O documento discute a democracia e a participação política ao longo da história. Resume os principais pontos da democracia grega e moderna, destacando a importância da participação dos cidadãos. Também aborda movimentos sociais como o feminismo e a resistência à ditadura militar no Brasil, enfatizando a luta por direitos e pela democracia.
3. 1. O que é Política:
o Política é a ciência do governo de um Estado ou Nação
e a arte de negociação em compatibilizar interesses.
o O termo (do grego politiká), deriva de polis e designa
aquilo que é público. O significado de política é muito
abrangente e relacionando – se com o espaço público.
o No séc. V a. C. foi um termo amplamente usado em
Atenas e Aristóteles (Política) definiu o ser humano
como um animal político (zoon politikon).
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5. 2. Democracia: modelos
Democracia Grega:
o Participação direta dos cidadãos na cidade.
o Ação política em função do bem comum.
o O princípio de isonomia manifesta – se na
participação e nas decisões coletivas.
o Para preservar a igualdade e os direitos dos
cidadãos tornou – se elitista e excludente.
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7. Democracia moderna:
o Política por representação, pois a ampliação da
cidadania inviabilizou a participação direta.
o Inspiração iluminista, a liberdade (não a igualdade)
entre os cidadãos passa a ser o valor essencial.
o A representação não excluiu a participação direta,
pois o plebiscito permite a manifestação da
vontade dos cidadãos.
8. “O Estado é soberano e deve
expressar a vontade geral.”
Rousseau
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10. 3. Independência dos EUA – 1776:
“Todos os homens nasceram iguais e receberam de seu
criador direitos inalienáveis; dentre esses direitos estão:
a vida, a liberdade, a felicidade.
E é para assegurar esses direitos
que os governos foram instituídos.
Todas as vezes que uma forma de governo
torna –se destruidora desse fim, o povo está no direito
de aboli – la ou modifica – la.”
(Thomas Jefferson – 04/07/1776)
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12. 4. Democracia e participação consciente
Democracias maduras:
o Estruturadas, usa canais de comunicação entre
Estado e sociedade civil (escola, mídia), na
construção da participação consciente.
Democracias recentes:
o Precariedade nos canais de comunicação, com
cidadãos desinformados, fraca ação popular.
13. Desvirtuamentos da Democracia:
o A omissão e a apatia dos cidadãos favorecem a
“privatização” o aparelhamento do Estado.
o Os detentores do poder usam a democracia em
benefício próprio (corrupção).
o Quantos mais complexos os temas e maior a
exigência de leitura e compreensão, menor o
debate, aumentando o desinteresse por política.
14. “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve,
não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.”
Bertold Brecht
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16. “O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o
peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nascem
a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os
bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto.”
(Bertold Brecht)
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19. Reflexões:
o Num país em que sobram desinformação, omissão
e passividade, a Democracia torna – se frágil.
o Há tendência a culpar – se a Democracia pelos
problemas vividos.
o Num contexto de crise dificulta – se o
amadurecimento democrático, apoiando – se e
favorecendo a instalação de regimes autoritários.
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22. 5. Movimentos Sociais
Movimento Operário (séc. XVIII – XX):
o Revoltados com os efeitos da Revolução Industrial,
os operários organizaram – se em Sindicatos,
fizeram greves reivindicando direitos trabalhistas
(jornada de 8 horas, férias, horas extras, etc.).
o As conquistas levaram às ideias socialistas e à
criação dos partidos políticos operários.
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24. Movimentos Feministas:
o As revoluções liberais criaram a consciência da
mulher como um ser autônomo, capaz de tomar
suas próprias decisões e de lutar por seus próprios
desejos e direitos.
o 1789: Olympe de Gouges, revolucionária, lança o
manifesto “Declaração dos Direitos da Mulher”,
questionando a Declaração dos Direitos do Homem
com cidadania restrita aos homens.
o Questionava – se a falta de direitos às mulheres.
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26. “Não se nasce mulher, torna – se mulher.” (Simone de Beauvoir)
o A hierarquização dos sexos é construção social e
não uma questão biológica.
o A condição de inferioridade da mulher é uma
construção da sociedade patriarcal.
o O feminismo, além dos direitos pela igualdade de
direitos, incorpora a discussão acerca das raízes
culturais da desigualdade entre os sexos.
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28. o08/03/1857: Nova York – 129 operárias morreram
queimadas numa fábrica têxtil, por reivindicarem:
redução na jornada de trabalho, de 16 hs/dia, para
10 hs/dia, melhores salários, e licença-maternidade.
o 1879/1887: Brasil – mulheres em ensino superior:
Direito, Medicina.
o 1860/1920: Sufragistas – luta pelo direito de votar.
o 1932: Brasil – direito de voto às mulheres.
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30. o 1960/80: Brasil – anticoncepcional, divórcio,
Delegacia de Defesa da Mulher.
o 1988 – Brasil: “homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações".
o 2006 – Brasil: Lei Maria da Penha (11. 340) cria
“mecanismos para coibir e prevenir a violência
doméstica e familiar contra a mulher”.
o 2015 – Brasil: Lei do Feminicídio (13.104).
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32. o O feminicídio é um problema global. É crime
praticado com requintes de crueldade e terror pela
carga de ódio, na sua grande maioria, quando as
mulheres terminam uma relação afetiva.
o São impedidas no direito de decidir sobre as suas
vidas, com quem vão se relacionar e a maneira
como a relação afetiva vai terminar.
33. Hippies – anos 1950/60
“Make love, not war”
o EUA: Lutas pelos direitos civis dos negros e
movimentos feministas.
o Movimento opôs – se à Guerra do Vietnã, ao
consumismo, às regras e ao conservadorismo.
o Defendiam paz, amor, liberdade.
o Vida nômade, em comunidade e em harmonia
com a natureza.
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37. Passeata dos Cem Mil (26/06/1968)
o Manifestação popular contra a Ditadura Militar
ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, organizada
pelo movimento estudantil e que contou com a
participação de artistas, intelectuais e outros.
o Prisões e arbitrariedades eram as marcas da ação
do governo militar, relativamente às crescentes
manifestações de protesto dos estudantes contra a
ditadura que se instalara no país, em 1964.
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39. Resistência à Ditadura Militar – 1964 a 1985
“É proibido proibir”!
o Jovens comunistas militaram na luta armada
contra a Ditadura.
o Grupos: MR 8, VPR, ANL.
o Muitos exilados, desaparecidos ou mortos.
o Símbolo de resistência.
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42. Redemocratização
Campanha pela Anistia (anos 1970)
o A campanha pela “Anistia Ampla, Geral e
Irrestrita” de presos e exilados políticos e envolveu
intelectuais, artistas, jornalistas, políticos
progressistas, religiosos, sindicalistas e estudantes,
no final dos anos 70, organizada pelo Comitê
Brasileiro pela Anistia (CBA).
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44. Diretas Já (1983/1984):
o Movimento que reivindicava eleições diretas para
Presidente da República.
o A possibilidade de eleições diretas passaria pela
aprovação da Emenda Dante de Oliveira.
o A população foi às ruas pressionar a Câmara dos
Deputados, mas a emenda foi rejeitada.
o 1985: Tancredo/Sarney eleitos indiretamente.
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49. Caras Pintadas – 1992
o Movimento “Fora Collor”.
o Contra: corrupção e esquemas.
o Pela Ética na Política.
o Pelo “impeachment” de Collor.
o Em tom de humor e ironia, os caras – pintadas
tornaram-se ícones de um novo modo de fazer
democracia, protestando e reivindicando.
o Collor renunciou e perdeu seus direitos políticos.
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52. Nova República (1985 – 2014)
Primavera Brasileira – Vem pra rua – 2013/2014
o Contra os aumentos nas tarifas do transporte público.
o Os protestos se ampliaram: violência policial, gastos
públicos com a Copa, má qualidade dos serviços
públicos e indignação com a corrupção e o PT.
o Aumentos de tarifas foram revogadas, o Congresso
tornou corrupção crime hediondo, arquivou a PEC 37
e proibiu o voto secreto na cassação de mandatos.
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57. Lutas e reivindicações contemporâneas:
o Meio ambiente: desenvolvimento sustentável.
o Reforma agrária.
o Movimentos dos trabalhadores sem teto.
o Homofobia – movimento LGBT – união civil gay.
o Maioridade penal.
o Movimento negro.
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59. “Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver”
60. Até quando você vai ficar usando rédea?
Rindo da própria tragédia?
61. Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
62. Muda, quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
63. Na mudança de atitude não há mal que não se mude,
nem doença sem cura!
Na mudança de postura a gente fica mais seguro!
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
(Gabriel, o pensador – Até Quando)