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“A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe
corresponde. Conforme a sua natureza, a prece paira na região em que foi
emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota,
segundo as finalidades a que se destina”.
Quantas pessoas passam toda uma existência acumulando valores materiais e
não sabem fazer uma oração, por mais simples que ela seja? Quantos fazem
uma prece que nasce e morre nos lábios? Você tem orado? Vamos ver se
conhece essa história.
Um homem sonhou que entrava no céu. Logo de início, encontrou uma área
imensa que não podia ser abrangida com os olhos, que mais parecia se
confundir com o infinito.
Uma multidão incontável de seres angelicais trabalhava ali. A correria era
muito grande, apesar da organização. Não conteve a curiosidade e perguntou:
- Que local é este? Por que tanto trabalho? Diria até que os trabalhadores se
confundem com o número de estrelas do Universo.
- Ah! Aqui, esclareceu o Ser responsável daquele lugar, é o lugar aonde
chegam, a cada segundo, os pedidos de auxílio que o homem dirige ao
Criador. São incontáveis...
Saíram daquela região imensa e, logo depois, quase emendando com ela, estava
outro local que se perdia de vista. Era tão imenso como o primeiro. De novo a
curiosidade venceu a discrição, e o visitante perguntou:
- E aqui, por que tantos igualmente trabalhando sem cessar?
- Ah!, respondeu o responsável novamente. Daqui saem o atendimento a
todos os pedidos que partem dos homens aflitos... Como Deus socorre a
todos, um número incontável de trabalhadores labuta sem cessar e sem
cansaço.
Mais alguns passos e entraram num pequeno lugar onde só havia um ser
angelical sentado em uma cadeira com o olhar perdido no horizonte. Se os
anjos ficassem tristes, até se diria que esse estava com ar de tristeza.
Espantado com a brutal diferença com os dois lugares anteriores, o visitante
tornou a perguntar:
- E aqui? Por que somente um trabalhador?
O Ser que o acompanhava, deixando a amargura invadir o seu semblante,
respondeu tristemente:
- Aqui, meu amigo, é o lugar aonde chegam os agradecimentos a Deus pelo
auxílio recebido.
Se você já conhecia essa história até aqui, nos acompanhe mais um pouco.
- O que devemos agradecer ao Pai? Perguntou o visitante.
- Meu filho! Bastaria uma palavra, e tudo viria por consequência: a Vida.
Mas, relacionemos uns poucos exemplos.
Se tu tens alimento em tua casa, roupa sobre o teu corpo, um lar onde morar e
uma casa limpa onde repousar, és mais rico do que 75% de pessoas que nada
disso possuem; se tens dinheiro no banco para um imprevisto qualquer, um
pouco de dinheiro em tua carteira, você está entre os 8% dos mais bem-
sucedidos no mundo.
Se acordou com mais saúde do que doença, você tem infinitamente mais do
que aqueles que não sobreviverão a esse dia, prisioneiros do leito do sofrimento
de onde se despedem da existência material. Se nunca experimentou o temor de
uma guerra, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, está na frente de
700 milhões de seres infelizes que experimentaram na própria pele esses
sofrimentos. Se podes cultuar a tua fé livremente sem temor de apanhar, sem
ser preso, torturado, é invejado por mais de 3 bilhões de pessoas que não
possuem esse direito. Se podes manter a cabeça erguida e sorrir, não és a regra,
mas o raro exemplo a tantos que estão na dúvida e no desespero. Esse pedaço
você já conhecia? Mesmo que você duvide desses cálculos, creio que na sua
consciência você encontrará outra matemática que conduzirá à mesma
conclusão.
Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito pouco ainda conhecemos do
seu mecanismo de funcionamento, por isso mesmo, pouco a valorizamos, e por
vezes até a esquecemos.
Mas afinal, o que é a prece?
Poderíamos dizer que a prece é uma projeção do pensamento, a partir do qual
irá se estabelecer uma corrente fluídica cuja intensidade dependerá do teor
vibratório de quem ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois nesta
relação fluídica o homem atrai para si a ajuda dos Espíritos Superiores a lhe
inspirar bons pensamentos. Por que pensamentos? Porque são a origem da
quase totalidade de nossas ações. (Primeiro pensamos depois agimos).
Poderíamos dizer também que a prece é uma invocação e que por meio dela
pomos o pensamento em contato com o ente a quem nos dirigimos.
A prece é a expressão de um sentimento que sempre alcança a Deus, quando
ditada pelo coração de quem ora. Pode-se orar para si ou para outrem.
O Espiritismo faz compreender a ação da prece explicando o processo da
transmissão do pensamento: quer o ser por quem se ora venha ao nosso
chamado, quer o nosso pensamento chegue até ele. Para compreender o que se
passa nessa circunstância, convêm considerar todos os seres, encarnados e
desencarnados, mergulhados no mesmo fluido universal que ocupa o espaço,
como neste planeta estamos nós na atmosfera. O ar é o veículo do som com a
diferença que as vibrações do ar são circunscritas ao planeta Terra, ao passo
que as do fluido universal se estendem ao infinito. Então, logo que o
pensamento é dirigido para um ser qualquer na Terra ou no espaço, de
encarnado a desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece
de um para o outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente está na razão da energia do pensamento e da vontade. É
por esse meio que a prece é ouvida pelos espíritos onde quer que estejam; que
eles se comunicam entre si; que nos transmitem as suas inspirações; que as
relações se estabelecem a distância, etc. Esta é sua visão científica.
Pela prece podemos fazer três coisas louvar, pedir e agradecer (LE, 659). Mas o
que isso significa exatamente? Louvar é enaltecer os desígnios de Deus sobre
todas as coisas, aceitando-O como Ser Supremo, causa primária de tudo o que
existe, bendizendo-Lhe o nome.
Pedir é recorrer ao Pai Todo-Poderoso em busca de luz, equilíbrio, forças,
paciência, discernimento e coragem para lutar contra as forças do mal; enfim,
tudo, desde que não se contrarie a lei de amor que rege e sustenta a Harmonia
Universal.
Agradecer é reconhecer as inúmeras bênçãos recebidas, ainda que em
diferentes graus de entendimento e aceitação: a alegria, a fé, a bênção do
trabalho, a oportunidade de servir, a esperança, a família, os amigos, a dádiva
da vida. As preces devem ser feitas diretamente ao Criador, mas também pode
ser-lhe endereçada por intermédio dos bons Espíritos, que são os Seus
mensageiros e executores da Sua vontade. Quando se ora a outros seres além
de Deus, é simplesmente como a intermediários ou intercessores, pois nada se
pode obter sem a vontade de Deus. A prece torna o homem melhor porque
aquele que faz preces com fervor e confiança se torna mais forte contra as
tentações do mal, e Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir (LE 660). O
essencial é orar com sinceridade e aceitar os próprios defeitos, porque a prece
não redime as faltas cometidas; aquele que pede a Deus perdão pelos seus
erros, só o obtêm mudando sua conduta na prática do bem.
Deste modo, as boas ações são a melhor prece, e por isso os atos valem mais
do que as palavras. Através da prece pode-se ainda fazer o bem aos
semelhantes, porque o Espírito que ora, atuando pela vontade de praticar o
bem, atrai a influência de Espíritos mais evoluídos que se associam ao bem que
se deseja fazer. Entretanto, a prece não pode mudar a natureza das provas pelas
quais o homem tem que passar, ou até mesmo desviar-lhe seu curso, e isto
porque elas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim,
mas Deus leva sempre em conta a resignação. Deve-se considerar, também, que
nem sempre aquilo que o homem implora corresponde ao que realmente lhe
convém, tendo em vista sua felicidade futura. Deus, em Sua onisciência e
suprema bondade, deixa de atender ao que lhe seria prejudicial.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supomos, podendo
a resposta a uma prece vir por meios indiretos ou por meios de ideias com as
quais saímos das dificuldades.
A prece em favor dos desencarnados não muda os desígnios de Deus a seu
respeito; contudo, o Espírito pelo qual se ora experimenta alívio e conforto ao
receber o influxo amoroso dos entes que compartilham de suas dores. Além do
mais, o efeito benéfico da prece sobre o desencarnado é tal, que pode levá-lo à
conscientização das faltas cometidas e ao desejo de fazer o bem. É nesse
sentido que se pode abreviar a sua pena, se do seu lado ele contribui com a sua
boa vontade. Esse desejo de melhora, excitado pela prece, atrai para o Espírito
sofredor os Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe
esperanças (LE, 664).
Qual a importância da prece? Lembremo-nos de um exemplo prático. Se não
limparmos periodicamente o nosso quintal, a sujeira se acumula, o mato cresce,
e há a proliferação de bichos. No campo espiritual, se não limparmos o nosso
psiquismo, os espíritos luminosos se afastam (mesmo que temporariamente), as
trevas tomam conta favorecendo a ação de espíritos endurecidos.
Deus atende àqueles que oram com fé e fervor? Deus envia-lhes sempre bons
Espíritos para os auxiliarem. Não existem fórmulas especiais de orações. A
bondade de Deus não está voltada para as fórmulas e o número de palavras,
mas sim para as intenções de quem ora.
O que dizer das orações repetidas inúmeras vezes? As intermináveis ladainhas
e “PAI NOSSOS”, repetidos algumas vezes, as rezas pronunciadas com os
lábios apenas, que o coração não sente e a inteligência não compreende, não
têm valor perante Deus.
Jesus disse: “Não vos assemelheis aos hipócritas que pensam que pelo muito
falar serão ouvidos” (Mateus C6:V7). O essencial é orar bem e não muito. Por
que existe então, mesmo no espiritismo, orações ditadas por espíritos e
publicadas em livros? Para ensinar aos homens a raciocinar quando se dirigem
a Deus e fazê-lo não só por meio de palavras, como também pelo sentimento e
com inteligência. Estas orações não constituem rituais, uma vez que, no
espiritismo não existem rituais de nenhuma espécie, nem formalismo. Por
quem devemos orar? Primeiramente por nós mesmos, por nossos parentes,
pelos nossos amigos e inimigos, deste e do outro mundo; devemos orar pelos
que sofrem e por aqueles por quem ninguém ora. O que pedir? Em Mateus
C26:V39, há a passagem amarga do Cristo, que antecedia as suas dores
supremas no calvário , onde Ele nos diz:
“ Pai, se quiserdes, afasta de mim este cálice, mas acima de tudo faça-se a Tua
vontade e não a minha”. Demonstrava-nos o Mestre que as Leis Naturais são
sábias e justas e que são aplicadas indistintamente. Assim, não peçamos
“milagres ou prodígios”, mas tão somente forças para suportar aquilo que não
está ao nosso alcance mudar, paciência, resignação, fé e coragem.
Formas da Prece. A prece deve ser curta e feita em segredo, no recôndito da
consciência e em profunda meditação. Preces prolongadas ou repetidas,
tornam-se cansativas, sonolentas e, muitas vezes, delas não participam o
pensamento e o coração. Assim, a condição da prece está no pensamento reto,
podendo-se orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou em conjunto, em
pé, deitado, de luz acesa ou apagada, de olhos abertos ou fechado; desde que
haja o recolhimento íntimo necessário para se estabelecer a sintonia
harmoniosa.
Por isto a importância do sentimento amoroso, humilde, piedoso, livre de
qualquer ressentimento ou mágoa, dessa maneira o homem irá absorver a força
moral necessária para vencer as dificuldades com seus próprios méritos.
Eficácia da Prece: Existem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando
que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável
o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas
jamais poderão alterar os desígnios do Criador. No entanto, o ensinamento de
Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é inflexível a ponto de não
atender os que lhe fazem súplicas. Ocorre que existem determinadas leis
naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos de cada um.
Porém, isso não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à fatalidade.
Àquele que pede, Deus está sempre pronto a conceder-lhe a coragem, a
paciência, a resignação para enfrentar as dificuldades e os dissabores inerentes
à natureza humana, com ideias que lhes são sugeridas pelos Espíritos
benfeitores, deixando-nos contudo o mérito da ação, e isto porque não se deve
ficar ocioso à espera de um milagre, pois a Providencia Divina sempre ampara
os que se ajudam a si mesmos, como asseverou o Mestre: “Ajuda-te e o céu te
ajudará” (ESE, Cap. 27, item 7). Portanto, de tudo o que foi dito anteriormente,
podemos concluir que a eficácia da prece está na dependência da renovação
íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e
da humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos
negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.
A prece é um veículo por meio do qual se produz a sintonia mental com Deus.
Ela faculta uma análise das necessidades humanas em relação às finalidades
essenciais da existência, ao tempo em que propicia o relaxar das tensões,
estimulando as forças enfraquecidas. Ah! A propósito, se você visitasse o céu
como o homem da história, haveria alguma correspondência sua naquele último
departamento esquecido?
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e
de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

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A prece

  • 1.
  • 2. “A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, a prece paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina”. Quantas pessoas passam toda uma existência acumulando valores materiais e não sabem fazer uma oração, por mais simples que ela seja? Quantos fazem uma prece que nasce e morre nos lábios? Você tem orado? Vamos ver se conhece essa história. Um homem sonhou que entrava no céu. Logo de início, encontrou uma área imensa que não podia ser abrangida com os olhos, que mais parecia se confundir com o infinito.
  • 3. Uma multidão incontável de seres angelicais trabalhava ali. A correria era muito grande, apesar da organização. Não conteve a curiosidade e perguntou: - Que local é este? Por que tanto trabalho? Diria até que os trabalhadores se confundem com o número de estrelas do Universo. - Ah! Aqui, esclareceu o Ser responsável daquele lugar, é o lugar aonde chegam, a cada segundo, os pedidos de auxílio que o homem dirige ao Criador. São incontáveis... Saíram daquela região imensa e, logo depois, quase emendando com ela, estava outro local que se perdia de vista. Era tão imenso como o primeiro. De novo a curiosidade venceu a discrição, e o visitante perguntou: - E aqui, por que tantos igualmente trabalhando sem cessar?
  • 4. - Ah!, respondeu o responsável novamente. Daqui saem o atendimento a todos os pedidos que partem dos homens aflitos... Como Deus socorre a todos, um número incontável de trabalhadores labuta sem cessar e sem cansaço. Mais alguns passos e entraram num pequeno lugar onde só havia um ser angelical sentado em uma cadeira com o olhar perdido no horizonte. Se os anjos ficassem tristes, até se diria que esse estava com ar de tristeza. Espantado com a brutal diferença com os dois lugares anteriores, o visitante tornou a perguntar: - E aqui? Por que somente um trabalhador? O Ser que o acompanhava, deixando a amargura invadir o seu semblante, respondeu tristemente:
  • 5. - Aqui, meu amigo, é o lugar aonde chegam os agradecimentos a Deus pelo auxílio recebido. Se você já conhecia essa história até aqui, nos acompanhe mais um pouco. - O que devemos agradecer ao Pai? Perguntou o visitante. - Meu filho! Bastaria uma palavra, e tudo viria por consequência: a Vida. Mas, relacionemos uns poucos exemplos. Se tu tens alimento em tua casa, roupa sobre o teu corpo, um lar onde morar e uma casa limpa onde repousar, és mais rico do que 75% de pessoas que nada disso possuem; se tens dinheiro no banco para um imprevisto qualquer, um pouco de dinheiro em tua carteira, você está entre os 8% dos mais bem- sucedidos no mundo.
  • 6. Se acordou com mais saúde do que doença, você tem infinitamente mais do que aqueles que não sobreviverão a esse dia, prisioneiros do leito do sofrimento de onde se despedem da existência material. Se nunca experimentou o temor de uma guerra, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, está na frente de 700 milhões de seres infelizes que experimentaram na própria pele esses sofrimentos. Se podes cultuar a tua fé livremente sem temor de apanhar, sem ser preso, torturado, é invejado por mais de 3 bilhões de pessoas que não possuem esse direito. Se podes manter a cabeça erguida e sorrir, não és a regra, mas o raro exemplo a tantos que estão na dúvida e no desespero. Esse pedaço você já conhecia? Mesmo que você duvide desses cálculos, creio que na sua consciência você encontrará outra matemática que conduzirá à mesma conclusão.
  • 7. Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito pouco ainda conhecemos do seu mecanismo de funcionamento, por isso mesmo, pouco a valorizamos, e por vezes até a esquecemos. Mas afinal, o que é a prece? Poderíamos dizer que a prece é uma projeção do pensamento, a partir do qual irá se estabelecer uma corrente fluídica cuja intensidade dependerá do teor vibratório de quem ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois nesta relação fluídica o homem atrai para si a ajuda dos Espíritos Superiores a lhe inspirar bons pensamentos. Por que pensamentos? Porque são a origem da quase totalidade de nossas ações. (Primeiro pensamos depois agimos). Poderíamos dizer também que a prece é uma invocação e que por meio dela pomos o pensamento em contato com o ente a quem nos dirigimos.
  • 8. A prece é a expressão de um sentimento que sempre alcança a Deus, quando ditada pelo coração de quem ora. Pode-se orar para si ou para outrem. O Espiritismo faz compreender a ação da prece explicando o processo da transmissão do pensamento: quer o ser por quem se ora venha ao nosso chamado, quer o nosso pensamento chegue até ele. Para compreender o que se passa nessa circunstância, convêm considerar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no mesmo fluido universal que ocupa o espaço, como neste planeta estamos nós na atmosfera. O ar é o veículo do som com a diferença que as vibrações do ar são circunscritas ao planeta Terra, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Então, logo que o pensamento é dirigido para um ser qualquer na Terra ou no espaço, de encarnado a desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um para o outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.
  • 9. A energia da corrente está na razão da energia do pensamento e da vontade. É por esse meio que a prece é ouvida pelos espíritos onde quer que estejam; que eles se comunicam entre si; que nos transmitem as suas inspirações; que as relações se estabelecem a distância, etc. Esta é sua visão científica. Pela prece podemos fazer três coisas louvar, pedir e agradecer (LE, 659). Mas o que isso significa exatamente? Louvar é enaltecer os desígnios de Deus sobre todas as coisas, aceitando-O como Ser Supremo, causa primária de tudo o que existe, bendizendo-Lhe o nome. Pedir é recorrer ao Pai Todo-Poderoso em busca de luz, equilíbrio, forças, paciência, discernimento e coragem para lutar contra as forças do mal; enfim, tudo, desde que não se contrarie a lei de amor que rege e sustenta a Harmonia Universal.
  • 10. Agradecer é reconhecer as inúmeras bênçãos recebidas, ainda que em diferentes graus de entendimento e aceitação: a alegria, a fé, a bênção do trabalho, a oportunidade de servir, a esperança, a família, os amigos, a dádiva da vida. As preces devem ser feitas diretamente ao Criador, mas também pode ser-lhe endereçada por intermédio dos bons Espíritos, que são os Seus mensageiros e executores da Sua vontade. Quando se ora a outros seres além de Deus, é simplesmente como a intermediários ou intercessores, pois nada se pode obter sem a vontade de Deus. A prece torna o homem melhor porque aquele que faz preces com fervor e confiança se torna mais forte contra as tentações do mal, e Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir (LE 660). O essencial é orar com sinceridade e aceitar os próprios defeitos, porque a prece não redime as faltas cometidas; aquele que pede a Deus perdão pelos seus erros, só o obtêm mudando sua conduta na prática do bem.
  • 11. Deste modo, as boas ações são a melhor prece, e por isso os atos valem mais do que as palavras. Através da prece pode-se ainda fazer o bem aos semelhantes, porque o Espírito que ora, atuando pela vontade de praticar o bem, atrai a influência de Espíritos mais evoluídos que se associam ao bem que se deseja fazer. Entretanto, a prece não pode mudar a natureza das provas pelas quais o homem tem que passar, ou até mesmo desviar-lhe seu curso, e isto porque elas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação. Deve-se considerar, também, que nem sempre aquilo que o homem implora corresponde ao que realmente lhe convém, tendo em vista sua felicidade futura. Deus, em Sua onisciência e suprema bondade, deixa de atender ao que lhe seria prejudicial.
  • 12. Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supomos, podendo a resposta a uma prece vir por meios indiretos ou por meios de ideias com as quais saímos das dificuldades. A prece em favor dos desencarnados não muda os desígnios de Deus a seu respeito; contudo, o Espírito pelo qual se ora experimenta alívio e conforto ao receber o influxo amoroso dos entes que compartilham de suas dores. Além do mais, o efeito benéfico da prece sobre o desencarnado é tal, que pode levá-lo à conscientização das faltas cometidas e ao desejo de fazer o bem. É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se do seu lado ele contribui com a sua boa vontade. Esse desejo de melhora, excitado pela prece, atrai para o Espírito sofredor os Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe esperanças (LE, 664).
  • 13. Qual a importância da prece? Lembremo-nos de um exemplo prático. Se não limparmos periodicamente o nosso quintal, a sujeira se acumula, o mato cresce, e há a proliferação de bichos. No campo espiritual, se não limparmos o nosso psiquismo, os espíritos luminosos se afastam (mesmo que temporariamente), as trevas tomam conta favorecendo a ação de espíritos endurecidos. Deus atende àqueles que oram com fé e fervor? Deus envia-lhes sempre bons Espíritos para os auxiliarem. Não existem fórmulas especiais de orações. A bondade de Deus não está voltada para as fórmulas e o número de palavras, mas sim para as intenções de quem ora. O que dizer das orações repetidas inúmeras vezes? As intermináveis ladainhas e “PAI NOSSOS”, repetidos algumas vezes, as rezas pronunciadas com os lábios apenas, que o coração não sente e a inteligência não compreende, não têm valor perante Deus.
  • 14. Jesus disse: “Não vos assemelheis aos hipócritas que pensam que pelo muito falar serão ouvidos” (Mateus C6:V7). O essencial é orar bem e não muito. Por que existe então, mesmo no espiritismo, orações ditadas por espíritos e publicadas em livros? Para ensinar aos homens a raciocinar quando se dirigem a Deus e fazê-lo não só por meio de palavras, como também pelo sentimento e com inteligência. Estas orações não constituem rituais, uma vez que, no espiritismo não existem rituais de nenhuma espécie, nem formalismo. Por quem devemos orar? Primeiramente por nós mesmos, por nossos parentes, pelos nossos amigos e inimigos, deste e do outro mundo; devemos orar pelos que sofrem e por aqueles por quem ninguém ora. O que pedir? Em Mateus C26:V39, há a passagem amarga do Cristo, que antecedia as suas dores supremas no calvário , onde Ele nos diz:
  • 15. “ Pai, se quiserdes, afasta de mim este cálice, mas acima de tudo faça-se a Tua vontade e não a minha”. Demonstrava-nos o Mestre que as Leis Naturais são sábias e justas e que são aplicadas indistintamente. Assim, não peçamos “milagres ou prodígios”, mas tão somente forças para suportar aquilo que não está ao nosso alcance mudar, paciência, resignação, fé e coragem. Formas da Prece. A prece deve ser curta e feita em segredo, no recôndito da consciência e em profunda meditação. Preces prolongadas ou repetidas, tornam-se cansativas, sonolentas e, muitas vezes, delas não participam o pensamento e o coração. Assim, a condição da prece está no pensamento reto, podendo-se orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou em conjunto, em pé, deitado, de luz acesa ou apagada, de olhos abertos ou fechado; desde que haja o recolhimento íntimo necessário para se estabelecer a sintonia harmoniosa.
  • 16. Por isto a importância do sentimento amoroso, humilde, piedoso, livre de qualquer ressentimento ou mágoa, dessa maneira o homem irá absorver a força moral necessária para vencer as dificuldades com seus próprios méritos. Eficácia da Prece: Existem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador. No entanto, o ensinamento de Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é inflexível a ponto de não atender os que lhe fazem súplicas. Ocorre que existem determinadas leis naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos de cada um. Porém, isso não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à fatalidade.
  • 17. Àquele que pede, Deus está sempre pronto a conceder-lhe a coragem, a paciência, a resignação para enfrentar as dificuldades e os dissabores inerentes à natureza humana, com ideias que lhes são sugeridas pelos Espíritos benfeitores, deixando-nos contudo o mérito da ação, e isto porque não se deve ficar ocioso à espera de um milagre, pois a Providencia Divina sempre ampara os que se ajudam a si mesmos, como asseverou o Mestre: “Ajuda-te e o céu te ajudará” (ESE, Cap. 27, item 7). Portanto, de tudo o que foi dito anteriormente, podemos concluir que a eficácia da prece está na dependência da renovação íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e da humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.
  • 18. A prece é um veículo por meio do qual se produz a sintonia mental com Deus. Ela faculta uma análise das necessidades humanas em relação às finalidades essenciais da existência, ao tempo em que propicia o relaxar das tensões, estimulando as forças enfraquecidas. Ah! A propósito, se você visitasse o céu como o homem da história, haveria alguma correspondência sua naquele último departamento esquecido? Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.