O documento discute as relações interpessoais nas organizações, enfatizando que um bom relacionamento entre colaboradores promove empatia, comprometimento e resultados mais positivos. Também aborda a importância da adaptação do ambiente de trabalho e das pessoas, assim como estratégias para gerenciar conflitos de forma construtiva.
2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS
O comportamento ( Behaviorismo ) das pessoas
influencia o ambiente em que convivem: os
comportamentos refletem os resultados das
empresas, sejam eles negativos ou positivos,
dependendo do relacionamento existente dentro dos
vários setores.
Quando todos se relacionam num clima de união e
laços de amizade, o trabalho é mais rentável, havendo
probabilidade de maior empatia entre os
colaboradores e um maior comprometimento aos
resultados.
3. É de primordial importância às habilidades
interpessoais, tanto quanto às técnicas profissionais, o
investimento das empresas em treinamentos para um
melhor desenvolvimento daquelas.
No ambiente de trabalho, tudo pode acontecer, ou
seja, tudo pode influenciar o comportamento das
pessoas e, em consequência, influenciar nas relações
interpessoais e provavelmente nos resultados das
empresas, sejam em todos os sentidos.
4. O ser humano é feito do ambiente em que vive, e
que é gerado por necessidades básicas, as quais
motivam ou não para exercer determinadas tarefas,
sejam as necessidades fisiológicas como alimentação,
sono, atividade física, satisfação sexual, etc. ou as
necessidades psicológicas como segurança interna,
participação, autoconfiança e afeição; necessidades
de auto - realização como ímpeto para realizar o
próprio potencial, estar em contínuo
autodesenvolvimento
5. Conforme Chiavenato “O homem se caracteriza
por um padrão dual de comportamento, tanto pode
cooperar como pode competir com os outros”. Irá
cooperar quando seus objetivos ou metas poderão
ser realizados através do esforço com o grupo, irá
competir quando seus objetivos são disputados e
pretendidos por outros.
Os relacionamentos interpessoais dependerão das
realizações e satisfações das necessidades
individuais, mas também se percebe que muitas
vezes o ser humano se comporta de forma dualista,
podendo cooperar diante de uma situação ou
competir, sentindo que seus objetivos estão
ameaçados por outros do grupo.
6. AMBIENTE FÍSICO E SOCIAL
O ambiente de trabalho constitui de duas partes distintas: a
física (instalações, móveis, decoração, etc.) e a social
(pessoas que o habitam).
O desempenho da estrutura física é muito importante, pois
é a possibilidade de se sentir confortável, assim sendo,
resultando bem estar no trabalho.
Não havendo um ambiente físico que proporcione conforto
ou bem estar para os colaboradores da empresa, estes se
sentem prejudicados ou até mesmo desconfortáveis para
realizar suas funções, não alcançando de maneira ágil e
correta a realização de seu trabalho.
7. Quando o ambiente do trabalho é influenciado por
vários problemas sociais entre os colaboradores há o
prejuízo do andamento das tarefas a serem
realizadas.
Muitas são as dificuldades observadas, dentre as
quais, a mais relevante é a falta de objetivos pessoais
entre os colaboradores, dificuldades em priorizar e
assistir o outro.
Todo ser humano é individual e único, portanto
também reage de forma distinta a situações
semelhantes.
8. Conforme o espaço físico e social, percebe-se que as
pessoas sofrem influência do meio em que vivem, seja
em suas emoções, sentimentos e ações de acordo
com o conjunto que as cercam.
No contexto da valorização do ser humano, a
preocupação com seus sentimentos e emoções, e
com a qualidade de vida, sabe-se que são fatores
relevantes fazendo a diferença nas relações
profissionais.
O trabalho é a forma como o homem age
reciprocamente, transformando o meio ambiente,
onde estabelece relações interpessoais, que servem
para reforçar sua identidade e sua contribuição.
9. DIFERENÇAS NO RELACIONAMENTO
É de grande importância que o ser humano conheça a
si mesmo, como também conheça as pessoas com
quem se relaciona no ambiente de trabalho.
A partir disso, o ser humano tem condições de ter,
manter e superar as diferenças de seus
relacionamentos; buscando, dessa forma, estabelecer
meios de facilitar a realização do trabalho.
Desde sempre a convivência humana é difícil e
desafiante. Sartre , aponta em sua famosa afirmação:
“O inferno são os outros...”.
10. Os avanços da tecnologia nos permitem um acesso
extraordinário aos outros, mas fizeram com que as
conversas presenciais passassem a ser relativamente
raras. Já não se reúne pessoalmente com o cliente,
pois podemos nos comunicar ou ligar para ele,
enviando um e-mail, um fax, ou deixar simplesmente
recado na secretária eletrônica.
Perdeu-se o contato direto com o ser humano, muitas
vezes na realização de negócios usa-se esses
recursos.
11. Para Moscovici (2003, p. 47):
“O relacionamento interpessoal entre o líder e os
membros do grupo é um dos fatores mais relevantes na
facilitação ou obstância de um clima de confiança,
respeito que possibilite relações de harmonia e
cooperação”.
A comunicação é mais fácil quando nos colocamos no
lugar das outras pessoas. É necessário ouvir e
responder com empatia.
12. ESTUDO DO FATOR HUMANO
Weil (1971) propõe que o estudo do fator humano nas
organizações seja dividido em três partes iguais:
Adaptação do homem ao trabalho: é possível, com
facilidade, por meios de exames médicos psicológicos,
classificando-o em função das suas aptidões, gostos,
interesses e personalidade. Por outro lado, torna-o
mais feliz e a organização mais produtiva, onde a
promoção e o aperfeiçoamento do pessoal constitui
excelente estímulo para os que queiram progredir na
vida.
13. Adaptação do trabalho ao homem: no ambiente físico de
trabalho, a maquinaria, as instalações, devem ser
pintadas de cores vivas (verde ou amarelo). Já as cores
escuras, deprimem e provocam diminuição de
rendimento, e, ao longo do tempo, provocam cansaço e
irritação.
Adaptação do homem ao homem: primeiramente o
ambiente deve ser de respeito humano e confiança
mútua. Nos tempos atuais, o homem tem a sensação
constante de estar sendo ultrapassado e sempre
perdendo algo. Isso faz crescer a necessidade de renovar
conhecimentos, valores, pontos de vista. Os ambientes
de trabalho e as suas tarefas têm que se ajustar tanto à
tecnologia quanto às pessoas.
14. SOBRE AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Diariamente mantemos contato com chefes,
colegas, clientes, amigos, parentes, etc. A espécie
de relação ou contato que estabelecemos com
essas pessoas afeta, de maneira sensível, os
resultados que esperamos obter de nossas
atividades diárias. Qualquer atividade que
exercemos, profissionalmente ou não, implica
inevitavelmente em relações com pessoas.
15. Com algumas pessoas mantemos boas relações,
com outras, relações fracas e, com outras, más
relações. Os resultados obtidos a partir desses
contatos também serão bons, fracos ou maus. Quando
marcamos uma consulta dependemos do horário do
médico, este por sua vez depende do horário em
outras instituições, etc. Isso nos mostra a
interdependência que nos prende aos nossos
semelhantes e nos leva a admitir que a nossa
atividade diária é inseparável da atividade de outros
indivíduos.
16. Desse modo Relação Interpessoal é algo do qual não
podemos fugir, a não ser na hipotética ideia de que fosse
possível viver isolado, fechado em um recinto sem nenhum
contato humano. Mesmo sem querer, de qualquer forma (bem
ou mal) estamos nos relacionando uns com os outros, a toda
hora. A esse contato entre as pessoas, seja ele verbal ou não,
damos o nome de Relações Interpessoais.
A importância do trabalho em nossas vidas é clara. Ele
requer, no entanto, um conjunto de regras de conduta. Essa
postura envolve direitos e deveres, onde devemos assumir
uma atitude coerente com o nosso sistema de valores e com a
cultura de nosso local de trabalho.
18. Administrar conflitos é uma tarefa que, geralmente,
causa melindres e resistências. As pessoas evitam,
postergam e, muitas vezes, não fazem nada para
resolver, afinal confrontar um problema não é muito
agradável mas a gestão de conflitos tende a crescer de
importância dentro das organizações contemporâneas,
tendo em vista a importância, cada vez maior, dada às
pessoas que nelas trabalham; já que um dos axiomas
gerenciais atuais consiste no fato de os indivíduos
constituírem o fator diferencial entre as empresas, os
conflitos que os envolvem passam a ser um problema,
uma vez que podem reduzir a produtividade,
consequentemente, afetando a lucratividade e
rentabilidade da instituição.
19. ALGUNS PROCEDIMENTOS PARA GERENCIAR
CONFLITOS
Quando se estiver administrando um conflito, é de suma importância
que, antes de se tomar qualquer decisão, investigue-se os fatos
ocorridos, o histórico das pessoas envolvidas como o tempo em que os
envolvidos no conflito trabalham na empresa, suas condutas e
desempenho etc.
Importante ressaltar a importância de se empregar a empatia, ou seja,
tendência para sentir o que sente a pessoa na dada situação e
circunstâncias; considerar os valores da organização; levar em
consideração pressões não usuais de trabalho como, por exemplo, o
fato de dois funcionários terem uma discussão; se o produto dessa
empresa é sazonal e se, no período que antecedeu a referida
discussão, os funcionários tiveram que aumentar sua jornada de
trabalho; verificar a ocorrência de explicação insatisfatória, por parte do
responsável, de normas e/ou procedimentos etc. Tudo isto para que
injustiças não sejam cometidas e o conflito tenha um final satisfatório
para todos os envolvidos.
20. Um dos motivos da geração de conflitos em
empresas pode estar baseado no fato da diversidade
cultural dos indivíduos envolvidos. Segundo
Megginson, Mosley e Jr (1986, p. 471-472), são eles:
etnocentrismo: ocorre quando uma pessoa, de uma
determinada cultura, recorre a seus próprios valores
culturais como parâmetro para resolver algum
problema num ambiente cujos padrões culturais sejam
distintos do seu;
uso impróprio de práticas gerenciais: ocorre
quando se aplica uma determinada prática gerencial
numa cultura, levando-se em conta apenas sua
eficiência e eficácia, contudo, em outra;
21. percepções diferentes: ocorre quando, pelo fato
de cada cultura possuir um conjunto de valores
como referência, pessoas de diferentes culturas
apresentarem valores e entendimentos distintos;
comunicação errônea: acontece quando
diferenças culturais como idioma, costumes,
sentimentos geram uma comunicação equivocada.
22. Para se compreender a gênese de um conflito, faz-se
necessário não só compreender o comportamento das
pessoas envolvidas, como também dissecá-los. Para tal, é
imperioso entender que o comportamento nada mais é do
que o resultado do somatório de vários fatores, dentre
eles podemos citar: os medos que uma pessoa possui, as
emoções vivenciadas, suas experiências adquiridas no
transcorrer de sua existência, suas crenças, as
preocupações que a afligem; sua auto-estima etc.
23. Para minimizar essa potencialidade de gerar uma
situação conflituosa, Bee (2000) desenvolveu 10
ferramentas para realizar-se uma consideração,
ou a chamada crítica construtiva:
analisar a situação: nesse momento, tem-se o
cuidado de identificar qual é o problema, bem
como o que necessita ser alterado e por quê
determinar o(s) efeitos(s) e o(s) objetivo(s): visa a
determinar o que o indivíduo deve realizar
ajustar-se à receptividade: quem vai realizar a crítica deve
identificar se a pessoa a ser criticada está aberta para recebê-
-la
criar o ambiente propício: visa a propiciar um ambiente no
qual quem vai emitir a crítica possa ser entendido e aceito
24. comunicar-se efetivamente: levar em conta alguns
aspectos fundamentais na elaboração de uma crítica,
tais como: o que se diz, a maneira como se diz, a
linguagem corporal; e, ainda, saber ouvir e observar a
pessoa criticada além de ajudar o indivíduo criticado a
trabalhar com os problemas objeto das críticas;
descrever o comportamento que deseja mudar: é
fundamental que a pessoa que recebe a orientação
tenha em mente o ponto exato do problema;
descrever o comportamento desejado: é de suma
importância que o indivíduo que recebeu a crítica
saiba o que necessita apresentar como desempenho
ou comportamento;
25. procurar soluções conjuntamente: o indivíduo
que critica deve procurar ajudar o criticado, dando-
lhe sugestões e/ou idéias;
concentrar-se naquilo que se acha bom:
consiste em alternar mensagens positivas às
negativas;
chegar a um acordo: este, talvez, seja o item mais
difícil, na medida em que ninguém muda seu
comportamento ou desempenho sem que concorde.