2. ESTRESSE NO TRABALHO
• O estresse ocupacional, entendido como o
estresse relacionado ao trabalho, tornou-se
uma fonte de preocupação, uma vez que é
reconhecido como um dos principais riscos ao
bem-estar psicossocial do indivíduo
(BATEMAN; STRASSER, 1983).
• Segundo Cooper (2005), as pessoas trabalham
mais horas e mais arduamente, a fim de atingir
o sucesso pessoal e as recompensas materiais.
3. Tempos de Grandes Mudanças
• De tempos em tempos ocorrem grandes
transformações que reorganizam toda a
sociedade
• Do ponto de vista organizacional as
transformações tem sido ainda mais radicais ..
• O fator competitivo neste novo cenário passa
a ser o conhecimento,
• As competências individuais dentro das
organizações
4. Sociedade do Conhecimento
• Esse termo surgiu com o advento da
globalização e trouxe consigo a velocidade
do tempo real,com amplas possibilidades
de controle, armazenamento e liberação de
acesso a múltiplos conjuntos de
informação.
5. Sociedade do Conhecimento
• Na Sociedade do Conhecimento, as mudanças
e as inovações tecnológicas ocorrem num
ritmo tão acelerado, que além dos fatores
tradicionais de produção, como capital, terra e
trabalho, é fundamental identificar e gerir
inteligentemente o conhecimento das pessoas
nas organizações
6. • Rifkin (1995) destaca que a situação do
emprego está se modificando e milhares de
trabalhadores estão perdendo seus postos de
trabalho, uma vez que estão sendo
substituídos, com maior intensidade, pelas
chamadas tecnologias inteligentes, que vêem
sendo desenvolvidas em larga escala em todo
o planeta. Para o autor, esse novo mundo do
trabalho está deixando os indivíduos
alienados, vítimas de um acentuado estresse
proveniente de pressões decorrentes de um
ambiente de alta tecnologia e crescente
insegurança.
7. As abordagens conceituais do estresse
ocupacional
• As abordagens bioquímica, psicológica e
sociológica, podem ser consideradas
complementares e interligadas, são
entendidas como as três principais
abordagens conceituais referentes ao
estresse ocupacional.
8. TRANSFORMAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO NO SETOR
BANCÁRIO
• O setor bancário foi um dos segmentos em que a
reestruturação dos processos de trabalho introduziu-
se de forma mais abrangente.
• O maior problema que o bancário enfrenta é o
estresse causado pela pressão em atingir metas,
onde muitas delas são imposição de produtos aos
clientes.
• Muitas das transformações implantadas vão se
constituírem fatores altamente patogênicos.
9. TRANSFORMAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO NO SETOR
BANCÁRIO
• A necessidade de contínuo aprimoramento é
também um dos fatores que provoca um estado
constante de vigilância, gerador de tensão:
vigilância para não perder o emprego,para ser o
melhor, para enxergar à frente.
• As políticas de gestão de pessoal passaram a
demandar dos funcionários,além da qualificação
técnica, a constante mobilização de afetos.
10. TRANSFORMAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO NO SETOR
BANCÁRIO
• Além disso, a rapidez das mudanças, que se
reflete na flexibilização exacerbada,
enfraquece a familiaridade com o trabalho e,
conforme Sato(2003)
• “A ausência de familiaridade é um dos fatores
responsáveis pelo sentimento de penosidade
no trabalho.”
11. A síndrome de Burnout
• do inglês to burn out, queimar por completo
• também chamada de síndrome do
esgotamento profissional, foi assim
denominada pelo psicanalista nova-iorquino,
Freudenberger, após constatá-la em si mesmo,
no início dos anos 1970.
12. Síndrome de Burnout
• A dedicação exagerada à atividade profissional é
uma característica marcante de Burnout, mas não
a única. O desejo de ser o melhor e sempre
demonstrar alto grau de desempenho é outra
fase importante da síndrome: o portador de
Burnout mede a auto-estima pela capacidade de
realização e sucesso profissional. O que tem início
com satisfação e prazer, termina quando esse
desempenho não é reconhecido. Nesse estágio,
necessidade de se afirmar, o desejo de realização
profissional se transforma em obstinação e
compulsão.
13. 1. Necessidade de se afirmar
2. Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer
tudo sozinho;
3. Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os
amigos começam a perder o sentido;
4. Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas
não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
5. Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que
antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única
medida da auto-estima é o trabalho;
6. Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente
desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são
repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
São doze os estágios de Burnout:
14. Os estágios de Burnout
7-Recolhimento;
8-Mudanças evidentes de comportamento;
9-Despersonalização;
10-Vazio interior;
11-Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão.
A vida perde o sentido;
12-E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional
propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e
mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda
médica e psicológica uma urgência.
15. ESTRESSE E AS MUDANÇAS.
• As constantes mudanças exigem alterações de papeis
sociais de forma rápida e muitas vezes, sem o devido
período de transição (Goleman, 1998).
• A responsabilidade pela gestão do estresse é tanto do
funcionário quanto da empresa, que deve dar suporte
ambiental, político e educacional para que os
comportamentos de risco sejam controlados, uma vez
que, é no ambiente de trabalho que as pessoas passam
a maior parte do seu tempo ativo e as demandas do
trabalho influenciam drasticamente o seu estilo de
vida.
16. Estresse e Mudanças
• A gestão do estresse no ambiente de
trabalho deve ter como principal objetivo
à melhoria da qualidade de vida e isso
deve estar assegurado na política de
qualidade e recursos humanos da
empresa, e identificado em sua visão e
missão.
17. ESTRESSE E MUDANÇAS COMO LIDAR:
• França & Rodrigues (1999, p.124),
oferecem uma lista de intervenções
que podem ser implementadas com
o objetivo de gerenciar os níveis de
estresse pessoal e organizacional, são
elas:
18. • Técnicas de relaxamento,
• Alimentação balanceada,
• Exercício físico regular,
• Repouso, lazer e diversão,
• Sono apropriado ás necessidades individuais,
• Psicoterapia e vivências que favoreçam o autoconhecimento,
• Aprendizado de estratégias de enfrentamento,
• Administração do tempo livre para atividades ativas e
prazerosas,
• Administração de conflitos entre pares e grupos,
• Revisão e reestruturação das formas de organização do
trabalho,
• Educação para saúde e
• Equacionalização dos planejamentos econômico, social e de
saúde.
19. A gestão do estresse organizacional
• A gestão do estresse organizacional exige uma
visão multifatorial da realidade envolvendo
aspectos econômicos, afetivos, culturais, físicos e
ambientais e as ações devem contemplar o maior
número possível desses aspectos envolvendo as
seguintes etapas de implementação: identificação
do problema e das percepções, verificação dos
padrões culturais, discussão das características
individuais e planejamento e implantação de
programas de promoção de saúde, segurança e
qualidade de vida.
20. Referencias Bibliográficas
• BATEMAN, T. S.; STRASSER, S. A cross-lagged regression test of the
relationship between job tension and employee satisfaction. Journal of
Applied Psychology, v.68, p. 439-445, 1983.
• COOPER, C. L. A natureza mutante do trabalho: o novo contrato psicológico
e os estressores associados. In: Stress e qualidade de vida no trabalho:
perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.
• FRANÇA, A.C.L & RODRIGUES, A.L (1997). Stress e Trabalho: Guia básico
com abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas.
• GOLEMAN, D (1995). Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva.
• RIFKIN, J. O fim dos empregos. São Paulo: Makron Books, 1995.
• SATO, L. Subjetividade, saúde mental e trabalho.In: RUIZ, R. (Org.). Um
mundo sem LER é possível.Montividéo: REL-UNITA, 2003. p. 62-76