o
disléxico
 valorizar sempre os trabalhos pelo seu conteúdo e não
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 oportunizar um local tranqüilo ou sala individual para fazer
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Dislexia: Características e Apoio Pedagógico

  • 1. DISLEXIA Prof. Esp. Gláucia Correa Peres Instituto Saber / Brasília 2010
  • 2.  sujeitos cujos problemas na compreensão residem, basicamente, nas operações que envolvem o RECONHECIMENTO DE PALAVRAS  compreendem explicação oral mas não um texto que verse sobre os mesmos conteúdos Em outras palavras: poderiam compreender o que lêem se fossem capazes de ler as palavras corretamente. Stanovich,1989 DISLÉXICOS
  • 4.  é um transtorno específico nas operações implicadas no reconhecimento das palavras que compromete, em maior ou menor grau, a compreensão da leitura. A produção escrita também é comprometida.  afeta a um subconjunto, claramente minoritário, dos alunos com problemas na aprendizagem da leitura e escrita. Talvez não mais que 1% da população escolar.
  • 5. (Moojen, 1996, 1999,2004; Moojen e França, 2006) Ilustração: Adriana Costa Dificuldades de aprendizagem Transtornos de aprendizagem Transtornos de aprendizagem Transtornos de aprendizagem Sem dificuldade LEVE MODERADO GRAVE DISLEXIA OS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM
  • 6. Pode ocorrer em comorbidade com outras patologias.  é diagnosticada em indivíduos com capacidade intelectual normal (acima de 85 na escala WISC)  ocorre em indivíduos que tem visão e audição normal ou corrigida e que não são portadores de problemas psíquicos ou neurológicos graves que possam justificar, por si só, as dificuldades escolares.
  • 7.  é um problema persistente até a vida adulta (com atenuações), mesmo com tratamento adequado, o que torna o prognóstico reservado.  O aluno disléxico que, evidenciando um alto grau de adaptação escolar, consegue entrar na Universidade, apresenta dificuldades importantes na leitura de palavras não familiares.  Os disléxicos não automatizam plenamente as operações relacionadas ao reconhecimento de palavras, empregando mais tempo e energia em tarefas de leitura.
  • 8.  está presente desde os primeiros anos de escolaridade mas só ao final da 2ª série é possível o estabelecimento de diagnóstico  estão atrasados na leitura e escrita, com relação a seus pares, com no mínimo dois anos (se a criança tem mais de 10 anos) e um ano e meio (se tem menos desta idade).
  • 9.  possui evidências de origem genética associada a diferenças funcionais no hemisfério esquerdo  Estudos sobre a incidência de problemas de leitura em gêmeos monozigóticos e gêmeos dizigóticos parecem justificar a existência de uma moderada influência genética nas habilidades implicadas no reconhecimento de palavras. (Projeto Colorado)  Dois marcadores:  cromossoma 15 - inabilidade para leitura global da palavra.  cromossoma 6 - disfunção fonológica  Simetria no plano temporal .
  • 10.  requer um tratamento que envolve um processo lento, laborioso e sujeito a recaídas, conforme sugerem os dados de estudos longitudinais de sujeitos reabilitados (Rueda e Sanchez, 1994).  requer uma equipe multidisciplinar para seu diagnóstico e tratamento.
  • 11.  os problemas residem, freqüentemente, no momento de juntar os sons parciais em uma palavra completa  dificuldades na leitura de palavras não familiares, sílabas sem sentido , mostrando melhor situação com as palavras familiares  o esforço que fazem ao ler dificulta a compreensão sintomas
  • 12.  As dificuldades residem ao ler, afetando fortemente a leitura de palavras irregulares (particularmente no inglês).  Os disléxicos são escravos da rota indireta, que é muito mais lenta em seu funcionamento. Por isso lêem lentamente, vacilando com freqüência e, em muitos casos, silabando.  Os erros habituais são silabações, vacilações, repetições e retificações e quando pressionados a ler rapidamente cometem substituições .  As vezes situam incorretamente o acento das palavras.
  • 13. O PAPEL DA ESCOLA
  • 14. O PAPEL DA ESCOLA ESCOLAESCOLA TERAPEUT AS TERAPEUT AS FAMÍLIAFAMÍLIA O disléxico deve progredir na escolaridade independentemente de suas dificuldades na leitura e escrita
  • 15. ATITUDES  dar a entender que seu problema é conhecido e que será feito o possível para ajudá-lo  dar-lhe uma atenção especial e animar-lhe a perguntar em caso de alguma dúvida (sentar perto do professor para facilitar a ajuda).  comprovar sempre que o material oferecido para ler é apropriado para o seu nível leitor, não pretendendo que alcance um nível leitor igual aos dos outros colegas.
  • 16.  destacar sempre os aspectos positivos em seus trabalhos e não fazê-lo repetir um trabalho escrito pelo fato de tê-lo feito mal.  evitar que tenha que ler em público. Em situações em que isto é absolutamente necessário, oportunizar que ele prepare a leitura em casa.  aceitar que se distraia com maior facilidade que os demais, posto que a leitura lhe exige um esforço muito grande.
  • 17. PROPOSTA DE AÇÃO PEDAGÓGICA  ensinar a resumir anotações que sintetizem o conteúdo de uma explicação  permitir o uso de meios informáticos e de corretores  permitir, se necessário, o uso da calculadora e de gravações
  • 18.  usar materiais que permitem visualizações (figuras, gráficos, ilustrações) para acompanhar o texto impresso  evitar, sempre que possível, a cópia de grandes textos do quadro de giz, dando- lhes uma fotocópia  diminuir os deveres de casa, envolvendo leitura e escrita
  • 19. APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS  analisar a possibilidade de isenção de língua estrangeira, substituindo essa disciplina pela elaboração de projetos independentes sobre conhecimentos relativos à cultura do país em que falam esta língua Shaywitz
  • 20. AVALIAÇÃO ESCOLAR  realizar, sempre que possível, avaliações oralmente  conduta válida em todos os níveis de ensino  prever tempo extra como recurso obrigatório, não opcional, pois a capacidade de aprender do disléxico está intacta e ele simplesmente precisa de tempo para acessá-la  como não automatizou a leitura, terá que ler pausadamente, com muito esforço, apoiando-se nas suas habilidades superiores de pensamento  precisa utilizar o contexto para entender o significado da palavra (caminho mais longo e indireto e que requer um tempo extra)
  • 21.  evitar a utilização de testes de múltipla escolha que, pelo fato de descontextualizarem as informações e reduzirem o tempo de execução, tornam-se muito difíceis para o disléxico  valorizar sempre os trabalhos pelo seu conteúdo e não pelos erros de escrita  oportunizar um local tranqüilo ou sala individual para fazer testes ou avaliações para que o disléxico possa focar a sua atenção na tarefa que tem para realizar. Qualquer barulho ou distração atrapalhará a leitura, interferindo na performance do teste