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A cultura do mamoeiro
(Carica papaya L.)
Origem
• Noroeste da América do Sul, vertente oriental
dos Andes, Bacia Amazônica superior.
• As primeiras sementes foram levadas para o
Panamá, São Domingos e outros ilhas do
Caribe e regiões da América do Sul.
• A distribuição na região tropical atribui-se aos
navegadores portugueses, espanhóis e
mercadores árabes.
• É cultivado desde a latitude 32° Norte e Sul.
ASPECTOS ECONÔMICOS
• Mundialmente é a quarta fruta tropical em importância
econômica.
• Alta densidade de plantio, rápido desenvolvimento, fácil
propagação e alta produtividade.
• No Brasil somente a partir de 1973, com a introdução do
mamão Havaí, foi que a cultura se expandiu no Brasil.
• Até 1983, o Pará e São Paulo eram os principais produtores,
porém, a elevada incidência de doenças, deslocou o cultivo
para outras regiões.
• Em 1996 torna-se o maior produtor mundial com 643.716 t
e 2006 atingiu produção de 1.439.712 t.
• 98,7% da produção brasileira é destinada ao mercado
interno.
VALOR NUTRICIONAL
• Acidez total titulável: 0,05% a 0,18%.
• Sólidos solúveis totais; 7,0 a 13,5%.
• Pectina: 0,5% a 1,5%.
• Vitamina C: 40 a 90 mg/100 g polpa
• Vitamina A: 0,12 a 11,0 mg/100 g polpa
Produtos obtidos do mamão
• polpa, purê, néctar, doce em calda, doce cristalizado,
geléias.
• Papaína: presente no látex (leite) é utilizada na
indústria de alimentos principalmente na clarificação
da cerveja, amaciamento de carnes, na fabricação de
“chiclete”. Nos curtumes para eliminação dos pelos e
na indústria de lã para evitar a contração dos fios.
• Pectina: indústria de alimentos (geléias)
• Óleo: extraído da semente e pode ser utilizado como
óleo comestível (25% de rendimento) ou na indústria
farmacêutica
Maiores produtores mundiais (FAO, 2010)
http://www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/Mamao_Mundo_2010.pdf
http://www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/Mamao_Mundo_2010.pdf
http://www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/Mamao_Brasil_2010.pdf
Produção brasileira
(IBGE, 2010)
http://www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/Mamao_Brasil_2010.pdf
ASPECTOS BOTÂNICOS
• Carica papaya L. pertence à família
Caricaceae.
• Está dividida em 5 gêneros com 31 espécies:
Carica – 21 espécies
Jacaratia – 6 espécies
Cylicomorpha – 2 espécies
Jarilla – 1 espécie
Horovitzia – 1 espécie
• Espécie herbácea
• Sistema radicular: pivotante bastante
desenvolvido, sendo que maior quantidade
está distribuída nos 30 cm do solo, podendo
atingir até 1 metro.
• Caule: herbáceo, fistuloso, cilíndrico, com 10
cm a 30 cm de diâmetro, encimado por uma
coroa de folhas, dispostas de forma
espiralada.
• Folhas: grandes com 20 cm a 60 cm, glabras,
com longos pecíolos fistulosos (50 a 70 cm)
• Flores: basicamente 3 tipos:
• Flor feminina ou pistilada: são grandes possuem
pedúnculo curto e ficam localizadas bem junto à axila das
folhas presentes em pequenos agrupamentos composto de
2 a 3 flores. Possuem pétalas totalmente livres até a parte
inferior da corola. Apresenta apenas órgãos femininos
• Flor masculina ou estaminada: flores distribuídas em
pedúndulos longos (até 1 m), originados nas axilas das
folhas. As bases das pétalas são unidas, formando um tubo
estreito e longo, apresentando as pétalas livres no ápice.
Apresenta apenas o androceu. Em determinadas épocas
pode produzir flores hermafroditas, gerando o mamão-de-
corda ou mamão-macho.
• Flor hermafrodita: são as mais importantes em termos
comerciais, apresentam pedúnculo curto e pétalas soldadas
(gamopétala) na base até a metade de seu comprimento
• Fruto: é uma baga de formado variável de
acordo com o tipo de flor, podendo ser
arredondado, oblongo, elongata, cilíndrico e
piriforme. Casca fina e lisa, de coloração
amarelo-clara a alaranjada, protegendo uma
polpa em 2,5 cm a 5 cm de espessura e de
coloração que pode variar de amarela a
avermelhada. O fruto pode atingir até 50 cm
de comprimento e pesar desde algumas
gramas até 10 quilos.
• Variação de sexo:
• Carpeloidia: resulta da transformação dos
estames em carpelos, de forma que carpelos
normais, juntamente com o ovário, são
suprimidos ou apresentam diferentes graus de
desenvolvimento, dando origem a frutos
deformados, conhecidos como “cara-de-gato”.
• Fatores: genéticos afetados por condições do
ambiente, como maiores altitudes, menores
temperaturas mínimas, excesso de N e de
umidade do solo.
• Pendantria:
HERANÇA DO SEXO
LINHAGEM PURA X HÍBRIDO
• Linhagens ou linhas puras: são genótipos com
elevado nível de homozigose, que caracteriza
a uniformidade genética.
• Híbrido: é a semente ou planta resultante do
cruzamento entre parentais diferentes
Características agronômicas de interesse para o
melhoramento genético
• Resistência a pragas e doenças.
• Resistência a agentes abióticos (clima e solo).
• Ausência ou ocorrência mínimas de flores hermafroditas
carpelóides e flores hermafroditas pentandras.
• Frutificação precoce, vigorosa e em altura inferior a 90 cm.
• Produção igual ou superior às cultivares atualmente utilizadas.
• Peso médio de fruto de 350 a 600 g (Solo) ou de 800 a 1.100 g
(Formosa).
• Casca lisa e sem manchas.
• Polpa vermelho-alaranjada.
• Cavidade ovariana pequena e em formato de estrela.
• Polpa com espessura superior a 2 cm.
• Brix acima de 14°.
• Maior longevidade pós-colheita dos frutos.
CULTIVARES
• GRUPO SOLO:
• SUNRISE SOLO: procedente do Havai (EUA), fruto
proveniente de flor hermafrodita tem forma de pera,
com peso médio de 500g, possui casca lisa e firme ,
polpa vermelha-alaranjada de boa qualidade e
cavidade interna estrelada, florescimento tem inicio
entre 3 a 4 meses de idade, a 80 cm de altura do solo,
produção entre 8 a 10 meses após o plantio, Produção
média 40 ton/ha.
• IMPROVED SUNRISE SOLO 72/12: apresenta as
vantagens adicionais de maior resistência ao
transporte e ao armazenamento.
• São conhecidas no Brasil como mamão-havaí, papaya
ou amazônia.
• GRUPO FORMOSA:
• TAINUNG Nº 1 - Híbrido resultante do cruzamento
do SUNRISE SOLO com mamão de polpa vermelha da
Costa Rica, boa durabilidade de transporte e pouca
resistência ao frio, peso médio do fruto 900 g, possui
cheiro forte. Produção média 60 ton / ha.
• TAINUNG Nº 2 - Híbrido resultante do cruzamento do
SUNRISE SOLO com mamão de polpa vermelha da
Tailândia . Fruto originado de flor hermafrodita é
comprido, com ápice da parte basal pontiaguado,
pesando em média 1.100 g. Apresenta polpa vermelha
de bom sabor, maturação rápida, pouca resistência ao
transporte. Produção média 60 ton / ha. Tanto o nº 1
como o nº 2 são originados de FENGSHAN - FORMOSA.
• As sementes são produzidas em Taiwan, sendo que 1
kg da semente custa 6 mil reais
Novas variedades do grupo Formosa
• Rubi Incaper 511: lançada em 2010 pelo Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural (Incaper), após 12 anos de
pesquisas. As sementes podem ser reutilizadas
em até três novos plantios. As plantas da
variedade são vigorosas, com altura média de
pouco mais de 1,6 metro oito meses após o
plantio. A produtividade pode chegar a 170
toneladas por hectare.
• Esta cultivar será comercializada ao preço de R$ 1
a R$ 1,2 mil o quilo.
Variedade mamão do grupo Formosa Rubi Incaper 511
Fonte: http://www.incaper.es.gov.br
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
• Temperatura: 22°C a 26°C, < 15°C paralisa o
desenvolvimento vegetativo.
• Ventos: regiões com ocorrência de rajadas de ventos
causam danos, devido a sua constituição herbácea e
rápido crescimento. Provoca danos as folhas, afetando
o crescimento e produção. Alternativa: proteger o
cultivo com quebra-ventos.
• Altitude: < 200 m, no entanto próximo ao Equador
podem ser cultivados em altitudes mais elevadas.
• Umidade relativa do ar: 60 a 85%.
• Pluviosidade: 1.800 a 2.000 mm.
• Luminosidade: segundo estudo não exerce grande
influência, contudo, recomenda-se uma boa exposição
à luz solar.
EXIGÊNCIAS DE SOLO
• Textura: média (15 a 35% de argila e mais de 15%
de areia). Evitar solos mal drenados.
• pH: 5,5 a 6,7.
• Declividade: em regiões com a ocorrência de
precipitações elevadas é recomendável o plantio
em áreas com pequena declividade (1% a 10%) a
fim de se evitar o acúmulo de água.
• Exigência nutricional: Dentre os micronutrientes
destaca-se a grande exigência pelo Boro (B).
Deficiência em boro (Foto João R.P. Oliveira
PROPAGAÇÃO E PRODUÇÃO DE
MUDAS
• Formas de propagação: sementes, estaquia e enxertia.
• Obtenção das sementes:
 para o grupo solo: podem ser obtidas pelo próprio
produtor, mediante o isolamento da planta (2.000 m)
ou proteção das flores hermafroditas com saquinhos
de papel. As sementes podem ser armazenadas em
sacos plásticos, na parte inferior da geladeira por 6 a
12 meses.
 Para o grupo formosa: devem ser compradas a cada
novo plantio, para evitar a segregação. As sementes
do Tainung N° 1 são produzidas em Taiwan, a partir
de parentais mantidos sob rigoroso sigilo.
• Semeadura:
Canteiros de sementeiras e posterior repicagem.
Diretamente no recipiente (saco, tubete ou
bandejas de isopor).
Diretamente no campo (menos utilizado).
Produção em sacos de polietileno
• Tamanho dos sacos: 7,0 x 18,5 x 0,006 cm ou 15 x 25
x 0,006 cm.
• Substrato: mistura de terra, areia e esterco bovino
curtido (3 : 1 : 1 ou 2 : 1 : 1). Pode-se adicionar 540
a 720 g de P2O5/m3 e 10 a 15 kg/m3 de calcário
dolomítico.
• Fumigação do substrato: Brometo de metila ou
solarização
• Número de sementes por recipiente:
para o grupo solo: 2 a 3 sementes
Para o grupo formosa: 1 sementes (custo)
• Profundidade: 1 a 2 cm.
• Germinação: 10 a 20 dias após semeadura.
Produção de mudas em tubetes
• Substrato: deve ser leve, sem adição de solo,
formados pela mistura de turfa, vermiculita,
esterco, casca de árvores, vermicomposto, casca
de arroz carbonizada, paú...
• Há necessidade complementação mineral.
• Vantagem:
Maior facilidade de transporte.
Economia de substrato e mão-de-obra.
Ocupa menos espaço no viveiro.
• Obs.: a muda deve estar bem enraizada, no
momento de plantio, para facilitar a retirada da
muda com o substrato aderido as raízes.
Tratos culturais na produção de mudas
• Desbaste no viveiro: quando apresentarem altura de 3 a 5
cm.
• Controle fitossanitário: aplicação de fungicidas e evitar
excesso de umidade.
• Irrigação: 2 vezes ao dia com sistemas de baixo impacto das
gotas de água.
• Seleção de mudas: 20 a 30 dias após germinação selecionar
mudas livres de pragas e doenças e com altura entre 15 a 20
cm.
• Adubação foliar:
solução a 0,1 % de uréia se as folhas velhas apresentarem
amarelas.
solução a 0,5 % de uréia quando o amarelecimento é
generalizado e as mudas tiverem quatro a seis pares de
folhas
• Transporte: deve ser feito em caixas de madeira ou plásticas,
com uma proteção contra ação de ventos e raios solares.
Determinação da quantidade
sementes para produção de mudas
• No cálculo considerar:
1 g de semente contém 60 sementes;
Considerar também o espaçamento e
quantidade de sementes por saquinho;
Acrescentar 15% para compensar as perdas
durante a seleção e reposição de plantas no
campo.
PLANTIO
Coleta de solos
• A área deve ser dividida em talhões
uniformes, retirando-se 20 subamostras.
• Proceder a amostragem na profundidade de 0
a 20 cm, três a seis meses antes da
implantação da cultura.
• Enviar as amostras (250 a 500 g de solo)
identificadas para o Laboratório de Solos.
Calagem
• Caso a análise indique a necessidade de
calagem, utilizar calcário dolomítico
incorporado até uma profundidade de 30 cm.
Deve ser distribuído durante o preparo do solo
(antes da aração ou gradagem) 2 a 3 meses
antes do plantio.
Espaçamento
• Varia em função de: tipo de solo, do sistema
de cultivo, clima, cultivar e tratos culturais.
• No sistema de fileira simples:
3,0 a 4,0 m entre linhas e
1,8 a 2,5 m entre plantas
• No sistema de fileiras duplas:
3,6 a 4,0 m entre fileiras duplas;
1,8 a 2,5 m entre fileiras simples, bem como
entre plantas dentro da fileira.
Espaçamento para variedades do
grupo Solo
• Fileiras simples: 3,0 m x 2,0 m ou 3,0 m x 2,5 m
• Fileiras duplas:
4,0 m x 2,0 m x 2,0 m
4,0 m x 2,0 m x 1,8 m
4,0 m x 1,8 m x 1,8 m
3,8 m x 2,0 m x 2,0 m
3,8 m x 2,0 m x 1,8 m
3,6 m x 2,0 m x 2,0 m
3,6 m x 1,8 m x 1,8 m
Espaçamento para variedades do
grupo Formosa
• Fileiras simples: 4,0 m x 2,0 m
• Fileiras duplas: 4,0 m x 2,5 m x 2,5 m
Obs: Evitar espaçamentos menores do que os
recomendados, pois as plantas tendem a ficar muito
altas, dificultando a colheita.
Sistemas de plantio
• Covas: 30 cm x 30 cm x 30 cm.
• Sulcos: com sulcadores numa profundidade de
30 a 40 cm.
• Camalhões: quando a área for propensa a
encharcamentos.
Quantidade de mudas por cova
• Grupo Solo: três mudas por cova, distanciadas
de 20 cm uma das outras, formando um
triângulo.
• Grupo Formosa: uma muda por cova, em
função do elevado custo das sementes.
Obs.: as mudas deverão ficar com a região do
colo no mesmo nível do solo.
Adubação de plantio
• Deve ser realizada 1 mês antes do plantio
• Adubação orgânica: 20 litros de esterco bovino,
ou 5 litros de esterco de galinha.
• 100 g calcário dolomítico para cada tonelada
aplicada em área total.
• 10 a 30 g de K2O/cova
• 20 a 60 g de P2O5/cova
• Em solos com deficiência de boro e/ou zinco,
aplicar 5 g de bórax e/ou 10 g de sulfato de zinco
por cova.
Adubação de plantio e pós-plantio
Fonte: CFSEMG, 1999
Adubação de frutificação
Fonte: CFSEMG, 1999
Sexagem
• É o procedimento de identificação do sexo da
planta, permitindo a realização do desbaste,
deixando apenas uma planta hermafrodita por
cova. É realizado de 3 a 4 meses após plantio.
• Quando se utiliza sementes selecionadas pode
ocorrer dois tipos de mudas: hermafroditas (66%)
e femininas (33%). Portanto, nas covas pode
ocorrer quatro possibilidades:
1) Todas hermafroditas
2) 2 hermafroditas e 1 feminina
3) 1 hermafrodita e 2 femininas
4) Todas femininas
Desbrota
• Eliminação das brotações laterais ao longo da
haste principal 30 dias após plantio e/ou
sempre que necessário.
• Tem por objetivo evitar a redução do
crescimento das plantas, reduzir a
concorrência por nutrientes e água, e a
incidência doenças e pragas (ácaro-branco).
Desbaste de frutos
• Realizada a partir do início da frutificação,
visando à eliminação dos frutos defeituosos e
de pequeno tamanho.
• Deve ser feito pelo menos uma vez por mês,
com frutos ainda verdes e pequenos.
• Recomenda-se deixar 1 ou 2 frutos por axila.
Controle de ervas daninhas
• Capinas manuais – coroamento
• Capinas mecanizadas com roçadeiras
• Capinas mecanizadas com grades: até os seis
primeiros meses.
• Capina química: evitar a aplicação em dias de
vento e o contato do herbicida com as partes
verdes da casca da planta ou das folhas
(glifosato).
IRRIGAÇÃO
• Produtividade sem irrigação: 45 t/ha/ano
• Produtividade com irrigação: 60 a 90 t/ha/ano
• Sistemas utilizados:
Aspersão: queda de flores, microclima propício ao
desenvolvimento de doenças e pragas.
Microaspersão: vazão por microaspersor entre 20
a 175 l/h, dispondo 1 micro para duas ou quatro
plantas.
Gotejamento: vazão por gotejador 1 a 8 l/h,
dispondo de 2 gotejadores de 4 l/h por planta,
instalado a 50 cm da planta.
Necessidade hídrica
• Período seco: 20 a 40 litros/planta/dia.
• Período chuvoso: 10 litros/planta/dia.
• A planta é mais sensível ao déficit hídrico
entre o 6º e o 12º mês.
COLHEITA
• O fruto atinge a completa maturação de 04 a
06 meses após a abertura da flor.
• Não é recomendável deixar os frutos
amadurecerem na planta, devido ao risco de
sobremadurecimento e ataque dos pássaros.
• Para o consumo local colher quando os frutos
apresentarem faixas com 50% de coloração
amarela.
Tratamento pós-colheita
• Para controle das moscas-das-frutas,
antracnose e a alternária: tratamento com
água a 42°C por 20 minutos, seguida de
resfriamento rápido em água fria.
• Pode ser adicionado à água do tratamento
anterior um fungicida, como thiabendazol (4 a
8 g/L), benomil (1 g/L) ou tiofanato metílico (1
g/L).
• Os fungicidas só devem ser usados quando os
frutos forem consumidos no mínimo 15 dias
após o tratamento.
Doenças de maior importância
econômica
• No viveiro: Damping-off ou tombamento das mudas
• No campo:
Mancha-anelar (‘Papaya ringspot virus’, PRSV)
Amarelo-letal-do-mamoeiro (‘Papaya lethal yellowing virus’,
PLYV)
Meleira (‘Papaya sticky disease’, PSDV)
Phytophthora (P. palmivora e P. parasitica)
Antracnose (Colletotrichum gloeosporoide)
Varíola ou pinta preta(Asperisporium caricae)
Oídio (Oidium caricae)
Nematóide-das-galhas
• No período pós-colheita: podridões de phytothtora e antracnose
MEDIDAS DE CONTROLE DAS VIROSES:
• Produção de mudas em áreas isoladas;
• Vistorias no viveiro e no pomar 3 vezes por
semana;
• Erradicação precoce de plantas doentes;
• Eliminação de pomares velhos e
improdutivos;
• Fazer rotação de cultura;
• Evitar plantio de cucurbitáceas (abóbora,
pepino, melancia, melão...)
Controle: aplicação de produtos à
base de enxofre, tendo-se o cuidado
de aplicá-los a temperatruas abaixo
de 21°C, para que não ocorra queira
dos frutos.
Controle: as folhas mais velhas devem ser
retiradas e destruídas .
• Controle: nos frutos pode ser controlado com
fungicidas cúpricos. Evitar plantio em solos
mal drenados, evitar ferimentos no caule e
nos frutos, erradicar e queimar no local
plantas infectadas
• Para a podridão do colo e do tronco, no início
da formação da lesão, raspar a área afetada e
aplicar uma pasta cúprica.
Controle: retirar e enterrar frutos atacados , colhê-los ainda
verdoengos, desinfestar galpões e vasilhames de transporte.
Aplicar quinzenalmente fungicidas à base de cobre. Aparece
nos frutos em qualquer estágio, com mais frequência nos
maduros
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
• SANCHES, N.F.; DANTAS, J.L.L. (Cords). O cultivo do mamão. Cruz das Almas, BA:
Embrapa Mandioca e Fruticultura, 1999. 105 p.
• DANTAS, J.L.L.; JUNGHANS, D.T.; LIMA, F. de. (Ed.). Mamão: o produtor pergunta,
a Embrapa responde. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Brasília – DF: Embrapa
Informação Tecnológica, 2003. 151 p
• TRINDADE, A.V. (Org.) Mamão – Produção: aspectos técnicos. Embrapa
mandioca e Fruticultura. Cruz das Almas, BA. Brasília: Embrapa Comunicação para
Transferência de Tecnologia, 2000. 77p.
• RITZINGER, C.H.S.P.; SOUZA, J. da S. (Org.) Mamão – Fitossanidade. Embrapa
mandioca e Fruticultura. Cruz das Almas, BA. Brasília: Embrapa Comunicação para
Transferência de Tecnologia, 2000. 91p.
• COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5o
Aproximação. Editores: Antonio Carlos Ribeiro, Paulo Tácito Gontigo Guimarães,
Victor Hugo Alvarez V. - Viçosa, MG, 1999. 359p.
• MARIN, Sérgio Lucio David. Tecnologias de cultivo do mamoeiro para
exportação./ Sérgio Lucio David Marin – Fortaleza: Instituto Frutal, 2002. p.74
• PROGRAMA BRASILEIRO PARA A MODERNIZAÇÃO DA HORTICULTURA – Normas de
Classificação do Mamão. Centro de Qualidade em Horticultura – CQH/CEAGESP.
2003. São Paulo (CQH.Documentos, 25).

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A cultura do mamão (carica papaya L.)

  • 1. A cultura do mamoeiro (Carica papaya L.)
  • 2. Origem • Noroeste da América do Sul, vertente oriental dos Andes, Bacia Amazônica superior. • As primeiras sementes foram levadas para o Panamá, São Domingos e outros ilhas do Caribe e regiões da América do Sul. • A distribuição na região tropical atribui-se aos navegadores portugueses, espanhóis e mercadores árabes. • É cultivado desde a latitude 32° Norte e Sul.
  • 3. ASPECTOS ECONÔMICOS • Mundialmente é a quarta fruta tropical em importância econômica. • Alta densidade de plantio, rápido desenvolvimento, fácil propagação e alta produtividade. • No Brasil somente a partir de 1973, com a introdução do mamão Havaí, foi que a cultura se expandiu no Brasil. • Até 1983, o Pará e São Paulo eram os principais produtores, porém, a elevada incidência de doenças, deslocou o cultivo para outras regiões. • Em 1996 torna-se o maior produtor mundial com 643.716 t e 2006 atingiu produção de 1.439.712 t. • 98,7% da produção brasileira é destinada ao mercado interno.
  • 4. VALOR NUTRICIONAL • Acidez total titulável: 0,05% a 0,18%. • Sólidos solúveis totais; 7,0 a 13,5%. • Pectina: 0,5% a 1,5%. • Vitamina C: 40 a 90 mg/100 g polpa • Vitamina A: 0,12 a 11,0 mg/100 g polpa
  • 5. Produtos obtidos do mamão • polpa, purê, néctar, doce em calda, doce cristalizado, geléias. • Papaína: presente no látex (leite) é utilizada na indústria de alimentos principalmente na clarificação da cerveja, amaciamento de carnes, na fabricação de “chiclete”. Nos curtumes para eliminação dos pelos e na indústria de lã para evitar a contração dos fios. • Pectina: indústria de alimentos (geléias) • Óleo: extraído da semente e pode ser utilizado como óleo comestível (25% de rendimento) ou na indústria farmacêutica
  • 6. Maiores produtores mundiais (FAO, 2010) http://www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/Mamao_Mundo_2010.pdf
  • 11. • Carica papaya L. pertence à família Caricaceae. • Está dividida em 5 gêneros com 31 espécies: Carica – 21 espécies Jacaratia – 6 espécies Cylicomorpha – 2 espécies Jarilla – 1 espécie Horovitzia – 1 espécie
  • 12. • Espécie herbácea • Sistema radicular: pivotante bastante desenvolvido, sendo que maior quantidade está distribuída nos 30 cm do solo, podendo atingir até 1 metro. • Caule: herbáceo, fistuloso, cilíndrico, com 10 cm a 30 cm de diâmetro, encimado por uma coroa de folhas, dispostas de forma espiralada. • Folhas: grandes com 20 cm a 60 cm, glabras, com longos pecíolos fistulosos (50 a 70 cm)
  • 13. • Flores: basicamente 3 tipos: • Flor feminina ou pistilada: são grandes possuem pedúnculo curto e ficam localizadas bem junto à axila das folhas presentes em pequenos agrupamentos composto de 2 a 3 flores. Possuem pétalas totalmente livres até a parte inferior da corola. Apresenta apenas órgãos femininos • Flor masculina ou estaminada: flores distribuídas em pedúndulos longos (até 1 m), originados nas axilas das folhas. As bases das pétalas são unidas, formando um tubo estreito e longo, apresentando as pétalas livres no ápice. Apresenta apenas o androceu. Em determinadas épocas pode produzir flores hermafroditas, gerando o mamão-de- corda ou mamão-macho. • Flor hermafrodita: são as mais importantes em termos comerciais, apresentam pedúnculo curto e pétalas soldadas (gamopétala) na base até a metade de seu comprimento
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. • Fruto: é uma baga de formado variável de acordo com o tipo de flor, podendo ser arredondado, oblongo, elongata, cilíndrico e piriforme. Casca fina e lisa, de coloração amarelo-clara a alaranjada, protegendo uma polpa em 2,5 cm a 5 cm de espessura e de coloração que pode variar de amarela a avermelhada. O fruto pode atingir até 50 cm de comprimento e pesar desde algumas gramas até 10 quilos.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. • Variação de sexo: • Carpeloidia: resulta da transformação dos estames em carpelos, de forma que carpelos normais, juntamente com o ovário, são suprimidos ou apresentam diferentes graus de desenvolvimento, dando origem a frutos deformados, conhecidos como “cara-de-gato”. • Fatores: genéticos afetados por condições do ambiente, como maiores altitudes, menores temperaturas mínimas, excesso de N e de umidade do solo.
  • 27. LINHAGEM PURA X HÍBRIDO • Linhagens ou linhas puras: são genótipos com elevado nível de homozigose, que caracteriza a uniformidade genética. • Híbrido: é a semente ou planta resultante do cruzamento entre parentais diferentes
  • 28. Características agronômicas de interesse para o melhoramento genético • Resistência a pragas e doenças. • Resistência a agentes abióticos (clima e solo). • Ausência ou ocorrência mínimas de flores hermafroditas carpelóides e flores hermafroditas pentandras. • Frutificação precoce, vigorosa e em altura inferior a 90 cm. • Produção igual ou superior às cultivares atualmente utilizadas. • Peso médio de fruto de 350 a 600 g (Solo) ou de 800 a 1.100 g (Formosa). • Casca lisa e sem manchas. • Polpa vermelho-alaranjada. • Cavidade ovariana pequena e em formato de estrela. • Polpa com espessura superior a 2 cm. • Brix acima de 14°. • Maior longevidade pós-colheita dos frutos.
  • 29. CULTIVARES • GRUPO SOLO: • SUNRISE SOLO: procedente do Havai (EUA), fruto proveniente de flor hermafrodita tem forma de pera, com peso médio de 500g, possui casca lisa e firme , polpa vermelha-alaranjada de boa qualidade e cavidade interna estrelada, florescimento tem inicio entre 3 a 4 meses de idade, a 80 cm de altura do solo, produção entre 8 a 10 meses após o plantio, Produção média 40 ton/ha. • IMPROVED SUNRISE SOLO 72/12: apresenta as vantagens adicionais de maior resistência ao transporte e ao armazenamento. • São conhecidas no Brasil como mamão-havaí, papaya ou amazônia.
  • 30. • GRUPO FORMOSA: • TAINUNG Nº 1 - Híbrido resultante do cruzamento do SUNRISE SOLO com mamão de polpa vermelha da Costa Rica, boa durabilidade de transporte e pouca resistência ao frio, peso médio do fruto 900 g, possui cheiro forte. Produção média 60 ton / ha. • TAINUNG Nº 2 - Híbrido resultante do cruzamento do SUNRISE SOLO com mamão de polpa vermelha da Tailândia . Fruto originado de flor hermafrodita é comprido, com ápice da parte basal pontiaguado, pesando em média 1.100 g. Apresenta polpa vermelha de bom sabor, maturação rápida, pouca resistência ao transporte. Produção média 60 ton / ha. Tanto o nº 1 como o nº 2 são originados de FENGSHAN - FORMOSA. • As sementes são produzidas em Taiwan, sendo que 1 kg da semente custa 6 mil reais
  • 31. Novas variedades do grupo Formosa • Rubi Incaper 511: lançada em 2010 pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), após 12 anos de pesquisas. As sementes podem ser reutilizadas em até três novos plantios. As plantas da variedade são vigorosas, com altura média de pouco mais de 1,6 metro oito meses após o plantio. A produtividade pode chegar a 170 toneladas por hectare. • Esta cultivar será comercializada ao preço de R$ 1 a R$ 1,2 mil o quilo.
  • 32. Variedade mamão do grupo Formosa Rubi Incaper 511 Fonte: http://www.incaper.es.gov.br
  • 33.
  • 34.
  • 35. EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS • Temperatura: 22°C a 26°C, < 15°C paralisa o desenvolvimento vegetativo. • Ventos: regiões com ocorrência de rajadas de ventos causam danos, devido a sua constituição herbácea e rápido crescimento. Provoca danos as folhas, afetando o crescimento e produção. Alternativa: proteger o cultivo com quebra-ventos. • Altitude: < 200 m, no entanto próximo ao Equador podem ser cultivados em altitudes mais elevadas. • Umidade relativa do ar: 60 a 85%. • Pluviosidade: 1.800 a 2.000 mm. • Luminosidade: segundo estudo não exerce grande influência, contudo, recomenda-se uma boa exposição à luz solar.
  • 36. EXIGÊNCIAS DE SOLO • Textura: média (15 a 35% de argila e mais de 15% de areia). Evitar solos mal drenados. • pH: 5,5 a 6,7. • Declividade: em regiões com a ocorrência de precipitações elevadas é recomendável o plantio em áreas com pequena declividade (1% a 10%) a fim de se evitar o acúmulo de água. • Exigência nutricional: Dentre os micronutrientes destaca-se a grande exigência pelo Boro (B).
  • 37. Deficiência em boro (Foto João R.P. Oliveira
  • 38. PROPAGAÇÃO E PRODUÇÃO DE MUDAS • Formas de propagação: sementes, estaquia e enxertia. • Obtenção das sementes:  para o grupo solo: podem ser obtidas pelo próprio produtor, mediante o isolamento da planta (2.000 m) ou proteção das flores hermafroditas com saquinhos de papel. As sementes podem ser armazenadas em sacos plásticos, na parte inferior da geladeira por 6 a 12 meses.  Para o grupo formosa: devem ser compradas a cada novo plantio, para evitar a segregação. As sementes do Tainung N° 1 são produzidas em Taiwan, a partir de parentais mantidos sob rigoroso sigilo.
  • 39. • Semeadura: Canteiros de sementeiras e posterior repicagem. Diretamente no recipiente (saco, tubete ou bandejas de isopor). Diretamente no campo (menos utilizado).
  • 40. Produção em sacos de polietileno • Tamanho dos sacos: 7,0 x 18,5 x 0,006 cm ou 15 x 25 x 0,006 cm. • Substrato: mistura de terra, areia e esterco bovino curtido (3 : 1 : 1 ou 2 : 1 : 1). Pode-se adicionar 540 a 720 g de P2O5/m3 e 10 a 15 kg/m3 de calcário dolomítico. • Fumigação do substrato: Brometo de metila ou solarização • Número de sementes por recipiente: para o grupo solo: 2 a 3 sementes Para o grupo formosa: 1 sementes (custo) • Profundidade: 1 a 2 cm. • Germinação: 10 a 20 dias após semeadura.
  • 41.
  • 42. Produção de mudas em tubetes • Substrato: deve ser leve, sem adição de solo, formados pela mistura de turfa, vermiculita, esterco, casca de árvores, vermicomposto, casca de arroz carbonizada, paú... • Há necessidade complementação mineral. • Vantagem: Maior facilidade de transporte. Economia de substrato e mão-de-obra. Ocupa menos espaço no viveiro. • Obs.: a muda deve estar bem enraizada, no momento de plantio, para facilitar a retirada da muda com o substrato aderido as raízes.
  • 43. Tratos culturais na produção de mudas • Desbaste no viveiro: quando apresentarem altura de 3 a 5 cm. • Controle fitossanitário: aplicação de fungicidas e evitar excesso de umidade. • Irrigação: 2 vezes ao dia com sistemas de baixo impacto das gotas de água. • Seleção de mudas: 20 a 30 dias após germinação selecionar mudas livres de pragas e doenças e com altura entre 15 a 20 cm. • Adubação foliar: solução a 0,1 % de uréia se as folhas velhas apresentarem amarelas. solução a 0,5 % de uréia quando o amarelecimento é generalizado e as mudas tiverem quatro a seis pares de folhas • Transporte: deve ser feito em caixas de madeira ou plásticas, com uma proteção contra ação de ventos e raios solares.
  • 44. Determinação da quantidade sementes para produção de mudas • No cálculo considerar: 1 g de semente contém 60 sementes; Considerar também o espaçamento e quantidade de sementes por saquinho; Acrescentar 15% para compensar as perdas durante a seleção e reposição de plantas no campo.
  • 46. Coleta de solos • A área deve ser dividida em talhões uniformes, retirando-se 20 subamostras. • Proceder a amostragem na profundidade de 0 a 20 cm, três a seis meses antes da implantação da cultura. • Enviar as amostras (250 a 500 g de solo) identificadas para o Laboratório de Solos.
  • 47. Calagem • Caso a análise indique a necessidade de calagem, utilizar calcário dolomítico incorporado até uma profundidade de 30 cm. Deve ser distribuído durante o preparo do solo (antes da aração ou gradagem) 2 a 3 meses antes do plantio.
  • 48. Espaçamento • Varia em função de: tipo de solo, do sistema de cultivo, clima, cultivar e tratos culturais. • No sistema de fileira simples: 3,0 a 4,0 m entre linhas e 1,8 a 2,5 m entre plantas • No sistema de fileiras duplas: 3,6 a 4,0 m entre fileiras duplas; 1,8 a 2,5 m entre fileiras simples, bem como entre plantas dentro da fileira.
  • 49.
  • 50. Espaçamento para variedades do grupo Solo • Fileiras simples: 3,0 m x 2,0 m ou 3,0 m x 2,5 m • Fileiras duplas: 4,0 m x 2,0 m x 2,0 m 4,0 m x 2,0 m x 1,8 m 4,0 m x 1,8 m x 1,8 m 3,8 m x 2,0 m x 2,0 m 3,8 m x 2,0 m x 1,8 m 3,6 m x 2,0 m x 2,0 m 3,6 m x 1,8 m x 1,8 m
  • 51. Espaçamento para variedades do grupo Formosa • Fileiras simples: 4,0 m x 2,0 m • Fileiras duplas: 4,0 m x 2,5 m x 2,5 m Obs: Evitar espaçamentos menores do que os recomendados, pois as plantas tendem a ficar muito altas, dificultando a colheita.
  • 52. Sistemas de plantio • Covas: 30 cm x 30 cm x 30 cm. • Sulcos: com sulcadores numa profundidade de 30 a 40 cm. • Camalhões: quando a área for propensa a encharcamentos.
  • 53.
  • 54. Quantidade de mudas por cova • Grupo Solo: três mudas por cova, distanciadas de 20 cm uma das outras, formando um triângulo. • Grupo Formosa: uma muda por cova, em função do elevado custo das sementes. Obs.: as mudas deverão ficar com a região do colo no mesmo nível do solo.
  • 55. Adubação de plantio • Deve ser realizada 1 mês antes do plantio • Adubação orgânica: 20 litros de esterco bovino, ou 5 litros de esterco de galinha. • 100 g calcário dolomítico para cada tonelada aplicada em área total. • 10 a 30 g de K2O/cova • 20 a 60 g de P2O5/cova • Em solos com deficiência de boro e/ou zinco, aplicar 5 g de bórax e/ou 10 g de sulfato de zinco por cova.
  • 56. Adubação de plantio e pós-plantio Fonte: CFSEMG, 1999
  • 58. Sexagem • É o procedimento de identificação do sexo da planta, permitindo a realização do desbaste, deixando apenas uma planta hermafrodita por cova. É realizado de 3 a 4 meses após plantio. • Quando se utiliza sementes selecionadas pode ocorrer dois tipos de mudas: hermafroditas (66%) e femininas (33%). Portanto, nas covas pode ocorrer quatro possibilidades: 1) Todas hermafroditas 2) 2 hermafroditas e 1 feminina 3) 1 hermafrodita e 2 femininas 4) Todas femininas
  • 59. Desbrota • Eliminação das brotações laterais ao longo da haste principal 30 dias após plantio e/ou sempre que necessário. • Tem por objetivo evitar a redução do crescimento das plantas, reduzir a concorrência por nutrientes e água, e a incidência doenças e pragas (ácaro-branco).
  • 60. Desbaste de frutos • Realizada a partir do início da frutificação, visando à eliminação dos frutos defeituosos e de pequeno tamanho. • Deve ser feito pelo menos uma vez por mês, com frutos ainda verdes e pequenos. • Recomenda-se deixar 1 ou 2 frutos por axila.
  • 61. Controle de ervas daninhas • Capinas manuais – coroamento • Capinas mecanizadas com roçadeiras • Capinas mecanizadas com grades: até os seis primeiros meses. • Capina química: evitar a aplicação em dias de vento e o contato do herbicida com as partes verdes da casca da planta ou das folhas (glifosato).
  • 62. IRRIGAÇÃO • Produtividade sem irrigação: 45 t/ha/ano • Produtividade com irrigação: 60 a 90 t/ha/ano • Sistemas utilizados: Aspersão: queda de flores, microclima propício ao desenvolvimento de doenças e pragas. Microaspersão: vazão por microaspersor entre 20 a 175 l/h, dispondo 1 micro para duas ou quatro plantas. Gotejamento: vazão por gotejador 1 a 8 l/h, dispondo de 2 gotejadores de 4 l/h por planta, instalado a 50 cm da planta.
  • 63. Necessidade hídrica • Período seco: 20 a 40 litros/planta/dia. • Período chuvoso: 10 litros/planta/dia. • A planta é mais sensível ao déficit hídrico entre o 6º e o 12º mês.
  • 64. COLHEITA • O fruto atinge a completa maturação de 04 a 06 meses após a abertura da flor. • Não é recomendável deixar os frutos amadurecerem na planta, devido ao risco de sobremadurecimento e ataque dos pássaros. • Para o consumo local colher quando os frutos apresentarem faixas com 50% de coloração amarela.
  • 65.
  • 66.
  • 67. Tratamento pós-colheita • Para controle das moscas-das-frutas, antracnose e a alternária: tratamento com água a 42°C por 20 minutos, seguida de resfriamento rápido em água fria. • Pode ser adicionado à água do tratamento anterior um fungicida, como thiabendazol (4 a 8 g/L), benomil (1 g/L) ou tiofanato metílico (1 g/L). • Os fungicidas só devem ser usados quando os frutos forem consumidos no mínimo 15 dias após o tratamento.
  • 68. Doenças de maior importância econômica • No viveiro: Damping-off ou tombamento das mudas • No campo: Mancha-anelar (‘Papaya ringspot virus’, PRSV) Amarelo-letal-do-mamoeiro (‘Papaya lethal yellowing virus’, PLYV) Meleira (‘Papaya sticky disease’, PSDV) Phytophthora (P. palmivora e P. parasitica) Antracnose (Colletotrichum gloeosporoide) Varíola ou pinta preta(Asperisporium caricae) Oídio (Oidium caricae) Nematóide-das-galhas • No período pós-colheita: podridões de phytothtora e antracnose
  • 69.
  • 70. MEDIDAS DE CONTROLE DAS VIROSES: • Produção de mudas em áreas isoladas; • Vistorias no viveiro e no pomar 3 vezes por semana; • Erradicação precoce de plantas doentes; • Eliminação de pomares velhos e improdutivos; • Fazer rotação de cultura; • Evitar plantio de cucurbitáceas (abóbora, pepino, melancia, melão...)
  • 71. Controle: aplicação de produtos à base de enxofre, tendo-se o cuidado de aplicá-los a temperatruas abaixo de 21°C, para que não ocorra queira dos frutos.
  • 72. Controle: as folhas mais velhas devem ser retiradas e destruídas .
  • 73.
  • 74. • Controle: nos frutos pode ser controlado com fungicidas cúpricos. Evitar plantio em solos mal drenados, evitar ferimentos no caule e nos frutos, erradicar e queimar no local plantas infectadas • Para a podridão do colo e do tronco, no início da formação da lesão, raspar a área afetada e aplicar uma pasta cúprica.
  • 75. Controle: retirar e enterrar frutos atacados , colhê-los ainda verdoengos, desinfestar galpões e vasilhames de transporte. Aplicar quinzenalmente fungicidas à base de cobre. Aparece nos frutos em qualquer estágio, com mais frequência nos maduros
  • 76. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS • SANCHES, N.F.; DANTAS, J.L.L. (Cords). O cultivo do mamão. Cruz das Almas, BA: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 1999. 105 p. • DANTAS, J.L.L.; JUNGHANS, D.T.; LIMA, F. de. (Ed.). Mamão: o produtor pergunta, a Embrapa responde. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Brasília – DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. 151 p • TRINDADE, A.V. (Org.) Mamão – Produção: aspectos técnicos. Embrapa mandioca e Fruticultura. Cruz das Almas, BA. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. 77p. • RITZINGER, C.H.S.P.; SOUZA, J. da S. (Org.) Mamão – Fitossanidade. Embrapa mandioca e Fruticultura. Cruz das Almas, BA. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. 91p. • COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5o Aproximação. Editores: Antonio Carlos Ribeiro, Paulo Tácito Gontigo Guimarães, Victor Hugo Alvarez V. - Viçosa, MG, 1999. 359p. • MARIN, Sérgio Lucio David. Tecnologias de cultivo do mamoeiro para exportação./ Sérgio Lucio David Marin – Fortaleza: Instituto Frutal, 2002. p.74 • PROGRAMA BRASILEIRO PARA A MODERNIZAÇÃO DA HORTICULTURA – Normas de Classificação do Mamão. Centro de Qualidade em Horticultura – CQH/CEAGESP. 2003. São Paulo (CQH.Documentos, 25).