Este documento discute os conceitos de dados, informação e conhecimento no contexto dos catálogos de bibliotecas universitárias. Em três frases, resume que os dados constituem o acervo das bibliotecas e podem ser descritos e armazenados, enquanto a informação é extraída dos dados e o conhecimento depende da informação e do usuário. Também discute como os catálogos podem ir além de fornecer dados e informações, interagindo mais com os usuários e o ambiente online.
1. DADOS, INFORMAÇÃO E
CONHECIMENTO
NO CONTEXTO DOS CATÁLOGOS DAS
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Trabalho apresentado no XVI Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias. Rio de Janeiro, 2010.
2. Dados
• Todo o acervo da biblioteca nada mais é do que um grande
conjunto de dados, disponibilizados em diversos suportes
• Os dados podem ser totalmente descritos através de
representações formais, estruturais
• Sendo ainda quantificados ou quantificáveis, eles podem
obviamente ser armazenados em um computador e
processados por ele.
3. Diversas visões acerca dos Dados
• Bibliotecário matéria prima para a confecção do catálogo
• Usuário aluno ponto de acesso para localização física de
algum material específico
• Usuário professor ponto de partida para a busca de
informação significativa em sua busca por conhecimento
• Administração apenas custo
4. Informação x conhecimento
• Enquanto os dados constituem a matéria prima da
informação, a informação é a matéria prima para o
conhecimento
• Os dados podem ser os mesmos, mas as informações
deles extraídas dependem da forma de quem as
recebe, do uso que irá ter, do momento
5. Catálogos de bibliotecas
conjunto de metadados, ou seja, informações
codificadas acerca dos dados que compõem o
acervo da mesma, que possibilitarão seu
reconhecimento, localização e acesso.
só isso?
6. E o usuário...
“Informação e conhecimento dependem, em
proporções diferenciadas, do agente
interpretante para se constituírem. Sem o
papel desempenhado pelo usuário,
configuram-se apenas como possibilidades,
um vir-a-ser digital” (OLIVEIRA, 2004).
7. Ranganathan, ainda tão atual
• Os livros são para usar
• A cada leitor seu livro
• A cada livro seu leitor
• Poupe o tempo do leitor
• A biblioteca é um organismo em crescimento
(Ranganathan, 1931)
8. Perguntas que não querem calar...
• Em que medida as possibilidades do próprio catálogo
são exploradas pelos bibliotecários?
• Em que medida os catálogos interagem com o
ambiente web e com as possibilidades do
hipertexto?
• Em que medida o catálogo atinge as necessidades
dos usuários?
• Em que medida o catálogo desperta novas
necessidades nos usuários?
9. O desafio
• Ir além da disponibilização de dados, informações e
conhecimentos, mas atuar no sentido de amenizar ao máximo
as distorções possíveis no processo de
codificação/decodificação dos mesmos
• transportar para os catálogos a leitura não-linear dos usuários
• romper o isolamento egoísta e efetivamente atuar como
disseminador de conhecimentos
• usar o tempo não para “reinventar a roda”, mas para
modernizá-la
• usar os recursos inteligentemente, agregando valor ao que já
foi feito ao invés de refazê-lo
10. Catálogos web
• Deixaram de ser diferencial competitivo:
– São condição elementar para o funcionamento da
biblioteca universitária;
• São potencialmente capazes de transmitir
informação:
– portanto, possuem valor estratégico intrínseco;
• Favorecem o compartilhamento e a
inteoperabilidade:
– Mas, para tal, dependem de vontade política
11. Estratégias possíveis:
o catálogo do UniRitter
• Navegalibilidade entre os registros
– Várias edições, vários formatos
• Interação com recursos web
– Conteúdos completos, sites oficiais
• Imagens associadas aos registros
– Miniaturas das capas
• Sumários online
• Notas de conteúdo
12. Estratégias possíveis
• Análise de temos de busca igual a zero
– Avaliação da indexação
– Avaliação do acervo
• Áreas de interesse
– DSI
– Avaliação do acervo
• Bibliomineração
13. REFERÊNCIASAMARAL, Claudia. As novas tecnologias, o indivíduo e a sociedade. Trabalho de conclusão de curso (Comunicação
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