O documento discute a relação entre cultura e educação segundo Pierre Bourdieu. Segundo Bourdieu, a cultura é distribuída de forma desigual entre as classes sociais e é um meio de perpetuação das desigualdades no sistema educacional. A família transmite capital cultural que influencia o desempenho escolar. As lutas por valorização cultural são formas de manutenção do poder entre grupos sociais.
1) O documento discute a relação entre cultura e educação segundo o sociólogo Pierre Bourdieu, focando como a cultura é um fator que perpetua desigualdades sociais.
2) Bourdieu acredita que a cultura é transmitida nas famílias e reproduzida no sistema educacional, legitimando diferenças de classe como naturais.
3) Ele argumenta que as instituições educacionais camuflam conflitos sociais ao ensinar os valores da classe dominante, mas não dar a todos iguais condições de acesso.
Pierre Bourdieu analisou como a cultura e a educação estão relacionadas e como o sistema educacional reproduz as desigualdades sociais. Ele argumentou que o capital cultural, adquirido na família, influencia o desempenho e sucesso escolar dos estudantes e que as instituições educacionais transmitem os valores da classe dominante.
TÓPICOS EM EDUCAÇÃO II: Resumo do 2º bimestre multicuralismoIsrael serique
O documento discute as relações entre educação e cultura. Primeiro, aborda como a cultura era vista de forma monocultural e como a educação visava elevar as pessoas à cultura dominante. Depois, discute como passou a ser entendida de forma plural, reconhecendo diversas culturas. Por fim, argumenta que a escola deve adotar uma abordagem intercultural e multicultural, reconhecendo e valorizando diferentes identidades culturais.
Os slides apresentam 4 capítulos da obra: Escritos de Educação de Pierre Bourdieu, onde o autor faz uma reflexão sobre a metodologia científica e a ciência.
O documento discute como as escolas tendem a reproduzir desigualdades sociais ao invés de promover a meritocracia. As escolas frequentemente distribuem recursos e professores de forma desigual dependendo da riqueza da região, afetando a qualidade da educação recebida por alunos de diferentes classes sociais. Além disso, o sucesso escolar depende do capital cultural adquirido na família, fazendo com que as escolas reproduzam as desigualdades de geração em geração.
A escola reproduz as desigualdades sociais valorizando a cultura dominante e desvalorizando as classes populares. A violência simbólica contra as classes populares ocorre quando a escola desvaloriza sua história, conhecimentos e cultura. A função da escola é legitimar a ordem social existente.
O documento discute os conceitos de Pierre Bourdieu sobre educação e hierarquia social. Bourdieu argumenta que a escola tende a perpetuar desigualdades sociais ao tratar todos os alunos da mesma forma, ignorando suas diferentes origens culturais e sociais. Ele também analisa como o capital cultural adquirido na família influencia o sucesso escolar e como a escola valoriza a cultura das classes dominantes. Por fim, discute como a estrutura escolar funciona para excluir os alunos das classes menos favorecidas.
Papel da escola na reprodução social trabalhocarlonaviola
O documento discute o papel da escola na reprodução social de acordo com a teoria de Bourdieu e Passeron. Argumenta-se que a escola tende a reproduzir as desigualdades sociais ao privilegiar a cultura dominante e favorecer as classes dominantes, contribuindo para a manutenção da estrutura social existente. A escola é vista como um mecanismo de legitimação da ordem social que acaba por corroborar a estratificação de classes em vez de promover a ascensão social.
1) O documento discute a relação entre cultura e educação segundo o sociólogo Pierre Bourdieu, focando como a cultura é um fator que perpetua desigualdades sociais.
2) Bourdieu acredita que a cultura é transmitida nas famílias e reproduzida no sistema educacional, legitimando diferenças de classe como naturais.
3) Ele argumenta que as instituições educacionais camuflam conflitos sociais ao ensinar os valores da classe dominante, mas não dar a todos iguais condições de acesso.
Pierre Bourdieu analisou como a cultura e a educação estão relacionadas e como o sistema educacional reproduz as desigualdades sociais. Ele argumentou que o capital cultural, adquirido na família, influencia o desempenho e sucesso escolar dos estudantes e que as instituições educacionais transmitem os valores da classe dominante.
TÓPICOS EM EDUCAÇÃO II: Resumo do 2º bimestre multicuralismoIsrael serique
O documento discute as relações entre educação e cultura. Primeiro, aborda como a cultura era vista de forma monocultural e como a educação visava elevar as pessoas à cultura dominante. Depois, discute como passou a ser entendida de forma plural, reconhecendo diversas culturas. Por fim, argumenta que a escola deve adotar uma abordagem intercultural e multicultural, reconhecendo e valorizando diferentes identidades culturais.
Os slides apresentam 4 capítulos da obra: Escritos de Educação de Pierre Bourdieu, onde o autor faz uma reflexão sobre a metodologia científica e a ciência.
O documento discute como as escolas tendem a reproduzir desigualdades sociais ao invés de promover a meritocracia. As escolas frequentemente distribuem recursos e professores de forma desigual dependendo da riqueza da região, afetando a qualidade da educação recebida por alunos de diferentes classes sociais. Além disso, o sucesso escolar depende do capital cultural adquirido na família, fazendo com que as escolas reproduzam as desigualdades de geração em geração.
A escola reproduz as desigualdades sociais valorizando a cultura dominante e desvalorizando as classes populares. A violência simbólica contra as classes populares ocorre quando a escola desvaloriza sua história, conhecimentos e cultura. A função da escola é legitimar a ordem social existente.
O documento discute os conceitos de Pierre Bourdieu sobre educação e hierarquia social. Bourdieu argumenta que a escola tende a perpetuar desigualdades sociais ao tratar todos os alunos da mesma forma, ignorando suas diferentes origens culturais e sociais. Ele também analisa como o capital cultural adquirido na família influencia o sucesso escolar e como a escola valoriza a cultura das classes dominantes. Por fim, discute como a estrutura escolar funciona para excluir os alunos das classes menos favorecidas.
Papel da escola na reprodução social trabalhocarlonaviola
O documento discute o papel da escola na reprodução social de acordo com a teoria de Bourdieu e Passeron. Argumenta-se que a escola tende a reproduzir as desigualdades sociais ao privilegiar a cultura dominante e favorecer as classes dominantes, contribuindo para a manutenção da estrutura social existente. A escola é vista como um mecanismo de legitimação da ordem social que acaba por corroborar a estratificação de classes em vez de promover a ascensão social.
O documento discute o conceito de sujeito na educação, como um ser social que se desenvolve através de relações com outros. Também aborda a importância da cultura e identidade cultural na escola, para que todos os alunos se sintam incluídos. Defende que a educação é um direito universal que promove o desenvolvimento pleno do ser humano.
RESENHA
Neste livro, Bourdieu faz uma análise sobre as desigualdades escolares estruturadas nas desigualdades sociais, desvendando o mito dos “talentos” ou “dons” naturais. O objetivo do autor é analisar os mecanismos implícitos na constituição e manutenção da sociedade estudantil e do capital captado e re-captado por esta mesma sociedade para a “perpetuação” do sistema analisado em questão.
1) A Sociologia é apresentada como uma ciência social que estuda a sociedade e suas interações.
2) Os principais conceitos de sociedade apresentados são: um sistema de interações humanas, um sistema de símbolos, valores e normas, e uma rede de relacionamentos sociais.
3) A Sociologia contribui para a compreensão dos indivíduos de si mesmos e da sociedade em que vivem, analisando conceitos como senso comum, contatos sociais, grupos sociais e processos sociais presentes no cotidiano.
Multiculturalismo, diferença e identidade implicações no ensinoda história pa...Wellington Oliveira
O documento discute como o ensino de história nas escolas pode incorporar uma perspectiva multicultural que reconheça a diversidade cultural e as questões de identidade e diferença. Aborda dois enfoques de multiculturalismo e defende que um enfoque crítico questiona como as diferenças são construídas por relações de poder, em vez de apenas tolerar a diversidade. O objetivo é que o currículo escolar analise criticamente como identidades são formadas e diferenças são produzidas.
O documento discute como as teorias críticas do currículo questionam a neutralidade do conhecimento veiculado na escola e enxergam o currículo como um instrumento de poder que reproduz as desigualdades sociais, privilegiando os saberes das classes dominantes. Também reflete sobre como o currículo pode ser um espaço de resistência cultural e produção de novas identidades.
1) O documento discute as manifestações culturais lúdicas de lazer presentes na vida cotidiana de alunos de uma escola municipal em Londrina-PR.
2) Por meio de entrevistas com alunos, diversas atividades lúdicas foram identificadas, incluindo jogos, brincadeiras e esportes.
3) O documento defende que atividades culturais lúdicas devem fazer parte do currículo escolar para tornar a educação mais significativa para os alunos.
As relações de gênero e a pedagogia feminista.2cucuca
O documento discute as relações de gênero na sociedade e na educação, distinguindo gênero de sexo. A pedagogia feminista busca equilibrar o currículo, que atualmente reflete valores masculinos, incorporando também valores femininos considerados importantes para os seres humanos. A desigualdade histórica entre homens e mulheres precisa ser reconhecida e debatida na escola.
Nossas escolas não são as vossas as diferenças de classeMarcelo Batista
O texto aborda as relações entre sistema de ensino e classes sociais, partindo
de Bourdieu e valendo-se de estudos sobre a escolarização nas classes sociais no Brasil.
Extraíram-se, dos elementos empíricos, as constatações e análises sobre significado da
escola e processos de escolarização de grupos sociais, buscando princípios gerais ou pistas de investigação. É um esforço de sistematização para dispor de um quadro de referência para a investigação dos sistemas de ensino, particularmente os processos de escolarização. Verificou-se a comprovação do paradigma bourdieusiano de que, quando a
riqueza é distribuída de forma desigual, os modos dos grupos e classes se relacionarem
com o sistema de ensino dependem de suas propriedades e da importância dos bens culturais no conjunto das posses. A desconsideração disso faz do sistema de ensino instrumento da distribuição desigual das riquezas, em que são favorecidos os que dispõem de
condições prévias à sua recepção e acumulação e são excluídos os que não as possuem.
Educação intercultural e culturas da escola: diálogo entre teóricos e propost...Everaldo Gomes
O documento discute como a cultura escolar e a cultura da escola podem possibilitar ou impedir o desenvolvimento de uma educação intercultural. Primeiro, caracteriza essas culturas e a educação intercultural com base em teóricos. Segundo, analisa propostas de pesquisa em educação matemática que abordam essas temáticas. Terceiro, conclui que é necessário superar a cultura escolar homogeneizadora e valorizar a cultura da escola para uma educação intercultural.
10 meninos e meninas - expectativas corporais -Amanda Cardoso
Este documento discute como as expectativas corporais de meninos e meninas são construídas socialmente e afetam a educação física escolar. Analisa como o gênero é uma construção cultural que difere entre culturas e como isso se manifesta na escola através do esporte e das interações entre alunos. Defende uma abordagem pedagógica que promova a igualdade e a inclusão de todos os alunos.
1) O artigo discute a relação entre cultura negra, educação e racismo no Brasil.
2) Defende que a cultura negra é uma particularidade cultural construída historicamente pelo povo negro, mas que sofre influência do racismo na sociedade brasileira.
3) Argumenta que as discussões sobre cultura negra na educação precisam levar em conta o racismo, evitando reduzir a cultura negra a aspectos folclóricos.
Currículo e Formação: Diversidade e Relações Étnico-raciaispetconexoes
O documento apresenta informações sobre os autores Cláudio Orlando Costa do Nascimento e Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus, que escreveram o livro "Currículo e Formação: diversidade e educação das relações étnico-raciais". O texto também fornece detalhes sobre a obra, incluindo seu enfoque na noção de diversidade e perspectivas étnico-raciais, bem como discussões sobre currículo, formação docente e identidades. Finalmente, o documento menciona um seminário marcado para apresentar análises sobre a
O documento discute a relação entre cultura negra e educação no Brasil. A autora argumenta que a cultura é construída historicamente e representa as vivências dos sujeitos. A cultura negra foi construída no contexto da escravidão e do racismo e influencia as relações entre negros e brancos na sociedade brasileira. A educação escolar deve reconhecer essa cultura e combater a discriminação racial por meio de práticas pedagógicas inclusivas.
O documento discute três tipos de currículo na história da educação - tradicional, crítico e pós-crítico - e como eles refletem as dinâmicas sociais e de poder em diferentes períodos. Também analisa como o currículo atual no Brasil tenta abranger a diversidade cultural de forma híbrida, mas enfrenta desafios de identidade na prática escolar.
Este documento discute como as diferenças, estereótipos e preconceitos no ambiente escolar podem levar à violência entre adolescentes e jovens. Ele argumenta que as identidades são construídas socialmente e influenciadas por fatores como raça, classe e gênero, e que a interação com aqueles percebidos como "diferentes" na escola pode resultar em conflitos e violência se não for problematizada. O objetivo é refletir sobre como abordar essas questões para promover um ambiente escolar mais inclusivo e pacífico.
Texto 2 - Currículo Intercultural e o processo de implantação da Lei 11. 645...Vanubia_sampaio
1. A Lei 11.645 de 2008 surgiu como resposta às práticas sociais discriminatórias contra indígenas e afro-brasileiros, como o assassinato de Galdino Pataxó em 1997.
2. A lei teve antecedentes históricos como teorias pós-críticas do currículo e estudos culturais que problematizaram a visão eurocêntrica, e um livro didático de 1995 sobre povos indígenas.
3. Entre as interpretações e expectativas da lei, está o combate
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL: a ressignificaçao dos centros escolares.Wilson Melo
A diversidade é uma riqueza da humanidade (UNESCO, 2002). Valorizá-la significa potencializar o respeito à dignidade humana. É, ainda, um fator de fortalecimento da democracia. Esse valor gera uma cultura ponderada da paz como necessidade e utopia. Em um plano mais terreno, redunda em justiça social. O social
como imperativo fundante da condição humana. A ressignificação desse movimento implica a (des)construção/(re)construção dos tempos e dos espaços que o opercionalizam. E constitui ponto para os centros escolares e para o currículo em sua acepção ressignificada.
O documento discute questões sobre currículo, diferença cultural e diálogo. Aborda os conceitos de multiculturalismo, pluralismo social e como lidar com a diversidade no currículo escolar de forma a valorizar as diferentes culturas. Defende que o diálogo é essencial para reconhecer as diferenças e estabelecer relações interculturais que permitam um entendimento mútuo.
O documento discute a história da educação e da escola ao longo dos séculos. Apresenta como a escola desempenhou diferentes papéis ao longo do tempo, desde a Antiguidade até a Idade Média, quando Carlos Magno estabeleceu programas de estudo baseados nas sete artes liberais. Também aborda a percepção do mundo no século XIX e os diferentes papéis da escola segundo teóricos como Charlot.
O documento discute a teorização crítica sobre currículo, focando nas relações de desigualdade e poder na educação. Aborda como o currículo é enviesado racialmente, celebrando identidades dominantes. Defende um currículo crítico que desconstrua narrativas hegemônicas e enfatize a questão política da representação, concebendo identidade como histórica e relacional.
Este documento discute os elementos formadores dos textos do Novo Testamento. O artigo argumenta que embora o Novo Testamento seja uma literatura sagrada, seus escritos trazem elementos claros de seu tempo e povo, como a língua grega, hebraica e aramaica, além das memórias individuais dos escritores que foram testemunhas dos eventos de Jesus.
O artigo discute como o Cristianismo sempre concebeu a fé como tendo fundamentos históricos, desde sua origem. A Bíblia apresenta a história como tendo significado teológico e valor qualitativo, mostrando que Deus se revelou na história humana. Isso significa que o Cristianismo pode ter evidências históricas que ratificam sua veracidade.
O documento discute o conceito de sujeito na educação, como um ser social que se desenvolve através de relações com outros. Também aborda a importância da cultura e identidade cultural na escola, para que todos os alunos se sintam incluídos. Defende que a educação é um direito universal que promove o desenvolvimento pleno do ser humano.
RESENHA
Neste livro, Bourdieu faz uma análise sobre as desigualdades escolares estruturadas nas desigualdades sociais, desvendando o mito dos “talentos” ou “dons” naturais. O objetivo do autor é analisar os mecanismos implícitos na constituição e manutenção da sociedade estudantil e do capital captado e re-captado por esta mesma sociedade para a “perpetuação” do sistema analisado em questão.
1) A Sociologia é apresentada como uma ciência social que estuda a sociedade e suas interações.
2) Os principais conceitos de sociedade apresentados são: um sistema de interações humanas, um sistema de símbolos, valores e normas, e uma rede de relacionamentos sociais.
3) A Sociologia contribui para a compreensão dos indivíduos de si mesmos e da sociedade em que vivem, analisando conceitos como senso comum, contatos sociais, grupos sociais e processos sociais presentes no cotidiano.
Multiculturalismo, diferença e identidade implicações no ensinoda história pa...Wellington Oliveira
O documento discute como o ensino de história nas escolas pode incorporar uma perspectiva multicultural que reconheça a diversidade cultural e as questões de identidade e diferença. Aborda dois enfoques de multiculturalismo e defende que um enfoque crítico questiona como as diferenças são construídas por relações de poder, em vez de apenas tolerar a diversidade. O objetivo é que o currículo escolar analise criticamente como identidades são formadas e diferenças são produzidas.
O documento discute como as teorias críticas do currículo questionam a neutralidade do conhecimento veiculado na escola e enxergam o currículo como um instrumento de poder que reproduz as desigualdades sociais, privilegiando os saberes das classes dominantes. Também reflete sobre como o currículo pode ser um espaço de resistência cultural e produção de novas identidades.
1) O documento discute as manifestações culturais lúdicas de lazer presentes na vida cotidiana de alunos de uma escola municipal em Londrina-PR.
2) Por meio de entrevistas com alunos, diversas atividades lúdicas foram identificadas, incluindo jogos, brincadeiras e esportes.
3) O documento defende que atividades culturais lúdicas devem fazer parte do currículo escolar para tornar a educação mais significativa para os alunos.
As relações de gênero e a pedagogia feminista.2cucuca
O documento discute as relações de gênero na sociedade e na educação, distinguindo gênero de sexo. A pedagogia feminista busca equilibrar o currículo, que atualmente reflete valores masculinos, incorporando também valores femininos considerados importantes para os seres humanos. A desigualdade histórica entre homens e mulheres precisa ser reconhecida e debatida na escola.
Nossas escolas não são as vossas as diferenças de classeMarcelo Batista
O texto aborda as relações entre sistema de ensino e classes sociais, partindo
de Bourdieu e valendo-se de estudos sobre a escolarização nas classes sociais no Brasil.
Extraíram-se, dos elementos empíricos, as constatações e análises sobre significado da
escola e processos de escolarização de grupos sociais, buscando princípios gerais ou pistas de investigação. É um esforço de sistematização para dispor de um quadro de referência para a investigação dos sistemas de ensino, particularmente os processos de escolarização. Verificou-se a comprovação do paradigma bourdieusiano de que, quando a
riqueza é distribuída de forma desigual, os modos dos grupos e classes se relacionarem
com o sistema de ensino dependem de suas propriedades e da importância dos bens culturais no conjunto das posses. A desconsideração disso faz do sistema de ensino instrumento da distribuição desigual das riquezas, em que são favorecidos os que dispõem de
condições prévias à sua recepção e acumulação e são excluídos os que não as possuem.
Educação intercultural e culturas da escola: diálogo entre teóricos e propost...Everaldo Gomes
O documento discute como a cultura escolar e a cultura da escola podem possibilitar ou impedir o desenvolvimento de uma educação intercultural. Primeiro, caracteriza essas culturas e a educação intercultural com base em teóricos. Segundo, analisa propostas de pesquisa em educação matemática que abordam essas temáticas. Terceiro, conclui que é necessário superar a cultura escolar homogeneizadora e valorizar a cultura da escola para uma educação intercultural.
10 meninos e meninas - expectativas corporais -Amanda Cardoso
Este documento discute como as expectativas corporais de meninos e meninas são construídas socialmente e afetam a educação física escolar. Analisa como o gênero é uma construção cultural que difere entre culturas e como isso se manifesta na escola através do esporte e das interações entre alunos. Defende uma abordagem pedagógica que promova a igualdade e a inclusão de todos os alunos.
1) O artigo discute a relação entre cultura negra, educação e racismo no Brasil.
2) Defende que a cultura negra é uma particularidade cultural construída historicamente pelo povo negro, mas que sofre influência do racismo na sociedade brasileira.
3) Argumenta que as discussões sobre cultura negra na educação precisam levar em conta o racismo, evitando reduzir a cultura negra a aspectos folclóricos.
Currículo e Formação: Diversidade e Relações Étnico-raciaispetconexoes
O documento apresenta informações sobre os autores Cláudio Orlando Costa do Nascimento e Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus, que escreveram o livro "Currículo e Formação: diversidade e educação das relações étnico-raciais". O texto também fornece detalhes sobre a obra, incluindo seu enfoque na noção de diversidade e perspectivas étnico-raciais, bem como discussões sobre currículo, formação docente e identidades. Finalmente, o documento menciona um seminário marcado para apresentar análises sobre a
O documento discute a relação entre cultura negra e educação no Brasil. A autora argumenta que a cultura é construída historicamente e representa as vivências dos sujeitos. A cultura negra foi construída no contexto da escravidão e do racismo e influencia as relações entre negros e brancos na sociedade brasileira. A educação escolar deve reconhecer essa cultura e combater a discriminação racial por meio de práticas pedagógicas inclusivas.
O documento discute três tipos de currículo na história da educação - tradicional, crítico e pós-crítico - e como eles refletem as dinâmicas sociais e de poder em diferentes períodos. Também analisa como o currículo atual no Brasil tenta abranger a diversidade cultural de forma híbrida, mas enfrenta desafios de identidade na prática escolar.
Este documento discute como as diferenças, estereótipos e preconceitos no ambiente escolar podem levar à violência entre adolescentes e jovens. Ele argumenta que as identidades são construídas socialmente e influenciadas por fatores como raça, classe e gênero, e que a interação com aqueles percebidos como "diferentes" na escola pode resultar em conflitos e violência se não for problematizada. O objetivo é refletir sobre como abordar essas questões para promover um ambiente escolar mais inclusivo e pacífico.
Texto 2 - Currículo Intercultural e o processo de implantação da Lei 11. 645...Vanubia_sampaio
1. A Lei 11.645 de 2008 surgiu como resposta às práticas sociais discriminatórias contra indígenas e afro-brasileiros, como o assassinato de Galdino Pataxó em 1997.
2. A lei teve antecedentes históricos como teorias pós-críticas do currículo e estudos culturais que problematizaram a visão eurocêntrica, e um livro didático de 1995 sobre povos indígenas.
3. Entre as interpretações e expectativas da lei, está o combate
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL: a ressignificaçao dos centros escolares.Wilson Melo
A diversidade é uma riqueza da humanidade (UNESCO, 2002). Valorizá-la significa potencializar o respeito à dignidade humana. É, ainda, um fator de fortalecimento da democracia. Esse valor gera uma cultura ponderada da paz como necessidade e utopia. Em um plano mais terreno, redunda em justiça social. O social
como imperativo fundante da condição humana. A ressignificação desse movimento implica a (des)construção/(re)construção dos tempos e dos espaços que o opercionalizam. E constitui ponto para os centros escolares e para o currículo em sua acepção ressignificada.
O documento discute questões sobre currículo, diferença cultural e diálogo. Aborda os conceitos de multiculturalismo, pluralismo social e como lidar com a diversidade no currículo escolar de forma a valorizar as diferentes culturas. Defende que o diálogo é essencial para reconhecer as diferenças e estabelecer relações interculturais que permitam um entendimento mútuo.
O documento discute a história da educação e da escola ao longo dos séculos. Apresenta como a escola desempenhou diferentes papéis ao longo do tempo, desde a Antiguidade até a Idade Média, quando Carlos Magno estabeleceu programas de estudo baseados nas sete artes liberais. Também aborda a percepção do mundo no século XIX e os diferentes papéis da escola segundo teóricos como Charlot.
O documento discute a teorização crítica sobre currículo, focando nas relações de desigualdade e poder na educação. Aborda como o currículo é enviesado racialmente, celebrando identidades dominantes. Defende um currículo crítico que desconstrua narrativas hegemônicas e enfatize a questão política da representação, concebendo identidade como histórica e relacional.
Este documento discute os elementos formadores dos textos do Novo Testamento. O artigo argumenta que embora o Novo Testamento seja uma literatura sagrada, seus escritos trazem elementos claros de seu tempo e povo, como a língua grega, hebraica e aramaica, além das memórias individuais dos escritores que foram testemunhas dos eventos de Jesus.
O artigo discute como o Cristianismo sempre concebeu a fé como tendo fundamentos históricos, desde sua origem. A Bíblia apresenta a história como tendo significado teológico e valor qualitativo, mostrando que Deus se revelou na história humana. Isso significa que o Cristianismo pode ter evidências históricas que ratificam sua veracidade.
O artigo discute o fundamentalismo e a sociedade pós-moderna. Ele descreve o surgimento do fundamentalismo como uma resposta às transformações históricas na tecnologia, economia, comunicação e religião, visando trazer a sociedade moderna de volta aos valores absolutos das Escrituras Sagradas. O fundamentalismo é caracterizado por sua visão conservadora do mundo e oposição à globalização e modernidade. O artigo também traça o desenvolvimento histórico do fundamentalismo e sua influência atual.
O CRISTIANISMO, ESCRAVIDÃO E TRANSFORMAÇÃO SOCIALIsrael serique
O documento discute como o pensamento do apóstolo Paulo sobre a dignidade humana poderia ter ocasionado transformações sociais no Império Romano em relação à escravidão. A sociedade romana era estratificada e apenas a elite aristocrática tinha direitos e liberdade, enquanto os escravos eram vistos como propriedade e não tinham dignidade. Paulo defendia que todos os seres humanos compartilham igual dignidade independente de status social, o que poderia desafiar a ordem social estabelecida em Roma.
O documento discute a "Pax Romana" e como ela foi usada pelo Império Romano para justificar suas ações violentas e discriminatórias para estabelecer a ordem imperial. A paz romana beneficiava principalmente os poderosos em Roma e não contemplava os pobres, escravos e mulheres que sofriam exploração e violência sob o domínio romano. O texto contrasta esta "paz" romana com a "Eirene" oferecida por Jesus Cristo, que traria uma paz verdadeira para todos.
O documento discute o modelo conflitual para análise dos textos sagrados. Ele descreve como as sociedades antigas viam a religião como a única lente para entender o mundo, enquanto os gregos começaram a questionar princípios religiosos e analisar fenômenos de forma racional. O Renascimento trouxe o humanismo e questionamento crítico, influenciando a Reforma Protestante. O Iluminismo rejeitou verdades não comprovadas pela razão, aplicando crítica até à religião.
A reprodução cultural refere-se à renovação da cultura sem modificações. A escola participa na transmissão da cultura dominante e na reprodução da desigualdade social, legitimando o insucesso das crianças das classes populares. Bourdieu argumenta que a escola impõe a cultura dominante, mesmo às crianças de meios culturais diferentes, reproduzindo as relações de dominação.
O documento resume a obra "Documentos de Identidade" de Tomaz Tadeu da Silva, que analisa as teorias do currículo desde sua origem até as teorias pós-críticas. Discute como as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas influenciaram os estudos curriculares e a formação da subjetividade. Também aborda como questões como gênero, raça e sexualidade influenciam a produção e reprodução das desigualdades na sociedade por meio do currículo.
Este documento discute a sociologia da educação no Brasil e como ela tem se concentrado principalmente no estudo da escola. Argumenta-se que, embora a escola seja importante, uma abordagem mais ampla é necessária para considerar outros agentes de socialização como a família e a mídia. Também critica a segmentação excessiva dentro do campo e defende uma perspectiva não escolar no estudo sociológico da educação.
1) O documento discute as manifestações lúdicas de lazer presentes na vida cotidiana de alunos e como elas poderiam ser incluídas no currículo escolar.
2) Uma pesquisa foi realizada com alunos de 1a e 2a série de uma escola municipal em Londrina para identificar suas atividades lúdicas de lazer.
3) A pesquisa mostrou a diversidade de atividades lúdicas entre os alunos e defende a inclusão dessas manifestações culturais no currículo para torná-lo mais
O documento discute os fundamentos sociológicos da educação. Apresenta conceitos-chave da sociologia como processo social, socialização, poder e status. Discute também a sociologia da educação e seu papel em analisar a escola como instituição social. Finalmente, resume as contribuições de Augusto Comte e Émile Durkheim como primeiros sociólogos a estudar os fenômenos sociais e a educação.
1. O documento discute a importância da Sociologia da Educação para a Pedagogia, abordando o papel da sociologia na educação e sua função social.
2. Apresenta três momentos importantes para a Sociologia da Educação: a institucionalização da disciplina no pós-guerra, o período de 1965-1975 que questionou o papel reprodutor da escola, e a partir de 1980 quando a disciplina passou a investigar tanto fatores micro quanto macro.
3. Reflete sobre o "ser professor", questionando para que e para quem os professores ex
Educação Escolar, Cultura e Diversidade.Texto de Antonio Flávio e Vera CandauSeduc MT
Apresentação em slide sobre o texto : Educação Escolar e Cultura(s) Construindo Caminhos .Texto de ANTONIO FLAVIO BARBOSA MOREIRA e VERA MARIA CANDAU .
Pierre Bourdieu foi um importante sociólogo francês do século XX. Ele estudou como as desigualdades sociais são perpetuadas através da educação e do gosto cultural, mostrando que o capital cultural adquirido na família influencia o desempenho e as oportunidades dos alunos. Bourdieu também criticou a reprodução das elites dominantes e a violência simbólica exercida pelo sistema escolar.
O presente artigo tem a pretensão de fazer um debate sobre os impactos que os processos de exclusão social e econômica, bem como o desrespeito ao direito à diferença sobre o ambiente escolar, atingindo diretamente a formação intelectual, o aprendizado e a socialização de estudantes que vivem em uma condição de desigualdade social. Nessa perspectiva, tornou-se oportuno trazer duas famosas teorias educacionais que enxergam a escola, tanto como um aparelho ideológico do Estado, como também, um espaço propício à violência simbólica. Visto essas concepções, o estudo se debruça sobre algumas situações de fracasso escolar envolvendo estudantes negros, homossexuais e mulheres, mostrando o quanto o ambiente escolar não é capaz de se constituir como um espaço de aprendizagem, auto-estima e emancipação, em virtude dos princípios vigentes no sistema de ensino. E diante dessas concepções, espera-se trazer a baila uma visão mais crítica sobre os valores educacionais vigentes e como eles atuam para corroborar ainda mais para a solidificação de uma sociedade individualista e alicerçada por uma isonomia abstrata e uma cidadania que ao uniformizar às diferenças, acentua ainda mais as desigualdades.
O documento discute como a escola reproduz as desigualdades sociais de acordo com a teoria de Pierre Bourdieu. A escola valoriza os alunos de cultura privilegiada em detrimento dos esforçados, e legitima a ordem social através da distribuição seletiva de conhecimentos. Isso resulta na eliminação contínua das crianças de classes desfavorecidas.
O documento discute o processo de ensino-aprendizagem sob a perspectiva da sociologia da educação. Apresenta as visões de diversos sociólogos como Durkheim, Marx, Weber, Bourdieu e Freire sobre o papel da educação e da escola na sociedade e no processo de socialização. Também aborda os diferentes estilos de aprendizagem e formas de transmissão do conhecimento, como a importância da linguagem, da socialização primária e da dimensão lúdica no aprendizado.
A sociologia da educação de pierre bourdieuLilianeBA
O documento discute a sociologia da educação de Pierre Bourdieu, destacando suas principais contribuições e limites. Na primeira parte, analisa como Bourdieu viu a relação entre herança familiar e desempenho escolar. Na segunda parte, discute as teses de Bourdieu sobre o papel da escola na reprodução e legitimação das desigualdades sociais.
O documento discute a sociologia da educação e como ela estuda as relações entre indivíduos na escola e como a escola é influenciada pela sociedade. Também analisa os paradigmas do consenso e do conflito na educação e como a escola pode tanto reproduzir quanto transformar a sociedade.
O curso tem como principal objetivo introduzir vocês, futuros educadores, ao modo
sociológico de pensar as experiências educacionais. Abordaremos três eixos fundamentais - a
educação como processo social, o estudo sociológico da escola e temas relevantes da educação escolar
brasileira - cada um articulado a diferentes dimensões para uma análise aprofundada da educação
O documento discute como a violência é utilizada na universidade para regular expressões de gênero e sexualidade de forma espetacularizada em trotes e cotidianamente. Relatos mostram violência física e simbólica contra estudantes LGBT por meio de demarcação de espaços e práticas que constroem um ambiente heteronormativo.
O documento discute como a violência é utilizada na universidade para regular expressões de gênero e sexualidade de forma espetacularizada em trotes e cotidianamente. Relatos mostram violência física e simbólica contra estudantes LGBT por meio de demarcação de espaços e práticas que constroem um ambiente heteronormativo.
Este documento discute a ecologia dos saberes e a descolonização do currículo escolar. Apresenta conceitos de autores como Boaventura de Sousa Santos e Nilma Lino Gomes sobre a inclusão de diferentes culturas e saberes no currículo. Defende que a escola deve acolher vozes e saberes de bebês, crianças e comunidades para uma educação crítica e emancipatória.
O documento discute as terminologias usadas para descrever processos educativos fora da escola e mapeia as tendências dessas abordagens baseadas em seus fundamentos filosóficos. Argumenta que o debate terminológico não é neutro e que a educação escolar e não escolar são determinadas e determinantes da vida social.
O documento resume a vida e obra do teórico da educação Henry Giroux. Ele critica as teorias tradicionais da educação por não considerarem a escola como um espaço de luta cultural e resistência. Giroux também analisa as teorias da reprodução social que enfatizam demais a dominação nas escolas, ignorando formas de resistência dos estudantes. Ele defende uma teoria crítica da educação que una estrutura e ação humana de forma dialética.
1) O documento discute os impactos das tecnologias digitais na sociedade, educação e comportamentos, em um momento de transição entre paradigmas.
2) As tecnologias digitais trouxeram novas formas de acesso à informação, comunicação e relações sociais, econômicas e políticas, representando uma mudança de paradigma.
3) A escola enfrenta desafios nessa transição por precisar educar estudantes "nativos digitais" com referenciais diferentes, em uma estrutura ainda baseada no paradigma anterior
O documento discute o programa Brasil Alfabetizado voltado para a alfabetização de jovens e adultos no Brasil. O programa fornece assistência técnica e financeira aos municípios para a execução de cursos de alfabetização, por meio de políticas públicas redistributivas, como bolsas, e distributivas, como material escolar. A política pública regulatória que rege o programa é a Resolução no 25/2018.
O documento discute os fundamentos da educação básica, incluindo fundamentos antropológicos, históricos, psicológicos, pedagógicos, metodológicos e legais.
O documento discute a psicogênese da língua escrita e seus equívocos na alfabetização. Aborda como a criança constrói o conhecimento da escrita de forma autônoma, com o professor como mediador, e como a segmentação silábica é importante. Também destaca consequências negativas de interpretações equivocadas, como dificuldades na definição de alfabetização e letramento e no ensino sistemático da escrita.
O documento discute a teoria de Ferreiro e Teberosky sobre os estágios da alfabetização, incluindo os níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. Também descreve como a teoria foi aplicada de forma equivocada, excluindo conteúdos importantes da alfabetização. A pesquisa de Ferreiro e Teberosky buscou entender como as crianças constroem seu conhecimento sobre a escrita.
O documento discute as teorias de vários pensadores fundamentais da educação, como Comenius, Rousseau, Wallon, Piaget, Vygotsky, Dewey, Rogers, Freire e Ausubel. Estes teóricos defenderam ideias progressistas sobre como a educação deve respeitar o desenvolvimento natural da criança, enfatizar a aprendizagem significativa por meio da experiência, e promover a igualdade de oportunidades para todos os alunos.
O documento discute a Pedagogia como ciência da educação e sua relação com a formação de professores. Aponta que o currículo de Pedagogia se concentra demais na docência em detrimento do estudo do fenômeno educativo em toda a sua complexidade. Vários autores citados defendem a Pedagogia como ciência autônoma que tem como objeto de estudo a educação em todas as suas dimensões.
A educação básica é fundamental para o desenvolvimento humano. O documento discute como os processos educativos moldam o ser humano desde a infância. O autor, Prof. Dr. Israel Serique, analisa os fundamentos da educação básica e seu papel na formação do indivíduo.
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O documento discute a teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget. Segundo Piaget, o desenvolvimento da inteligência ocorre em estágios sucessivos, com complexidades crescentes, desde o período sensório-motor até o período operatório abstrato. Cada estágio apresenta características próprias de pensamento, linguagem e socialização da criança. O documento também discute a relevância do pensamento piagetiano para a compreensão do desenvolvimento infantil.
O documento discute a história da escrita e alfabetização desde as pinturas rupestres na Pré-História até o desenvolvimento dos primeiros sistemas de escrita como o cuneiforme na Mesopotâmia e o hieróglifo no Egito. Também aborda a evolução dos sistemas de escrita do pictográfico para o alfabético, com destaque para o alfabeto fenício e as inovações do alfabeto grego com a representação das vogais.
1) O documento discute as capacidades cognitivas e comportamentais de animais, incluindo aprendizagem, emoções, uso de ferramentas, memória, inteligência, agricultura, construção e comunicação.
2) Alguns animais, como chimpanzés, demonstram capacidades como riso, uso de ferramentas e conforto mútuo.
3) Formigas praticam agricultura há milhões de anos cultivando fungos, e cupins cultivam fungos exclusivos.
Este documento discute o potencial das novas tecnologias nos processos educativos na modalidade de educação a distância (EaD). Ele apresenta: 1) blogs e redes sociais como ferramentas para compartilhamento de conteúdos educativos; 2) a plataforma Moodle para organização de cursos online; 3) diversas possibilidades educacionais proporcionadas pelas novas tecnologias para a EaD, como vídeos instrucionais e processos avaliativos online.
Este documento discute o uso de novas tecnologias no processo educativo presencial. Ele descreve como computadores, tablets, lousas digitais e outros recursos podem ser usados para aprimorar o ensino e a aprendizagem, desde que escolhidos com objetivos pedagógicos claros. Também reconhece os desafios de integrar a tecnologia de forma a não distrair os alunos e mantê-los focados nos estudos.
Este documento discute a deficiência e os deficientes na história e em diferentes contextos culturais e religiosos. Ele é dividido em quatro seções: 1) a deficiência entre os judeus na Bíblia hebraica, 2) a deficiência na literatura do Novo Testamento, 3) a percepção dos deficientes na Idade Moderna e 4) a questão da deficiência na história do Brasil.
O documento discute a história do desenvolvimento tecnológico e sua relação com a educação. Ele define termos como técnica e tecnologia e descreve suas funções sociais. Além disso, analisa como as novas tecnologias podem ser aplicadas nos processos educativos presenciais e a distância.
Aula 04: equipamentos e materiais didáticosIsrael serique
Este documento apresenta um módulo sobre equipamentos e materiais didáticos, destacando a importância da perseverança do aluno. O aluno é instruído a ficar atento a ícones que fornecem explicações adicionais, textos e listas de exercícios para aprimorar sua compreensão da matéria.
Este documento discute a história da deficiência e das pessoas com deficiência ao longo dos tempos. Aborda como as sociedades primitivas, grega e romana viam a deficiência, geralmente associando-a a castigos divinos ou imperfeições. Também explica como as pessoas com deficiência eram muitas vezes excluídas ou abandonadas nesses períodos. Por fim, apresenta brevemente os conceitos atuais de deficiência e como as leis garantem os direitos dessas pessoas.
Este documento discute os objetivos do ensino fundamental brasileiro e as mudanças trazidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997-1998, incluindo a ênfase no estudante como sujeito histórico e nas relações entre conteúdos escolares e a realidade, assim como a necessidade de reformulação dos espaços educativos e materiais didáticos de acordo com as novas diretrizes.
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vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
1. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
Mestre e Doutorando em Ciências da Religião (PUC-Go),
Licenciado em Pedagogia e História (UVA-Ce), Bacharel em
Teologia (FACETEN-Ro), Licenciando em Matemática (UNIFAN-
Go). Docente no Curso de Licenciatura em Pedagogia (FANAP-
Go) e Bacharelado em Teologia (SPBC-Go).
Em um dos seus artigos intitulado “Cultura, culturas e educação”
(2003), Veiga-Neto disserta sobre as possíveis relações existentes entre
cultura e educação. Segundo o autor, tratar sobre estes assuntos não é
tarefa simples de realizar visto que tais vocábulos estão envolvidos por
uma complexa teia conceitual, na qual não há unanimidade.1
Contudo, apesar dos embates conceituais, a questão do valor da
cultura, como elemento importante para a análise dos fenômenos sociais,
tem se mostrado relevante na problematização de questões de caráter
especificamente educacional e pedagógico.
Tal ênfase na cultura, como fator preponderante à análise das
questões educativas, se dá, segundo Hall (apud VEIGA-NETO, 2003, p.
6), não pelo entendimento que a cultura seja um elemento central ou que
ela ocupe uma posição singular e de destaque, todavia porque ela
perpassa todas as construções e relações e as representações das
mesmas.
E foi neste contexto, de reflexões sobre a educação como
atividade humana e as suas mais variadas formas de existir nos espaços
sociais e sua relação com a cultura, que o sociólogo francês Pierre
Bourdieu deu sua contribuição à educação.
Nascido em 1930, em uma família na qual seu pai exerceu o
trabalho de carteiro durante toda a sua vida e sua mãe era oriunda de
uma família camponesa abastada, Bourdieu experimentou em seu próprio
círculo familiar as tensões existentes na macro realidade social, visto que
1
Por exemplo, segundo Wilhiams (1992, p. 3), a cultura seria um conjunto de
significações através das quais certa ordem social é comunicada, reproduzida,
vivenciada e estudada.
2. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
a família de sua mãe considerava a união de seus pais como desastrosa
(PEREIRA, s.a., p. 11).
Em tal conjuntura familiar, a história pessoal de Bourdieu e sua
caminhada acadêmica evidenciam o quanto este sociólogo teve que
superar os condicionantes históricos e sociais até completar sua formação
intelectual e ser projetado como um dos pensadores mais relevantes de
nossa época.
Segundo Pereira, após seus estudos no ensino médio, Bourdieu
seguiu seus estudos no Liceu Loius Le-Grand,2
o qual era uma das
importantes e tradicionais instituições educacionais de Paris. Neste
espaço acadêmico iniciou seus estudos em filosofia no ano de 1951 e
graduou-se em 1964.
Após este período, Bourdieu prestou serviço militar na Argélia.3
E,
segundo Wacquant, é neste contexto conflitual que Bourdieu passa por
um processo de conversão da filosofia para à sociologia.
Essa vivência imediata das dolorosas realidades
das guerras travadas pela França contra o
nacionalismo argelino mudou o destino intelectual
de Bourdieu para sempre: a experiência despertou
seu interesse pela sociedade argelina, de um
ponto de vista político e científico social (apud
PEREIRA, s.a., p. 12).
Segundo Nogueira, a contribuição de Bourdieu se deu
especialmente em suas pesquisas e teorizações sobre os mecanismos
das relações de poder no campo cultural.
[...] Os estudos produzidos por ele são hoje
referências, dada a fertilidade de instrumentos
conceituais para a compreensão das estratégias
de reprodução da sociedade, das lutas simbólicas
travadas pela apropriação de bens que, no plano
cultural, são realizadas por agentes sociais
visando ao monopólio da competência e poder [...]
(2011, p. 68).
2
Mesmo diante de uma condição social desfavorável, Bourdieu destacou-se nos estudos
por seu esforço. Tal espírito aplicado foi reconhecido por meio de uma bolsa de estudos
para o ensino médio.
3
Neste período a Argélia lutava por sua independência, visto ser uma colônia francesa.
Bourdieu publicou o livro Sociologie de L’Algerie (1958), no qual evidencia que os
argelinos haviam sido espoliados dos seus bens pela lei Warnier, de 1873. Esta lei
permitia que os franceses tomassem terras dos argelinos e vendessem a imigrantes.
3. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
Desta nova postura diante dos fenômenos sociais, Bourdieu
elaborou profícua literatura na qual seus conceitos e análises dos
movimentos de seu tempo se fazem presentes. E dos muitos temas
abordados por Bourdieu em seus livros,4
artigos e palestras, a educação
desponta com singular destaque.
Este “propósito obstinado de desvendar, de maneira fértil, os
mecanismos de poder que permeiam as intrincadas redes de relações
sociais” (GUIMARÃES, 2002, p. 86), conduziu Bourdieu a realizar
análises críticas à educação tendo como foco as relações de poder
oriundas do complexo mundo do capital cultural e sua relação direta com
o êxito e reprovação no sistema educacional.
Na obra “Escritos de educação” (1998), Nogueira e Catani
apresentam alguns textos nos quais Bourdieu analisa a educação sob o
viés das desigualdades sociais. Nestes, tal autor apresenta a tese na qual
o sistema escolar, longe de ser um fator de mobilidade social, é
representado como um dos componentes sociais mais eficazes na tarefa
de perpetuação das relações sociais de poder.
E a justificativa para isto, segundo Bourdieu, é que o sistema
escolar oferece toda aparência e argumentos legitimadores das
diferenças sociais, além do que, confirma a herança cultural, e o status
social é posto como pertencente à esfera do natural (BOURDIEU apud
NOGUEIRA, CATANI, 1998, p. 41).
Estas diferenças, contudo, não são nem primárias, nem
unicamente reforçadas pelo sistema escolar. O primeiro espaço social no
qual os indivíduos são postos em diferenciação como outra coletividade é
a família. Segundo Bourdieu,
Na realidade, cada família transmite a seus filhos
mais por vias indiretas que diretas, um certo
capital cultural
5
e um certo ethos, sistema de
4
Uma de suas primeiras obras foi Lês Héritiers, lês Édudiants et l aculture, escrito
juntamente com Jean-Claude Passeron (CATANI, s.a., p.17).
5
Para Bourdieu o capital cultural está presente na vida dos indivíduos sob três formas:
no estado incorporado sua presença se mostra por meio das disposições duráveis do
organismo, presentes nos gostos, na habilidade maior ou menor de verbalização ou
escrita da língua culta e nas infirmações sobre o mundo escolar. Tais caracteres na vida
4. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
valores implícitos e profundamente interiorizados
que contribuem para definir, entre coisas, as
atitudes face ao capital cultural
6
e à instituição
escolar. A herança cultural, que difere, sob dois
aspectos, segundo as classes sociais, é a
responsável pela diferença inicial das crianças
diante da experiência escolar e,
consequentemente, pelas taxas de êxito (apud
NOGUEIRA, CATANI, 1998, p. 41,42).
Nessas palavras fica evidente o quanto Bourdieu atribui valor
significativo à cultura como forma tanto de identificação de uma
coletividade, como, também, de perpetuação das estruturas vigentes de
êxito na vida.
Sendo assim, presente e fomentada tanto na família como no
sistema escolar, para Bourdieu a cultura seria o conjunto complexo de
significações7
que, por sua hierarquização e relação direta com
determinada classe social, estão distribuídas de forma desigual pelos
agentes sociais, dentro da estrutura social desejável por estes.
Nesta realidade social,8
o aspecto valorativo destas significações
tornam-se meio através do qual as classificações e hierarquizações
sociais se fazem e se perpetuam. E, segundo Almeida (s.a., p. 46) “para
Bourdieu, a classificação dos valores é objeto de uma luta entre grupos
sociais que ocupam posições diferentes num espaço social
hierarquizado”. Ou seja, quanto mais um grupo social engendra meios
para que suas práticas, criações, formação e conceitos sejam valorizados,
ainda mais ele alcançará eficácia na elevação de seus status quo diante
de uma coletividade.
dos indivíduos atual de maneira marcante no delineamento do futuro acadêmico. No
estado objetivado, este capital cultural se evidencia na posse de bens culturais tais
como livros, artefatos antigos, instrumentos musicais, esculturas, pinturas etc. Por fim,
no estado institucionalizado, o capital cultural materializa-se através da posse dos
diplomas escolares. Contudo, as qualificações e status conferidos por estes diplomas
dependem de quem os chancela.
6
Para Bourdieu, em sua estrutura de análise das relações de poder, o conceito de
capital cultural emerge da necessidade de se entender as discrepâncias do desempenho
escolar existente entre indivíduos provindos de diferentes grupos sociais. Em sua
teorização sociológica no campo educacional, tal escritor põe em relevo o fator cultural
como elemento significativo na construção e legitimação das desigualdades escolares.
7
Estas significações dizem respeito especialmente à questão simbólica, uma vez que as
relações de poder se efetuam por meios da subjetividade humana.
8
Ou seja, a relação existente entre as significações, hierarquização e desigualdades
sociais.
5. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
Segundo Almeida,
[...] A luta em torno dos valores é, assim, uma das
mais fundamentais lutas sociais, pois o que está
em jogo nela são os princípios de ordenamento
dos privilégios e da distribuição das riquezas
materiais e simbólicas coletivamente produzidas
numa dada sociedade que, como se sabe, são
orientadas pela percepção legítima do correto, do
bom e do justo, num momento preciso do tempo.
Na visão bourdieusiana, o grupo que vence a luta
pela definição dos valores legítimos consegue
impor para o conjunto da sociedade uma
justificativa moral para a sua própria posição
dominante. Isto significa que a partir daí a
distribuição dos bens tende a ser julgada como
boa ou má pelos critérios que esse grupo define
como sendo pertinentes e relevantes. Os valores
podem, então, se constituir em instrumentos de
dominação e, assim, relações de opressão e de
exploração podem ser disfarçadas, passando a
ser percebidas como princípios de distinção e
hierarquização naturais, isto é, inscritos naquilo
que é percebido como a ordem natural das coisas
(s. a., p. 47).
Este ocultamento das relações de opressão e exploração, além
de ser fomentado no seio familiar e por meio das instituições religiosas,
encontra sua materialização orgânica e socialmente justiçada e legitimada
nos estabelecimentos de ensino, onde se supõe existir a seleção natural
de tudo aquilo que os indivíduos precisam saber e obter como princípios
morais e éticos e habilidades.
Tal escolarização obrigatória, sob a égide da busca do bem
comum e elevação do nível cultural do povo, camufla perversamente os
conflitos sociais existentes na sociedade, na medida em que incute nos
educandos os valores da classe dominante sem, contudo, dar-lhes as
condições necessárias para alcançar tais valores.
Este é o caso da supervalorização concedida aos cursos de
medicina, direito e engenharia, culturalmente reconhecidos como
símbolos de status, e que estão à disposição de apenas uma pequena
parcela da população brasileira que tem o capital financeiro adequado
para se formar em tais especialidades.
6. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
Embora ser ensinada a valorizar determinadas áreas do saber e
campos de trabalho, a maior parte da população brasileira não possui
recursos suficientes para conceder aos seus filhos uma boa formação no
ensino fundamental e médio, ao ponto de torná-los adequadamente
competitivos como aqueles outros jovens da classe média e alta.
Neste contexto, ideologicamente é repassado o valor da classe
dominante e a aparente oferta igualitária de aceso ao conhecimento.
Contudo, as condições reais de acesso a esse capital cultural, de fato,
são parcos e, em certas situações, quase nulas. Além do que, parte
significativa deste também se herda e aprende no recesso do lar.
E somada a esta questão, aqueles que conseguem adentrar ao
nível superior de ensino,9
naqueles cursos ideologicamente valorizados,
ao término dos estudos, padecem do constrangimento público10
de não
possuírem a chancela deste ou daquele estabelecimento de ensino
superior reconhecido socialmente pela classe dominante.11
Por esta conjuntura fica evidente que o sistema educacional não é
neutro. Este está comprometido como determinada classe social, que ao
mesmo tempo incute seus valores às massas e lhes restringe as
condições mais básicas de ascensão social.
Contudo, de tudo que foi exposto, não se deve concluir que o
pensamento de Bourdieu tende a um fatalismo sociológico ou um
9
O contexto educacional brasileiro nestes últimos anos tem passado por significativa
mudança. A participação de recursos privados na esfera do ensino superior, o acesso ao
crédito educativo e outras formas de subsídios ao estudo universitário têm viabilizado a
presença cada vez maior de uma parcela significativa da população brasileira nas
universidades. Contudo, tal oferta de escolarização superior muitas vezes não vem
acompanhada de reconhecimento público, dada a falta de qualificação destas
instituições, reconhecimento diante do MEC e tradição na área de pesquisa e formação.
10
Analisando o pensamento de Bourdieu, Almeida (s.a., p. 48) afirma que a produção e
justificação das hierarquias sociais se dão pela distribuição de certificados, os quais
atestam o alto valor da pessoa que os possui e que diminuem, no mesmo movimento, o
valor daqueles que não os detém.
11
Contudo, para Bourdieu (1998, p. 136), o capital cultural não dá, necessariamente,
acesso ao campo de trabalho, a uma nova posição social ou reconhecimento público. Ou
seja, um diploma só terá força se seu detentor possuir, concomitantemente, um capital
social capaz de pô-lo em evidência e alavancar sua inserção no campo de trabalho. Isto
torna ainda mais difícil, aquele que veio dos estrados mais baixos da sociedade, receber
reconhecimento de certos círculos sociais.
7. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
determinismo histórico. Embora Considerar a escola como pertencente à
esfera das relações de poder, o pensamento bourdieusiano vê no espaço
escolar um ponto de tensão contínuo, no qual a subversão torna-se
possível e a transformação histórica palpável.
Tal afirmação justifica-se, pois para Bourdieu todos os espaços
socais estão em contínua tensão. Os vários indivíduos de um dado campo
estão em constantes conflitos pelo capital cultural e social, e os campos
igualmente se imbricam através da busca por reafirmarem seus interesses
e valores. Isto, aplicado ao espaço escolar, aponta para o fato que as
contradições no sistema de ensino podem ser meios conducentes para
mudanças, tanto em sua esfera de influência e ação, bem como, também,
no espaço social para além de seus muros institucionais.
Sendo assim, pode-se concluir que as instituições escolares são
aparelhos reacionários envolvidos em uma contínua tensão entre aquilo
que o poder hegemônico deseja perpetuar e aquela realidade
transformadora que advém de uma prática educativa e pedagógica
reflexiva a respeito das relações de poder, dominação e reprodução das
subjetividades e objetividades históricas.
Este sistema de coisas é indicado por Bourdieu como sendo a
autonomia relativa do sistema de ensino (NOGUEIRA, CATANI, 1998, p.
134). De tal expressão fica em relevo que a educação formal sempre está
associada às relações de poder, à valorização do capital cultural de uma
determinada coletividade de status elevado, às necessidades do mercado
etc.
Todavia, em meio às tensões resultantes dos interesses que
estão para além das prioridades da educação reflexiva e libertária, o
espaço escolar pode ser um local democrático no qual os alunos podem
ser valorizados como sujeitos que potencialmente podem romper com as
amarras do sistema de alienação e abrir novas possiblidades de ser, ter e
produzir no mundo. Segundo Catani,
De acordo com Bourdieu, exatamente porque conhecemos as leis de reprodução – as
formas pelas quais ele se efetiva – é que passamos a ter alguma possiblidade de
minimizar os efeitos da ação reprodutora da instituição escolar (s.a., p. 18).
8. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
Nisto, então, aos sujeitos da instituição caberia o papel de, com
lucidez,12
trabalhar a fim de que os jovens das classes não privilegiadas
com o capital cultural legitimado, desde o seu nascimento, venham a
obter mais êxito na vida escolar. Ou seja, minimizar tanto a ação
reprodutora da escola, como também as consequências desta
reprodução, nas quais aqueles que já possuem capital cultural valorizado
pelas elites tendem alcançar maior êxito nos estudos e no campo de
trabalho.
Tal prática deve ocorrer, dentre outros momentos do processo
educativo, na avaliação, pois é por esta que o sistema educacional toma
para si a complexa e suspeita tarefa de considerar qualificados ou
desqualificados os indivíduos, a partir de um conjunto de ações,
habilidades intelectuais e conhecimentos que foram previamente
delineados por uma classe seleta de pessoas que já possuem desde o
nascimento estes elementos fazendo parte de suas vidas.
Delineando o pensamento de Bourdieu, Nogueira e Nogueira
dizem:
[...] Ocorre que o sistema escolar, consciente ou
inconscientemente, ao avaliar e proferir seus
julgamentos, leva em conta, tanto a cultura, a
relação que os alunos têm com ela, ou seja, o
modo de aquisição e de uso da cultura legítima,
mas especificamente, a escola reproduziria, a seu
modo, a distinção entre os dois modos básicos de
se relacionar com a cultura: um primeiro,
desvalorizado, se expressaria na figura do aluno
esforçado, estudioso, que busca compensar sua
distância em relação à cultura legítima mediante
uma dedicação tenaz às atividades escolares; e
um segundo, valorizado, representado pelo aluno
tido como brilhante, original, talentoso, desenvolto,
muitas vezes precoce, que atende às exigências
da escola sem exibir traços de um esforço
laborioso ou tenso. O sistema de ensino,
sobretudo nos seus ramos mais elevados,
consagraria e cobraria dos alunos essa segunda
postura. (s.a., p. 40, 41).
12
Esta lucidez implica na falta de ilusões quanto à possibilidade de tornar a escola um
lugar neutro e isento de toda e qualquer influência das classes dominantes e, portanto,
das relações de poder. A realidade de que os espaços geográficos e os prédios
institucionais são também lugares sociais nos quais grupos humanos estão em continua
interação e luta pelo poder torna inevitável que a escola também esteja envolta pela
mesma conjuntura.
9. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
Por tal análise fica evidente o grande desafio que o sistema
escolar tem diante de si. A separação, discriminação e qualificação dos
indivíduos, tendo como base certos aspectos culturais elitistas, tornam o
processo educativo um esquema mau, de cartas marcadas e chancelado
por aqueles que deveriam usá-lo como forma de libertação das marras
sociais injustas e condicionantes.
Portanto, para que tal conjuntura seja modificada, tomando-se
como referência a questão avaliativa, é preciso, primeiramente, que os
educadores tenham consciência a respeito das questões ideológicas e
relações de poder que subjazem à escolha dos elementos culturais
(conhecimentos, habilidades, disposições etc.) a serem transmitidos e
reforçados pelo sistema de ensino.
Em segundo lugar, é necessário que aqueles que possuem a
tarefa de avaliar o grau de rendimento e absorção do capital cultural
legitimado, tenham sensibilidade para usar o processo de avaliação como
meio de estímulo às qualidades individuais, valorizem o capital cultural
que cada sujeito trás para a sala de aula e considerem atentamente que
este capital incorporado desde a infância, ou a sua falta, influencia
diretamente tanto no processo ensino-aprendizagem como na ação
avaliativa, visto que os indivíduos tendem a obterem melhores
desempenhos naquilo com o qual já estão familiarizados.
REFERÊNCIAS
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10. A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO EM BOURDIEU
Israel Serique dos Santos
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NOGUEIRA, Maria Alice, CATANI, Afrânio (Orgs.). Escritos de educação.
Petrópolis: Vozes, 1998.
NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. (Orgs.). Escritos de educação, 3º edição,
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NOGUEIRA, Maria Alice; NOGUEIRA, Marques M. Revista Educação:
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PEREIRA, Gilson Medeiros. A improvável trajetória de um sociólogo
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15.
WILHIAMS, Raymond. Com vistas a uma sociologia da cultura. In cultura.
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