1) O poema de Fernando Pessoa reflete sobre as lágrimas e sofrimentos de Portugal durante as grandes navegações.
2) Gil Eanes foi o primeiro navegador a passar pelo Cabo Bojador em 1434, abrindo caminho para as descobertas portuguesas.
3) Embora não tenha existido formalmente, o Infante D. Henrique reuniu navegadores e cientistas em Sagres para desenvolver novas técnicas náuticas que possibilitaram as descobertas.
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As Grandes navegações C.E. POETA MÁRIO QUINTANA 5° FASE DO E.J.A
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2. MAR PORTUGUÊS Fernando Pessoa Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.
3. Bojador? O que é Bojador? Aonde é que fica? O Cabo Bojador ( عربية em árabe) situa-se na costa do Saara Ocidental, perto da latitude 26° 07' 37"N, 14° 29' 57"W. A primeira passagem pelo Bojador deve-se a Gil Eanes em 1434. O desaparecimento de embarcações que anteriormente o tinham tentado contornar levou ao mito da existência de monstros marinhos e da intransponibilidade do Bojador.
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5. Sagres: A escola que nunca existiu A Escola de Sagres constitui um dos grandes mitos da história portuguesa, resultante de deficientes interpretações de crônicas antigas. Com base no pressuposto de que o infante D. Henrique convidou um cartógrafo catalão para se colocar ao seu serviço, muitos consideraram (a partir logo do século XVI, com Damião de Góis), que teria havido uma Escola Náutica em Sagres, fundada por D. Henrique, por volta de 1417, no Algarve. A escola, centro da arte náutica, teria assim formado grandes descobridores, como Vasco da Gama e Cristóvão Colombo . Após o seu regresso de Ceuta, o Infante D. Henrique fixa-se em Sagres, na Vila do Infante, rodeia-se de mestres nas artes e ciências ligadas à navegação e cria uma “Tercena Naval” a que é comum chamar-se a Escola de Sagres. De fato, o que se criou não foi uma Escola no moderno conceito da palavra, mas um local de reunião de mareantes e cientistas onde, aproveitando a ciência dos doutores e a prática de hábeis marinheiros, se desenvolveram novos métodos de navegar, desenharam cartas e adaptaram navios. De acordo com os cronistas da época, largavam todos os anos dois ou três navios para as descobertas.
6. As tecnologias de navegação Astrolábio quadrante caravela balestilha bússola mapas impressos
10. Bartolomeu Dias : Marinheiro experiente, o primeiro a chegar ao Cabo das Tormentas , como o batizou em 1488 (chamado assim pois lá encontrou grandes vendavais e tempestades e depois chamado de Cabo da Boa Esperança pelo Rei D. João II), um dos mais importantes acontecimentos da história das navegações. Acompanhou a construção dos navios e integrou a esquadra de Vasco da Gama , em 1499 como capitão de um dos navios. A expedição partiu em 1497 e passou por São Jorge da Mina. Em 1500, acompanhou Pedro Álvares Cabral na famosa viagem em que este descobriu o Brasil. Quando a frota seguia para a Índia, o navio em que ia Bartolomeu Dias naufragou e o valente marinheiro achou a morte junto da sua descoberta mais famosa - o Cabo da Boa Esperança. Bartolomeu Dias foi o primeiro navegador a navegar longe da costa no Atlântico Sul. A sua viagem, continuada por Vasco da Gama, abriu o caminho marítimo para a Índia.