2. "Dentre os instrumentos inventados pelo
homem, o mais impressionante é, sem dúvida, o
livro. Os demais são extensões de seu corpo. O
microscópio e o telescópio são extensões da
visão; o telefone uma extensão da voz e
finalmente temos o arado e a espada, ambos
extensões do braço. O livro, porém, é outra
coisa. O livro é uma extensão da memória e da
imaginação.“
Jorge Luis Borges
(Aula proferida na Universidade de Belgrano 1978)
3.
A história do livro possui cerca de 6 mil anos.
Diversos suportes foram utilizados para a
humanidade realizar seus registros:
Ossos
Cascos de tartaruga
Barro
Madeira
Couro
Folhas
O livro
4.
Os homens sempre deixaram suas marcas, o registro
de sua história
As paredes das cavernas poderiam ser consideradas
o primeiro e original suporte destes registros?
O que é um livro, afinal?
As pinturas rupestres
6.
Reunião de folhas ou cadernos, cosidos ou por qualquer outra forma
presos por um dos lados, e enfeixados ou montados em capa flexível ou
dura. (Aurélio)
Uma coleção de folhas de papel, impressas ou não, cortadas, dobradas e
reunidas em cadernos cujos dorsos são unidos por meio de colas, costura,
etc., formando um volume que se recobre com capa resitente. (Houaiss)
Uma mensagem escrita (ou impressa) de tamanho considerável, destinada
à circulação pública e registrada em materiais leves, porém duráveis o
bastante para oferecerem relativa portabilidade (Britannica)
Publicação literária não periódica contendo mais de 48 páginas, sem contar
as capas (Unesco, ABNT)
Livro
7. Livro de 1660, medindo 1,80 de altura.
Mandado fazer por Charles II da Inglaterra ;
obra de Johan Maurits de Nassau.
Restaurador trabalhando na mais antiga edição do Al
Corão
8.
Os sumérios usavam placas de argila onde
cunhavam (marcavam com cunhas) pictogramas,
que evoluíram para um sistema primitivo de
alfabeto.
Os sumérios e a argila
9. Epopeia ou Poema de Gilgamesh. Supõe-se que tenha sido escrita
há mais de 2.500 anos a.C., embora a forma que nos chegou esteja
registrada no Séc. VII a.C.
10.
A Biblioteca de Nínive, também conhecida como
Biblioteca de Assurbanipal, é uma coleção de milhares
de placas em argila contendo textos em escrita
cuneiforme sobre vários assuntos, a partir do 7º século
a. C. Dentro desse acervo está a famosa Epopeia de
Gilgamesh. Tal biblioteca é considerada a primeira da
história , foi encontrada no século XIX por
arqueólogos ingleses e se acredita ter sido fundada
pelo rei assírio Assurbanipal II (séc.VII a. C.).
Biblioteca de Nínive
11.
12.
Os babilônicos adotaram a escrita cuneiforme dos
sumérios.
O Código de Hammurabi: monumento monolítico
talhado em rocha de diorito, com 282 leis em 3600
linhas.
Os documentos escritos da Antiguidade destinavam-
se à publicação de leis e feitos dos governantes.
Os babilônicos
14.
™Os gregos, a partir da escrita fenícia, são os inventores do
alfabeto
™Não foi obra do acaso que a filosofia tenha surgido na Grécia,
mas decorrência direta da introdução do alfabeto
™O registro escrito libera a energia, antes gasta com a
memorização, para novas descobertas, favorecendo o acúmulo
do saber e a criação do pensamento conceitual. Nesse cenário se
dá o nascimento da prosa, que aparece como o veículo
adequado a expressar as ciências emergentes: medicina,
historiografia, geografia, além das reflexões de Platão e
Aristételes
Os gregos
15.
Alexandre, o Grande, unificou o mundo antigo sob a
cultura grega, criando o maior império conhecido até
então.
Fundou a cidade de Alexandria, no delta do rio Nilo,
no Egito
Seu sucessor, Ptolomeu II, criou a famosa biblioteca,
que chegou a ter 700 mil volumes (séc. III a.C.).
Vários incêndios sucessivos deram fim à biblioteca
A Biblioteca de Alexandria
16.
Era dedicado especial cuidado ao conteúdo das
obras, sendo anotados o número de linhas e
informações sobre os autores
As obras eram compostas de rolos de papiro,
chamados kilindros. Uma obra composta de vários
kilindros chamava-se biblion.
Daí resulta o atual termo biblioteca.
A biblioteca
18.
A guerra – por três vezes; o fanatismo religioso- cristão e
muçulmano -, por duas vezes.
391 d.C – O arcebispo cristão Teófilo incendiou propositalmente a segunda biblioteca
de Alexandria, com 40 mil rolos, porque ela estava instalada num templo pagão de
Serápis.
645 d.C – O conquistador muçulmano, califa Omar, respondeu a um de seus generais
que lhe perguntou o que fazer com os famosos livros de Alexandria. Disse ele:
“Se o conteúdo estiver de acordo com o livro de Alá, podemos passar sem eles, porque o
livro de Alá é mais do que suficiente. Se, por outro lado, eles contêm ideias que não estão de
acordo com o livro de Alá, não há necessidade de preservá-los. Então, vá em frente e
destrua-os.”
O cronista Ibn al-Kifti relata que os livros foram usados para aquecer os banhos públicos de
Alexandria. Seis meses foram necessários para consumir todos os volumes.
Quem queimou a biblioteca?
19.
Para registrar seus documentos, largas folhas de
palmeiras egípcias eram utilizadas, transformando-se
depois no papiro que conhecemos hoje, que nada mais é
do que o talo dessas mesmas folhas triturados,
entrelaçados e secos.
Os escribas egípcios, de certa forma, já se preocupavam
com o arranjo do texto na “página”, uma vez que
escreviam em colunas e inseriam ilustrações em seus
textos.
Após terminados, os papiros eram colados uns aos
outros, e eram guardados enrolados – alguns chegavam a
medir 20 metros de comprimento. Um mesmo rolo
contava com diversos textos.
Os egípcios e o papiro
20. Papiro de Rhind ou papiro de Ahmes é um documento egípcio de cerca de 1650 a.C.,
onde um escriba de nome Ahmes detalha a solução de 85 problemas matemáticos
21.
A utilização do papiro não ficou restrita ao Egito. Devido a sua praticidade
de transporte, passou a ser utilizado por hebreus, babilônicos e pelos
romanos.
O umbilicus era um cilindro de madeira ou marfim, onde se enrolava o
papiro. As extremidades trabalhadas eram denominados cornua. O titulus
era a etiqueta com o nome do documento.
Óleo de cedro era usado como conservante dos rolos de papiro e estes
eram guardados em caixas de cipreste (madeira dura, resistente e
aromática).
O pargaminho podia ser apagado com uma esponja e utilizdo novamente
para escrever, o que se chavama palimpsesto.
Ao kilindros dos gregos, os romanos chamavam de volumen.
O papiro e o Mundo Antigo
22.
Os romanos usavam, além do papiro, um tipo de
“facebook”... Escravos mensageiros eram
responsáveis por fazer “circular” os recados escritos
em tábuas de cera; após lidos os recados, a escrita era
raspada e a tábua reutilizada
Curiosidade...
24.
As casas dos romanos ricos possuíam bibliotecas.
Na Villa dos Papiros em Herculano foram encontrados cerca de
2.000 rolos de papiro carbonizadas, escritos principalmente em
grego. Muitos dos papiros encontrados estavam organizados
em prateleiras. Pequenos retratos de meio corpo de escritores e
filósofos antigos indicavam nas prateleiras subdivisões por
autores.
"Adjacente a esta área há uma sala que adota uma forma curva, como
um semicírculo, e seguindo o caminho diário do sol de cada janela. Em
uma das paredes há um armário construído para servir como uma
biblioteca que contém uma seleção não só digna de ser lida, mas de ser
lida continuamente ". (Plínio, Ep. II, 17)
Bibliotecas domésticas
25.
Vitruvio, famoso arquiteto romano (séc. I a.C.),
escreveu:
“As bibliotecas devem ser orientados para o leste, uma vez que o uso
desses quartos requer a luz do amanhecer; o que também irá evitar
apodrecer os livros nas prateleiras. Se estiverem voltadas ao sul ou oeste,
acabam por danificar-se em consequência das traças e da umidade”
Arquitetura romana
27.
A substituição do papiro chegou, provavelmente,
com Eumênio II, rei de Pérgamo (197-158 a.C.), na
Ásia. Ele foi obrigado a pesquisar um novo tipo de
base para seus documentos depois que Ptolomeu
Epifânio, de Alexandria, proibiu a exportação do
papiro. Surgiu então o pergaminho, ou pergamenum,
a membrana pergamena. Uma pele de animal
(geralmente de um carneiro) era esticada em um
caixilho, seca, branqueada com giz, polida e alisada
com pedra-pome.
O pergaminho
29.
É na Biblioteca de Pergamo (hoje na atual Turquia)
que estão arquivados os primeiros rolos de
pergaminho.
Construída pelo rei Átalo I (-241/197) ou por seu
sucessor, Eumenes II (reinou entre -197 e -159),
chegou a ter quase 200.000 volumes (Plu. Ant. 58). O
declínio da Biblioteca começou em -133, quando
Pérgamo passou para o domínio romano.
Biblioteca de Pergamo
30.
31.
Foi o pergaminho que possibilitou o desenvolvimento
do codex (ancestral do livro contemporâneo), por
meio da costura pelo vinco, sem que as folhas se
rasgassem ou se desgastassem pelo manuseio.
O códice não necessita total imobilidade do leitor e
inicia uma nova forma de catalogação, pois as obras
agora podem ser feitas e arquivadas de forma
independente.
Os códices
32.
Com o declínio do Império Romano e as guerras, o
que escapa à destruição é reunido nos castelos e
conventos.
Durante a Idade Média (séc. V a XII), os monges
eram os únicos que sabiam ler e, principalmente
escrever.
Nos conventos, os manuscritos eram conservados,
copiados, traduzidos e ilustrados.
Uma coleção de 200 volumes já era considerada uma
grande biblioteca.
Códices
36. Arqueólogos britânicos estão a tentar autenticar o que poderá ser uma descoberta marcante na
documentação do início do cristianismo: um tesouro de 70 códices de chumbo que parece datar do
primeiro século DC, que podem incluir pistas chave para os últimos dias da vida de Jesus
37.
O papel foi criado na China em data ainda não
confirmada, variando entre 200 a.C. e 104 d.C., e era
confeccionado com a casca da amoreira ou com o bambu
cuja polpa esmagada era transformada em fibras,
espalhada sobre um tecido e deixada assim para secar.
É chinês o livro mais antigo de que se tem notícia. O
Diamond Sutra (Triptaka) é do ano de 868 d.C., e ficou
escondido por muito tempo em uma caverna fechada no
noroeste da China. Cânone do budismo Thervada fez uso
de 130 mil tipos móveis de madeira para imprimir o livro
em xilogravura.
O papel chinês
38.
O papel foi criado na China em data ainda não
confirmada, variando entre 200 a.C. e 104 d.C., e era
confeccionado com a casca da amoreira ou com o bambu
cuja polpa esmagada era transformada em fibras,
espalhada sobre um tecido e deixada assim para secar.
É chinês o livro mais antigo de que se tem notícia. O
Diamond Sutra (Triptaka) é do ano de 868 d.C., e ficou
escondido por muito tempo em uma caverna fechada no
noroeste da China. Cânone do budismo Thervada fez uso
de 130 mil tipos móveis de madeira para imprimir o livro
em xilogravura.
O papel chinês
41.
Os segredos da técnica do papel somente foram
descobertos no ocidente quando revelados aos
árabes por prisioneiros chineses por volta do século
VIII, espalhando-se assim pelos estados islâmicos.
Posteriormente mouros espanhóis levaram a técnica
para a Europa, nos séculos XII e XIII.
O papel no Ocidente
42.
Livros são considerados objeto sagrado, que deveria
ser tocado apenas por iniciados
Monges copistas
Imposição do silêncio: Ruminatio
Inquisição: livros proibidos
Index Librorum Prohibitorum
x
Os monges copistas
45.
No século XII surgem as Universidades e as
bibliotecas monásticas deixam de ser únicos centros
da vida intelectual.
Nas prateleiras destas bibliotecas, só tinha lugar para
o livro selecionado, o bom, o exemplar.
A partir do século XVI os livros deixam de ser
guardados na armaria e passam a ser acorrentados
(catenatus) para permitir a consulta, evitando o
roubo.
As univesidades
46. Fonte: VIANA, Michelângelo. A informação e a Biblioteca Universitária.
Disponível em: <http://pt.slideshare.net/miquemv/ss-a-informao-e-a-biblioteca-universitria>. Acesso em 27 out. 2015
47. Livros raros do final do século XVI e início do XVII
Bodleian Library, University of Oxford
48.
“Oficialmente” o primeiro livro impresso com tipos
móveis, a Bíblia, foi produzido por Johannes
Gutenberg, alemão nascido na cidade de Mogúncia,
no ano de 1455. Essa tecnologia desenvolvida
por Gutenberg derivou de seus conhecimentos em
metais e de prensas utilizadas para esmagar uvas no
processo de fabricação do vinho.
A “invenção” da imprensa
49.
Estima-se que até 1500 tenham sido impressos na
Europa cerca de 8 milhões de exemplares de livros,
superando-se em 50 anos o número de livros
manuscritos nos mil anos anteriores.
Na primeira metade do século XVI, a Inquisição
tenta controlar a situação
A biblioteca moderna, onde os livros estão
principalmente para o uso do público, só chegou
com a difusão da imprensa , no século XVI
Idade Moderna
50.
É neste contexto que se começam a constituir
algumas grandes bibliotecas universitárias, como a
Bodleiana em Oxford (uma das mais antigas da Grã-
Bretanha, fundada em 1334, restaurada e
reorganizada em 1598, por Thomas Bodley)
™1444 – Biblioteca de Cambridge ™
1548 – Biblioteca de Coimbra ™
1551 – Biblioteca de Sevilha
Bibliotecas Universitárias
51.
“Oficialmente” o primeiro livro impresso com tipos móveis, a
Bíblia, foi produzido por Johannes Gutenberg, alemão nascido
na cidade de Mogúncia, no ano de 1455. Essa tecnologia
desenvolvida por Gutenberg derivou de seus conhecimentos
em metais e de prensas utilizadas para esmagar uvas no
processo de fabricação do vinho.
A prensa de Gutenberg permitiu que o renascer do interesse
pela aprendizagem e pelos clássicos na época do Renascimento,
fosse transmitido de cultura em cultura. Esta fantástica
invenção mudou drasticamente o mundo inteiro: para além de
aperfeiçoar a escrita e facilitar a leitura, os textos poderiam
facilmente ser feitos de uma forma rápida e eficaz. O mundo
começava, assim, a partilhar o seu conhecimento.
A “invenção” da imprensa
53.
Facilitando a disseminação de tesouros intelectuais,
tornou-se, obviamente, numa condição necessária para o
rápido desenvolvimento das ciências na era moderna.
Assim, não só a prensa de Gutenberg é inseparável do
progresso da ciência moderna, como é ainda um factor
indispensável quando se fala da educação das pessoas em
geral: A Cultura e o Conhecimento, até então
considerados privilégios aristocráticos apenas acessíveis a
determinadas classes, passam a popularizar-se pela
tipografia, dando, desta forma, oportunidades iguais para
quem quisesse alargar os seus conhecimentos e instruir-
se.
A “revolução” da escrita
54.
55.
No século XVIII surgem as grandes Bibliotecas
Nacionais
™1661 – Biblioteca Real Sueca
™1712 – Biblioteca Nacional da Espanha ™
1796 – Biblioteca Nacional de Portugal
™1800 – Biblioteca do Congresso (EUA) ™
1807 – Biblioteca Nacional (Brasil)
Bibliotecas Nacionais
57.
1650 surgem os primeiros periódicos
1800 é fundada a Biblioteca do Congresso (EUA): a
maior biblioteca do mundo atual.
1841 é criado o primeiro código de catalogação: Rules
for the Compilation of the Catalog – Catalogue of printed
books in British Museum
1969 surge a internet
1980 é desenvolvido o primeiro computador pessoal
1989 surge a world wide web
Grandes marcos
58.
1650 surgem os primeiros periódicos
1800 é fundada a Biblioteca do Congresso (EUA): a
maior biblioteca do mundo atual.
1841 é criado o primeiro código de catalogação: Rules
for the Compilation of the Catalog – Catalogue of printed
books in British Museum
1969 surge a internet
1980 é desenvolvido o primeiro computador pessoal
1989 surge a world wide web
Idade Contemporânea
61.
™Livros como material de consumo
™Multiculturalismo: variedade de documentação e
suportes ™Explosão informacional
–+ de 1.000 títulos novos publicados a cada ano –+ de 3 bilhões de
páginas na internet
–+ de 100 mil revistas científicas
™Hoje uma única edição do Jornal The New York Times contém
mais informação do que qualquer pessoa teria recebido durante
toda a sua vida na Inglaterra do século XVII, segundo Richard
Wurman em seu livro “Ansiedade de informação” (2011)
Século XXI
62.
Armazenamento da informação digital
™Perenidade (curto e longo prazo) ™Autenticidade e
confiabilidade ™Preservação da identidade e
socialização ™Direitos Autorais e Acesso livre
(Copyright)
™Simultaneidade de funções (autor/ editor /
leitor/difusor)
Desafios
63.
Quem lê tanta notícia?*
A informação, assim como a energia, tende a degenerar
em entropia – em ruído, redundância e banalidade – à
medida que a quantidade de informação ultrapassa a
capacidade de dar significado.
“Se quiser controlar a mente dos homens, negue toda
informação a eles ou então os inunde de informação – o resultado é
o mesmo. Inundem as pessoas de informação; elas pensarão que são
livres [...] Informação não digerida não é informação, mas a ilusão
de que que você teve acesso a ela, mesmo que não lhe tenha trazido
benefício algum” (WURMAN, 2011)
Caetano Veloso, Alegria, alegria (1968)
64.
Big data
™Dados estimados sobre a produção mundial de conteúdo
digital apontam para a cifra de 281 bilhões de gigabytes
gerados apenas no ano de 2007, ou seja, quase 50
gigabytes para cada ser humano vivo. Isto equivale a mais
de cinco milhões de vezes o conteúdo de todos os livros já
escritos.
™Comparados com os cerca de 50 milhões de minutos da
vida de uma pessoa longeva, já temos hoje seguramente
muito mais conteúdo disponível do que um ser humano
poderia assistir, se decidisse dedicar toda a sua vida para
tal
65.
Em 2008 a biblioteca da PUCRS inaugurou os
serviços automatizados de empréstimo e devolução
Em 2013 foi inaugurada em San Antonio (Texas,
EUA), a primeira biblioteca pública sem livros físicos
Biblioteca do futuro?