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COSTA, Waldemar da (1904-1982). Nascido em Belém (PA) e falecido em Macaé (RJ).
Seguindo aos seis anos de idade com a família para Portugal, fixou-se em Lisboa, onde em
1923 principiou seus estudos de desenho e aquarela com Martinho da Fonseca e João Alves
de Sá. No ano seguinte matriculou-se na Academia Nacional de Belas Artes, ali recebendo
aulas de Ernesto Condeixa, Luciano Freire e Carlos Reis. Não chegaria contudo a concluir o
curso da Academia, abandonando-o em 1928 para já no ano seguinte fixar-se em Paris.

Em Paris freqüenta academias livres, torna-se aluno de Eduardo Viana e conhece uma série de
grandes pintores, como De Chirico, Pascin e Foujita, relacionando-se ainda com os brasileiros
Gastão Worms, Portinari, Hugo Adami, Manoel Santiago, Quirino Campofiorito, Joaquim do
Rego Monteiro e outros. É em seu ateliê parisiense que irá trabalhar Portinari, recém-chegado
à França com o prêmio obtido no Salão Nacional de Belas Artes de 1928. Depois de mostrar
seus quadros com sucesso em 1930 e 1931 na 41ª e na 42ª Exposição da Societé des Artistes
Indépendants, de Paris, e no I e II Salões dos Independentes, em Lisboa, torna ao Brasil,
expondo em 1931 no chamado Salão Revolucionário organizado por Lúcio Costa, merecendo,
do crítico Quirino da Silva, a seguinte referência:

- Waldemar da Costa, aqui recém-chegado, é sobretudo um pintor: sua vigorosidade técnica
não o impede de impregnar nas suas telas a alegria colorista.

Em 1933, depois de no ano anterior ter realizado no Rio de Janeiro sua primeira individual,
retira-se para Correias, na Granja Santa Rita, afastando-se por três anos de toda atividade
artística, em busca da saúde abalada. Recuperando-se, torna ao Rio de Janeiro, onde em 1935
realiza uma segunda individual. Fixando-se no ano seguinte em São Paulo, logo começa a
lecionar, numa sala que lhe fora cedida no Teatro Municipal, tendo sido seu primeiro aluno o
futuro grande pintor Clóvis Graciano. Em agosto de 1936 efetua sua primeira individual
paulistana, terceira de sua carreira.

Em 1937, por iniciativa sua, é organizado o I Salão Paulista de Arte, que é levado ao Pará e ao
Ceará. Nesse mesmo ano, depois de participar do I Salão de Maio em São Paulo, tem, em
conversa com Gobbis e Rossi Osir, a idéia de criar um salão de arte que congregasse artistas
modernos, embora não extremadamente modernos. São convidados a participar, além dos
componentes do Grupo do Santa Helena, alguns artistas independentes, como Malfatti, Hugo
Adami e poucos mais, abrindo-se a mostra logo depois, sob o titulo de I Exposição da Família
Artística Paulista. A despeito dessa participação de relevo na gênese da Família, nem sempre
o nome de Waldemar da Costa é citado por aqueles que se dedicaram ao levantamento
histórico-crítico daquele movimento pictórico, o que levou Geraldo Ferraz a escrever em 1972:

- Foi dos que mais se responsabilizaram pela Família Artística Paulista, movimento que tem
aparecido ultimamente na publicidade, sem incluir o nome de Waldemar da Costa, o que é erro
histórico e diminuidor da verdade que houve em tal movimento.

A partir de 1938 Waldemar torna-se professor de Geometria Descritiva e Desenho do Liceu de
Artes e Ofícios de São Paulo, funções que desempenhará nos próximos 16 anos, tendo sido ali
seus alunos Lothar Charoux e Hermelindo Fiaminghi, entre outros. Participa, em 1939 e 1940,
do II e III Salão da Família Artística Paulista, do de 1939 na qualidade de diretor responsável.
Nos próximos anos participará com freqüência de numerosas coletivas, como o Salão Nacional
de Belas Artes (Divisão Moderna), os salões do Sindicato dos Artistas Plásticos, a Exposição
de Arte Moderna organizada, em 1944, pela Prefeitura de Belo Horizonte, a Bienal de São
Paulo de 1951, o Salão Paulista de Arte Moderna e o Salão Baiano de Belas Artes, obtendo
diversos prêmios, como a medalha de bronze e prêmio de aquisição, no Salão de 1941 e a
medalha de prata no de 1944, bem como a pequena medalha de ouro no IV Salão Paulista, em
1955.

Em janeiro de 1956 Waldemar Costa fixou residência em Lisboa, permanecendo em Portugal
até julho de 1966. Nesses dez anos, desenvolve intensa atividade, participando de diversas
coletivas, realizando individuais em Lisboa (1956, 1964, 1966), Coimbra (1959, 1966), Madrid
(1961) e Belém do Pará (1963) e após 1960 à frente do Setor Cultural da Embaixada Brasileira
em Portugal. De 1960 a 1966 foi professor de pintura em Coimbra, e em 1962, com bolsa de
estudos da Fundação Gulbenkian, visitou a Itália. Sua atuação no cenário artístico português é
objeto de comentários favoráveis, de parte de críticos como Adriano de Gusmão, José Augusto
França e Fernando Pernes, dizendo por exemplo França, ao analisar o I Salão Nacional de Arte
Moderna da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1958:

- Waldemar da Costa é um pintor altamente cultivado que subordina os problemas da superfície
ao desdobramento concreto das cores e nesse movimento segundo coordenadas rigorosas,
constrói, por transparências, finas arquiteturas sensíveis.

Os últimos 15 anos de sua carreira decorrerão no Brasil, e presenciarão ainda algumas
individuais - como a retrospectiva de 1967 na Galeria Astréia, de São Paulo -, e a grande
Retrospectiva e Exposição - Homenagem ao Mestre, efetuada em 1972 no Museu de Arte
Moderna de São Paulo, reunindo 124 obras realizadas entre 1928 e 1972, e ainda pinturas de
dez de seus mais destacados ex-alunos, como Clóvis Graciano, Arcangelo Ianelli, Hermelindo
Fiaminghi, Lothar Charoux, Maria Leontina, Amélia Toledo, Ubirajara, Miriam Chiaverini, Izar e
Rachel.

No que respeita à evolução de sua arte, ninguém melhor do que o próprio Waldemar da Costa
para esboçá-la, como se lê no depoimento prestado em 1972 a Luiz Ernesto Machado Kawall:

- Ao chegar a Paris vindo da Escola de Belas Artes de Lisboa, onde o ensino era francamente
acadêmico, encontrei o movimento que se chamou mais tarde de Escola de Paris, em pleno
sucesso. Aderi imediatamente a ele por estar de acordo com o que ele representava: uma volta
à realidade tranqüila. Tinha passado a época dos grandes movimentos - fovismo,
expressionismo, cubismo, futurismo, e quase todos os pintores que tinham pertencido a
qualquer uma dessas manifestações retrocederam na sua visão fantástica para uma pintura de
representação objetiva. Naturezas-mortas, paisagens, figuras nuas ou vestidas, ou ainda
semivestidas, em posturas calmas e tranqüilas, eram os assuntos preferidos. Foi com essa arte
que participei nos vários salões e exposições que fiz durante os três anos de minha estada em
Paris. Foi ainda com essa mesma visão que participei dos Salões dos Independentes, em
Lisboa, e no I Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1931. Passaram-se alguns anos
antes de que eu evoluísse para o expressionismo, o que sucedeu no período de 1944 a 1948.
Buscas de uma construção purista vieram a seguir, passando depois para uma geometrização
ainda figurativa, onde se sentia já o desmembramento das figuras e objetos, caminhando para
uma solução francamente abstrata. Foi na Itália, como bolsista da Fundação Calouste
Gulbenkian, que me inspirei para aplicar metais nos quadros. Então, numa abstração lírica,
comecei a empregar o ouro e a prata como elementos plásticos. Mais tarde volto a uma
construção geométrica, tirando partido de efeitos luminosos dos referidos metais. No momento
atual a arte que faço situa-se nos temas Estático-Semovente e Movimento. São formas
metálicas que fazem lembrar peças de máquinas imaginárias, tornando a crueza da tecnologia
mecânica em objetos oníricos e poéticos. Participando de uma época em que tudo é tão
material e prático, procuro criar um mundo técnico em que o homem não abandone o sonho,
através de formas e movimentos dados por efeitos luminosos.

Convencionou-se ver, em Waldemar da Costa, principalmente o mestre, o professor de tantos
pintores cujo talento ajudou a desabrochar; no entanto, força é nele reconhecer antes de mais
nada um grande pintor, cuja longa trajetória, do figurativismo à abstração geométrica, de certo
modo recria um amplo périplo evolutivo da moderna pintura brasileira, com a qual se confunde.

                           Estático, semovente, verniz e ouro, 1966;
                     1,00 X 1,18, Museu de Arte Contemporânea da USP.

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Pintor brasileiro Waldemar da Costa

  • 1. COSTA, Waldemar da (1904-1982). Nascido em Belém (PA) e falecido em Macaé (RJ). Seguindo aos seis anos de idade com a família para Portugal, fixou-se em Lisboa, onde em 1923 principiou seus estudos de desenho e aquarela com Martinho da Fonseca e João Alves de Sá. No ano seguinte matriculou-se na Academia Nacional de Belas Artes, ali recebendo aulas de Ernesto Condeixa, Luciano Freire e Carlos Reis. Não chegaria contudo a concluir o curso da Academia, abandonando-o em 1928 para já no ano seguinte fixar-se em Paris. Em Paris freqüenta academias livres, torna-se aluno de Eduardo Viana e conhece uma série de grandes pintores, como De Chirico, Pascin e Foujita, relacionando-se ainda com os brasileiros Gastão Worms, Portinari, Hugo Adami, Manoel Santiago, Quirino Campofiorito, Joaquim do Rego Monteiro e outros. É em seu ateliê parisiense que irá trabalhar Portinari, recém-chegado à França com o prêmio obtido no Salão Nacional de Belas Artes de 1928. Depois de mostrar seus quadros com sucesso em 1930 e 1931 na 41ª e na 42ª Exposição da Societé des Artistes Indépendants, de Paris, e no I e II Salões dos Independentes, em Lisboa, torna ao Brasil, expondo em 1931 no chamado Salão Revolucionário organizado por Lúcio Costa, merecendo, do crítico Quirino da Silva, a seguinte referência: - Waldemar da Costa, aqui recém-chegado, é sobretudo um pintor: sua vigorosidade técnica não o impede de impregnar nas suas telas a alegria colorista. Em 1933, depois de no ano anterior ter realizado no Rio de Janeiro sua primeira individual, retira-se para Correias, na Granja Santa Rita, afastando-se por três anos de toda atividade artística, em busca da saúde abalada. Recuperando-se, torna ao Rio de Janeiro, onde em 1935 realiza uma segunda individual. Fixando-se no ano seguinte em São Paulo, logo começa a lecionar, numa sala que lhe fora cedida no Teatro Municipal, tendo sido seu primeiro aluno o futuro grande pintor Clóvis Graciano. Em agosto de 1936 efetua sua primeira individual paulistana, terceira de sua carreira. Em 1937, por iniciativa sua, é organizado o I Salão Paulista de Arte, que é levado ao Pará e ao Ceará. Nesse mesmo ano, depois de participar do I Salão de Maio em São Paulo, tem, em conversa com Gobbis e Rossi Osir, a idéia de criar um salão de arte que congregasse artistas modernos, embora não extremadamente modernos. São convidados a participar, além dos componentes do Grupo do Santa Helena, alguns artistas independentes, como Malfatti, Hugo Adami e poucos mais, abrindo-se a mostra logo depois, sob o titulo de I Exposição da Família Artística Paulista. A despeito dessa participação de relevo na gênese da Família, nem sempre o nome de Waldemar da Costa é citado por aqueles que se dedicaram ao levantamento histórico-crítico daquele movimento pictórico, o que levou Geraldo Ferraz a escrever em 1972: - Foi dos que mais se responsabilizaram pela Família Artística Paulista, movimento que tem aparecido ultimamente na publicidade, sem incluir o nome de Waldemar da Costa, o que é erro histórico e diminuidor da verdade que houve em tal movimento. A partir de 1938 Waldemar torna-se professor de Geometria Descritiva e Desenho do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, funções que desempenhará nos próximos 16 anos, tendo sido ali seus alunos Lothar Charoux e Hermelindo Fiaminghi, entre outros. Participa, em 1939 e 1940, do II e III Salão da Família Artística Paulista, do de 1939 na qualidade de diretor responsável. Nos próximos anos participará com freqüência de numerosas coletivas, como o Salão Nacional de Belas Artes (Divisão Moderna), os salões do Sindicato dos Artistas Plásticos, a Exposição de Arte Moderna organizada, em 1944, pela Prefeitura de Belo Horizonte, a Bienal de São Paulo de 1951, o Salão Paulista de Arte Moderna e o Salão Baiano de Belas Artes, obtendo diversos prêmios, como a medalha de bronze e prêmio de aquisição, no Salão de 1941 e a medalha de prata no de 1944, bem como a pequena medalha de ouro no IV Salão Paulista, em 1955. Em janeiro de 1956 Waldemar Costa fixou residência em Lisboa, permanecendo em Portugal até julho de 1966. Nesses dez anos, desenvolve intensa atividade, participando de diversas coletivas, realizando individuais em Lisboa (1956, 1964, 1966), Coimbra (1959, 1966), Madrid (1961) e Belém do Pará (1963) e após 1960 à frente do Setor Cultural da Embaixada Brasileira em Portugal. De 1960 a 1966 foi professor de pintura em Coimbra, e em 1962, com bolsa de
  • 2. estudos da Fundação Gulbenkian, visitou a Itália. Sua atuação no cenário artístico português é objeto de comentários favoráveis, de parte de críticos como Adriano de Gusmão, José Augusto França e Fernando Pernes, dizendo por exemplo França, ao analisar o I Salão Nacional de Arte Moderna da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1958: - Waldemar da Costa é um pintor altamente cultivado que subordina os problemas da superfície ao desdobramento concreto das cores e nesse movimento segundo coordenadas rigorosas, constrói, por transparências, finas arquiteturas sensíveis. Os últimos 15 anos de sua carreira decorrerão no Brasil, e presenciarão ainda algumas individuais - como a retrospectiva de 1967 na Galeria Astréia, de São Paulo -, e a grande Retrospectiva e Exposição - Homenagem ao Mestre, efetuada em 1972 no Museu de Arte Moderna de São Paulo, reunindo 124 obras realizadas entre 1928 e 1972, e ainda pinturas de dez de seus mais destacados ex-alunos, como Clóvis Graciano, Arcangelo Ianelli, Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Maria Leontina, Amélia Toledo, Ubirajara, Miriam Chiaverini, Izar e Rachel. No que respeita à evolução de sua arte, ninguém melhor do que o próprio Waldemar da Costa para esboçá-la, como se lê no depoimento prestado em 1972 a Luiz Ernesto Machado Kawall: - Ao chegar a Paris vindo da Escola de Belas Artes de Lisboa, onde o ensino era francamente acadêmico, encontrei o movimento que se chamou mais tarde de Escola de Paris, em pleno sucesso. Aderi imediatamente a ele por estar de acordo com o que ele representava: uma volta à realidade tranqüila. Tinha passado a época dos grandes movimentos - fovismo, expressionismo, cubismo, futurismo, e quase todos os pintores que tinham pertencido a qualquer uma dessas manifestações retrocederam na sua visão fantástica para uma pintura de representação objetiva. Naturezas-mortas, paisagens, figuras nuas ou vestidas, ou ainda semivestidas, em posturas calmas e tranqüilas, eram os assuntos preferidos. Foi com essa arte que participei nos vários salões e exposições que fiz durante os três anos de minha estada em Paris. Foi ainda com essa mesma visão que participei dos Salões dos Independentes, em Lisboa, e no I Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1931. Passaram-se alguns anos antes de que eu evoluísse para o expressionismo, o que sucedeu no período de 1944 a 1948. Buscas de uma construção purista vieram a seguir, passando depois para uma geometrização ainda figurativa, onde se sentia já o desmembramento das figuras e objetos, caminhando para uma solução francamente abstrata. Foi na Itália, como bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian, que me inspirei para aplicar metais nos quadros. Então, numa abstração lírica, comecei a empregar o ouro e a prata como elementos plásticos. Mais tarde volto a uma construção geométrica, tirando partido de efeitos luminosos dos referidos metais. No momento atual a arte que faço situa-se nos temas Estático-Semovente e Movimento. São formas metálicas que fazem lembrar peças de máquinas imaginárias, tornando a crueza da tecnologia mecânica em objetos oníricos e poéticos. Participando de uma época em que tudo é tão material e prático, procuro criar um mundo técnico em que o homem não abandone o sonho, através de formas e movimentos dados por efeitos luminosos. Convencionou-se ver, em Waldemar da Costa, principalmente o mestre, o professor de tantos pintores cujo talento ajudou a desabrochar; no entanto, força é nele reconhecer antes de mais nada um grande pintor, cuja longa trajetória, do figurativismo à abstração geométrica, de certo modo recria um amplo périplo evolutivo da moderna pintura brasileira, com a qual se confunde. Estático, semovente, verniz e ouro, 1966; 1,00 X 1,18, Museu de Arte Contemporânea da USP.