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Abordagem das Nefropatias
Obstrutivas
Departamento de Medicina Interna
Malen Barroso
Residente em Medicina Interna
Novembro 2018
1
Definição
Uropatia obstrutiva -Qualquer mecanismo, orgânico ou funcional, que
interfira com otransporte de urina ou a dinâmica adequada do ciclo
miccional, provoca uma alteração que afeta os dois elementos que compõem
o trato urinário:
• os elementos condutores ou excretores
• o parênquima renal
Nefropatia obstrutiva-comprometimento específico da função renal causado
pela obstrução e distingue, por sua vez,nefropatia orgânica, representada por
• Atrofia hidronefrótica
• Atrofia obstrutiva
• Atrofia funcional
Relacionados a fatores que podem interferir na filtração glomerular (TFG),c
omo depleção de hidrossalina, inflamação transitória do parênquima renal
devido a infecção e hipertensão intraluminal gerada pela própria obstrução.
2
Classificação
Uropatia
Obstrutiva
Trato Urinário
Superior
Trato Urinário
Inferior
3
Trato urinário
superior- Transportar
a urina da papila renal
para a bexiga;
Trato urinario
Inferior- é armazenar
a urina e esvaziá-la de
forma intermitente e
voluntária,
permitindo,
destamaneira, uma
vida social adequada;
http://klauntgrecis.blogspot.com/2011/07/
kidneys-in-body.html
4
Classificação
Tempo de
evolução
Aguda
cronica
Localização
Supra
vesical
Infra vesical
Etiologia
Congénita
Adquirida
Lateralidade
Bilateral
Unilateral
5
Classificação
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 6
Obstruções
Alto grau
Oclusão total
do lúmen
Baixo grau
Oclusão
parcial do
lúmen
ETIOLOGIA
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de
Medicina Interna. Volume II. 19ª edição.
Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017
7
Obstrução ao
fluxo de urina
Bloqueio
Mecânico
Intrínseco
Extrínseco
Defeitos
Funcionais
CAUSAS MECÂNICAS DE OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro:
2017
8
CAUSAS MECÂNICAS DE OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 9
http://klauntgrecis.blogspot.com/2011/07/
kidneys-in-body.html
10
http://klauntgrecis.blogspot.com/2011/07/
kidneys-in-body.html
11
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina
Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de
Janeiro: 2017
12
Hidronefrose é a dilatação das
estruturas pielocelulares,
invariavelmente associado com um
processo obstrutivo ao nível da
junção ureteropielica.
http://klauntgrecis.blogspot.com/2011/07/
kidneys-in-body.html
13
Defeito Funcional
Anormalidade dos centros pontino ou sacral
de controle da micção.
As causas:
• Bexiga neurogênica, frequentemente com
ureter adinâmico e refluxo vesicoureteral
14
FISIOPATOLOGIA
trato urinário Superior
Obstrução do
Trato Superior
Obstrução ureteral
aguda e completa Calculo renal
Obstrução crónica
parcial
Hidronefrose
congénita
Obstrução
bilateral aguda.
Anúria
Litíase
bilateral
Obstrução bilateral
crónica. poliurias
obstructivas e pos
obstructivas
Tumores
intra luminar
15
FISIOPATOLOGIA
Obstrução do
trato inferior
Retenção
urinaria
Retenção
aguda
Retenção
cronica
Incontinência
16
Características
Clínicas
Efeitos
sobre
os
Túbulos
Efeitos
Hemodinâmicos
↑ Fluxo
sanguíneo
renal
↓ TFG
↓ Fluxo
sanguíneo
medular
↑
Prostagland
inas
vasodilatad
oras, óxido
nítrico
↑ Pressões
ureterais e
tubulares
↑
Reabsorção
de Na+,
ureia, água
Dor
(distensão
da cápsula)
Azotemia
Oligúria ou
anúria
FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO
URETERAL BILATERAL-Aguda
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina
Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de
Janeiro: 2017
17
FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO
URETERAL BILATERAL-Crônica
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro:
2017
18
Características
clínicas
Efeitos
sobre
os
túbulos
Efeitos
hemodinâmicos
↓ Fluxo
sanguíneo
renal
↓↓ TFG
↑
Prostaglandi
nas
vasoconstrit
oras
↑ Produção
de renina
angiotensin
a
↓
Osmolaridade
medular
↓ Capacidade
de
concentração
Dano
estrutural;
atrofia
parenquimal
↓ Funções de
transporte
para Na+, K+,
H+
Azotemia
Hipertensão
Poliúria
insensível à
AVP
Natriurese
Acidose
hiperpotass
êmica
hiperclorêm
ica
FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO URETERAL
BILATERAL-Alívio da Obstrução
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro:
2017
19
Características
clínicas
Efeitos
sobre
os
túbulos
Efeitos
hemodinâmicos
↑ Lenta na
TFG
(variável) ↓ Pressão
tubular
↑ Carga de
soluto para
cada néfron
(ureia, NaCl)
Fatores
natriuréticos
Diurese pós-
obstrutiva
Potencial
para
depleção
volêmica e
desequilíbrio
eletrolítico(
perdas de
Na+, K+,
PO4, Mg2+ e
água)
20
Existência de obstrução?
Local da Obstrucao?
Etiologia da obstrução?
21
Anamnese
• Dor- início, intensidade,
localização, irradiação, presença
de náuseas ou vômito;
• Urgência miccional e urge-
incontinência
• Disúria
• Hematúria
• Frequência urinaria
• Incontinência pós-miccional,
noctúria
• Necessidade de esforço para
urinar
• Jato lento
• Hesitação
• Sensação de esvaziamento
incompleto
• Alterações no aspecto da urina e
volume urinário
• Febre
• Infecão urinaria
• História pregressa -eliminação
espontânea de cálculo, cirurgias
anteriores na cavidade pélvica,
diabetes, condições neurológicas
ou psiquiátricas e uso de
medicamentos
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Medicina Interna. Volume II. 19ª edição.
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22
Exame Físico
• Avaliação física completa
• Palpação e percussão do abdome- (distensão
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• Exame retal -aumento de tamanho ou
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tônus do esfincter retal
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pélvica
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23
• Hemograma
• Função renal
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• Urocultura
• Sedimento
urinario
•
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de
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24
Meios auxiliares
Radiografia do abdómen • Simples do abdome -pode detectar a existência de
nefrocalcinose ou cálculo radiopaco
• As radiografias pós-miccionais revelam a presença
de urina residual
Ecografia abdominal • Avalia o tamanho dos rins e da bexiga, bem como o
contorno pielocalicial (Especificidade e
sensibilidade de 90% para Hidronefrose)
• com Doppler duplex pode detectar um índice de
resistência aumentado na obstrução urinária
Tomografia computadorizada
(TAC) do Abdómen
• Vantagem de visualizar o retroperitônio,
• Identificar os locais intrínsecos e extrínsecos de
obstrução
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina
Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de
Janeiro: 2017
25
Meios auxiliares
Urografia Intravenosa • Defini o local de obstrução e
demonstra a dilatação dos cálices, da
pelve renal e do ureter acima da
obstrução
Urografia retrógrada ou
anterógrada
• visualização de uma lesão suspeita
em um ureter ou pelve renal
• Contraste-IRC
Cisto uretrografia miccional • valiosa no diagnóstico do refluxo
vesicoureteral e nas obstruções do
colo da bexiga e da uretra
Cintilografia Renal • Avalia a função do rim obstruído e do rim
contralateral
• Fundamental para o planejamento
terapêutico
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de
Medicina Interna. Volume II. 19ª edição.
Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017
26
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de
Medicina Interna. Volume II. 19ª edição.
Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017
27
Avaliação do Defeito Funcional
Urofluxometria avalia a:
• contratilidade vesical e a resistência da via de
saída da bexiga durante a micção
Medida do resíduo miccional
Cistometria avalia a:
• Fase de enchimento
• Relação pressão-volume da bexiga
• Complacência e capacidade vesicais
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro:
2017,cap 343
28
Tratamento
• Nefrostomia
• Ureterostomia
• Cateterização ureteral, uretral ou suprapúbica
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II.
19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017,cap 343 29
Tratamento
• Quando associada a infecção exige imediato alívio da obstrução, a
fim de impedir o desenvolvimento de sepse generalizada e lesão
renal progressiva
• Infecções crônicas ou recorrentes em um rim obstruído com função
precária podem exigir nefrectomia.
• Na ausência de infecção a cirurgia costuma ser adiada até a
restauração do equilíbrio acidobásico e do estado hidreletrolítico
• A obstrução funcional secundária à bexiga neurogênica pode ser
reduzida com a combinação de micção frequente e agentes
colinérgicos.
LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna.
Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro:
2017,cap 343
30
DIURESE PÓS-OBSTRUTIVA
• Urina hipotônica e pode conter grandes
quantidades de cloreto de sódio, potássio,
fosfato e magnésio
• É necessária uma administração mais
agressiva de líquidos no contexto da
hipovolemia, hipotensão ou distúrbios nas
concentrações dos eletrólitos séricos- solução
salina a 0,45%.
31
Bibliografia
• LONGO, D. et al. HARRISON Principios de
Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora
McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 Cap 343
• Martins HS, Scalabrini Neto A, Velasco, I.T. Emerg
ências Clínicas Baseadas em Evidências. 1ª Ediçã
o. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006.
•
SABISTON JR., D. C., TOWNSEND, M. C. Tratado de
Cirurgia. 16.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo
gan,. 2003.
32

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Abordagem das nefropatias obstrutivas

  • 1. Abordagem das Nefropatias Obstrutivas Departamento de Medicina Interna Malen Barroso Residente em Medicina Interna Novembro 2018 1
  • 2. Definição Uropatia obstrutiva -Qualquer mecanismo, orgânico ou funcional, que interfira com otransporte de urina ou a dinâmica adequada do ciclo miccional, provoca uma alteração que afeta os dois elementos que compõem o trato urinário: • os elementos condutores ou excretores • o parênquima renal Nefropatia obstrutiva-comprometimento específico da função renal causado pela obstrução e distingue, por sua vez,nefropatia orgânica, representada por • Atrofia hidronefrótica • Atrofia obstrutiva • Atrofia funcional Relacionados a fatores que podem interferir na filtração glomerular (TFG),c omo depleção de hidrossalina, inflamação transitória do parênquima renal devido a infecção e hipertensão intraluminal gerada pela própria obstrução. 2
  • 4. Trato urinário superior- Transportar a urina da papila renal para a bexiga; Trato urinario Inferior- é armazenar a urina e esvaziá-la de forma intermitente e voluntária, permitindo, destamaneira, uma vida social adequada; http://klauntgrecis.blogspot.com/2011/07/ kidneys-in-body.html 4
  • 6. Classificação LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 6 Obstruções Alto grau Oclusão total do lúmen Baixo grau Oclusão parcial do lúmen
  • 7. ETIOLOGIA LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 7 Obstrução ao fluxo de urina Bloqueio Mecânico Intrínseco Extrínseco Defeitos Funcionais
  • 8. CAUSAS MECÂNICAS DE OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 8
  • 9. CAUSAS MECÂNICAS DE OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 9
  • 12. LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 12 Hidronefrose é a dilatação das estruturas pielocelulares, invariavelmente associado com um processo obstrutivo ao nível da junção ureteropielica.
  • 14. Defeito Funcional Anormalidade dos centros pontino ou sacral de controle da micção. As causas: • Bexiga neurogênica, frequentemente com ureter adinâmico e refluxo vesicoureteral 14
  • 15. FISIOPATOLOGIA trato urinário Superior Obstrução do Trato Superior Obstrução ureteral aguda e completa Calculo renal Obstrução crónica parcial Hidronefrose congénita Obstrução bilateral aguda. Anúria Litíase bilateral Obstrução bilateral crónica. poliurias obstructivas e pos obstructivas Tumores intra luminar 15
  • 17. Características Clínicas Efeitos sobre os Túbulos Efeitos Hemodinâmicos ↑ Fluxo sanguíneo renal ↓ TFG ↓ Fluxo sanguíneo medular ↑ Prostagland inas vasodilatad oras, óxido nítrico ↑ Pressões ureterais e tubulares ↑ Reabsorção de Na+, ureia, água Dor (distensão da cápsula) Azotemia Oligúria ou anúria FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO URETERAL BILATERAL-Aguda LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 17
  • 18. FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO URETERAL BILATERAL-Crônica LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 18 Características clínicas Efeitos sobre os túbulos Efeitos hemodinâmicos ↓ Fluxo sanguíneo renal ↓↓ TFG ↑ Prostaglandi nas vasoconstrit oras ↑ Produção de renina angiotensin a ↓ Osmolaridade medular ↓ Capacidade de concentração Dano estrutural; atrofia parenquimal ↓ Funções de transporte para Na+, K+, H+ Azotemia Hipertensão Poliúria insensível à AVP Natriurese Acidose hiperpotass êmica hiperclorêm ica
  • 19. FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO URETERAL BILATERAL-Alívio da Obstrução LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 19 Características clínicas Efeitos sobre os túbulos Efeitos hemodinâmicos ↑ Lenta na TFG (variável) ↓ Pressão tubular ↑ Carga de soluto para cada néfron (ureia, NaCl) Fatores natriuréticos Diurese pós- obstrutiva Potencial para depleção volêmica e desequilíbrio eletrolítico( perdas de Na+, K+, PO4, Mg2+ e água)
  • 20. 20
  • 21. Existência de obstrução? Local da Obstrucao? Etiologia da obstrução? 21
  • 22. Anamnese • Dor- início, intensidade, localização, irradiação, presença de náuseas ou vômito; • Urgência miccional e urge- incontinência • Disúria • Hematúria • Frequência urinaria • Incontinência pós-miccional, noctúria • Necessidade de esforço para urinar • Jato lento • Hesitação • Sensação de esvaziamento incompleto • Alterações no aspecto da urina e volume urinário • Febre • Infecão urinaria • História pregressa -eliminação espontânea de cálculo, cirurgias anteriores na cavidade pélvica, diabetes, condições neurológicas ou psiquiátricas e uso de medicamentos LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 22
  • 23. Exame Físico • Avaliação física completa • Palpação e percussão do abdome- (distensão do rim ou globo vesical). • Exame retal -aumento de tamanho ou nodularidade da próstata, anormalidade do tônus do esfincter retal • Exame genital-presença de massa retal ou pélvica LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 23
  • 24. • Hemograma • Função renal • Ionograma • Urina II • Urocultura • Sedimento urinario • LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 24
  • 25. Meios auxiliares Radiografia do abdómen • Simples do abdome -pode detectar a existência de nefrocalcinose ou cálculo radiopaco • As radiografias pós-miccionais revelam a presença de urina residual Ecografia abdominal • Avalia o tamanho dos rins e da bexiga, bem como o contorno pielocalicial (Especificidade e sensibilidade de 90% para Hidronefrose) • com Doppler duplex pode detectar um índice de resistência aumentado na obstrução urinária Tomografia computadorizada (TAC) do Abdómen • Vantagem de visualizar o retroperitônio, • Identificar os locais intrínsecos e extrínsecos de obstrução LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 25
  • 26. Meios auxiliares Urografia Intravenosa • Defini o local de obstrução e demonstra a dilatação dos cálices, da pelve renal e do ureter acima da obstrução Urografia retrógrada ou anterógrada • visualização de uma lesão suspeita em um ureter ou pelve renal • Contraste-IRC Cisto uretrografia miccional • valiosa no diagnóstico do refluxo vesicoureteral e nas obstruções do colo da bexiga e da uretra Cintilografia Renal • Avalia a função do rim obstruído e do rim contralateral • Fundamental para o planejamento terapêutico LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 26
  • 27. LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 27
  • 28. Avaliação do Defeito Funcional Urofluxometria avalia a: • contratilidade vesical e a resistência da via de saída da bexiga durante a micção Medida do resíduo miccional Cistometria avalia a: • Fase de enchimento • Relação pressão-volume da bexiga • Complacência e capacidade vesicais LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017,cap 343 28
  • 29. Tratamento • Nefrostomia • Ureterostomia • Cateterização ureteral, uretral ou suprapúbica LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017,cap 343 29
  • 30. Tratamento • Quando associada a infecção exige imediato alívio da obstrução, a fim de impedir o desenvolvimento de sepse generalizada e lesão renal progressiva • Infecções crônicas ou recorrentes em um rim obstruído com função precária podem exigir nefrectomia. • Na ausência de infecção a cirurgia costuma ser adiada até a restauração do equilíbrio acidobásico e do estado hidreletrolítico • A obstrução funcional secundária à bexiga neurogênica pode ser reduzida com a combinação de micção frequente e agentes colinérgicos. LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017,cap 343 30
  • 31. DIURESE PÓS-OBSTRUTIVA • Urina hipotônica e pode conter grandes quantidades de cloreto de sódio, potássio, fosfato e magnésio • É necessária uma administração mais agressiva de líquidos no contexto da hipovolemia, hipotensão ou distúrbios nas concentrações dos eletrólitos séricos- solução salina a 0,45%. 31
  • 32. Bibliografia • LONGO, D. et al. HARRISON Principios de Medicina Interna. Volume II. 19ª edição. Editora McGrawHill. Rio de Janeiro: 2017 Cap 343 • Martins HS, Scalabrini Neto A, Velasco, I.T. Emerg ências Clínicas Baseadas em Evidências. 1ª Ediçã o. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006. • SABISTON JR., D. C., TOWNSEND, M. C. Tratado de Cirurgia. 16.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo gan,. 2003. 32

Notas do Editor

  1. O conjunto dessas duas alterações patológicas, excretor e secretora,qualifica-se com o termo uropatia obstrutiva
  2. elevação das pressões hidrostáticas proximais ao local de obstrução.
  3. azotemia se instala quando a função excretória global é prejudicada, frequentemente na presença de obstrução da via de saída vesical, obstrução bilateral das pelves renais ou dos ureteres, ou doença unilateral em um paciente com um rim solitário funcionante A hipertensão é frequente na obstrução unilateral aguda e subaguda e, em geral, representa uma consequência da liberação aumentada de renina pelo rim Acometido.
  4. causas mais freqüentes de obstrução, que variam geral- mente de acordo com a idade e o sexo do paciente
  5. O sedimento está frequentemente normal, mesmo quando a obstrução leva ao desenvolvimento de azotemia pronunciada e lesão estrutural extensa
  6. A hidronefrose pode estar ausente na ultrassonografia quando a obstrução tem menos de 48 horas de duração ou está associada a contração do volume, cálculos coraliformes, fibrose retroperitoneal ou doença renal infiltrativa
  7. caracteriza-se por altas pressões nas mulheres, enquanto nos homens um diagnóstico de obstrução da via de saída da bexiga baseia-se na taxa de fluxo e pressões de micção
  8. O alívio da obstrução pode ser seguido de perdas urinárias de sal e de água intensas o suficiente para provocar desidratação profunda e colapso vascular