2. É um projeto desenvolvido em parceria entre o Ministério da Saúde, Ministério da Cultura, Universidade de Brasília (UnB) e da Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador (REC-ST) com apoio das Centrais Sindicais (CUT, CTB, UGT, Nova Central, Força Sindical e CGTB), Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) e da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS).
3. O projeto Vidas Paralelas é uma ação desenvolvida para os trabalhadores, envolvendo cultura e saúde, cujo objetivo é dar visibilidade ao cotidiano do trabalhador a partir de seu ponto de vista, criando uma rede social que permita o compartilhamento, de forma criativa, de experiências de vida e as relações com a saúde do trabalhador.
4. Em cada estado do nosso país e no Distrito Federal, 648 trabalhador@s de 24 categorias de trabalho - formais e informais - documentam suas vidas e seu trabalho através da utilização de ferramentas da cultura digital, dialogando, expressando e refletindo sobre seu mundo por meio de fotos, textos e vídeos que são disponibilizados em redes de discussão, criação, conhecimento e cidadania.
5. Categorias Profissionais: o critério utilizado para a escolha das categorias foi a incidência de acidentes de trabalho
6. Objetivos: Busca conhecer o mundo do trabalho a partir do ponto de vista do trabalhad@r. Estimular a visão crítica e a criatividade por meio da produção de fotografias, textos e vídeos, como forma de auto-representação. Construir um processo de reflexão e diálogo entre os trabalhador@s, possibilitando a difusão do cotidiano laboral e cultural dos mesmos.
7. Histórico 2005 - 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador 2006 - Processo de Devolução da 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador 2007 - Apresentação da Proposta ao Ministério da Saúde e Ministério da Cultura 2007- Construção conjunta do Projeto : Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador, Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (MinC), Dep. de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador (MS) 2008 - Início da Implantação do Projeto 2010 - Avaliação do projeto
8. Cenário Atual 21 estados 773 usuários do site 500 usuários no facebook 15.000 acessos ao site por mês 3000 posts
9. Como se estrutura a metodologia do Projeto Vidas Paralelas? 1-Oficina com a rede de apoio 2- Oficina com os 24 trabalhadores 3- Encontros quinzenais entre trabalhadores e rede de apoio .
10. Inclusão digital Considerando que vivemos numa sociedade do conhecimento, construir condições para que trabalhadores formais e informais apropriem-se da cultura digital, significa promover a inclusão social e digital . Para o projeto vidas paralelas inclusão digital não é somente acesso a computador, à rede e o domínio dessas ferramentas. Inclusão digital significa apropriar-se da cultura digital como dispositivo para permitir a construção de relações entre pessoas ou redes.
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13. A inclusão digital proposta pelo PVP é norteada por 4 princípios: -Pertencimento -Apropriação da cultura digital e uso das tecnologias - Formação e Produção do conhecimento -Acesso
14. Apropriação da cultura digital e uso das tecnologias (Máquinas fotográficas, celulares e site) “ Mudou o meu jeito de ver o mundo! Ao mesmo tempo em que estou aqui em Cuiabá trabalhando, posso estar conectada com o resto do mundo - Trabalhador informal do Mato Grosso – Empregada doméstica” .
15. Formação e Produção do conhecimento O PVP é norteado pelos princípios da educação popular e fundamenta-se na construção coletiva de saberes orientados à transformação social, na promoção da autonomia dos sujeitos e na ampliação da consciência critica .
16. Pertencimento: O pertencimento, ou o sentimento de pertencimento, é a crença subjetiva em uma origem comum que une distintos indivíduos. Os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma coletividade no qual símbolos expressam valores, medos e aspirações (Dicionário de Direitos Humanos – www.esmpu.gov.br) O sentimento de pertença é construído na rede do PVP quando os trabalhador@s a partir da auto representação e da troca de experiências, reconhecem a si a ao outro, aprofundando a reflexão sobre as diferenças e semelhanças e construindo relações entre si.
17. O sentimento de pertença pode ser observado na avaliação do PVP por meio dos dados referentes à mudança na vida dos trabalhadores, trocas de experiências, articulação entre categorias profissionais e engajamento político. “ Eu aprendi no PVP que eu também posso questionar para uma melhoria, posso ter vez e voz e contribuir para o desenvolvimento, por que todos do PVP tem oportunidade de debater, discutir, questionar e expor idéias em um processo coletivo junto a um grupo unido que é o PVP.” Fala Trabalhador Informal da Paraíba – Artista de Rua
18. “ Após o projeto trabalhadores estão participando da CIST, FEPMAT, ANEPS, e implementando suas ações nos sindicatos.” - Rede de Apoio de Trabalhadores – Rio Grande do Norte “ Alguns dos trabalhadores exercem ações que demonstram um maior engajamento em questões políticas e sociais. Defendem bandeiras em prol de suas comunidades, de causas ambientais e etc.” – Rede de Apoio e Trabalhadores – Maranhão Engajamento Político
19. Considerações finais: O PVP deflagrou um processo importante no que tange à promoção da emancipação social e ao fortalecimento da luta dos trabalhador@s. Contribuiu expressivamente para dar visibilidade às condições de vida e trabalho e desencadeou transformações significativas na vida dos trabalhadores. Formou redes e gerou troca de experiências mediadas pela cultura digital. As trocas de experiências possibilitaram a quebra de diversos preconceitos relativos às profissões historicamente e socialmente estigmatizadas e também a valorização e o reconhecimento da diversidade cultural brasileira. Contribuiu para mudanças de práticas, de visões de mundo e a transformação da exclusão e dos juízos de valores em acolhimento e afirmação de identidades. .