O documento discute inovação em projetos culturais, propondo um curso que ensina gestores e empreendedores a transformar projetos culturais em projetos sociocriativos e sustentáveis através de métodos como análise dinergética, inteligência sociocriativa e articulação em redes. O curso aborda temas como pensamento sistêmico, economia criativa, pesquisa-ação e empreendedorismo para lidar com a complexidade do mundo contemporâneo.
2. Inovação é um processo vivo e cocriativo.
Como pensar as relações entre cultura, inovação e sustentabilidade? O que conservar dos
princípios aprendidos durante a era industrial? Como transformar a energia da
competitividade, da produtividade e do pensamento econômico linear em pensamento
sistêmico e práticas cocriativas e colaborativas? Como garantir que contextos culturais,
sociais, humanos, digitais e intangíveis contemplados pela economia criativa possam ajudar a
gerar novos padrões econômicos, mais afetivos, mais orgânicos, mais sustentáveis?
O curso Inovação em Projetos Culturais ajuda gestores e empreendedores a obterem
máxima efetividade em projetos culturais, transformando-os em projetos sociocriativos:
empreendimentos, organizações, políticas, estratégias e arranjos que buscam inovação social
de forma sustentável e a partir de fluxos e processos criativos.
O objetivo é preparar profissionais da cultura e da economia criativa para lidar com a
complexidade do mundo contemporâneo, desenvolvendo um pensamento inovador, sistêmico,
baseado em práticas de pesquisa e orientado ao design da efetividade.
3. PÚBLICO ALVO
Gestores de projetos culturais, sociais e ambientais. Empreendedores, artistas, produtores
culturais, gestores empresariais, gestores de organizações sociais. Gestores de programas e
poíticas públicas. Gestores de processos pró-desenvolvimento comunitário sustentável.
Profissionais da economia criativa em geral. Ativistas da sustentabilidade sócio-ambiental.
Pesquisadores, estudantes universitários interessados em empreendimentos culturais,
criativos inovadores e sustentáveis.
FORMATOS
Palestra | 2 a 4 horas-aula (1 turno)
Minicurso | 8 a 10 horas-aula (2 a 3 turnos)
Imersão | 12 a 16 horas-aula (3 a 4 turnos)
Jornada | 20 a 30 horas-aula (6 a 10 turnos)
4. ESPERA-SE QUE OS PARTICIPANTES
Aprendam como utilizar e/ou desenvolver, em seu trabalho como empreendedores ou
gestores, metodologias para planejar, agir, observar e refletir de maneira mais efetiva,
colaborativa e expansiva;
Visualizem e assumam em suas práticas e pensamentos novas perspectivas, mais sistêmicas
e complexas, sobre a própria experiência, formulando questões e articulando soluções até
então inéditas em relação ao trabalho que desenvolvem;
Apropriem-se dos conceitos apresentados a ponto de poder realizar autonomamente
pesquisas que os permitam aprofundar o conhecimento adquirido e, assim, encontrar os
próprios meios para colocar tais conceitos em prática;
Articulem-se em redes de colaboração e conhecimento para coempreender projetos com
ecoefetividade e de alto impacto territorial.
5. CONTEÚDOS
Análise Dinergética e Planejamento Complexo | Cultura de Rede e teoria dos Sistemas,
novas perspectivas para design e gestão. Sistemas Vivos: autonomia, organicidade, fluxos,
auto-eco-poiese, acoplamento estrutural, feedback. Aprendizagem e desenvolvimento
sustentável. Pensamento linear-cartesiano e pensamento complexo. Operador dialógico.
Circularidade. Fractalidade. Interdisciplinaridade. Dinergia: quando “o limitado dá forma ao
ilimitado”. Método dinergético. Quatro elementos: Sentido (fogo), Propósito (ar), Método
(terra), Aprendizado (água). Círculos de sentidos e vetores de propósitos. Intercontextualidade
e interconectividade.
Inteligência Sociocriativa / Patrimônio Vivo Cultural, Criativo e Socioambiental | Noções
gerais de Inteligência Sociocriativa / Ecoefetividade e impacto. Contextos colaborativos:
instrumentos, linguagens e conteúdos; desenvolvimento humano e direitos culturais;
emancipação econômica; identidade e patrimônio vivo; articulação em redes; governança e
participação social; diversidade em diálogo; pesquisa em ação.
Ativos Culturais e Criativos / Empreendedorismo Criativo e Direitos Econômicos |
Provendo instrumentos, linguagens e conteúdos para o mercado e a sociedade; Expressão
artística e estética: arte e aprendizagem expansiva; Públicos intérpretes-criadores-
realizadores / Economia criativa e desenvolvimento sustentável.
6. CONTEÚDOS
Diversidade em Diálogo / Pesquisa em Ação | Abordagem empreendedora a partir do
princípio da diversidade cultural; Não-violência ativa e resolução de conflitos; T3C –
Tecnologias de Convivência, Co-criação e Colaboração. Empreendedorismo e produção de
conhecimento: metodologia de pesquisa–ação colaborativa, noções gerais.
Articulação em Redes / Democratização e Coempreendedorismo | Diálogo com agendas
públicas locais, nacionais e intergovernamentais, participação socioeconomica; Redes de
colaboração e redes de conhecimento / Cooperação. Legitimidade social e comunitária; Uso
de tecnologias para viabilizar a cogestão direta ou indireta pelos segmentos e mercados
envolvidos no empreendimento; Governanças setoriais e intersetoriais.
Laboratório Sociocriativo | Dinâmicas de conversação dialógica (baseadas em métodos de
pesquisa-ação e investigação apreciativa) para descobrir, inventariar e articular os potenciais
existentes em sinergia no grupo participante; Produção de um inventário colaborativo de
recursos disponíveis, capacidades profissionais, vontades políticas, valores humanos, entre
outras possibilidades existentes no grupo e suas redes; Articulação de vetores de colaboração
dentro do grupo.
7. Alguns depoimentos de participantes
“Pensar em projetos criativos a partir de tudo aquilo que faz realmente sentido,
que nos anima e nos comove, tendo a consciência da capacidade de transformar
as coisas, é um aprendizado que levarei para a vida inteira.”
Márcia Carvalho – jornalista – Belém PA
“Teoria dos sistemas, biologia, física quântica, budismo, taoísmo, geometria
sagrada - tudo entrou na dança do fazer arte/cultura/entretenimento e fez sentido,
mais do que em qualquer outro momento da vida. Me sinto mais preparado como
empreendedor e como artista. É como se tivesse mudado de fase no vídeo game:
ainda não cheguei no chefão, mas desbloqueei novas armas.”
David Dines - músico – Belo Horizonte MG.
“De tantas formações na área de produção cultural, esse foi o mais provocativo,
consistente e que efetivamente deu novos significados ao meu trabalho. Permita-
se pensar noutras rotações, vale a pena!”
Canela Borges – empreendedora criativa - São Paulo SP