Este documento discute os fatores de estresse no ambiente de trabalho e como eles podem afetar a qualidade de vida e desempenho dos funcionários. Ele apresenta uma revisão da literatura sobre estresse ocupacional e síndrome de burnout. O objetivo é analisar os principais fatores estressores e propor soluções para melhorar a saúde dos funcionários e prevenir problemas relacionados ao estresse.
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Artigo final oficial-estresse no ambiente de trabalho
1. UNIVERSIDADE ANHANGUERA–UNIDERP
POLO: TERESINA (7239)
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: ARTIGO FINAL DE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
José Alves Ferreira Filho RA: 382352
ESTRESSE NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
STRESS IN THE ORGANIZATIONAL ENVIRONMENT
Artigo apresentado ao
Curso de Administração da Universidade
Anhanguera – UNIDERP, respectivo a
disciplina de Trabalho Final de
Graduação compondo o Trabalho de
Conclusão de Curso para a obtenção do
grau de Bacharel em Administração.
Professora EaD: Mônica Satolani,
Tutores: Luciana Gonçalves Veras e
Costa e Sergio Bezerra.
Teresina – PI
2016
2.
3. FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovado em: _________/________/________
Conceito Final: ______________________________
___________________________________________
PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A)
Luciana Gonçalves Veras e Silva
___________________________________________
PROFESSOR(A) AVALIADOR(A)
Wilsiene Ramos Gomes da Costa
___________________________________________
PROFESSORA CONTEÚDISTA
MÔNICA SATOLANI
4. ESTRESSE NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
STRESS IN THE ORGANIZATIONAL ENVIRONMENT
RESUMO
Esta pesquisa relata a importância da prevenção do estresse no ambiente de trabalho.
Com a globalização e o mercado cada vez mais competitivo, onde as empresas precisam
oferecer produtos e serviços de alta qualidade, pressionando seus colaboradores a produzir
mais, em menos tempo e com excelência. O estresse ocupacional deve ser entendido e se
diferencia das demais manifestações de estresse apenas pelo fato de que as fontes de pressão
são provenientes do ambiente de trabalho ou das contradições entre vida profissional e vida
pessoal. O estudo tem como objetivo analisar fatores estressores que comprometem a
produtividade do colaborador, assim como sua qualidade de vida, afetando não apenas sua
vida profissional, como também social.
O trabalhador é um dos bens mais preciosos de uma organização, faz-se necessário
criar ferramentas para prevenir e/ou sanar as patologias relacionadas ao estresse ocupacional.
O profissional abdica da sua vida pessoal e dedica-se inteiramente a sua carreira. O artigo
ainda trata ainda da síndrome de Burnout, sofrida por profissionais que lidam diretamente
com o publico, tais como médicos, enfermeiros, bancários, bombeiros e jornalistas, entre
outros. Esses profissionais reinterpretam os valores, o que antes
1. Acadêmica do 8º semestre do curso de Adm. a distância do Centro de Educação a Distancia da
Universidade Anhanguera-UNIDERP. RA:382352.E-mail- josealvesfilho@hotmail.com
2.
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5.
5. Tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da
autoestima é o trabalho, chegando ao ponto extremo de estresse, e, finalmente, a síndrome do
esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse
estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência. A empresa
devera adotar medidas para melhorar a Qualidade de Vida no Trabalho, QVT, amenizando o
nível de estresse dos seus colaboradores, oferecendo melhorias, benefícios e atividades como:
Ioga, massagem, dança, ginástica laboral, auxílios academias, gincanas esportivas entre
setores, etc.
Palavras chaves: Estresse. QVT. Síndrome.
ABSTRACT
This research describes the importance of prevention of stress in the workplace With
globalization and increasingly competitive market, where companies need to offer products
and services of high quality, pressuring its employees to produce more in less time and with
excellence. Occupational stress must be understood and differs from other manifestations of
stress just by the fact that the sources of pressure are from the desktop or the contradictions
between professional life and personal life. The study aims to analyze stress factors that
compromise the productivity of the employee, as well as their quality of life, affecting not
only your professional life but also social. The worker is one of the most valuable assets of an
organization, it is necessary to create tools to prevent and / or remedy the pathologies related
to occupational stress. The professional abdicates his personal life and devote himself entirely
to his career. The article also addresses the still burnout, experienced professionals who deal
directly with the public, such as doctors, nurses, bankers, firefighters, among others. These
professionals reinterpret values, which before had value depreciates: leisure, home, friends,
and the only measure of self-esteem is the work to the point of extreme stress, and ultimately
to burnout syndrome itself, which corresponds the physical and mental collapse. This stage is
considered emergency medical and psychological help and an urgency. The company must
take measures to improve the Quality of Work Life, QVT, easing the stress level of their
employees, offering improvements, benefits and activities such as yoga, massage, dance,
gymnastics, aid gyms, sports competitions between sectors, etc.
Keywords: Stress. QVT. Syndrome.
6. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo contribuir para uma visão geral, clara e objetiva
sobre a importância da qualidade de vida do colaborador. Havendo falta de condições
psicológicas ou sistema físico o indivíduo se desequilibra, assim compromete o seu bem estar
e acaba deixando o colaborador com um nível de estresse muito alto. Manter a qualidade de
vida não é uma tarefa fácil, pois o cotidiano apresenta vários fatores de estresse que afetam de
maneira negativa o ser humano tanto física quanto psicologicamente.
O desgaste emocional a que as pessoas são submetidas nas relações com o trabalho, é
um fator muito significativo na determinação de transtornos relacionados ao estresse. A
sobrecarga das tarefas faz com que o desenvolvimento do colaborador seja prejudicado, pelo
fato de não conseguir cumprir suas tarefas que são repetitivas.
As cobranças constantes que ocorrem no ambiente de organizacional prejudicam o
funcionário apresentando o estresse, quando seu desempenho profissional passa a ser
insuficiente, levando-o a insatisfação com o seu trabalho. É de extrema importância que, o
colaborador tenha mais flexibilidade para saber lidar com as mudanças dentro da organização,
devidas as suas constantes variações diárias.
É importante ressaltar que, nas organizações ações de qualidade de vida no trabalho,
podem proporcionar inúmeros benefícios aos colaboradores e até mesmo para a própria
empresa. Os funcionários que tem qualidade de vida no trabalho sentem-se reconhecidos e
motivados gerando consequências positivas de crescimento e desenvolvimento.
7. 2. Problema
Diante deste contexto, esta pesquisa procura responder a seguinte questão: Quais
fatores que contribuem para o aumento do stress, prejudicando o desempenho e o crescimento
dos colaboradores dentro de uma organização?
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
Analisar e propor soluções para melhorar a compreensão sobre os fatores de estresse
no ambiente de trabalho, que podem prejudicar a qualidade de vida do colaborador dentro da
organização.
3.2. Objetivos Específicos
• Identificar os maiores fatores que causam o estresse dentro das
organizações. •
• Buscar soluções para evitar estresses e melhorar a qualidade de vida dos
colaboradores.
• Considerar a realização de melhorias organizacionais para prevenir o
estresse relacionado ao trabalho.
• Abordar a Síndrome de Burnout, onde ocorre a desmotivação de trabalho
fazendo com que a pessoa queira abandonar seu trabalho.
4. METODOLOGIA
Para desenvolver esta pesquisa foi utilizada a metodologia da revisão bibliográfica,
buscando expor teorias a respeito do tema. Portanto, a partir do desenvolvimento do tema
abordado poderá descrever o estudo e descobrir a frequência com que os fatos ocorrem no
contexto pesquisado.
A pesquisa é bibliográfica, pois usa diversos documentos conservados por diversas
fontes bibliográficas para compreender o tema escolhido.
Desta forma, utiliza-se nesta pesquisa:
• Escolha do tema
• Fundamentação teórica
• Aplicação de questionário
• Análise qualitativa e quantitativa.
8. 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1. O Surgimento do Estresse
Com as aceleradas e profundas mudanças do mundo moderno e globalizado, notamos
constantes transformações políticas, econômicas e sociais. Transformações essas que têm
pedido aos governos, novas, diferenciadas e criativas estratégias para melhorar a qualidade de
vida da população.
Segundo Osborne e Gaebler (1994) A busca por transformações estruturais —
mudanças revolucionárias que descentralizam a autoridade, reduzem a hierarquia, estimulam
parcerias e privilegiam a qualidade com foco nos clientes — , visando elevar a
competitividade nos novos mercados globais que se configuram, tem sido mais intensa em
vários segmentos da sociedade — empresas, organizações não governamentais — que
procuram se tornar mais flexíveis, inovadores e empreendedores para fazer frente aos desafios
da modernidade.
Todas essas transformações passaram a gerar preocupações com a qualidade, pois a
inspeção dos consumidores passou a ser mais severa, veio a preocupação com a qualidade do
trabalho, o mercado passou a ser mais competitivo e as organizações passaram a cobrar mais
de seus colaboradores o que como consequência gerou o estresse.
A preocupação com o estresse passou a ter maior interesse por partes dos estudiosos
no inicio do século XX, Quando Henry Ford propõe um trabalho diferenciado com base na
eficiência e com formas de controlar a produção dos trabalhadores. Nesta época, o modelo de
uma organização ficou marcado pela produção de carros em grande escala e pelo consumo
sem limites. Somente depois da metade deste século, por volta da década de 70, quando houve
o aumento da competição que gerou queda nos lucros das organizações, pois possuíam mais
mão de obra e pouca tecnologia, foi que as organizações passaram a ter maiores prejuízos não
só nas produções e qualidade, como também o reflexo do trabalho demasiado na saúde do
colaborador.
Conforme (SIVIERI, 1994), foi a partir da moderna organização do capitalismo, ou
seja, da forma capitalista do processo de trabalho, que surgiram as doenças causadas pela
pressão que o homem passou a fazer a si próprio para se adaptar ao trabalho, a doença veio
como um reflexo do esforço do trabalhador para conseguir se adaptar à esta situação anormal.
É interessante ressaltar que hoje já se percebe uma mudança radical em relação à
mudança ocorrida na década de 70, pois existem trabalhos em tempos parciais, trabalho com
prazo determinado, trabalho temporário e principalmente a terceirização de vários setores de
trabalho.
9. Sendo assim, passou a ser normal a palavra estresse, e a partir daquele momento,
vários estudos começaram a surgir sobre o mesmo. Todavia há que se ter bastante cuidado ao
referir-se ao estresse, pois nota-se também que passou a ser uma palavra popular entre os
trabalhadores em geral, estes usam a palavra “Estresse” sempre ao sentir-se em uma situação
desagradável, é importante saber que estresse não é apenas uma tensão nervosa, e melhor
ainda temos que aprender a diferenciar essas tensões, as descargas de hormônios suprarrenais,
e até mesmo acontecimentos de cunho negativo, do que chamamos de estresse.
SELYE (1956) é um dos pioneiros nos estudos sobre o estresse, ele diz que estresse é
o “conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que
exige esforço de adaptação.” Assim, depois que o organismo se esforça em demasia para se
adaptar a um determinado tipo de trabalho, ele passa a produzir deformações no
relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho e até mesmo do trabalhador consigo
mesmo, o que afeta a saúde física e mental do mesmo.
O que percebemos é que hoje a nossa realidade é um processo intensificado de
mudanças, o ritmo de vida cada vez mais acelerado têm como resultado o estresse à medida
que o ser humano se consome físico e psicologicamente, isto acarreta a uma enérgica
diminuição da qualidade de vida. Sendo assim, o conflito, os transtornos do dia a dia das
pessoas as pressões de trabalho em busca de sustento, provocam nas pessoas diversos níveis
de estresse que por sua vez, ameaçam sua saúde e bem – estar, é o que afirma ALBRECHT
(1990). Outro tipo de estudo interessante em relação ao estresse foi quanto à satisfação do
indivíduo em seu trabalho, ou mesmo em sua função, ou ainda em seu ambiente de trabalho.
Um estudioso chamado HERZBERG (1968) afirma que fatores como: o
reconhecimento, a responsabilidade, o progresso, a realização e o crescimento pessoal,
descreve com propriedade os níveis de satisfação do indivíduo em seu trabalho ou em sua
função. Em contrapartida as características dos níveis de insatisfação do indivíduo em relação
ao seu trabalho ou função estão nos fatores:relacionamento com o chefe, políticas e
administração da empresa, condições de trabalho, relação com os colegas de trabalho,
segurança, relação com os subordinados e claro o salário, estes fatores fazem com que
apareçam ou aumentem o estresse.
10. 5.2. Fatores de risco causadores do estresse.
Estresse é um termo que se vulgarizou nos últimos tempos,confundi-se o termo com
o simples cansaço do dia-a-dia. Queixa-se de estresse o homem que chega em casa depois de
um dia de muito trabalho, de trânsito pesado e das filas do banco. Queixa-se a mulher que
enfrentou uma maratona de atividades domésticas, profissionais e com os filhos. À noite,
terminado o jantar, com as crianças recolhidas, os dois mal têm forças para trocar de roupa e
cair na cama.
O que eles sentem é cansaço, estão exaustos e uma noite de sono é um santo remédio
para recompor as energias e revigorá-los para as tarefas do dia seguinte. No entanto, o estresse
do mundo moderno é muito diferente do que existia no passado. Resulta do acúmulo de
pequenos problemas que se repetem todos os dias. A promissória a vencer no banco e o
compromisso com hora marcada prejudicado pelo congestionamento inexplicável que
provocam um discreto e constante aumento da pressão arterial e do número dos batimentos
cardíacos que, sem dúvida, trazem consequências nefastas para o organismo.
ROBBINS (2002), afirma que há três fontes causadoras do estresse
negativo:
Fatores ambientais – incertezas de cunho econômico, políticos e
tecnológicos. Temos o exemplo de quando a economia do país passa por crises econômicas
sempre surge a insegurança por parte das organizações, em relação a investimento, produção e
mão de obra.
Fatores organizacionais – pressões do dia a dia no trabalho, nos papéis a
serem desempenhados, nas competências e nas relações interpessoais, o que causam tensão,
medo e ansiedade, consequentemente o estresse.
Fatores individuais – problemas sociais, familiares, conjugais,
econômicos, sexuais, educação dos filhos, e outras, neste grupo o estresse depende da
personalidade de cada indivíduo, de como lidar com essas pressões e tensões;
Em um estudo feito por ARANTES e VIEIRA (2002), além de concordar com os
fatores citados acima, acrescentam que estes estão ligados a outras fontes de estresse, tas
como: O papel desempenhado na organização – gerado pela falta de informação sobre o cargo
ou sobre a atividade a ser executada;
11. As relações pessoais – pequenos ou grandes desgastes causados por
meio das relações entre colaboradores, subordinados e superiores;
Fontes intrínsecas do trabalho – riscos de acidentes, iluminação,
barulho, temperaturas, responsabilidades;
A interface trabalho – família – desgaste ocasionado pela falta de tempo
para lidar com a família bem como problemas relacionados a ela.
Todos estes fatores e fontes citados acima participam do processo de
desgaste de um indivíduo. Não podemos esquecer que este desgaste não atinge apenas os
gestores e colaboradores em uma organização, ele repercute no local de trabalho e em toda a
organização e na vida como um todo.
Para organização gera um prejuízo financeiro de assistência médica, absenteísmo
(ausência frequente), rotatividade, baixo compromisso organizacional e violência no local de
trabalho.
Outros sintomas são apresentados através do pensamento que podem ser
representados de forma compulsiva e obsessiva, levando em consideração a angústia e a
sensibilidade emocional, tornando o sujeito agressivo e violento. No entanto, os fatores que
geram os sintomas depressivos podem estar relacionados ao estresse. Os fatores são:
Sobrecarga, falta de estímulos, ruídos, mudanças determinadas pela empresa, mudanças
devido a novas tecnologias.
5.2.1. Sobrecarga
A sobrecarga de agentes estressores também pode ser considerada um fator
importante para eclosão do estresse patológico no trabalho. A sobrecarga de estímulos
estressores é um estado no qual as exigências do ambiente excedem nossa capacidade de
adaptação. Os quatro fatores principais que contribuem para a demanda excessiva de agentes
estressores no trabalho são:
Urgência de tempo;
Responsabilidade excessiva;
Falta de apoio;
Expectativas excessivas de nós mesmos e daqueles que nos cercam.
12. 5.2.2. Falta de Estímulos
A falta de estímulos também pode resultar em estresse patológico e doença. O risco
de ataques cardíacos, por exemplo, são significativamente maiores nos dois primeiros anos
após a aposentadoria. Nesses casos a condição associada ao estresse costuma ser o tédio, a
sensação de nulidade e/ ou a solidão, portanto, a falta de escassez de solicitações também
proporciona situações estressoras.
No trabalho, as atividades medíocres, destituídas de significação ou aquelas onde
não temos noção do porquê estamos fazendo isso ou aquilo, podem ser extremamente
estressantes. As tarefas altamente repetitivas ou desinteressantes também podem produzir
estresse. Essas situações de carências de solicitações ou a sensação de falta de significado
para as coisas que fazemos costumam também causar estresse em crianças e idosos.
5.2.3. Ruídos
O ruído excessivo pode causar estresse pela estimulação do Sistema Nervoso
Simpático, provocando irritabilidade e diminuindo o poder de concentração. Dessa forma, o
ruído pode ter um efeito físico e/ ou psicológico, ambos capazes de desencadear a reação de
estresse.
Este fator estressante pode produzir alterações em funções fisiológicas essenciais,
como é o caso do sistema cardiovascular. O ruído também pode influenciar outros hormônios,
como a testosterona, por exemplo, e dessa forma, pode ter efeitos prolongados sobre o
organismo, considerando que as alterações hormonais são sempre de efeito mais longo.
5.2.4. Mudanças Constantes
As necessidades de mudanças podem ser comparadas a um ciclo vicioso, o momento
presente está quase sempre exigindo mudanças, essas mudanças acabam trazendo novos
problemas. Esses problemas despertam novas soluções, as quais passam a exigir novas
mudanças e assim por diante. Mudanças determinadas pela empresa. Esse tipo de mudanças
pode ser determinado por uma nova chefia ou devido à nova orientação geral da empresa, seja
por causa de alguma fusão ou aquisição da empresa. Normalmente esse tipo de mudança pode
gerar muita insegurança.
A pessoa que passa por momentos de ansiedade e estresse por causa de mudanças
deve ter em mente que, mesmo que o departamento esteja sendo “desmontado” ou algum
colega estimado esteja perdendo sua posição, continuará sendo o mesmo profissional que é,
seus conhecimentos continuarão intactos e a empresa poderá utilizá-los até de forma melhor
13. na nova situação. Nessa situação o mais importante é não deixar que considerações
emocionais (mágoa, orgulho, inveja, rancor, etc.) dominem o lado racional.
5.2.5. Mudanças devidas ao mercado
As constantes exigências do mercado sempre são levadas a sério pelas empresas e,
frequentemente, determinam mudanças de procedimentos no trabalho. Os ansiosos tende mais
para o estresse devido, principalmente, a ansiedade antecipatória, ou seja, a ansiedade que
parece muito antes de quaisquer resultados das mudanças.
Embora o bom senso recomende que as pessoas devam estar continuamente atentas
aos resultados dessas mudanças, sofrer antecipadamente não resolve problemas, não facilita a
adaptação e podem determinar atitudes precipitadas danosas.
5.2.6. Mudanças devidas à novas tecnologias
A tecnologia normalmente está em contínua substituição por sistemas mais
modernos. Nessa situação também as pessoas são emocionalmente solicitadas à se adaptar ao
novo. Nesse caso o estresse será variável, de acordo com as disposições pessoais e de acordo
com o tipo dessa nova tecnologia a ser implantada.
Pela disposição pessoal, sofrerão mais as pessoas com instabilidade efetiva, com
traços marcantes de ansiedade ou já previamente estressadas. Em relação às próprias
mudanças, sofrerão mais as pessoas confrontadas com novas tecnologias ideologicamente
diferentes das anteriores.
5.3. Ferramentas para prevenir o estresse.
Para identificar a existência, causas e consequências do estresse relacionado ao
trabalho, é preciso analisar o conteúdo e condições de trabalho, termos de emprego, relações
sociais do trabalho, saúde, bem-estar e produtividade. De acordo com pesquisas, analisam-se
melhorias encontradas que podem ser alcançadas através de mudanças organizacionais, por
exemplo:
Permitindo tempo adequado para o trabalhador realizar seu trabalho de
modo satisfatório.
Dar ao trabalhador uma descrição clara do trabalho.
Recompensar o trabalhador por um bom desempenho no trabalho.
14. Proporcionar meios para o trabalhador fazer queixas, fazendo com que
as mesmas sejam tratadas com seriedade e rapidez.
Harmonizar a responsabilidade e a autoridade do trabalhador.
Esclarecer os objetivos e os valores da empresa e adaptá-los a objetivos
e valores do trabalhador, sempre que possível.
Promover o controle do trabalhador em relação ao produto final de seu
trabalho.
Promover a tolerância, a segurança e a justiça no local de trabalho.
Eliminar exposições físicas prejudiciais.
5.4. Síndrome de Burnout
Síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional é
um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental
intenso, registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças
e Problemas Relacionados à Saúde). O termo Burnout foi usado primeiramente em 1974 nos
Estados Unidos por um médico psicanalista chamado Freudenberger,, que por meio das
próprias experiências com frustrações e dificuldades chegou aos estado máximo de exaustão.
Uma característica marcante de Burnout é a dedicação exagerada ao trabalho. Há a
necessidade se ser sempre o melhor e mostrar o melhor desempenho. A auto estima do
individuo é medida pela realização profissional.
O termo: Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior),
caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e
emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço. Com
muita frequência este quadro está associado a outros transtornos emocionais, geralmente com
a depressão e/ou ansiedade. Esse transtorno tem importância na medida em que afeta a vida
pessoal, seja através das repercussões físicas desse estresse psíquico, seja no
comprometimento profissional quanto a eficiência e desempenho, seja social na desarmonia
dos relacionamentos interpessoais.
Como síndrome, o Burnout seria o resultado da combinação entre as características
individuais do paciente com as condições do ambiente ou do trabalho, o qual acarretaria em
excessivos e prolongados momentos de estresse no trabalho. Essa síndrome se refere a um
tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm
15. uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é
considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões
predominantemente relacionadas a um contato interpessoal mais exigente, tais como médicos,
psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos,
enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje,
entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa
com pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem
técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à
avaliações.
Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse
genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema e
desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas
consequências bastante sérias.
Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato
direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a
maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter
importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de
Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento
com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho
e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e
emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade,
isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de
memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço,sudorese, palpitação, pressão alta, dores
musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que
podem estar associadas à síndrome.
5.4.1. Diagnóstico
O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu
envolvimento e realização pessoal no trabalho.
16. Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam
a estabelecer o diagnóstico.
5.4.2. Tratamento
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física
regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.
5.4.3. Recomendações
* Não usar a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios
físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida
podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a Síndrome de Burnout;
* Conscientizar-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para
afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
* Avaliar quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua
qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avaliar também a possibilidade de
propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.
5.5. Qualidade de Vida no trabalho: Uma saída para o estresse.
Atualmente as empresas têm como objetivo o crescimento e ampliação de mercado,
e para isso é necessário investimento e valorização de seus empregados. A empresa é
composta por colaboradores e que se utilizam dessa para desenvolverem suas atividades
produtivas.Deverá haver uma relação ativa entre colaborador e empresa. O homem troca seu
esforço, trabalho, dedicação, disponibilidade pela remuneração, reconhecimento e benefícios
oferecidos pela empresa.
Principais motivos pelos quais as organizações atualmente e cada vez mais
investem na qualidade de vida de seus colaboradores
* Para obter melhor qualidade de produtos e serviços (funcionários
satisfeitos atendem melhor o cliente);
* Para reduzir os custos com doenças, planos de saúde, absenteísmo,
presenteísmo, acidentes de trabalho, entre outros;
* Para tornar o ambiente agradável e atrair e reter talentos;
* Para melhorar a comunicação e o nível de confiança interna;
* Para aumentar a produtividade individual e da equipe.
17. O programa (QVT) representa o grau em que os funcionários da organização são
capazes de satisfazer suas necessidades pessoais por meio do seu trabalho na empresa, sendo
resultante de diversos fatores, tais como remuneração, condições de saúde e segurança,
oportunidades de ascensão profissional e de crescimento pessoal, dentre outros.
Segundo Fernandes (1996) os benéficos não devem ser vistos com compensatórios
e sim como ponto de alavancagem que proporciona qualidade de vida no trabalho e mais
produtividade por parte dos colaboradores
A QVT tornou-se uma linguagem comum na maioria das empresas. A simplicidade
e abordagem prática resultam na incorporação dos conceitos por meio de hierarquias. A
linguagem é de extrema importância para influenciar a ações dos funcionários. Sendo
importante que os lideres eficazes possuem a capacidade de criar um clima favorável para
mudanças e inovações. Através da QVT os passos para o desenho da organização é nivelada e
empenhada na satisfação do funcionário, sento este fator positivo e significativo para QVT.
5.5.1. Qualidade de Vida e Qualidade de Vida no Trabalho
Qualidade de Vida muitas vezes nos referimos à saúde, bem-estar, tranquilidade
financeira e amor com a expressão "qualidade de vida". E não estamos errados. "Qualidade de
vida" é um conceito bastante individual, formado a partir de critérios e valores pessoais, que
determinam a percepção Conforme Bom Sucesso (1997), a QVT resulta na busca individual e
no esforço coletivo do funcionário. Assim deve priorizar as ações pessoais, ouvir, ter postura
proativa. Os lideres são responsáveis pelo incentivo, manutenção de medidas e a
proporcionarem um clima positivo e agradável no ambiente de trabalho. É importante citar
que as relações interpessoais constituem um fator componente de satisfação no ambiente de
trabalho, além de manter um diálogo composto por relações diretas, claras e respeitosas entre
lideres e funcionários.
Esses valores, por sua vez, não são estáticos. Variam a partir de interesses,
expectativas e momentos da vida.
Para formarmos nosso próprio conceito, podemos pensar em:
* Quais itens mais afetam nossa qualidade de vida hoje?
* Para quais é possível uma ação imediata que garanta uma melhoria
sensível em um curto espaço de tempo?
* Quais providências são exclusivamente nossas?
* Que padrões de satisfação queremos atingir ao longo do tempo para os
nossos indicadores pessoais de qualidade de vida?
18. 5.5.2. Qualidade de Vida no Trabalho
Da mesma forma, o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho também varia de
acordo com os valores, os interesses e as circunstâncias. Faça um teste: pergunte a diversos
colegas que trabalham com você, o que pensam sobre o assunto.
Apesar dessas considerações, estudiosos nos trazem definições do conceito a partir
do olhar do trabalhador ou da empresa.
Limongi-França (2003) definiu o QVT como "o conjunto das ações de uma
empresa, no sentido de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais
no ambiente de trabalho visando o bem-estar dos colaboradores".
19. CONCLUSÃO
O estudo desenvolvido visa questionar os métodos de trabalhos aplicados
atualmente, onde o modelo empregado pelas políticas capitalistas, que buscam o lucro a
qualquer custo, sacrificando seus funcionários, impondo metas abusivas, exigindo um
trabalho de excelência em tempo cada vez menor. Os trabalhos de alguns profissionais, como
jornalistas, que é a terceira profissão mais estressante do mundo. Os funcionários são
analisados pelo seu desempenho qualitativo e quantitativamente, tanta pressão e cobrança
ocasionam distúrbios físicos e mentais.
Com isso o stress passou a ser uma realidade do trabalhador brasileiro. Onerando a
maquina publico devido a enumeras licenças medicas. Com o aumento das ausências
motivadas pelo stress, as empresas se viram obrigadas a intensificar as ações voltadas
especialmente à questão da qualidade de vida no trabalho com a melhoria do clima
organizacional, adoção de estilo de vida mais saudável, maior disposição, motivação e
percepção da valorização de funcionários e colaboradores.
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERT, E. & URURAHY, G. Como se tornar um bom estressado. Rio de Janeiro.
Salamandra Consultoria Editorial Ltda, 1997. 139 p.
BALLONE GJ -Síndrome de Burnout. PsiqWeb, Internet, disponível em
www.psiqweb.med.br. Publicado em: 02/10/2010. Acesso em : 30/11/2010.
CARDOSO, A. Stress no trabalho: Uma abordagem pessoal e empresarial. 2. Ed. Rio de
Janeiro: Editora RevinterLtda, 2001. p.4.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho – estudo da Psicologia do trabalho. São Paulo:
Oboré / Cortez, 1987. 163 p.
FILGUEIRAS, J.C. ; HIPPERT, M.I. Estresse: Possibilidades e Limites. Cap. 02.
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