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Psicopatologia
UMA ABORDAGEM INTEGRADA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
narlo..,, Dav1d H.
?si ccpat:ol og i a : u!:'a aborda9e!:'l i nt:eqrada /
David H. narlo..,, r.r..ark R. Durand ; traduç.lo Noveritis
do Brasil ; revisao técnica Thais Cristi~a M
arques dos
Reis . -- 2. ed . ·- sao ?aulo : cengage Lear~i~g, 2015.
Titulo original: Ab nor!'l'.al psychology .
1. ed . norte•a!'l'.ericana .
Bi!>liogra ta .
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l . Distõr!>ios !'l'.entais 2. Doenças tr.entais
3. ?sicologta :patol6g1ca 1 . ?sicopatologia
I. Durand, V. r.r
..ark. II . Reis, Tha1s Cristi~a
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..arques dos . III . Titulo .
15•01102 CDD• 616 . 89
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Índices para catálogo sistemático:
l . ?sicopatologia 616 . 89
Austrália
Psicopatologia
UMA ABORDAGEM INTEGRADA
Tradução da 7ª edição norte-americana
David H. Barlow
V. Mark Durand
Tradução:
Noveritis do Brasil
Revisão técnica:
Toais Cristina Marques dos Reis
Graduada em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto, especialista
em Psicologia da Saúde e mestre em Ciências pelo Departamento de Psiquiatria e Psicologia
Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Escola Paulista de Medicina (EPM).
Brasil Japão Coreia
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CENGAGE
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México Cingapura E
spanha Reino Unido E
stados Unidos
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CENGAGE
Learning·
Psicopatologia - Traduçãoda 7' edição
norte-americana
2' edição brasileira
David H. Barlowe V. Mark Durand
Gerente editorial: Noelma Brocanelli
Editoradedesenvolvimento: Viviane Akemi Uemura
S
upervisora de produção editorial: Fabiana Alencar
Albuquerque
Título original: Abnormal psychology- 7"'edition
{ISBN 13: 978·1·285·75561·8; ISBN 1
0: 1
·285·75561·8)
Tradução: Noveritisdo Brasil
Revisão técnica: ThaísCristina Marques dos Reis
Assistente de revisão técnica: Adriana Ricci dos
Santos
Copidesque: Raquel Benchimol de Oliveira
Rosenthal,OlíviaFrade Zambone, Cíntia Leitão
e Lorena Vita
Revisão: Fernanda Helena Costa Kanawati, Mayra
Clara Albuquerque Venâncio dos Santos e
Rosângela Ramos da Silva
Diagramação: Alfredo Carracedo Castillo
Indexação:Casa Editorial Maluhy
Capa: Buono Disegno
Imagem da capa: Sanjatosi/Shutterstock
Especialista em direitos autorais: J
enis Oh
Pesquisa iconográfica: ABMM
Editoradeaquisições: Guacira Simonelli
Impresso no Brasil.
Printed in Brazil.
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© 2015, 2012 Cengage Learning
© 2016 Cengage Learning Edições Ltda.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste
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fevereiro de 1
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constatada a omissão involuntária na identificação de
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Conjunto 12 Lapa de Baixo - CEP
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Tel.: (11
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Fax: (11) 3665-9901
SAC: 0800 11 19 39
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visite www.cengage.com.br
Dedico este livro para minha mãe,
Doris ElinorBarlow-Lanigan, por
sua influência multidimensional em
toda a minha vida.
D. H. B.
Para Wendy eJonathan, cuja paciência,
compreensão e amor me deram a
oportunidade de completar este
ambicioso projeto.
V. M. D.
i 1. '
David H. Barlow é um pioneiro
e líder internacionalmente reco-
nhecido em psicologia clínica.
Professor de psicologia e psiquia-
tria da Boston University, é fun-
dador e diretor emérito do Center
for Anxiety and Related Disor-
ders, uma das maiores clínicas
de pesquisa sobre o assunto no
mundo. De 1996 a 2004, dirigiu
os programas de psicologia clíni-
ca na Boston University. De 1979
a 1996, foi professor emérito da
University at Albany - State Uni-
ál
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•
8'--'""-__.
versity of New York. De 1975 a 1979, foi professor de psiquia-
tria e psicologia da Brown University, onde também fundou o
programa de estágio em psicologia clínica. De 1969 a 1975, foi
professor de psiquiatria da University ofMississippi, onde fun-
dou o programa de residência de psicologia da Faculdade de
Medicina. É graduado pela University of Notre Dame, fez mes-
trado na Boston College e é Ph.D. pela University ofVermont.
Um companheiro de todas as grandes associações psico-
lógicas, Dr. Barlo,v recebeu muitos prêmios em honra de sua
excelência em conhecimento, incluindo o National lnstitute of
Mental Health Merit Award, por suas contribuições a longo pra-
zo para o esforço na pesquisa clínica; o Distinguished Scientist
A,vard para aplicações da psicologia da American Psychological
Association (APA); e o James McKeen Cattell Fello,v Award da
Association for Psychological Science, honrando os indivíduos
por suavida dedicada às conquistas intelectuais significativas em
pesquisa psicológica aplicada. Outros prêmios incluem o Distin-
guished Scientist Award from the Society of Clinicai Psycholo-
gy da American Psychological Association e um certificado de
apreciação da seção da APA de psicologia clínica das mulheres
pelo "extraordinário comprometimento com o avanço das mu-
lheres na psicologia". Em 2004, recebeu o C. Charles Burlingame
A,vard, do Institute of Living, e foi condecorado com o título
de Honorary Doctorate of Humane Letters pela Massachusetts
School ofProfessional Psychology. Também recebeu prêmios de
contribuição de carreira das associações de psicologia de Massa-
vi
chusetts, de Connecticut e da Califórnia e, em 2000, foi nomea-
do Professor Visitante Honorário no Chinese People's Liberation
Army General Hospital e Postgraduate Medical School em Pe-
quim, China. Além disso, o Grand Rounds anual em Psicologia
Clínica na Brown University foi nomeado em sua honra, e ele foi
agraciado como o primeiro prêmio intelectual para ex-alunos
pós-graduados da University ofVermont. Durante o ano acadê-
mico de 1997 a 1998, ele foi membro do Fritz Redlich no Center
for Advanced Study in the Behavioral Sciences, em Menlo Park,
Califórnia. Sua pesquisa tem sido continuamente financiada
pelo National Institute ofMental Health, há mais de 40 anos.
Dr. Barlow editou três jornais, serviu nos conselhos edito-
riais de mais de 20jornais diferentes, e atualmente é editor-chefe
da série "Treatments ThatWork" para a Oxford University Press.
Publicou mais de SOO artigos acadêmicos e escreveu mais
de 65 livros e manuais clínicos, incluindo Anxiety and its disor-
ders, 2• edição, Guilford Press; Clinicai handbook ofpsychological
disorders: a step-by-step treatment manual s• edição, Guilford
Press; Single-case experimental designs: strategies for studying
behaviorchange, 3ª edição, Allyn & Bacon (com Matthe,v Nock e
Michael Hersen); 1hescientist-practitioner: research and accoun-
tabilityin the age ofmanagedcare, 2•edição, Allyn & Bacon (com
Steve Hayes e Rosemary Nelson-Gray); Mastery ofYour Anxiety
and Panic, Oxford University Press (com Michelle Craske); e,
mais recentemente, 1heunifiedprotocolfor transdiagnostic treat-
mentofemotional disorders com o Unified Team na Boston Uni-
versity. O livro e os manuais foram traduzidos em mais de 20
idiomas, incluindo árabe, chinês e russo.
Dr. Barlo,v foi um dos três psicólogos da força-tarefa res-
ponsável por revisar o trabalho de mais de mil profissionais da
saúde mental que participaram da criação do novo DSM-IV e
continuou como Assessor da força-tarefa do DSM-5. Também
presidiu a força-tarefa da APA para diretrizes de intervenção
psicológica, que criou um modelo para as diretrizes da prática
clínica. Seu programa atual de pesquisa se concentra na nature-
za e no tratamento dos transtornos de ansiedade e transtornos
emocionais relacionados.
Em seu tempo livre, joga golfe, esquia e recolhe-se em sua
casa em Nantucket, onde adora escrever, caminhar pela praia e
visitar os amigos.
V. Mark Durand é conheci-
do mundialmente como uma
autoridade na área de trans-
torno do espectro autista.
É professor de psicologia na
University of South Florida -
St. Petersburg, onde fundou
o Dean of Arts & Sciences e
é vice-chanceler para assun-
tos acadêmicos. Dr. Durand
é membro da American Psy-
chological Association (APA).
Recebeu mais de US$ 4 mi-
lhões de financiamento fe-
deral desde o início de sua carreira para estudar a natureza, a
avaliação e o tratamento dos problemas comportamentais em
crianças com deficiências. Antes de se mudar para a Flórida,
atuou em várias posições de liderança na University at Albany,
incluindo a de diretor associado do treinamento clínico do pro-
grama de doutorado em psicologia de 1987 a 1990, catedrático
do Departamento de Psicologia de 1995 a 1998 e reitor interi-
no de Arts and Sciences de 200l a 2002. Fundou o Center for
Autism and Related Disabilities na University at Albany, State
University of New York. Recebeu seu bacharelado, mestrado e
Ph.D. - todos em psicologia - na State University ofNew York-
·Stony Brook.
Dr. Durand recebeu o University Award for Excellence in
Teaching em SUNY-Albany em 1991 e o Chancellor's Aw·ard for
Excellence in Research and Creative Scholarship na University
ofSouth Florida - St. Petersburg em 2007. Foi nomeado mem-
bro do Princeton Lecture Series em 2014 por sua obra na área do
transtorno do espectro autista. Dr. Durand atualmente é mem-
bro do Conselho Consultivo Profissional para a Autism Society
ofAmerica e está no conselho administrativo da Association of
Positive Behavioral Support. É coeditor do Journal of Positive
Behavior Interventions, atua em inúmeros conselhos editoriais
e tem mais de 125 publicações sobre comunicação funcional,
programação educacional e terapia comportamental. Seus li-
vros incluem Severe behavior problems: a functional communi-
cation training approach; Sleep better! A guide to improvingsleep
for children with special needs; Helping parents with challenging
children: positive family intervention; o vencedor de múltiplos
prêmios nacionais Optimistic parenting: hope and help for you
andyour challenging child; e o mais recente Autism spectrum di-
sorder: a clinicaiguidefor generalpractitioners.
Dr. Durand desenvolveu um tratamento único para proble-
mas graves de comportamento que atualmente é obrigatório em
vários Estados dos Estados Unidos e é usado no mundo inteiro.
Além disso, desenvolveu um instrumento de avaliação que é utili-
zado internacionalmente e foi traduzido para mais de 15 idiomas.
Mais recentemente, desenvolveu uma abordagem inovadora para
ajudar famílias com seus filhos desafiadores (Parentalidade Oti-
mista), que foi validado em um ensaio clínico de cinco anos. Tem
sido consultado pelos departamentos de educação de numerosos
Estados e pelos departamentos de Justiça e de Educação dos Es-
tados Unidos. Seu programa de pesquisa atual inclui o estudo
de modelos de prevenção e tratamentos para problemas graves,
como comportamento autolesivo.
Em seu tempo de lazer, pratica corrida de longa distância e
já completou três maratonas.
VII
Prefácio x.xi
li Comportamento anormal no contexto histórico 1
fJ Uma abordagem integrada da psicopatologia 30
EJ Avaliação clínica e diagnóstico 71
!I Métodos de pesquisa 100
EJ Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a trauma e a estressores e
transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados 124
eTranstorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados e transtornos
dissociativos 182
IJTranstornos do humor e suicídio 216
eTranstornos alimentares e transtornos do sono-vigília 274
fJ Transtornos físicos e psicologia da saúde 324
mJ Disfunções sexuais, transtornos parafílicos e disforia de gênero 364
m
Transtornos relacionados a substâncias, transtornos aditivos e transtornos do
controle de impulsos 410
lfl Transtornos da personalidade 456
15] Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos 494
e] Transtornos do neurodesenvolvimento 530
IE] Transtornos neurocognitivos 564
mServiços de saúde mental: questões legais e éticas 592
ix
1 Comportamento anormal no contexto histórico 1
Compreendendo a psicopatologia 2 Atradição psicológica 15
O que é transtorno psicológico? / 3
A ciência da psicopatologia / 5
Conceitos históricos do comportamento
anormal / 8
Atradição sobrenatural 8
Demônios e bruxas / 8
Estresse e melancolia / 9
Tratamentos para possessão / 10
Histeria em massa / 10
Histeria em massa em tempos modernos / 10
A lua e as estrelas / 11
Comentários / 11
Atradição biológica 11
Hipócrates e Galeno / 11
O século XIX / 12
O desenvolvimento dos tratamentos
biológicos / 13
Consequências da tradição biológica / 14
Terapia moral/ 15
Reforma psiquiátrica e declínio da
terapia moral / 16
Teoria psicanalítica / 16
Teoria humanista / 22
O modelo comportamental / 23
Opresente: ométodo científico e uma
abordagem integradora 25
Resumo 26
Termos-chave 27
Respostas da verificação de conceitos 27
2 Uma abordagem integrada da psicopatologia 30
Modelos unidimensional versus
multidimensional 31
O que causou a fobia de Judy? / 31
Resu ltados e comentários/ 33
Contribuições genéticas para a
psicopatologia 34
A natureza dos genes / 34
Novos desenvolvimentos no estudo dos genes
e do comportamento / 35
A interação entre os genes e o ambiente / 36
A herança epigenética e não genômica do
comportamento / 38
A neurociência esuas
contribuições para a
psicopatologia 41
O sistema nervoso central / 41
A estrutura do cérebro / 42
O sistema nervoso periférico / 45
Neurotransmissores / 47
Implicações para a psicopatologia / 51
Influências psicossociais sobre a estrutura e o
funcionamento do cérebro / 52
Interações entre fatores psicossociais e sistemas
neurotrasnmissores / 54
Efeitos psicossociais sobre o desenvolvimento da
estrutura e do funcionamento do
cérebro / 55
xi
Comentários / 55
Ciências comportamental
ecognitiva 56
Condicionamento e processos cognitivos / 56
Desamparo aprendido / 56
Aprendizagem social / 57
Aprendizagem preparada / 58
A ciência cognitiva e o inconsciente / 58
Emoções 59
A fisiologia e a finalidade do medo / 59
Os fenômenos emocionais / 60
Os componentes da emoção / 60
A raiva e o seu coração / 61
Emoções e psicopatologia / 62
3 Avaliação clínica e diagnóstico
Avaliando transtornos
psicológicos 72
Conceitos-chave em avaliação / 73
Entrevista clínica / 74
Exame físico / 77
Avaliação comportamental / 77
Testes psicológicos / 79
Testes neuropsicológicos / 84
Neuroimagem: imagens do cérebro / 84
Avaliação psicofisiológica / 86
Diagnosticandotranstornos
psicológicos 87
Elementos de classificação / 88
4 Métodos de pesquisa
Examinando ocomportamento
anormal 101
Conceitos importantes / 101
100
Componentes básicos de uma pesquisa / 102
Significãncia estatística versus significãncia
clínica / 103
O cliente "mediano" / 104
Xii S UMÁRIO
Fatores culturais, sociais e
interpessoais 63
Vodu, mau-olhado e outros medos / 63
Gênero sexual / 63
Efeitos sociais sobre saúde e
comportamento / 64
Incidência global dos transtornos
psicológicos / 66
Desenvolvimento do ciclo de vida 66
Conclusões 68
Resumo 69
Termos-chave 69
Respostas da verificação de conceitos 70
71
O diagnóstico antes de 1980 / 90
DSM-111 e DSM-111-R / 91
DSM-IV e DSM-IV-TR / 91
DSM-5 / 92
Criando um diagnóstico/ 95
Além do DSM-5: dimensões e espectro / 97
Resumo 99
Termos-chave 99
Respostas da verificação de conceitos 99
Tipos de métodos de
pesquisa 104
Estudando casos individuais / 104
Pesquisa por correlação / 105
Pesquisa por experimentação / 107
Desenhos experimentais de caso único / 109
5
Genética e comportamento ao longo do
tempo e das culturas 112
Estudando a genética / 112
Estudando o comportamento ao longo do
tempo / 116
Estudando o comportamento nas culturas / 118
Poder de um programa de pesquisa / 119
Replicação / 120
'
Etica na pesquisa / 120
Resumo 122
Tennos-chave 122
Respostas da verificação de conceitos 123
Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a
trauma e a estressares e transtorno obsessivo-compulsivo e
transtornos relacionados 124
Acomplexidade dos transtornos de
ansiedade 125
Ansiedade, medo e pânico: algumas
definições / 125
Causas da ansiedade e transtornos
relacionados / 127
Comorbidade dos transtornos de ansiedade
e transtornos relacionados / 130
Comorbidade com transtornos físicos / 131
Suicídio / 131
Transtornos de ansiedade 132
Transtorno de ansiedade
generalizada 132
Descrição clínica / 133
Estatísticas / 133
Causas / 134
Tratamento / 135
Causas / 154
Tratamento / 155
Transtornos relacionados atrauma e a
estressares 157
Transtorno de estresse pós-traumático
(TEPT) 158
Descrição clínica / 158
Estatísticas / 159
Causas / 162
Tratamento / 164
Transtorno obsessivo-compulsivo e
transtornos relacionados 166
Transtorno obsessivo-compulsivo 166
Descrição clínica / 166
Estatísticas / 168
Causas / 169
Transtorno de pânico e agorafobia 137 Tratamento t 110
Descrição clínica / 137
Estatísticas / 138
Causas / 141
Tratamento / 142
Fobia específica 146
Descrição clínica / 146
Estatísticas / 147
Causas / 148
Tratamento / 150
Transtorno de ansiedade social
(fobia social) 151
Descrição clínica / 152
Estatísticas / 153
Transtorno dismórfico corporal 170
Cirurgia plástica e outros tratamentos
médicos / 174
Outros transtornos obsessivo-compulsivos
etranstornos relacionados 174
Transtorno de acumulação / 174
Tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo)
etranstorno de escoriação (skin picking) / 175
Resumo 178
Termos-chave 179
Respostas da verificação de conceitos 179
S UMARIO Xiii
6 Transtorno de sintomas somáticos e transtornos
relacionados e transtornos dissociativos 182
Transtorno de sintomas somáticos e
transtornos relacionados 184
Transtorno de sintomas somáticos 184
Transtorno de ansiedade de
doença 185
Descrição clínica / 186
Estatísticas / 187
Causas / 188
Tratamento / 191
Fatores psicológicos que afetam outras
condições médicas 192
Transtorno conversivo (transtorno de
sintomas neurológicos funcionais) 192
Descrição clínica / 192
Transtornos intimamente relacionados / 193
Processos mentais inconscientes / 194
Estatísticas / 195
Causas / 196
Tratamento / 197
7 Transtornos do humor e suicídio
Compreendendo e definindo
transtornos do humor 217
Visão geral sobre depressão e mania / 218
Estrutura dos transtornos do humor / 219
Transtornos depressivos / 220
Critérios adicionais de definição para
transtornos depressivos / 223
Outros transtornos depressivos/ 230
Transtornos bipolares / 232
Critérios adicionais de definição para
transtornos bipolares / 233
Prevalência dos transtornos do
humor 236
Prevalência em crianças, adolescentes e
adultos mais velhos / 236
Influências do desenvolvimento do ciclo vital
nos transtornos do humor / 237
Entre culturas / 238
xiv S UMÁRIO
Transtornos dissociativos 198
Transtorno de despersonalização/
desrealização 199
Amnésia dissociativa 200
Transtorno dissociativo de identidade 203
Descrição clínica / 203
Características / 203
TDI pode ser simulado? / 204
Estatísticas / 206
Causas / 206
Sugestionabilidade / 207
Contribuições biológicas / 208
Memórias reais e falsas / 208
Tratamento / 210
Resumo 212
Termos-chave 212
Respostas da verificação de conceitos 212
216
Entre indivíduos criativos / 239
Causas dos transtornos do
humor 240
Dimensões biológicas / 240
Estudos adicionais sobre a estrutura e o
funcionamento do cérebro / 244
Dimensões psicológicas / 244
Dimensões sociais e culturais / 248
Uma teoria integrada / 251
Tratamento dos transtornos do
humor 252
Medicações / 252
Eletroconvulsoterapia e estimulação magnética
transcraniana / 256
Tratamentos psicológicos para depressão / 257
Tratamentos combinados para depressão / 260
8
9
Prevenindo a reincidência da depressão / 260
Tratamentos psicológicos para o transtorno
bipolar / 261
Suicídio 263
Estatísticas / 263
Causas / 264
Fatores de risco / 265
O suicídio é contagioso? / 267
Tratamento / 267
Resumo 270
Tennos-chave 270
Respostas da verificação de conceitos 271
Transtornos alimentares e transtornos do sono-vigília 274
Principais tipos de transtornos
alimentares 275
Bulimia nervosa / 277
Anorexia nervosa / 280
Transtorno de compulsão alimentar / 282
Estatísticas / 283
Causas dos transtornos alimentares 286
Dimensões sociais / 286
Dimensões biológicas / 290
Dimensões psicológicas / 290
Transtornos do sono-vigília: as
principais dissonias 302
Visão geral dos transtornos do
sono-vigília / 302
Transtorno da insônia / 304
Transtornos de hipersonolência / 308
Narcolepsia / 309
Transtornos do sono relacionados à
respiração / 311
Transtorno do sono-vigília do ritmo
circadiano / 312
Modelo integrador / 291
Tratamento dos transtornos
alimentares 292
Tratamento dos transtornos do sono 313
Tratamentos médicos / 313
Tratamento com drogas / 293
Tratamentos psicológicos / 293
Prevenindo os transtornos alimentares / 296
Obesidade 297
Tratamentos ambientais / 315
Tratamentos psicológicos / 315
Prevenindo os transtornos do sono / 316
Parassonias e seus tratamentos / 316
Resumo 320
Estatísticas / 297 Termos-chave 321
Padrões de alimentação desordenada nos casos Respostas da verificação de conceitos 321
de obesidade / 298
Causas / 298
Tratamento / 299
Transtornos físicos e psicologia da saúde 324
Fatores psicológicos esociais que
influenciam a saúde 325
Saúde e comportamento relacionado à
saúde / 326
Natureza do estresse / 327
Fisiologia do estresse / 327
Contribuições para a resposta ao
estresse / 328
Estresse, ansiedade, depressão e
excitação / 329
Estresse e resposta imunológica / 330
Efeitos psicossociais sobre os
transtornos físicos 333
Aids / 333
Cancer / 336
S UMARIO XV
Problemas cardiovasculares / 338
Hipertensão / 339
Doença cardíaca coronariana / 342
Dor crônica / 345
Síndrome da fadiga crônica / 348
Tratamento psicossocial dos
transtornos físicos 350
Biofeedback I 350
Relaxamento e meditação/ 351
Programa abrangente de redução do estresse
e da dor / 352
Drogas e programas de redução do estresse / 353
Negação como um meio de enfrentamento / 353
Modificação de comportamentos para promoção
da saúde / 354
Resumo 359
Termos-chave 359
Respostas da verificação de conceitos 360
1QDisfunções sexuais, transtornos parafílicos e disferia
de gênero 364
Oque ésexualidade normal? 365
Diferenças de gênero / 367
Diferenças culturais / 369
O desenvolvimento da orientação sexual / 369
Panorama das disfunções
sexuais 371
Transtornos do desejo sexual / 372
Transtornos da excitação sexual / 373
Transtornos do orgasmo / 374
Transtornos sexuais dolorosos / 376
Avaliação do comportamento
sexual 378
Entrevistas / 378
Exame médico / 378
Avaliação psicofisiológica / 378
Causas etratamentos da disfunção
sexual 379
Causas da disfunção sexual / 379
Tratamento da disfunção sexual / 384
Transtornos parafílicos: descrição
clínica 387
Transtorno fetichista / 388
XVi S UMÁRIO
Transtornos voyeurista e
exibicionista / 389
Transtorno transvéstico / 389
Transtornos do sadismo sexual e do
masoquismo sexual / 391
Transtorno pedofílico e incesto / 392
Transtornos parafílicos em mulheres / 393
Causas dos transtornos parafílicos / 393
Avaliação etratamento dos transtornos
parafílicos 395
Tratamento psicológico / 395
Tratamento com drogas / 397
Resumo / 397
Disforia de gênero 398
Definindo a disforia de gênero / 398
Causas / 400
Tratamento / 402
Resumo 404
Tennos-chave 405
Respostas da verificação de conceitos 406
l
•
11Transtornos relacionados a substâncias, transtornos aditivos
e transtornos do controle de impulsos 410
Perspectivas sobre transtornos
relacionados asubstâncias e
transtornos aditivos 411
Níveis de envolvimento / 412
Temas relativos ao diagnóstico / 414
Depressores 415
Transtornos relacionados ao álcool / 415
Transtornos relacionados a sedativos,
hipnóticos e ansiolíticos / 420
Estimulantes 422
Transtornos relacionados a estimulantes / 422
Transtornos relacionados ao tabaco / 426
Transtornos relacionados à cafeína / 427
Opioides 428
Transtornos relacionados a
cannabis 429
Transtornos relacionados a
alucinógenos 431
Outras drogas de abuso 433
12Transtornos da personalidade
Visão geral dos transtornos da
personalidade 457
Aspectos dos transtornos da
personalidade / 457
Modelos categórico e dimensional / 458
Grupos dos transtornos da personalidade / 459
Estatísticas e desenvolvimento / 459
Diferenças de gênero / 461
Comorbidade / 462
Transtornos da personalidade
em estudo / 464
Causas dos transtornos
relacionados à dependência de
substâncias 435
Aspectos biológicos / 435
Aspectos psicológicos / 436
Aspectos cognitivos / 437
Aspectos sociais / 438
Aspectos culturais / 439
Modelo integrador / 439
Tratamento dos transtornos
relacionados asubstâncias 441
Tratamentos biológicos / 441
Tratamentos psicossociais / 443
Prevenção / 446
Transtorno do jogo 448
Transtornos docontrole de impulsos 449
Transtorno explosivo intermitente / 449
Cleptomania / 449
Piromania / 450
Resumo 451
Termos-chave 451
Respostas da verificação de conceitos 452
456
Transtornos da personalidade
do grupo A 464
Transtorno da personalidade
paranoide / 464
Transtorno da personalidade esquizoide / 466
Transtorno da personalidade esquizotípica / 467
Transtornos da personalidade do
grupo B 469
Transtorno da personalidade antissocial / 469
Transtorno da personalidade border/ine / 477
Transtorno da personalidade histriônica / 481
Transtorno da personalidade narcisista / 483
S UMARIO xvii
Transtornos da personalidade do
grupo C 485
Transtorno da personalidade evitativa / 485
Transtorno da personalidade dependente / 486
Transtorno da personalidade
obsessivo-compulsiva / 487
Resumo 489
Tennos-chave 490
Respostas da verificação de conceitos 490
13Espectro da esquizofrenia e outros transtornos
psicóticos 494
Perspectivas sobre aesquizofrenia 495 Fatores culturais 1 509
Personagens pioneiros no diagnóstico da
esquizofrenia / 495
Identificando os sintomas / 496
Descrição clínica, sintomas e
subtipos 498
Sintomas positivos / 498
Sintomas negativos / 501
Sintomas desorganizados / 502
Subtipos históricos da esquizofrenia / 503
Outros transtornos psicóticos / 503
Prevalência e causas da
esquizofrenia 508
Estatísticas / 508
Desenvolvimento / 508
Influências genéticas / 510
Influências neurobiológicas / 512
Influências psicológicas e sociais / 516
Tratamento da esquizofrenia 518
Intervenções biológicas / 518
Intervenções psicossociais / 520
Tratamento em diferentes culturas / 523
Prevenção / 524
Resumo 525
Termos-chave 526
Respostas da verificação de conceitos 526
14Transtornos do neurodesenvolvimento 530
Visão geral dos transtornos do
neurodesenvolvimento 531
O que é normal? O que é anormal? / 532
Transtorno de déficit de atenção/
hiperatividade 533
Transtorno específico da
aprendizagem 540
Transtorno do espectro autista 545
Tratamento do transtorno do
espectro autista / 549
XVÍii S UMÁRIO
Deficiência intelectual
(transtorno do desenvolvimento
intelectual) 552
Causas / 554
Prevenção de transtornos do
neurodesenvolvimento 558
Resumo 560
Termos-chave 561
Respostas da verificação de conceitos 561
15Transtornos neurocognitivo
Perspectivas sobre os transtornos
neurocognitivos 565
Delirium 566
Descrição clínica e estatísticas / 566
Tratamento / 567
Prevenção / 567
Transtornos neurocognitivos
maiores e leves 568
Descrição clínica e estatíticas / 570
Transtorno neurocognitivo devido à doença
de Alzheimer / 572
564
Transtorno neurocognitivo vascular / 574
Outras condições médicas que causam
o transtorno neurocognitivo / 575
Transtorno neurocognitivo induzido por
substância/medicamento / 579
Causas do transtorno neurocognitivo / 579
Tratamento/ 582
Prevenção / 586
Resumo 587
Termos-chave 588
Respostas da verificação de conceitos 588
16Serviços de saúde mental: questões legais e éticas 592
Perspectivas sobre leis de
saúde mental 593
Restrição civil 594
Critérios para a restrição civil / 594
Mudanças procedimentais que afetam a
restrição civil / 596
Uma visão panorâmica da restrição civil / 598
Custódia criminal 599
Defesa por insanidade / 599
Reações à defesa por insanidade / 600
Jurisprudência terapêutica / 601
Competência para ser julgado / 602
Dever de informação / 602
Profissionais da saúde mental como
peritos / 603
Glossário 610
Referências bibliográficas 634
,
lndice remissivo 735
Direitos do paciente e diretrizes
para a prática clínica 604
Direito ao tratamento / 604
Direito de recusar tratamento / 605
Os direitos dos participantes em pesquisas / 605
Diretrizes para a prática clínica e prática
baseada em evidências de diretrizes / 606
Conclusões 608
Resumo 608
Termos-chave 609
Respostas da verificação de conceitos 609
S UMARIO xix
A
ciência é uma área que está em constante evolução, mas
vez ou outra algo inovador acontece e altera nossa forma
de pensar. Por exemplo, os biólogos evolucionistas, que
há muito supuseram que o processo de evolução era gradual,
repentinamente tiveram de ajustar para os indícios que afirmam
que a evolução acontece aos trancos e barrancos em resposta a
eventos ambientais catastróficos, como impactos de meteoros.
Do mesmo modo, a geologia foi revolucionada pela descoberta
de placas tectônicas.
Até pouco tempo, a ciência da psicopatologia havia sido
compartimentalizada, com os psicopatologistas examinando
os efeitos separados das influências psicológicas, biológicas e
sociais. Essa abordagem ainda é refletida nas considerações da
mídia popular que descreve, por exemplo, um gene recém-des-
coberto, uma disfunção biológica (desequilíbrio químico) ou
experiências no início da infância como «causas" de um trans-
torno psicológico.Essa maneira de pensar ainda domina discus-
sões de causalidade e tratamento em alguns livros didáticos de
psicologia: "Os pontos de vista psicanalíticos desse transtorno
são...;' «os pontos de vista biológicos são..." e, muitas vezes, em
um capítulo separado, "as abordagens para o tratamento psica-
nalítico para este transtorno são..:; "as abordagens do tratamen-
to cognitivo comportamental são..:' ou "as abordagens do trata-
mento biológico são...".
Na primeira edição deste texto, tentamos fazer algo bem di-
ferente. Achamos que a área havia avançado até o ponto em que
estava pronta para uma abordagem integrada, em que as intera-
ções intrincadas dos fatores biológicos, psicológicos esociaissão
explicadas da maneira mais clara e convincente possível. Recen-
tes e surpreendentes avanços no conhecimento confirmam essa
abordagem como a única maneira viável de compreender a psi-
copatologia. Para dar apenas dois exemplos, o Capítulo 2 con-
tém uma descrição de um estudo demonstrando que os eventos
estressantes da vida podem levar à depressão, mas que nem to-
dos mostram essa resposta. Em vez disso, o estresse é mais pro-
vável de causar depressão em indivíduos que já carregam deter-
minado gene que influencia a serotonina nas sinapses cerebrais.
Do mesmo modo, o Capítulo 9 descreve como a dor da rejeição
social ativa os mesmos mecanismos neurais no cérebro que a
dor fisica. Além disso, toda a seção sobre genética foi reescrita
para destacar a nova ênfase na interação gene-ambiente, junto
do pensamento recente dos principais geneticistas comporta-
mentais, de que o objetivo de fundamentar a classificação dos
transtornos psicológicos na base sólida da genética é fundamen-
talmente falho. As descrições da área emergente da epigenética,
ou a influência do ambiente na expressão genética, também são
tecidas no capítulo, juntamente com novos estudos sobre a ca-
pacidade aparente dos ambientes extremos em se sobrepor aos
efeitos das contribuições genéticas. Os estudos que elucidam os
mecanismos da epigenética ou especificamentecomo os eventos
ambientais influenciam a expressão genética são descritos.
Esses resultados confirmam a abordagem integrada nes-
te livro: os transtornos psicológicos não podem ser explicados
apenas por fatores genéticos ou ambientais, mas surgem de sua
interação. Agora compreendemos que os fatores psicológicos e
sociais afetam diretamente a função neurotransmissora, e até
mesmo a expressão genética. Dessa forma, não podemos estudar
os processos comportamentais, cognitivos ou emocionais sem
apreciar a contribuição dos fatores biológicos esociais para a ex-
pressão psicológica e psicopatológica. Em vez de compartimen-
talizar a psicopatologia, usamos uma abordagem mais acessível
que reflete precisamente o estado atual de nossa ciência clínica.
Como colegas, você sabe que compreendemos alguns trans-
torno melhor do que os outros.Mas esperamos que você compar-
tilhe nossa empolgação em transmitir aos alunos o quejásabemos
sobre as causas e os tratamentos da psicopatologia e o quão longe
ainda temos de ir para compreender essas interações complexas.
Abordagem integrada
Como observado anteriormente, a primeira edição de Psicopa-
tologia foi a pioneira de uma nova geração de livros didáticos
sobre psicologia anormal, o que oferece uma perspectiva in-
tegrada e multidimensional. (Reconhecemos tais abordagens
unidimensionais biológicas, psicossociais e sobrenaturais como
tendências históricas.) Incluímos evidências substanciais atuais
das influências recíprocas da biologia e do comportamento e das
influências psicológicas e sociais na biologia. Nossos exemplos
prendem a atenção do aluno; por exemplo, discutimos as con-
tribuições genéticas para o divórcio, os efeitos da precoce expe-
riência social e comportamental na função e estrutura cerebral
posterior, novas informações sobre a relação das redes sociais
com o resfriado comum, e os novos dados sobre os tratamen-
tos psicossociais para o câncer. Observamos que, no fenômeno
da memória implícita e na visão cega, que podem ter paralelos
em experiências dissociativas, a ciência psicológica verifica a
existência do inconsciente (embora ele não se assemelhe muito
com o caldeirão fervente de conflitos imaginados por Freud).
Apresentamos novas evidências que confirmam os efeitos dos
tratamentos psicológicos no fluxo neurotransmissor e na fun-
ção cerebral. Reconhecemos a área muitas vezes negligenciada
da teoria da emoção por suas ricas contribuições para a psico-
patologia (p. ex., os efeitos da raiva na doença cardiovascular).
Tecemos os achados científicos a partir do estudo das emoções
junto com as descobertas comportamentais, biológicas, cogni-
tivas esociais para criar uma tapeçaria integrada da psicologia.
Influências do desenvolvimento do ciclo vital
Nenhum ponto de vista moderno da psicopatologia pode ig-
norar a importância dos fatores do desenvolvimento do ciclo
de vidana manifestação e tratamento da psicopatologia. Os es-
tudos que destacam as janelas do desenvolvimento para a in-
fluência do ambiente na expressão genética são explicadas. Do
mesmo modo, embora incluamos um capítulo sobre Transtor-
nos do Neurodesenvolvimento (Capítulo 14), consideramos a
importância do desenvolvimento por todo o texto; discutimos a
xxi
ansiedade infantil e geriátrica, por exemplo, no contexto do capí-
tulo "Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados aTrawna
e a estressores e transtornos obsessivo-compulsivo e transtornos
relacionados''. Esse sistema de organização, que é em grande parte
consistente com o DSM-5, ajuda os alunos a perceber a necessida-
de de estudar cada transtorno desde a infância, passando pela vida
adulta, até a velhice. Destacamos achados sobre asconsiderações do
desenvolvimento em seções separadas de cada capítulo de transtor-
no e, conforme apropriado, discutimos de que maneiras específicas
os fatores do desenvolvimento afetam a causa e o tratamento.
Abordagem do pesquisador clínico
Estendemo-nos um pouco para explicar por que a abordagem
do pesquisador clínico para a psicopatologia é tanto prática
quanto ideal. Como a maioria de nossos colegas, vemos isso
como algo mais do que a simples constatação da maneira que
as descobertas científicas se aplicam à psicopatologia. Mostra-
mos como cada clinico contribui com o conhecimento científi-
co geral por meio de observações clinicas astutas e sistemáticas,
análises funcionais dos estudos de caso individuais e observa-
ções sistemáticas das séries dos casos em contextos clínicos. Por
exemplo, explicamos como as informações sobre os fenômenos
dissociativos, fornecidas por teóricos psicanalíticos de antiga-
mente, permanecem relevantes ainda hoje. Também descre-
vemos os métodos formais usados por pesquisadores clínicos,
mostrando como os projetos da pesquisa abstrata são realmente
implantados nos programas de pesquisa.
Casos clínicos de pessoas reais
Enriquecemos o livro com histórias clinicas autênticas para
ilustrar os achados científicos sobre as causas e o tratamento da
psicopatologia. Ambos gerenciamos clínicas ativas há anos, por-
tanto, 95% dos casos são de nossos próprios arquivos, e eles pro-
porcionam um quadro fascinante de referência para os achados
que descrevemos. Os inícios da maioria dos capítulos incluem
uma descrição do caso, e a maior parte da discussão da última
teoria e pesquisa está relacionada a esses casos bastante humanos.
Transtornos em detalhes
Cobrimos a maioria dos transtornos psicológicos em 11 capí-
tulos, concentrando-nos nas três maiores categorias: descrição
clínica, fatores causais e tratamento e resultados. Damos aten-
ção considerável aos estudos de caso e aos critérios do DSM-5,
e incluímos dados estatísticos, como as taxas de prevalência e
incidência, proporção entre os gêneros, idade de início e o curso
geral ou o padrão para o transtorno como um todo. Desde que
um de nós (DHB) foi nomeado conselheiro para a força-tarefa
do DJ1S-5, pudemos incluir as razões para as mudanças, assim
como as mudanças em si. Do começo ao fim, exploramos como
as dimensões biológica, psicológica e social podem interagir e
causar wn transtorno em particular. Por fim, abordando o tra-
tamento e os resultados no contexto de transtornos específicos,
oferecemos um sentido realístico da prática clínica.
Tratamento
Uma das inovações mais bem recebidas nas primeiras seis edições
norte-americanas foi nossa discussão sobre os tratamentos no
lCXÍÍ PR, FÁCIO
mesmo capitulo que os próprios transtornos, em vez de o fazer-
mosem umcapítulo separado, uma abordagem que éapoiadapelo
desenvolvimento de procedimentos de tratamento psicossocial e
farmacológico específicos para cada transtorno. Mantivemos esse
formato integrado e o melhoramos, e incluímos os procedimentos
do tratamento nos termos-chave e no glossário.
Questões legais e éticas
Em nosso capítulo de encerramento, integramos muitas das
abordagens e temas que foram discutidos por todo o livro. In-
cluímos os estudos de caso de pessoas que estiveram envolvidas
diretamente em muitas questões legais e éticas e com o ofereci-
mento de serviços de saúde mental. Também proporcionamos
um contexto histórico para as perspectivas atuais de modo que
os alunos possam compreender os efeitos das influências sociais
e culturais nas questões legais e éticas.
Diversidade
Questões de cultura e gênero são integrantes do estudo da psico-
patologia.Do início ao fim do texto, descrevemos o pensamento
atual em relação a quais aspectos dos transtornos são cultural-
mente específicos e quais são universais, e em relação a fortes e
às vezes enigmáticos efeitos dos papéis de gênero. Por exemplo,
discutimos as informações atuais em tópicos como a diferen-
ça de gênero na depressão, como os transtornos de pânico são
expressos de maneira diferente em várias culturas asiáticas, as
diferenças éticas nos transtornos alimentares, o tratamento da
esquizofrenia entre culturas distintas e as diferenças diagnósti-
cas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
em garotos e garotas. Evidentemente, nosso campo crescerá em
profundidade e em detalhes à medida que esses assuntos e ou-
tros se tornarem tópicos padrões de pesquisa. Por exemplo, por
que alguns transtornos afetam sobretudo as mulheres e outros
aparecem predominantemente nos homens? E por que essa ob-
servação às vezes muda de uma cultura para outra? Para res-
ponder a questões como essas, mantemo-nos muito próximos
da ciência, enfatizando que gênero e cultura são cada um uma
dimensão entre as diversas que constituem a psicopatologia.
Novidades desta edição
Atualização completa
Esse estimulante campo do saber muda a passos largos, e temos
particular orgulho de, com nosso livro, mostrar a maioria dos
recentes avanços. Por conseguinte, uma vez mais, cada capítu-
lo foi cuidadosamente revisado para refletir as mais recentes
pesquisas no campo dos transtornos psicológicos. Centenas de
novas referências de 2011 a 2013 (e algumas ainda "no prelo'')
aparecem pela primeira vez nesta edição, e algwnas das infor-
mações que elas nos trazem aturdem a imaginação. Materiais
não essenciais foram eliminados, alguns tópicos foram acres-
centados e os critérios do DSM-5 foram incluídos integralmente
como tabelas nos capítulos específicos sobre transtornos.
"Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a trau-
ma e a estressores e transtorno obsessivo-compulsivo e trans-
tornos relacionados'' (Capítulo 5), "Transtornos do humor e
suicídio" (Capítulo 7), "Transtornos alimentares e transtornos
do sono-vigília'' (Capítulo 8), "Transtornos flsicos e psicologia
da saúde" (Capítulo 9), "Transtornos relacionados a substân-
cias, transtornos aditivos e transtornos do controle de impulsos"
(Capítulo 11), "Espectro da esquizofrenia e outros transtornos
psicóticos" (Capítulo 13) e "Transtornos do neurodesenvolvi-
mento" (Capítulo 14) foram os mais revisados para refletirem
a nova pesquisa, porém todos os capítulos foram significativa-
mente atualizados e inovados.
O Capítulo l, "Comportamento anormal no contexto his-
tórico'; contém a nomenclatura atualizada para refletir os no-
vos títulos no DSM-5, descrições atualizadas da pesquisa sobre
mecanismos de defesa e descrições mais completas e profundas
do desenvolvimento histórico das abordagens psicodinâmica e
psicanalítica.
O Capítulo 2, "Uma abordagem integrada da psicopatologia~
inclui uma discussão atualizada dos desenvolvimentos no estudo
dos genes e do comportamento com foco na interação gene-am-
biente; novos dados ilustrando o modelo da correlação gene-
-ambiente; informações atualizadas sobre a área de rápido de-
senvolvimento da genética foram acrescentadas; novos estudos
ilustrando a influência psicossocial na estrutura e função cere-
brais no geral e no sistema neurotransmissor, especificamente;
novos estudos ilustrando as influências psicossociais no desen-
volvimento da estrutura e função cerebrais; seções atualizadas,
revisadas e inovadas sobre a ciência cognitiva e comportamen-
tal incluindo novos estudos ilustrando a influência da psicolo-
gia positiva na saúde mental e na longevidade; novos estudos
que apoiam a forte influência das emoções, sobretudo raiva, na
saúde cardiovascular; novos estudos ilustrando a influência do
gênero na apresentação e no tratamento da psicopatologia; uma
variedade de novos estudos poderosos que confirmam os fortes
efeitos sociais na saúde e no comportamento; e novos estudos
que confirmam o fenômeno intrigante da "migração" resultando
em uma prevalência maior de esquizofrenia dentre os indivídu-
os que vivem em áreas urbanas.
O Capítulo 3, "Avaliação clínica e diagnóstico~ agora apre-
senta referências à "deficiência intelectual" em vez de "retardo
mental", para ser consistente com o DSM-5 e com as mudan-
ças na área; uma nova discussão sobre como as informações do
MMPI-2 - apesar de informativas - não necessariamente mu-
dam como os pacientes são tratados e podem não melhorar seus
resultados (Lima et ai., 2005); urna descrição da organização e
da estrutura do DSM-5 junto com as principais mudanças em
relação ao DSM-IV; uma descrição dos métodos para coordenar
o desenvolvimento do DSM-5 com a próxima CID 11; e uma
descrição das possíveis direções da pesquisa à medida que co-
meçamos a caminhar em direção ao DSM-6.
No Capítulo 4, "Métodos de pesquisa'; um novo exemplo
de como os cientistas comportamentais desenvolvem hipóte-
ses de pesquisa é apresentado, assim como urna nova discussão
cautelosa sobre o massacre de Virginia Tech na seção sobre o
método do estudo do caso, e um novo exemplo de desenhos lon-
gitudinais que visam como o uso de palmadas prediz problemas
comportamentais posteriores em crianças (Gershoff, Lansford,
Sexton, Davis-Kean, &Sameroff, 2012).
O Capítulo 5, agora intitulado "Transtornos de ansiedade,
transtornos relacionados a trauma e a estressores e transtorno
obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados'; foi reorgani-
zado de acordo com os três grupos principais de transtornos.
Dois novos transtornos (transtorno de ansiedade de separação e
mutismo seletivo) são apresentados, e aseção "Transtornos rela-
cionados a trauma e a estressores" inclui não apenas o transtorno
de estresse pós-traumático e o transtorno de estresse agudo, como
também o transtorno de adaptação e os transtorno de apego rea-
tivo. O novo agrupamento final, "Transtorno obsessivo-compul-
sivo e transtornos relacionados~ inclui não apenas o transtorno
obsessivo-compulsivo, como também o transtorno dismórfico
corporal, o transtorno de acumulação, e, por fim, tricotilomania
(transtorno de arrancar o cabelo) e transtorno de escoriação (skin-
·picking). Outras revisões para o Capítulo 5 incluem o seguinte:
• Descrições atualizadas da natureza da ansiedade, medo
e pànico, e um modelo etiológico integrado da ansiedade
e dos transtornos relacionados;
• Informações atualizadas sobre as relações da ansiedade
e transtornos relacionados com o suicídio;
• Uma descrição das modificações para os tipos de ata-
ques de pânico, que foram reduzidos de três para dois
no DSM-5;
• Discussão atualizada sobre o transtorno de ansiedade,
um dos poucos transtornos em que não incorreram
mudanças nos critérios diagnósticos no DSM-5;
• Informações atualizadas sobre a descrição, etiologia e
tratamento para a fobia específica e transtorno de an-
siedade social;
• Discussão atualizada sobre os transtorno obsessivo-
-compulsivo e transtornos relacionados, incluindo des-
crição, estatísticas, etiologia e tratamento para TOC;
• Discussão acrescentada sobre o transtorno dismórfico
corporal, que foi reposicionado dos transtornos soma-
toformes, assim como a fundamentação da força-tarefa
do DSM-5 para fazer essa mudança;
• Descrição atualizada e mais detalhadasobre o transtor-
no de acumulação, pensado anteriormente como urna
variação do TOC, mas agora com seu próprio status
como um transtorno separado no DSM-5;
• Discussão reorganizada da tricotilomania (transtorno
de arrancar o cabelo) e transtorno de escoriação (skin-
·picking), anteriormente localizada sob os transtornos do
controle de impulsos no DSM-IV, mas reposicionada em
função das similaridades com o transtorno obsessivo-
-compulsivo e transtornos relacionados no DSM-5.
O agrupamento dos transtornos do Capítulo 6, agora intitu-
lado "Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacio-
nados e transtornos dissociativos'; reflete urna grande mudança
abrangente, sobretudo para o transtorno de sintomas somáti-
cos, transtorno de ansiedade de doença e fatores psicológicos
que afetam outras condições médicas. Além disso, o Capítulo 6
agora tem uma atualização para os transtornos de sintomas so-
máticos específicos de uma cultura; discussões atualizadas sobre
as causas e o tratamento dos transtornos de sintomas somáticos;
discussão atualizada sobre o transtorno conversivo e seu novo
subtítulo "transtorno de sintomas neurológicos funcionais"; uma
descrição completa da reorganização dos transtornos dissociativos;
nova discussão sobre a conceitualização do transtorno de desper-
sonalização, que agora é conhecido como transtorno de desperso-
nalização/desrealização, como uma condição que abrange ambos
os tipos de fenômenos dissociativos; novas definições da amnésia
PREFÁCIO l(J(jjj
dissociativa, que agora abrange os estados de fuga dissociativa; e
discussão atualizada do transtorno dissociativo de identidade
(TDI), incluindo novas informações sobre as características de
personalidade associadas ao desenvolvimento do transtorno
e a incorporação dos estados de possessão na definição deste
transtorno.
O Capítulo 7, "Transtornos do humor e suicídio''. é comple-
tamente consistente com o DSM-5 e agora inclui uma descrição
completa dos novos transtornos do humor do DSM-5, como o
transtorno disruptivo da desregulação do humor e transtorno
disfórico pré-menstrual, uma descrição completa da nova ênfase
na cronicidade dos transtornos do humor, a criação do transtor-
no depressivo persistente como uma grande nova classificação
dos transtornos do humor, e os últimos desenvolvimentos sobre
transtornos do humor e prevenção de suicídio.
Completamente reescrito e atualizado, o Capítulo 8, "Trans-
tornos alimentares e transtornos do sono-vigília~ contém novas
informações sobre as taxas de mortalidade na anorexia nervo-
sa; novas informações epidemiológicas sobre a prevalência dos
transtornos alimentares em adolescentes; novas informações
sobre a globalização crescente dos transtornos alimentares e
obesidade; informações atualizadas sobre os padrões típicos de
comorbidade que acompanha os transtornos alimentares; e no-
vas e atualizadas pesquisas sobre as mudanças na incidência dos
transtornos alimentares entre homens, diferenças étnicas e ra-
ciais sobre a imagem corporal e ideal de magreza associados aos
transtornos alimentares, o papel das amizades na etiologia dos
transtornos alimentares, mães com transtornos alimentares que
também restringem a ingestão de alimentos dos seus filhos, a
contribuição dos pais e fatores da família na etiologia dos trans-
tornos alimentares, contribuições biológicas e genéticas para as
causas dos transtornos alimentares, o tratamento transdiagnós-
tico aplicável a todos os transtornos alimentares, os efeitos da
combinação de Prozac com TCC no tratamento de transtornos
alimentares, diferenças étnicas e raciais em pessoas com trans-
torno da compulsão alimentar em busca de tratamento, e o fe-
nômeno da síndrome da alimentação noturna e seu papel no
desenvolvimento da obesidade.
A cobertura realinhada dos transtornos do sono-vigília,
também no Capítulo 8, com novas informações sobre o sono
em mulheres - incluindo os fatores de risco e protetores - uma
seção atualizada sobre narcolepsia para descrever novas pesqui-
sas sobre as causas desse transtorno, e novas pesquisas sobre a
natureza e o tratamento de pesadelos agora estão incluídos.
No Capítulo 9, "Transtornos físicos e psicologia da saóde~
trouxemos dados atualizados sobre as principais causas de mor-
te nos Estados Unidos; uma revisão da profundidade crescente
do conhecimento sobre a influência dos fatores sociais e psico-
lógicos nas estruturas e função cerebrais; novos dados sobre os
efeitos positivos da redução dos sintomas depressivos na sobre-
vida de pacientes com câncer de mama metastático; uma revisão
atualizada sobre os desenvolvimentos relativos a causas e tra-
tamento da dor crônica; informações atualizadas eliminando o
vírus XMRV como uma possível causa da síndrome da fadiga
crônica; e revisão atualizada dos procedimentos psicológicos e
comportamentais para prevenção de danos.
No Capítulo 10, "Disfunções sexuais, transtornos parafíli-
cos e disforia de gênero~ uma organização revisada que reflete o
fato de os transtornos parafílicos e a disforia de gênero estarem
xxiv PR, FÁCIO
em capítulos separados no DSM-5, e o transtorno da disforia de
gênero não é, certamente, um transtorno sexual, mas um trans-
torno que reflete incongruência entre o sexo natal e o gênero
expresso, além de outras revisões importantes - novos dados
sobre as mudanças do desenvolvimento no comportamento se-
xual desde a idade da primeira relação sexual, até a prevalência e
frequência do comportamento sexual na idade avançada; novos
relatórios contrastando diferentes atitudes e envolvimentos na
atividade sexual das distintas culturas, mesmo dentro da Amé-
rica do Norte; informações atualizadas sobre o desenvolvimento
da orientação sexual; e uma descrição completamente atualizada
da disforia de gênero com ênfase nas conceitualizações emer-
gentes da expressão de gênero que estão em um continuum.
O Capítulo 1Otambém inclui informações atualizadas sobre
os fatores que contribuem para a disforia de gênero, assim como
as óltimas recomendações sobre as opções de tratamento (ou
de não tratar) para a não conformidade de gênero em crianças,
uma descrição completa dos transtornos do desenvolvimento
sexual (anteriormente chamado de intersexualidade) e uma des-
crição completamente reformulada dos transtornos parafílicos
para refletir o sistema atualizado da classificação com uma dis-
cussão da controversa mudança no nome desses transtornos de
parafilia para transtornos parafílicos.
Um Capítulo 11 completamente revisado, "Transtornos rela-
cionados a substâncias, transtornos aditivos etranstornos do con-
trole de impulsos~ contém nova discussão se como a tendência de
misturar bebidas energéticas cafeinadas ao álcool pode aumentar
a probabilidade de abuso de álcool posterior; nova pesquisa so-
bre o uso crônico de MDMA ("Ecstasy") levando a problemas de
memória duradouros (Wagner, Becker, Koester, Gouzoulis-May-
frank, & Dauamnn, 2013); e nova pesquisa sobre os diversos fa-
tores que predizem o uso de álcool precoce, incluindo quando os
melhores amigos começam a beber, se os familiares estão em risco
de dependência de álcool e a presença de problemas de comporta-
mento nessas crianças (Kuperman et ai., 2013).
O Capítulo 12, "Transtornos da personalidade~ agora con-
tém uma seção completamente nova sobre diferenças de gênero
para refletir análises mais novas e sofisticadas dos dados de pre-
valência, e uma nova seção sobre criminalidade e transtorno da
personalidade antissocial agora foi revisada para refletir melhor
as mudanças no DSM-5.
O Capítulo 13,"Espectro da esquizofrenia e outros transtor-
nos psicóticos''. apresenta uma nova discussão do transtorno do
espectro da esquizofrenia e a queda dos subtipos da esquizofre-
nia no DSM-5; novas pesquisas sobre os déficits na compreensão
da prosódia emocional e seu papel nas alucinações auditivas (Al-
ba-Ferrara, Fernyhough, Weis, Mitchell, & Hausmann, 2012);
uma discussão sobre um novo transtorno psicótico proposto
sugerido no DSM-5 para mais estudos - síndrome de psicose
atenuada - ; e uma nova discussão do uso da estimulação mag-
nética transcraniana.
No Capítulo 14, os "Transtornos do neurodesenvolvimento''
são apresentados, e não os "Transtornos globais do desenvolvi-
mento''. para manter a consistência com as principais mudanças
no DSM-5. Além disso, o Capítulo 14 agora descreve uma nova
pesquisa para mostrar que a interação gene-ambiente pode levar
a problemas de comportamento posteriores em crianças com
TDAH (Thapar, Cooper, Jefferies, & Stergiakouli, 2012; Thapar
et ai., 2005); nova pesquisa sobre TDAH (e sobre outros trans-
tornos) que está descobrindo que em muitos casos as mutações
ocorrem criando cópias extras de um gene em um cromossomo
ou resultando na deleção dos genes (chamado de variação no
número de cópias - CNVs) (Elia et ai., 2009; Lesch et ai.,2010); e
novos achados de pesquisa que mostram uma variedade de mu-
tações genéticas, incluindo os transtornos "de novo" (mutações
genéticas que ocorrem no espermatozoide, no óvulo ou após a
fertilização) que estão presentes naquelas crianças com defici-
ência intelectual (DI) de origem anteriormente desconhecida
(Rauch et ai., 2012).
O Capítulo 15, agora chamado "Transtornos neurocogniti-
vos'; contém descrições da pesquisa de avaliação da atividade
cerebral (fMRI) em indivíduos durante episódios ativos de de-
lfrium, assim como após esses episódios; dados do estudo Eins-
tein Aging com relação à prevalência de um novo transtorno
no DSM-5, transtorno neurocognitivo leve (Katz et ai., 2012);
e uma nova discussão sobre novos transtornos neurocognitivos
(p. ex., transtorno neurocognitivo com corpos de Lewy, ou devi-
do à doença do prion).
E o Capítulo 16, "Serviços de saúde mental: questões legais
e éticas'; apresenta uma breve, porém nova discussão sobre a
recente tendência atual para fornecer ao indivíduo o tratamen-
to emergencial necessário chamado tratamento ambulatorial
assistido por ordem judicial (TAA, ou AOT da sigla em inglês)
para evitar a reclusão em uma clínica de saúde mental (Nunley,
Nunley, Cutleh, Dentingeh, & McFahland, 2013); uma nova
discussão de uma grande metanálise mostrando que as ferra-
mentas de avaliação de risco atuais são melhores em identificar
as pessoas com baixo risco de serem violentas, mas é apenas
marginalmente bem-sucedida em detectar com precisão quem
será violento posteriormente (Fazei, Singh, Doll, & Grann,
2012); e uma seção atualizada sobre normas jurídicas sobre a
medicação involuntária.
Novos recursos
Além das mudanças destacadas anteriormente, acrescentamos
três novos recursos à 7• edição:
• O novo Resultados finais de assimilação do conteúdo
pelo aluno no início de cada capítulo auxilia os instruto-
res a avaliar e mapear com precisão as questões em todo
o capítulo. Os resultados são mapeados para as metas
centrais da American Psychological Association e são
integrados em todo o programa de recursos e testes do
instrutor;
• Em cada capítulo sobre transtorno há um novo recurso
chamado de Controvérsias do DSM,que discute algumas
das decisões contenciosas e árduas feitas no processo de
criação do DSM-5. Os exemplos incluem a criação de
novos, e às vezes controversos, transtornos que apare-
cem pela primeira vez no DSM-5, como o transtorno
disfórico pré-menstrual, o transtorno da compulsão
alimentar e o transtorno disruptivo da desregulação do
humor. Outro exemplo é remover o "lutd' dos critérios
de exclusão para o diagnóstico do transtorno depressi-
vo maior, de modo que alguém pode ser diagnosticado
com depressão maior mesmo que o disparador tenha
sido a morte de um ente querido. Por fim, a alteração
do título do capítulo sobre "parafilia'' para "transtornos
parafilicos" implica que os padrões parafílicos de exci-
tação sexual, como pedofilia, não são transtornos por si
só, mas apenas se tornam transtornos se causarem com-
prometimento ou dano a outros.
D
_
S_M~Y•..D_
S_M~Y-=.Ill_eJ)_
SM-_
..______
Muito tem sido falado sobre a mistura de considerações po-
líticas e científicas que resultaram no DSM-5, e naturalmente
temos nossas próprias opiniões. {DHB teve a interessante ex-
periência de estar na força-tarefa para o DSM-IV e foi conse-
lheiro para a força-tarefa do DSM-5.) Psicólogos muitas vezes
preocupam-se com os "problemas territoriais" que o padrão
nosológico em nossa área - para o melhor ou para o pior - se
tornou, e com razão: nas edições anteriores do DSM, achados
científicos às vezes deram lugar a opiniões pessoais. Para o DSM-
·IV e o DSM-5, no entanto, a maioria dos viéses profissionais
foram deixados de lado enquanto a força-tarefa debateu quase
que incessantemente os dados. Esse processo produziu sufi-
cientes novas informações para preencher qualquer jornal de
psicopatologia por um ano com revisões integrativas, re-aná-
lises de bases de dados existentes e novos dados das pesquisas
de campo. Do ponto de vista acadêmico, o processo foi tanto
estimulante quanto exaustivo. Este livro contém destaques de
diversos debates que criaram a nomenclatura, assim como as
atualizações recentes.Por exemplo, além das controvérsias des-
critas acima, resumimos e atualizamos os dados e a discussão
sobre o transtorno disfórico pré-menstrual, que foi designado
como um novo transtorno no DSM-5, e transtorno misto de
ansiedade-depressão, um transtorno que não se encaixava nos
critérios finais. Os alunos podem observar, assim, o processo
de se fazer um diagnóstico, bem como a combinação de dados
e a inferência que faz parte deles.
Também discutimos o intenso e contínuo debate sobre as
abordagens categoriais e dimensionais para a classificação. Des-
crevemos alguns dos acordos que a força-tarefa fez para acomo-
dar os dados, como o porquê de as abordagens dimensionais aos
transtornos da personalidade não estarem no DSM-5, e o motivo
pelo qual a proposta em fazê-lo foi rejeitada no último minuto e
incluída na Seção III em "Condições para Estudos Posteriores';
apesar de quase todos concordarem que esses transtornos não
deveriam ser categoriais, mas, sim, dimensionais.
Prevenção
Olhando para o futuro da psicopatologia como uma área, pa-
rece que a nossa capacidade de prevenir os transtornos psico-
lógicos poderia ajudar muitas pessoas. Embora isso tenha sido,
por longo tempo, objetivo de muitos, agora estamos no limiar
de uma nova era para a pesquisa sobre prevenção. Cientistas
de todo o mundo estão desenvolvendo metodologias e técnicas
que possam nos oferecer, de maneira mais duradoura, formas
de interromper a ação debilitante do custo emocional causado
pelos transtornos relatados neste livro. Entretanto, realçamos
os esforços cruciais de prevenção - como a prevenção de trans-
tornos alimentares, suicídio e problemas de saúde, incluindo
o HIV e lesões - em capítulos específicos, uma maneira de
celebrar esses importantes avanços e estimular todos os que
estão ligados a esse campo de conhecimento a continuar esse
importante trabalho.
PREFÁCIO XXV
Características mantidas
Resumos visuais
No final de cada capítulo sobre transtorno,há uma página dupla
de uma visão global que resume suscintamente causas, desen-
volvimento, sintomas e tratamento de cada um dos transtornos
abordados. Nossa abordagem integrada é evidente nesses dia-
gramas, que mostram a interação dos fatores biológico, psicoló-
gico e social na etiologia e no tratamento dos transtornos. Os re-
sumos visuais irão ajudar os instrutores a encerrar as discussões,
e os alunos irão apreciá-las como auxílios de estudo.
Pedagogia
Cada capítulo contém diversas "Verificações de conceito'; que
permitem que os alunos verifiquem sua compreensão em inter-
valos regulares. As respostas estão listadas no final de cada capí-
tulo juntamente de um "Resumo'' mais detalhado; os "Termos-
-chave" estão listados na ordem que aparecem no texto e, assim,
formam uma espécie de esboço que os alunos podem estudar.
Agradecimentos
Por fim, este livro, em todas as suas edições, não teria sido ini-
ciado e certamente não teria sido concluído sem a inspiração e
a coordenação de nossos editores sêniores na Cengage, Jaime
Perkins e Tim Matray, que sempre mantiveram-se atentos ao jogo.
Uma nota de agradecimento especial para a editora de desenvol-
vimento sênior Tangelique Williarns-Grayer e sua atenção para os
detalhes e organização. O livro é muito melhor por seus esforços.
Esperamos trabalhar com você em muitas edições posteriores.
Apreciamos a experiência das gerentes de marketing Melissa Lar-
mon e Jennifer Levanduski. Mary Noel fez um trabalho incrível
nos produtos de mídia. Paige Leeds e Nicole Richards trabalha-
ram duro, foram animadas e organizadas do começo ao fim.
No processo de produção, muitas pessoas trabalharam tão
arduamente quanto nós para concluir este projeto. Em Boston,
Amantia Ametaj, Hannah Boettcher e Jade Wu foram de grande
auxílio na integração de uma imensa quantidade de novas infor-
mações para cada capítulo. Sua habilidade em encontrar refe-
rências ausentes e rastrear informações foi notável, e Hannah e
Jade reuniram um complemento extremamente útil detalhando
todas as mudanças nos critérios diagnósticos do DSM-IVpara o
DSM-5 em um formato simples e fácil de ler. É pouco dizer que
não teríamos conseguido sem vocês. Em St. Petersburg, o pro-
fissionalismo e a atenção aos detalhes de Marly Sadou e Ashley
Smith ajudaram a atenuar muito esse processo. Em Wadsworth/
Cengage, Vernon Boes orientou o design até o último detalhe.
Michelle Clark coordenou todos os detalhes de produção com
graça sob pressão. Para a gerente de produção Kelly Boutross da
Graphic World Inc. e para o editor de cópia Tom Klonoski, va-
mos dizer que sua atenção aos detalhes coloca o pessoal do CSI
no chinelo. Agradecemos à Priya Subbrayal por seu comprome-
timento em localizar as melhores fotos possíveis.
Inúmeros colegas e alunos forneceram umfeedback soberbo
sobre as edições anteriores, e a eles expressamos nossa mais pro-
funda gratidão. Embora nem todos os comentários tenham sido
favoráveis, todos foram importantes. Os leitores que reservam
um tempo para comunicar suas ideias oferecem a maior recom-
pensa aos escritores e estudiosos.
xxvi PR, FÁCIO
Por fim, você compartilha conosco a tarefa de comunicar o
conhecimento e as descobertas no estimulante campo da psico-
patologia, um desafio que nenhum de nós empreende sem uma
boa razão. Dentro do espírito da universidade, agradeceríamos
imensamente seus comentários sobre o assunto e sobre o estilo
deste livro, bem como recomendações para melhorá-lo no futuro.
Revisores.______________
A criação deste livro foi estimulante e exaustiva, e não teríamos
conseguido sem a assistência valiosa de colegas que leram um
ou mais capítulos e fizeram comentários críticos extraordina-
riamente perceptivos, corrigiram erros, apontaram as informa-
ções relevantes e, na época, ofereceram novos insights que nos
ajudaram a alcançar o modelo bem-sucedido e integrativo de
cada transtorno.
Agradecemos os seguintes revisores da 7ª edição:
Dale Alden, Lipscomb University; Evelyn Behar, University of
Illinois-Chicago; Sarah D'Elia, George Mason University; Janice
Farley, Brooklyn College, CUNY; Aubyn Fulton, Pacific Union
College; James Jordan, Lorain County Community College;Eli-
zabeth Lavertu, Burlington County College; Amanda Sesko,
University ofAlaska, Southeast.
Também agradecemos os revisores das edições anteriores:
Kerm Almos, Capital University; Frank Andrasik, University
of Memphis; Robin Apple, Stanford University Medical Center;
Barbara Beaver, University ofWisconsin; James Becker, Univer-
sity of Pittsburgh; Dorothy Bianco, Rhode Island College Sarah
Bisconer, College of William & Mary; Susan Blumenson, City
University ofNew York, John Jay College ofCriminal Justice; Ro-
bert Bornstein, Adelphi University; James Calhoun, University of
Georgia; Montie Campbell, Oklahoma Baptist University; Robin
Campbell, BrevardCommunity College; Shelley Carson, Harvard
University; Richard Cavasina, California University of Pennsyl-
vania; Antonio Cepeda-Benito, Texas A&M University; Kristin
Christodulu, State University of New York-Albany; Bryan Co-
chran, University ofMontana; Julie Cohen, University ofArizona;
Dean Cruess, University ofConnecticut;Robert Doan, University
ofCentral Oklahoma; Juris Draguns, Pennsylvania State Univer-
sity; Melanie Duckworth, University ofNevada, Reno; Mitchell
Earleywine, State University ofNew York-Albany; Chris Eckhardt,
Purdue University; Elizabeth Epstein, Rutgers University; Do-
nald Evans, University of Otago; Ronald G. Evans, Washburn
University; Anthony Fazio, University of Wisconsin-Milwaukee;
Diane Finley, Prince George's Community College; Allen Fran-
ces, Duke University; Louis Franzini, San Diego State University;
Maximillian Fuhrmann, California State University-Northridge;
Noni Gaylord-Harden, Loyola University-Chicago; Trevor Gil-
bert, Athabasca University; David Gleaves, University ofCanter-
bury; Frank Goodkin, Castleton State College; Irving Gottesman,
University ofMinnesota; Laurence Grimm, University ofIllinois-
-Chicago; Mark Grudberg, Purdue University; Marjorie Hardy,
Eckerd College; Keith Harris, Canyon College; Christian Hart,
Texas Women's University;William Hathaway, Regent University;
Brian Hayden, Brown University; Stephen Hinshaw, University of
California, Berkeley;Alexandra Hye-Young Park, Humboldt Sta-
te University; William Iacono, University ofMinnesota; Heidi ln-
derbitzen-Nolan, University ofNebraska-Lincoln;Thomas Jackson,
University ofArkansas;KristineJacquin, Mississippi State Univer-
sity; BoazKahana, ClevelandState University;ArthurKaye, Virgí-
nia Commonwealth University;Christopher Kearney, University
ofNevada-Las Vegas;Ernest Keen, Bucknell University; Elizabeth
Klonoff, San Diego State University; Ann Kring, University ofCa-
lifornia, Berkeley; Marvin Kumler, Bowling Green State Univer-
sity; Thomas Kw·apil, University of North Carolina-Greensboro;
George Ladd, Rhode Island College; Michael Lambert, Brigham
Young University; Travis Langley, Henderson State University;
Christine Larson, University of Wisconsin-Milwaukee; Cynthia
Ann Lease, VA Medical Center, Salem, VA; Richard Leavy, Ohio
Wesleyan University; Karen Ledbetter, Portland State University;
Scott Lilienfeld, Emory University; Kristi Lockhart, Yale Univer-
sity; Michael Lyons, Boston University; Jerald Marshall, Valen-
cia Community College; Janet Matthe,vs, Loyola University-New
Orleans;Dean McKay, Fordham University;Mary McNaughton-
-Cassill, University ofTexas atSanAntonio;SuzanneMeeks, Uni-
versity ofLouisville; Michelle Menvin, University ofTennessee-
·Martin; Thomas Miller, Murray State University; Scott Monroe,
University ofNotre Dame;Greg Neimeyer, University ofFlorida;
Sumie Okazaki, New York University;John Otey, South Arkan-
sas University; Christopher Patrick, University of Minnesota; P.
B. Poorman, University of Wisconsin-Whitewater; Katherine
Presnell, Southern Methodist University;Lynn Rehm, University
of Houston; Kim Renk, University ofCentral Florida;Alan Ro-
berts, Indiana University-Bloomington; Melanie Rodriguez, Utah
State University; Carol Rothman, City University ofNew York,
Herbert H. Lehman College; Steve Schuetz, University ofCentral
Oklahoma; Stefan Schulenberg, University of Mississippi; Paula
K. Shear, University ofCincinnati; Steve Saiz, State University of
New York-Plattsburgh; Jerome Small, Youngstown State Univer-
sity; Ari Solomon, Williams College; Michael Southam-Gero,v,
Virgínia Commonwealth University; John Spores, Purdue Univer-
sity-North Central; Brian Stagner, Texas A&M University; Irene
Staik, University ofMontevallo;Rebecca Stanard, State University
of West Georgía; Chris Tate, Middle Tennessee State University;
Lisa Terre, University ofMissouri-Kansas City; Gerald Tolchin,
Southern ConnecticutState University;Michael Vasey, Ohio State
University; Larry Ventis, College ofWilliam & Mary; Richard Vi-
ken, Indiana University; Lisa Vogelsang, University ofMinneso-
ta-Duluth; Philip Watkins, Eastern Washington University; Kim
Weikel, Shippensburg University of Pennsylvania; Amy Wenzel,
University ofPennsylvania; W. Beryl West, Middle Tennessee Sta-
te University;Michael Wierzbicki, Marquette University; Richard
Williams, State University ofNew York, College at Potsdam;John
Wincze, Brown University; Bradley Woldt, South Dakota State
University; Nancy Worsham, Gonzaga University; Ellen Zaleski,
Fordham University; Raymond Zurawski, St. Norbert College.
PREFÁCIO xxvii
Comportamento anormal no
contexto histórico
RESUMO DO CAPÍTULO
Compreendendo a psicopatologia
O que é transtorno psicológico?
A ciência da psicopatologia
Conceitos históricos do componamento
anormal
A tradição sobrenatural
Demônios e bruxas
Estresse e melancolia
Tratamentos para possessão
Histeria em massa
Histeria em massa em tempos modernos
A lua e as estrelas
Comentários
A tradição biológica
Hipócrates e Galeno
O século XIX
O desenvolvimento dos tratamentos
biológicos
Consequências da tradição biológica
A tradição psicológica
Terapia moral
Reforma psiquiátrica e declínio da terapia
moral
Teoria psicanalítica
Teoria humanista
O modelo comportamental
O presente: o método científico e uma
abordagem integradora
Resultados finais de assimilação do conteúdo pelo aluno*
Descrever os conceitos-chave, os princípios
e os temas gerais em psicologia
Desenvolver um conhecimento prático dos
domínios de conteúdos da psicologia
Utilizar o raciocínio científico para interpretar
o comportamento
• Explicar por que a psicologia é uma ciência com objetivos
primários de descrever, compreender, prever, controlar
comportamentos e processos mentais (APA SLO 5.1 b)
• Utilizar a terminologia básica da psicologia, os conceitos e
as teorias em psicologia para explicar o comportamento e
os processos mentais (APA SLO 5.1a)
• Resumir aspectos importantes da história da psicologia,
incluindo figuras-chave, interesses centrais, métodos
utilizados e conflitos teóricos (APA SLO 5.2C)
• Identificar as características-chave dos principais
domínios de investigação em psicologia (ex. : cognição e
aprendizagem, psicologia do desenvolvimento, aspectos
biológicos e socioculturais) (APA SLO 5.2a)
• Ver APA SLO 5.1a, supracitado
• Incorporar vários níveis pertinentes de complexidade (ex.:
celular, individual, grupo/sistema, social/cultural) para
explicar o comportamento (APA SLO 1.1C)
•Parte deste capítulo disserta sobre os resultados finais de aquisição de conhecimento sugeridos pela American Psychological Association (2012). inclusos
nas diretrizes parabacharéis em Psicologia. O escopo do capítulo concernente aos resultados está identificado acimapela APA Geai e pela APA Resultados de
Aprendizado Sugeridos (RAS).
C
.ompr:e.e.ndendo_a..p.sic.o.pato.L
o.gi
Hoje, você pode ter saído da cama, tomado seu café, ido para suas
aulas, estudado e, no final do dia, gozado da companhia de seus
amigos antes de cair no sono. Provavelmente, não ocorreu a você
que muitas pessoas fisicamentesaudáveis não são capazes de fazer
algumas ou nenhuma dessas coisas. O que elas têm em comum é
um transtorno psicológico, uma disfunção psicológica associa-
da a sofrimento ou prejuízo no funcionamento e uma resposta
que não é típica ou culturalmente esperada. Antes de examinar
o que isso significa, vamos observar asituação de um indivíduo.
JUDY••• A garota que desmaiava
ao ver sangue
Judy, 16 anos, foi levada à nossa clínica para tratamento
de transtornos de ansiedade após crescentes episódios
de desmaio. Cerca de dois anos antes, em sua primeira aula de
biologia, o professor mostrou um filme sobre a dissecação de
uma rã para exemplificar diversos aspectos da anatomia.
Foi um filme com imagens vívidas de sangue, tecidos e
músculos. Mais ou menos na metade da exibição, Judy se
sentiu um pouco zonza e deixou a sala. Mas as imagens não
saíam da sua mente. Ela continuou a ser atormentada por
elas e, ocasionalmente, sentia-se nauseada. Começou a evi-
tar situações nas quais poderia ver sangue ou ferimentos.
Parou de ver revistas que poderiam trazer fotos de violên-
cia e sangue. Começou a achar difícil olhar carne vermelha
crua, ou até mesmo curativos, porque eles traziam lembran-
2 Ps,cOPATOLO
GIA
ça das imagens de sangue que a amedrontavam. Por fim,
qualquer coisa que seus amigos ou parentes lhe diziam que
trazia imagem de sangue ou ferimento fazia com que Judy
tivesse asensação de desmaio. A situação ficou tão séria que,
se um de seus amigos gritasse "corta essa!~ ela se sentia fraca.
Seis meses antes de visitar a clínica, Judy desmaiou de
fato quando inevitavelmente viu alguém ensanguentado.
Nem o médico da família nem outros médicos conseguiam
achar nada de errado com ela. Quando foi encaminhada à
nossa clínica, ela desmaiava de cinco a dez vezes por sema-
na, frequentemente durante suas aulas. É óbvio que isso era
problemático para ela e que a atrapalhava na escola; cada
vez que Judy desmaiava, os outros estudantes se aglomera-
vam ao redor, tentando ajudá-la, e a aula era interrompida.
Pelo fato de ninguém ter encontrado nada de errado, o dire-
tor concluiu que ela estava sendo manipuladora e a suspen-
deu, mesmo sendo uma aluna excelente.
Judy estava sofrendo do que chamamos fobia de san-
gue-injeção-ferimentos. Sua reação era bastante severa e, em
razão disso, preenchia critérios para fobia, um transtorno
psicológico caracterizado por medo intenso e persistente de
um objeto ou de uma situação. Muitas pessoas têm reações
semelhantes, mas não tão graves, quando tomam injeção ou
veem alguém ferido, com sangue visível ou não. Para aque-
las que possuem um comportamento tão severo quanto
Judy, essa fobia pode ser incapacitante. Elas devem evitar
certas profissões, como medicina ou enfermagem, e têmtan-
to medode agulhase de injeções que asevitammesmo quando
precisam delas, o que coloca sua saúde em risco.
Oque é transtorno psicológico?
Tendo em mente os problemas reais enfrentados por Judy, olhe-
mos mais atentamente para a definição de transtorno psicológico
ou comportamento anormal: esse transtorno é uma disfunção
psicológica em um indivíduo, que está associada a sofrimento
ou prejuízo no funcionamento, bem como a uma resposta que
não é típica ou culturalmente esperada (ver Figura 1.1). Super-
ficialmente, esses três critérios podem parecer óbvios, mas não
foram facilmente caracterizados, e, dessa forma, vale explorar o
que significam. Você verá, sobretudo, que ainda não foi desen-
volvido nenhum critério que defina plenamente a anormalidade.
Disfunção psicológica
Disfunção psicológica refere-se a uma desordem no funciona-
mento cognitivo, emocional ou comportamental. Por exemplo,
ter um encontro deveria ser divertido. Mas se você experimenta
um forte medo a noite toda e só quer voltar para casa, mesmo
que não haja nada para temer, e se o medo ocorre a cada en-
contro, suas emoções não estão funcionando adequadamente.
Entretanto, se todos os seus amigos concordam que a pessoa que
convidou você para sair é perigosa de alguma forma, não seria
"disfuncional" ter medo e evitar o encontro.
A disfunção estava presente em Judy: ela desmaiava ao ver
sangue. Muitas pessoas experimentam uma versão em menor
grau dessa reação (sentem-se enjoadas ao ver sangue), sem
preencherem os critérios para o transtorno; assim, estabelecer
o limite entre disfunção normal e anormal é diflcil. Por essa
razão, esses problemas são, com frequência, considerados em
um continuum ou em uma dimensão em vez de categorizá-los
como presentes ou ausentes (McNally, 2011; Stein, Phillips, Bol-
ton, Fulford, Sadler e Kendler, 2010; Widiger e Crego, 2013). Esse
também é o motivo pelo qual apenas ter uma disfunção não é o
suficiente para preencher critérios para um transtorno psicológico.
Sofrimento subjetivo ou prejuízo
Parece evidente que o comportamento deve estar associado a
sofrimento para ser classificado como anormal, o que incorpora
um componente importante: o critério é cumprido se o indiví-
duo está demasiadamente perturbado. Podemos dizer que sem
Transtorno
p1icol6gico
Disfunção psicológica
Sofrimento ou prejuizo
Resposta atipica
FIGURA 1.1 O critério que define um transtorno psicológico.
dúvida Judy estava muito aflita e sofria em razão de sua fobia.
Contudo, devemos lembrar que somente esse critério não define
o comportamento anormal. É bastante comum ficar angustiado
- por exemplo, se alguém próximo vier a falecer. A condição
humana é tal que o sofrimento e a angústia fazem parte da vida.
E isso provavelmente não vai mudar. Além disso, para alguns
transtornos, por definição, há ausência de sofrimento e angús-
tia. Considere uma pessoa que se sente eufórica ao extremo, po-
dendo agir impulsivamente como parte de um episódio maníaco.
Como veremos no Capitulo 7, uma das principais dificuldades em
relação a esse problema é que algumas pessoas gostam tanto do
estado maníaco que relutam em começar um tratamento ou em
segui-lo por muito tempo. Assim, definir um transtorno psico-
lógico apenas pelo sofrimento subjetivo não funciona, embora o
seu conceito contribua para uma boa definição.
O conceito de prejufzo é útil, embora não inteiramente sa-
tisfatório. Por exemplo, muitas pessoas se consideram tímidas
ou preguiçosas. Isso não significa que elas sejam anormais. No
entanto, se você é tão tímido que acha impossível namorar ou
mesmo interagir com outras pessoas, e se você tenta impedir as
interações mesmo que desejasse ter amigos, então seu funciona-
mento social está prejudicado.
Judy foi claramente prejudicada por sua fobia, mas muitas
pessoas que têm reações semelhantes, menos graves, não são.
Essa diferença ilustra mais uma vez a importante questão de
que a maioria dos transtornos psicológicos são simplesmente
expressões extremas de emoções, comportamentos e processos
cognitivos considerados normais.
A Angústia e sofrimento fazem parte da vida e não constituem em si
um transtorno psicológico.
C APÍTULO 1 - COMPORTAMENTO ANORMAL NO CONEXTO HISTÓRICO J
Atípico ou socialmente não esperado
Finalmente, o critério para o qual a resposta seja atípica ou so-
cialmente não esperada é importante, mas também insuficien-
te para determinar a anormalidade por si só. As vezes, algo é
considerado anormal porque não ocorre com frequência; e se
desvia da média. Quanto maior o desvio, maior a anormalidade.
É possível dizer que alguém é baixo ou alto de forma anormal,
significando que a altura da pessoa se desvia substancialmente
da média, mas isso não é uma definição de transtorno. Muitas
pessoas estão longe da média no que se refere aos seus com-
portamentos, mas poucas seriam consideradas transtornadas.
Poderíamos chamá-las de talentosas ou excêntricas. Muitos artis-
tas, astros de cinema e atletas se encaixam nessa categoria. Por
exemplo, não é normal planejar jatos de sangue saindo das suas
roupas, mas quando Lady Gaga fez isso durante suaperformance
apenas aprimorou seu status de celebridade. O romancista J. D.
Salinger, que escreveu O apanhador no campo de centeio, refu-
giou-se em uma cidadezinha em New Hampshire e recusou-se a
ver outras pessoas durante vários anos, mas continuou a escre-
ver. Alguns cantores de rock homens usam maquiagem pesada
no palco. Essas pessoas são bem pagas e parecem adorar suas
carreiras. Na maioria dos casos, quanto mais produtivo você é
aos olhos da sociedade, mais excentricidades a sociedade tolera-
rá. Por conseguinte, "desvio da médià' não serve como uma boa
definição para comportamento anormal.
Outra visão considera que seu comportamento é anormal se
você violar as normas sociais, mesmo se um nómero de pessoas
for solidário com seu ponto de vista. Essa definição é muito útil,
levando-se em conta importantes diferenças culturais nos trans-
tornos psicológicos. Por exemplo, entrar em um estado de transe
e acreditar estar possuído refletem um transtorno psicológico
na maioria das culturas ocidentais, mas não em muitas outras
sociedades, nas quais esses comportamentos são aceitos e espe-
rados (ver Capítulo 6). (A perspectiva cultural é um importante
aspecto de referência no decorrer deste livro.) Um exemplo des-
sa visão é oferecido por Robert Sapolsky (2002), proeminente
neurocientista que, durante seus estudos, trabalhou de perto
com a tribo Masai da África Oriental. Certo dia, Rhoda, ami-
ga masai de Sapolsky, pediu-lhe que trouxesse o seu jipe o mais
rapidamente possível para o vilarejo, onde uma mulher estava
agindo com muita agressividade e ouvia vozes. A mulher tinha
matado um bode com as próprias mãos. Sapolsky e diversos ma-
sai foram capazes de dominá-la e transportá-la para um centro
médico local. Notando que aquela era uma oportunidade de
aprender mais sobre a visão dos transtornos psicológicos dos
masai, Sapolsky manteve o seguinte diálogo:
"Então, Rhoda~ comecei laconicamente, "o que você
acha que tinha de errado com aquela mulher?"
Ela olhou para mim como se eu fosse maluco.
"Ela está louca:'
"Mas como você sabe?"
"Ela está louca. Você não percebe isso nas atitudes
dela?"
"Mas como você conclui que ela está louca? O que
ela fez?"
"Ela matou aquele bode:'
"Oh'; eu disse com um desinteresse antropológico,
"mas os masai matam bodes o tempo todo:'
4 Ps,cOPATOLOGIA
Ela olhou para mim como se eu fosse um idiota. "So-
mente os homens matam bodes'; disse ela.
"Bem, por qual outro motivo você acredita que ela
esteja louca?"
"Ela ouve vozes:'
Novamente, fiz-me de bobo. "Oh, mas os masai ou-
vem vozes às vezes'.' (Em cerimônias antes de longos per-
cursos conduzindo gado, os masai dançam em transe e
dizem ouvir vozes.) E em uma sentença, Rhoda resumiu
metade do que alguém precisa saber sobre psiquiatria
transcultural.
"Mas ela ouve vozes no momento errado'.' (p. 138)
Entretanto, um padrão social de normalidade tem sido erro-
neamente usado. Considere, por exemplo, a prática de confinar
dissidentes políticos em instituições de saúde mental, em razão
de seus protestos contra as atitudes políticas de seus governos, o
que era comum no Iraque antes da queda de Saddam Hussein e
agora ocorre no Irã. Embora tal comportamento dissidente viole
as normas sociais, por si só não seria causa de confinamento.
Jerome Wakefield (1999, 2009), em uma análise muito cuida-
dosa sobre o assunto, usa a definição taquigráfica de disfunção
prejudicial.Um conceito relacionado também útil é determinarse
o comportamento está ou não fora do controle do indivíduo (al-
guma coisa que apessoanão queira fazer) (Widiger e Crego, 2013;
Widiger e Sarkis, 2000). Variantes dessas abordagens são mais
frequentemente usadas na prática de diagnóstico atual, como foi
ressaltado na quinta edição do ManualDiagnóstico eEstatístico de
à Nós aceitamos comportamentos extremados de celebridades tais
•
como Lady Gaga, que não seriam tolerados em outros membros de
nossa sociedade.
TranstornosMentais(DSM-5) (American Psychiatric Association,
2013), que apresenta a listagem atual dos critérios para os trans-
tornos psicológicos (Stein et ai., 2010). Essas abordagens condu-
zem nossa linha de pensamento no presente livro.
Uma definição aceita
Enfim, é difícil definir "normal" e "anormal" (Lilienfeld & Ma-
rino, 1995, 1999) - e o debate continua (Houts, 2001; McNally,
2011; Stein et ai., 2010; Spitzer, 1999; Wakefield, 2003, 2009). A
definição mais amplamente aceita utilizada no DSM-5 descreve
disfunções comportamentais, psicológicas ou biológicas que são
inesperadas em seu contexto cultural e associadas à presença de
sofrimento e prejuízo no funcionamento ou aumento de risco
de sofrimento, morte, dor ou prejuízo. Essa definição pode ser
útil para equiparar culturas e subculturas se prestarmos atenção
ao que é "funcional" ou "disfuncional" (ou fora de controle) em
determinada sociedade. No entanto, nunca é fácil decidir o que
representa disfunção, e alguns acadêmicos argumentam que as
profissões da área de saúde nunca serão capazes de definir sa-
tisfatoriamente doença ou transtorno (ver, por exemplo, Lilien-
feld e Marino, 1995, 1999; McNally, 2011; Stein et ai., 2010). O
melhor que podemos fazer é considerar de que forma a doen-
ça ou o transtorno aparente se encaixa em um perfil típico de
um transtorno - por exemplo, transtorno depressivo maior ou
esquizofrenia -, quando todos ou a maioria dos sintomas que
os especialistas concordariam ser parte do transtorno estão
presentes. Chamamos esse perfil típico de protótipo e, como
descrito no Capítulo 3, os critérios de diagnóstico do DSM-
IV-TR, bem como aqueles emergentes do DSM-5 encontrados
no decorrer deste livro são todos protótipos. Isso significa que
o paciente pode ter apenas algumas características ou sintomas
do transtorno (um número mínimo) e ainda preencher critério
para o transtorno porque seu conjunto de sintomas está próximo
do protótipo. Mas uma das diferenças entre DSM-IV e DSM-5
é o acréscimo de estimativas dimensionais de gravidade dos
transtornos específicos no DSM-5 (American Psychiatric Asso-
ciation, 2013;Regier et ai., 2009; Helzer et ai., 2008). Assim, para
os transtornos de ansiedade, por exemplo, a intensidade e a fre-
quência de ansiedade dentro de um determinado transtorno, tal
como o transtorno de pânico, são classificadas em uma escala
de Oa 4, em que 1indicaria sintomas leves ou ocasionais e 4 in-
dicaria sintomas contínuos e graves (Beesdo-Baum et ai., 2012;
LeBeau et ai., 2012). Esses conceitos são descritos de forma mais
detalhada no Capítulo 3, no qual se discute o diagnóstico de
transtorno psicológico.
Para um desafio final, leve o problema da definição de um
comportamento anormal um passo adiante e considere o se-
guinte: e se Judy vivesse aquela situação com tanta frequência
que, após um tempo, nem seus colegas nem seus professores no-
tassem, porque ela recuperava a consciência rapidamente? Além
disso, e se Judy continuasse a obter boas notas? Desmaiar o tem-
po todo ante a mera ideia de sangue seria um transtorno? Estaria
lhe causando prejuízo? Seria disfuncional? Angustiante? O que
você pensa a respeito?
Aciência da psicopatologia
A psicopatologia é o estudo científico de transtornos psicológi-
cos. Nesse campo atuam profissionais especialmente treinados,
incluindo psicólogos clínicos e de aconselhamento, psiquiatras,
assistentes sociais e enfermeiras especializados em psiquiatria,
bem como terapeutas de casais e de família e conselheiros de
saúde mental. Nos Estados Unidos, psicólogos clínicos e de acon-
selhamento podem receber o grau de Ph.D. (ou, às vezes, de
Ed.D., doutor em educação, ou de Psy.D., doutor em psicologia)
e fazem um curso de graduação com duração de aproximada-
mente cinco anos, que os prepara para conduzir pesquisas sobre
causas e tratamento de transtornos psicológicos e para diagnos-
ticar, avaliar e tratar esses transtornos. Embora haja uma gran-
de quantidade de sobreposições, psicólogos de aconselhamento
tendem a estudar e tratar ajustes e assuntos vocacionais relacio-
nados a indivíduos relativamente saudáveis; já os psicólogos clí-
nicos se concentram usualmente nos transtornos psicológicos
mais graves. Além disso, os programas em cursos profissionais
de psicologia, em que o título é frequentemente Psy.D., doutor
em psicologia, têm como foco o treinamento clínico e a diminui-
ção ou eliminação do treino em pesquisa. De maneira oposta, os
programas de Ph.D. nas universidades integram o treinamen-
to clínico e em pesquisa. Psicólogos com outras especialidades,
como os psicólogos experimentais esociais, concentram a inves-
tigação nos determinantes básicos do comportamento, mas não
avaliam nem tratam os transtornos psicológicos'.
Em um primeiro momento, os psiquiatras obtêm um grau
de M.D. em um curso de Medicina, então, ao longo de três a
quatro anos de residência médica, especializam-se em Psi-
quiatria. Psiquiatras também investigam a natureza e as cau-
sas dos transtornos psicológicos, frequentemente com base em
um ponto de vista biológico; fazem diagnósticos; e oferecem
tratamentos. Muitos desses profissionais enfatizam drogas ou
outros tratamentos biológicos, embora a maioria também use
tratamentos psicossociais.
Os assistentes sociais da área de psiquiatria geralmente podem
obter título de mestre em serviço social por se especializarem em
coletar informações relevantes para asituação social e familiar do
indivíduo que sofre de um transtorno psicológico. Assistentes so-
ciais também tratam de transtornos, frequentemente concentran-
do-se nos problemas familiares relacionados a eles. Os enfermeiros
da área de psiquiatria têm títulos avançados, como mestrado ou
até mesmo doutorado, e são especializados no cuidado e trata-
mento de pacientes com transtornos psicológicos, geralmente em
hospitais, como parte de uma equipe de tratamento.
Por fim, os terapeutas de casais, terapeutasfamiliares e conse-
lheiros de saúde mentaldedicam um a dois anos para conquistar
um título de mestre e são contratados para prestar serviços clí-
nicos em hospitais ou clínicas, em geral sob supervisão de um
clínico com título de doutor.
O pesquisador clínico
O mais importante desenvolvimento na história recente da psi-
copatologia é a adoção de métodos científicos para aprender
mais sobre a natureza dos transtornos psicológicos, suas causas
e seu tratamento. Muitos profissionais da área de saúde men-
tal seguem uma abordagem científica em seu trabalho clínico e,
por conseguinte, são chamados de pesquisadores clínicos (Bar-
low, Hayes e Nelson, 1984; Hayes, Barlow e Nelson-Gray, 1999).
1 RT: Adescrição dasprofissões e carreiras que constam neste item pertencem
a um modelo norte-americano. No Brasil, há algumas diferenças.
C APÍTULO 1 - COMPORTAMENTO ANORMAL NO CONEXTO HISTÓRICO 5
Profissionais da área de saúde mental podem atuar como pes-
quisadores clínicos em uma ou mais dentre três maneiras (ver
Figura 1.2). Primeiro, eles podem acompanhar os mais recen-
tes avanços científicos em sua área e, portanto, utilizar os mais
atuais procedimentos de tratamento e de diagnóstico. Nesse
sentido, são consumidores da ciência da psicopatologia para be-
nefício de seus pacientes. Segundo, pesquisadores clínicos anali-
sam seus próprios procedimentos de avaliação ou de tratamento
para verificar se funcionam. Esses profissionais respondem não
apenas por seus pacientes, mas também pelas agências governa-
mentais e seguradoras que pagam pelos tratamentos e, por essa
razão, eles devem demonstrar claramente que seus tratamentos
funcionam. Terceiro, pesquisadores clínicos podem conduzir
pesquisas, geralmente em clinicas ou hospitais, que produzam
novas informações sobre transtornos ou sobre seu tratamento,
tornando-se, assim, imunes aos modismos que impregnam nos-
so campo de trabalho, em geral, à custa de pacientes e de suas fa-
milias. Por exemplo, novas "curas miraculosas" para transtornos
psicológicos que são relatadas diversas vezes por ano na midia
não seriam usadas por um pesquisador clinico, se não houves-
se nenhuma sondagem de dados científicos mostrando que elas
funcionam. Tais dados são oriundos de pesquisas que tentam
três coisas básicas: descrever os transtornos psicológicos, de-
terminar suas causas e tratá-las (ver Figura 1.3). Essas três ca-
tegorias compõem uma estrutura organizacional que perpassa
todo este livro e que é formalmente evidente nas discussões
concernentes a transtornos específicos que discutiremos a par-
tir do Capitulo 5. Um panorama geral neste momento propicia
uma perspectiva mais nítida dos nossos esforços para compre-
ender a anormalidade.
Descrição clínica
Em hospitais e clínicas, frequentemente dizemos que um pa-
ciente "apresentà' um problema específico ou um conjunto de
problemas, ou simplesmente discutimos a apresentação do
problema. Apresentação é um atalho tradicional para indicar
porque a pessoa procurou a clinica. Descrever a apresentação
do problema em Judy é o primeiro passo para determinar sua
descrição clínica, que representa a combinação específica de
Profissional
de saúde
mental
Consumidor da ciência
• Aprimora a prática
Avaliador da ciência
• Determina a efetividade da
prática
Criador da ciência
• Conduz pesquisas
que levam a novos
procedimentos úteis na
prática
FIGURA 1.2 O exercício do pesquisador clínico.
6 Ps,cOPATOLOGIA
Estudando os
transtomos
psicológicos
Foco
Descrição clinica
_____ ...., Causa (etiologia)
Tratamento e resultado
FIGURA 1.3 As três principais categorias que compõem o estudo e a
discussão sobre transtornos psicológicos.
comportamentos, pensamentos e sentimentos que constituem
um transtorno específico. A palavra clínica refere-se tanto aos
tipos de problema ou transtorno que você poderia encontrar em
uma clínica ou hospital quanto às atividades relacionadas à ava-
liação e ao tratamento. No decorrer deste texto, existem excertos
de muitos outros casos individuais, a maioria deles extraída de
nossos arquivos pessoais.
Evidentemente, uma função importante da descrição clinica
é especificar o que torna o transtorno diferente do comporta-
mento normal ou de outros transtornos. Dados estatísticos tam-
bém podem ser relevantes.
Por exemplo, quantas pessoas na população total apresen-
tam o transtorno? Esse número é chamado de prevalência do
transtorno. As estatísticas de quantos novos casos ocorrem du-
rante determinado período, como em um ano, representam a
incidência do transtorno. Outras estatísticas incluem a propor-
ção entresexos- ou seja, qual é a porcentagem de homens e mu-
lheres que têm o transtorno - e a idade típica de manifestação, o
que frequentemente difere de um transtorno para outro.
Além de apresentarem sintomas diferentes, idade de mani-
festação e, possivelmente, uma proporção diferente entre os se-
xos e prevalência, a maioria dos transtornos segue um padrão
individual, ou curso. Por exemplo, alguns transtornos, como
a esquizofrenia (ver Capítulo 13), seguem um curso crônico,
o que significa que tendem a durar um longo tempo, algumas
vezes, toda a vida. Outros transtornos, como os do humor (ver
Capítulo 7), seguem um curso episódico, ou seja, o indivíduo
provavelmente se recupera dentro de alguns meses e sofre uma
recorrência do transtorno posteriormente. Esse padrão pode se
repetir no decorrer da vida de uma pessoa. Ainda assim, outros
transtornos podem ter um curso limitado, e isso significa que
o transtorno vai melhorar sem tratamento em um período de
tempo relativamente curto.
As diferenças na manifestação inicial estão diretamente rela-
cionadas às diferenças no curso dos transtornos. Alguns têm um
início agudo,começam repentinamente; outros se desenvolvem de
forma gradual no decorrer de longo período, às vezes, chamado
início insidioso. É importanteconhecer o curso típico de um trans-
torno para que possamos saber o que esperar no futuro e como
melhor agir em relação ao problema. Essa é uma parte importante
da descrição clínica. Por exemplo, se alguém está sofrendo de um
transtorno leve com início agudo, que persistirá por um tempo
limitado, podemos aconselhar a pessoa a não se preocupar com
um tratamento dispendioso, porque o problema desaparecerá em
breve, como se fosse um resfriado comum. Entretanto, se for pro-
vável que o transtorno dure um tempo longo (tornando-se crô-
nico), o indivíduo pode querer buscar tratamento e tomar outros
caminhos apropriados. O curso antecipado de um transtorno
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Psicopatologia: uma abordagem integrada para otimizado

  • 1. ~ .. # CE NGAGE • .. Learning· • , • • ,
  • 3. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) narlo..,, Dav1d H. ?si ccpat:ol og i a : u!:'a aborda9e!:'l i nt:eqrada / David H. narlo..,, r.r..ark R. Durand ; traduç.lo Noveritis do Brasil ; revisao técnica Thais Cristi~a M arques dos Reis . -- 2. ed . ·- sao ?aulo : cengage Lear~i~g, 2015. Titulo original: Ab nor!'l'.al psychology . 1. ed . norte•a!'l'.ericana . Bi!>liogra ta . ISB~ i 918• 85• 221• 2199• 2 l . Distõr!>ios !'l'.entais 2. Doenças tr.entais 3. ?sicologta :patol6g1ca 1 . ?sicopatologia I. Durand, V. r.r ..ark. II . Reis, Tha1s Cristi~a r.r ..arques dos . III . Titulo . 15•01102 CDD• 616 . 89 ~ cr~-wr~ 100 Índices para catálogo sistemático: l . ?sicopatologia 616 . 89
  • 4. Austrália Psicopatologia UMA ABORDAGEM INTEGRADA Tradução da 7ª edição norte-americana David H. Barlow V. Mark Durand Tradução: Noveritis do Brasil Revisão técnica: Toais Cristina Marques dos Reis Graduada em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto, especialista em Psicologia da Saúde e mestre em Ciências pelo Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Escola Paulista de Medicina (EPM). Brasil Japão Coreia - ~ ' CENGAGE Lea rning· México Cingapura E spanha Reino Unido E stados Unidos
  • 5. .. ~ 1 CENGAGE Learning· Psicopatologia - Traduçãoda 7' edição norte-americana 2' edição brasileira David H. Barlowe V. Mark Durand Gerente editorial: Noelma Brocanelli Editoradedesenvolvimento: Viviane Akemi Uemura S upervisora de produção editorial: Fabiana Alencar Albuquerque Título original: Abnormal psychology- 7"'edition {ISBN 13: 978·1·285·75561·8; ISBN 1 0: 1 ·285·75561·8) Tradução: Noveritisdo Brasil Revisão técnica: ThaísCristina Marques dos Reis Assistente de revisão técnica: Adriana Ricci dos Santos Copidesque: Raquel Benchimol de Oliveira Rosenthal,OlíviaFrade Zambone, Cíntia Leitão e Lorena Vita Revisão: Fernanda Helena Costa Kanawati, Mayra Clara Albuquerque Venâncio dos Santos e Rosângela Ramos da Silva Diagramação: Alfredo Carracedo Castillo Indexação:Casa Editorial Maluhy Capa: Buono Disegno Imagem da capa: Sanjatosi/Shutterstock Especialista em direitos autorais: J enis Oh Pesquisa iconográfica: ABMM Editoradeaquisições: Guacira Simonelli Impresso no Brasil. Printed in Brazil. 1 2 3 16 15 14 © 2015, 2012 Cengage Learning © 2016 Cengage Learning Edições Ltda. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora. Aos infratoresaplicam-seas sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e107da Lei n°9.610, de 19 de fevereiro de 1 998. Estaeditoraempenhou-seemcontatarosresponsáveis pelos direitosautoraisde todas as imagens ede outros materiais utilizados neste livro. Se porventura for constatada a omissão involuntária na identificação de algum deles, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveisacertos. A Editora não se responsabiliza pelo funcionamento dos linkscontidosneste livroque possamestarsuspensos. Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800111939. P ara permissão deuso de material desta obra, envie pedido paradireitosautorais@cengage.com © 2016 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN 13:978--85-221-2499-2 ISBN 10:85-221-2499-X Cengage LearningCondomínio E ·Business P ark Rua Werner Siemens, 111 Prédio 11- Torre A- Conjunto 12 Lapa de Baixo - CEP 05069·900 São Paulo·SP Tel.: (11 ) 3665·9900 Fax: (11) 3665-9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluçõesde curso eaprendizado, visite www.cengage.com.br
  • 6. Dedico este livro para minha mãe, Doris ElinorBarlow-Lanigan, por sua influência multidimensional em toda a minha vida. D. H. B. Para Wendy eJonathan, cuja paciência, compreensão e amor me deram a oportunidade de completar este ambicioso projeto. V. M. D.
  • 7. i 1. ' David H. Barlow é um pioneiro e líder internacionalmente reco- nhecido em psicologia clínica. Professor de psicologia e psiquia- tria da Boston University, é fun- dador e diretor emérito do Center for Anxiety and Related Disor- ders, uma das maiores clínicas de pesquisa sobre o assunto no mundo. De 1996 a 2004, dirigiu os programas de psicologia clíni- ca na Boston University. De 1979 a 1996, foi professor emérito da University at Albany - State Uni- ál :i ~ • • 8'--'""-__. versity of New York. De 1975 a 1979, foi professor de psiquia- tria e psicologia da Brown University, onde também fundou o programa de estágio em psicologia clínica. De 1969 a 1975, foi professor de psiquiatria da University ofMississippi, onde fun- dou o programa de residência de psicologia da Faculdade de Medicina. É graduado pela University of Notre Dame, fez mes- trado na Boston College e é Ph.D. pela University ofVermont. Um companheiro de todas as grandes associações psico- lógicas, Dr. Barlo,v recebeu muitos prêmios em honra de sua excelência em conhecimento, incluindo o National lnstitute of Mental Health Merit Award, por suas contribuições a longo pra- zo para o esforço na pesquisa clínica; o Distinguished Scientist A,vard para aplicações da psicologia da American Psychological Association (APA); e o James McKeen Cattell Fello,v Award da Association for Psychological Science, honrando os indivíduos por suavida dedicada às conquistas intelectuais significativas em pesquisa psicológica aplicada. Outros prêmios incluem o Distin- guished Scientist Award from the Society of Clinicai Psycholo- gy da American Psychological Association e um certificado de apreciação da seção da APA de psicologia clínica das mulheres pelo "extraordinário comprometimento com o avanço das mu- lheres na psicologia". Em 2004, recebeu o C. Charles Burlingame A,vard, do Institute of Living, e foi condecorado com o título de Honorary Doctorate of Humane Letters pela Massachusetts School ofProfessional Psychology. Também recebeu prêmios de contribuição de carreira das associações de psicologia de Massa- vi chusetts, de Connecticut e da Califórnia e, em 2000, foi nomea- do Professor Visitante Honorário no Chinese People's Liberation Army General Hospital e Postgraduate Medical School em Pe- quim, China. Além disso, o Grand Rounds anual em Psicologia Clínica na Brown University foi nomeado em sua honra, e ele foi agraciado como o primeiro prêmio intelectual para ex-alunos pós-graduados da University ofVermont. Durante o ano acadê- mico de 1997 a 1998, ele foi membro do Fritz Redlich no Center for Advanced Study in the Behavioral Sciences, em Menlo Park, Califórnia. Sua pesquisa tem sido continuamente financiada pelo National Institute ofMental Health, há mais de 40 anos. Dr. Barlow editou três jornais, serviu nos conselhos edito- riais de mais de 20jornais diferentes, e atualmente é editor-chefe da série "Treatments ThatWork" para a Oxford University Press. Publicou mais de SOO artigos acadêmicos e escreveu mais de 65 livros e manuais clínicos, incluindo Anxiety and its disor- ders, 2• edição, Guilford Press; Clinicai handbook ofpsychological disorders: a step-by-step treatment manual s• edição, Guilford Press; Single-case experimental designs: strategies for studying behaviorchange, 3ª edição, Allyn & Bacon (com Matthe,v Nock e Michael Hersen); 1hescientist-practitioner: research and accoun- tabilityin the age ofmanagedcare, 2•edição, Allyn & Bacon (com Steve Hayes e Rosemary Nelson-Gray); Mastery ofYour Anxiety and Panic, Oxford University Press (com Michelle Craske); e, mais recentemente, 1heunifiedprotocolfor transdiagnostic treat- mentofemotional disorders com o Unified Team na Boston Uni- versity. O livro e os manuais foram traduzidos em mais de 20 idiomas, incluindo árabe, chinês e russo. Dr. Barlo,v foi um dos três psicólogos da força-tarefa res- ponsável por revisar o trabalho de mais de mil profissionais da saúde mental que participaram da criação do novo DSM-IV e continuou como Assessor da força-tarefa do DSM-5. Também presidiu a força-tarefa da APA para diretrizes de intervenção psicológica, que criou um modelo para as diretrizes da prática clínica. Seu programa atual de pesquisa se concentra na nature- za e no tratamento dos transtornos de ansiedade e transtornos emocionais relacionados. Em seu tempo livre, joga golfe, esquia e recolhe-se em sua casa em Nantucket, onde adora escrever, caminhar pela praia e visitar os amigos.
  • 8. V. Mark Durand é conheci- do mundialmente como uma autoridade na área de trans- torno do espectro autista. É professor de psicologia na University of South Florida - St. Petersburg, onde fundou o Dean of Arts & Sciences e é vice-chanceler para assun- tos acadêmicos. Dr. Durand é membro da American Psy- chological Association (APA). Recebeu mais de US$ 4 mi- lhões de financiamento fe- deral desde o início de sua carreira para estudar a natureza, a avaliação e o tratamento dos problemas comportamentais em crianças com deficiências. Antes de se mudar para a Flórida, atuou em várias posições de liderança na University at Albany, incluindo a de diretor associado do treinamento clínico do pro- grama de doutorado em psicologia de 1987 a 1990, catedrático do Departamento de Psicologia de 1995 a 1998 e reitor interi- no de Arts and Sciences de 200l a 2002. Fundou o Center for Autism and Related Disabilities na University at Albany, State University of New York. Recebeu seu bacharelado, mestrado e Ph.D. - todos em psicologia - na State University ofNew York- ·Stony Brook. Dr. Durand recebeu o University Award for Excellence in Teaching em SUNY-Albany em 1991 e o Chancellor's Aw·ard for Excellence in Research and Creative Scholarship na University ofSouth Florida - St. Petersburg em 2007. Foi nomeado mem- bro do Princeton Lecture Series em 2014 por sua obra na área do transtorno do espectro autista. Dr. Durand atualmente é mem- bro do Conselho Consultivo Profissional para a Autism Society ofAmerica e está no conselho administrativo da Association of Positive Behavioral Support. É coeditor do Journal of Positive Behavior Interventions, atua em inúmeros conselhos editoriais e tem mais de 125 publicações sobre comunicação funcional, programação educacional e terapia comportamental. Seus li- vros incluem Severe behavior problems: a functional communi- cation training approach; Sleep better! A guide to improvingsleep for children with special needs; Helping parents with challenging children: positive family intervention; o vencedor de múltiplos prêmios nacionais Optimistic parenting: hope and help for you andyour challenging child; e o mais recente Autism spectrum di- sorder: a clinicaiguidefor generalpractitioners. Dr. Durand desenvolveu um tratamento único para proble- mas graves de comportamento que atualmente é obrigatório em vários Estados dos Estados Unidos e é usado no mundo inteiro. Além disso, desenvolveu um instrumento de avaliação que é utili- zado internacionalmente e foi traduzido para mais de 15 idiomas. Mais recentemente, desenvolveu uma abordagem inovadora para ajudar famílias com seus filhos desafiadores (Parentalidade Oti- mista), que foi validado em um ensaio clínico de cinco anos. Tem sido consultado pelos departamentos de educação de numerosos Estados e pelos departamentos de Justiça e de Educação dos Es- tados Unidos. Seu programa de pesquisa atual inclui o estudo de modelos de prevenção e tratamentos para problemas graves, como comportamento autolesivo. Em seu tempo de lazer, pratica corrida de longa distância e já completou três maratonas. VII
  • 9.
  • 10. Prefácio x.xi li Comportamento anormal no contexto histórico 1 fJ Uma abordagem integrada da psicopatologia 30 EJ Avaliação clínica e diagnóstico 71 !I Métodos de pesquisa 100 EJ Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a trauma e a estressores e transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados 124 eTranstorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados e transtornos dissociativos 182 IJTranstornos do humor e suicídio 216 eTranstornos alimentares e transtornos do sono-vigília 274 fJ Transtornos físicos e psicologia da saúde 324 mJ Disfunções sexuais, transtornos parafílicos e disforia de gênero 364 m Transtornos relacionados a substâncias, transtornos aditivos e transtornos do controle de impulsos 410 lfl Transtornos da personalidade 456 15] Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos 494 e] Transtornos do neurodesenvolvimento 530 IE] Transtornos neurocognitivos 564 mServiços de saúde mental: questões legais e éticas 592 ix
  • 11.
  • 12. 1 Comportamento anormal no contexto histórico 1 Compreendendo a psicopatologia 2 Atradição psicológica 15 O que é transtorno psicológico? / 3 A ciência da psicopatologia / 5 Conceitos históricos do comportamento anormal / 8 Atradição sobrenatural 8 Demônios e bruxas / 8 Estresse e melancolia / 9 Tratamentos para possessão / 10 Histeria em massa / 10 Histeria em massa em tempos modernos / 10 A lua e as estrelas / 11 Comentários / 11 Atradição biológica 11 Hipócrates e Galeno / 11 O século XIX / 12 O desenvolvimento dos tratamentos biológicos / 13 Consequências da tradição biológica / 14 Terapia moral/ 15 Reforma psiquiátrica e declínio da terapia moral / 16 Teoria psicanalítica / 16 Teoria humanista / 22 O modelo comportamental / 23 Opresente: ométodo científico e uma abordagem integradora 25 Resumo 26 Termos-chave 27 Respostas da verificação de conceitos 27 2 Uma abordagem integrada da psicopatologia 30 Modelos unidimensional versus multidimensional 31 O que causou a fobia de Judy? / 31 Resu ltados e comentários/ 33 Contribuições genéticas para a psicopatologia 34 A natureza dos genes / 34 Novos desenvolvimentos no estudo dos genes e do comportamento / 35 A interação entre os genes e o ambiente / 36 A herança epigenética e não genômica do comportamento / 38 A neurociência esuas contribuições para a psicopatologia 41 O sistema nervoso central / 41 A estrutura do cérebro / 42 O sistema nervoso periférico / 45 Neurotransmissores / 47 Implicações para a psicopatologia / 51 Influências psicossociais sobre a estrutura e o funcionamento do cérebro / 52 Interações entre fatores psicossociais e sistemas neurotrasnmissores / 54 Efeitos psicossociais sobre o desenvolvimento da estrutura e do funcionamento do cérebro / 55 xi
  • 13. Comentários / 55 Ciências comportamental ecognitiva 56 Condicionamento e processos cognitivos / 56 Desamparo aprendido / 56 Aprendizagem social / 57 Aprendizagem preparada / 58 A ciência cognitiva e o inconsciente / 58 Emoções 59 A fisiologia e a finalidade do medo / 59 Os fenômenos emocionais / 60 Os componentes da emoção / 60 A raiva e o seu coração / 61 Emoções e psicopatologia / 62 3 Avaliação clínica e diagnóstico Avaliando transtornos psicológicos 72 Conceitos-chave em avaliação / 73 Entrevista clínica / 74 Exame físico / 77 Avaliação comportamental / 77 Testes psicológicos / 79 Testes neuropsicológicos / 84 Neuroimagem: imagens do cérebro / 84 Avaliação psicofisiológica / 86 Diagnosticandotranstornos psicológicos 87 Elementos de classificação / 88 4 Métodos de pesquisa Examinando ocomportamento anormal 101 Conceitos importantes / 101 100 Componentes básicos de uma pesquisa / 102 Significãncia estatística versus significãncia clínica / 103 O cliente "mediano" / 104 Xii S UMÁRIO Fatores culturais, sociais e interpessoais 63 Vodu, mau-olhado e outros medos / 63 Gênero sexual / 63 Efeitos sociais sobre saúde e comportamento / 64 Incidência global dos transtornos psicológicos / 66 Desenvolvimento do ciclo de vida 66 Conclusões 68 Resumo 69 Termos-chave 69 Respostas da verificação de conceitos 70 71 O diagnóstico antes de 1980 / 90 DSM-111 e DSM-111-R / 91 DSM-IV e DSM-IV-TR / 91 DSM-5 / 92 Criando um diagnóstico/ 95 Além do DSM-5: dimensões e espectro / 97 Resumo 99 Termos-chave 99 Respostas da verificação de conceitos 99 Tipos de métodos de pesquisa 104 Estudando casos individuais / 104 Pesquisa por correlação / 105 Pesquisa por experimentação / 107 Desenhos experimentais de caso único / 109
  • 14. 5 Genética e comportamento ao longo do tempo e das culturas 112 Estudando a genética / 112 Estudando o comportamento ao longo do tempo / 116 Estudando o comportamento nas culturas / 118 Poder de um programa de pesquisa / 119 Replicação / 120 ' Etica na pesquisa / 120 Resumo 122 Tennos-chave 122 Respostas da verificação de conceitos 123 Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a trauma e a estressares e transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados 124 Acomplexidade dos transtornos de ansiedade 125 Ansiedade, medo e pânico: algumas definições / 125 Causas da ansiedade e transtornos relacionados / 127 Comorbidade dos transtornos de ansiedade e transtornos relacionados / 130 Comorbidade com transtornos físicos / 131 Suicídio / 131 Transtornos de ansiedade 132 Transtorno de ansiedade generalizada 132 Descrição clínica / 133 Estatísticas / 133 Causas / 134 Tratamento / 135 Causas / 154 Tratamento / 155 Transtornos relacionados atrauma e a estressares 157 Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) 158 Descrição clínica / 158 Estatísticas / 159 Causas / 162 Tratamento / 164 Transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados 166 Transtorno obsessivo-compulsivo 166 Descrição clínica / 166 Estatísticas / 168 Causas / 169 Transtorno de pânico e agorafobia 137 Tratamento t 110 Descrição clínica / 137 Estatísticas / 138 Causas / 141 Tratamento / 142 Fobia específica 146 Descrição clínica / 146 Estatísticas / 147 Causas / 148 Tratamento / 150 Transtorno de ansiedade social (fobia social) 151 Descrição clínica / 152 Estatísticas / 153 Transtorno dismórfico corporal 170 Cirurgia plástica e outros tratamentos médicos / 174 Outros transtornos obsessivo-compulsivos etranstornos relacionados 174 Transtorno de acumulação / 174 Tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo) etranstorno de escoriação (skin picking) / 175 Resumo 178 Termos-chave 179 Respostas da verificação de conceitos 179 S UMARIO Xiii
  • 15. 6 Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados e transtornos dissociativos 182 Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados 184 Transtorno de sintomas somáticos 184 Transtorno de ansiedade de doença 185 Descrição clínica / 186 Estatísticas / 187 Causas / 188 Tratamento / 191 Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas 192 Transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos funcionais) 192 Descrição clínica / 192 Transtornos intimamente relacionados / 193 Processos mentais inconscientes / 194 Estatísticas / 195 Causas / 196 Tratamento / 197 7 Transtornos do humor e suicídio Compreendendo e definindo transtornos do humor 217 Visão geral sobre depressão e mania / 218 Estrutura dos transtornos do humor / 219 Transtornos depressivos / 220 Critérios adicionais de definição para transtornos depressivos / 223 Outros transtornos depressivos/ 230 Transtornos bipolares / 232 Critérios adicionais de definição para transtornos bipolares / 233 Prevalência dos transtornos do humor 236 Prevalência em crianças, adolescentes e adultos mais velhos / 236 Influências do desenvolvimento do ciclo vital nos transtornos do humor / 237 Entre culturas / 238 xiv S UMÁRIO Transtornos dissociativos 198 Transtorno de despersonalização/ desrealização 199 Amnésia dissociativa 200 Transtorno dissociativo de identidade 203 Descrição clínica / 203 Características / 203 TDI pode ser simulado? / 204 Estatísticas / 206 Causas / 206 Sugestionabilidade / 207 Contribuições biológicas / 208 Memórias reais e falsas / 208 Tratamento / 210 Resumo 212 Termos-chave 212 Respostas da verificação de conceitos 212 216 Entre indivíduos criativos / 239 Causas dos transtornos do humor 240 Dimensões biológicas / 240 Estudos adicionais sobre a estrutura e o funcionamento do cérebro / 244 Dimensões psicológicas / 244 Dimensões sociais e culturais / 248 Uma teoria integrada / 251 Tratamento dos transtornos do humor 252 Medicações / 252 Eletroconvulsoterapia e estimulação magnética transcraniana / 256 Tratamentos psicológicos para depressão / 257 Tratamentos combinados para depressão / 260
  • 16. 8 9 Prevenindo a reincidência da depressão / 260 Tratamentos psicológicos para o transtorno bipolar / 261 Suicídio 263 Estatísticas / 263 Causas / 264 Fatores de risco / 265 O suicídio é contagioso? / 267 Tratamento / 267 Resumo 270 Tennos-chave 270 Respostas da verificação de conceitos 271 Transtornos alimentares e transtornos do sono-vigília 274 Principais tipos de transtornos alimentares 275 Bulimia nervosa / 277 Anorexia nervosa / 280 Transtorno de compulsão alimentar / 282 Estatísticas / 283 Causas dos transtornos alimentares 286 Dimensões sociais / 286 Dimensões biológicas / 290 Dimensões psicológicas / 290 Transtornos do sono-vigília: as principais dissonias 302 Visão geral dos transtornos do sono-vigília / 302 Transtorno da insônia / 304 Transtornos de hipersonolência / 308 Narcolepsia / 309 Transtornos do sono relacionados à respiração / 311 Transtorno do sono-vigília do ritmo circadiano / 312 Modelo integrador / 291 Tratamento dos transtornos alimentares 292 Tratamento dos transtornos do sono 313 Tratamentos médicos / 313 Tratamento com drogas / 293 Tratamentos psicológicos / 293 Prevenindo os transtornos alimentares / 296 Obesidade 297 Tratamentos ambientais / 315 Tratamentos psicológicos / 315 Prevenindo os transtornos do sono / 316 Parassonias e seus tratamentos / 316 Resumo 320 Estatísticas / 297 Termos-chave 321 Padrões de alimentação desordenada nos casos Respostas da verificação de conceitos 321 de obesidade / 298 Causas / 298 Tratamento / 299 Transtornos físicos e psicologia da saúde 324 Fatores psicológicos esociais que influenciam a saúde 325 Saúde e comportamento relacionado à saúde / 326 Natureza do estresse / 327 Fisiologia do estresse / 327 Contribuições para a resposta ao estresse / 328 Estresse, ansiedade, depressão e excitação / 329 Estresse e resposta imunológica / 330 Efeitos psicossociais sobre os transtornos físicos 333 Aids / 333 Cancer / 336 S UMARIO XV
  • 17. Problemas cardiovasculares / 338 Hipertensão / 339 Doença cardíaca coronariana / 342 Dor crônica / 345 Síndrome da fadiga crônica / 348 Tratamento psicossocial dos transtornos físicos 350 Biofeedback I 350 Relaxamento e meditação/ 351 Programa abrangente de redução do estresse e da dor / 352 Drogas e programas de redução do estresse / 353 Negação como um meio de enfrentamento / 353 Modificação de comportamentos para promoção da saúde / 354 Resumo 359 Termos-chave 359 Respostas da verificação de conceitos 360 1QDisfunções sexuais, transtornos parafílicos e disferia de gênero 364 Oque ésexualidade normal? 365 Diferenças de gênero / 367 Diferenças culturais / 369 O desenvolvimento da orientação sexual / 369 Panorama das disfunções sexuais 371 Transtornos do desejo sexual / 372 Transtornos da excitação sexual / 373 Transtornos do orgasmo / 374 Transtornos sexuais dolorosos / 376 Avaliação do comportamento sexual 378 Entrevistas / 378 Exame médico / 378 Avaliação psicofisiológica / 378 Causas etratamentos da disfunção sexual 379 Causas da disfunção sexual / 379 Tratamento da disfunção sexual / 384 Transtornos parafílicos: descrição clínica 387 Transtorno fetichista / 388 XVi S UMÁRIO Transtornos voyeurista e exibicionista / 389 Transtorno transvéstico / 389 Transtornos do sadismo sexual e do masoquismo sexual / 391 Transtorno pedofílico e incesto / 392 Transtornos parafílicos em mulheres / 393 Causas dos transtornos parafílicos / 393 Avaliação etratamento dos transtornos parafílicos 395 Tratamento psicológico / 395 Tratamento com drogas / 397 Resumo / 397 Disforia de gênero 398 Definindo a disforia de gênero / 398 Causas / 400 Tratamento / 402 Resumo 404 Tennos-chave 405 Respostas da verificação de conceitos 406 l •
  • 18. 11Transtornos relacionados a substâncias, transtornos aditivos e transtornos do controle de impulsos 410 Perspectivas sobre transtornos relacionados asubstâncias e transtornos aditivos 411 Níveis de envolvimento / 412 Temas relativos ao diagnóstico / 414 Depressores 415 Transtornos relacionados ao álcool / 415 Transtornos relacionados a sedativos, hipnóticos e ansiolíticos / 420 Estimulantes 422 Transtornos relacionados a estimulantes / 422 Transtornos relacionados ao tabaco / 426 Transtornos relacionados à cafeína / 427 Opioides 428 Transtornos relacionados a cannabis 429 Transtornos relacionados a alucinógenos 431 Outras drogas de abuso 433 12Transtornos da personalidade Visão geral dos transtornos da personalidade 457 Aspectos dos transtornos da personalidade / 457 Modelos categórico e dimensional / 458 Grupos dos transtornos da personalidade / 459 Estatísticas e desenvolvimento / 459 Diferenças de gênero / 461 Comorbidade / 462 Transtornos da personalidade em estudo / 464 Causas dos transtornos relacionados à dependência de substâncias 435 Aspectos biológicos / 435 Aspectos psicológicos / 436 Aspectos cognitivos / 437 Aspectos sociais / 438 Aspectos culturais / 439 Modelo integrador / 439 Tratamento dos transtornos relacionados asubstâncias 441 Tratamentos biológicos / 441 Tratamentos psicossociais / 443 Prevenção / 446 Transtorno do jogo 448 Transtornos docontrole de impulsos 449 Transtorno explosivo intermitente / 449 Cleptomania / 449 Piromania / 450 Resumo 451 Termos-chave 451 Respostas da verificação de conceitos 452 456 Transtornos da personalidade do grupo A 464 Transtorno da personalidade paranoide / 464 Transtorno da personalidade esquizoide / 466 Transtorno da personalidade esquizotípica / 467 Transtornos da personalidade do grupo B 469 Transtorno da personalidade antissocial / 469 Transtorno da personalidade border/ine / 477 Transtorno da personalidade histriônica / 481 Transtorno da personalidade narcisista / 483 S UMARIO xvii
  • 19. Transtornos da personalidade do grupo C 485 Transtorno da personalidade evitativa / 485 Transtorno da personalidade dependente / 486 Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva / 487 Resumo 489 Tennos-chave 490 Respostas da verificação de conceitos 490 13Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos 494 Perspectivas sobre aesquizofrenia 495 Fatores culturais 1 509 Personagens pioneiros no diagnóstico da esquizofrenia / 495 Identificando os sintomas / 496 Descrição clínica, sintomas e subtipos 498 Sintomas positivos / 498 Sintomas negativos / 501 Sintomas desorganizados / 502 Subtipos históricos da esquizofrenia / 503 Outros transtornos psicóticos / 503 Prevalência e causas da esquizofrenia 508 Estatísticas / 508 Desenvolvimento / 508 Influências genéticas / 510 Influências neurobiológicas / 512 Influências psicológicas e sociais / 516 Tratamento da esquizofrenia 518 Intervenções biológicas / 518 Intervenções psicossociais / 520 Tratamento em diferentes culturas / 523 Prevenção / 524 Resumo 525 Termos-chave 526 Respostas da verificação de conceitos 526 14Transtornos do neurodesenvolvimento 530 Visão geral dos transtornos do neurodesenvolvimento 531 O que é normal? O que é anormal? / 532 Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade 533 Transtorno específico da aprendizagem 540 Transtorno do espectro autista 545 Tratamento do transtorno do espectro autista / 549 XVÍii S UMÁRIO Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) 552 Causas / 554 Prevenção de transtornos do neurodesenvolvimento 558 Resumo 560 Termos-chave 561 Respostas da verificação de conceitos 561
  • 20. 15Transtornos neurocognitivo Perspectivas sobre os transtornos neurocognitivos 565 Delirium 566 Descrição clínica e estatísticas / 566 Tratamento / 567 Prevenção / 567 Transtornos neurocognitivos maiores e leves 568 Descrição clínica e estatíticas / 570 Transtorno neurocognitivo devido à doença de Alzheimer / 572 564 Transtorno neurocognitivo vascular / 574 Outras condições médicas que causam o transtorno neurocognitivo / 575 Transtorno neurocognitivo induzido por substância/medicamento / 579 Causas do transtorno neurocognitivo / 579 Tratamento/ 582 Prevenção / 586 Resumo 587 Termos-chave 588 Respostas da verificação de conceitos 588 16Serviços de saúde mental: questões legais e éticas 592 Perspectivas sobre leis de saúde mental 593 Restrição civil 594 Critérios para a restrição civil / 594 Mudanças procedimentais que afetam a restrição civil / 596 Uma visão panorâmica da restrição civil / 598 Custódia criminal 599 Defesa por insanidade / 599 Reações à defesa por insanidade / 600 Jurisprudência terapêutica / 601 Competência para ser julgado / 602 Dever de informação / 602 Profissionais da saúde mental como peritos / 603 Glossário 610 Referências bibliográficas 634 , lndice remissivo 735 Direitos do paciente e diretrizes para a prática clínica 604 Direito ao tratamento / 604 Direito de recusar tratamento / 605 Os direitos dos participantes em pesquisas / 605 Diretrizes para a prática clínica e prática baseada em evidências de diretrizes / 606 Conclusões 608 Resumo 608 Termos-chave 609 Respostas da verificação de conceitos 609 S UMARIO xix
  • 21.
  • 22. A ciência é uma área que está em constante evolução, mas vez ou outra algo inovador acontece e altera nossa forma de pensar. Por exemplo, os biólogos evolucionistas, que há muito supuseram que o processo de evolução era gradual, repentinamente tiveram de ajustar para os indícios que afirmam que a evolução acontece aos trancos e barrancos em resposta a eventos ambientais catastróficos, como impactos de meteoros. Do mesmo modo, a geologia foi revolucionada pela descoberta de placas tectônicas. Até pouco tempo, a ciência da psicopatologia havia sido compartimentalizada, com os psicopatologistas examinando os efeitos separados das influências psicológicas, biológicas e sociais. Essa abordagem ainda é refletida nas considerações da mídia popular que descreve, por exemplo, um gene recém-des- coberto, uma disfunção biológica (desequilíbrio químico) ou experiências no início da infância como «causas" de um trans- torno psicológico.Essa maneira de pensar ainda domina discus- sões de causalidade e tratamento em alguns livros didáticos de psicologia: "Os pontos de vista psicanalíticos desse transtorno são...;' «os pontos de vista biológicos são..." e, muitas vezes, em um capítulo separado, "as abordagens para o tratamento psica- nalítico para este transtorno são..:; "as abordagens do tratamen- to cognitivo comportamental são..:' ou "as abordagens do trata- mento biológico são...". Na primeira edição deste texto, tentamos fazer algo bem di- ferente. Achamos que a área havia avançado até o ponto em que estava pronta para uma abordagem integrada, em que as intera- ções intrincadas dos fatores biológicos, psicológicos esociaissão explicadas da maneira mais clara e convincente possível. Recen- tes e surpreendentes avanços no conhecimento confirmam essa abordagem como a única maneira viável de compreender a psi- copatologia. Para dar apenas dois exemplos, o Capítulo 2 con- tém uma descrição de um estudo demonstrando que os eventos estressantes da vida podem levar à depressão, mas que nem to- dos mostram essa resposta. Em vez disso, o estresse é mais pro- vável de causar depressão em indivíduos que já carregam deter- minado gene que influencia a serotonina nas sinapses cerebrais. Do mesmo modo, o Capítulo 9 descreve como a dor da rejeição social ativa os mesmos mecanismos neurais no cérebro que a dor fisica. Além disso, toda a seção sobre genética foi reescrita para destacar a nova ênfase na interação gene-ambiente, junto do pensamento recente dos principais geneticistas comporta- mentais, de que o objetivo de fundamentar a classificação dos transtornos psicológicos na base sólida da genética é fundamen- talmente falho. As descrições da área emergente da epigenética, ou a influência do ambiente na expressão genética, também são tecidas no capítulo, juntamente com novos estudos sobre a ca- pacidade aparente dos ambientes extremos em se sobrepor aos efeitos das contribuições genéticas. Os estudos que elucidam os mecanismos da epigenética ou especificamentecomo os eventos ambientais influenciam a expressão genética são descritos. Esses resultados confirmam a abordagem integrada nes- te livro: os transtornos psicológicos não podem ser explicados apenas por fatores genéticos ou ambientais, mas surgem de sua interação. Agora compreendemos que os fatores psicológicos e sociais afetam diretamente a função neurotransmissora, e até mesmo a expressão genética. Dessa forma, não podemos estudar os processos comportamentais, cognitivos ou emocionais sem apreciar a contribuição dos fatores biológicos esociais para a ex- pressão psicológica e psicopatológica. Em vez de compartimen- talizar a psicopatologia, usamos uma abordagem mais acessível que reflete precisamente o estado atual de nossa ciência clínica. Como colegas, você sabe que compreendemos alguns trans- torno melhor do que os outros.Mas esperamos que você compar- tilhe nossa empolgação em transmitir aos alunos o quejásabemos sobre as causas e os tratamentos da psicopatologia e o quão longe ainda temos de ir para compreender essas interações complexas. Abordagem integrada Como observado anteriormente, a primeira edição de Psicopa- tologia foi a pioneira de uma nova geração de livros didáticos sobre psicologia anormal, o que oferece uma perspectiva in- tegrada e multidimensional. (Reconhecemos tais abordagens unidimensionais biológicas, psicossociais e sobrenaturais como tendências históricas.) Incluímos evidências substanciais atuais das influências recíprocas da biologia e do comportamento e das influências psicológicas e sociais na biologia. Nossos exemplos prendem a atenção do aluno; por exemplo, discutimos as con- tribuições genéticas para o divórcio, os efeitos da precoce expe- riência social e comportamental na função e estrutura cerebral posterior, novas informações sobre a relação das redes sociais com o resfriado comum, e os novos dados sobre os tratamen- tos psicossociais para o câncer. Observamos que, no fenômeno da memória implícita e na visão cega, que podem ter paralelos em experiências dissociativas, a ciência psicológica verifica a existência do inconsciente (embora ele não se assemelhe muito com o caldeirão fervente de conflitos imaginados por Freud). Apresentamos novas evidências que confirmam os efeitos dos tratamentos psicológicos no fluxo neurotransmissor e na fun- ção cerebral. Reconhecemos a área muitas vezes negligenciada da teoria da emoção por suas ricas contribuições para a psico- patologia (p. ex., os efeitos da raiva na doença cardiovascular). Tecemos os achados científicos a partir do estudo das emoções junto com as descobertas comportamentais, biológicas, cogni- tivas esociais para criar uma tapeçaria integrada da psicologia. Influências do desenvolvimento do ciclo vital Nenhum ponto de vista moderno da psicopatologia pode ig- norar a importância dos fatores do desenvolvimento do ciclo de vidana manifestação e tratamento da psicopatologia. Os es- tudos que destacam as janelas do desenvolvimento para a in- fluência do ambiente na expressão genética são explicadas. Do mesmo modo, embora incluamos um capítulo sobre Transtor- nos do Neurodesenvolvimento (Capítulo 14), consideramos a importância do desenvolvimento por todo o texto; discutimos a xxi
  • 23. ansiedade infantil e geriátrica, por exemplo, no contexto do capí- tulo "Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados aTrawna e a estressores e transtornos obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados''. Esse sistema de organização, que é em grande parte consistente com o DSM-5, ajuda os alunos a perceber a necessida- de de estudar cada transtorno desde a infância, passando pela vida adulta, até a velhice. Destacamos achados sobre asconsiderações do desenvolvimento em seções separadas de cada capítulo de transtor- no e, conforme apropriado, discutimos de que maneiras específicas os fatores do desenvolvimento afetam a causa e o tratamento. Abordagem do pesquisador clínico Estendemo-nos um pouco para explicar por que a abordagem do pesquisador clínico para a psicopatologia é tanto prática quanto ideal. Como a maioria de nossos colegas, vemos isso como algo mais do que a simples constatação da maneira que as descobertas científicas se aplicam à psicopatologia. Mostra- mos como cada clinico contribui com o conhecimento científi- co geral por meio de observações clinicas astutas e sistemáticas, análises funcionais dos estudos de caso individuais e observa- ções sistemáticas das séries dos casos em contextos clínicos. Por exemplo, explicamos como as informações sobre os fenômenos dissociativos, fornecidas por teóricos psicanalíticos de antiga- mente, permanecem relevantes ainda hoje. Também descre- vemos os métodos formais usados por pesquisadores clínicos, mostrando como os projetos da pesquisa abstrata são realmente implantados nos programas de pesquisa. Casos clínicos de pessoas reais Enriquecemos o livro com histórias clinicas autênticas para ilustrar os achados científicos sobre as causas e o tratamento da psicopatologia. Ambos gerenciamos clínicas ativas há anos, por- tanto, 95% dos casos são de nossos próprios arquivos, e eles pro- porcionam um quadro fascinante de referência para os achados que descrevemos. Os inícios da maioria dos capítulos incluem uma descrição do caso, e a maior parte da discussão da última teoria e pesquisa está relacionada a esses casos bastante humanos. Transtornos em detalhes Cobrimos a maioria dos transtornos psicológicos em 11 capí- tulos, concentrando-nos nas três maiores categorias: descrição clínica, fatores causais e tratamento e resultados. Damos aten- ção considerável aos estudos de caso e aos critérios do DSM-5, e incluímos dados estatísticos, como as taxas de prevalência e incidência, proporção entre os gêneros, idade de início e o curso geral ou o padrão para o transtorno como um todo. Desde que um de nós (DHB) foi nomeado conselheiro para a força-tarefa do DJ1S-5, pudemos incluir as razões para as mudanças, assim como as mudanças em si. Do começo ao fim, exploramos como as dimensões biológica, psicológica e social podem interagir e causar wn transtorno em particular. Por fim, abordando o tra- tamento e os resultados no contexto de transtornos específicos, oferecemos um sentido realístico da prática clínica. Tratamento Uma das inovações mais bem recebidas nas primeiras seis edições norte-americanas foi nossa discussão sobre os tratamentos no lCXÍÍ PR, FÁCIO mesmo capitulo que os próprios transtornos, em vez de o fazer- mosem umcapítulo separado, uma abordagem que éapoiadapelo desenvolvimento de procedimentos de tratamento psicossocial e farmacológico específicos para cada transtorno. Mantivemos esse formato integrado e o melhoramos, e incluímos os procedimentos do tratamento nos termos-chave e no glossário. Questões legais e éticas Em nosso capítulo de encerramento, integramos muitas das abordagens e temas que foram discutidos por todo o livro. In- cluímos os estudos de caso de pessoas que estiveram envolvidas diretamente em muitas questões legais e éticas e com o ofereci- mento de serviços de saúde mental. Também proporcionamos um contexto histórico para as perspectivas atuais de modo que os alunos possam compreender os efeitos das influências sociais e culturais nas questões legais e éticas. Diversidade Questões de cultura e gênero são integrantes do estudo da psico- patologia.Do início ao fim do texto, descrevemos o pensamento atual em relação a quais aspectos dos transtornos são cultural- mente específicos e quais são universais, e em relação a fortes e às vezes enigmáticos efeitos dos papéis de gênero. Por exemplo, discutimos as informações atuais em tópicos como a diferen- ça de gênero na depressão, como os transtornos de pânico são expressos de maneira diferente em várias culturas asiáticas, as diferenças éticas nos transtornos alimentares, o tratamento da esquizofrenia entre culturas distintas e as diferenças diagnósti- cas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) em garotos e garotas. Evidentemente, nosso campo crescerá em profundidade e em detalhes à medida que esses assuntos e ou- tros se tornarem tópicos padrões de pesquisa. Por exemplo, por que alguns transtornos afetam sobretudo as mulheres e outros aparecem predominantemente nos homens? E por que essa ob- servação às vezes muda de uma cultura para outra? Para res- ponder a questões como essas, mantemo-nos muito próximos da ciência, enfatizando que gênero e cultura são cada um uma dimensão entre as diversas que constituem a psicopatologia. Novidades desta edição Atualização completa Esse estimulante campo do saber muda a passos largos, e temos particular orgulho de, com nosso livro, mostrar a maioria dos recentes avanços. Por conseguinte, uma vez mais, cada capítu- lo foi cuidadosamente revisado para refletir as mais recentes pesquisas no campo dos transtornos psicológicos. Centenas de novas referências de 2011 a 2013 (e algumas ainda "no prelo'') aparecem pela primeira vez nesta edição, e algwnas das infor- mações que elas nos trazem aturdem a imaginação. Materiais não essenciais foram eliminados, alguns tópicos foram acres- centados e os critérios do DSM-5 foram incluídos integralmente como tabelas nos capítulos específicos sobre transtornos. "Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a trau- ma e a estressores e transtorno obsessivo-compulsivo e trans- tornos relacionados'' (Capítulo 5), "Transtornos do humor e suicídio" (Capítulo 7), "Transtornos alimentares e transtornos do sono-vigília'' (Capítulo 8), "Transtornos flsicos e psicologia
  • 24. da saúde" (Capítulo 9), "Transtornos relacionados a substân- cias, transtornos aditivos e transtornos do controle de impulsos" (Capítulo 11), "Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos" (Capítulo 13) e "Transtornos do neurodesenvolvi- mento" (Capítulo 14) foram os mais revisados para refletirem a nova pesquisa, porém todos os capítulos foram significativa- mente atualizados e inovados. O Capítulo l, "Comportamento anormal no contexto his- tórico'; contém a nomenclatura atualizada para refletir os no- vos títulos no DSM-5, descrições atualizadas da pesquisa sobre mecanismos de defesa e descrições mais completas e profundas do desenvolvimento histórico das abordagens psicodinâmica e psicanalítica. O Capítulo 2, "Uma abordagem integrada da psicopatologia~ inclui uma discussão atualizada dos desenvolvimentos no estudo dos genes e do comportamento com foco na interação gene-am- biente; novos dados ilustrando o modelo da correlação gene- -ambiente; informações atualizadas sobre a área de rápido de- senvolvimento da genética foram acrescentadas; novos estudos ilustrando a influência psicossocial na estrutura e função cere- brais no geral e no sistema neurotransmissor, especificamente; novos estudos ilustrando as influências psicossociais no desen- volvimento da estrutura e função cerebrais; seções atualizadas, revisadas e inovadas sobre a ciência cognitiva e comportamen- tal incluindo novos estudos ilustrando a influência da psicolo- gia positiva na saúde mental e na longevidade; novos estudos que apoiam a forte influência das emoções, sobretudo raiva, na saúde cardiovascular; novos estudos ilustrando a influência do gênero na apresentação e no tratamento da psicopatologia; uma variedade de novos estudos poderosos que confirmam os fortes efeitos sociais na saúde e no comportamento; e novos estudos que confirmam o fenômeno intrigante da "migração" resultando em uma prevalência maior de esquizofrenia dentre os indivídu- os que vivem em áreas urbanas. O Capítulo 3, "Avaliação clínica e diagnóstico~ agora apre- senta referências à "deficiência intelectual" em vez de "retardo mental", para ser consistente com o DSM-5 e com as mudan- ças na área; uma nova discussão sobre como as informações do MMPI-2 - apesar de informativas - não necessariamente mu- dam como os pacientes são tratados e podem não melhorar seus resultados (Lima et ai., 2005); urna descrição da organização e da estrutura do DSM-5 junto com as principais mudanças em relação ao DSM-IV; uma descrição dos métodos para coordenar o desenvolvimento do DSM-5 com a próxima CID 11; e uma descrição das possíveis direções da pesquisa à medida que co- meçamos a caminhar em direção ao DSM-6. No Capítulo 4, "Métodos de pesquisa'; um novo exemplo de como os cientistas comportamentais desenvolvem hipóte- ses de pesquisa é apresentado, assim como urna nova discussão cautelosa sobre o massacre de Virginia Tech na seção sobre o método do estudo do caso, e um novo exemplo de desenhos lon- gitudinais que visam como o uso de palmadas prediz problemas comportamentais posteriores em crianças (Gershoff, Lansford, Sexton, Davis-Kean, &Sameroff, 2012). O Capítulo 5, agora intitulado "Transtornos de ansiedade, transtornos relacionados a trauma e a estressores e transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados'; foi reorgani- zado de acordo com os três grupos principais de transtornos. Dois novos transtornos (transtorno de ansiedade de separação e mutismo seletivo) são apresentados, e aseção "Transtornos rela- cionados a trauma e a estressores" inclui não apenas o transtorno de estresse pós-traumático e o transtorno de estresse agudo, como também o transtorno de adaptação e os transtorno de apego rea- tivo. O novo agrupamento final, "Transtorno obsessivo-compul- sivo e transtornos relacionados~ inclui não apenas o transtorno obsessivo-compulsivo, como também o transtorno dismórfico corporal, o transtorno de acumulação, e, por fim, tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo) e transtorno de escoriação (skin- ·picking). Outras revisões para o Capítulo 5 incluem o seguinte: • Descrições atualizadas da natureza da ansiedade, medo e pànico, e um modelo etiológico integrado da ansiedade e dos transtornos relacionados; • Informações atualizadas sobre as relações da ansiedade e transtornos relacionados com o suicídio; • Uma descrição das modificações para os tipos de ata- ques de pânico, que foram reduzidos de três para dois no DSM-5; • Discussão atualizada sobre o transtorno de ansiedade, um dos poucos transtornos em que não incorreram mudanças nos critérios diagnósticos no DSM-5; • Informações atualizadas sobre a descrição, etiologia e tratamento para a fobia específica e transtorno de an- siedade social; • Discussão atualizada sobre os transtorno obsessivo- -compulsivo e transtornos relacionados, incluindo des- crição, estatísticas, etiologia e tratamento para TOC; • Discussão acrescentada sobre o transtorno dismórfico corporal, que foi reposicionado dos transtornos soma- toformes, assim como a fundamentação da força-tarefa do DSM-5 para fazer essa mudança; • Descrição atualizada e mais detalhadasobre o transtor- no de acumulação, pensado anteriormente como urna variação do TOC, mas agora com seu próprio status como um transtorno separado no DSM-5; • Discussão reorganizada da tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo) e transtorno de escoriação (skin- ·picking), anteriormente localizada sob os transtornos do controle de impulsos no DSM-IV, mas reposicionada em função das similaridades com o transtorno obsessivo- -compulsivo e transtornos relacionados no DSM-5. O agrupamento dos transtornos do Capítulo 6, agora intitu- lado "Transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacio- nados e transtornos dissociativos'; reflete urna grande mudança abrangente, sobretudo para o transtorno de sintomas somáti- cos, transtorno de ansiedade de doença e fatores psicológicos que afetam outras condições médicas. Além disso, o Capítulo 6 agora tem uma atualização para os transtornos de sintomas so- máticos específicos de uma cultura; discussões atualizadas sobre as causas e o tratamento dos transtornos de sintomas somáticos; discussão atualizada sobre o transtorno conversivo e seu novo subtítulo "transtorno de sintomas neurológicos funcionais"; uma descrição completa da reorganização dos transtornos dissociativos; nova discussão sobre a conceitualização do transtorno de desper- sonalização, que agora é conhecido como transtorno de desperso- nalização/desrealização, como uma condição que abrange ambos os tipos de fenômenos dissociativos; novas definições da amnésia PREFÁCIO l(J(jjj
  • 25. dissociativa, que agora abrange os estados de fuga dissociativa; e discussão atualizada do transtorno dissociativo de identidade (TDI), incluindo novas informações sobre as características de personalidade associadas ao desenvolvimento do transtorno e a incorporação dos estados de possessão na definição deste transtorno. O Capítulo 7, "Transtornos do humor e suicídio''. é comple- tamente consistente com o DSM-5 e agora inclui uma descrição completa dos novos transtornos do humor do DSM-5, como o transtorno disruptivo da desregulação do humor e transtorno disfórico pré-menstrual, uma descrição completa da nova ênfase na cronicidade dos transtornos do humor, a criação do transtor- no depressivo persistente como uma grande nova classificação dos transtornos do humor, e os últimos desenvolvimentos sobre transtornos do humor e prevenção de suicídio. Completamente reescrito e atualizado, o Capítulo 8, "Trans- tornos alimentares e transtornos do sono-vigília~ contém novas informações sobre as taxas de mortalidade na anorexia nervo- sa; novas informações epidemiológicas sobre a prevalência dos transtornos alimentares em adolescentes; novas informações sobre a globalização crescente dos transtornos alimentares e obesidade; informações atualizadas sobre os padrões típicos de comorbidade que acompanha os transtornos alimentares; e no- vas e atualizadas pesquisas sobre as mudanças na incidência dos transtornos alimentares entre homens, diferenças étnicas e ra- ciais sobre a imagem corporal e ideal de magreza associados aos transtornos alimentares, o papel das amizades na etiologia dos transtornos alimentares, mães com transtornos alimentares que também restringem a ingestão de alimentos dos seus filhos, a contribuição dos pais e fatores da família na etiologia dos trans- tornos alimentares, contribuições biológicas e genéticas para as causas dos transtornos alimentares, o tratamento transdiagnós- tico aplicável a todos os transtornos alimentares, os efeitos da combinação de Prozac com TCC no tratamento de transtornos alimentares, diferenças étnicas e raciais em pessoas com trans- torno da compulsão alimentar em busca de tratamento, e o fe- nômeno da síndrome da alimentação noturna e seu papel no desenvolvimento da obesidade. A cobertura realinhada dos transtornos do sono-vigília, também no Capítulo 8, com novas informações sobre o sono em mulheres - incluindo os fatores de risco e protetores - uma seção atualizada sobre narcolepsia para descrever novas pesqui- sas sobre as causas desse transtorno, e novas pesquisas sobre a natureza e o tratamento de pesadelos agora estão incluídos. No Capítulo 9, "Transtornos físicos e psicologia da saóde~ trouxemos dados atualizados sobre as principais causas de mor- te nos Estados Unidos; uma revisão da profundidade crescente do conhecimento sobre a influência dos fatores sociais e psico- lógicos nas estruturas e função cerebrais; novos dados sobre os efeitos positivos da redução dos sintomas depressivos na sobre- vida de pacientes com câncer de mama metastático; uma revisão atualizada sobre os desenvolvimentos relativos a causas e tra- tamento da dor crônica; informações atualizadas eliminando o vírus XMRV como uma possível causa da síndrome da fadiga crônica; e revisão atualizada dos procedimentos psicológicos e comportamentais para prevenção de danos. No Capítulo 10, "Disfunções sexuais, transtornos parafíli- cos e disforia de gênero~ uma organização revisada que reflete o fato de os transtornos parafílicos e a disforia de gênero estarem xxiv PR, FÁCIO em capítulos separados no DSM-5, e o transtorno da disforia de gênero não é, certamente, um transtorno sexual, mas um trans- torno que reflete incongruência entre o sexo natal e o gênero expresso, além de outras revisões importantes - novos dados sobre as mudanças do desenvolvimento no comportamento se- xual desde a idade da primeira relação sexual, até a prevalência e frequência do comportamento sexual na idade avançada; novos relatórios contrastando diferentes atitudes e envolvimentos na atividade sexual das distintas culturas, mesmo dentro da Amé- rica do Norte; informações atualizadas sobre o desenvolvimento da orientação sexual; e uma descrição completamente atualizada da disforia de gênero com ênfase nas conceitualizações emer- gentes da expressão de gênero que estão em um continuum. O Capítulo 1Otambém inclui informações atualizadas sobre os fatores que contribuem para a disforia de gênero, assim como as óltimas recomendações sobre as opções de tratamento (ou de não tratar) para a não conformidade de gênero em crianças, uma descrição completa dos transtornos do desenvolvimento sexual (anteriormente chamado de intersexualidade) e uma des- crição completamente reformulada dos transtornos parafílicos para refletir o sistema atualizado da classificação com uma dis- cussão da controversa mudança no nome desses transtornos de parafilia para transtornos parafílicos. Um Capítulo 11 completamente revisado, "Transtornos rela- cionados a substâncias, transtornos aditivos etranstornos do con- trole de impulsos~ contém nova discussão se como a tendência de misturar bebidas energéticas cafeinadas ao álcool pode aumentar a probabilidade de abuso de álcool posterior; nova pesquisa so- bre o uso crônico de MDMA ("Ecstasy") levando a problemas de memória duradouros (Wagner, Becker, Koester, Gouzoulis-May- frank, & Dauamnn, 2013); e nova pesquisa sobre os diversos fa- tores que predizem o uso de álcool precoce, incluindo quando os melhores amigos começam a beber, se os familiares estão em risco de dependência de álcool e a presença de problemas de comporta- mento nessas crianças (Kuperman et ai., 2013). O Capítulo 12, "Transtornos da personalidade~ agora con- tém uma seção completamente nova sobre diferenças de gênero para refletir análises mais novas e sofisticadas dos dados de pre- valência, e uma nova seção sobre criminalidade e transtorno da personalidade antissocial agora foi revisada para refletir melhor as mudanças no DSM-5. O Capítulo 13,"Espectro da esquizofrenia e outros transtor- nos psicóticos''. apresenta uma nova discussão do transtorno do espectro da esquizofrenia e a queda dos subtipos da esquizofre- nia no DSM-5; novas pesquisas sobre os déficits na compreensão da prosódia emocional e seu papel nas alucinações auditivas (Al- ba-Ferrara, Fernyhough, Weis, Mitchell, & Hausmann, 2012); uma discussão sobre um novo transtorno psicótico proposto sugerido no DSM-5 para mais estudos - síndrome de psicose atenuada - ; e uma nova discussão do uso da estimulação mag- nética transcraniana. No Capítulo 14, os "Transtornos do neurodesenvolvimento'' são apresentados, e não os "Transtornos globais do desenvolvi- mento''. para manter a consistência com as principais mudanças no DSM-5. Além disso, o Capítulo 14 agora descreve uma nova pesquisa para mostrar que a interação gene-ambiente pode levar a problemas de comportamento posteriores em crianças com TDAH (Thapar, Cooper, Jefferies, & Stergiakouli, 2012; Thapar et ai., 2005); nova pesquisa sobre TDAH (e sobre outros trans-
  • 26. tornos) que está descobrindo que em muitos casos as mutações ocorrem criando cópias extras de um gene em um cromossomo ou resultando na deleção dos genes (chamado de variação no número de cópias - CNVs) (Elia et ai., 2009; Lesch et ai.,2010); e novos achados de pesquisa que mostram uma variedade de mu- tações genéticas, incluindo os transtornos "de novo" (mutações genéticas que ocorrem no espermatozoide, no óvulo ou após a fertilização) que estão presentes naquelas crianças com defici- ência intelectual (DI) de origem anteriormente desconhecida (Rauch et ai., 2012). O Capítulo 15, agora chamado "Transtornos neurocogniti- vos'; contém descrições da pesquisa de avaliação da atividade cerebral (fMRI) em indivíduos durante episódios ativos de de- lfrium, assim como após esses episódios; dados do estudo Eins- tein Aging com relação à prevalência de um novo transtorno no DSM-5, transtorno neurocognitivo leve (Katz et ai., 2012); e uma nova discussão sobre novos transtornos neurocognitivos (p. ex., transtorno neurocognitivo com corpos de Lewy, ou devi- do à doença do prion). E o Capítulo 16, "Serviços de saúde mental: questões legais e éticas'; apresenta uma breve, porém nova discussão sobre a recente tendência atual para fornecer ao indivíduo o tratamen- to emergencial necessário chamado tratamento ambulatorial assistido por ordem judicial (TAA, ou AOT da sigla em inglês) para evitar a reclusão em uma clínica de saúde mental (Nunley, Nunley, Cutleh, Dentingeh, & McFahland, 2013); uma nova discussão de uma grande metanálise mostrando que as ferra- mentas de avaliação de risco atuais são melhores em identificar as pessoas com baixo risco de serem violentas, mas é apenas marginalmente bem-sucedida em detectar com precisão quem será violento posteriormente (Fazei, Singh, Doll, & Grann, 2012); e uma seção atualizada sobre normas jurídicas sobre a medicação involuntária. Novos recursos Além das mudanças destacadas anteriormente, acrescentamos três novos recursos à 7• edição: • O novo Resultados finais de assimilação do conteúdo pelo aluno no início de cada capítulo auxilia os instruto- res a avaliar e mapear com precisão as questões em todo o capítulo. Os resultados são mapeados para as metas centrais da American Psychological Association e são integrados em todo o programa de recursos e testes do instrutor; • Em cada capítulo sobre transtorno há um novo recurso chamado de Controvérsias do DSM,que discute algumas das decisões contenciosas e árduas feitas no processo de criação do DSM-5. Os exemplos incluem a criação de novos, e às vezes controversos, transtornos que apare- cem pela primeira vez no DSM-5, como o transtorno disfórico pré-menstrual, o transtorno da compulsão alimentar e o transtorno disruptivo da desregulação do humor. Outro exemplo é remover o "lutd' dos critérios de exclusão para o diagnóstico do transtorno depressi- vo maior, de modo que alguém pode ser diagnosticado com depressão maior mesmo que o disparador tenha sido a morte de um ente querido. Por fim, a alteração do título do capítulo sobre "parafilia'' para "transtornos parafilicos" implica que os padrões parafílicos de exci- tação sexual, como pedofilia, não são transtornos por si só, mas apenas se tornam transtornos se causarem com- prometimento ou dano a outros. D _ S_M~Y•..D_ S_M~Y-=.Ill_eJ)_ SM-_ ..______ Muito tem sido falado sobre a mistura de considerações po- líticas e científicas que resultaram no DSM-5, e naturalmente temos nossas próprias opiniões. {DHB teve a interessante ex- periência de estar na força-tarefa para o DSM-IV e foi conse- lheiro para a força-tarefa do DSM-5.) Psicólogos muitas vezes preocupam-se com os "problemas territoriais" que o padrão nosológico em nossa área - para o melhor ou para o pior - se tornou, e com razão: nas edições anteriores do DSM, achados científicos às vezes deram lugar a opiniões pessoais. Para o DSM- ·IV e o DSM-5, no entanto, a maioria dos viéses profissionais foram deixados de lado enquanto a força-tarefa debateu quase que incessantemente os dados. Esse processo produziu sufi- cientes novas informações para preencher qualquer jornal de psicopatologia por um ano com revisões integrativas, re-aná- lises de bases de dados existentes e novos dados das pesquisas de campo. Do ponto de vista acadêmico, o processo foi tanto estimulante quanto exaustivo. Este livro contém destaques de diversos debates que criaram a nomenclatura, assim como as atualizações recentes.Por exemplo, além das controvérsias des- critas acima, resumimos e atualizamos os dados e a discussão sobre o transtorno disfórico pré-menstrual, que foi designado como um novo transtorno no DSM-5, e transtorno misto de ansiedade-depressão, um transtorno que não se encaixava nos critérios finais. Os alunos podem observar, assim, o processo de se fazer um diagnóstico, bem como a combinação de dados e a inferência que faz parte deles. Também discutimos o intenso e contínuo debate sobre as abordagens categoriais e dimensionais para a classificação. Des- crevemos alguns dos acordos que a força-tarefa fez para acomo- dar os dados, como o porquê de as abordagens dimensionais aos transtornos da personalidade não estarem no DSM-5, e o motivo pelo qual a proposta em fazê-lo foi rejeitada no último minuto e incluída na Seção III em "Condições para Estudos Posteriores'; apesar de quase todos concordarem que esses transtornos não deveriam ser categoriais, mas, sim, dimensionais. Prevenção Olhando para o futuro da psicopatologia como uma área, pa- rece que a nossa capacidade de prevenir os transtornos psico- lógicos poderia ajudar muitas pessoas. Embora isso tenha sido, por longo tempo, objetivo de muitos, agora estamos no limiar de uma nova era para a pesquisa sobre prevenção. Cientistas de todo o mundo estão desenvolvendo metodologias e técnicas que possam nos oferecer, de maneira mais duradoura, formas de interromper a ação debilitante do custo emocional causado pelos transtornos relatados neste livro. Entretanto, realçamos os esforços cruciais de prevenção - como a prevenção de trans- tornos alimentares, suicídio e problemas de saúde, incluindo o HIV e lesões - em capítulos específicos, uma maneira de celebrar esses importantes avanços e estimular todos os que estão ligados a esse campo de conhecimento a continuar esse importante trabalho. PREFÁCIO XXV
  • 27. Características mantidas Resumos visuais No final de cada capítulo sobre transtorno,há uma página dupla de uma visão global que resume suscintamente causas, desen- volvimento, sintomas e tratamento de cada um dos transtornos abordados. Nossa abordagem integrada é evidente nesses dia- gramas, que mostram a interação dos fatores biológico, psicoló- gico e social na etiologia e no tratamento dos transtornos. Os re- sumos visuais irão ajudar os instrutores a encerrar as discussões, e os alunos irão apreciá-las como auxílios de estudo. Pedagogia Cada capítulo contém diversas "Verificações de conceito'; que permitem que os alunos verifiquem sua compreensão em inter- valos regulares. As respostas estão listadas no final de cada capí- tulo juntamente de um "Resumo'' mais detalhado; os "Termos- -chave" estão listados na ordem que aparecem no texto e, assim, formam uma espécie de esboço que os alunos podem estudar. Agradecimentos Por fim, este livro, em todas as suas edições, não teria sido ini- ciado e certamente não teria sido concluído sem a inspiração e a coordenação de nossos editores sêniores na Cengage, Jaime Perkins e Tim Matray, que sempre mantiveram-se atentos ao jogo. Uma nota de agradecimento especial para a editora de desenvol- vimento sênior Tangelique Williarns-Grayer e sua atenção para os detalhes e organização. O livro é muito melhor por seus esforços. Esperamos trabalhar com você em muitas edições posteriores. Apreciamos a experiência das gerentes de marketing Melissa Lar- mon e Jennifer Levanduski. Mary Noel fez um trabalho incrível nos produtos de mídia. Paige Leeds e Nicole Richards trabalha- ram duro, foram animadas e organizadas do começo ao fim. No processo de produção, muitas pessoas trabalharam tão arduamente quanto nós para concluir este projeto. Em Boston, Amantia Ametaj, Hannah Boettcher e Jade Wu foram de grande auxílio na integração de uma imensa quantidade de novas infor- mações para cada capítulo. Sua habilidade em encontrar refe- rências ausentes e rastrear informações foi notável, e Hannah e Jade reuniram um complemento extremamente útil detalhando todas as mudanças nos critérios diagnósticos do DSM-IVpara o DSM-5 em um formato simples e fácil de ler. É pouco dizer que não teríamos conseguido sem vocês. Em St. Petersburg, o pro- fissionalismo e a atenção aos detalhes de Marly Sadou e Ashley Smith ajudaram a atenuar muito esse processo. Em Wadsworth/ Cengage, Vernon Boes orientou o design até o último detalhe. Michelle Clark coordenou todos os detalhes de produção com graça sob pressão. Para a gerente de produção Kelly Boutross da Graphic World Inc. e para o editor de cópia Tom Klonoski, va- mos dizer que sua atenção aos detalhes coloca o pessoal do CSI no chinelo. Agradecemos à Priya Subbrayal por seu comprome- timento em localizar as melhores fotos possíveis. Inúmeros colegas e alunos forneceram umfeedback soberbo sobre as edições anteriores, e a eles expressamos nossa mais pro- funda gratidão. Embora nem todos os comentários tenham sido favoráveis, todos foram importantes. Os leitores que reservam um tempo para comunicar suas ideias oferecem a maior recom- pensa aos escritores e estudiosos. xxvi PR, FÁCIO Por fim, você compartilha conosco a tarefa de comunicar o conhecimento e as descobertas no estimulante campo da psico- patologia, um desafio que nenhum de nós empreende sem uma boa razão. Dentro do espírito da universidade, agradeceríamos imensamente seus comentários sobre o assunto e sobre o estilo deste livro, bem como recomendações para melhorá-lo no futuro. Revisores.______________ A criação deste livro foi estimulante e exaustiva, e não teríamos conseguido sem a assistência valiosa de colegas que leram um ou mais capítulos e fizeram comentários críticos extraordina- riamente perceptivos, corrigiram erros, apontaram as informa- ções relevantes e, na época, ofereceram novos insights que nos ajudaram a alcançar o modelo bem-sucedido e integrativo de cada transtorno. Agradecemos os seguintes revisores da 7ª edição: Dale Alden, Lipscomb University; Evelyn Behar, University of Illinois-Chicago; Sarah D'Elia, George Mason University; Janice Farley, Brooklyn College, CUNY; Aubyn Fulton, Pacific Union College; James Jordan, Lorain County Community College;Eli- zabeth Lavertu, Burlington County College; Amanda Sesko, University ofAlaska, Southeast. Também agradecemos os revisores das edições anteriores: Kerm Almos, Capital University; Frank Andrasik, University of Memphis; Robin Apple, Stanford University Medical Center; Barbara Beaver, University ofWisconsin; James Becker, Univer- sity of Pittsburgh; Dorothy Bianco, Rhode Island College Sarah Bisconer, College of William & Mary; Susan Blumenson, City University ofNew York, John Jay College ofCriminal Justice; Ro- bert Bornstein, Adelphi University; James Calhoun, University of Georgia; Montie Campbell, Oklahoma Baptist University; Robin Campbell, BrevardCommunity College; Shelley Carson, Harvard University; Richard Cavasina, California University of Pennsyl- vania; Antonio Cepeda-Benito, Texas A&M University; Kristin Christodulu, State University of New York-Albany; Bryan Co- chran, University ofMontana; Julie Cohen, University ofArizona; Dean Cruess, University ofConnecticut;Robert Doan, University ofCentral Oklahoma; Juris Draguns, Pennsylvania State Univer- sity; Melanie Duckworth, University ofNevada, Reno; Mitchell Earleywine, State University ofNew York-Albany; Chris Eckhardt, Purdue University; Elizabeth Epstein, Rutgers University; Do- nald Evans, University of Otago; Ronald G. Evans, Washburn University; Anthony Fazio, University of Wisconsin-Milwaukee; Diane Finley, Prince George's Community College; Allen Fran- ces, Duke University; Louis Franzini, San Diego State University; Maximillian Fuhrmann, California State University-Northridge; Noni Gaylord-Harden, Loyola University-Chicago; Trevor Gil- bert, Athabasca University; David Gleaves, University ofCanter- bury; Frank Goodkin, Castleton State College; Irving Gottesman, University ofMinnesota; Laurence Grimm, University ofIllinois- -Chicago; Mark Grudberg, Purdue University; Marjorie Hardy, Eckerd College; Keith Harris, Canyon College; Christian Hart, Texas Women's University;William Hathaway, Regent University; Brian Hayden, Brown University; Stephen Hinshaw, University of California, Berkeley;Alexandra Hye-Young Park, Humboldt Sta- te University; William Iacono, University ofMinnesota; Heidi ln-
  • 28. derbitzen-Nolan, University ofNebraska-Lincoln;Thomas Jackson, University ofArkansas;KristineJacquin, Mississippi State Univer- sity; BoazKahana, ClevelandState University;ArthurKaye, Virgí- nia Commonwealth University;Christopher Kearney, University ofNevada-Las Vegas;Ernest Keen, Bucknell University; Elizabeth Klonoff, San Diego State University; Ann Kring, University ofCa- lifornia, Berkeley; Marvin Kumler, Bowling Green State Univer- sity; Thomas Kw·apil, University of North Carolina-Greensboro; George Ladd, Rhode Island College; Michael Lambert, Brigham Young University; Travis Langley, Henderson State University; Christine Larson, University of Wisconsin-Milwaukee; Cynthia Ann Lease, VA Medical Center, Salem, VA; Richard Leavy, Ohio Wesleyan University; Karen Ledbetter, Portland State University; Scott Lilienfeld, Emory University; Kristi Lockhart, Yale Univer- sity; Michael Lyons, Boston University; Jerald Marshall, Valen- cia Community College; Janet Matthe,vs, Loyola University-New Orleans;Dean McKay, Fordham University;Mary McNaughton- -Cassill, University ofTexas atSanAntonio;SuzanneMeeks, Uni- versity ofLouisville; Michelle Menvin, University ofTennessee- ·Martin; Thomas Miller, Murray State University; Scott Monroe, University ofNotre Dame;Greg Neimeyer, University ofFlorida; Sumie Okazaki, New York University;John Otey, South Arkan- sas University; Christopher Patrick, University of Minnesota; P. B. Poorman, University of Wisconsin-Whitewater; Katherine Presnell, Southern Methodist University;Lynn Rehm, University of Houston; Kim Renk, University ofCentral Florida;Alan Ro- berts, Indiana University-Bloomington; Melanie Rodriguez, Utah State University; Carol Rothman, City University ofNew York, Herbert H. Lehman College; Steve Schuetz, University ofCentral Oklahoma; Stefan Schulenberg, University of Mississippi; Paula K. Shear, University ofCincinnati; Steve Saiz, State University of New York-Plattsburgh; Jerome Small, Youngstown State Univer- sity; Ari Solomon, Williams College; Michael Southam-Gero,v, Virgínia Commonwealth University; John Spores, Purdue Univer- sity-North Central; Brian Stagner, Texas A&M University; Irene Staik, University ofMontevallo;Rebecca Stanard, State University of West Georgía; Chris Tate, Middle Tennessee State University; Lisa Terre, University ofMissouri-Kansas City; Gerald Tolchin, Southern ConnecticutState University;Michael Vasey, Ohio State University; Larry Ventis, College ofWilliam & Mary; Richard Vi- ken, Indiana University; Lisa Vogelsang, University ofMinneso- ta-Duluth; Philip Watkins, Eastern Washington University; Kim Weikel, Shippensburg University of Pennsylvania; Amy Wenzel, University ofPennsylvania; W. Beryl West, Middle Tennessee Sta- te University;Michael Wierzbicki, Marquette University; Richard Williams, State University ofNew York, College at Potsdam;John Wincze, Brown University; Bradley Woldt, South Dakota State University; Nancy Worsham, Gonzaga University; Ellen Zaleski, Fordham University; Raymond Zurawski, St. Norbert College. PREFÁCIO xxvii
  • 29.
  • 30. Comportamento anormal no contexto histórico RESUMO DO CAPÍTULO Compreendendo a psicopatologia O que é transtorno psicológico? A ciência da psicopatologia Conceitos históricos do componamento anormal A tradição sobrenatural Demônios e bruxas Estresse e melancolia Tratamentos para possessão Histeria em massa Histeria em massa em tempos modernos A lua e as estrelas Comentários A tradição biológica Hipócrates e Galeno O século XIX O desenvolvimento dos tratamentos biológicos Consequências da tradição biológica A tradição psicológica Terapia moral Reforma psiquiátrica e declínio da terapia moral Teoria psicanalítica Teoria humanista O modelo comportamental O presente: o método científico e uma abordagem integradora
  • 31. Resultados finais de assimilação do conteúdo pelo aluno* Descrever os conceitos-chave, os princípios e os temas gerais em psicologia Desenvolver um conhecimento prático dos domínios de conteúdos da psicologia Utilizar o raciocínio científico para interpretar o comportamento • Explicar por que a psicologia é uma ciência com objetivos primários de descrever, compreender, prever, controlar comportamentos e processos mentais (APA SLO 5.1 b) • Utilizar a terminologia básica da psicologia, os conceitos e as teorias em psicologia para explicar o comportamento e os processos mentais (APA SLO 5.1a) • Resumir aspectos importantes da história da psicologia, incluindo figuras-chave, interesses centrais, métodos utilizados e conflitos teóricos (APA SLO 5.2C) • Identificar as características-chave dos principais domínios de investigação em psicologia (ex. : cognição e aprendizagem, psicologia do desenvolvimento, aspectos biológicos e socioculturais) (APA SLO 5.2a) • Ver APA SLO 5.1a, supracitado • Incorporar vários níveis pertinentes de complexidade (ex.: celular, individual, grupo/sistema, social/cultural) para explicar o comportamento (APA SLO 1.1C) •Parte deste capítulo disserta sobre os resultados finais de aquisição de conhecimento sugeridos pela American Psychological Association (2012). inclusos nas diretrizes parabacharéis em Psicologia. O escopo do capítulo concernente aos resultados está identificado acimapela APA Geai e pela APA Resultados de Aprendizado Sugeridos (RAS). C .ompr:e.e.ndendo_a..p.sic.o.pato.L o.gi Hoje, você pode ter saído da cama, tomado seu café, ido para suas aulas, estudado e, no final do dia, gozado da companhia de seus amigos antes de cair no sono. Provavelmente, não ocorreu a você que muitas pessoas fisicamentesaudáveis não são capazes de fazer algumas ou nenhuma dessas coisas. O que elas têm em comum é um transtorno psicológico, uma disfunção psicológica associa- da a sofrimento ou prejuízo no funcionamento e uma resposta que não é típica ou culturalmente esperada. Antes de examinar o que isso significa, vamos observar asituação de um indivíduo. JUDY••• A garota que desmaiava ao ver sangue Judy, 16 anos, foi levada à nossa clínica para tratamento de transtornos de ansiedade após crescentes episódios de desmaio. Cerca de dois anos antes, em sua primeira aula de biologia, o professor mostrou um filme sobre a dissecação de uma rã para exemplificar diversos aspectos da anatomia. Foi um filme com imagens vívidas de sangue, tecidos e músculos. Mais ou menos na metade da exibição, Judy se sentiu um pouco zonza e deixou a sala. Mas as imagens não saíam da sua mente. Ela continuou a ser atormentada por elas e, ocasionalmente, sentia-se nauseada. Começou a evi- tar situações nas quais poderia ver sangue ou ferimentos. Parou de ver revistas que poderiam trazer fotos de violên- cia e sangue. Começou a achar difícil olhar carne vermelha crua, ou até mesmo curativos, porque eles traziam lembran- 2 Ps,cOPATOLO GIA ça das imagens de sangue que a amedrontavam. Por fim, qualquer coisa que seus amigos ou parentes lhe diziam que trazia imagem de sangue ou ferimento fazia com que Judy tivesse asensação de desmaio. A situação ficou tão séria que, se um de seus amigos gritasse "corta essa!~ ela se sentia fraca. Seis meses antes de visitar a clínica, Judy desmaiou de fato quando inevitavelmente viu alguém ensanguentado. Nem o médico da família nem outros médicos conseguiam achar nada de errado com ela. Quando foi encaminhada à nossa clínica, ela desmaiava de cinco a dez vezes por sema- na, frequentemente durante suas aulas. É óbvio que isso era problemático para ela e que a atrapalhava na escola; cada vez que Judy desmaiava, os outros estudantes se aglomera- vam ao redor, tentando ajudá-la, e a aula era interrompida. Pelo fato de ninguém ter encontrado nada de errado, o dire- tor concluiu que ela estava sendo manipuladora e a suspen- deu, mesmo sendo uma aluna excelente. Judy estava sofrendo do que chamamos fobia de san- gue-injeção-ferimentos. Sua reação era bastante severa e, em razão disso, preenchia critérios para fobia, um transtorno psicológico caracterizado por medo intenso e persistente de um objeto ou de uma situação. Muitas pessoas têm reações semelhantes, mas não tão graves, quando tomam injeção ou veem alguém ferido, com sangue visível ou não. Para aque- las que possuem um comportamento tão severo quanto Judy, essa fobia pode ser incapacitante. Elas devem evitar certas profissões, como medicina ou enfermagem, e têmtan- to medode agulhase de injeções que asevitammesmo quando precisam delas, o que coloca sua saúde em risco.
  • 32. Oque é transtorno psicológico? Tendo em mente os problemas reais enfrentados por Judy, olhe- mos mais atentamente para a definição de transtorno psicológico ou comportamento anormal: esse transtorno é uma disfunção psicológica em um indivíduo, que está associada a sofrimento ou prejuízo no funcionamento, bem como a uma resposta que não é típica ou culturalmente esperada (ver Figura 1.1). Super- ficialmente, esses três critérios podem parecer óbvios, mas não foram facilmente caracterizados, e, dessa forma, vale explorar o que significam. Você verá, sobretudo, que ainda não foi desen- volvido nenhum critério que defina plenamente a anormalidade. Disfunção psicológica Disfunção psicológica refere-se a uma desordem no funciona- mento cognitivo, emocional ou comportamental. Por exemplo, ter um encontro deveria ser divertido. Mas se você experimenta um forte medo a noite toda e só quer voltar para casa, mesmo que não haja nada para temer, e se o medo ocorre a cada en- contro, suas emoções não estão funcionando adequadamente. Entretanto, se todos os seus amigos concordam que a pessoa que convidou você para sair é perigosa de alguma forma, não seria "disfuncional" ter medo e evitar o encontro. A disfunção estava presente em Judy: ela desmaiava ao ver sangue. Muitas pessoas experimentam uma versão em menor grau dessa reação (sentem-se enjoadas ao ver sangue), sem preencherem os critérios para o transtorno; assim, estabelecer o limite entre disfunção normal e anormal é diflcil. Por essa razão, esses problemas são, com frequência, considerados em um continuum ou em uma dimensão em vez de categorizá-los como presentes ou ausentes (McNally, 2011; Stein, Phillips, Bol- ton, Fulford, Sadler e Kendler, 2010; Widiger e Crego, 2013). Esse também é o motivo pelo qual apenas ter uma disfunção não é o suficiente para preencher critérios para um transtorno psicológico. Sofrimento subjetivo ou prejuízo Parece evidente que o comportamento deve estar associado a sofrimento para ser classificado como anormal, o que incorpora um componente importante: o critério é cumprido se o indiví- duo está demasiadamente perturbado. Podemos dizer que sem Transtorno p1icol6gico Disfunção psicológica Sofrimento ou prejuizo Resposta atipica FIGURA 1.1 O critério que define um transtorno psicológico. dúvida Judy estava muito aflita e sofria em razão de sua fobia. Contudo, devemos lembrar que somente esse critério não define o comportamento anormal. É bastante comum ficar angustiado - por exemplo, se alguém próximo vier a falecer. A condição humana é tal que o sofrimento e a angústia fazem parte da vida. E isso provavelmente não vai mudar. Além disso, para alguns transtornos, por definição, há ausência de sofrimento e angús- tia. Considere uma pessoa que se sente eufórica ao extremo, po- dendo agir impulsivamente como parte de um episódio maníaco. Como veremos no Capitulo 7, uma das principais dificuldades em relação a esse problema é que algumas pessoas gostam tanto do estado maníaco que relutam em começar um tratamento ou em segui-lo por muito tempo. Assim, definir um transtorno psico- lógico apenas pelo sofrimento subjetivo não funciona, embora o seu conceito contribua para uma boa definição. O conceito de prejufzo é útil, embora não inteiramente sa- tisfatório. Por exemplo, muitas pessoas se consideram tímidas ou preguiçosas. Isso não significa que elas sejam anormais. No entanto, se você é tão tímido que acha impossível namorar ou mesmo interagir com outras pessoas, e se você tenta impedir as interações mesmo que desejasse ter amigos, então seu funciona- mento social está prejudicado. Judy foi claramente prejudicada por sua fobia, mas muitas pessoas que têm reações semelhantes, menos graves, não são. Essa diferença ilustra mais uma vez a importante questão de que a maioria dos transtornos psicológicos são simplesmente expressões extremas de emoções, comportamentos e processos cognitivos considerados normais. A Angústia e sofrimento fazem parte da vida e não constituem em si um transtorno psicológico. C APÍTULO 1 - COMPORTAMENTO ANORMAL NO CONEXTO HISTÓRICO J
  • 33. Atípico ou socialmente não esperado Finalmente, o critério para o qual a resposta seja atípica ou so- cialmente não esperada é importante, mas também insuficien- te para determinar a anormalidade por si só. As vezes, algo é considerado anormal porque não ocorre com frequência; e se desvia da média. Quanto maior o desvio, maior a anormalidade. É possível dizer que alguém é baixo ou alto de forma anormal, significando que a altura da pessoa se desvia substancialmente da média, mas isso não é uma definição de transtorno. Muitas pessoas estão longe da média no que se refere aos seus com- portamentos, mas poucas seriam consideradas transtornadas. Poderíamos chamá-las de talentosas ou excêntricas. Muitos artis- tas, astros de cinema e atletas se encaixam nessa categoria. Por exemplo, não é normal planejar jatos de sangue saindo das suas roupas, mas quando Lady Gaga fez isso durante suaperformance apenas aprimorou seu status de celebridade. O romancista J. D. Salinger, que escreveu O apanhador no campo de centeio, refu- giou-se em uma cidadezinha em New Hampshire e recusou-se a ver outras pessoas durante vários anos, mas continuou a escre- ver. Alguns cantores de rock homens usam maquiagem pesada no palco. Essas pessoas são bem pagas e parecem adorar suas carreiras. Na maioria dos casos, quanto mais produtivo você é aos olhos da sociedade, mais excentricidades a sociedade tolera- rá. Por conseguinte, "desvio da médià' não serve como uma boa definição para comportamento anormal. Outra visão considera que seu comportamento é anormal se você violar as normas sociais, mesmo se um nómero de pessoas for solidário com seu ponto de vista. Essa definição é muito útil, levando-se em conta importantes diferenças culturais nos trans- tornos psicológicos. Por exemplo, entrar em um estado de transe e acreditar estar possuído refletem um transtorno psicológico na maioria das culturas ocidentais, mas não em muitas outras sociedades, nas quais esses comportamentos são aceitos e espe- rados (ver Capítulo 6). (A perspectiva cultural é um importante aspecto de referência no decorrer deste livro.) Um exemplo des- sa visão é oferecido por Robert Sapolsky (2002), proeminente neurocientista que, durante seus estudos, trabalhou de perto com a tribo Masai da África Oriental. Certo dia, Rhoda, ami- ga masai de Sapolsky, pediu-lhe que trouxesse o seu jipe o mais rapidamente possível para o vilarejo, onde uma mulher estava agindo com muita agressividade e ouvia vozes. A mulher tinha matado um bode com as próprias mãos. Sapolsky e diversos ma- sai foram capazes de dominá-la e transportá-la para um centro médico local. Notando que aquela era uma oportunidade de aprender mais sobre a visão dos transtornos psicológicos dos masai, Sapolsky manteve o seguinte diálogo: "Então, Rhoda~ comecei laconicamente, "o que você acha que tinha de errado com aquela mulher?" Ela olhou para mim como se eu fosse maluco. "Ela está louca:' "Mas como você sabe?" "Ela está louca. Você não percebe isso nas atitudes dela?" "Mas como você conclui que ela está louca? O que ela fez?" "Ela matou aquele bode:' "Oh'; eu disse com um desinteresse antropológico, "mas os masai matam bodes o tempo todo:' 4 Ps,cOPATOLOGIA Ela olhou para mim como se eu fosse um idiota. "So- mente os homens matam bodes'; disse ela. "Bem, por qual outro motivo você acredita que ela esteja louca?" "Ela ouve vozes:' Novamente, fiz-me de bobo. "Oh, mas os masai ou- vem vozes às vezes'.' (Em cerimônias antes de longos per- cursos conduzindo gado, os masai dançam em transe e dizem ouvir vozes.) E em uma sentença, Rhoda resumiu metade do que alguém precisa saber sobre psiquiatria transcultural. "Mas ela ouve vozes no momento errado'.' (p. 138) Entretanto, um padrão social de normalidade tem sido erro- neamente usado. Considere, por exemplo, a prática de confinar dissidentes políticos em instituições de saúde mental, em razão de seus protestos contra as atitudes políticas de seus governos, o que era comum no Iraque antes da queda de Saddam Hussein e agora ocorre no Irã. Embora tal comportamento dissidente viole as normas sociais, por si só não seria causa de confinamento. Jerome Wakefield (1999, 2009), em uma análise muito cuida- dosa sobre o assunto, usa a definição taquigráfica de disfunção prejudicial.Um conceito relacionado também útil é determinarse o comportamento está ou não fora do controle do indivíduo (al- guma coisa que apessoanão queira fazer) (Widiger e Crego, 2013; Widiger e Sarkis, 2000). Variantes dessas abordagens são mais frequentemente usadas na prática de diagnóstico atual, como foi ressaltado na quinta edição do ManualDiagnóstico eEstatístico de à Nós aceitamos comportamentos extremados de celebridades tais • como Lady Gaga, que não seriam tolerados em outros membros de nossa sociedade.
  • 34. TranstornosMentais(DSM-5) (American Psychiatric Association, 2013), que apresenta a listagem atual dos critérios para os trans- tornos psicológicos (Stein et ai., 2010). Essas abordagens condu- zem nossa linha de pensamento no presente livro. Uma definição aceita Enfim, é difícil definir "normal" e "anormal" (Lilienfeld & Ma- rino, 1995, 1999) - e o debate continua (Houts, 2001; McNally, 2011; Stein et ai., 2010; Spitzer, 1999; Wakefield, 2003, 2009). A definição mais amplamente aceita utilizada no DSM-5 descreve disfunções comportamentais, psicológicas ou biológicas que são inesperadas em seu contexto cultural e associadas à presença de sofrimento e prejuízo no funcionamento ou aumento de risco de sofrimento, morte, dor ou prejuízo. Essa definição pode ser útil para equiparar culturas e subculturas se prestarmos atenção ao que é "funcional" ou "disfuncional" (ou fora de controle) em determinada sociedade. No entanto, nunca é fácil decidir o que representa disfunção, e alguns acadêmicos argumentam que as profissões da área de saúde nunca serão capazes de definir sa- tisfatoriamente doença ou transtorno (ver, por exemplo, Lilien- feld e Marino, 1995, 1999; McNally, 2011; Stein et ai., 2010). O melhor que podemos fazer é considerar de que forma a doen- ça ou o transtorno aparente se encaixa em um perfil típico de um transtorno - por exemplo, transtorno depressivo maior ou esquizofrenia -, quando todos ou a maioria dos sintomas que os especialistas concordariam ser parte do transtorno estão presentes. Chamamos esse perfil típico de protótipo e, como descrito no Capítulo 3, os critérios de diagnóstico do DSM- IV-TR, bem como aqueles emergentes do DSM-5 encontrados no decorrer deste livro são todos protótipos. Isso significa que o paciente pode ter apenas algumas características ou sintomas do transtorno (um número mínimo) e ainda preencher critério para o transtorno porque seu conjunto de sintomas está próximo do protótipo. Mas uma das diferenças entre DSM-IV e DSM-5 é o acréscimo de estimativas dimensionais de gravidade dos transtornos específicos no DSM-5 (American Psychiatric Asso- ciation, 2013;Regier et ai., 2009; Helzer et ai., 2008). Assim, para os transtornos de ansiedade, por exemplo, a intensidade e a fre- quência de ansiedade dentro de um determinado transtorno, tal como o transtorno de pânico, são classificadas em uma escala de Oa 4, em que 1indicaria sintomas leves ou ocasionais e 4 in- dicaria sintomas contínuos e graves (Beesdo-Baum et ai., 2012; LeBeau et ai., 2012). Esses conceitos são descritos de forma mais detalhada no Capítulo 3, no qual se discute o diagnóstico de transtorno psicológico. Para um desafio final, leve o problema da definição de um comportamento anormal um passo adiante e considere o se- guinte: e se Judy vivesse aquela situação com tanta frequência que, após um tempo, nem seus colegas nem seus professores no- tassem, porque ela recuperava a consciência rapidamente? Além disso, e se Judy continuasse a obter boas notas? Desmaiar o tem- po todo ante a mera ideia de sangue seria um transtorno? Estaria lhe causando prejuízo? Seria disfuncional? Angustiante? O que você pensa a respeito? Aciência da psicopatologia A psicopatologia é o estudo científico de transtornos psicológi- cos. Nesse campo atuam profissionais especialmente treinados, incluindo psicólogos clínicos e de aconselhamento, psiquiatras, assistentes sociais e enfermeiras especializados em psiquiatria, bem como terapeutas de casais e de família e conselheiros de saúde mental. Nos Estados Unidos, psicólogos clínicos e de acon- selhamento podem receber o grau de Ph.D. (ou, às vezes, de Ed.D., doutor em educação, ou de Psy.D., doutor em psicologia) e fazem um curso de graduação com duração de aproximada- mente cinco anos, que os prepara para conduzir pesquisas sobre causas e tratamento de transtornos psicológicos e para diagnos- ticar, avaliar e tratar esses transtornos. Embora haja uma gran- de quantidade de sobreposições, psicólogos de aconselhamento tendem a estudar e tratar ajustes e assuntos vocacionais relacio- nados a indivíduos relativamente saudáveis; já os psicólogos clí- nicos se concentram usualmente nos transtornos psicológicos mais graves. Além disso, os programas em cursos profissionais de psicologia, em que o título é frequentemente Psy.D., doutor em psicologia, têm como foco o treinamento clínico e a diminui- ção ou eliminação do treino em pesquisa. De maneira oposta, os programas de Ph.D. nas universidades integram o treinamen- to clínico e em pesquisa. Psicólogos com outras especialidades, como os psicólogos experimentais esociais, concentram a inves- tigação nos determinantes básicos do comportamento, mas não avaliam nem tratam os transtornos psicológicos'. Em um primeiro momento, os psiquiatras obtêm um grau de M.D. em um curso de Medicina, então, ao longo de três a quatro anos de residência médica, especializam-se em Psi- quiatria. Psiquiatras também investigam a natureza e as cau- sas dos transtornos psicológicos, frequentemente com base em um ponto de vista biológico; fazem diagnósticos; e oferecem tratamentos. Muitos desses profissionais enfatizam drogas ou outros tratamentos biológicos, embora a maioria também use tratamentos psicossociais. Os assistentes sociais da área de psiquiatria geralmente podem obter título de mestre em serviço social por se especializarem em coletar informações relevantes para asituação social e familiar do indivíduo que sofre de um transtorno psicológico. Assistentes so- ciais também tratam de transtornos, frequentemente concentran- do-se nos problemas familiares relacionados a eles. Os enfermeiros da área de psiquiatria têm títulos avançados, como mestrado ou até mesmo doutorado, e são especializados no cuidado e trata- mento de pacientes com transtornos psicológicos, geralmente em hospitais, como parte de uma equipe de tratamento. Por fim, os terapeutas de casais, terapeutasfamiliares e conse- lheiros de saúde mentaldedicam um a dois anos para conquistar um título de mestre e são contratados para prestar serviços clí- nicos em hospitais ou clínicas, em geral sob supervisão de um clínico com título de doutor. O pesquisador clínico O mais importante desenvolvimento na história recente da psi- copatologia é a adoção de métodos científicos para aprender mais sobre a natureza dos transtornos psicológicos, suas causas e seu tratamento. Muitos profissionais da área de saúde men- tal seguem uma abordagem científica em seu trabalho clínico e, por conseguinte, são chamados de pesquisadores clínicos (Bar- low, Hayes e Nelson, 1984; Hayes, Barlow e Nelson-Gray, 1999). 1 RT: Adescrição dasprofissões e carreiras que constam neste item pertencem a um modelo norte-americano. No Brasil, há algumas diferenças. C APÍTULO 1 - COMPORTAMENTO ANORMAL NO CONEXTO HISTÓRICO 5
  • 35. Profissionais da área de saúde mental podem atuar como pes- quisadores clínicos em uma ou mais dentre três maneiras (ver Figura 1.2). Primeiro, eles podem acompanhar os mais recen- tes avanços científicos em sua área e, portanto, utilizar os mais atuais procedimentos de tratamento e de diagnóstico. Nesse sentido, são consumidores da ciência da psicopatologia para be- nefício de seus pacientes. Segundo, pesquisadores clínicos anali- sam seus próprios procedimentos de avaliação ou de tratamento para verificar se funcionam. Esses profissionais respondem não apenas por seus pacientes, mas também pelas agências governa- mentais e seguradoras que pagam pelos tratamentos e, por essa razão, eles devem demonstrar claramente que seus tratamentos funcionam. Terceiro, pesquisadores clínicos podem conduzir pesquisas, geralmente em clinicas ou hospitais, que produzam novas informações sobre transtornos ou sobre seu tratamento, tornando-se, assim, imunes aos modismos que impregnam nos- so campo de trabalho, em geral, à custa de pacientes e de suas fa- milias. Por exemplo, novas "curas miraculosas" para transtornos psicológicos que são relatadas diversas vezes por ano na midia não seriam usadas por um pesquisador clinico, se não houves- se nenhuma sondagem de dados científicos mostrando que elas funcionam. Tais dados são oriundos de pesquisas que tentam três coisas básicas: descrever os transtornos psicológicos, de- terminar suas causas e tratá-las (ver Figura 1.3). Essas três ca- tegorias compõem uma estrutura organizacional que perpassa todo este livro e que é formalmente evidente nas discussões concernentes a transtornos específicos que discutiremos a par- tir do Capitulo 5. Um panorama geral neste momento propicia uma perspectiva mais nítida dos nossos esforços para compre- ender a anormalidade. Descrição clínica Em hospitais e clínicas, frequentemente dizemos que um pa- ciente "apresentà' um problema específico ou um conjunto de problemas, ou simplesmente discutimos a apresentação do problema. Apresentação é um atalho tradicional para indicar porque a pessoa procurou a clinica. Descrever a apresentação do problema em Judy é o primeiro passo para determinar sua descrição clínica, que representa a combinação específica de Profissional de saúde mental Consumidor da ciência • Aprimora a prática Avaliador da ciência • Determina a efetividade da prática Criador da ciência • Conduz pesquisas que levam a novos procedimentos úteis na prática FIGURA 1.2 O exercício do pesquisador clínico. 6 Ps,cOPATOLOGIA Estudando os transtomos psicológicos Foco Descrição clinica _____ ...., Causa (etiologia) Tratamento e resultado FIGURA 1.3 As três principais categorias que compõem o estudo e a discussão sobre transtornos psicológicos. comportamentos, pensamentos e sentimentos que constituem um transtorno específico. A palavra clínica refere-se tanto aos tipos de problema ou transtorno que você poderia encontrar em uma clínica ou hospital quanto às atividades relacionadas à ava- liação e ao tratamento. No decorrer deste texto, existem excertos de muitos outros casos individuais, a maioria deles extraída de nossos arquivos pessoais. Evidentemente, uma função importante da descrição clinica é especificar o que torna o transtorno diferente do comporta- mento normal ou de outros transtornos. Dados estatísticos tam- bém podem ser relevantes. Por exemplo, quantas pessoas na população total apresen- tam o transtorno? Esse número é chamado de prevalência do transtorno. As estatísticas de quantos novos casos ocorrem du- rante determinado período, como em um ano, representam a incidência do transtorno. Outras estatísticas incluem a propor- ção entresexos- ou seja, qual é a porcentagem de homens e mu- lheres que têm o transtorno - e a idade típica de manifestação, o que frequentemente difere de um transtorno para outro. Além de apresentarem sintomas diferentes, idade de mani- festação e, possivelmente, uma proporção diferente entre os se- xos e prevalência, a maioria dos transtornos segue um padrão individual, ou curso. Por exemplo, alguns transtornos, como a esquizofrenia (ver Capítulo 13), seguem um curso crônico, o que significa que tendem a durar um longo tempo, algumas vezes, toda a vida. Outros transtornos, como os do humor (ver Capítulo 7), seguem um curso episódico, ou seja, o indivíduo provavelmente se recupera dentro de alguns meses e sofre uma recorrência do transtorno posteriormente. Esse padrão pode se repetir no decorrer da vida de uma pessoa. Ainda assim, outros transtornos podem ter um curso limitado, e isso significa que o transtorno vai melhorar sem tratamento em um período de tempo relativamente curto. As diferenças na manifestação inicial estão diretamente rela- cionadas às diferenças no curso dos transtornos. Alguns têm um início agudo,começam repentinamente; outros se desenvolvem de forma gradual no decorrer de longo período, às vezes, chamado início insidioso. É importanteconhecer o curso típico de um trans- torno para que possamos saber o que esperar no futuro e como melhor agir em relação ao problema. Essa é uma parte importante da descrição clínica. Por exemplo, se alguém está sofrendo de um transtorno leve com início agudo, que persistirá por um tempo limitado, podemos aconselhar a pessoa a não se preocupar com um tratamento dispendioso, porque o problema desaparecerá em breve, como se fosse um resfriado comum. Entretanto, se for pro- vável que o transtorno dure um tempo longo (tornando-se crô- nico), o indivíduo pode querer buscar tratamento e tomar outros caminhos apropriados. O curso antecipado de um transtorno