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Prefeito
José Camilo Zito dos Santos Filho

Vice-Prefeito
Jorge da Silva Amorelli

Secretária Municipal de Educação
Roseli Ramos Duarte Fernandes

Assessora Especial
Ângela Regina Figueiredo da Silva Lomeu

Departamento Geral de Administração e Recursos Educacionais
Antonio Ricardo Gomes Junior

Subsecretaria de Planejamento Pedagógico
Myrian Medeiros da Silva

Departamento de Educação Básica
Mariângela Monteiro da Silva

Divisão de Educação Infanto-Juvenil
Heloisa Helena Pereira

                                                                                         Coordenação Geral
                                                                                   Bruno Vianna dos Santos

                                                                                       Ciclo de Alfabetização
                                                                                  Beatriz Gonella Fernandez
                                                                                    Luciana Gomes de Lima

                                                                          Coordenação de Língua Portuguesa
                                                                                  Luciana Gomes de Lima

                                                              Elaboração do Material - 4º Ano de Escolaridade
                                                                                Beatriz Gonella Fernandez
                                                                                    Ilma Gonçalves da Silva
                                                                                            Ledinalva Colaço
                                                                                   Luciana Gomes de Lima
                                                                                         Simone Regis Meier

                                                              Elaboração do Material - 8º Ano de Escolaridade
                                                                                             Lilia Alves Britto
                                                                                   Luciana Gomes de Lima
                                                                          Marcos André de Oliveira Moraes
                                                                                   Roberto Alves de Araujo
                                                                                            Ledinalva Colaço

                                                                                 Coordenação de Matemática
                                                                                  Bruno Vianna dos Santos

                                                              Elaboração do Material - 4º Ano de Escolaridade
                                                                                  Bruno Vianna dos Santos
                                                                                      Claudia Gomes Araújo
                                                                          Fabiana Rodrigues Reis Pacheco
                                                                            José Carlos Gonçalves Gaspar

                                                              Elaboração do Material - 8º Ano de Escolaridade
                                                                                  Bruno Vianna dos Santos
                                                                                   Claudio Mendes Tavares
                                                                                        Genal de Abreu Rosa
                                                                            José Carlos Gonçalves Gaspar
                                                                                  Marcos do Carmo Pereira
                                                                                  Paulo da Silva Bermudez

                                                                                              Design gráfico
                                                                              Diolandio Francisco de Sousa




          Todos os direitos reservados à Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias
MÓDULO II
APOSTILA DE MATEMÁTICA
     9º ANO (2011)
MÓDULO II
                                            Orientações Pedagógicas
                                             LÍNGUA PORTUGUESA
                                                 9º ANO (2011)




                                          Duque de Caxias – RJ 2011

PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                 2             LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
MÓDULO II
                                                        Orientações Pedagógicas
                                                         LÍNGUA PORTUGUESA
                                                             9º ANO (2011)




              Caro monitor,


              Apresentamos as Orientações Pedagógicas referentes ao Módulo II - Apostila de Língua Portuguesa para as
turmas de 9º ano de escolaridade da Rede Municipal de Educação de Duque de Caxias. Bem como no primeiro módulo, neste
material pretendemos focalizar as habilidades e competências relativas à proficiência leitora de nossos alunos, de acordo com
os Tópicos e Descritores da Prova Brasil.
               O material se apresenta em 50 questões no formato múltipla escolha, organizadas por tópicos, comentadas, nas
quais são apontadas as habilidades a serem mensuradas. As questões apresentam-se no seguinte formato:
                   •      Texto
                   •      Enunciado
                   •      4 alternativas, sendo uma delas o gabarito e as outras três, distratores (respostas erradas)
                   •      Tópico e descritor da Matriz de Referência da Prova Brasil (conteúdo de Língua Portuguesa relativo à
                          competência leitora e habilidade em relação à leitura) a ser mensurados
                   •      Comentários sobre os distratores do enunciado
                   •      Sugestão de possíveis intervenções


               Em anexo, seguem a listagem dos textos que constam deste material, cinco sugestões de atividades envolvendo
leitura e escrita e a bibliografia. Cabe lembrar que as questões devem ser trabalhadas, não na ordem em que estão organizadas,
mas de acordo com o resultado obtido pelos alunos na Avaliação Diagnóstica, de modo que eles experimentem, no
desenvolvimento dos itens, as habilidades relativas à leitura em que ainda apresentam dificuldade.
              Estude o material, planeje o desenvolvimento das atividades, explore oralmente, por meio de debates e
conversas, o conhecimento prévio dos alunos acerca do tema a ser tratado nos textos, do gênero em que esses textos se
organizam, do significado de palavras e expressões que nele constam, do seu autor, do suporte em que são veiculados, de sua
finalidade e estrutura.
              Procure levar os alunos a refletir sobre a adequação da linguagem em função da intenção comunicativa, do
contexto e dos interlocutores a quem o texto se dirige; sobre a utilização dos recursos coesivos oferecidos pelo sistema de
pontuação e pela introdução de conectivos mais adequados à linguagem escrita; e sobre o fato de o texto ser um todo
significativo e poder ser segmentado em versos, no caso dos poemas, frases e parágrafos, nos textos em prosa, com vistas à
continuidade de sentido do texto.
               Continuamos a contar com sua imprescindível contribuição para o desenvolvimento de uma prática pedagógica
profícua.




                                                                                                     Equipe Projeto (CON)SEGUIR




 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                               3                       LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
MÓDULO II
                                          Orientações Pedagógicas
                                           LÍNGUA PORTUGUESA
                                               9º ANO (2011)




                           Tópico I
                   Procedimentos de Leitura




PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO            4                LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
MÓDULO II
                                                      Orientações Pedagógicas
                                                       LÍNGUA PORTUGUESA
                                                           9º ANO (2011)

                                                         Tópico I
                                                  Procedimento de leitura
Constituem este tópico cinco descritores de habilidades.

D1 - Localizar informações explícitas do texto

       Esta é uma habilidade básica na compreensão leitora do texto: a identificação de informações que estão claramente
apresentadas no texto. Trata-se de localização de informação explícita, claramente identificável, o que permite avaliar se o
estudante é capaz de localizar a informação, sem o auxílio de informação concorrente no texto.

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

        O grau de familiaridade com uma palavra depende da frequência de convivência com ela, que, por sua vez, está ligada à
intimidade com a leitura, de um modo geral, e, por conseguinte, à frequência de leitura de diferentes gêneros discursivos.
        Por isso, a capacidade de inferir o significado de palavras – depreensão do que está nas entrelinhas do texto, do que não
está explícito – evita o sério problema que se constitui quando o leitor se depara com um grande número de palavras cujo
significado desconhece, o que interfere na leitura fluente do texto. Assim, a inferência lexical – recobrir o sentido de algo que
não está claro no texto – depende de outros fatores, tais como: contexto, pistas linguísticas, para haver compreensão.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

       Da mesma forma que se depreende o sentido implícito de uma expressão, há uma complexidade um pouco maior
quando se pensa em inferência de informações.
       Este descritor requer do leitor uma capacidade de construir a informação que está subjacente ao texto, partindo do
contexto e das pistas linguísticas que o texto oferece. Trata-se, na verdade, do desvendamento do que está subjacente, posto
que há um balanceamento entre as informações de superfície do texto e aquelas que serão resgatadas nas entrelinhas do texto.
Não é possível explicitar 100% as informações, sejam elas quais forem. Por isso, pode-se dizer que existem graus diferentes de
implicitudes do texto.

D6 - Identificar o tema de um texto

       Constitui-se em competência básica na compreensão do texto, pois trata do reconhecimento do tópico global do texto,
ou seja, o leitor precisa transformar os elementos dispostos localmente em um todo coerente.

D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a este fato

        Dois conceitos são importantes neste descritor: fato e opinião relativa ao fato. O primeiro – fato – algo que aconteceu
(acontece), está relacionado a algo real, quer no mundo “extratextual”, quer no mundo textual. Já a opinião é algo subjetivo,
quer no mundo real, quer no mundo textual, que impõe, necessariamente, uma posição do locutor do texto. Este é um descritor
bastante importante, porque indica uma proficiência crítica em relação à leitura: a de diferenciar informação de uma opinião
sobre algo.
        É preciso ressaltar que, frente aos objetivos da avaliação a que estes descritores estão ligados, os procedimentos de
leitura dizem respeito à localização e à identificação das informações.


                                           Língua Portuguesa: orientações para o professor, SAEB/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental.
                                                              rasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009.




 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                                5                            LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
MÓDULO II
                                                    Orientações Pedagógicas
                                                     LÍNGUA PORTUGUESA
                                                         9º ANO (2011)

1) LEIA O TEXTO:

                                      VIAGEM MAIS CURTA PARA A SERRA
                  Rodovia terá o maior túnel do país e moradores de Caxias deixarão de pagar pedágio

                                                                                                                 Geraldo Perelo

               Vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a Serra de Petrópolis. Além disso, a população
        vai ganhar uma área ecoturística entre Caxias e a cidade serrana. Para isso, será necessária a construção do maior
        túnel do Brasil e a ampliação de estrada que liga os dois municípios. Os planos estão na fase final de elaboração pela
        Concer, concessionária que administra a BR-040 (Rio-Juiz de Fora). Para concretizar o projeto, serão investidos cerca
    5   de R$ 650 milhões.
                 O projeto prevê a remoção da praça de pedágio, passando de KM 104 para o KM 102, liberando os 55 mil
        moradores de Xerém da taxa, que vem sendo cobrada desde 1996.
                 A rodovia vai ganhar uma nova pista de subida da Serra e o túnel terá quase cinco quilômetros de extensão,
        entre Belvedere e a comunidade de Duarte da Silveira, para encurtar o trajeto e reduzir o tempo de viagem em 15
   10   minutos, até Petrópolis.
        (...)
                                                                                                           Jornal O Dia, 07/11/2010



De acordo com o texto, vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a Serra de Petrópolis graças:

(A) à criação de uma área ecoturística entre Caxias e a cidade serrana.
(B) à construção do maior túnel do Brasil e à ampliação de estrada.
(C) à remoção da praça do pedágio.
(D) à construção de uma nova pista de subida da Serra.


    TÓPICO I – Procedimentos de leitura
    DESCRITOR D1 – Localizar informações explícitas em um texto

    GABARITO: B

    DISTRATORES:

            A opção (A) é inadequada, pois a criação de uma área ecoturística é apenas um dos fatos que virão a ocorrer
    após a construção do túnel e a ampliação da estrada. A opção (C) é também inadequada, pois constitui um dos fatos
    necessários para dar início à construção do túnel. Já a opção (D) é parcialmente incorreta, pois apresenta apenas um dos
    fatos que facilitará o acesso dos moradores da Baixada à Serra.

    ORIENTAÇÕES:

            Faz-se necessário contextualizar o texto. Faça perguntas para os alunos acerca da localização de Xerém e
    Petrópolis; tente identificar os alunos que conhecem os dois lugares mencionados no texto; peça para alguns deles
    descreverem os locais e dizer se gostaram de fazer uma visita a um deles, ou ao dois; tente descobrir o que eles pensam
    sobre a cobrança do pedágio.



2) LEIA O TEXTO

                                                     O QUANTO ANTES

             A primeira vitória do Pan-Americano de 2007, no Rio, já pode ser detectada: a parceria entre Estado e
    Prefeitura no anúncio do pacote de obras para melhorar o transporte da capital. A governadora Rosinha Garotinho e o
    prefeito César Maia pretendem pedir audiência ao Governo Federal e conseguir financiamento para projetos que
    incluem a construção da Linha 6 do metrô, ligando a Barra da Tijuca a Duque de Caxias.
  5          O metrô é um sistema de transporte moderno e inteligente que, eficientemente ampliado, poderia evitar as
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                                                        9º ANO (2011)

      mazelas que o Rio enfrenta hoje: caos nas ruas, poluição, ônibus superlotados, escassez de vagas, flanelinhas,
      transporte ilegal, acidentes.
                As grandes capitais do mundo souberam investir nisso. O metrô de Nova Iorque tem 25 linhas que percorrem
      471 quilômetros. Paris tem 15 linhas e 212 quilômetros. Londres, a pioneira nos trilhos subterrâneos, tem 12 linhas
 10   com 415 quilômetros. Aqui no Rio, o metrô foi inaugurado em 1979 e até hoje tem apenas duas linhas, num total de 34
      quilômetros. Privilégio para poucos.
                Que o Pan 2007 tire pelo menos a Linha 6 do papel, e o quanto antes. Iniciadas as obras, restará à população
      fiscalizar para que tudo saia a contento e o investimento não perca nos túneis do desvio de dinheiro público.

 15
                                                                                                       Jornal O DIA – 08.08.2003

O texto acima apresenta como tema:

(A) A construção da Linha 6 do metrô.
(B) Os meios de transporte de Nova Iorque.
(C) A parceria entre Estado e Prefeitura para melhoria do transporte no Rio.
(D) A ineficiência dos meios de transporte do Rio.


  TÓPICO I – Procedimentos de leitura
  DESCRITOR D 6 – Identificar o tema de um texto

  GABARITO: C

  DISTRATORES:

          A opção (A) é inadequada porque apresenta apenas um dos projetos que ocorrerão com a parceria Prefeitura e
  Estado. A opção (B) contém um dos fatos citados como exemplificação da eficiência do metrô em outros países. Em
  relação à opção (D), cabe dizer que também é inadequada porque o texto faz referência a apenas um único meio de
  transporte: o metrô.

  ORIENTAÇÕES:

          Monitor, procure, além de explorar o texto em todas as suas dimensões, promover um debate sobre a questão
  suscitada no último parágrafo acerca do uso escuso do dinheiro público.



3) LEIA O TEXTO:


                                             “No muro
                                             O gato.
                                             Na árvore
                                             O passarinho.

                                         5   Agora:
                                             O gato
                                             Na árvore.
                                             O passarinho
                                             No muro.

                                        10   Na janela
                                             Uma criança rindo.”


Ao ler o poema com atenção, é possível perceber que se trata de

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(A)   uma perseguição.
(B)   uma brincadeira.
(C)   uma corrida.
(D)   um passeio.


  TÓPICO I – Procedimentos de leitura
  DESCRITOR D6 – Identificar o tema de um texto

  GABARITO: A

  DISTRATORES:

          A troca de posição entre o gato e o passarinho e a velha inimizade existente entre esses dois animais permite
  concluir a ideia de perseguição, o que exclui as opções (B), (C) e (D).

  ORIENTAÇÕES:

          Monitor, aproveite o poema para trabalhar com os alunos exercício de utilização de verbos entre os versos a fim
  de reforçar a ideia de ação existente entre as duas primeiras estrofes.

4) LEIA O TEXTO:

                                                       O MELHOR AMIGO

                 A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para
          dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de
          seu quarto.
                   - Meu filho? – gritou ela.
      5            - O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.
                   - Que é que você está carregando aí?
                   Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar
          tempo.
                   - Eu? Nada...
   10              - Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
                   Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la.
                   Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
                   - Olha aí, mamãe: é um filhote...
                   Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
   15              - Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
                   - Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
                   Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
                   - Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
                   - Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
   20              - Ah, mamãe ...- já compondo uma cara de choro.
                   - Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa
          para cuidar. Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas (...)

                                Fonte: Adaptado de Sabino, Fernando. Apud BENDER, Flora, org. Fernando Sabino: Literatura comentada. São Paulo.

Observe a frase: “Onde você arranjou isso?” – (L. 18). O pronome em destaque mostra que a mãe:

(A) não sabe que se trata de um cachorro.
(B) mostra- se surpresa ao ver o cachorro.
(C) mostra desdém em relação ao animal.
(D) mostra-se irritada com o filho.



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      TÓPICO I – Procedimentos de leitura
      DESCRITOR D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

      GABARITO: C

      DISTRATORES:

             A opção (A) é incoerente, pois, em um determinado momento do texto, a mãe mostra saber que o animal é um
      cachorro. A opção (B) é incorreta porque a mãe não se mostra surpresa ao ver o animal e sim desdenhosa. Apesar de em
      alguns momentos do texto a mãe mostrar irritação com o filho, a opção (D) não responde integralmente à questão.

      ORIENTAÇÕES:

              É interessante trabalhar com a turma a função dos pronomes dentro do texto, destaque também o valor enfático
      estabelecido pelos pronomes juntamente com os sinais de pontuação.
              É importante também fazer a leitura em voz alta do texto respeitando a pontuação e enfatizando a
       entonação.



5) LEIA O TEXTO:




Na opinião da Mônica, o espelho

(A)   achou que ela é feia.
(B)   achou que ela é a mais bonita.
(C)   ficou indiferente.
(D)   calou-se porque não tem opinião.


      TÓPICO I – Procedimentos de leitura
      DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

      GABARITO: B

      DISTRATORES:

              O último quadrinho leva o leitor a entender, por meio da palavra CONSENTE, que o espelho concorda com o
      que foi dito por Mônica no primeiro quadrinho, fato que exclui a possibilidade de as opções (A), (C) e (D) funcionarem
      como gabaritos da questão.

      ORIENTAÇÕES:

              Monitor, utilize a tirinha em questão para trabalhar com os alunos a intertextualidade existente no primeiro e no
      terceiro quadrinhos.

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6) LEIA O TEXTO
                                                         ACHO QUE TOU

                  __ Acho que tou __ disse a Vanessa.
                  __ Ai, ai, ai __ disse o Cidão.
                   No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, a Vanessa tinha dito “Acho que
          dá”. E agora aquilo. Ela podia estar grávida.
      5            Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de uma besteira.
                   Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia. Tudo teria que mudar na vida
          dos dois. O casamento estava fora de questão, mas não era só isso. A relação dos dois passaria a ser outra. A
          relação dela com os pais. Os planos de um e de outro. O vestibular dela, nem pensar. O estágio dele no exterior,
          nem pensar. Ele não iria abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma guinada, e ele sempre culparia
    10    ela por isto. Ela não saberia como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria radicalmente. E se livrarem do
          bebê também era impensável. Uma tragédia.
                   __ Quando é que você vai saber ao certo?
                   __ Daqui a dois dias.
                   Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No terceiro dia ela chegou correndo na casa dele, agitando
    15    um papel no ar. Ele estava no seu quarto, adivinhou pela alegria no rosto dela qual era a grande notícia.
                   __Não tou! Não tou!
                   Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor, amaram-se na cama do Cidão, e ela engravidou.

                         VERÍSSIMO, Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 65-66.



Não encontramos registro de opinião, no seguinte texto, em:

(A) “No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, (...)”
(B) “Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia.”
(C) “A relação dos dois passaria a ser outra.”
(D) “O casamento estava fora de questão, mas não era só isso.”


   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

   GABARITO: A

   DISTRATORES:

          O texto foi construído em torno de sequências narrativas, porém em vários momentos o narrador deixa vislumbrar
   sua opinião acerca dos fatos ocorridos, isso pode ser percebido nas opções (B), (C) e (D), elas, portanto, não respondem
   adequadamente à questão.

   ORIENTAÇÕES:

           Este tipo de questão é interessante para testar a atenção do aluno, pois, aquele que leu o texto atentamente
   conseguirá distinguir entre um fato e a opinião relativa a esse fato. Procure fazer com que os alunos leiam o texto em voz
   alta, depois formule alguns questionamentos sobre os eventos narrados, procure identificar os elementos que fazem
   referência anafórica no texto e proponha à turma que busque os referentes, para depois disso resolver a questão proposta
   no enunciado.




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7) LEIA O TEXTO

                                        O ALMIRANTE NEGRO
                                         (João Bosco-Aldir Blanc)

                         Há muito tempo nas águas da Guanabara
                         O Dragão do Mar reapareceu
                         Na figura de um bravo marinheiro
                     5   A quem a história não esqueceu
                         Conhecido como o Almirante Negro
                         Tinha a dignidade de um mestre-sala

                         E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
                         Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
                    10   Jovens polacas e por batalhões de mulatas
                         Rubras cascatas jorravam das costas dos negros
                         Pelas pontas das chibatas
                         Inundando o coração de toda tripulação
                         Que a exemplo do marinheiro gritava então

                    15   Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
                         Glória à farofa, à cachaça, às baleias
                         Glória a todas as lutas inglórias
                         Que através da nossa história
                         Não esquecemos jamais
                    20   Salve o almirante negro
                         Que tem por monumento
                         As pedras pisadas do cais
                         Mas faz muito tempo...
                                                                                                   Fonte: Jornal O Dia, 21.11.2010.

No texto, a expressão em destaque refere-se

(A) ao dragão do mar representado pela figura de um bravo marinheiro.
(B) ao Almirante negro.
(C) ao sangue que escorria nas costas dos negros.
(D) ao coração dos escravos negros.


   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

   GABARITO: C

   DISTRATORES:

          As opções (A) e (B) são inadequadas, pois fazem referência à figura do marinheiro e não condizem com o conteúdo
   semântico da expressão em questão. A (D) é parcialmente incorreta, pois a expressão refere-se ao sangue dos escravos
   negros e não aos negros em si.

   ORIENTAÇÕES:

           É interessante pedir um apoio ao professor de História para explicar melhor o que acontecia no Contexto histórico
   daquela época, assim haverá possibilidade de os alunos compreenderem melhor o que está sendo expresso na letra da
   música. É importante também explorar o vocabulário da letra da música, pedindo aos alunos para destacarem as palavras
   cujo significado é desconhecido para eles, dessa forma, eles poderão pesquisar no dicionário e criar o hábito de consultá-
   lo.


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8) LEIA O TEXTO


                                              LOBATO ATACA O CABOCLO
                                                                                                                            Marcelo Coelho

                  Monteiro Lobato (1882-1948) será sempre lembrado como o autor das histórias infantis do Sítio do Picapau
          Amarelo. Sua atividade como polemista, todavia, foi marcante nas primeiras décadas do século. Velha Praga, artigo
          publicado em 1914, contra o costume das queimadas no interior paulista, revelou-o no cenário nacional. Tendo
          herdado uma fazenda do avô, em 1911, Lobato ficou chocado com o comodismo dos caboclos que viviam em suas
      5   terras. Reagindo, talvez, ao impacto de Os Sertões, de Euclides da Cunha (publicado em 1902), Lobato reage contra
          as idealizações do sertanejo nesse texto de 1914. Logo em seguida, em 1918, ele corrigiria sua visão sobre a
          indolência do caipira. Não se tratava de deficiência moral, mas de doença física, de verminose principalmente. É
          típico do pensamento conservador atribuir a pobreza à falta de vontade psíquica, em vez de procurar causas materiais
          para o problema. O estereótipo do jeca, criado por Lobato em sua fase conservadora, teria de todo modo grande
   10     êxito
                                                                                                  (Revista Língua Portuguesa, nº 7, pág. 34, 2006)


O título dado ao texto se justifica porque

(A)   o patrimônio de Monteiro Lobato estava sendo ameaçado.
(B)   o homem do campo leva sua vida de forma simples.
(C)   Lobato fizera críticas ao desleixo do caipira.
(D)   Monteiro Lobato era famoso por seus preconceitos.


   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

   GABARITO: C

   DISTRATORES:

            No trecho “Tendo herdado uma fazenda do avô, em 1911, Lobato ficou chocado com o comodismo dos caboclos
   que viviam em suas terras.”(L.8-10), a palavra “comodismo” pode ser um sinônimo contextual para “desleixo” – do verbo
   “desleixar”, „tornar-se negligente, descuidar-se‟ (Aurélio). Logo, a melhor opção é a C, pois a questão se restringe ao
   título do texto.


   ORIENTAÇÕES:

           Monitor, proponha uma discussão acerca do conceito de raça, se é possível determinar as origens de uma pessoa
   apenas pela cor da pele ou pelos cabelos. Além disso, fale da rica miscigenação do povo brasileiro. Também converse com
   eles sobre a origem de seus pais, avós e bisavós. E, por último, pergunte se alguém já sofreu algum tipo de preconceito por
   causa de sua cor ou origem.



9) LEIA O TEXTO:


                                                        QUADRILHA

                                   João amava Teresa que amava Raimundo
                                   que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
                                   que não amava ninguém.
                                   João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
                             5     Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,

 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                          12                         LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
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                                  Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
                                  que não tinha entrado na história.
                                                                               (ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 12ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1978. p. 136.)

O poema é marcado pelo (a)

(A)   alegria.
(B)   frustração.
(C)   romantismo.
(D)   eterno encontro.


   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

   GABARITO: B

   DISTRATORES:

           Já que o texto sugere a intensa troca de casais como na dança folclórica e o amor não correspondido, pode-se dizer
   que a “frustração” (B) é o traço principal desse poema.

   ORIENTAÇÕES

         Fale com os alunos sobre a estrutura do poema, seu ritmo e ausência de rima e de final feliz. Proponha uma
   comparação entre ele, as músicas românticas atuais e as novelas da teledramaturgia brasileira.



10) LEIA O TEXTO
                                                          ACHO QUE TOU

                   __ Acho que tou __ disse a Vanessa.
                   __ Ai, ai, ai __ disse o Cidão.
                    No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, a Vanessa tinha dito “Acho que
           dá”. E agora aquilo. Ela podia estar grávida.
       5            Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de uma besteira.
                    Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia. Tudo teria que mudar na vida
           dos dois. O casamento estava fora de questão, mas não era só isso. A relação dos dois passaria a ser outra. A
           relação dela com os pais. Os planos de um e de outro. O vestibular dela, nem pensar. O estágio dele no exterior,
           nem pensar. Ele não iria abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma guinada, e ele sempre culparia
      10   ela por isto. Ela não saberia como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria radicalmente. E se livrarem do
           bebê também era impensável. Uma tragédia.
                    __ Quando é que você vai saber ao certo?
                    __ Daqui a dois dias.
                    Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No terceiro dia ela chegou correndo na casa dele, agitando
      15   um papel no ar. Ele estava no seu quarto, adivinhou pela alegria no rosto dela qual era a grande notícia.
                    __Não tou! Não tou!
                    Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor, amaram-se na cama do Cidão, e ela engravidou.

                          VERÍSSIMO, Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 65-66

A expressão “dar uma guinada” (l. 11) no texto significa

(A) saltar de um lado para o outro.
(B) mudar para melhor.
(C) mudar para pior.
(D) voltar ao passado.


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 TÓPICO I – Procedimentos de leitura
 DESCRITOR D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

 GABARITO: B

 DISTRATORES:

         As opções (A) e (D) apresentam conteúdos incompatíveis com o contexto do texto. A opção (C) está parcialmente
 incorreta, pois a expressão significa que ocorrerá uma mudança na vida do rapaz, porém não se sabe se é para melhor ou
 pior.

 ORIENTAÇÕES:

        Faz-se necessário relembrar com a turma o conceito de conotação e denotação, tente explicar que o significado da
 expressão só pode ser compreendida se for levado em consideração o sentido figurado e que a mesma expressão pode
 assumir significado distinto se for inserida em um outro texto com um outro contexto.



11) LEIA O TEXTO:




                                                                                                        Jornal O Dia 10/10/2010

Infere-se do segundo quadrinho da tira que:

(A) Calvin não tem consciência da alienação gerada pela TV às pessoas.
(B) A TV é uma forma de entretenimento passivo.
(C) Calvin tem consciência de que está sujeito a tornar-se um ser alienado.
(D) A TV tem poder hipnótico sobre o Calvin.


   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

   GABARITO: C

   DISTRATORES:

           A opção (A) é incoerente, pois diz o contrário do que a tira expressa. A opção (B) não é incorreta em relação ao
   primeiro quadrinho, mas a questão enfoca o que se passa no segundo quadrinho. Já opção (D) é inadequada porque se
   refere ao terceiro quadrinho.

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   ORIENTAÇÕES:

          Proponha aos alunos a leitura detalhada de cada quadrinho e busque tirar inferências acerca de cada um. Se
   possível, leve outros textos cujo conteúdo faça críticas à influência da TV no comportamento dos telespectadores e liste,
   juntamente com a turma, o lado negativo e o positivo da mídia. Por fim, é interessante dividir a turma em grupos que se
   posicionem a favor e outro contra a presença da TV no cotidiano das pessoas.



12) LEIA O TEXTO


                                                            TESTES

                 Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da Internet. O nome do teste era tentador: “O que
        Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua
        infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu
        amadurecimento”.
    5           Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta
        paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca.
                Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e
        responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a
        ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a
   10   marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”.

                                                                 MEDEIROS,   M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).


Do texto acima, deduz-se que

(A) os testes propostos por sites da Internet são confiáveis.
(B) os testes propostos por sites da Internet apresentam resultados generalizantes.
(C) os resultados dos testes não correspondem às perspectivas das pessoas.
(D) os resultados dos testes da Internet afirmam que os indivíduos são seres únicos.


   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

   GABARITO: B

   DISTRATORES:

          A opção (A) é incoerente, pois o texto nos leva a inferir que os testes da Internet não são confiáveis. A opção (C)
   mostra uma inversão do que há no texto. E a opção (D) está incorreta porque, a partir do momento em que os resultados
   são generalizantes, igualam-se os indivíduos.

   ORIENTAÇOES:

           É importante fazer a leitura para e com os alunos para que eles possam compreender que o texto faz uma crítica aos
   testes propostos por sites da Internet. Se possível, leve outros exemplos de testes para confirmar a crítica apresentada neste
   texto.




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13) LEIA O TEXTO

                                                          O ÍNDIO

                Contou como é que foi. Disse que – de repente- resolveu se fantasiar, coisa que não fazia há anos. Podia optar
      por duas fantasias: a de árabe ou a de índio, que são as mais fáceis de se fazer a domicílio. Árabe – sabem como é – a
      gente faz até com toalha escrito “Bom Dia”. Amarra uma de rosto na cabeça e enrola outra de banho no corpo. Por
      baixo: cueca. Nos pés: sandália. Não fica um árabe rico, mas já dá pro consumo.
  5            Índio ainda é mais fácil. Faz-se com uma toalha só, bem colorida. Enrola-se a dita na cintura, com short por
      baixo. Na cabeça coloca-se o que antes foi o espanador.
               Contou que foi de índio porque em casa tinha dois espanadores. Não ficou um índio legal. Mas também não
      chegava a ser desses índios mondrongos que tiravam retrato com o Dr. Juscelino.
               Se tivesse saído de árabe não teria apanhado a vizinha, distinta que vinha cercando desde setembro, quando ela
 10   se mudara para o 201. E continuou contando. Índio de óculos também já era debochar demais da realidade. Assim, ao
      sair pela aí, deixou os óculos na mesinha-de-cabeceira. Andou pela Avenida, viu as tais sociedades carnavalescas e
      depois entrou num bar para lavar a caveira.
               Quando voltou para casa estava ziguezagueando. Bebera de com força e entrou no edifício balançando. E –
      coitado – sem óculos, não enxergava direito. Subiu no elevador, saltou no segundo e foi se encostando pelas paredes no
 15   corredor. Tava um índio desses que quer apito.
               __ Que é que tem tudo isso a ver com a vizinha?
               Sem óculos – tornou a explicar – em vez de entrar no 202 (seu apartamento), viu a porta do 201 aberta e foi
      entrando de índio e tudo.
               __ Era o apartamento da vizinha?
 20            __ Era.
               __ E ela?
               __ No começo não quis. Mas acabou entrando pra minha tribo.


                                                                                   PRETA, Stanislaw Ponte. O Índio. In: Tia Zulmira e Eu.
                                                                              Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 8 ed. 1994. p. 178-179.



Que trecho do texto traduz uma opinião do narrador acerca do fato narrado.

(A) ” (...) que são as mais fáceis de se fazer a domicílio.”
(B) “(...) Amarra uma de rosto na cabeça e enrola outra de banho no corpo.”
(C) “Índio ainda é mais fácil.(...)”
(D) “Contou que foi de índio porque em casa tinha dois espanadores.”


 TÓPICO I – Procedimentos de leitura
 DESCRITOR D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

 GABARITO: C

 DISTRATORES:

        A opção (A) é inadequada à resposta por não constituir uma opinião do narrador, e sim uma oração explicativa em
 relação às duas opções de fantasias. A opção (B) é incorreta porque narra parte da montagem da fantasia de árabe. A opção
 (D), por sua vez, é inadequada porque contém parte do fato narrado e não a opinião do narrador.

 ORIENTAÇÕES:

         É interessante que se faça uma leitura em voz alta para os alunos, para que eles percebam que esta narrativa não se
 limita apenas aos fatos narrados, mas também às opiniões do narrador e diálogos estabelecidos entre o narrador e leitor. É
 importante estabelecer um diálogo com a turma para que eles digam suas respectivas opiniões. Outra atividade também
 interessante para ser desenvolvida em sala é omitir para eles o final da narrativa e propor a construção do fim da história.


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14) LEIA O TEXTO:
                                                         CONSELHO
                                                     (Adilson Bispo / Zé Roberto)


                                   Deixe de lado esse baixo astral
                                   Erga a cabeça enfrente o mal
                                   Que agindo assim será vital para o seu coração

                                   É que em cada experiência se aprende uma lição
                              5    Eu já sofri por amar assim
                                   Me dediquei mas foi tudo em vão

                                   Pra que se lamentar
                                   Se em sua vida pode encontrar
                                   Quem te ame com toda força e ardor
                              10   Assim sucumbirá a dor (tem que lutar)

                                   Tem que lutar
                                   Não se abater
                                   Só se entregar
                                   A quem te merecer

                              15   Não estou dando nem vendendo
                                   Como o ditado diz
                                   O meu conselho é pra te ver feliz
                                                                                                  (http://www.letras.com.br/almir-guineto/conselho)

O ditado popular a que se refere a letra do samba no verso 16 está corretamente reproduzido em:

(A)   “Mais vale um pássaro na mão que dois voando.”
(B)   “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia.”
(C)   “É na necessidade que se conhece o amigo.”
(D)   “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.”




   TÓPICO I – Procedimentos de leitura
   DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

   GABARITO: B

   DISTRATORES:

          O próprio título da canção já remete ao ditado popular “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia.” Esse ditado
   faz uma ironia acerca dos bons conselhos, todavia o tom de admoestação que se nota nos versos confirma o valor de tais
   conselhos.

   ORIENTAÇÕES:

          Caro monitor, se for possível, leve um CD com a música, e deixe-a tocar para que os alunos acompanhem o texto
   cantando. Proponha também que eles expliquem cada ditado popular presente na questão.




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                   Tópico II
       Implicações do suporte, do gênero
     e/ou do enunciador na compreensão
                   do texto




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                                                 Tópico II
              Implicações do suporte, do gênero, e/ ou do Enunciador na compreensão de texto



São dois os descritores deste tópico.


D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.)

       Considera-se parte constitutiva da habilidade de leitura a construção da estrutura textual e de que forma esta estrutura
traz implicações na compreensão de texto. Por isso, entende-se que este descritor requer a construção de uma “armação”
sustentadora do assunto, ligada ao texto. Neste caso, o material gráfico pode levar o leitor a entender as relações mais abstratas.
A informação focada no material gráfico pode preparar para a leitura verbal do texto. Entretanto, é, sem dúvida, necessária
uma intimidade com este tipo de linguagem, que visa à articulação dessas duas formas de linguagem (verbal e não verbal).


D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

      Esse é um descritor em nível macrotextual que visa à identificação do gênero do texto, como também ao
reconhecimento de sua finalidade, seu propósito comunicativo.




                                                      Língua Portuguesa: orientações para o professor, SAEB/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental.
                                                                       Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009




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15) LEIA O TEXTO




                                                                          (http://www.monica.com.br/cookpage/cookpage.cgi?!pag=comics/tirinhas/tira294)




                                              “Chove todo dia...” (1° quadrinho).

Assinale a alternativa em que a palavra todo tenha o mesmo significado que o da tirinha anterior.

(A)   Todo o dia chove aqui.
(B)   Todo o bolo tinha formigas.
(C)   O livro foi lido por todo aluno.
(D)   Meu aluno chegou todo feliz.


   TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto
   DESCRITOR D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc)

   GABARITO: C

   DISTRATORES:

           Em “Chove todo dia”, a palavra TODO pode ser substituída por CADA, o mesmo que ocorre com a opção C. Nos
   distratores (A) e (B), TODO O é sinônimo contextual de INTEIRO. Já no distrator (D), TODO é equivalente a
   TOTALMENTE.

   ORIENTAÇÕES:

         Caro monitor, fale com seus alunos sobre as múltiplas possibilidades semânticas da palavra TODO. Veja alguns
   exemplos:
       • Todo país tem problemas. (=QUALQUER PAÍS)
       • Todo o país tem problemas. (=O PAÍS INTEIRO)
       • Ele está todo sujo. (=TOTALMENTE SUJO)
       • O dia todo foi de muito trabalho. (=O DIA INTEIRO)
       • Todo ser deveria ser igual. (=CADA SER)




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16) LEIA O TEXTO:




                                              (Caulos, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1978, in http://www.inep.gov.br/download/enem/2001/prova/amarela_2001.pdf)


Os quadrinhos do texto anterior falam de
(A) desmatamento.
(B) seca.
(C) enchente.
(D) descaso das autoridades.




   TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto
   DESCRITOR D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.)

   GABARITO: A

   DISTRATORES

           No último quadrinho, a imagem da palmeira cortada sugere que houve desmatamento. Portanto, os distratores (B),
   (C) e (D) não seriam respostas adequadas.

   ORIENTAÇÕES

           Caro monitor, apresente sucintamente ao aluno o poema original escrito por Gonçalves Dias. Se possível, use
   dicionários para que consultem os vocábulos desconhecidos. Ressalte o amor do poeta pela terra natal, cheia de belezas
   naturais e a sua atual devastação.
           Veja abaixo o poema e uma breve biografia do autor:

                                       Canção do exílio

                                    "Minha terra tem palmeiras,
                                    Onde canta o Sabiá;
                                    As aves, que aqui gorjeiam,
                                    Não gorjeiam como lá.


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                                    Nosso céu tem mais estrelas,
                                    Nossas várzeas têm mais flores,
                                    Nossos bosques têm mais vida,
                                    Nossa vida mais amores.

                                    Em cismar, sozinho, à noite,
                                    Mais prazer encontro eu lá;
                                    Minha terra tem palmeiras,
                                    Onde canta o Sabiá.

                                    Minha terra tem primores,
                                    Que tais não encontro eu cá;
                                    Em cismar - sozinho, à noite –
                                    Mais prazer encontro eu lá;

                                    Minha terra tem palmeiras,
                                    Onde canta o Sabiá.
                                    Não permita Deus que eu morra,
                                    Sem que eu volte para lá;

                                    Sem que desfrute os primores
                                    Que não encontro por cá;
                                    Sem qu'inda aviste as palmeiras,
                                    Onde canta o Sabiá."

          Canção do exílio é o poema de Gonçalves Dias que abre o livro contos literários e marca a obra do autor como um
  dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Foi escrita em julho de 1843, em Coimbra, Portugal. O
  poema, por conta de sua contenção e de sua alusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou-
  se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua frequente aparição nas antologias escolares, bem
  como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros. Sua temática é própria da
  primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo. Gonçalves Dias compôs o poema
  cinco anos depois de partir para Portugal, onde fora cursar Direito na Universidade de Coimbra. O texto é estruturado a
  partir do contraste entre a paisagem europeia e a terra natal - jamais nominada, sempre vista com o olhar exagerado de
  quem está distante e, em sua saudade, exalta os valores que não encontra no local de exílio.

                                                                                              <http://pt.wikipedia.org> (com adaptações)




17) LEIA O TEXTO:



                                 DORMIR FORA DE CASA PODE SER TORMENTO
                                                                                                                         Mirna Feitosa

               A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar
      uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não
      tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré-
      adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora tenham vontade.
  5            Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade
      para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é,
      porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação”, explica o
      psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra
      realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações geram ansiedade e angústia” , afirma. (...)
 10

                                                                                                       (Folha de S. Paulo, 30/8/2001)



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Marque a opção que indique a finalidade do texto acima:

(A) entreter.
(B) informar.
(C) relatar.
(D) convencer.


   TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto
   DESCRITOR D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

   GABARITO: B

   DISTRATORES:

           A opção (A) é incorreta, porque o texto em questão não apresenta por objetivo o entretenimento, visto que se trata
   de um texto jornalístico cujo intuito é informar. A opção (C) é parcialmente incorreta, pois no texto houve trechos
   relatados, porém o relato não constitui sua finalidade. A opção (D) também é, em parte, inadequada, pois os autores de um
   texto, em geral, pretendem convencer o leitor de sua opinião, no entanto, não constitui a finalidade maior deste texto.

   ORIENTAÇÕES:

          Trabalhar esta questão exige que o monitor leve para os alunos outros textos com diferentes propósitos, a fim de
   que a turma tenha o conhecimento de que para cada propósito comunicativo haverá uma finalidade na qual se baseia o
   texto em questão. É interessante propor à turma a análise de textos publicados em jornais, destacando que nem todo o
   conteúdo jornalístico tem o objetivo de informar.



18) LEIA O TEXTO:

                                                 TRAGÉDIA BRASILEIRA


                    Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com
          sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
                    Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado do Estácio, pagou médico, dentista, manicura...
          Dava tudo quanto ela queria.
      5             Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
                    Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de
          casa.
                    Viveram três anos assim.
                    Toda vez que Maria Elvira arranjava um namorado, Misael mudava de casa.
    10              Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila
          Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi,
          Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
                    Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros
          e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

                                                              Fonte: BANDEIRA, Manuel. “Tragédia Brasileira”. In: Poesia Completa e Prosa.
                                                                                   Rio de Janeiro, Cia. José Aguilar Editora, 1967. p. 283.
A finalidade do texto acima é

(A) narrar.
(B) descrever.
(C) argumentar.
(D) divertir.


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  TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto
  DESCRITOR D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

  GABARITO: A

  DISTRATORES:

          A opção (B) está incorreta, pois, apesar de haver trechos descritivos, o texto tem por finalidade predominante
  narrar. A opção (C) também é incorreta, pois não há no texto traços característicos da argumentação. Já a opção (D) está
  parcialmente incorreta, pois a consequência do texto é promover a diversão, mas o objetivo é narrar.

  ORIENTAÇÕES:

         É importante trabalhar com a turma todos os tipos de textos apresentados nas opções da questão, assim você dará
  aos alunos a possibilidade de listar as diferenças entre os variados textos e, para aqueles que ainda não os conhecem, a
  oportunidade de conhecê-los. Um livro cuja leitura é indispensável chama-se “Gêneros textuais e Ensino”, nele você
  poderá tirar todas as dúvidas acerca dos gêneros e tipos textuais e enriquecer suas aulas.


19) LEIA O TEXTO:




                                                                                           Fonte: Revista Veja. 30 jul. 1997, p. 15
Infere-se, da imagem acima, que

(A) a evolução dos meios de comunicação faz com que as pessoas desliguem-se das pessoas próximas.
(B) as pessoas gostam da comunicação mútua.
(C) cada vez mais cedo, os jovens aprendem a lidar com a tecnologia.
(D) os modernos meios de comunicação possibilitam um contato maior comas pessoas ao nosso redor.


  TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão de texto
  DESCRITOR D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos etc.)

  GABARITO: A

  DISTRATORES:

         A opção (B) é incoerente com que é apresentado na charge, pois não há comunicação entre eles. A opção (C) está
  parcialmente incorreta, pois há a presença de jovens lidando com os meios de comunicação modernos, no entanto também
  existem adultos. E a opção (D) é incoerente, pois a charge mostra que o contato entre as pessoas presente é totalmente
  nulo.

  ORIENTAÇÕES:

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          Faz-se necessário observar a opinião dos alunos sobre a evolução dos meios de comunicação, certamente, a maioria
   ficará a favor. Procure observar o grupo, dentro da turma, que se posicionará contra e desenvolva com eles a
   argumentação, busque textos que mostrem as duas versões. Há um texto “Ela tem alma de pomba”, do Rubem Braga, que
   apresenta os dois lados da presença da TV na vida das pessoas, trabalhar a leitura e compreensão deste texto será
   enriquecedor.

__________________________________________________________________________________________

20) LEIA O TEXTO



         A tristeza é uma emoção criada para permitir um ajustamento a uma grande perda ou uma decepção importante. E os
especialistas sabem que quando a tristeza é muito profunda, aproximando-se da depressão, a velocidade metabólica do corpo
fica muito reduzida, o que originalmente deveria deixar a pessoa quase imobilizada, em casa, onde há menos perigo e mais
segurança.

                                                                                                                          Luiz Lobo, para a TVE
                                                                                      Site: www.tvebrasil.com.br/links/homo/historia/historia/htm

Identifique a finalidade do texto abaixo.

(A) informar.
(B) relatar.
(C) divertir.
(D) convencer.


   TOPICO II – Implicações do Suporte, do Gênero e/ou Enunciador na Compreensão do Texto DESCRITOR D12 -
   Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

   GABARITO: A

   DISTRATORES:

          As opções (B), (C) e (D) são inadequadas porque o texto é uma definição que tem por objetivo informar.



   ORIENTAÇÕES:

           É importante definir para os alunos o que vem a ser informar, relatar, divertir e convencer. Procure elaborar a
   definição a partir da opinião deles, partindo daquilo que eles tiverem noção, assim a compreensão se constrói de forma
   mais prática e eles dificilmente a esquecerão. Apresente à turma textos cuja finalidade seja distinta da presente no texto da
   questão. E, ao final, peça para que todos levem outros textos da preferência deles e proponham para uma atividade em que
   eles terão de identificar a finalidade dos textos escolhidos.




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                               Tópico III
                          Relação entre textos




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                                                         9º ANO (2011)




                                                        Tópico III
                                                    Relação entre texto



Há apenas dois descritores de habilidade neste tópico.

D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar a informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em
função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido

       Neste descritor, a palavra-chave é a intertextualidade. Está inscrita na concepção do descritor a relação de interação que
se estabelece entre os interlocutores.
       Isto pressupõe entender de que forma o texto é produzido e como ele é recebido. Neste sentido, admite-se a ideia de
polifonia, ou seja, da existência de muitas vozes no texto, o que constitui um princípio que trata o texto como uma comunhão
de discursos e não como algo isolado. Neste tópico, a ideia central é a ampliação do mundo textual.


D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema




                                                      Língua Portuguesa: orientações para o professor, SAEB/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental.
                                                                       Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009




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MÓDULO II
                                                     Orientações Pedagógicas
                                                      LÍNGUA PORTUGUESA
                                                          9º ANO (2011)

21) LEIA OS TEXTOS:
TEXTO I
                                                     A FESTA DA PENHA
                                                         Olavo Bilac
                 Pelas estradas que levam à ermida branca, uma quinta parte da população carioca irá rezar e folgar lá em
        cima. Por toda a manhã, e toda a tarde, ferverá na Penha o pagode; e, sentados à vontade na relva, devastando os
        farnéis bem providos de viandas gordas e esvaziando os “chifres” pejados de vinho, os romeiros celebrarão com
        gáudio a festa da compassiva Senhora.

Vocabulário:
ermida: pequena igreja
viandas: carnes
pejados: cheios
gáudio: alegria
compassiva: piedosa.

TEXTO II
                                                         ROMARIA
                                                 Carlos Drummond de Andrade
                                      No alto do morro chega a procissão.
                                      Um leproso de opa empunha o estandarte.
                                      As coxas das romeiras brincam no vento.
                                      Os homens cantam, cantam sem parar.
                                  5   No adro da igreja há pinga, café,
                                      Imagens, fenômenos, baralhos, cigarros
                                      E um sol imenso que lambuza de ouro
                                      O pó das feridas e o pó das muletas.

Vocabulário:
Opa: Espécie de capa sem mangas.

Em relação à estrutura formal dos textos I e II, é correto afirmar que

(A) O texto I está organizado em períodos que compõem um parágrafo.
(B) No texto II há o predomínio da ordem direta.
(C) O texto I está organizado em versos.
(D) O ritmo do texto II acompanha a naturalidade da fala.


   TÓPICO III – Relação entre textos
   DESCRITOR D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
   do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido

   GABARITO: A

   DISTRATORES:

           A opção (B) é incoerente, pois o predomínio da ordem direta ocorre no texto I. A opção (C) é incoerente, pois o
   texto I é um texto em prosa. Diz-se que a opção (D) é incorreta, pois o texto que acompanha o ritmo da fala é o texto I.

   ORIENTAÇÕES:

          Nesta questão, mais uma vez, é interessante trabalhar o vocabulário com a turma, pois há muitas palavras cujos
  significados os alunos provavelmente desconhecem. Explique para eles que a presença de um vocabulário rebuscado faz
  parte do estilo do autor e aproveite para trabalhar textos em verso e textos em prosa. Proponha à turma o estabelecimento
  das diferenças de um texto em verso e um texto em prosa. Por fim, procure identificar o formato de texto que mais agrada
  aos alunos para, futuramente, você trabalhá-lo na turma.
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MÓDULO II
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22) LEIA OS TEXTOS:

TEXTO I
                                                EVOCAÇÃO DO RECIFE
                                                     (Fragmento)

                                A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
                                Vinha da boca do povo na língua errada do povo
                                Língua certa do povo
                                Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
                            5   Ao passo que nós
                                O que fazemos
                                É macaquear
                                A sintaxe lusíada.


                                                                   MANUEL BANDEIRA. “Evocação do Recife.” In Poesia completa e prosa.
                                                                                                 Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996.


TEXTO II

                   Defesa da inventividade popular ( “o povo é o inventa-línguas”, Maiakovski) contra os burocratas da
          sensibilidade, que querem impingir ao povo, caritativamente, uma arte oficial, de ‘boa consciência’,
          ideologicamente retificada, dirigida.
          (...)
                   Mas o povo cria, o povo engenha, o povo cavila. O povo é o inventa-línguas, na malícia da mestria, no
      5   matreiro da maravilha. O visgo do improviso, tateando a travessia, azeitava o eixo do sol... O povo é o melhor
          artífice.

                                                   Haroldo de Campos. “Circulado de Fulô”, in Isto não é um livro de viagens. 16 fragmentos de
                                                  “Galáxias”. CD gravado no Nosso Estúdio, São Paulo, para a Editora 34, Rio de Janeiro, 1992.

* Maiakovski – poeta russo que viveu entre 1893 e 1930.

Em relação aos textos I e II, observa-se a valorização do falar do povo brasileiro. No entanto, há um trecho do texto I que
apresenta uma crítica negativa em relação a esse falar. Marque a opção que contém essa crítica.

(A) “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros”
(B) “ Vinha da boca do povo na língua errada do povo”
(C) “Língua certa do povo”
(D) “Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”


   TÓPICO III – Relação entre textos
   DESCRITOR D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
                      do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será
                      recebido

   GABARITO: B

   DISTRATORES:

          A opção A é inadequada porque não apresenta crítica alguma. Já as opções (C) e (D) são inadequadas por
   apresentarem valorização do falar do povo.

   ORIENTAÇÕES:

         É importante propor um debate com a turma em relação ao falar do povo brasileiro, fazendo uma analogia com o
  português de Portugal. Destaque para os alunos as diferenças existentes entre o português do Brasil e o de Portugal e que o
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   nosso distanciamento em relação a este último não nos faz povos inferiores, mas inovadores.
          Há um documentário cujo título é “Língua: vidas em português” que seria interessante passar para os alunos, assim
   haverá a possibilidade de propor uma atividade de produção textual em que a turma poderá expor sua opinião.
          Busque com os alunos o significado dos vocábulos do texto II. Provavelmente eles terão bastante dificuldade em
   compreendê-lo devido ao grande número de palavras desconhecidas.




23) LEIA OS TEXTOS:

TEXTO I
                                                 O ALMIRANTE NEGRO
                                                 (João Bosco – Aldir Blanc)

                                     Há muito tempo nas águas da Guanabara
                                     O Dragão do Mar reapareceu
                                     Na figura de um bravo marinheiro
                                     A quem a história não esqueceu
                                 5   Conhecido como o Almirante Negro
                                     Tinha a dignidade de um mestre-sala

                                     E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
                                     Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
                                     Jovens polacas e por batalhões de mulatas
                                10   Rubras cascatas jorravam das costas dos negros
                                     Pelas pontas das chibatas
                                     Inundando o coração de toda tripulação
                                     Que a exemplo do marinheiro gritava então

                                     Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
                                15   Glória à farofa, à cachaça, às baleias
                                     Glória a todas as lutas inglórias
                                     Que através da nossa história
                                     Não esquecemos jamais
                                     Salve o almirante negro
                                20   Que tem por monumento
                                     As pedras pisadas do cais
                                     Mas faz muito tempo...

                                                                                                        Jornal O Dia, 21.11.2010

TEXTO II

                              A LETRA ORIGINAL DE ‘O MESTRE-SALA DOS MARES’

                  Em 1974, a ditadura exigiu mudanças até no título do samba em homenagem a João Cândido, líder da
        Revolta da Chibata. Na véspera dos 100 anos do motim contra os castigos físicos na Marinha, o Informe publica a
        letra original. Ah, Dragão do Mar foi o jangadeiro que, em 1884, impediu o embarque de escravos em Fortaleza e
        precipitou a Abolição no Ceará.

                                                                                                       Jornal O Dia, 21.11.2010.
Em relação aos textos abaixo, é correto afirmar que

(A) O texto I apresenta a letra do samba em sua versão original e o texto II ratifica isso.
(B) O texto II faz um esclarecimento acerca das mudanças feitas no texto I por ocasião da Ditadura.
(C) O texto II faz referência as poucas mudanças na letra do samba por ocasião da Ditadura.
(D) Devido à Ditadura, o texto I utiliza uma linguagem denotativa.

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  TÓPICO III – Relação entre textos
  DESCRITOR D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
                     do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será
                     recebido

  GABARITO: B

  DISTRATORES:

         A opção (A) é incorreta porque o texto I já apresenta a letra do samba modificado e o texto II faz essa ressalva. A
  opção (C) está incorreta, pois, de acordo com o texto II, não foram poucas as mudanças feitas no texto I, visto que foi
  necessário mudar até o título. A opção (D) é incoerente, pois devido à ditadura era necessário o uso de uma linguagem
  metafórica, conotativa.

  ORIENTAÇÕES:

          É interessante pedir um apoio ao professor de História para explicar melhor o que acontecia no contexto histórico
  daquela época, assim haverá possibilidade de os alunos compreenderem melhor o que está sendo expresso na letra da
  música.
          É importante também explorar o vocabulário da letra da música, pedindo aos alunos para destacar as palavras cujo
  significado é desconhecido para eles, dessa forma, eles poderão pesquisar no dicionário e criar o hábito de consultá-lo.



24) LEIA OS TEXTOS:

TEXTO I

                                              QUARTO DE BADULAQUES

                  Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por
         alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da
         gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso
         errado que fiz de uma palavra no último “Quarto de badulaques”. Acontece que eu, acostumado a conversar
     5   com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção”? do verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que,
         num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao
         trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário (...). O certo é “varrição”, e não “varreção”. Mas estou
         com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles
         rirem de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário(...). Porque para eles não é o
   10    dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas gerais, fala “varreção”, quando não
         “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo,
         se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está
         rachado.

                                                                                               (Rubem Alves, Quarto de badulaques)



TEXTO II

                                              O GIGOLÔ DAS PALAVRAS
                                                    (Fragmento)
           (...)
                 Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente
         quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um
         namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! Com que cuidado, com
         que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de
      5 lexicógrafos, etimologias e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A gramática precisa
         apanhar todos os dias para saber quem é que manda.
 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                     31                     LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
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                                                                               VERÍSSIMO, Luís Fernando. “O gigolô das palavras”. In: Mais
                                                                            Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p.145.

Acerca dos textos I e II é correto afirmar que

(A) os dois textos defendem o uso das regras gramaticais em qualquer situação.
(B) o amigo do enunciador do texto 1 é um gigolô das palavras.
(C) Os enunciadores dos dois textos comportam-se como um gigolô das palavras.
(D) Os enunciadores dos textos são contra à obediência às normas gramaticais.


   TÓPICO III – Relação entre textos
   DESCRITOR D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao
                      mesmo tema

   GABARITO: C

   DISTRATORES:

           A opção (A) é incoerente, pois nenhum dos textos defende o uso das normas gramaticais. A opção (B) está
   incorreta, pois, ao contrário, o amigo, o enunciador do texto I, não se comporta como um gigolô das palavras. A opção (D)
   é inadequada, pois em nenhum momento os enunciadores posicionam-se contra a obediência às normas gramaticais, eles
   são apenas a favor da adequação da língua ao contexto.

   ORIENTAÇÕES:

          Faz-se necessário ler os dois textos passo a passo para que a turma compreenda que ambos dão importância para a
   adequação da linguagem. Apresente para os alunos outros textos que tratem do mesmo assunto, leia trechos do livro “A
   língua de Eulália” e busque sempre a opinião da turma acerca do tema; exercícios de mudança da linguagem formal para
   informal também são interessantes e, em geral, os alunos gostam bastante.

___________________________________________________________________________________________

25) LEIA OS TEXTOS

TEXTO I
                                                          A PÁTRIA

                                    Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
                                    Criança! Não verás nenhum país como este!
                                    Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta!
                                    A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
                                5   É um ceio de mãe a transbordar carinhos.
                                    Vê que vida há no chão! Vê que vida há nos ninhos,
                                    Que se balançam no ar; entre os ramos inquietos!
                                    Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
                                    Vê que grande extensão de matas, onde impera
                               10   Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

                                    Boa terra! Jamais negou a quem trabalha
                                    O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

                                    Quem com seu suor fecunda e umedece,
                                    Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
                               15   Criança! Não verás país nenhum como este:
                                    Imita na grandeza a terra em que nasceste!

                                                              In: BILAC, Olavo. Poesias infantis. 18. ed. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1952.


 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                           32                             LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
MÓDULO II
                                                         Orientações Pedagógicas
                                                          LÍNGUA PORTUGUESA
                                                              9º ANO (2011)

TEXTO II
                                                    PROSTITUIÇÃO INFANTIL

                Não sei que jornal, há algum tempo, noticiou que a polícia ia tomar sob a sua proteção as crianças que aí
      vivem, às dezenas, exploradas por meia dúzia de bandidos. Quando li a notícia, rejubilei. Porque, há longo tempo, desde
      que comecei a escrever, venho repisando este assunto, pedindo piedade para essas crianças e cadeia para esses patifes.
               Mas os dias correram. As providências anunciadas não vieram. Parece que a piedade policial não se estende às
  5   crianças, e que a cadeia não foi feita para dar agasalho aos que prostituem corpos de sete a oito anos... E a cidade, à
      noite, continua a encher-se de bandos de meninas, que vagam de teatro em teatro e de hotel em hotel, vendendo flores e
      aprendendo a vender beijos.
               Anteontem, por horas mortas, (...) vi sentada uma menina, a uma soleira de porta. Dormia. Ao lado, a sua cesta
      de flores murchas estava atirada sobre a calçada. Despertei-a. A pobrezinha levantou-se, com um grito. Teria oito anos,
 10   quando muito. Louros e despenteados, emolduravam os seus cabelos um rosto desfeito, amarrotado de sono e de choro.
      (...)
               Perdera toda a féria. Só conseguira obter, ao cabo de toda uma tarde de caminhadas e de pena, esses dez tostões
      – perdidos ou furtados. E pelos seus olhos molhados passava o terror das bordoadas que a esperavam em casa...
               “Mas é teu pai quem te esbordoa?”
 15            “É um homem que mora lá em casa...”
               (...) não penseis que me iluda sobre a eficácia das providências que possa a polícia tomar, a fim de salvar das
      pancadas o corpo e da devassidão a alma de qualquer dessas meninas. (...)



                               BILAC, Olavo. In: DIMAS, Antonio (org). Vossa insolência: crônicas. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. p. 305-8.

Os textos acima foram escritos com propósitos distintos, com base nessa observação, marque a opção que apresente
comentário adequado em relação aos textos.

(A) O texto I apresenta uma exaltação à pátria e o texto II ratifica essa exaltação.
(B) Ambos os textos fazem referência a problemas enfrentados pelo povo brasileiro.
(C) Somente o texto I exalta a pátria, o texto II fala de um ato falho do Estado.
(D) O texto I é de caráter ufanista e o texto II fala da piedade que os policiais têm pelas crianças.


   TÓPICO III – Relação entre textos
   DESCRITOR D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao
                      mesmo tema

   GABARITO: C

   DISTRATORES:

          A opção (A) é incorreta porque apenas o texto I exalta a pátria. A opção (B) é incorreta porque apenas o texto II faz
   referência a problemas enfrentados pelo povo brasileiro. A opção (D) é incoerente, pois no texto II há uma passagem que
   diz que os policiais não têm piedade das crianças.

   ORIENTAÇÕES:

           Monitor, procure comparar os textos com os alunos, explorando as semelhanças e diferenças entre eles, no que diz
   respeito à forma, verso e prosa, e ao contexto histórico em que cada texto foi produzido.




 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                                  33                           LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
MÓDULO II
                                              Orientações Pedagógicas
                                               LÍNGUA PORTUGUESA
                                                   9º ANO (2011)

26) LEIA OS TEXTOS:

TEXTO I
                                        SE EU MORRESSE AMANHÃ!

                                       Se eu morresse amanhã, viria ao menos
                                       Fechar meus olhos minha triste irmã;
                                       Minha mãe de saudades morreria
                                       Se eu morresse amanhã!

                                   5   Quanta glória pressinto em meu futuro!
                                       Que aurora de porvir e que manhã!
                                       Eu perdera chorando essas coroas
                                       Se eu morresse amanhã!

                                  10   Que sol! Que céu azul! Que doce n’alva
                                       Acorda a natureza mais louça!
                                       Não me batera tanto amor no peito
                                       Se eu morresse amanhã!

                                       Mas essa dor da vida que devora
                                  15   A ânsia de glória, o dolorido afã...
                                       A dor no peito emudecera ao menos
                                       Se eu morresse amanhã!

                                                            AZEVEDO, Álvares de. Se eu morresse amanhã. In: FACIOLI, Valentim & OLIVIERI,
                                                            Antonio C. Antologia de poesia brasileira – Romantismo. São Paulo, Ática, 2000. p. 60.



TEXTO II
                                                   EPITÁFIO

                                       Devia ter amado mais
                                       Ter chorado mais
                                       Ter visto o sol nascer
                                       Devia ter arriscado mais
                                  5    E até errado mais
                                       Ter feito o que eu queria fazer
                                       Queria ter aceitado as pessoas
                                       Como elas são
                                       Cada um sabe a alegria e a dor
                                 10    Que traz no coração

                                       O acaso vai me proteger
                                       Enquanto eu andar distraído
                                       O acaso vai me proteger
                                       Enquanto eu andar...

                                 15    Devia ter complicado menos
                                       Trabalhado menos
                                       Ter visto o sol se pôr
                                       Devia ter me importado menos
                                       Com problemas pequenos
                                 20    Ter morrido de amor
                                       Queria ter aceitado a vida
                                       Como ela é
                                       A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
                                       (...)


 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO                    34                                LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
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Ap port 9 ano mod ii

  • 1. [DIGITE O NOME DA EMPRESA] [Digite o título do documento] [Digite o subtítulo do documento] [Digite o nome do autor] [Escolha a data] [Digite aqui o resumo do documento. Em geral o resumo é uma breve descrição do conteúdo do documento. Digite aqui o resumo do documento. Em geral o resumo é uma breve descrição do conteúdo do documento.]
  • 2.
  • 3. Prefeito José Camilo Zito dos Santos Filho Vice-Prefeito Jorge da Silva Amorelli Secretária Municipal de Educação Roseli Ramos Duarte Fernandes Assessora Especial Ângela Regina Figueiredo da Silva Lomeu Departamento Geral de Administração e Recursos Educacionais Antonio Ricardo Gomes Junior Subsecretaria de Planejamento Pedagógico Myrian Medeiros da Silva Departamento de Educação Básica Mariângela Monteiro da Silva Divisão de Educação Infanto-Juvenil Heloisa Helena Pereira Coordenação Geral Bruno Vianna dos Santos Ciclo de Alfabetização Beatriz Gonella Fernandez Luciana Gomes de Lima Coordenação de Língua Portuguesa Luciana Gomes de Lima Elaboração do Material - 4º Ano de Escolaridade Beatriz Gonella Fernandez Ilma Gonçalves da Silva Ledinalva Colaço Luciana Gomes de Lima Simone Regis Meier Elaboração do Material - 8º Ano de Escolaridade Lilia Alves Britto Luciana Gomes de Lima Marcos André de Oliveira Moraes Roberto Alves de Araujo Ledinalva Colaço Coordenação de Matemática Bruno Vianna dos Santos Elaboração do Material - 4º Ano de Escolaridade Bruno Vianna dos Santos Claudia Gomes Araújo Fabiana Rodrigues Reis Pacheco José Carlos Gonçalves Gaspar Elaboração do Material - 8º Ano de Escolaridade Bruno Vianna dos Santos Claudio Mendes Tavares Genal de Abreu Rosa José Carlos Gonçalves Gaspar Marcos do Carmo Pereira Paulo da Silva Bermudez Design gráfico Diolandio Francisco de Sousa Todos os direitos reservados à Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias
  • 4. MÓDULO II APOSTILA DE MATEMÁTICA 9º ANO (2011)
  • 5. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Duque de Caxias – RJ 2011 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 2 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 6. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Caro monitor, Apresentamos as Orientações Pedagógicas referentes ao Módulo II - Apostila de Língua Portuguesa para as turmas de 9º ano de escolaridade da Rede Municipal de Educação de Duque de Caxias. Bem como no primeiro módulo, neste material pretendemos focalizar as habilidades e competências relativas à proficiência leitora de nossos alunos, de acordo com os Tópicos e Descritores da Prova Brasil. O material se apresenta em 50 questões no formato múltipla escolha, organizadas por tópicos, comentadas, nas quais são apontadas as habilidades a serem mensuradas. As questões apresentam-se no seguinte formato: • Texto • Enunciado • 4 alternativas, sendo uma delas o gabarito e as outras três, distratores (respostas erradas) • Tópico e descritor da Matriz de Referência da Prova Brasil (conteúdo de Língua Portuguesa relativo à competência leitora e habilidade em relação à leitura) a ser mensurados • Comentários sobre os distratores do enunciado • Sugestão de possíveis intervenções Em anexo, seguem a listagem dos textos que constam deste material, cinco sugestões de atividades envolvendo leitura e escrita e a bibliografia. Cabe lembrar que as questões devem ser trabalhadas, não na ordem em que estão organizadas, mas de acordo com o resultado obtido pelos alunos na Avaliação Diagnóstica, de modo que eles experimentem, no desenvolvimento dos itens, as habilidades relativas à leitura em que ainda apresentam dificuldade. Estude o material, planeje o desenvolvimento das atividades, explore oralmente, por meio de debates e conversas, o conhecimento prévio dos alunos acerca do tema a ser tratado nos textos, do gênero em que esses textos se organizam, do significado de palavras e expressões que nele constam, do seu autor, do suporte em que são veiculados, de sua finalidade e estrutura. Procure levar os alunos a refletir sobre a adequação da linguagem em função da intenção comunicativa, do contexto e dos interlocutores a quem o texto se dirige; sobre a utilização dos recursos coesivos oferecidos pelo sistema de pontuação e pela introdução de conectivos mais adequados à linguagem escrita; e sobre o fato de o texto ser um todo significativo e poder ser segmentado em versos, no caso dos poemas, frases e parágrafos, nos textos em prosa, com vistas à continuidade de sentido do texto. Continuamos a contar com sua imprescindível contribuição para o desenvolvimento de uma prática pedagógica profícua. Equipe Projeto (CON)SEGUIR PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 3 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 7. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Tópico I Procedimentos de Leitura PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 4 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 8. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Tópico I Procedimento de leitura Constituem este tópico cinco descritores de habilidades. D1 - Localizar informações explícitas do texto Esta é uma habilidade básica na compreensão leitora do texto: a identificação de informações que estão claramente apresentadas no texto. Trata-se de localização de informação explícita, claramente identificável, o que permite avaliar se o estudante é capaz de localizar a informação, sem o auxílio de informação concorrente no texto. D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão O grau de familiaridade com uma palavra depende da frequência de convivência com ela, que, por sua vez, está ligada à intimidade com a leitura, de um modo geral, e, por conseguinte, à frequência de leitura de diferentes gêneros discursivos. Por isso, a capacidade de inferir o significado de palavras – depreensão do que está nas entrelinhas do texto, do que não está explícito – evita o sério problema que se constitui quando o leitor se depara com um grande número de palavras cujo significado desconhece, o que interfere na leitura fluente do texto. Assim, a inferência lexical – recobrir o sentido de algo que não está claro no texto – depende de outros fatores, tais como: contexto, pistas linguísticas, para haver compreensão. D4 – Inferir uma informação implícita em um texto Da mesma forma que se depreende o sentido implícito de uma expressão, há uma complexidade um pouco maior quando se pensa em inferência de informações. Este descritor requer do leitor uma capacidade de construir a informação que está subjacente ao texto, partindo do contexto e das pistas linguísticas que o texto oferece. Trata-se, na verdade, do desvendamento do que está subjacente, posto que há um balanceamento entre as informações de superfície do texto e aquelas que serão resgatadas nas entrelinhas do texto. Não é possível explicitar 100% as informações, sejam elas quais forem. Por isso, pode-se dizer que existem graus diferentes de implicitudes do texto. D6 - Identificar o tema de um texto Constitui-se em competência básica na compreensão do texto, pois trata do reconhecimento do tópico global do texto, ou seja, o leitor precisa transformar os elementos dispostos localmente em um todo coerente. D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a este fato Dois conceitos são importantes neste descritor: fato e opinião relativa ao fato. O primeiro – fato – algo que aconteceu (acontece), está relacionado a algo real, quer no mundo “extratextual”, quer no mundo textual. Já a opinião é algo subjetivo, quer no mundo real, quer no mundo textual, que impõe, necessariamente, uma posição do locutor do texto. Este é um descritor bastante importante, porque indica uma proficiência crítica em relação à leitura: a de diferenciar informação de uma opinião sobre algo. É preciso ressaltar que, frente aos objetivos da avaliação a que estes descritores estão ligados, os procedimentos de leitura dizem respeito à localização e à identificação das informações. Língua Portuguesa: orientações para o professor, SAEB/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental. rasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 5 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 9. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 1) LEIA O TEXTO: VIAGEM MAIS CURTA PARA A SERRA Rodovia terá o maior túnel do país e moradores de Caxias deixarão de pagar pedágio Geraldo Perelo Vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a Serra de Petrópolis. Além disso, a população vai ganhar uma área ecoturística entre Caxias e a cidade serrana. Para isso, será necessária a construção do maior túnel do Brasil e a ampliação de estrada que liga os dois municípios. Os planos estão na fase final de elaboração pela Concer, concessionária que administra a BR-040 (Rio-Juiz de Fora). Para concretizar o projeto, serão investidos cerca 5 de R$ 650 milhões. O projeto prevê a remoção da praça de pedágio, passando de KM 104 para o KM 102, liberando os 55 mil moradores de Xerém da taxa, que vem sendo cobrada desde 1996. A rodovia vai ganhar uma nova pista de subida da Serra e o túnel terá quase cinco quilômetros de extensão, entre Belvedere e a comunidade de Duarte da Silveira, para encurtar o trajeto e reduzir o tempo de viagem em 15 10 minutos, até Petrópolis. (...) Jornal O Dia, 07/11/2010 De acordo com o texto, vai ficar mais fácil e seguro para o morador da Baixada subir a Serra de Petrópolis graças: (A) à criação de uma área ecoturística entre Caxias e a cidade serrana. (B) à construção do maior túnel do Brasil e à ampliação de estrada. (C) à remoção da praça do pedágio. (D) à construção de uma nova pista de subida da Serra. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D1 – Localizar informações explícitas em um texto GABARITO: B DISTRATORES: A opção (A) é inadequada, pois a criação de uma área ecoturística é apenas um dos fatos que virão a ocorrer após a construção do túnel e a ampliação da estrada. A opção (C) é também inadequada, pois constitui um dos fatos necessários para dar início à construção do túnel. Já a opção (D) é parcialmente incorreta, pois apresenta apenas um dos fatos que facilitará o acesso dos moradores da Baixada à Serra. ORIENTAÇÕES: Faz-se necessário contextualizar o texto. Faça perguntas para os alunos acerca da localização de Xerém e Petrópolis; tente identificar os alunos que conhecem os dois lugares mencionados no texto; peça para alguns deles descreverem os locais e dizer se gostaram de fazer uma visita a um deles, ou ao dois; tente descobrir o que eles pensam sobre a cobrança do pedágio. 2) LEIA O TEXTO O QUANTO ANTES A primeira vitória do Pan-Americano de 2007, no Rio, já pode ser detectada: a parceria entre Estado e Prefeitura no anúncio do pacote de obras para melhorar o transporte da capital. A governadora Rosinha Garotinho e o prefeito César Maia pretendem pedir audiência ao Governo Federal e conseguir financiamento para projetos que incluem a construção da Linha 6 do metrô, ligando a Barra da Tijuca a Duque de Caxias. 5 O metrô é um sistema de transporte moderno e inteligente que, eficientemente ampliado, poderia evitar as PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 6 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 10. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) mazelas que o Rio enfrenta hoje: caos nas ruas, poluição, ônibus superlotados, escassez de vagas, flanelinhas, transporte ilegal, acidentes. As grandes capitais do mundo souberam investir nisso. O metrô de Nova Iorque tem 25 linhas que percorrem 471 quilômetros. Paris tem 15 linhas e 212 quilômetros. Londres, a pioneira nos trilhos subterrâneos, tem 12 linhas 10 com 415 quilômetros. Aqui no Rio, o metrô foi inaugurado em 1979 e até hoje tem apenas duas linhas, num total de 34 quilômetros. Privilégio para poucos. Que o Pan 2007 tire pelo menos a Linha 6 do papel, e o quanto antes. Iniciadas as obras, restará à população fiscalizar para que tudo saia a contento e o investimento não perca nos túneis do desvio de dinheiro público. 15 Jornal O DIA – 08.08.2003 O texto acima apresenta como tema: (A) A construção da Linha 6 do metrô. (B) Os meios de transporte de Nova Iorque. (C) A parceria entre Estado e Prefeitura para melhoria do transporte no Rio. (D) A ineficiência dos meios de transporte do Rio. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D 6 – Identificar o tema de um texto GABARITO: C DISTRATORES: A opção (A) é inadequada porque apresenta apenas um dos projetos que ocorrerão com a parceria Prefeitura e Estado. A opção (B) contém um dos fatos citados como exemplificação da eficiência do metrô em outros países. Em relação à opção (D), cabe dizer que também é inadequada porque o texto faz referência a apenas um único meio de transporte: o metrô. ORIENTAÇÕES: Monitor, procure, além de explorar o texto em todas as suas dimensões, promover um debate sobre a questão suscitada no último parágrafo acerca do uso escuso do dinheiro público. 3) LEIA O TEXTO: “No muro O gato. Na árvore O passarinho. 5 Agora: O gato Na árvore. O passarinho No muro. 10 Na janela Uma criança rindo.” Ao ler o poema com atenção, é possível perceber que se trata de PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 7 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 11. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) (A) uma perseguição. (B) uma brincadeira. (C) uma corrida. (D) um passeio. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D6 – Identificar o tema de um texto GABARITO: A DISTRATORES: A troca de posição entre o gato e o passarinho e a velha inimizade existente entre esses dois animais permite concluir a ideia de perseguição, o que exclui as opções (B), (C) e (D). ORIENTAÇÕES: Monitor, aproveite o poema para trabalhar com os alunos exercício de utilização de verbos entre os versos a fim de reforçar a ideia de ação existente entre as duas primeiras estrofes. 4) LEIA O TEXTO: O MELHOR AMIGO A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto. - Meu filho? – gritou ela. 5 - O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível. - Que é que você está carregando aí? Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo. - Eu? Nada... 10 - Está sim. Você entrou carregando uma coisa. Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando: - Olha aí, mamãe: é um filhote... Seus olhos súplices aguardavam a decisão. 15 - Um filhote? Onde é que você arranjou isso? - Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda: - Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz. - Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo! 20 - Ah, mamãe ...- já compondo uma cara de choro. - Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar. Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas (...) Fonte: Adaptado de Sabino, Fernando. Apud BENDER, Flora, org. Fernando Sabino: Literatura comentada. São Paulo. Observe a frase: “Onde você arranjou isso?” – (L. 18). O pronome em destaque mostra que a mãe: (A) não sabe que se trata de um cachorro. (B) mostra- se surpresa ao ver o cachorro. (C) mostra desdém em relação ao animal. (D) mostra-se irritada com o filho. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 8 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 12. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão GABARITO: C DISTRATORES: A opção (A) é incoerente, pois, em um determinado momento do texto, a mãe mostra saber que o animal é um cachorro. A opção (B) é incorreta porque a mãe não se mostra surpresa ao ver o animal e sim desdenhosa. Apesar de em alguns momentos do texto a mãe mostrar irritação com o filho, a opção (D) não responde integralmente à questão. ORIENTAÇÕES: É interessante trabalhar com a turma a função dos pronomes dentro do texto, destaque também o valor enfático estabelecido pelos pronomes juntamente com os sinais de pontuação. É importante também fazer a leitura em voz alta do texto respeitando a pontuação e enfatizando a entonação. 5) LEIA O TEXTO: Na opinião da Mônica, o espelho (A) achou que ela é feia. (B) achou que ela é a mais bonita. (C) ficou indiferente. (D) calou-se porque não tem opinião. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto GABARITO: B DISTRATORES: O último quadrinho leva o leitor a entender, por meio da palavra CONSENTE, que o espelho concorda com o que foi dito por Mônica no primeiro quadrinho, fato que exclui a possibilidade de as opções (A), (C) e (D) funcionarem como gabaritos da questão. ORIENTAÇÕES: Monitor, utilize a tirinha em questão para trabalhar com os alunos a intertextualidade existente no primeiro e no terceiro quadrinhos. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 9 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 13. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 6) LEIA O TEXTO ACHO QUE TOU __ Acho que tou __ disse a Vanessa. __ Ai, ai, ai __ disse o Cidão. No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, a Vanessa tinha dito “Acho que dá”. E agora aquilo. Ela podia estar grávida. 5 Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de uma besteira. Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia. Tudo teria que mudar na vida dos dois. O casamento estava fora de questão, mas não era só isso. A relação dos dois passaria a ser outra. A relação dela com os pais. Os planos de um e de outro. O vestibular dela, nem pensar. O estágio dele no exterior, nem pensar. Ele não iria abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma guinada, e ele sempre culparia 10 ela por isto. Ela não saberia como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria radicalmente. E se livrarem do bebê também era impensável. Uma tragédia. __ Quando é que você vai saber ao certo? __ Daqui a dois dias. Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No terceiro dia ela chegou correndo na casa dele, agitando 15 um papel no ar. Ele estava no seu quarto, adivinhou pela alegria no rosto dela qual era a grande notícia. __Não tou! Não tou! Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor, amaram-se na cama do Cidão, e ela engravidou. VERÍSSIMO, Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 65-66. Não encontramos registro de opinião, no seguinte texto, em: (A) “No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, (...)” (B) “Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia.” (C) “A relação dos dois passaria a ser outra.” (D) “O casamento estava fora de questão, mas não era só isso.” TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato GABARITO: A DISTRATORES: O texto foi construído em torno de sequências narrativas, porém em vários momentos o narrador deixa vislumbrar sua opinião acerca dos fatos ocorridos, isso pode ser percebido nas opções (B), (C) e (D), elas, portanto, não respondem adequadamente à questão. ORIENTAÇÕES: Este tipo de questão é interessante para testar a atenção do aluno, pois, aquele que leu o texto atentamente conseguirá distinguir entre um fato e a opinião relativa a esse fato. Procure fazer com que os alunos leiam o texto em voz alta, depois formule alguns questionamentos sobre os eventos narrados, procure identificar os elementos que fazem referência anafórica no texto e proponha à turma que busque os referentes, para depois disso resolver a questão proposta no enunciado. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 10 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 14. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 7) LEIA O TEXTO O ALMIRANTE NEGRO (João Bosco-Aldir Blanc) Há muito tempo nas águas da Guanabara O Dragão do Mar reapareceu Na figura de um bravo marinheiro 5 A quem a história não esqueceu Conhecido como o Almirante Negro Tinha a dignidade de um mestre-sala E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas 10 Jovens polacas e por batalhões de mulatas Rubras cascatas jorravam das costas dos negros Pelas pontas das chibatas Inundando o coração de toda tripulação Que a exemplo do marinheiro gritava então 15 Glória aos piratas, às mulatas, às sereias Glória à farofa, à cachaça, às baleias Glória a todas as lutas inglórias Que através da nossa história Não esquecemos jamais 20 Salve o almirante negro Que tem por monumento As pedras pisadas do cais Mas faz muito tempo... Fonte: Jornal O Dia, 21.11.2010. No texto, a expressão em destaque refere-se (A) ao dragão do mar representado pela figura de um bravo marinheiro. (B) ao Almirante negro. (C) ao sangue que escorria nas costas dos negros. (D) ao coração dos escravos negros. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão GABARITO: C DISTRATORES: As opções (A) e (B) são inadequadas, pois fazem referência à figura do marinheiro e não condizem com o conteúdo semântico da expressão em questão. A (D) é parcialmente incorreta, pois a expressão refere-se ao sangue dos escravos negros e não aos negros em si. ORIENTAÇÕES: É interessante pedir um apoio ao professor de História para explicar melhor o que acontecia no Contexto histórico daquela época, assim haverá possibilidade de os alunos compreenderem melhor o que está sendo expresso na letra da música. É importante também explorar o vocabulário da letra da música, pedindo aos alunos para destacarem as palavras cujo significado é desconhecido para eles, dessa forma, eles poderão pesquisar no dicionário e criar o hábito de consultá- lo. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 11 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 15. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 8) LEIA O TEXTO LOBATO ATACA O CABOCLO Marcelo Coelho Monteiro Lobato (1882-1948) será sempre lembrado como o autor das histórias infantis do Sítio do Picapau Amarelo. Sua atividade como polemista, todavia, foi marcante nas primeiras décadas do século. Velha Praga, artigo publicado em 1914, contra o costume das queimadas no interior paulista, revelou-o no cenário nacional. Tendo herdado uma fazenda do avô, em 1911, Lobato ficou chocado com o comodismo dos caboclos que viviam em suas 5 terras. Reagindo, talvez, ao impacto de Os Sertões, de Euclides da Cunha (publicado em 1902), Lobato reage contra as idealizações do sertanejo nesse texto de 1914. Logo em seguida, em 1918, ele corrigiria sua visão sobre a indolência do caipira. Não se tratava de deficiência moral, mas de doença física, de verminose principalmente. É típico do pensamento conservador atribuir a pobreza à falta de vontade psíquica, em vez de procurar causas materiais para o problema. O estereótipo do jeca, criado por Lobato em sua fase conservadora, teria de todo modo grande 10 êxito (Revista Língua Portuguesa, nº 7, pág. 34, 2006) O título dado ao texto se justifica porque (A) o patrimônio de Monteiro Lobato estava sendo ameaçado. (B) o homem do campo leva sua vida de forma simples. (C) Lobato fizera críticas ao desleixo do caipira. (D) Monteiro Lobato era famoso por seus preconceitos. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto GABARITO: C DISTRATORES: No trecho “Tendo herdado uma fazenda do avô, em 1911, Lobato ficou chocado com o comodismo dos caboclos que viviam em suas terras.”(L.8-10), a palavra “comodismo” pode ser um sinônimo contextual para “desleixo” – do verbo “desleixar”, „tornar-se negligente, descuidar-se‟ (Aurélio). Logo, a melhor opção é a C, pois a questão se restringe ao título do texto. ORIENTAÇÕES: Monitor, proponha uma discussão acerca do conceito de raça, se é possível determinar as origens de uma pessoa apenas pela cor da pele ou pelos cabelos. Além disso, fale da rica miscigenação do povo brasileiro. Também converse com eles sobre a origem de seus pais, avós e bisavós. E, por último, pergunte se alguém já sofreu algum tipo de preconceito por causa de sua cor ou origem. 9) LEIA O TEXTO: QUADRILHA João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento, 5 Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia, PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 12 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 16. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 12ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1978. p. 136.) O poema é marcado pelo (a) (A) alegria. (B) frustração. (C) romantismo. (D) eterno encontro. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto GABARITO: B DISTRATORES: Já que o texto sugere a intensa troca de casais como na dança folclórica e o amor não correspondido, pode-se dizer que a “frustração” (B) é o traço principal desse poema. ORIENTAÇÕES Fale com os alunos sobre a estrutura do poema, seu ritmo e ausência de rima e de final feliz. Proponha uma comparação entre ele, as músicas românticas atuais e as novelas da teledramaturgia brasileira. 10) LEIA O TEXTO ACHO QUE TOU __ Acho que tou __ disse a Vanessa. __ Ai, ai, ai __ disse o Cidão. No entusiasmo do momento, os dois a fim e sem um preservativo à mão, a Vanessa tinha dito “Acho que dá”. E agora aquilo. Ela podia estar grávida. 5 Do “Acho que dá” ao “Acho que tou”. A história de uma besteira. Mais do que uma besteira. Se ela estivesse mesmo grávida, uma tragédia. Tudo teria que mudar na vida dos dois. O casamento estava fora de questão, mas não era só isso. A relação dos dois passaria a ser outra. A relação dela com os pais. Os planos de um e de outro. O vestibular dela, nem pensar. O estágio dele no exterior, nem pensar. Ele não iria abandoná-la com o bebê, mas a vida dele teria que dar uma guinada, e ele sempre culparia 10 ela por isto. Ela não saberia como cuidar de um bebê, sua vida também mudaria radicalmente. E se livrarem do bebê também era impensável. Uma tragédia. __ Quando é que você vai saber ao certo? __ Daqui a dois dias. Durante duas noites, nenhum dos dois dormiu. No terceiro dia ela chegou correndo na casa dele, agitando 15 um papel no ar. Ele estava no seu quarto, adivinhou pela alegria no rosto dela qual era a grande notícia. __Não tou! Não tou! Abraçaram-se, aliviados, beijaram-se com ardor, amaram-se na cama do Cidão, e ela engravidou. VERÍSSIMO, Luís Fernando. “Acho que tou” In: Mais Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 65-66 A expressão “dar uma guinada” (l. 11) no texto significa (A) saltar de um lado para o outro. (B) mudar para melhor. (C) mudar para pior. (D) voltar ao passado. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 13 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 17. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão GABARITO: B DISTRATORES: As opções (A) e (D) apresentam conteúdos incompatíveis com o contexto do texto. A opção (C) está parcialmente incorreta, pois a expressão significa que ocorrerá uma mudança na vida do rapaz, porém não se sabe se é para melhor ou pior. ORIENTAÇÕES: Faz-se necessário relembrar com a turma o conceito de conotação e denotação, tente explicar que o significado da expressão só pode ser compreendida se for levado em consideração o sentido figurado e que a mesma expressão pode assumir significado distinto se for inserida em um outro texto com um outro contexto. 11) LEIA O TEXTO: Jornal O Dia 10/10/2010 Infere-se do segundo quadrinho da tira que: (A) Calvin não tem consciência da alienação gerada pela TV às pessoas. (B) A TV é uma forma de entretenimento passivo. (C) Calvin tem consciência de que está sujeito a tornar-se um ser alienado. (D) A TV tem poder hipnótico sobre o Calvin. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto GABARITO: C DISTRATORES: A opção (A) é incoerente, pois diz o contrário do que a tira expressa. A opção (B) não é incorreta em relação ao primeiro quadrinho, mas a questão enfoca o que se passa no segundo quadrinho. Já opção (D) é inadequada porque se refere ao terceiro quadrinho. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 14 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 18. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) ORIENTAÇÕES: Proponha aos alunos a leitura detalhada de cada quadrinho e busque tirar inferências acerca de cada um. Se possível, leve outros textos cujo conteúdo faça críticas à influência da TV no comportamento dos telespectadores e liste, juntamente com a turma, o lado negativo e o positivo da mídia. Por fim, é interessante dividir a turma em grupos que se posicionem a favor e outro contra a presença da TV no cotidiano das pessoas. 12) LEIA O TEXTO TESTES Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da Internet. O nome do teste era tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. 5 Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca. Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a 10 marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado). Do texto acima, deduz-se que (A) os testes propostos por sites da Internet são confiáveis. (B) os testes propostos por sites da Internet apresentam resultados generalizantes. (C) os resultados dos testes não correspondem às perspectivas das pessoas. (D) os resultados dos testes da Internet afirmam que os indivíduos são seres únicos. TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto GABARITO: B DISTRATORES: A opção (A) é incoerente, pois o texto nos leva a inferir que os testes da Internet não são confiáveis. A opção (C) mostra uma inversão do que há no texto. E a opção (D) está incorreta porque, a partir do momento em que os resultados são generalizantes, igualam-se os indivíduos. ORIENTAÇOES: É importante fazer a leitura para e com os alunos para que eles possam compreender que o texto faz uma crítica aos testes propostos por sites da Internet. Se possível, leve outros exemplos de testes para confirmar a crítica apresentada neste texto. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 15 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 19. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 13) LEIA O TEXTO O ÍNDIO Contou como é que foi. Disse que – de repente- resolveu se fantasiar, coisa que não fazia há anos. Podia optar por duas fantasias: a de árabe ou a de índio, que são as mais fáceis de se fazer a domicílio. Árabe – sabem como é – a gente faz até com toalha escrito “Bom Dia”. Amarra uma de rosto na cabeça e enrola outra de banho no corpo. Por baixo: cueca. Nos pés: sandália. Não fica um árabe rico, mas já dá pro consumo. 5 Índio ainda é mais fácil. Faz-se com uma toalha só, bem colorida. Enrola-se a dita na cintura, com short por baixo. Na cabeça coloca-se o que antes foi o espanador. Contou que foi de índio porque em casa tinha dois espanadores. Não ficou um índio legal. Mas também não chegava a ser desses índios mondrongos que tiravam retrato com o Dr. Juscelino. Se tivesse saído de árabe não teria apanhado a vizinha, distinta que vinha cercando desde setembro, quando ela 10 se mudara para o 201. E continuou contando. Índio de óculos também já era debochar demais da realidade. Assim, ao sair pela aí, deixou os óculos na mesinha-de-cabeceira. Andou pela Avenida, viu as tais sociedades carnavalescas e depois entrou num bar para lavar a caveira. Quando voltou para casa estava ziguezagueando. Bebera de com força e entrou no edifício balançando. E – coitado – sem óculos, não enxergava direito. Subiu no elevador, saltou no segundo e foi se encostando pelas paredes no 15 corredor. Tava um índio desses que quer apito. __ Que é que tem tudo isso a ver com a vizinha? Sem óculos – tornou a explicar – em vez de entrar no 202 (seu apartamento), viu a porta do 201 aberta e foi entrando de índio e tudo. __ Era o apartamento da vizinha? 20 __ Era. __ E ela? __ No começo não quis. Mas acabou entrando pra minha tribo. PRETA, Stanislaw Ponte. O Índio. In: Tia Zulmira e Eu. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 8 ed. 1994. p. 178-179. Que trecho do texto traduz uma opinião do narrador acerca do fato narrado. (A) ” (...) que são as mais fáceis de se fazer a domicílio.” (B) “(...) Amarra uma de rosto na cabeça e enrola outra de banho no corpo.” (C) “Índio ainda é mais fácil.(...)” (D) “Contou que foi de índio porque em casa tinha dois espanadores.” TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato GABARITO: C DISTRATORES: A opção (A) é inadequada à resposta por não constituir uma opinião do narrador, e sim uma oração explicativa em relação às duas opções de fantasias. A opção (B) é incorreta porque narra parte da montagem da fantasia de árabe. A opção (D), por sua vez, é inadequada porque contém parte do fato narrado e não a opinião do narrador. ORIENTAÇÕES: É interessante que se faça uma leitura em voz alta para os alunos, para que eles percebam que esta narrativa não se limita apenas aos fatos narrados, mas também às opiniões do narrador e diálogos estabelecidos entre o narrador e leitor. É importante estabelecer um diálogo com a turma para que eles digam suas respectivas opiniões. Outra atividade também interessante para ser desenvolvida em sala é omitir para eles o final da narrativa e propor a construção do fim da história. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 16 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 20. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 14) LEIA O TEXTO: CONSELHO (Adilson Bispo / Zé Roberto) Deixe de lado esse baixo astral Erga a cabeça enfrente o mal Que agindo assim será vital para o seu coração É que em cada experiência se aprende uma lição 5 Eu já sofri por amar assim Me dediquei mas foi tudo em vão Pra que se lamentar Se em sua vida pode encontrar Quem te ame com toda força e ardor 10 Assim sucumbirá a dor (tem que lutar) Tem que lutar Não se abater Só se entregar A quem te merecer 15 Não estou dando nem vendendo Como o ditado diz O meu conselho é pra te ver feliz (http://www.letras.com.br/almir-guineto/conselho) O ditado popular a que se refere a letra do samba no verso 16 está corretamente reproduzido em: (A) “Mais vale um pássaro na mão que dois voando.” (B) “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia.” (C) “É na necessidade que se conhece o amigo.” (D) “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.” TÓPICO I – Procedimentos de leitura DESCRITOR D4 – Inferir uma informação implícita em um texto GABARITO: B DISTRATORES: O próprio título da canção já remete ao ditado popular “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia.” Esse ditado faz uma ironia acerca dos bons conselhos, todavia o tom de admoestação que se nota nos versos confirma o valor de tais conselhos. ORIENTAÇÕES: Caro monitor, se for possível, leve um CD com a música, e deixe-a tocar para que os alunos acompanhem o texto cantando. Proponha também que eles expliquem cada ditado popular presente na questão. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 17 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 21. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Tópico II Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 18 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 22. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Tópico II Implicações do suporte, do gênero, e/ ou do Enunciador na compreensão de texto São dois os descritores deste tópico. D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.) Considera-se parte constitutiva da habilidade de leitura a construção da estrutura textual e de que forma esta estrutura traz implicações na compreensão de texto. Por isso, entende-se que este descritor requer a construção de uma “armação” sustentadora do assunto, ligada ao texto. Neste caso, o material gráfico pode levar o leitor a entender as relações mais abstratas. A informação focada no material gráfico pode preparar para a leitura verbal do texto. Entretanto, é, sem dúvida, necessária uma intimidade com este tipo de linguagem, que visa à articulação dessas duas formas de linguagem (verbal e não verbal). D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros Esse é um descritor em nível macrotextual que visa à identificação do gênero do texto, como também ao reconhecimento de sua finalidade, seu propósito comunicativo. Língua Portuguesa: orientações para o professor, SAEB/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 19 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 23. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 15) LEIA O TEXTO (http://www.monica.com.br/cookpage/cookpage.cgi?!pag=comics/tirinhas/tira294) “Chove todo dia...” (1° quadrinho). Assinale a alternativa em que a palavra todo tenha o mesmo significado que o da tirinha anterior. (A) Todo o dia chove aqui. (B) Todo o bolo tinha formigas. (C) O livro foi lido por todo aluno. (D) Meu aluno chegou todo feliz. TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto DESCRITOR D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc) GABARITO: C DISTRATORES: Em “Chove todo dia”, a palavra TODO pode ser substituída por CADA, o mesmo que ocorre com a opção C. Nos distratores (A) e (B), TODO O é sinônimo contextual de INTEIRO. Já no distrator (D), TODO é equivalente a TOTALMENTE. ORIENTAÇÕES: Caro monitor, fale com seus alunos sobre as múltiplas possibilidades semânticas da palavra TODO. Veja alguns exemplos: • Todo país tem problemas. (=QUALQUER PAÍS) • Todo o país tem problemas. (=O PAÍS INTEIRO) • Ele está todo sujo. (=TOTALMENTE SUJO) • O dia todo foi de muito trabalho. (=O DIA INTEIRO) • Todo ser deveria ser igual. (=CADA SER) PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 20 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 24. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 16) LEIA O TEXTO: (Caulos, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1978, in http://www.inep.gov.br/download/enem/2001/prova/amarela_2001.pdf) Os quadrinhos do texto anterior falam de (A) desmatamento. (B) seca. (C) enchente. (D) descaso das autoridades. TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto DESCRITOR D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.) GABARITO: A DISTRATORES No último quadrinho, a imagem da palmeira cortada sugere que houve desmatamento. Portanto, os distratores (B), (C) e (D) não seriam respostas adequadas. ORIENTAÇÕES Caro monitor, apresente sucintamente ao aluno o poema original escrito por Gonçalves Dias. Se possível, use dicionários para que consultem os vocábulos desconhecidos. Ressalte o amor do poeta pela terra natal, cheia de belezas naturais e a sua atual devastação. Veja abaixo o poema e uma breve biografia do autor: Canção do exílio "Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 21 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 25. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá." Canção do exílio é o poema de Gonçalves Dias que abre o livro contos literários e marca a obra do autor como um dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Foi escrita em julho de 1843, em Coimbra, Portugal. O poema, por conta de sua contenção e de sua alusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou- se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua frequente aparição nas antologias escolares, bem como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros. Sua temática é própria da primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo. Gonçalves Dias compôs o poema cinco anos depois de partir para Portugal, onde fora cursar Direito na Universidade de Coimbra. O texto é estruturado a partir do contraste entre a paisagem europeia e a terra natal - jamais nominada, sempre vista com o olhar exagerado de quem está distante e, em sua saudade, exalta os valores que não encontra no local de exílio. <http://pt.wikipedia.org> (com adaptações) 17) LEIA O TEXTO: DORMIR FORA DE CASA PODE SER TORMENTO Mirna Feitosa A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré- adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora tenham vontade. 5 Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação”, explica o psicanalista infantil Bernardo Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações geram ansiedade e angústia” , afirma. (...) 10 (Folha de S. Paulo, 30/8/2001) PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 22 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 26. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Marque a opção que indique a finalidade do texto acima: (A) entreter. (B) informar. (C) relatar. (D) convencer. TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto DESCRITOR D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros GABARITO: B DISTRATORES: A opção (A) é incorreta, porque o texto em questão não apresenta por objetivo o entretenimento, visto que se trata de um texto jornalístico cujo intuito é informar. A opção (C) é parcialmente incorreta, pois no texto houve trechos relatados, porém o relato não constitui sua finalidade. A opção (D) também é, em parte, inadequada, pois os autores de um texto, em geral, pretendem convencer o leitor de sua opinião, no entanto, não constitui a finalidade maior deste texto. ORIENTAÇÕES: Trabalhar esta questão exige que o monitor leve para os alunos outros textos com diferentes propósitos, a fim de que a turma tenha o conhecimento de que para cada propósito comunicativo haverá uma finalidade na qual se baseia o texto em questão. É interessante propor à turma a análise de textos publicados em jornais, destacando que nem todo o conteúdo jornalístico tem o objetivo de informar. 18) LEIA O TEXTO: TRAGÉDIA BRASILEIRA Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado do Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. 5 Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava um namorado, Misael mudava de casa. 10 Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. Fonte: BANDEIRA, Manuel. “Tragédia Brasileira”. In: Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro, Cia. José Aguilar Editora, 1967. p. 283. A finalidade do texto acima é (A) narrar. (B) descrever. (C) argumentar. (D) divertir. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 23 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 27. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreensão do texto DESCRITOR D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros GABARITO: A DISTRATORES: A opção (B) está incorreta, pois, apesar de haver trechos descritivos, o texto tem por finalidade predominante narrar. A opção (C) também é incorreta, pois não há no texto traços característicos da argumentação. Já a opção (D) está parcialmente incorreta, pois a consequência do texto é promover a diversão, mas o objetivo é narrar. ORIENTAÇÕES: É importante trabalhar com a turma todos os tipos de textos apresentados nas opções da questão, assim você dará aos alunos a possibilidade de listar as diferenças entre os variados textos e, para aqueles que ainda não os conhecem, a oportunidade de conhecê-los. Um livro cuja leitura é indispensável chama-se “Gêneros textuais e Ensino”, nele você poderá tirar todas as dúvidas acerca dos gêneros e tipos textuais e enriquecer suas aulas. 19) LEIA O TEXTO: Fonte: Revista Veja. 30 jul. 1997, p. 15 Infere-se, da imagem acima, que (A) a evolução dos meios de comunicação faz com que as pessoas desliguem-se das pessoas próximas. (B) as pessoas gostam da comunicação mútua. (C) cada vez mais cedo, os jovens aprendem a lidar com a tecnologia. (D) os modernos meios de comunicação possibilitam um contato maior comas pessoas ao nosso redor. TÓPICO II – Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão de texto DESCRITOR D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos etc.) GABARITO: A DISTRATORES: A opção (B) é incoerente com que é apresentado na charge, pois não há comunicação entre eles. A opção (C) está parcialmente incorreta, pois há a presença de jovens lidando com os meios de comunicação modernos, no entanto também existem adultos. E a opção (D) é incoerente, pois a charge mostra que o contato entre as pessoas presente é totalmente nulo. ORIENTAÇÕES: PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 24 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 28. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Faz-se necessário observar a opinião dos alunos sobre a evolução dos meios de comunicação, certamente, a maioria ficará a favor. Procure observar o grupo, dentro da turma, que se posicionará contra e desenvolva com eles a argumentação, busque textos que mostrem as duas versões. Há um texto “Ela tem alma de pomba”, do Rubem Braga, que apresenta os dois lados da presença da TV na vida das pessoas, trabalhar a leitura e compreensão deste texto será enriquecedor. __________________________________________________________________________________________ 20) LEIA O TEXTO A tristeza é uma emoção criada para permitir um ajustamento a uma grande perda ou uma decepção importante. E os especialistas sabem que quando a tristeza é muito profunda, aproximando-se da depressão, a velocidade metabólica do corpo fica muito reduzida, o que originalmente deveria deixar a pessoa quase imobilizada, em casa, onde há menos perigo e mais segurança. Luiz Lobo, para a TVE Site: www.tvebrasil.com.br/links/homo/historia/historia/htm Identifique a finalidade do texto abaixo. (A) informar. (B) relatar. (C) divertir. (D) convencer. TOPICO II – Implicações do Suporte, do Gênero e/ou Enunciador na Compreensão do Texto DESCRITOR D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros GABARITO: A DISTRATORES: As opções (B), (C) e (D) são inadequadas porque o texto é uma definição que tem por objetivo informar. ORIENTAÇÕES: É importante definir para os alunos o que vem a ser informar, relatar, divertir e convencer. Procure elaborar a definição a partir da opinião deles, partindo daquilo que eles tiverem noção, assim a compreensão se constrói de forma mais prática e eles dificilmente a esquecerão. Apresente à turma textos cuja finalidade seja distinta da presente no texto da questão. E, ao final, peça para que todos levem outros textos da preferência deles e proponham para uma atividade em que eles terão de identificar a finalidade dos textos escolhidos. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 25 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 29. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Tópico III Relação entre textos PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 26 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 30. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) Tópico III Relação entre texto Há apenas dois descritores de habilidade neste tópico. D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar a informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido Neste descritor, a palavra-chave é a intertextualidade. Está inscrita na concepção do descritor a relação de interação que se estabelece entre os interlocutores. Isto pressupõe entender de que forma o texto é produzido e como ele é recebido. Neste sentido, admite-se a ideia de polifonia, ou seja, da existência de muitas vozes no texto, o que constitui um princípio que trata o texto como uma comunhão de discursos e não como algo isolado. Neste tópico, a ideia central é a ampliação do mundo textual. D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema Língua Portuguesa: orientações para o professor, SAEB/Prova Brasil, 4ª série/5º ano, ensino fundamental. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009 PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 27 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 31. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 21) LEIA OS TEXTOS: TEXTO I A FESTA DA PENHA Olavo Bilac Pelas estradas que levam à ermida branca, uma quinta parte da população carioca irá rezar e folgar lá em cima. Por toda a manhã, e toda a tarde, ferverá na Penha o pagode; e, sentados à vontade na relva, devastando os farnéis bem providos de viandas gordas e esvaziando os “chifres” pejados de vinho, os romeiros celebrarão com gáudio a festa da compassiva Senhora. Vocabulário: ermida: pequena igreja viandas: carnes pejados: cheios gáudio: alegria compassiva: piedosa. TEXTO II ROMARIA Carlos Drummond de Andrade No alto do morro chega a procissão. Um leproso de opa empunha o estandarte. As coxas das romeiras brincam no vento. Os homens cantam, cantam sem parar. 5 No adro da igreja há pinga, café, Imagens, fenômenos, baralhos, cigarros E um sol imenso que lambuza de ouro O pó das feridas e o pó das muletas. Vocabulário: Opa: Espécie de capa sem mangas. Em relação à estrutura formal dos textos I e II, é correto afirmar que (A) O texto I está organizado em períodos que compõem um parágrafo. (B) No texto II há o predomínio da ordem direta. (C) O texto I está organizado em versos. (D) O ritmo do texto II acompanha a naturalidade da fala. TÓPICO III – Relação entre textos DESCRITOR D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido GABARITO: A DISTRATORES: A opção (B) é incoerente, pois o predomínio da ordem direta ocorre no texto I. A opção (C) é incoerente, pois o texto I é um texto em prosa. Diz-se que a opção (D) é incorreta, pois o texto que acompanha o ritmo da fala é o texto I. ORIENTAÇÕES: Nesta questão, mais uma vez, é interessante trabalhar o vocabulário com a turma, pois há muitas palavras cujos significados os alunos provavelmente desconhecem. Explique para eles que a presença de um vocabulário rebuscado faz parte do estilo do autor e aproveite para trabalhar textos em verso e textos em prosa. Proponha à turma o estabelecimento das diferenças de um texto em verso e um texto em prosa. Por fim, procure identificar o formato de texto que mais agrada aos alunos para, futuramente, você trabalhá-lo na turma. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 28 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 32. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 22) LEIA OS TEXTOS: TEXTO I EVOCAÇÃO DO RECIFE (Fragmento) A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil 5 Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada. MANUEL BANDEIRA. “Evocação do Recife.” In Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. TEXTO II Defesa da inventividade popular ( “o povo é o inventa-línguas”, Maiakovski) contra os burocratas da sensibilidade, que querem impingir ao povo, caritativamente, uma arte oficial, de ‘boa consciência’, ideologicamente retificada, dirigida. (...) Mas o povo cria, o povo engenha, o povo cavila. O povo é o inventa-línguas, na malícia da mestria, no 5 matreiro da maravilha. O visgo do improviso, tateando a travessia, azeitava o eixo do sol... O povo é o melhor artífice. Haroldo de Campos. “Circulado de Fulô”, in Isto não é um livro de viagens. 16 fragmentos de “Galáxias”. CD gravado no Nosso Estúdio, São Paulo, para a Editora 34, Rio de Janeiro, 1992. * Maiakovski – poeta russo que viveu entre 1893 e 1930. Em relação aos textos I e II, observa-se a valorização do falar do povo brasileiro. No entanto, há um trecho do texto I que apresenta uma crítica negativa em relação a esse falar. Marque a opção que contém essa crítica. (A) “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros” (B) “ Vinha da boca do povo na língua errada do povo” (C) “Língua certa do povo” (D) “Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil” TÓPICO III – Relação entre textos DESCRITOR D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido GABARITO: B DISTRATORES: A opção A é inadequada porque não apresenta crítica alguma. Já as opções (C) e (D) são inadequadas por apresentarem valorização do falar do povo. ORIENTAÇÕES: É importante propor um debate com a turma em relação ao falar do povo brasileiro, fazendo uma analogia com o português de Portugal. Destaque para os alunos as diferenças existentes entre o português do Brasil e o de Portugal e que o PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 29 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 33. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) nosso distanciamento em relação a este último não nos faz povos inferiores, mas inovadores. Há um documentário cujo título é “Língua: vidas em português” que seria interessante passar para os alunos, assim haverá a possibilidade de propor uma atividade de produção textual em que a turma poderá expor sua opinião. Busque com os alunos o significado dos vocábulos do texto II. Provavelmente eles terão bastante dificuldade em compreendê-lo devido ao grande número de palavras desconhecidas. 23) LEIA OS TEXTOS: TEXTO I O ALMIRANTE NEGRO (João Bosco – Aldir Blanc) Há muito tempo nas águas da Guanabara O Dragão do Mar reapareceu Na figura de um bravo marinheiro A quem a história não esqueceu 5 Conhecido como o Almirante Negro Tinha a dignidade de um mestre-sala E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas Jovens polacas e por batalhões de mulatas 10 Rubras cascatas jorravam das costas dos negros Pelas pontas das chibatas Inundando o coração de toda tripulação Que a exemplo do marinheiro gritava então Glória aos piratas, às mulatas, às sereias 15 Glória à farofa, à cachaça, às baleias Glória a todas as lutas inglórias Que através da nossa história Não esquecemos jamais Salve o almirante negro 20 Que tem por monumento As pedras pisadas do cais Mas faz muito tempo... Jornal O Dia, 21.11.2010 TEXTO II A LETRA ORIGINAL DE ‘O MESTRE-SALA DOS MARES’ Em 1974, a ditadura exigiu mudanças até no título do samba em homenagem a João Cândido, líder da Revolta da Chibata. Na véspera dos 100 anos do motim contra os castigos físicos na Marinha, o Informe publica a letra original. Ah, Dragão do Mar foi o jangadeiro que, em 1884, impediu o embarque de escravos em Fortaleza e precipitou a Abolição no Ceará. Jornal O Dia, 21.11.2010. Em relação aos textos abaixo, é correto afirmar que (A) O texto I apresenta a letra do samba em sua versão original e o texto II ratifica isso. (B) O texto II faz um esclarecimento acerca das mudanças feitas no texto I por ocasião da Ditadura. (C) O texto II faz referência as poucas mudanças na letra do samba por ocasião da Ditadura. (D) Devido à Ditadura, o texto I utiliza uma linguagem denotativa. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 30 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 34. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) TÓPICO III – Relação entre textos DESCRITOR D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido GABARITO: B DISTRATORES: A opção (A) é incorreta porque o texto I já apresenta a letra do samba modificado e o texto II faz essa ressalva. A opção (C) está incorreta, pois, de acordo com o texto II, não foram poucas as mudanças feitas no texto I, visto que foi necessário mudar até o título. A opção (D) é incoerente, pois devido à ditadura era necessário o uso de uma linguagem metafórica, conotativa. ORIENTAÇÕES: É interessante pedir um apoio ao professor de História para explicar melhor o que acontecia no contexto histórico daquela época, assim haverá possibilidade de os alunos compreenderem melhor o que está sendo expresso na letra da música. É importante também explorar o vocabulário da letra da música, pedindo aos alunos para destacar as palavras cujo significado é desconhecido para eles, dessa forma, eles poderão pesquisar no dicionário e criar o hábito de consultá-lo. 24) LEIA OS TEXTOS: TEXTO I QUARTO DE BADULAQUES Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra no último “Quarto de badulaques”. Acontece que eu, acostumado a conversar 5 com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção”? do verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário (...). O certo é “varrição”, e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário(...). Porque para eles não é o 10 dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas gerais, fala “varreção”, quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado. (Rubem Alves, Quarto de badulaques) TEXTO II O GIGOLÔ DAS PALAVRAS (Fragmento) (...) Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! Com que cuidado, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de 5 lexicógrafos, etimologias e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 31 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 35. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) VERÍSSIMO, Luís Fernando. “O gigolô das palavras”. In: Mais Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p.145. Acerca dos textos I e II é correto afirmar que (A) os dois textos defendem o uso das regras gramaticais em qualquer situação. (B) o amigo do enunciador do texto 1 é um gigolô das palavras. (C) Os enunciadores dos dois textos comportam-se como um gigolô das palavras. (D) Os enunciadores dos textos são contra à obediência às normas gramaticais. TÓPICO III – Relação entre textos DESCRITOR D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema GABARITO: C DISTRATORES: A opção (A) é incoerente, pois nenhum dos textos defende o uso das normas gramaticais. A opção (B) está incorreta, pois, ao contrário, o amigo, o enunciador do texto I, não se comporta como um gigolô das palavras. A opção (D) é inadequada, pois em nenhum momento os enunciadores posicionam-se contra a obediência às normas gramaticais, eles são apenas a favor da adequação da língua ao contexto. ORIENTAÇÕES: Faz-se necessário ler os dois textos passo a passo para que a turma compreenda que ambos dão importância para a adequação da linguagem. Apresente para os alunos outros textos que tratem do mesmo assunto, leia trechos do livro “A língua de Eulália” e busque sempre a opinião da turma acerca do tema; exercícios de mudança da linguagem formal para informal também são interessantes e, em geral, os alunos gostam bastante. ___________________________________________________________________________________________ 25) LEIA OS TEXTOS TEXTO I A PÁTRIA Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! Não verás nenhum país como este! Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 5 É um ceio de mãe a transbordar carinhos. Vê que vida há no chão! Vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar; entre os ramos inquietos! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Vê que grande extensão de matas, onde impera 10 Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! Jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com seu suor fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece! 15 Criança! Não verás país nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! In: BILAC, Olavo. Poesias infantis. 18. ed. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1952. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 32 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 36. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) TEXTO II PROSTITUIÇÃO INFANTIL Não sei que jornal, há algum tempo, noticiou que a polícia ia tomar sob a sua proteção as crianças que aí vivem, às dezenas, exploradas por meia dúzia de bandidos. Quando li a notícia, rejubilei. Porque, há longo tempo, desde que comecei a escrever, venho repisando este assunto, pedindo piedade para essas crianças e cadeia para esses patifes. Mas os dias correram. As providências anunciadas não vieram. Parece que a piedade policial não se estende às 5 crianças, e que a cadeia não foi feita para dar agasalho aos que prostituem corpos de sete a oito anos... E a cidade, à noite, continua a encher-se de bandos de meninas, que vagam de teatro em teatro e de hotel em hotel, vendendo flores e aprendendo a vender beijos. Anteontem, por horas mortas, (...) vi sentada uma menina, a uma soleira de porta. Dormia. Ao lado, a sua cesta de flores murchas estava atirada sobre a calçada. Despertei-a. A pobrezinha levantou-se, com um grito. Teria oito anos, 10 quando muito. Louros e despenteados, emolduravam os seus cabelos um rosto desfeito, amarrotado de sono e de choro. (...) Perdera toda a féria. Só conseguira obter, ao cabo de toda uma tarde de caminhadas e de pena, esses dez tostões – perdidos ou furtados. E pelos seus olhos molhados passava o terror das bordoadas que a esperavam em casa... “Mas é teu pai quem te esbordoa?” 15 “É um homem que mora lá em casa...” (...) não penseis que me iluda sobre a eficácia das providências que possa a polícia tomar, a fim de salvar das pancadas o corpo e da devassidão a alma de qualquer dessas meninas. (...) BILAC, Olavo. In: DIMAS, Antonio (org). Vossa insolência: crônicas. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. p. 305-8. Os textos acima foram escritos com propósitos distintos, com base nessa observação, marque a opção que apresente comentário adequado em relação aos textos. (A) O texto I apresenta uma exaltação à pátria e o texto II ratifica essa exaltação. (B) Ambos os textos fazem referência a problemas enfrentados pelo povo brasileiro. (C) Somente o texto I exalta a pátria, o texto II fala de um ato falho do Estado. (D) O texto I é de caráter ufanista e o texto II fala da piedade que os policiais têm pelas crianças. TÓPICO III – Relação entre textos DESCRITOR D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema GABARITO: C DISTRATORES: A opção (A) é incorreta porque apenas o texto I exalta a pátria. A opção (B) é incorreta porque apenas o texto II faz referência a problemas enfrentados pelo povo brasileiro. A opção (D) é incoerente, pois no texto II há uma passagem que diz que os policiais não têm piedade das crianças. ORIENTAÇÕES: Monitor, procure comparar os textos com os alunos, explorando as semelhanças e diferenças entre eles, no que diz respeito à forma, verso e prosa, e ao contexto histórico em que cada texto foi produzido. PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 33 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011
  • 37. MÓDULO II Orientações Pedagógicas LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO (2011) 26) LEIA OS TEXTOS: TEXTO I SE EU MORRESSE AMANHÃ! Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! 5 Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! 10 Que sol! Que céu azul! Que doce n’alva Acorda a natureza mais louça! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora 15 A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã! AZEVEDO, Álvares de. Se eu morresse amanhã. In: FACIOLI, Valentim & OLIVIERI, Antonio C. Antologia de poesia brasileira – Romantismo. São Paulo, Ática, 2000. p. 60. TEXTO II EPITÁFIO Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais 5 E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer Queria ter aceitado as pessoas Como elas são Cada um sabe a alegria e a dor 10 Que traz no coração O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar... 15 Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos 20 Ter morrido de amor Queria ter aceitado a vida Como ela é A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier (...) PROJETO (CON)SEGUIR – MÓDULO 2 – 9º ANO 34 LÍNGUA PORTUGUESA - 2011