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Livro Terceiro: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
2.1 – Objetivo da adoração
2.2 – Adoração exterior
2.3 – Vida Contemplativa
2.4 – Da prece
2.5 – Politeísmo
2.6 – Sacrifícios
Referências
Slide:
https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/32-lei-de-adoracaopptx-252372382
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2.1 – Objetivo da adoração
649 – Em que consiste a adoração?
É a elevação do pensamento a Deus. Pela adoração a alma se aproxima dele.
Comentários:
Adorara Deus é elevar o pensamento a Ele para que o nosso ser (alma, Espírito)
se aproxime do Pai.
O pensamento é o meio de comunicação entre nós e a Espiritualidade, entre
Deus, entre os seres que se encontram na Espiritualidade.
Com o pensamento elevado entramos em sintonia com o Pai. Ao estabelecera
sintonia nossos pensamentosalcançam um ao outro. Tudo no Universo é regido
pela lei da sintonia.
Deus e a Espiritualidade superior vibram numa frequência elevada, por isso é
necessário elevarmos os nossos pensamentos para que possamos sentir as
ideias, as intuições, as inspirações que nos são oferecidas.
Se não elevamos o nosso pensamento não conseguimos estabeleceresse canal
de comunicação.
Por isso precisamosestar em um padrão vibratório mais elevado, mais positivo,
para que haja a conexão, para que haja nossa aproximação para com o Pai.
Existem muitas formas de adorar a Deus, de acordo com a evolução das
criaturas:
- Jesus adorava o Pai fazendo a Sua vontade, trabalhando sempre em favor da
harmonia universal.
- Os homens elevados formalizam uma adoração ao Senhor pela sua vida
contínua no bem comum.
Se queremos adorar a Deus:
- Não devemos esquecer a caridade. Desde o momento em que levantarmos,
comecemos o dia ajudando. As oportunidades não faltam;
- Devemos retirar o ódio, o rancor, a mágoa do nosso íntimo;
- Devemos agir com compreensão em relação aos nossos semelhantes;
- Não perder a paciência diante de tantos problemas que nos afligem no dia a
dia, etc.
Adoração é movimento no bem.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
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Devemos elevar nossos pensamentosao Criador, com amor e sinceridade,mas
em maior tempo devemos agir pelo trabalho elevado, pelos pensamentos
solidificados no amor e pelos gestos da caridade.
Não adoramos a Deus apenas através de contemplação, daquele ato de
glorificara Deus,mas adoramos a Deus em todos os momentos que praticamos
o bem, em todos os momentos em que nos deixamos envolver pelo sentimento
de amor, de paz, de alegria, de bondade.
Questão 13
“Senhor meu Deus quando eu maravilhado
Fico a pensar nas obras de tuas mãos.
O céu azul de estrelas pontilhado,
O teu poder mostrando a criação.
Então minha alma canta a ti Senhor,
Quão grande és Tu, quão grande és Tu, quão grande és Tu...”
650 – A adoração é o resultado de um sentimento inato ou produto de um
ensinamento?
Sentimento inato como o da Divindade. A consciência de sua fraqueza leva o
homem a se curvar diante daquele que o pode proteger.
Comentários:
O sentimento inato de adorarmos o Criador, de sentirmos que existe algo além
de nós é algo que nasce conosco, que foi colocado em nós pelo criador.
Assim como nós temos em nossaconsciênciaa existênciade Deus,pois Ele nos
criou com a centelha divina do amor, temos também esse sentimento inato de
adorar o Pai, de adorar aquilo que está acima de nós.
Esse não é um sentimento que se aprende, mas um sentimento que já está
conosco.
651 – Houve povos desprovidos de todo sentimento de adoração?
Não, porque não há, jamais houve, povos ateus. Todos compreendem que há
acima deles um ser supremo.
Comentários:
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A lei de adoração faz parte da criatura. É inata ao ser humano.
Se já fomos criados com esse sentimento, com a ideia de que há algo além de
nós mesmos no sentido de adorarmos um ente supremo,entendemos que seria
difícil haver povos ateus.
Somos todos filhos de Deus, criados com a centelha divina, então seria difícil
que um povo inteiro ignorasse por completo essa criação.
É possível que uma pessoa ou algumas pessoas até se digam ateu, mas um
povo inteiro não seria possível, pois todos compreendem que há esse ente
supremo acimade todos e o todo reflete,em suamaioria, a verdade.Logo,povos
sem adoração não há.
Todos os povos,em todas as épocas,sempre acreditaram em um ser superior,
em um criador. Não há povos destituídos dessa crença.
A revolução neolítica foi uma revolução mental e cultural, impulsionada pelo
crescimento da espiritualidade humana. Uma das provas é a descoberta de um
grande monumento chamado Göbekli Tepe localizado na Província de Urfa, na
Turquia, construída há 11.500 anos atrás. (Mlodinow, pág. 40)
Não existem ateus; eles mudam de ideias, como mudam de roupas. Igualmente, mudam de
corpos como todos os outros Espíritos que Deus criou. As reencarnações são processos
criados pelo Senhor para despertar no imo d'alma os poderes. as palavras são transitórias,
até se fundirem nos poderes, que são eternos e verdadeiros.
652 – Pode-seconsiderar a adoração como tendo sua origem naleinatural?
Ela está na lei natural, visto que é o resultado de um sentimento inato no homem.
Por isso, ela se encontra em todos os povos, ainda que sob formas diferentes.
Comentários:
Kardec reforça o entendimento já abordado anteriormente.
A adoração está dentro da criatura, faz parte do sentimento inato do serhumano
porque foi algo criado por Deus e colocado dentro de nós assim como as suas
leis que se encontram presentes em nossa consciência.
A Espiritualidade reforça que a adoração está na lei natural.
A adoração é variável de conformidade com aelevação daalma, ou seja, a forma
de adoração é variável, mas o sentimento é mesmo.
Em todos os países que possas visitar, observarás as modalidades de adoração do Criador.
Uns precisam ver alguma forma para adorar; os mais espiritualizados adoram-nO em Espírito
e verdade. O que importa é que sempre deves reconhecer a existência dessa Fonte de Vida,
perfeição absoluta e que é nosso Pai de amor.
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2.2 – Adoração exterior
653 – A adoração tem necessidade de manifestações exteriores?
A verdadeira adoração está no coração. Em todas as vossas ações, imaginai
sempre que um senhor vos observa.
653.a) A adoração exterior é útil?
Sim, se não é uma vã simulação. Ela é sempre útil para dar um bom exemplo;
mas aqueles que a fazem apenas por afetação e amor-próprio, e nos quais a
conduta desmente sua piedade aparente, dão um exemplo antes mau do que
bom, e fazem mais mal do que pensam.
Comentários:
A adoração não deve ser exterior e sim interior. Ela deve expressardaquilo que
existe em nosso coração.
Deus sabe o que se passa no coração de cada um de nós.
São os sentimentos puros, verdadeiros que chegam até Deus. Não é a
quantidade, a multiplicidade e dificuldade das palavras que são ditas, o tempo
de uma adoração, mas a nossa sinceridade.
- Ritual e cerimônias sem sentimentos. Só aparência.
A adoração exterior sozinha não basta. Ela precisa vir acompanhada de
sentimento, de verdade e de amor.
Não é a condição da adoração ser exterior ou privada que chegará até Deus,
mas sim o sentimento, a sinceridade de propósitos de ideias e pensamentos.
654 – Deus dá preferência àqueles que o adoram de tal ou tal maneira?
Deus prefere aqueles que o adoram do fundo do coração, com sinceridade,
fazendo o bem e evitando o mal, àqueles que creem honrá-lo por meio de
cerimônias que não os tornam melhores para seus semelhantes.
Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele chama para si todos aqueles
que seguem suas leis, qualquer que seja a forma sob a qual se exprimem.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
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Aquele que não tem senão a piedade exterior é um hipócrita. Aquele em que a
adoração não é senão uma afetação, e em contradição com sua conduta, dá um
mau exemplo.
Aquele que faz profissão de adorar o Cristo e que é orgulhoso, invejoso e
ciumento, que é duro e implacável com os outros, ou ambicioso dos bens desse
mundo, eu vos digo que a religião está sobre os lábios e não no coração. Deus,
que tudo vê, dirá: este que conheceu a verdade é cem vezes mais culpável do
mal que fez, do que o ignorante selvagem do deserto, e assim será tratado no
dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derruba, vós o escusais; se é um
homem que vê claramente, vós vos queixais e tendes razão.
Não pergunteis, pois, se há uma forma de adoração mais conveniente, porque
isso seria perguntar se é mais agradável a Deus ser adorado em um idioma que
em outro. Eu vos digo ainda uma vez: os cânticos não chegam a ele, senão pela
porta do coração.
Comentários:
Deus não tem preferência por alguém, somente porque tenha uma forma de
adoração a Ele mais refinada. Deus se interessa por tudo na Sua grandiosa
criação. O Criador, sendo o Pai de tudo e de todos, não pode ter predileção por
uns, somente por serem mais velhos que os outros. Ele conhece e sabe como
as coisas devem ser. Ele sabe que o crescimento das qualidades é através do
tempo, que Ele mesmo criou, por isso não há preferência. Se Ele tivesse
preferência, a teria pelos ignorantes.
Tudo o que realmente vale para Deus é o sentimento.É a adoração que vem do
fundo do coração com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal.
Qualquer outra forma de adoração exterior não chega a Deus.
Deixemos de lado o receio em falar com nosso Pai.
Muitas vezes, inclusive nas casas espíritas,quando se pede a alguém para fazer
uma prece, algumas pessoas se sentem inibidas, outras dizem não saber fazer
preces bonitas com palavras bonitas. Isso para Deus não tem importância.
De que adianta belas palavras quando o coração está distante de Deus.
Pode ser uma adoração singela, curta, com poucas palavras, desde que seja
verdadeira.
Quando colocarmos na condição de oração, orarmos com sinceridade,
elevarmos nosso pensamento ao Pai e falar daquilo que está em nosso coração.
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655 – É repreensívelpraticaruma religião à qualnão se crê no fundode sua
alma, quando se faz isso por respeito humano, e para não escandalizar
aqueles que pensam de outra forma?
A intenção, nisso como em muitas outras coisas, é a regra. Aquele que não tem
em vista senão o respeito às crenças alheias, não faz mal. Ele faz melhordo que
aquele que as ridicularizasse, porque faltaria à caridade. Mas aquele que a
pratica por interesse e por ambição é desprezível aos olhos de Deus e dos
homens. Deus não pode ter por agradáveis aqueles que aparentam se humilhar
diante dele apenas para atrair a aprovação dos homens.
Comentários:
A caridade é o que deve nortear as nossas ações, os nossos pensamentos.
A Espiritualidade nos esclarece que a pessoamesmosem crerno fundo da alma
em determinada religião é melhor praticá-la com respeito a outra pessoa por
caridade do que ridicularizar ou escandalizar aquela crença da qual não
concorda.
A intenção é que faz a regra.
Se pratico uma religião mesmo que não tenha a crençareal e verdadeiranaquela
religião, mas sigo em respeito à crença de outra pessoa (um familiar, por
exemplo),é sinal de caridade, ao invés de ridicularizar, pois assim faltaria com a
caridade.
Dentro das nossas famílias sempre há alguém que não pensam como nós, que
não professam a mesma fé, a mesma religião que em respeito devemos evitar
comentar,criticar, mantendo o silêncio e,em algumas ocasiões participarde uma
oração, de alguma celebração, não porque nos falam ao coração, mas por
respeito aos demais familiares.
Aqueles familiares que seguem outras religiões muito a sério, muitas vezes
podemos nos sentir magoados porque o outro não crê verdadeiramente naquilo
que nós cremos. Devemos refletir: não é melhor que eles lá estejam do que
falando, criticando, questionando a nossa religião, a nossa crença.
Para Deus tudo é a intenção. Aquilo que está em nosso coração, em nossos
pensamentos.
Deus sabe o que se passa em nosso coração: se é o respeito às crenças do
outro, se é interesse, se é ambição.
Quem pratica a religião por interesse (comércio,poder) ou ambição, não é Deus
quem o despreza, mas as leis que vibram dentro da sua própria consciência. É
ele mesmo que procura esquecer-se de Deus para não se sentir constrangido,
porém, não o consegue, porque todos fomos criados iguais e com a essência
divina.
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O importante é sabermos acima de tudo que a caridade deve nortear as nossas
ações.
656 – A adoração coletiva é preferível à adoração individual?
Os homens reunidos poruma comunhão de pensamentos e de sentimentos têm
mais força para chamarem para si os bons Espíritos. Ocorre o mesmo quando
eles se reúnem para adorar a Deus. Não acrediteis, por isso, que a adoração
particular seja menos boa, porque cada um pode adorar a Deus pensando nele.
Comentários:
A oração individual tem menos força, é menos agradável a Deus do que a
adoração coletiva?
Depende da comunhão de pensamentos e de sentimentos.
Não é necessariamente a quantidade de pessoas reunidas, mas o fato delas
estarem em sintonia, com a comunhão de pensamentos e sentimentos.Havendo
isso naquela comunhão coletiva haverá mais força e os bons Espíritos serão
atraídos para aquela comunhão.
Se houver uma comunhão de pessoas com pensamentos díspares, cada um
com seus pensamentos individuais e egoístas sem estarem unidos como um
grande feixe,não terá força, não terá mérito perante o Pai, não terá mérito e não
vai atrair Espíritos bons somente pelo fato de ali haver um número maior de
pessoas.
Podemosadorar individualmente de formaprivada ou coletiva com sentimento e
verdade. Assim será agradável a Deus.
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2.3 – Vida contemplativa
657 – Os homens que se abandonam à vida contemplativa, não fazendo
nenhum mal e não pensando senão em Deus, têm um mérito aos seus
olhos?
Não, porque se eles não fazem o mal, não fazem o bem e são inúteis. Aliás, não
fazer o bem já é um mal. Deus quer que se pense nele, mas não quer que se
pense apenas nele, visto que deu ao homem deveres a cumprir sobre a Terra.
Aquele que se consome na meditação e na contemplação não faz nada de
meritório aos olhos de Deus, posto que sua vida é toda pessoal e inútil à
Humanidade, e Deus lhe pedirá contas do bem que não haja feito. (640)
Comentários:
Muitas pessoas acreditam que o fato de viver de forma contemplativa, só
pensando e adorando o pai é agradável a Deus, mas a Espiritualidade nos
esclarece que tal postura não é agradável a Deus.
- Religiões e seitas orientais
- Enclausuramento nos mosteiros
Deus quer que façamos o bem,vivenciando a lei de amor e caridade.Quem vive
apenas contemplando e adorando a Deus não faz o mal diretamente, mas por
não fazer o bem acaba deixando que o mal prolifere.Somente através do auxílio
aos nossos irmãos é que fazemos com que o bem cresça,se multiplique e ajude
na transformação do ser humano.
Deus quer que pensemos nele, mas não só nele. Há outros deveres a cumprir
aqui na Terra para o nosso crescimento,para a nossa evolução e que envolve a
lei de amor e de caridade.
Ninguém faz a caridade vivendo apenas de contemplação, de adoração. A
caridade é atitude ativa, envolve ação na vida de relações.
Se queremos adorar a Deus, façamos isso sem deixar de vivenciar a lei de
caridade.
A vida contemplativa é um estágio da alma que procura algo de real para a sua solidificação espiritual.
O "nada se perde" pode ser usado em tudo. À primeira vista, nos parece que a contemplação de nada
serve; evidentemente não serve para nós, mas prepara quem está sem rumo para um trabalho no
futuro, de grande valia.
Nunca devemos incentivar a vida contemplativa, pois é semente de difícil germinação, todavia, quem
precisa dela na espontaneidade de suas decisões, que o faça, e que Deus abençoe o seu gesto no
preparo para a vida maior. Diante deste assunto, vamos repetir a resposta à pergunta de número
quinhentos e trinta e seis, quando os Espíritos benfeitores assim respondem:
Tudo tem uma razão de ser, e nada acontece sem a permissão de Deus.
Houve uma época em que, no velho Oriente, se encontrava multidão de pessoas em estado de
contemplação, com a ideia fixa de entrar no Todo, em busca da felicidade, e Jesus veio salvar essas
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
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criaturas, colocando-as em movimento, porque o próprio Deus que eles adoravam somente pelo
pensamento, trabalha constantemente. Se Ele parar por uma fração de segundo, toda a criação se
desnorteia em seus destinos. (Miramez
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2.4 – Da prece
Conceito:
A prece é uma prática inserida em quase todas as religiões do mundo,
independentemente da cultura, da região e do tempo.
Essaprática estárelacionada à necessidade que temosde nos ligarà Divindade,
de nos abstrairmos do mundo material e conectarmos com o nosso Criador
buscando proteção, amparo, orientação.
Para nós, espíritas, a prece é um recurso eficaz e fundamental no
desenvolvimento espiritual. A prece é uma aproximação com Deus, por meio de
palavras ou do pensamento, realizada em particular ou em público, de forma
coletiva.
“O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, desde que
sejam ditas de coração, e não apenas com os lábios. Não impõe nem condena
nenhuma.” (ESE, Cap. XXVIII, item 1)
Orar é abrir a alma para entrar em sintonia com Deus para que Ele não faça o
que pedimos, mas o que é melhor para nós.
Citações:
No Livro Nosso Lar é citado o Ministério do Auxílio, onde atende-se a doentes,
ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações
terrenas, organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral ou aos que
choram na Terra, estudam-se soluçõesparatodos os processos que se prendem
ao sofrimento. Livro: Nosso Lar - Cap. 8 - Organização de Serviços - André Luiz / Chico Xavier
658 – A prece é agradável a Deus?
A prece é sempre agradável a Deus quando é ditada pelo coração, porque a
intenção é tudo para ele, e a prece do coração é preferívelà que se pode ler, por
bela que seja, se a lês mais com os lábios que com o pensamento. A prece é
agradável a Deus quando é dita com fé, fervor e sinceridade. Mas não creiais
que ele seja tocado pelo homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que isso
seja, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeirahumildade.
Comentários:
Para Deus o que realmente importa é a intenção.
Não é apenas o ato de estarmos em prece que agrada a Deus, mas como nós
fazemos a prece. Se ela é dita com o coração, com fervor, com fé, com
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
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sinceridade.Aí sim,agradaa Deus.Não importase é particular ouproferidajunto
a uma coletividade, desde que a intenção seja verdadeira.
Uma prece proferida por uma pessoa fútil, orgulhosa ou egoísta, mas naquele
momento esteja com o coração sincero, em arrependimento pela sua
imperfeição, pedindo ou agradecendo ao Pai de forma verdadeira, com certeza
agradará a Deus.
Deus conhece tudo o que passa em nossos corações. Nós podemos querer
enganar aos outros ou a nós mesmos, mas a Deus, jamais enganaremos.
Quando nos colocamos à disposição para fazermos uma prece, não é
quantidade de palavras, não é pela dificuldade das palavras que são ditas, não
pelo local,não pelo momento,mas sim e sempre,aintenção, a fé e a sinceridade
com a qual fazemos a prece.
Muitas vezes Deus prefere aquela prece feita com o coração, não aquela
decorada, pois normalmente é mecânica, faltando os sentimentos
659 – Qual é o caráter geral da prece?
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele, se aproximar dele e
colocar-se em comunicação com ele. Pela prece pode-se propor três coisas:
louvar, pedir e agradecer.
Comentários:
Muitos de nós utilizamos a prece apenas para pedir. Acostumamo-nos a pedir
de tudo, como se Deus estivesse à nossa disposição para atender os nossos
pedidos.
A Espiritualidade nos orienta que através da prece nós podemos sentir Deus
verdadeiramente forte em nós, nos apoiando, nos auxiliando, nos protegendo,
nos fortalecendo nas caminhadas da vida.
Através da prece,nós sentimos Deus.É isso que precisamos.Quem somos nós
sem a presença de Deus? Quem somos nós sem o amor? Nós estamos aqui
para aprendermos o valorsublime do amor. A prece real,sincera, verdadeira nos
proporcionaisso.Quando nos aproximamos de Deus através da prece entramos
em conexão com Ele, com a sua luz, com a verdade.
Louvar, pedir e agradecer
Louvar – É o reconhecimento da magnitude (grandeza) de Deus, da sua
perfeição, da sua onipotência, como Criador do nosso Universo, como nosso
Grande e verdadeiro Pai.
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Pedir – Podemos pedir por nós ou por outra pessoa. Não é pedir o livramento
das dificuldades, mas pedir força, sabedoria, perseverança para superar e
vencer tais dificuldades. É muito importante perceber a resposta, que muitas
vezes não é a que nós queremos, mas é a que nós necessitamos.
Agradecer – Quando nós agradecemos poruma conquista alcançada, por uma
graça, por uma bênção, por um livramento. É um reconhecimento pontual que
podemos e devemos fazer todos os dias pela vida que temos, pela saúde, pela
nossa família, pelos nossos entes queridos, pelas dificuldades que passamos,
pois é através delas que nós crescemos, que nós evoluímos.
Prece com intenção voltada para o mal. É preferível usar o termo invocação –
ato de invocar as forças inferiores (egoísmo) – Livro Entre a Terra e o Céu,
capítulo 1, pág. 11.
Qualidades da prece
O Novo Testamento nos mostra de forma muito clara a prática constante de
oração na vida de Jesus. Algumas coisas que os apóstolos fizeram e falaram
mostram como eles perceberam estes hábitos de oração. Eles pediram que
Jesus lhes ensinasse sobre a oração, porque tinham observado o exemplo dele
(Lc 11:1). Era a pessoa que mais entendia o valor da comunhão com o Pai e,
constantemente procurava conversar com ele. Nós devemos aprender com o
exemplo de Jesus. Ele nos ensinou as maneiras de orar, além de nos deixar a
oração mais completa que há entre a humanidade terrestre.
“Quando orardes, não vos assemelheisaos hipócritas, que, afetadamente,
oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos
homens. – Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. –
Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a
vosso Pai em secreto;e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto,vos dará
a recompensa.
Não cuideis de pedir muito nas vossas preces,comofazem os pagãos,os quais
imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vós
torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes
necessidade, antes que lho peçais. (Mateus 6:5-8)
Quando Jesus nos recomenda orar secretamente (“entrai para o vosso
quarto e, fechada a porta, orai ao vosso Pai em secreto”, nas palavras de
Mateus), não está estabelecendoum posicionamento oupostura especial,física
ou mística,para entrar em comunhão com Deus. Afinal, não podemos esquecer
que existe uma multidão de pessoasno planeta que não possuinem mesmo um
modesto quarto para se recolher. O que Jesus pretende é que busquemos o
recolhimento para, a sós, dialogarmos com Deus. No insulamento, a oração flui
Orar
em
segredo
Não
precisa
Muitas
palavras
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com maior maturidade, sem interferências, sem preocupações com fórmulas e
formas, favorecendo a comunhão legitima com a Espiritualidade.
Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra
alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos
perdoe os vossos pecados. – Se não perdoardes,vosso Pai, que está nos céus,
também não vos perdoará os pecados. (Marcos 11:25-26)
Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si
mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram
ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. – O fariseu, conservando-
se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não
ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo
como esse publicano.Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que
possuo. O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava,
sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem
piedade de mim, que sou um pecador. Declaro-vos que este voltou para a sua
casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado
e aquele que se humilha será elevado.(Lucas 18:9-14)”.(ESE,Cap.XXVII,itens
1-3)
Jesus definiu claramente as qualidades da prece:
 Quando orardes não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto;
 Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que
sereis escutados, mas pela sinceridade delas;
 Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe,
visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um
coração purificado de todo sentimento contrário à caridade;
 Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como
o fariseu;
 Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos
comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau... (ESE, cap.
XXVII, item 4)
“Os Espíritossempre disseram:“A formanão é nada, o pensamento é tudo.Faça
cada qual a sua prece de acordo com as suas convicções,de maneira que mais
lhe agrade, pois um bom pensamento vale mais do que numerosas palavras que
não tocam o coração”. (ESE, Cap. XXVIII, item 1)
“A principal qualidade da prece é a clareza. Ela deve ser simples e concisa, sem
fraseologiainútil ou excessode adjetivação,que não passam de meros ouropéis.
Cada palavra deve ter o seu valor, exprimir uma ideia, tocar uma fibra da alma.
Enfim: deve levar à reflexão. E somente assim pode atingir o seu objetivo, pois,
de outro modo não passa de palavrório”. (ESE, Cap. XXVII, item 1)
Perdoar
Ser
humilde
Autoanálise
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Citações:
“A oração, elevando o nível mental da criatura confiante no Divino Poder,
favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita a tarefa de auxílio
fraternal”.
“Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em toda
parte, em nome de nosso Pai”. Livro: Missionários da Luz – Cap. 19 – André Luiz / Chico Xavier
Ação da prece
“A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento,
em comunicação com o ser a quem se dirige.Pode ter por objeto um pedido,um
agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por
outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os
Espíritos incumbidosdaexecução de suas vontades;as que se dirigem aos bons
Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a
Deus,fá-lo recorrendo a intermediários,a intercessores,porquanto nada sucede
sem a vontade de Deus.
O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de
transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda
ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento.
Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber
mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres,
encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da
atmosfera.
Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento,
como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são
circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de
encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se
estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como
o ar transmite o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É
assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o
lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que
nos transmitem suas inspirações,que relações se estabelecem adistância entre
encarnados.
Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a
utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece,mas
tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e
efetiva. Nem por isso deixa essaação de estar subordinada à vontade de Deus,
juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.
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Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a
sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire,
desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao
caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio,pode também desviarde sios
males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê
arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e
arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de
queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido
encontrar na prece a força de resistir às tentações.” (ESE, Cap. XXVII,itens 9 à
11)
“Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das
palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se,portanto,
orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar
ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento.
A prece em comum (coletiva) tem ação mais poderosa, quando todos os que
oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo
objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono.” (ESE,
Cap. XXVII, item 15)
Eficácia da prece
“Seja o que for que peçais na prece,crede que o obtereis e concedido vos
será o que pedirdes. (Mc 11:24)
Deus sempre nos atende os pedidos,que só ocorre conforme a nossareal
necessidade e merecimento, e na medida em que nossos pedidos não visem à
satisfação de meros caprichos ou futilidades.
Tudo no Universo obedece a leis eternas, e quando somos atendidos em
nossos pedidos, não significa que Deus alterou o curso de suas leis, que são
imutáveis, mas que, dentro da flexibilidade das mesmas, agrada a Ele acatar
nossas súplicas, desde que as considere merecidas.
Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de
que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E
acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo
encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos
de Deus. Sem dúvida alguma há leis naturais e imutáveis que não podem ser
derrogadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as
circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se
assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-
arbítrio e sem iniciativa.” (ESE – Cap. XXVII, item 5-6)
O homem desfruta do livre-arbítrio para compor a trajetória de sua
encarnação, pois Deus lhe concedeu a inteligência e o entendimento para que
os utilizasse. Assim, todos os dias fazemos nossas escolhas.
17
Existem acontecimentos na vida atual aos quais o homem não pode furtar-
se; são consequências de falhas e deslizes de passado que necessitam de
reajustes; é a aplicação da Lei de Causa e Efeito e isto explica porque alguns
alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos; o que
parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus citado em Marcos 11:24
“O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será
concedido”.
Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e essenciais para a
felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a razão por que elas
não lhe são concedidas.Contudo,o egoísmoe o imediatismo não permitem que
ele perceba com exatidão a eficácia da prece.
Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios divinos:A curto prazo
na medidaem que consola, alivia os sofrimentos,reanima e encoraja; a médio e
longo prazo porque pelo pensamento edificante dá se a aproximação das forças
do bem a restaurar as energias de quem ora.
“O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a
coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se
tirar porsi mesmo das dificuldades, mediante ideias que farálhe sugiram os bons
Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se
ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu
te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho,
sem fazer uso das faculdades que possui.Entretanto, as mais das vezes, o que
o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço
(Cap. XXV, n.º 1 e seguintes).” (ESE – Cap. XXVII, item 7)
Tomemos um exemplo. Um homem se acha perdido no deserto. A sede o
martiriza horrivelmente. Desfalecido,cai por terra. Pede a Deus que o assista, e
espera.Nenhum anjo lhe virá dar de beber.Contudo,um bom Espírito lhe sugere
a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si. Por um
movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue,
caminha e descobre ao longe um regato. Ao divisá-lo, ganha coragem. Se tem
fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pela ideia que me inspiraste e pela força
que me deste.” Se lhe falta a fé, exclamará: “Que boa ideia tive! Que sorte a
minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda;o acaso, às vezes,
nos serve admiravelmente! Quanto me felicito pelaminha coragem e pornão me
ter deixado abater!” Mas, dirão, porque o bom Espírito não lhe disse claramente:
“Segue este caminho,que encontrarás o de que necessitas”? Porque não se lhe
mostroupara o guiar e sustentar no seu desfalecimento? Dessamaneira tê-lo-ia
convencido da intervenção da Providência.Primeiramente, para lhe ensinar que
cada um deve ajudar-se a si mesmo e fazer uso das suas forças. Depois, pela
incerteza, Deus põe à prova a confiança que nele deposita a criatura e a
submissão desta à sua vontade. (ESE – Cap. XXVII, item 8)
Senhor não te peço um fardo mais leve, mas sim ombros mais fortes para poder carregá-lo. (CarolineSabino)
18
660 – A prece torna o homem melhor?
Sim, porque aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as
tentações do male Deus lhe envia os bons Espíritosparao assistir. É um socorro
que não é jamais recusado, quando pedido com sinceridade.
660.a) Como ocorre que certas pessoas que oram muito, sejam, malgrado
isso, de um caráter muito mau, invejosas, ciumentas, coléricas, carentes
de benevolência e indulgência e mesmo, algumas vezes, viciosas?
O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas creem que todo o
mérito está na extensão da prece e fecham os olhos sobre seus próprios
defeitos.A prece, para elas, é uma ocupação, um emprego de tempo, mas não
um estudo delas mesmas.Não é o remédio que é ineficaz, mas a maneira como
é empregado.
Comentários:
Para que possamos nos tornar melhores através da prece é necessário que seja
feita com fervor, fé e sinceridade,pois quando bem feita nos aproxima de Deus.
Quanto mais próximos estivermos de Deus, melhores nós seremos, mais
depurados, mais amorosos, mais fraternos, mais caridosos, mais humanos.
Para nos aproximarmos precisamos exercitara prática da vivência do Evangelho
de Jesus e nos conectarmos com Deus, nos sintonizar com o Criador.
Precisamos elevar os nossos pensamentos para percebermosos pensamentos
elevados que vêm de Deus através da Espiritualidade Superior e absorvermos
esses pensamentos para nos depurarmos.
A partir do momento que entramos em conexão com Deus, é impossível
continuarmos a ser aas mesmas pessoas.Seremos sempre pessoas melhores,
mais depuradas.
Aquelas pessoas que oram muito, mas não se modificam, fazem da prece
apenas um ato exterior, fato que essas pessoas não se ornarão melhores com a
prece, pois não estão sabendo orar e assim, não aproveitam os benefícios
proporcionados pela prece.
Precisamos orar, não necessariamente orar muito, mas orar bem.
Não é a quantidade e a complexidadedas palavras, não é o lugar e nem a hora
em que oramos, mas a verdade, a sinceridade.
Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
(Mt 18:20)
19
A prece feita de coração melhora a pessoa, pois recebe todo um manancial de
bênçãos,de luz e de amor que vem da Espiritualidade Superiorque proporciona
a renovação espiritual.
661 – Pode-se utilmente pedir a Deus que nos perdoe nossas faltas?
Deus sabe discernir o bem e o mal; a prece não oculta as faltas. Aquele que
pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém senão mudando de conduta.
As boas ações são as melhores preces, porque os atos valem mais que as
palavras.
Comentários:
Há muitas religiões que asseguram e têm esperança de que Deus perdoatodas
as faltas cometidas,porapenas um simples arrependimento. Como se enganam
esses irmãos! Não há perdão de faltas para ninguém.
Somente o ofendido é que deve perdoar ao ofensor, e isso não faz com que o
ofensor se liberte das faltas cometidas; a lei cobra dele o ato de desamor para
com seu irmão em caminho.
A oração, mesmo a mais requintada nos sentimentos de amor, não esconde as
faltas.
O perdão que nós mesmos podemos nos oferecer ante os nossos erros é a
corrigenda dos nossos deslizes, é não mais dar vazão às paixões inferiores.
Não adianta pedirperdão a Deus e continuar cometendo os mesmos erros todos
os dias. Ninguém sobe sem mudanças, e essas mudanças haverão de ser
permanentes. Elas se fazem pela lei do progresso em todos os setores da vida
física e espiritual.
Se estamos nos esforçando para não errar, mas pela nossa fraqueza, em algum
momento caímos e erramos, podemos pedir perdão a Deus, pois Ele vai saber
do nosso esforço, Ele nos conhece mais que a nós mesmos.
Nem Deus nem Cristo perdoam a ninguém; eles dão aos de boa vontade
oportunidades de regenerar, de entrarem nas mudanças para que a luz possa
nascer no coração.
662 – Pode-se orar utilmente por outrem?
O Espírito daquele que ora age por sua vontade de fazer o bem.Pela prece,ele
atrai para si os bons Espíritos que se associam ao bem que quer fazer.
20
Allan Kardec:
Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de
ação que se estendealém dos limites da nossaesfera corporal.A precepor
outros é um ato dessa vontade.Se ela é ardente e sincera,pode chamarem
sua ajuda os bons Espíritos,a fim de sugerir-lhe bonspensamentos e dar-
lhe a força do corpo e da alma de que necessita. Mas aí ainda a prece do
coração é tudo, a dos lábios não é nada.
Comentários:
Será que orar por outra pessoa vai de alguma forma ajudar aquela pessoa?
Desde que a prece sejafeita de coração,o pensamento nobre que nos eleva vai
atrair os bons Espíritos que se associarão a nós que estamos em prece, em
função daquele pensamento nobre, daquela fé e irão em auxílio daquela pessoa
para qual estamos em prece, esteja ela encarnada ou desencarnada
Mesmo que o enfermo não tenha fé e não saiba que alguém esteja pedindo a
Deus por ele, será amparado pela luz da oração sincera, e sentirá um conforto
que ele próprio não saberá de onde veio. Isto é Deus operando com o Seu amor
para ajudar aos Seus filhos em todas as dimensões da vida em que estagiam.
Se estiver encarnado, a Espiritualidade vai sugerirpensamentos positivos,força,
ânimo, coragem, fé para que ele possa superar as suas dificuldades.
Da mesma forma aquele que está desencarnado, no plano espiritual, ele vai
receber a ajuda, dentro das suas condições, da sua necessidade, do seu
merecimento,mas em função daquele que ora e, principalmente,se tiver méritos
para com a justiça divina, aquele ser mesmo não tendo méritos para com o Pai,
a ajuda é concedida e realizada para aquele que sofre.
Portanto, é sempre benéfico orarmos pelos outros. É um ato de caridade.
Não orarmos apenas por nós mesmos, mas pelo nosso próximo, pela nossa
família, pela nossa comunidade, pelo nosso país, pelos nossos entes queridos,
amigos e inimigos, pelos doentes, pelos desabrigados, pelos descrentes, por
aqueles que nos regem, que nos administram, que ocupam suas funções nas
diversas esferas da sociedade, pelo planeta, etc.
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo:
Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai
pelos que vos maltratam e vos perseguem. (Mateus 5:43-44)
Orar pelos que sofrem é nosso dever. A luz da oração, chegando aos corações sofredores,
pode fazer muito, podendo lembrar ao enfermo que ele deve acordar para as coisas
espirituais. É certo que, depois de Deus, somente ele pode fazer alguma coisa por si mesmo;
no entanto, uma ajudazinha todos podem dar. Quando alguém dorme, mesmo que seja um
sono profundo, pode-se acordá-lo, chamando-o mas, a decisão de permanecer acordado é
dele. Depois de Deus, pela força da caridade, somente nós mesmos poderemos nos salvar.
As decisões se movem pelo livre arbítrio, para que a conquista seja de quem trabalhou para
a sua própria paz. (Miramez)
21
Ex: Nosso Lar – A prece da mãe de André Luiz
Entre a Terra e o Céu – A prece de Evelina, capítulo 1.
663 – As precesque fazemospor nós mesmos podem mudar a naturezade
nossas provas e desviar-lhes o curso?
Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas
até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação.A prece chama
para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem,
e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil,
quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te,
e o Céute ajudará, sabes isso.Aliás,Deus não pode mudara ordem da Natureza
ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto
de vista mesquinho e a vossa vida efêmera,é, frequentemente,um grande bem
na ordem geral do Universo. Depois, quantos males não há de que o homem é
o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que
pecou.Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos,como
não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um
milagre por vós, enquanto ele vos assiste por meios tão naturais que vos
parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais
frequentemente mesmo,ele vos suscita o pensamento necessário para vos tirar
da confusão.
Comentários:
Em muitas das nossas preces pedimos a Deus mudar o curso das nossas
provas, ou nos excluir de passar por determinadas dificuldades. Mas se
passamos pordeterminadas dificuldades é devido anecessidade,sempre háum
motivo maior para tal situação, dada a importância do nosso aprendizado e do
nosso crescimento espiritual. Ás vezes é um resgate, ou uma escolha realizada
no plano espiritual antes de reencarnar.
Deus nos ajuda de formas que muitas vezes desconhecemos e sequer
percebemos, diante da naturalidade em que ocorre. Deus não nos deixa sem o
seu amparo.
Temos que saber pedir, saber orar.
Não é pedir para que as nossas provas sejam alteradas, mas pedir força, fé,
coragem para superar as dificuldades, para vencer os desafios. Esse tipo de
pedido jamais deixa de ser atendido por Deus.
22
664 – É útil orar pelos mortos e pelos Espíritos sofredores e, nesse caso,
como nossas preces podem proporcionar-lhes alívio e abreviar seus
sofrimentos? Têm elas o poder de dobrar a justiça de Deus?
A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma pela
qual se ora experimentaalívio, porque é um testemunho de interesse que se lhe
dá, e o infeliz é sempre aliviado quando encontra almas caridosas que se
compadecem de suas dores. Por outro lado, pela prece, provoca-se o
arrependimento e o desejo de fazer o que for preciso para ser feliz. É nesse
sentido que se pode abreviar sua pena, se por seu turno ele ajuda com sua boa
vontade. Esse desejo de melhorar-se, excitado pela prece, atrai, antes de
Espíritos sofredores,Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo,consolá-lo e dar-
lhe a esperança. Jesus orou por todas as ovelhas desgarradas,mostrando-vos,
com isso, que seríeis culpados não o fazendo por aqueles que mais
necessitarem. (São Luís)
Comentários:
A prece é muito importante aos Espíritos sofredores, tanto encarnados quanto
desencarnados.
Quando fazemos uma prece em benefício de alguém estamos envolvendo
aquele ser em vibrações de amor e de paz, onde quer que estejam,as energias
são poderosas. Toda a vibração, todo o amor que emitimos em direção aquele
ser chega até a pessoaa qual direcionamos através do fluido cósmico universal
ao qual estamos todos imersos,além de atrair Espíritos superiores para levar o
auxílio.
Não é que eles deixem de passar por aquilo que precisam passar, mas é como
se sentissem uma mão a estender fornecendo força, amparo, a se fortalecer
nesses momentos de dificuldade e de dor.
Reuniões mediúnicas – Vez ou outra recebemos depoimentos de gratidão pelas
preces que lhe trouxeram discernimento, alívio.
O Céu e o Inferno – 2ª parte do livro – depoimentos de vários Espíritos
sofredores, demonstrando a importância da prece, trazendo alívio à dor e ao
sofrimento que os acompanham.
Não deixemos de orar e pedir por aqueles que amamos. Com certeza,
perceberão os benefícios para eles direcionados.
665 – Que pensar da opinião que rejeita a prece pelos mortos em razão de
não estar prescrita no Evangelho?
O Cristo disse aos homens: “Amai-vos uns aos outros”. Essa recomendação
encerra a de empregartodos os meios possíveisde seu testemunho de afeição,
23
sem entrar com isso em nenhum detalhe sobre a maneira de alcançar esse
objetivo. Se é verdade que nada pode impediro Criador de aplicar a Justiça, da
qual ele é o tipo, a todas as ações do Espírito, não é menos verdadeiro que a
prece que lhe endereçais por aquele que vos inspira afeição é para ele um
testemunho de lembrança, que não pode senão contribuir para aliviar seus
sofrimentos e consolá-lo.Desdeque ele testemunhe o menor arrependimento,e
então somente, socorrido. Mas isso não o deixa jamais ignorar que uma alma
simpática ocupou-se dele, e lhe deixa o doce pensamento de que sua
intercessão foi-lhe útil. Resulta, necessariamente, de sua parte, um sentimento
de reconhecimento e de afeição por aquele que lhe deu essa prova de amizade
ou de piedade. Por conseguinte, o amor que o Cristo recomendou aos homens
não faz senão aproximá-los entre si. Portanto, os dois obedeceram àlei de amor
e união de todos os seres, lei divina que deve conduzir à unidade, objetivo e
finalidade do Espírito. (M. Monot)
Comentários:
Jesus nos deixou o mandamento maior: amai-vos uns aos outros.
Nós devemos empregar todos os meios possíveis para demonstrar ao próximo
a nossa afeição, o nosso amor. Embora Ele não tenha nos orientado em
minúcias como atingir esse fim,não há sentido deixarmos de orarporaquele que
já se encontra no plano espiritual. Isso é um ato de amor, um ato de caridade.
Jesus, em nenhum momento disse que deveríamos aplicar a caridade somente
para os encarnados,mas ele disse amai-vos uns aos outros.Podemosentender
que seja toda a humanidade, como todos os Espíritos existentes no Universo,
estejam eles momentaneamente na condição de encarnados ou de
desencarnados.
Portanto, orar por aquele que já se encontra na erraticidade é um ato de amor.
Faz muito bem ao Espírito desencarnado receber as vibrações deamordaqueles
que por ele lembram. Perceber que não foram esquecidos, que ainda são
lembrados, mesmo não se encontrando na mesma esfera que nós.
Deixemos o amor penetrar em nossa alma, em nossa vida, em nosso coração.
O amor é universal, não é apenas material e terreno.
666 – Pode-se orar aos Espíritos?
Pode-se orar aos bons Espíritos como sendo os mensageiros de Deus e os
executores de suas vontades, mas seu poder está em razão de sua
superioridade e depende sempre do senhor de todas as coisas, sem cuja
permissão nada se faz. Por isso, as preces que se lhes endereçam não são
eficazes, se não são agradáveis a Deus.
24
Comentários:
Não há necessidade de orarmos apenas a Deus ou a Jesus.
É válido orarmos aos Espíritos, pois são intermediários entre nós e Deus.
Eles são mensageiros de Deus. Executores das suas vontades.
Quanto mais evoluídos são esses Espíritos superiores, mais condições de nos
ajudar eles têm por que em função da superioridade que eles possuem as suas
limitações são maiores ou menores.
Mesmo que peçamos algo que eles não têm autonomia para resolver ou para
decidir,eles irão passaras nossas súplicas a Espíritos superiores aeles que irão
analisar e, havendo a permissão de Deus, sendo bem aceitas as nossas preces
por Deus, esses Espíritos terão permissão e autonomia para nos auxiliar,
conforme a autorização do nosso Pai maior.
Portanto, é sempre válido orar aos Espíritos superiores,aos Espíritos protetores,
pois dentro da condição, autonomia e autorização eles irão nos ajudar.
Devemos agradecer também os benefícios que recebemos deles.
Evitemos orar pedindo ajuda aos entes amados que partiram antes de nós, pois
não sabemos as condições em que se encontram.
Devemos orar por eles, não para eles.
- Caso Evelina, Entre a Terra e o Céu, capítulo 1.
25
2.5 – Politeísmo
667 – Por que o politeísmo é uma das crenças mais antigas e mais
divulgadas, embora falsa?
O pensamento de um Deus único não poderiaser,no homem,senão o resultado
do desenvolvimento de suas ideias. Incapaz, em sua ignorância, de conceber
um ser imaterial, sem forma determinada, agindo sobre a matéria, deu-lhe os
atributos da natureza corporal,quer dizer, uma forma e uma aparência e, desde
então, tudo que lhe parecia ultrapassar as proporções dainteligência vulgar era
para ele uma divindade. Tudo o que não compreendia, devia ser obra de uma
força sobrenatural, e daí a crença em tantas potências distintas, da qual via os
efeitos, não havia senão um passo. Mas, em todos os tempos, houve homens
esclarecidos que compreenderam a impossibilidade dessamultidão de poderes
para governar o mundo sem uma direção superior,e se elevaram ao pensamento
de um Deus único.
Comentários:
A ideia de um Deus único só poderia advir com o desenvolvimento da
humanidade. O homem precisavaadquirir mais maturidade, maior entendimento
e maior intelectualidade para compreender que tudo provém de um único Deus,
de uma única inteligência superior.
O homem primitivo, em épocas distantes, não tinha condições de aceitar a
crença em um Deus único. Mas, Deus,sábio e soberano,deixouque os homens
primitivos acreditassem na doutrina politeísta,para depois enviar uma sequência
de revelações para incorporar os princípios da verdade,vindo a se revelar pelos
Seus enviados, solidificando-se em um Deus único, por Moisés.
Dessa forma, a ideia de um Deus único só veio se configurar na humanidade
com Moisés. Até então as ideias politeístas eram muito arraigadas e fortes na
humanidade. Por isso que os hebreus têm uma importância muito grande para o
cristianismo ao expressar a ideia de um Deus único para toda a humanidade.
Até nos dias de hoje podemosnotar que Deus permitiu que os homens preguem
certas religiões com traços de primitividade, interpretando o Livro Sagrado
literalmente. Por quê? Porque ainda existem Espíritos encarnados, e mesmo
desencarnados, que somente aceitam assim, pela expressão da sua altura
espiritual. Tudo é dado de acordo com a evolução das almas.
Muitas religiões que têm suas raízes em um passado distante, se não mudaram
pela força do progresso, deverão caducar e desaparecer.
Para que haja equilíbrio na natureza é necessária a existência de uma direção
superior, de uma inteligência superior
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
26
668 – Os fenômenos espíritas, tendo se produzido em todos os tempos e
sendo conhecidos desde as primeiras idades do mundo, não fizeram crer
na pluralidade dos deuses?
Sem dúvida, porque os homens chamando deus tudo o que era sobre-humano,
os Espíritos eram deuses para eles e é por isso que, quando um homem se
distinguia entre todos os outros por suas ações, seu gênio ou por um poder
oculto, incompreendido pelo vulgo, faziam-no um deus e se lhe rendia um culto
depois de sua morte (603).
Allan Kardec:
A palavra deus, entre os Antigos, tinha uma acepção muito extensa. Não
era,como em nossosdias,uma personificaçãodo senhorda Natureza;era
uma qualificaçãogenérica dadaa todo ser colocadofora das condiçõesde
humanidade. Ora, as manifestações espíritas revelando-lhes a existência
de seres incorpóreos agindo como potências da Natureza, eles os
chamaram deuses, como nós os chamamos Espíritos. É uma simples
questão de palavras,com a diferença de que na sua ignorância,mantida de
propósito por aqueles que nisso tinham interesse, eles lhes elevaram
templos e altares muito lucrativos, enquanto que, para nós, eles são
simples criaturas,como nós,mais ou menos perfeitase despojadasdo seu
envoltório terrestre. Se se estuda os diversos atributos das divindades
pagãs, reconhecem-se, sem dificuldade, todos os atributos dos nossos
Espíritos, em todos os graus da escala espírita, seu estado físico nos
mundos superiores,todasas propriedades do perispírito e o papelqueeles
desempenham nas coisas da Terra.
O Cristianismo, vindo clarear o mundo com sua luz divina, não podia
destruir uma coisa que está na Natureza, mas orientou a adoração para
aquele a quem ela cabia. Quanto aos Espíritos, sua lembrança está
perpetuada sob diversosnomes,segundoos povose suas manifestações,
que não cessaram jamais, foram diversamente interpretadas e,
frequentemente, exploradas sob o domínio do mistério. Enquanto que a
religião aí viu fenômenos miraculosos, os incrédulos viram embustes.
Hoje, graças a estudos mais sérios, feitos com mais luz, o Espiritismo,
liberto de ideias supersticiosas que o obscureceram através dos séculos,
nos revela um dos maiores e mais sublimes princípios da Natureza.
Comentários:
De uma certa formaos fenômenos que sempre existiram em todas as épocas da
humanidade acabaram contribuindo para que a humanidade acreditasse na
existência de vários deuses,pois à medidaque esses fenômenosaconteciam,a
princípio,as pessoasidentificavam comoacimadacapacidade humana, fato que
27
acreditavam haver um ser superior organizando, sendo a causa daqueles
fenômenos e a cada um desses efeitos eles davam o nome de deuses.
Era uma qualificação genérica para identificar aquilo que era desconhecido do
homem e como os fenômenos mediúnicos sempre existiram, aqueles médiuns
(denominados assim atualmente) apresentando a capacidade de intermediar os
Espíritos eram vistos como um ser superior, como um deus, dotado de poderes.
Hoje denominamos de Espíritos, santos, etc.
Quanto mais a criatura cresce em Espírito,mais vai sabendo de onde veio e para
onde vai
28
2.6 – Sacrifícios
669 – O uso de sacrifícios humanos remonta à mais alta antiguidade.Como
o homem pôde ser levado a crer que semelhantes coisas pudessem ser
agradáveis a Deus?
Primeiro,porque eles não compreendiam Deus comosendo afonte da bondade.
Entre os povos primitivos, a matéria vence sobre o espírito;eles se abandonam
aos instintos da brutalidade e é por isso que são, geralmente, cruéis, porque o
senso moral não está ainda desenvolvido entre eles. Depois, os homens
primitivos deviam crer naturalmente que uma criatura animada tinha muito mais
valor aos olhos de Deus que um corpo material. Foi isso que os levou a imolar
primeiro os animais, e mais tarde os homens, visto que, segundo suas crenças
falsas, eles pensavam que o valor do sacrifício estava em relação com a
importância da vítima. Na vida material, tal como a praticais geralmente, se
ofereceis um presente a alguém, o escolheis sempre de um valor tanto maior
quanto quereis testemunhar mais amizade e consideração à pessoa. Devia
ocorrer o mesmo com os homens ignorantes, em relação a Deus.
669.a) Assim, os sacrifícios de animais precederam os sacrifícios
humanos?
Não há dúvida quanto a isso.
669.b)Segundoessa explicação,os sacrifícios humanos nãose originaram
de um sentimento de crueldade?
Não, mas de uma ideia falsa de ser agradável a Deus.Vede Abraão. Depois,os
homens abusaram imolando seus inimigos, mesmo seus inimigos particulares.
De resto, Deus não exigiu jamais sacrifícios, não mais de animais que de
homens; ele não pode ser honrado pela destruição inútil de sua própria criatura.
Comentários:
Essas práticas não surgiram por atos de crueldade do homem, mas por uma
maneira equivocada de tentarem agradar a Deus, acreditando que quanto maior
a importância aquilo que era sacrificado ou a vítima, seria mais agradável a
Deus.
Essas práticas iniciaram com seres inertes (inanimados), depois com animais e
depois com os próprios homens, com o objetivo de agradar a Deus.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo II: Lei de adoração
29
Mas no decorrer do tempo, os homens começaram a abusar dessa prática
passando a fazer esse tipo de sacrifício com os seus inimigos transformando em
um ato cruel.
Essa prática surgiu por falta de compreensão que a humanidade, na qual o
homem primitivo tinha da bondade divina, vendo com maldade, com crueldade,
refletindo em Deus a sua imperfeição.
Essaausência de compreensão acercade Deus fez com que eles acreditassem
que esses sacrifícios eram agradáveis a Deus.
Na vontade de agradar a Deus, utilizaram o sacrifício humano.
Um sacrifício humano consiste no ato de sacrificar um ou mais seres humanos para algum fim, usualmente de
cunho religioso. Tal prática remonta desde a Antiguidade, quando matavam-se pessoas ritualmente de forma
que agradasse algum deus ou força espiritual. Apesar das tentativas de se eliminar tais práticas, ainda há alguns
grupos ou culturas que praticam sacrifícios humanos nos dias atuais. A maioria das religiões condena a prática,
e as leis seculares modernas tratam-na como um assassinato. Em uma sociedade que condena o sacrifício
humano, o termo assassinato ritual/morte em ritual é usado.
Ocasiões em que se sacrificavam homens:
 Para a criação de um novo templo ou ponte;
 Quando da morte de um rei ou membro do alto clero, para que o sacrificado servisse ao morto na próxima
vida;
 Em tempos de desastres naturais. Secas, terremotos, erupções vulcânicas, maremotos etc. seriam sinais
de fúria dos deuses - sacrifícios eram a forma de acalmá-los.
Algumas civilizações da atual América Central praticavam o sacrifício humano. Os Astecas eram um caso
especial pois praticavam tal sacrifício em grande escala; um sacrifício humano seria feito todos os dias para
ajudar o Sol a nascer, em homenagem ao grande templo de Tenochtitlán, entre outros.
Na antiga religião da Escandinávia também se praticavam sacrifícios humanos.
O cristianismo e o judaísmo messiânico acreditam que a morte de Jesus (Yeshua) foi o perfeito sacrifício que
pode purificar o ser humano de seus pecados.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacrif%C3%ADcio_humano
Sacrifícios
Inicialmente, deve-se esclarecer que o sacrifício ritual de animais não é uma prática exclusiva das religiões
brasileiras de matriz africana, prática essa adotada por, por exemplo, parte dos muçulmanos quando termina o
período chamado de Ramadã, em que um cordeiro é degolado, e na religião judaica existe o abate kosher, um
ritual de abate para a preparação de alimentos. Encontram-se ainda noticias de sacrifício de animais por toda a
Bíblia, embora os cristãos não se utilizem mais dessa prática, depois da morte de Jesus Cristo (ROBERT, p. 02).
Os incas e os astecas, em honra ao Deus sol, sacrificavam humanos no topo de pirâmides, como forma de
oferendas, pois pensavam que, assim, aplacariam sua ira e evitariam calamidades. Atualmente, encontra-se o
sacrifício de animais no Hinduísmo, no Islamismo, como já dito, e nas religiões afro-brasileiras, como o
Candomblé, Xangô, Batuque e Umbanda, que interessam a este estudo (ISILIANE, p. 06-07).
A prática de sacrifícios tem fundamentos milenares e mágicos, representando, para estas religiões, um dogma e
são realizados em diferentes situações. Nas religiões afro-brasileiras, o sacrifício de animal é entendido como
uma troca de energias entre o fiel e o animal imolado, quando este tem a finalidade de tirar as energias negativas
do adepto (chamado descarrego). Existe outro tipo de sacrifício, em que o animal é sacrificado para o Orixá
(divindade), como uma oferenda. Cada Orixá tem um animal específico de sua preferência, e é este que lhe é
ofertado. Esta oferenda, em geral, é realizada uma vez por ano na festa do Orixá, que costuma receber também
outros tipos de oferenda, composta por flores e frutos, assim como existem outros meios de descarregar uma
pessoa. Dessa forma, o sacrifício pode ser substituído por uma outra prática, se não for confortável ao fiel, mas
30
existem situações em que o sacrifício se faz necessário e insubstituível, caso em que cabe ao fiel, se entender
preciso, recusar-se, aceitando que não obterá os favores do orixá (ROBERT, p. 02).
https://jus.com.br/artigos/31559/sacrificios-rituais-em-religioes-afro-brasileiras/4
Leia mais em: https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/
https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/103095-9-culturas-que-praticavam-sacrificios-
humanos.htm
https://www.indexlaw.org/index.php/revistarbda/article/download/1377/pdf
Legalidade constitucional:
É um tema bastante controverso, que divide opiniões, já que as liberdades de crença e de culto são asseguradas
no inciso VI do art. 5º da Constituição da República. No entanto, a mesma Constituição, em seu art. 225, § 1º,
VI, assim determina:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
(...)
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
670 – Os sacrifícios humanos feitos com uma intenção piedosa foram,
alguma vez, agradáveis a Deus?
Não, jamais; mas Deus julga a intenção. Os homens, sendo ignorantes,
poderiam crer que faziam um ato louvável imolando um de seus semelhantes.
Nesse caso, a Deus não interessava senão o pensamento, e não o fato.
Melhorando-se, os homens deviam reconhecer seus erros e reprovar esses
sacrifíciosque não deviam mais entrar na ideiade espíritos esclarecidos;eudigo
esclarecidos porque os Espíritos estavam então envolvidos por um véu material.
Mas pelo livre-arbítrio eles poderiam ter uma percepção de sua origem e de seu
fim, e muitos compreendiam já, por intuição, o mal que faziam, embora só o
praticassem para satisfazer suas paixões.
Comentários:
31
Os sacrifícios humanos em momento algum são agradáveis a Deus, mesmo
naquelas situações em que as criaturas faziam com boas intensões,acreditando
estarem agradando a Deus.
A intenção é fundamental para a responsabilidade de cada um de nós.
Os nossos erros no início da nossa trajetória no reino hominal eram bem
maiores, mas ponderados pelo nosso Pai maior.
Quanto mais conhecimento possuímos,maiorresponsabilidadeperante a justiça
divina.
671 – Que devemospensar das guerras santas? O sentimento que leva os
povos fanáticosa exterminarem,o mais possível,para serem agradáveisa
Deus, aqueles que não compartilham de suas crenças, pareceria ter a
mesma origem que aquele que os excitava outrora ao sacrifício dos seus
semelhantes?
Eles estão possuídospelos maus Espíritos,e guerreando comseus semelhantes
vão contra a vontade de Deus que disse que se deve amar seu irmão como a si
mesmos.Todas as religiões,ouantes todos os povos,adoram um mesmo Deus,
tenha ele um nome ou tenha outro; como provocar uma guerra de extermínio
porque a religião de um é diferente ounão alcançou ainda o progresso dospovos
esclarecidos? Os povos são escusáveis de não crerem na palavra daquele que
estava animado pelo Espírito de Deus e enviado por Ele, sobretudo quando não
viram e não testemunharam seus atos; como quereis que eles creiam nessa
palavra de paz quando ides dá-la de espada em punho? Eles devem se
esclarecere devemos procurarfazer-lhes conhecersua doutrina pela persuasão
e pela doçura, e não pela força e pelo sangue. Na maioria das vezes, não
acreditais nas comunicações que temos com certos mortais; por que quereríeis
que estranhos cressem em vossa palavra quando vossos atos desmentem a
doutrina que pregais?
Comentários:
As pessoas que exterminam os seus semelhantes em função das chamadas
guerras santas com o objetivo de agradar a Deus, na verdade estão agindo com
a desconformidade da vontade de Deus.
Se Deus é um só, embora cada religião utilize uma nomenclatura diferente, ele
não ficaria feliz em ver seus filhos se matando, se prejudicando.
Nessas situações esses Espíritos encarnados estão sendo influenciados
negativamente por Espíritos desencarnados que acabam incitando os seus
semelhantes ao mal.
32
Com o decorrerdo progresso e do entendimento essas ações vão diminuindo e
um dia as guerras desaparecerão da face da Terra. Elas ainda existem porque
representam o nosso orgulho, o nosso egoísmo, a nossa imperfeição, a nossa
vaidade, a busca pelo poder.
E assim essas guerras santas, movidas pela religião, de forma deturpada irão
acabar.
Devemos todos os dias estimular à união, a paz e a harmonia e não às guerras
sejam elas quais forem.
As únicas guerras agradáveis a Deus são aquelas que travamos com nós
mesmos no sentido de vencermos as nossas imperfeições e deixarmos aflorar a
luz e a centelha divina do amor que habita em nós.
672 – A oferenda que se faz a Deus,de frutos da terra,tem mais mérito aos
seus olhos que o sacrifício de animais?
Eu já vos respondidizendo que Deus julgava a intenção e que o fato tinha pouca
importância para Ele. Seria, evidentemente,mais agradável a Deus ver oferecer
os frutos da terra que o sangue das vítimas. Como já vo-lo dissemos, e o
repetimos sempre,aprece dita do fundo do coração é cem vezes mais agradável
a Deus que todas as oferendas que poderíeisfazer-lhe. Repito que a intenção é
tudo e o fato nada.
Comentários:
A Espiritualidade nos diz que Deus não quer fenômenos exteriores,
demonstrações exteriores, atos exteriores de adoração. Deus quer a nossa
intenção, o nosso sentimento, o nosso coração.
Diante de atos exteriores,Deus prefere aqueles que não agridem os seus filhos,
as suas obras, a sua criação.
Diante da oferenda de frutos em relação ao sangue de animais e também o
sangue humano. É preferível a oferenda dos frutos da terra ao sacrifício dos
animais ou dos homens.
Mas o que realmente importa é sempre a nossa intenção, o nosso coração.
673 – Não seria um meio de tornar essas oferendas maisagradáveis a Deus
consagrando-asao alívio daqueles a quem falta o necessário e,nessecaso,
o sacrifício dos animais feito com um fim útil, não seria meritório,embora
tivesse sido abusivo quando não servia para nada, ou não aproveitava
senão às pessoas que de nada precisavam? Não teria alguma coisa de
33
verdadeiramentepiedosaconsagrar-seaos pobres as premissasdos bens
que Deus nos concedeu sobre a Terra?
Deus abençoa sempre aqueles que fazem o bem; aliviar os pobres e aflitos é o
melhor meio de honrá-lo. Não digo com isso que Deus desaprovaas cerimônias
que fazeis para pedir-lhe, mas há muito dinheiro que poderia ser empregado
mais utilmente e não o é. Deus amaa simplicidade em todas as coisas.O homem
que se liga às coisas exteriores e não ao coração, é um espírito de vistas
estreitas; julgai se Deus deve interessar mais pela forma que pelo fundo.
Comentários:
É melhor utilizar os recursos destinados às oferendas para atender aqueles que
estão necessitando.
Mas se vamos realizar algum ato exterior que seja diretamente destinado ao
necessitado, ao sofredor, para aqueles que precisam de amparo, para aqueles
que passam fome. Dessa forma nossa atitude exterior agradará a Deus, pois
estará refletindo um coração amoroso, um coração caridoso.
Deus auxilia o homem através do próprio homem.
Podemos orar a Deus por essas pessoas sem realizar oferendas.
Mais uma vez deixemos muito claro que Deus valorizaa intenção, a simplicidade,
o sentimento, o amor e não a exteriorização de atos.
34
PARA REFLETIR:
O deverprimordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a
sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. (ESE – Cap. XXVII, item 22)
A prece é uma ferramenta indispensável. Ter compromisso com ela é ter
compromisso com a nossa evolução, é cooperar com nossos irmãos. Que
possamos utilizar desse instrumento todos os dias, com qualidade.
A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia
inútil, nem luxo de epítetos,que são meros adornos de lentejoulas. Cada palavra
deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da
alma. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente sob essa condição pode a
prece alcançar o seu objetivo; de outro modo,não passa de ruído. (ESE – Cap.
XXVIII, item 1)
De todas as preces, a oração do Pai-Nosso “é o mais perfeito modelo de
concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade. Com efeito,
sob a mais singela forma, ela resume todos os deveres do homem para com
Deus, para consigo mesmo e para com o próximo.Encerra uma profissão de fé,
um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e
o princípio da caridade.” (ESE – Cap. XXVIII, item 2)
Quem ora com o coração,vive em comunhão com Deus, assim como Jesus vivia
e continua vivendo. Passa a ter sensibilidade,discernimento,leveza na alma, o
coração voltado para Deus, demonstrando que está sempre pronto a modificar
seus pensamentos e suas ações. Todaa bagunça em nossa vida é exatamente
pela falta de oração, pela falta dessa conexão íntima com Deus.
A prece,em qualquer ocasião, melhora, corrige, eleva e santifica. Mas somente
quando estabelece modificação de roteiro é que paira, acima das circunstâncias
comuns. (Obreiros da Vida Eterna – Cap. 17).
Não há prece sem resposta.E a oração, filha do amor, não é apenas súplica. É
comunhão entre o Criador e a criatura, constituindo, assim, o mais poderoso
influxo magnético que conhecemos. (Os mensageiros – Cap. 25).
Deus não deixa de atender as suas criaturas, do átomo ao arcanjo todos são
assistidos.
“Pedi,e dar-se-vos-á;buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á”. (Lc 11:9)
Transformar o ódio em amor, a vingança em perdão, ser humilde para também
ser perdoado.
Reconciliar-se com Deus, consigo mesmo, com os familiares, com os outros,
com os que já partiram, com a natureza...
35
ORAÇÃO FINAL:
Vamos elevar nossos pensamentos a Deus, a fim de agradecermos por esta
tarde de reflexões.
Senhor, te pedimos que nos ampare e auxilie, pois somosaindamuito pequenos,
muito frágeis e necessitados davossa proteção. Dá-nos coragem e ânimo para
enfrentar as nossas provas, vencendo principalmente a nós mesmos,os nossos
medos, as nossas incapacidades, os nossos orgulhos, as barreiras e
adversidades que surgem em nosso caminho. Nos dê paciência suficiente para
vencera ansiedade e nunca perdera esperança.Dá-nos serenidade paraaceitar
o que não podemos mudar, coragem para mudarmos as coisas que podemose
sabedoria para sabermos escolher sempre o melhor, conforme a Tua vontade.
Aumenta a nossa fé e renova a cada dia a nossa confiança em ti. Gratidão,
Senhor, por tudo o que temos e por tudo o que somos. Que assim seja!
36
REFERÊNCIAS:
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador
Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC,Allan. O Livro dos Espíritos.Tradução de SalvadorGentile. 182ª Ed.
Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed.
Araras – SP: IDE, 2008.
KARDEC,Allan. O Céu e o Inferno.Tradução de Salvador Gentile. Araras – SP:
IDE, 2008.
KARDEC,Allan. Obras Póstumas.Tradução de Guillon Ribeiro. 19ª Ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1983.
MLODINOW,Leonard. De primatas a astronautas: A jornada do homem em
busca do conhecimento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
SILVEIRA, Adelino. Chico, de Francisco. São Paulo: Cultura Espírita União,
1987.
XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo
Espírito Emmanuel.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER, Chico. Os Mensageiros. 47ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER,Chico. Missionários da Luz.45ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2021.Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER,Chico. Entre a Terrae o Céu.27ª ed.Brasília:FEB,2018.PeloEspírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB, 2018.
Pelo Espírito André Luiz.
37
XAVIER,Chico. Ação e Reação.30ª ed.Brasília:FEB,2017.Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER,Chico & VIEIRA,Waldo. Evolução em dois Mundos.27ª ed. Brasília:
FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. 28ª ed.
Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER,Chico & VIEIRA,Waldo. Sexo e Destino.34ª ed. Brasília: FEB, 2018.
Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. E a vida continua.... 35ª ed. Esp. Rio de Janeiro: FEB, 2021.
Pelo Espírito André Luiz.
https://www.bibliaonline.com.br/
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html
https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-do-livro-dos-espiritos/
https://www.youtube.com/user/livrodosespiritos/videos
https://www.youtube.com/watch?v=4xRhAKctMo8&list=PLI-
OgasY7T5tz8FFyT2yr5aKTPbavF7by&index=111
https://www.youtube.com/playlist?list=PLlRlJDlCghdwROpe8PBZF5_wFxlJqqU
nZ
https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/
https://pt.slideshare.net/espirinauta/reinos-da-natureza
https://slideplayer.com.br/slide/14346629/
http://www.caminhosluz.com.br
A Lei de Ação e Reação é a mesma coisa que a Lei de Causa e Efeito?
https://editoradionisi.com.br/folhaespiritacairbarschutel/2020/05/31/a-lei-de-
acao-e-reacao-e-a-mesma-coisa-que-a-lei-de-causa-e-efeito/

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Lei da adoração interior

  • 1. 1 Livro Terceiro: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração 2.1 – Objetivo da adoração 2.2 – Adoração exterior 2.3 – Vida Contemplativa 2.4 – Da prece 2.5 – Politeísmo 2.6 – Sacrifícios Referências Slide: https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/32-lei-de-adoracaopptx-252372382
  • 2. 2 2.1 – Objetivo da adoração 649 – Em que consiste a adoração? É a elevação do pensamento a Deus. Pela adoração a alma se aproxima dele. Comentários: Adorara Deus é elevar o pensamento a Ele para que o nosso ser (alma, Espírito) se aproxime do Pai. O pensamento é o meio de comunicação entre nós e a Espiritualidade, entre Deus, entre os seres que se encontram na Espiritualidade. Com o pensamento elevado entramos em sintonia com o Pai. Ao estabelecera sintonia nossos pensamentosalcançam um ao outro. Tudo no Universo é regido pela lei da sintonia. Deus e a Espiritualidade superior vibram numa frequência elevada, por isso é necessário elevarmos os nossos pensamentos para que possamos sentir as ideias, as intuições, as inspirações que nos são oferecidas. Se não elevamos o nosso pensamento não conseguimos estabeleceresse canal de comunicação. Por isso precisamosestar em um padrão vibratório mais elevado, mais positivo, para que haja a conexão, para que haja nossa aproximação para com o Pai. Existem muitas formas de adorar a Deus, de acordo com a evolução das criaturas: - Jesus adorava o Pai fazendo a Sua vontade, trabalhando sempre em favor da harmonia universal. - Os homens elevados formalizam uma adoração ao Senhor pela sua vida contínua no bem comum. Se queremos adorar a Deus: - Não devemos esquecer a caridade. Desde o momento em que levantarmos, comecemos o dia ajudando. As oportunidades não faltam; - Devemos retirar o ódio, o rancor, a mágoa do nosso íntimo; - Devemos agir com compreensão em relação aos nossos semelhantes; - Não perder a paciência diante de tantos problemas que nos afligem no dia a dia, etc. Adoração é movimento no bem. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração
  • 3. 3 Devemos elevar nossos pensamentosao Criador, com amor e sinceridade,mas em maior tempo devemos agir pelo trabalho elevado, pelos pensamentos solidificados no amor e pelos gestos da caridade. Não adoramos a Deus apenas através de contemplação, daquele ato de glorificara Deus,mas adoramos a Deus em todos os momentos que praticamos o bem, em todos os momentos em que nos deixamos envolver pelo sentimento de amor, de paz, de alegria, de bondade. Questão 13 “Senhor meu Deus quando eu maravilhado Fico a pensar nas obras de tuas mãos. O céu azul de estrelas pontilhado, O teu poder mostrando a criação. Então minha alma canta a ti Senhor, Quão grande és Tu, quão grande és Tu, quão grande és Tu...” 650 – A adoração é o resultado de um sentimento inato ou produto de um ensinamento? Sentimento inato como o da Divindade. A consciência de sua fraqueza leva o homem a se curvar diante daquele que o pode proteger. Comentários: O sentimento inato de adorarmos o Criador, de sentirmos que existe algo além de nós é algo que nasce conosco, que foi colocado em nós pelo criador. Assim como nós temos em nossaconsciênciaa existênciade Deus,pois Ele nos criou com a centelha divina do amor, temos também esse sentimento inato de adorar o Pai, de adorar aquilo que está acima de nós. Esse não é um sentimento que se aprende, mas um sentimento que já está conosco. 651 – Houve povos desprovidos de todo sentimento de adoração? Não, porque não há, jamais houve, povos ateus. Todos compreendem que há acima deles um ser supremo. Comentários:
  • 4. 4 A lei de adoração faz parte da criatura. É inata ao ser humano. Se já fomos criados com esse sentimento, com a ideia de que há algo além de nós mesmos no sentido de adorarmos um ente supremo,entendemos que seria difícil haver povos ateus. Somos todos filhos de Deus, criados com a centelha divina, então seria difícil que um povo inteiro ignorasse por completo essa criação. É possível que uma pessoa ou algumas pessoas até se digam ateu, mas um povo inteiro não seria possível, pois todos compreendem que há esse ente supremo acimade todos e o todo reflete,em suamaioria, a verdade.Logo,povos sem adoração não há. Todos os povos,em todas as épocas,sempre acreditaram em um ser superior, em um criador. Não há povos destituídos dessa crença. A revolução neolítica foi uma revolução mental e cultural, impulsionada pelo crescimento da espiritualidade humana. Uma das provas é a descoberta de um grande monumento chamado Göbekli Tepe localizado na Província de Urfa, na Turquia, construída há 11.500 anos atrás. (Mlodinow, pág. 40) Não existem ateus; eles mudam de ideias, como mudam de roupas. Igualmente, mudam de corpos como todos os outros Espíritos que Deus criou. As reencarnações são processos criados pelo Senhor para despertar no imo d'alma os poderes. as palavras são transitórias, até se fundirem nos poderes, que são eternos e verdadeiros. 652 – Pode-seconsiderar a adoração como tendo sua origem naleinatural? Ela está na lei natural, visto que é o resultado de um sentimento inato no homem. Por isso, ela se encontra em todos os povos, ainda que sob formas diferentes. Comentários: Kardec reforça o entendimento já abordado anteriormente. A adoração está dentro da criatura, faz parte do sentimento inato do serhumano porque foi algo criado por Deus e colocado dentro de nós assim como as suas leis que se encontram presentes em nossa consciência. A Espiritualidade reforça que a adoração está na lei natural. A adoração é variável de conformidade com aelevação daalma, ou seja, a forma de adoração é variável, mas o sentimento é mesmo. Em todos os países que possas visitar, observarás as modalidades de adoração do Criador. Uns precisam ver alguma forma para adorar; os mais espiritualizados adoram-nO em Espírito e verdade. O que importa é que sempre deves reconhecer a existência dessa Fonte de Vida, perfeição absoluta e que é nosso Pai de amor.
  • 5. 5 2.2 – Adoração exterior 653 – A adoração tem necessidade de manifestações exteriores? A verdadeira adoração está no coração. Em todas as vossas ações, imaginai sempre que um senhor vos observa. 653.a) A adoração exterior é útil? Sim, se não é uma vã simulação. Ela é sempre útil para dar um bom exemplo; mas aqueles que a fazem apenas por afetação e amor-próprio, e nos quais a conduta desmente sua piedade aparente, dão um exemplo antes mau do que bom, e fazem mais mal do que pensam. Comentários: A adoração não deve ser exterior e sim interior. Ela deve expressardaquilo que existe em nosso coração. Deus sabe o que se passa no coração de cada um de nós. São os sentimentos puros, verdadeiros que chegam até Deus. Não é a quantidade, a multiplicidade e dificuldade das palavras que são ditas, o tempo de uma adoração, mas a nossa sinceridade. - Ritual e cerimônias sem sentimentos. Só aparência. A adoração exterior sozinha não basta. Ela precisa vir acompanhada de sentimento, de verdade e de amor. Não é a condição da adoração ser exterior ou privada que chegará até Deus, mas sim o sentimento, a sinceridade de propósitos de ideias e pensamentos. 654 – Deus dá preferência àqueles que o adoram de tal ou tal maneira? Deus prefere aqueles que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, àqueles que creem honrá-lo por meio de cerimônias que não os tornam melhores para seus semelhantes. Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele chama para si todos aqueles que seguem suas leis, qualquer que seja a forma sob a qual se exprimem. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração
  • 6. 6 Aquele que não tem senão a piedade exterior é um hipócrita. Aquele em que a adoração não é senão uma afetação, e em contradição com sua conduta, dá um mau exemplo. Aquele que faz profissão de adorar o Cristo e que é orgulhoso, invejoso e ciumento, que é duro e implacável com os outros, ou ambicioso dos bens desse mundo, eu vos digo que a religião está sobre os lábios e não no coração. Deus, que tudo vê, dirá: este que conheceu a verdade é cem vezes mais culpável do mal que fez, do que o ignorante selvagem do deserto, e assim será tratado no dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derruba, vós o escusais; se é um homem que vê claramente, vós vos queixais e tendes razão. Não pergunteis, pois, se há uma forma de adoração mais conveniente, porque isso seria perguntar se é mais agradável a Deus ser adorado em um idioma que em outro. Eu vos digo ainda uma vez: os cânticos não chegam a ele, senão pela porta do coração. Comentários: Deus não tem preferência por alguém, somente porque tenha uma forma de adoração a Ele mais refinada. Deus se interessa por tudo na Sua grandiosa criação. O Criador, sendo o Pai de tudo e de todos, não pode ter predileção por uns, somente por serem mais velhos que os outros. Ele conhece e sabe como as coisas devem ser. Ele sabe que o crescimento das qualidades é através do tempo, que Ele mesmo criou, por isso não há preferência. Se Ele tivesse preferência, a teria pelos ignorantes. Tudo o que realmente vale para Deus é o sentimento.É a adoração que vem do fundo do coração com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal. Qualquer outra forma de adoração exterior não chega a Deus. Deixemos de lado o receio em falar com nosso Pai. Muitas vezes, inclusive nas casas espíritas,quando se pede a alguém para fazer uma prece, algumas pessoas se sentem inibidas, outras dizem não saber fazer preces bonitas com palavras bonitas. Isso para Deus não tem importância. De que adianta belas palavras quando o coração está distante de Deus. Pode ser uma adoração singela, curta, com poucas palavras, desde que seja verdadeira. Quando colocarmos na condição de oração, orarmos com sinceridade, elevarmos nosso pensamento ao Pai e falar daquilo que está em nosso coração.
  • 7. 7 655 – É repreensívelpraticaruma religião à qualnão se crê no fundode sua alma, quando se faz isso por respeito humano, e para não escandalizar aqueles que pensam de outra forma? A intenção, nisso como em muitas outras coisas, é a regra. Aquele que não tem em vista senão o respeito às crenças alheias, não faz mal. Ele faz melhordo que aquele que as ridicularizasse, porque faltaria à caridade. Mas aquele que a pratica por interesse e por ambição é desprezível aos olhos de Deus e dos homens. Deus não pode ter por agradáveis aqueles que aparentam se humilhar diante dele apenas para atrair a aprovação dos homens. Comentários: A caridade é o que deve nortear as nossas ações, os nossos pensamentos. A Espiritualidade nos esclarece que a pessoamesmosem crerno fundo da alma em determinada religião é melhor praticá-la com respeito a outra pessoa por caridade do que ridicularizar ou escandalizar aquela crença da qual não concorda. A intenção é que faz a regra. Se pratico uma religião mesmo que não tenha a crençareal e verdadeiranaquela religião, mas sigo em respeito à crença de outra pessoa (um familiar, por exemplo),é sinal de caridade, ao invés de ridicularizar, pois assim faltaria com a caridade. Dentro das nossas famílias sempre há alguém que não pensam como nós, que não professam a mesma fé, a mesma religião que em respeito devemos evitar comentar,criticar, mantendo o silêncio e,em algumas ocasiões participarde uma oração, de alguma celebração, não porque nos falam ao coração, mas por respeito aos demais familiares. Aqueles familiares que seguem outras religiões muito a sério, muitas vezes podemos nos sentir magoados porque o outro não crê verdadeiramente naquilo que nós cremos. Devemos refletir: não é melhor que eles lá estejam do que falando, criticando, questionando a nossa religião, a nossa crença. Para Deus tudo é a intenção. Aquilo que está em nosso coração, em nossos pensamentos. Deus sabe o que se passa em nosso coração: se é o respeito às crenças do outro, se é interesse, se é ambição. Quem pratica a religião por interesse (comércio,poder) ou ambição, não é Deus quem o despreza, mas as leis que vibram dentro da sua própria consciência. É ele mesmo que procura esquecer-se de Deus para não se sentir constrangido, porém, não o consegue, porque todos fomos criados iguais e com a essência divina.
  • 8. 8 O importante é sabermos acima de tudo que a caridade deve nortear as nossas ações. 656 – A adoração coletiva é preferível à adoração individual? Os homens reunidos poruma comunhão de pensamentos e de sentimentos têm mais força para chamarem para si os bons Espíritos. Ocorre o mesmo quando eles se reúnem para adorar a Deus. Não acrediteis, por isso, que a adoração particular seja menos boa, porque cada um pode adorar a Deus pensando nele. Comentários: A oração individual tem menos força, é menos agradável a Deus do que a adoração coletiva? Depende da comunhão de pensamentos e de sentimentos. Não é necessariamente a quantidade de pessoas reunidas, mas o fato delas estarem em sintonia, com a comunhão de pensamentos e sentimentos.Havendo isso naquela comunhão coletiva haverá mais força e os bons Espíritos serão atraídos para aquela comunhão. Se houver uma comunhão de pessoas com pensamentos díspares, cada um com seus pensamentos individuais e egoístas sem estarem unidos como um grande feixe,não terá força, não terá mérito perante o Pai, não terá mérito e não vai atrair Espíritos bons somente pelo fato de ali haver um número maior de pessoas. Podemosadorar individualmente de formaprivada ou coletiva com sentimento e verdade. Assim será agradável a Deus.
  • 9. 9 2.3 – Vida contemplativa 657 – Os homens que se abandonam à vida contemplativa, não fazendo nenhum mal e não pensando senão em Deus, têm um mérito aos seus olhos? Não, porque se eles não fazem o mal, não fazem o bem e são inúteis. Aliás, não fazer o bem já é um mal. Deus quer que se pense nele, mas não quer que se pense apenas nele, visto que deu ao homem deveres a cumprir sobre a Terra. Aquele que se consome na meditação e na contemplação não faz nada de meritório aos olhos de Deus, posto que sua vida é toda pessoal e inútil à Humanidade, e Deus lhe pedirá contas do bem que não haja feito. (640) Comentários: Muitas pessoas acreditam que o fato de viver de forma contemplativa, só pensando e adorando o pai é agradável a Deus, mas a Espiritualidade nos esclarece que tal postura não é agradável a Deus. - Religiões e seitas orientais - Enclausuramento nos mosteiros Deus quer que façamos o bem,vivenciando a lei de amor e caridade.Quem vive apenas contemplando e adorando a Deus não faz o mal diretamente, mas por não fazer o bem acaba deixando que o mal prolifere.Somente através do auxílio aos nossos irmãos é que fazemos com que o bem cresça,se multiplique e ajude na transformação do ser humano. Deus quer que pensemos nele, mas não só nele. Há outros deveres a cumprir aqui na Terra para o nosso crescimento,para a nossa evolução e que envolve a lei de amor e de caridade. Ninguém faz a caridade vivendo apenas de contemplação, de adoração. A caridade é atitude ativa, envolve ação na vida de relações. Se queremos adorar a Deus, façamos isso sem deixar de vivenciar a lei de caridade. A vida contemplativa é um estágio da alma que procura algo de real para a sua solidificação espiritual. O "nada se perde" pode ser usado em tudo. À primeira vista, nos parece que a contemplação de nada serve; evidentemente não serve para nós, mas prepara quem está sem rumo para um trabalho no futuro, de grande valia. Nunca devemos incentivar a vida contemplativa, pois é semente de difícil germinação, todavia, quem precisa dela na espontaneidade de suas decisões, que o faça, e que Deus abençoe o seu gesto no preparo para a vida maior. Diante deste assunto, vamos repetir a resposta à pergunta de número quinhentos e trinta e seis, quando os Espíritos benfeitores assim respondem: Tudo tem uma razão de ser, e nada acontece sem a permissão de Deus. Houve uma época em que, no velho Oriente, se encontrava multidão de pessoas em estado de contemplação, com a ideia fixa de entrar no Todo, em busca da felicidade, e Jesus veio salvar essas LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração
  • 10. 10 criaturas, colocando-as em movimento, porque o próprio Deus que eles adoravam somente pelo pensamento, trabalha constantemente. Se Ele parar por uma fração de segundo, toda a criação se desnorteia em seus destinos. (Miramez
  • 11. 11 2.4 – Da prece Conceito: A prece é uma prática inserida em quase todas as religiões do mundo, independentemente da cultura, da região e do tempo. Essaprática estárelacionada à necessidade que temosde nos ligarà Divindade, de nos abstrairmos do mundo material e conectarmos com o nosso Criador buscando proteção, amparo, orientação. Para nós, espíritas, a prece é um recurso eficaz e fundamental no desenvolvimento espiritual. A prece é uma aproximação com Deus, por meio de palavras ou do pensamento, realizada em particular ou em público, de forma coletiva. “O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, desde que sejam ditas de coração, e não apenas com os lábios. Não impõe nem condena nenhuma.” (ESE, Cap. XXVIII, item 1) Orar é abrir a alma para entrar em sintonia com Deus para que Ele não faça o que pedimos, mas o que é melhor para nós. Citações: No Livro Nosso Lar é citado o Ministério do Auxílio, onde atende-se a doentes, ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações terrenas, organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral ou aos que choram na Terra, estudam-se soluçõesparatodos os processos que se prendem ao sofrimento. Livro: Nosso Lar - Cap. 8 - Organização de Serviços - André Luiz / Chico Xavier 658 – A prece é agradável a Deus? A prece é sempre agradável a Deus quando é ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para ele, e a prece do coração é preferívelà que se pode ler, por bela que seja, se a lês mais com os lábios que com o pensamento. A prece é agradável a Deus quando é dita com fé, fervor e sinceridade. Mas não creiais que ele seja tocado pelo homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que isso seja, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeirahumildade. Comentários: Para Deus o que realmente importa é a intenção. Não é apenas o ato de estarmos em prece que agrada a Deus, mas como nós fazemos a prece. Se ela é dita com o coração, com fervor, com fé, com LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração
  • 12. 12 sinceridade.Aí sim,agradaa Deus.Não importase é particular ouproferidajunto a uma coletividade, desde que a intenção seja verdadeira. Uma prece proferida por uma pessoa fútil, orgulhosa ou egoísta, mas naquele momento esteja com o coração sincero, em arrependimento pela sua imperfeição, pedindo ou agradecendo ao Pai de forma verdadeira, com certeza agradará a Deus. Deus conhece tudo o que passa em nossos corações. Nós podemos querer enganar aos outros ou a nós mesmos, mas a Deus, jamais enganaremos. Quando nos colocamos à disposição para fazermos uma prece, não é quantidade de palavras, não é pela dificuldade das palavras que são ditas, não pelo local,não pelo momento,mas sim e sempre,aintenção, a fé e a sinceridade com a qual fazemos a prece. Muitas vezes Deus prefere aquela prece feita com o coração, não aquela decorada, pois normalmente é mecânica, faltando os sentimentos 659 – Qual é o caráter geral da prece? A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele, se aproximar dele e colocar-se em comunicação com ele. Pela prece pode-se propor três coisas: louvar, pedir e agradecer. Comentários: Muitos de nós utilizamos a prece apenas para pedir. Acostumamo-nos a pedir de tudo, como se Deus estivesse à nossa disposição para atender os nossos pedidos. A Espiritualidade nos orienta que através da prece nós podemos sentir Deus verdadeiramente forte em nós, nos apoiando, nos auxiliando, nos protegendo, nos fortalecendo nas caminhadas da vida. Através da prece,nós sentimos Deus.É isso que precisamos.Quem somos nós sem a presença de Deus? Quem somos nós sem o amor? Nós estamos aqui para aprendermos o valorsublime do amor. A prece real,sincera, verdadeira nos proporcionaisso.Quando nos aproximamos de Deus através da prece entramos em conexão com Ele, com a sua luz, com a verdade. Louvar, pedir e agradecer Louvar – É o reconhecimento da magnitude (grandeza) de Deus, da sua perfeição, da sua onipotência, como Criador do nosso Universo, como nosso Grande e verdadeiro Pai.
  • 13. 13 Pedir – Podemos pedir por nós ou por outra pessoa. Não é pedir o livramento das dificuldades, mas pedir força, sabedoria, perseverança para superar e vencer tais dificuldades. É muito importante perceber a resposta, que muitas vezes não é a que nós queremos, mas é a que nós necessitamos. Agradecer – Quando nós agradecemos poruma conquista alcançada, por uma graça, por uma bênção, por um livramento. É um reconhecimento pontual que podemos e devemos fazer todos os dias pela vida que temos, pela saúde, pela nossa família, pelos nossos entes queridos, pelas dificuldades que passamos, pois é através delas que nós crescemos, que nós evoluímos. Prece com intenção voltada para o mal. É preferível usar o termo invocação – ato de invocar as forças inferiores (egoísmo) – Livro Entre a Terra e o Céu, capítulo 1, pág. 11. Qualidades da prece O Novo Testamento nos mostra de forma muito clara a prática constante de oração na vida de Jesus. Algumas coisas que os apóstolos fizeram e falaram mostram como eles perceberam estes hábitos de oração. Eles pediram que Jesus lhes ensinasse sobre a oração, porque tinham observado o exemplo dele (Lc 11:1). Era a pessoa que mais entendia o valor da comunhão com o Pai e, constantemente procurava conversar com ele. Nós devemos aprender com o exemplo de Jesus. Ele nos ensinou as maneiras de orar, além de nos deixar a oração mais completa que há entre a humanidade terrestre. “Quando orardes, não vos assemelheisaos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. – Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. – Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto;e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto,vos dará a recompensa. Não cuideis de pedir muito nas vossas preces,comofazem os pagãos,os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vós torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (Mateus 6:5-8) Quando Jesus nos recomenda orar secretamente (“entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai ao vosso Pai em secreto”, nas palavras de Mateus), não está estabelecendoum posicionamento oupostura especial,física ou mística,para entrar em comunhão com Deus. Afinal, não podemos esquecer que existe uma multidão de pessoasno planeta que não possuinem mesmo um modesto quarto para se recolher. O que Jesus pretende é que busquemos o recolhimento para, a sós, dialogarmos com Deus. No insulamento, a oração flui Orar em segredo Não precisa Muitas palavras
  • 14. 14 com maior maturidade, sem interferências, sem preocupações com fórmulas e formas, favorecendo a comunhão legitima com a Espiritualidade. Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. – Se não perdoardes,vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados. (Marcos 11:25-26) Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. – O fariseu, conservando- se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano.Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo. O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador. Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado.(Lucas 18:9-14)”.(ESE,Cap.XXVII,itens 1-3) Jesus definiu claramente as qualidades da prece:  Quando orardes não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto;  Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas;  Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade;  Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu;  Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau... (ESE, cap. XXVII, item 4) “Os Espíritossempre disseram:“A formanão é nada, o pensamento é tudo.Faça cada qual a sua prece de acordo com as suas convicções,de maneira que mais lhe agrade, pois um bom pensamento vale mais do que numerosas palavras que não tocam o coração”. (ESE, Cap. XXVIII, item 1) “A principal qualidade da prece é a clareza. Ela deve ser simples e concisa, sem fraseologiainútil ou excessode adjetivação,que não passam de meros ouropéis. Cada palavra deve ter o seu valor, exprimir uma ideia, tocar uma fibra da alma. Enfim: deve levar à reflexão. E somente assim pode atingir o seu objetivo, pois, de outro modo não passa de palavrório”. (ESE, Cap. XXVII, item 1) Perdoar Ser humilde Autoanálise
  • 15. 15 Citações: “A oração, elevando o nível mental da criatura confiante no Divino Poder, favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita a tarefa de auxílio fraternal”. “Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em toda parte, em nome de nosso Pai”. Livro: Missionários da Luz – Cap. 19 – André Luiz / Chico Xavier Ação da prece “A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige.Pode ter por objeto um pedido,um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidosdaexecução de suas vontades;as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus,fá-lo recorrendo a intermediários,a intercessores,porquanto nada sucede sem a vontade de Deus. O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações,que relações se estabelecem adistância entre encarnados. Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece,mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essaação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.
  • 16. 16 Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio,pode também desviarde sios males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.” (ESE, Cap. XXVII,itens 9 à 11) “Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se,portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum (coletiva) tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono.” (ESE, Cap. XXVII, item 15) Eficácia da prece “Seja o que for que peçais na prece,crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (Mc 11:24) Deus sempre nos atende os pedidos,que só ocorre conforme a nossareal necessidade e merecimento, e na medida em que nossos pedidos não visem à satisfação de meros caprichos ou futilidades. Tudo no Universo obedece a leis eternas, e quando somos atendidos em nossos pedidos, não significa que Deus alterou o curso de suas leis, que são imutáveis, mas que, dentro da flexibilidade das mesmas, agrada a Ele acatar nossas súplicas, desde que as considere merecidas. Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus. Sem dúvida alguma há leis naturais e imutáveis que não podem ser derrogadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre- arbítrio e sem iniciativa.” (ESE – Cap. XXVII, item 5-6) O homem desfruta do livre-arbítrio para compor a trajetória de sua encarnação, pois Deus lhe concedeu a inteligência e o entendimento para que os utilizasse. Assim, todos os dias fazemos nossas escolhas.
  • 17. 17 Existem acontecimentos na vida atual aos quais o homem não pode furtar- se; são consequências de falhas e deslizes de passado que necessitam de reajustes; é a aplicação da Lei de Causa e Efeito e isto explica porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos; o que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus citado em Marcos 11:24 “O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será concedido”. Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e essenciais para a felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a razão por que elas não lhe são concedidas.Contudo,o egoísmoe o imediatismo não permitem que ele perceba com exatidão a eficácia da prece. Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios divinos:A curto prazo na medidaem que consola, alivia os sofrimentos,reanima e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo pensamento edificante dá se a aproximação das forças do bem a restaurar as energias de quem ora. “O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar porsi mesmo das dificuldades, mediante ideias que farálhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui.Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço (Cap. XXV, n.º 1 e seguintes).” (ESE – Cap. XXVII, item 7) Tomemos um exemplo. Um homem se acha perdido no deserto. A sede o martiriza horrivelmente. Desfalecido,cai por terra. Pede a Deus que o assista, e espera.Nenhum anjo lhe virá dar de beber.Contudo,um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si. Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato. Ao divisá-lo, ganha coragem. Se tem fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pela ideia que me inspiraste e pela força que me deste.” Se lhe falta a fé, exclamará: “Que boa ideia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda;o acaso, às vezes, nos serve admiravelmente! Quanto me felicito pelaminha coragem e pornão me ter deixado abater!” Mas, dirão, porque o bom Espírito não lhe disse claramente: “Segue este caminho,que encontrarás o de que necessitas”? Porque não se lhe mostroupara o guiar e sustentar no seu desfalecimento? Dessamaneira tê-lo-ia convencido da intervenção da Providência.Primeiramente, para lhe ensinar que cada um deve ajudar-se a si mesmo e fazer uso das suas forças. Depois, pela incerteza, Deus põe à prova a confiança que nele deposita a criatura e a submissão desta à sua vontade. (ESE – Cap. XXVII, item 8) Senhor não te peço um fardo mais leve, mas sim ombros mais fortes para poder carregá-lo. (CarolineSabino)
  • 18. 18 660 – A prece torna o homem melhor? Sim, porque aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do male Deus lhe envia os bons Espíritosparao assistir. É um socorro que não é jamais recusado, quando pedido com sinceridade. 660.a) Como ocorre que certas pessoas que oram muito, sejam, malgrado isso, de um caráter muito mau, invejosas, ciumentas, coléricas, carentes de benevolência e indulgência e mesmo, algumas vezes, viciosas? O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas creem que todo o mérito está na extensão da prece e fecham os olhos sobre seus próprios defeitos.A prece, para elas, é uma ocupação, um emprego de tempo, mas não um estudo delas mesmas.Não é o remédio que é ineficaz, mas a maneira como é empregado. Comentários: Para que possamos nos tornar melhores através da prece é necessário que seja feita com fervor, fé e sinceridade,pois quando bem feita nos aproxima de Deus. Quanto mais próximos estivermos de Deus, melhores nós seremos, mais depurados, mais amorosos, mais fraternos, mais caridosos, mais humanos. Para nos aproximarmos precisamos exercitara prática da vivência do Evangelho de Jesus e nos conectarmos com Deus, nos sintonizar com o Criador. Precisamos elevar os nossos pensamentos para percebermosos pensamentos elevados que vêm de Deus através da Espiritualidade Superior e absorvermos esses pensamentos para nos depurarmos. A partir do momento que entramos em conexão com Deus, é impossível continuarmos a ser aas mesmas pessoas.Seremos sempre pessoas melhores, mais depuradas. Aquelas pessoas que oram muito, mas não se modificam, fazem da prece apenas um ato exterior, fato que essas pessoas não se ornarão melhores com a prece, pois não estão sabendo orar e assim, não aproveitam os benefícios proporcionados pela prece. Precisamos orar, não necessariamente orar muito, mas orar bem. Não é a quantidade e a complexidadedas palavras, não é o lugar e nem a hora em que oramos, mas a verdade, a sinceridade. Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. (Mt 18:20)
  • 19. 19 A prece feita de coração melhora a pessoa, pois recebe todo um manancial de bênçãos,de luz e de amor que vem da Espiritualidade Superiorque proporciona a renovação espiritual. 661 – Pode-se utilmente pedir a Deus que nos perdoe nossas faltas? Deus sabe discernir o bem e o mal; a prece não oculta as faltas. Aquele que pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém senão mudando de conduta. As boas ações são as melhores preces, porque os atos valem mais que as palavras. Comentários: Há muitas religiões que asseguram e têm esperança de que Deus perdoatodas as faltas cometidas,porapenas um simples arrependimento. Como se enganam esses irmãos! Não há perdão de faltas para ninguém. Somente o ofendido é que deve perdoar ao ofensor, e isso não faz com que o ofensor se liberte das faltas cometidas; a lei cobra dele o ato de desamor para com seu irmão em caminho. A oração, mesmo a mais requintada nos sentimentos de amor, não esconde as faltas. O perdão que nós mesmos podemos nos oferecer ante os nossos erros é a corrigenda dos nossos deslizes, é não mais dar vazão às paixões inferiores. Não adianta pedirperdão a Deus e continuar cometendo os mesmos erros todos os dias. Ninguém sobe sem mudanças, e essas mudanças haverão de ser permanentes. Elas se fazem pela lei do progresso em todos os setores da vida física e espiritual. Se estamos nos esforçando para não errar, mas pela nossa fraqueza, em algum momento caímos e erramos, podemos pedir perdão a Deus, pois Ele vai saber do nosso esforço, Ele nos conhece mais que a nós mesmos. Nem Deus nem Cristo perdoam a ninguém; eles dão aos de boa vontade oportunidades de regenerar, de entrarem nas mudanças para que a luz possa nascer no coração. 662 – Pode-se orar utilmente por outrem? O Espírito daquele que ora age por sua vontade de fazer o bem.Pela prece,ele atrai para si os bons Espíritos que se associam ao bem que quer fazer.
  • 20. 20 Allan Kardec: Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estendealém dos limites da nossaesfera corporal.A precepor outros é um ato dessa vontade.Se ela é ardente e sincera,pode chamarem sua ajuda os bons Espíritos,a fim de sugerir-lhe bonspensamentos e dar- lhe a força do corpo e da alma de que necessita. Mas aí ainda a prece do coração é tudo, a dos lábios não é nada. Comentários: Será que orar por outra pessoa vai de alguma forma ajudar aquela pessoa? Desde que a prece sejafeita de coração,o pensamento nobre que nos eleva vai atrair os bons Espíritos que se associarão a nós que estamos em prece, em função daquele pensamento nobre, daquela fé e irão em auxílio daquela pessoa para qual estamos em prece, esteja ela encarnada ou desencarnada Mesmo que o enfermo não tenha fé e não saiba que alguém esteja pedindo a Deus por ele, será amparado pela luz da oração sincera, e sentirá um conforto que ele próprio não saberá de onde veio. Isto é Deus operando com o Seu amor para ajudar aos Seus filhos em todas as dimensões da vida em que estagiam. Se estiver encarnado, a Espiritualidade vai sugerirpensamentos positivos,força, ânimo, coragem, fé para que ele possa superar as suas dificuldades. Da mesma forma aquele que está desencarnado, no plano espiritual, ele vai receber a ajuda, dentro das suas condições, da sua necessidade, do seu merecimento,mas em função daquele que ora e, principalmente,se tiver méritos para com a justiça divina, aquele ser mesmo não tendo méritos para com o Pai, a ajuda é concedida e realizada para aquele que sofre. Portanto, é sempre benéfico orarmos pelos outros. É um ato de caridade. Não orarmos apenas por nós mesmos, mas pelo nosso próximo, pela nossa família, pela nossa comunidade, pelo nosso país, pelos nossos entes queridos, amigos e inimigos, pelos doentes, pelos desabrigados, pelos descrentes, por aqueles que nos regem, que nos administram, que ocupam suas funções nas diversas esferas da sociedade, pelo planeta, etc. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. (Mateus 5:43-44) Orar pelos que sofrem é nosso dever. A luz da oração, chegando aos corações sofredores, pode fazer muito, podendo lembrar ao enfermo que ele deve acordar para as coisas espirituais. É certo que, depois de Deus, somente ele pode fazer alguma coisa por si mesmo; no entanto, uma ajudazinha todos podem dar. Quando alguém dorme, mesmo que seja um sono profundo, pode-se acordá-lo, chamando-o mas, a decisão de permanecer acordado é dele. Depois de Deus, pela força da caridade, somente nós mesmos poderemos nos salvar. As decisões se movem pelo livre arbítrio, para que a conquista seja de quem trabalhou para a sua própria paz. (Miramez)
  • 21. 21 Ex: Nosso Lar – A prece da mãe de André Luiz Entre a Terra e o Céu – A prece de Evelina, capítulo 1. 663 – As precesque fazemospor nós mesmos podem mudar a naturezade nossas provas e desviar-lhes o curso? Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação.A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem, e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te, e o Céute ajudará, sabes isso.Aliás,Deus não pode mudara ordem da Natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vossa vida efêmera,é, frequentemente,um grande bem na ordem geral do Universo. Depois, quantos males não há de que o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou.Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos,como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo,ele vos suscita o pensamento necessário para vos tirar da confusão. Comentários: Em muitas das nossas preces pedimos a Deus mudar o curso das nossas provas, ou nos excluir de passar por determinadas dificuldades. Mas se passamos pordeterminadas dificuldades é devido anecessidade,sempre háum motivo maior para tal situação, dada a importância do nosso aprendizado e do nosso crescimento espiritual. Ás vezes é um resgate, ou uma escolha realizada no plano espiritual antes de reencarnar. Deus nos ajuda de formas que muitas vezes desconhecemos e sequer percebemos, diante da naturalidade em que ocorre. Deus não nos deixa sem o seu amparo. Temos que saber pedir, saber orar. Não é pedir para que as nossas provas sejam alteradas, mas pedir força, fé, coragem para superar as dificuldades, para vencer os desafios. Esse tipo de pedido jamais deixa de ser atendido por Deus.
  • 22. 22 664 – É útil orar pelos mortos e pelos Espíritos sofredores e, nesse caso, como nossas preces podem proporcionar-lhes alívio e abreviar seus sofrimentos? Têm elas o poder de dobrar a justiça de Deus? A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma pela qual se ora experimentaalívio, porque é um testemunho de interesse que se lhe dá, e o infeliz é sempre aliviado quando encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por outro lado, pela prece, provoca-se o arrependimento e o desejo de fazer o que for preciso para ser feliz. É nesse sentido que se pode abreviar sua pena, se por seu turno ele ajuda com sua boa vontade. Esse desejo de melhorar-se, excitado pela prece, atrai, antes de Espíritos sofredores,Espíritos melhores que vêm esclarecê-lo,consolá-lo e dar- lhe a esperança. Jesus orou por todas as ovelhas desgarradas,mostrando-vos, com isso, que seríeis culpados não o fazendo por aqueles que mais necessitarem. (São Luís) Comentários: A prece é muito importante aos Espíritos sofredores, tanto encarnados quanto desencarnados. Quando fazemos uma prece em benefício de alguém estamos envolvendo aquele ser em vibrações de amor e de paz, onde quer que estejam,as energias são poderosas. Toda a vibração, todo o amor que emitimos em direção aquele ser chega até a pessoaa qual direcionamos através do fluido cósmico universal ao qual estamos todos imersos,além de atrair Espíritos superiores para levar o auxílio. Não é que eles deixem de passar por aquilo que precisam passar, mas é como se sentissem uma mão a estender fornecendo força, amparo, a se fortalecer nesses momentos de dificuldade e de dor. Reuniões mediúnicas – Vez ou outra recebemos depoimentos de gratidão pelas preces que lhe trouxeram discernimento, alívio. O Céu e o Inferno – 2ª parte do livro – depoimentos de vários Espíritos sofredores, demonstrando a importância da prece, trazendo alívio à dor e ao sofrimento que os acompanham. Não deixemos de orar e pedir por aqueles que amamos. Com certeza, perceberão os benefícios para eles direcionados. 665 – Que pensar da opinião que rejeita a prece pelos mortos em razão de não estar prescrita no Evangelho? O Cristo disse aos homens: “Amai-vos uns aos outros”. Essa recomendação encerra a de empregartodos os meios possíveisde seu testemunho de afeição,
  • 23. 23 sem entrar com isso em nenhum detalhe sobre a maneira de alcançar esse objetivo. Se é verdade que nada pode impediro Criador de aplicar a Justiça, da qual ele é o tipo, a todas as ações do Espírito, não é menos verdadeiro que a prece que lhe endereçais por aquele que vos inspira afeição é para ele um testemunho de lembrança, que não pode senão contribuir para aliviar seus sofrimentos e consolá-lo.Desdeque ele testemunhe o menor arrependimento,e então somente, socorrido. Mas isso não o deixa jamais ignorar que uma alma simpática ocupou-se dele, e lhe deixa o doce pensamento de que sua intercessão foi-lhe útil. Resulta, necessariamente, de sua parte, um sentimento de reconhecimento e de afeição por aquele que lhe deu essa prova de amizade ou de piedade. Por conseguinte, o amor que o Cristo recomendou aos homens não faz senão aproximá-los entre si. Portanto, os dois obedeceram àlei de amor e união de todos os seres, lei divina que deve conduzir à unidade, objetivo e finalidade do Espírito. (M. Monot) Comentários: Jesus nos deixou o mandamento maior: amai-vos uns aos outros. Nós devemos empregar todos os meios possíveis para demonstrar ao próximo a nossa afeição, o nosso amor. Embora Ele não tenha nos orientado em minúcias como atingir esse fim,não há sentido deixarmos de orarporaquele que já se encontra no plano espiritual. Isso é um ato de amor, um ato de caridade. Jesus, em nenhum momento disse que deveríamos aplicar a caridade somente para os encarnados,mas ele disse amai-vos uns aos outros.Podemosentender que seja toda a humanidade, como todos os Espíritos existentes no Universo, estejam eles momentaneamente na condição de encarnados ou de desencarnados. Portanto, orar por aquele que já se encontra na erraticidade é um ato de amor. Faz muito bem ao Espírito desencarnado receber as vibrações deamordaqueles que por ele lembram. Perceber que não foram esquecidos, que ainda são lembrados, mesmo não se encontrando na mesma esfera que nós. Deixemos o amor penetrar em nossa alma, em nossa vida, em nosso coração. O amor é universal, não é apenas material e terreno. 666 – Pode-se orar aos Espíritos? Pode-se orar aos bons Espíritos como sendo os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades, mas seu poder está em razão de sua superioridade e depende sempre do senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz. Por isso, as preces que se lhes endereçam não são eficazes, se não são agradáveis a Deus.
  • 24. 24 Comentários: Não há necessidade de orarmos apenas a Deus ou a Jesus. É válido orarmos aos Espíritos, pois são intermediários entre nós e Deus. Eles são mensageiros de Deus. Executores das suas vontades. Quanto mais evoluídos são esses Espíritos superiores, mais condições de nos ajudar eles têm por que em função da superioridade que eles possuem as suas limitações são maiores ou menores. Mesmo que peçamos algo que eles não têm autonomia para resolver ou para decidir,eles irão passaras nossas súplicas a Espíritos superiores aeles que irão analisar e, havendo a permissão de Deus, sendo bem aceitas as nossas preces por Deus, esses Espíritos terão permissão e autonomia para nos auxiliar, conforme a autorização do nosso Pai maior. Portanto, é sempre válido orar aos Espíritos superiores,aos Espíritos protetores, pois dentro da condição, autonomia e autorização eles irão nos ajudar. Devemos agradecer também os benefícios que recebemos deles. Evitemos orar pedindo ajuda aos entes amados que partiram antes de nós, pois não sabemos as condições em que se encontram. Devemos orar por eles, não para eles. - Caso Evelina, Entre a Terra e o Céu, capítulo 1.
  • 25. 25 2.5 – Politeísmo 667 – Por que o politeísmo é uma das crenças mais antigas e mais divulgadas, embora falsa? O pensamento de um Deus único não poderiaser,no homem,senão o resultado do desenvolvimento de suas ideias. Incapaz, em sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma determinada, agindo sobre a matéria, deu-lhe os atributos da natureza corporal,quer dizer, uma forma e uma aparência e, desde então, tudo que lhe parecia ultrapassar as proporções dainteligência vulgar era para ele uma divindade. Tudo o que não compreendia, devia ser obra de uma força sobrenatural, e daí a crença em tantas potências distintas, da qual via os efeitos, não havia senão um passo. Mas, em todos os tempos, houve homens esclarecidos que compreenderam a impossibilidade dessamultidão de poderes para governar o mundo sem uma direção superior,e se elevaram ao pensamento de um Deus único. Comentários: A ideia de um Deus único só poderia advir com o desenvolvimento da humanidade. O homem precisavaadquirir mais maturidade, maior entendimento e maior intelectualidade para compreender que tudo provém de um único Deus, de uma única inteligência superior. O homem primitivo, em épocas distantes, não tinha condições de aceitar a crença em um Deus único. Mas, Deus,sábio e soberano,deixouque os homens primitivos acreditassem na doutrina politeísta,para depois enviar uma sequência de revelações para incorporar os princípios da verdade,vindo a se revelar pelos Seus enviados, solidificando-se em um Deus único, por Moisés. Dessa forma, a ideia de um Deus único só veio se configurar na humanidade com Moisés. Até então as ideias politeístas eram muito arraigadas e fortes na humanidade. Por isso que os hebreus têm uma importância muito grande para o cristianismo ao expressar a ideia de um Deus único para toda a humanidade. Até nos dias de hoje podemosnotar que Deus permitiu que os homens preguem certas religiões com traços de primitividade, interpretando o Livro Sagrado literalmente. Por quê? Porque ainda existem Espíritos encarnados, e mesmo desencarnados, que somente aceitam assim, pela expressão da sua altura espiritual. Tudo é dado de acordo com a evolução das almas. Muitas religiões que têm suas raízes em um passado distante, se não mudaram pela força do progresso, deverão caducar e desaparecer. Para que haja equilíbrio na natureza é necessária a existência de uma direção superior, de uma inteligência superior LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração
  • 26. 26 668 – Os fenômenos espíritas, tendo se produzido em todos os tempos e sendo conhecidos desde as primeiras idades do mundo, não fizeram crer na pluralidade dos deuses? Sem dúvida, porque os homens chamando deus tudo o que era sobre-humano, os Espíritos eram deuses para eles e é por isso que, quando um homem se distinguia entre todos os outros por suas ações, seu gênio ou por um poder oculto, incompreendido pelo vulgo, faziam-no um deus e se lhe rendia um culto depois de sua morte (603). Allan Kardec: A palavra deus, entre os Antigos, tinha uma acepção muito extensa. Não era,como em nossosdias,uma personificaçãodo senhorda Natureza;era uma qualificaçãogenérica dadaa todo ser colocadofora das condiçõesde humanidade. Ora, as manifestações espíritas revelando-lhes a existência de seres incorpóreos agindo como potências da Natureza, eles os chamaram deuses, como nós os chamamos Espíritos. É uma simples questão de palavras,com a diferença de que na sua ignorância,mantida de propósito por aqueles que nisso tinham interesse, eles lhes elevaram templos e altares muito lucrativos, enquanto que, para nós, eles são simples criaturas,como nós,mais ou menos perfeitase despojadasdo seu envoltório terrestre. Se se estuda os diversos atributos das divindades pagãs, reconhecem-se, sem dificuldade, todos os atributos dos nossos Espíritos, em todos os graus da escala espírita, seu estado físico nos mundos superiores,todasas propriedades do perispírito e o papelqueeles desempenham nas coisas da Terra. O Cristianismo, vindo clarear o mundo com sua luz divina, não podia destruir uma coisa que está na Natureza, mas orientou a adoração para aquele a quem ela cabia. Quanto aos Espíritos, sua lembrança está perpetuada sob diversosnomes,segundoos povose suas manifestações, que não cessaram jamais, foram diversamente interpretadas e, frequentemente, exploradas sob o domínio do mistério. Enquanto que a religião aí viu fenômenos miraculosos, os incrédulos viram embustes. Hoje, graças a estudos mais sérios, feitos com mais luz, o Espiritismo, liberto de ideias supersticiosas que o obscureceram através dos séculos, nos revela um dos maiores e mais sublimes princípios da Natureza. Comentários: De uma certa formaos fenômenos que sempre existiram em todas as épocas da humanidade acabaram contribuindo para que a humanidade acreditasse na existência de vários deuses,pois à medidaque esses fenômenosaconteciam,a princípio,as pessoasidentificavam comoacimadacapacidade humana, fato que
  • 27. 27 acreditavam haver um ser superior organizando, sendo a causa daqueles fenômenos e a cada um desses efeitos eles davam o nome de deuses. Era uma qualificação genérica para identificar aquilo que era desconhecido do homem e como os fenômenos mediúnicos sempre existiram, aqueles médiuns (denominados assim atualmente) apresentando a capacidade de intermediar os Espíritos eram vistos como um ser superior, como um deus, dotado de poderes. Hoje denominamos de Espíritos, santos, etc. Quanto mais a criatura cresce em Espírito,mais vai sabendo de onde veio e para onde vai
  • 28. 28 2.6 – Sacrifícios 669 – O uso de sacrifícios humanos remonta à mais alta antiguidade.Como o homem pôde ser levado a crer que semelhantes coisas pudessem ser agradáveis a Deus? Primeiro,porque eles não compreendiam Deus comosendo afonte da bondade. Entre os povos primitivos, a matéria vence sobre o espírito;eles se abandonam aos instintos da brutalidade e é por isso que são, geralmente, cruéis, porque o senso moral não está ainda desenvolvido entre eles. Depois, os homens primitivos deviam crer naturalmente que uma criatura animada tinha muito mais valor aos olhos de Deus que um corpo material. Foi isso que os levou a imolar primeiro os animais, e mais tarde os homens, visto que, segundo suas crenças falsas, eles pensavam que o valor do sacrifício estava em relação com a importância da vítima. Na vida material, tal como a praticais geralmente, se ofereceis um presente a alguém, o escolheis sempre de um valor tanto maior quanto quereis testemunhar mais amizade e consideração à pessoa. Devia ocorrer o mesmo com os homens ignorantes, em relação a Deus. 669.a) Assim, os sacrifícios de animais precederam os sacrifícios humanos? Não há dúvida quanto a isso. 669.b)Segundoessa explicação,os sacrifícios humanos nãose originaram de um sentimento de crueldade? Não, mas de uma ideia falsa de ser agradável a Deus.Vede Abraão. Depois,os homens abusaram imolando seus inimigos, mesmo seus inimigos particulares. De resto, Deus não exigiu jamais sacrifícios, não mais de animais que de homens; ele não pode ser honrado pela destruição inútil de sua própria criatura. Comentários: Essas práticas não surgiram por atos de crueldade do homem, mas por uma maneira equivocada de tentarem agradar a Deus, acreditando que quanto maior a importância aquilo que era sacrificado ou a vítima, seria mais agradável a Deus. Essas práticas iniciaram com seres inertes (inanimados), depois com animais e depois com os próprios homens, com o objetivo de agradar a Deus. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo II: Lei de adoração
  • 29. 29 Mas no decorrer do tempo, os homens começaram a abusar dessa prática passando a fazer esse tipo de sacrifício com os seus inimigos transformando em um ato cruel. Essa prática surgiu por falta de compreensão que a humanidade, na qual o homem primitivo tinha da bondade divina, vendo com maldade, com crueldade, refletindo em Deus a sua imperfeição. Essaausência de compreensão acercade Deus fez com que eles acreditassem que esses sacrifícios eram agradáveis a Deus. Na vontade de agradar a Deus, utilizaram o sacrifício humano. Um sacrifício humano consiste no ato de sacrificar um ou mais seres humanos para algum fim, usualmente de cunho religioso. Tal prática remonta desde a Antiguidade, quando matavam-se pessoas ritualmente de forma que agradasse algum deus ou força espiritual. Apesar das tentativas de se eliminar tais práticas, ainda há alguns grupos ou culturas que praticam sacrifícios humanos nos dias atuais. A maioria das religiões condena a prática, e as leis seculares modernas tratam-na como um assassinato. Em uma sociedade que condena o sacrifício humano, o termo assassinato ritual/morte em ritual é usado. Ocasiões em que se sacrificavam homens:  Para a criação de um novo templo ou ponte;  Quando da morte de um rei ou membro do alto clero, para que o sacrificado servisse ao morto na próxima vida;  Em tempos de desastres naturais. Secas, terremotos, erupções vulcânicas, maremotos etc. seriam sinais de fúria dos deuses - sacrifícios eram a forma de acalmá-los. Algumas civilizações da atual América Central praticavam o sacrifício humano. Os Astecas eram um caso especial pois praticavam tal sacrifício em grande escala; um sacrifício humano seria feito todos os dias para ajudar o Sol a nascer, em homenagem ao grande templo de Tenochtitlán, entre outros. Na antiga religião da Escandinávia também se praticavam sacrifícios humanos. O cristianismo e o judaísmo messiânico acreditam que a morte de Jesus (Yeshua) foi o perfeito sacrifício que pode purificar o ser humano de seus pecados. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacrif%C3%ADcio_humano Sacrifícios Inicialmente, deve-se esclarecer que o sacrifício ritual de animais não é uma prática exclusiva das religiões brasileiras de matriz africana, prática essa adotada por, por exemplo, parte dos muçulmanos quando termina o período chamado de Ramadã, em que um cordeiro é degolado, e na religião judaica existe o abate kosher, um ritual de abate para a preparação de alimentos. Encontram-se ainda noticias de sacrifício de animais por toda a Bíblia, embora os cristãos não se utilizem mais dessa prática, depois da morte de Jesus Cristo (ROBERT, p. 02). Os incas e os astecas, em honra ao Deus sol, sacrificavam humanos no topo de pirâmides, como forma de oferendas, pois pensavam que, assim, aplacariam sua ira e evitariam calamidades. Atualmente, encontra-se o sacrifício de animais no Hinduísmo, no Islamismo, como já dito, e nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé, Xangô, Batuque e Umbanda, que interessam a este estudo (ISILIANE, p. 06-07). A prática de sacrifícios tem fundamentos milenares e mágicos, representando, para estas religiões, um dogma e são realizados em diferentes situações. Nas religiões afro-brasileiras, o sacrifício de animal é entendido como uma troca de energias entre o fiel e o animal imolado, quando este tem a finalidade de tirar as energias negativas do adepto (chamado descarrego). Existe outro tipo de sacrifício, em que o animal é sacrificado para o Orixá (divindade), como uma oferenda. Cada Orixá tem um animal específico de sua preferência, e é este que lhe é ofertado. Esta oferenda, em geral, é realizada uma vez por ano na festa do Orixá, que costuma receber também outros tipos de oferenda, composta por flores e frutos, assim como existem outros meios de descarregar uma pessoa. Dessa forma, o sacrifício pode ser substituído por uma outra prática, se não for confortável ao fiel, mas
  • 30. 30 existem situações em que o sacrifício se faz necessário e insubstituível, caso em que cabe ao fiel, se entender preciso, recusar-se, aceitando que não obterá os favores do orixá (ROBERT, p. 02). https://jus.com.br/artigos/31559/sacrificios-rituais-em-religioes-afro-brasileiras/4 Leia mais em: https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/ https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/103095-9-culturas-que-praticavam-sacrificios- humanos.htm https://www.indexlaw.org/index.php/revistarbda/article/download/1377/pdf Legalidade constitucional: É um tema bastante controverso, que divide opiniões, já que as liberdades de crença e de culto são asseguradas no inciso VI do art. 5º da Constituição da República. No entanto, a mesma Constituição, em seu art. 225, § 1º, VI, assim determina: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; (...) Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 670 – Os sacrifícios humanos feitos com uma intenção piedosa foram, alguma vez, agradáveis a Deus? Não, jamais; mas Deus julga a intenção. Os homens, sendo ignorantes, poderiam crer que faziam um ato louvável imolando um de seus semelhantes. Nesse caso, a Deus não interessava senão o pensamento, e não o fato. Melhorando-se, os homens deviam reconhecer seus erros e reprovar esses sacrifíciosque não deviam mais entrar na ideiade espíritos esclarecidos;eudigo esclarecidos porque os Espíritos estavam então envolvidos por um véu material. Mas pelo livre-arbítrio eles poderiam ter uma percepção de sua origem e de seu fim, e muitos compreendiam já, por intuição, o mal que faziam, embora só o praticassem para satisfazer suas paixões. Comentários:
  • 31. 31 Os sacrifícios humanos em momento algum são agradáveis a Deus, mesmo naquelas situações em que as criaturas faziam com boas intensões,acreditando estarem agradando a Deus. A intenção é fundamental para a responsabilidade de cada um de nós. Os nossos erros no início da nossa trajetória no reino hominal eram bem maiores, mas ponderados pelo nosso Pai maior. Quanto mais conhecimento possuímos,maiorresponsabilidadeperante a justiça divina. 671 – Que devemospensar das guerras santas? O sentimento que leva os povos fanáticosa exterminarem,o mais possível,para serem agradáveisa Deus, aqueles que não compartilham de suas crenças, pareceria ter a mesma origem que aquele que os excitava outrora ao sacrifício dos seus semelhantes? Eles estão possuídospelos maus Espíritos,e guerreando comseus semelhantes vão contra a vontade de Deus que disse que se deve amar seu irmão como a si mesmos.Todas as religiões,ouantes todos os povos,adoram um mesmo Deus, tenha ele um nome ou tenha outro; como provocar uma guerra de extermínio porque a religião de um é diferente ounão alcançou ainda o progresso dospovos esclarecidos? Os povos são escusáveis de não crerem na palavra daquele que estava animado pelo Espírito de Deus e enviado por Ele, sobretudo quando não viram e não testemunharam seus atos; como quereis que eles creiam nessa palavra de paz quando ides dá-la de espada em punho? Eles devem se esclarecere devemos procurarfazer-lhes conhecersua doutrina pela persuasão e pela doçura, e não pela força e pelo sangue. Na maioria das vezes, não acreditais nas comunicações que temos com certos mortais; por que quereríeis que estranhos cressem em vossa palavra quando vossos atos desmentem a doutrina que pregais? Comentários: As pessoas que exterminam os seus semelhantes em função das chamadas guerras santas com o objetivo de agradar a Deus, na verdade estão agindo com a desconformidade da vontade de Deus. Se Deus é um só, embora cada religião utilize uma nomenclatura diferente, ele não ficaria feliz em ver seus filhos se matando, se prejudicando. Nessas situações esses Espíritos encarnados estão sendo influenciados negativamente por Espíritos desencarnados que acabam incitando os seus semelhantes ao mal.
  • 32. 32 Com o decorrerdo progresso e do entendimento essas ações vão diminuindo e um dia as guerras desaparecerão da face da Terra. Elas ainda existem porque representam o nosso orgulho, o nosso egoísmo, a nossa imperfeição, a nossa vaidade, a busca pelo poder. E assim essas guerras santas, movidas pela religião, de forma deturpada irão acabar. Devemos todos os dias estimular à união, a paz e a harmonia e não às guerras sejam elas quais forem. As únicas guerras agradáveis a Deus são aquelas que travamos com nós mesmos no sentido de vencermos as nossas imperfeições e deixarmos aflorar a luz e a centelha divina do amor que habita em nós. 672 – A oferenda que se faz a Deus,de frutos da terra,tem mais mérito aos seus olhos que o sacrifício de animais? Eu já vos respondidizendo que Deus julgava a intenção e que o fato tinha pouca importância para Ele. Seria, evidentemente,mais agradável a Deus ver oferecer os frutos da terra que o sangue das vítimas. Como já vo-lo dissemos, e o repetimos sempre,aprece dita do fundo do coração é cem vezes mais agradável a Deus que todas as oferendas que poderíeisfazer-lhe. Repito que a intenção é tudo e o fato nada. Comentários: A Espiritualidade nos diz que Deus não quer fenômenos exteriores, demonstrações exteriores, atos exteriores de adoração. Deus quer a nossa intenção, o nosso sentimento, o nosso coração. Diante de atos exteriores,Deus prefere aqueles que não agridem os seus filhos, as suas obras, a sua criação. Diante da oferenda de frutos em relação ao sangue de animais e também o sangue humano. É preferível a oferenda dos frutos da terra ao sacrifício dos animais ou dos homens. Mas o que realmente importa é sempre a nossa intenção, o nosso coração. 673 – Não seria um meio de tornar essas oferendas maisagradáveis a Deus consagrando-asao alívio daqueles a quem falta o necessário e,nessecaso, o sacrifício dos animais feito com um fim útil, não seria meritório,embora tivesse sido abusivo quando não servia para nada, ou não aproveitava senão às pessoas que de nada precisavam? Não teria alguma coisa de
  • 33. 33 verdadeiramentepiedosaconsagrar-seaos pobres as premissasdos bens que Deus nos concedeu sobre a Terra? Deus abençoa sempre aqueles que fazem o bem; aliviar os pobres e aflitos é o melhor meio de honrá-lo. Não digo com isso que Deus desaprovaas cerimônias que fazeis para pedir-lhe, mas há muito dinheiro que poderia ser empregado mais utilmente e não o é. Deus amaa simplicidade em todas as coisas.O homem que se liga às coisas exteriores e não ao coração, é um espírito de vistas estreitas; julgai se Deus deve interessar mais pela forma que pelo fundo. Comentários: É melhor utilizar os recursos destinados às oferendas para atender aqueles que estão necessitando. Mas se vamos realizar algum ato exterior que seja diretamente destinado ao necessitado, ao sofredor, para aqueles que precisam de amparo, para aqueles que passam fome. Dessa forma nossa atitude exterior agradará a Deus, pois estará refletindo um coração amoroso, um coração caridoso. Deus auxilia o homem através do próprio homem. Podemos orar a Deus por essas pessoas sem realizar oferendas. Mais uma vez deixemos muito claro que Deus valorizaa intenção, a simplicidade, o sentimento, o amor e não a exteriorização de atos.
  • 34. 34 PARA REFLETIR: O deverprimordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. (ESE – Cap. XXVII, item 22) A prece é uma ferramenta indispensável. Ter compromisso com ela é ter compromisso com a nossa evolução, é cooperar com nossos irmãos. Que possamos utilizar desse instrumento todos os dias, com qualidade. A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos,que são meros adornos de lentejoulas. Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente sob essa condição pode a prece alcançar o seu objetivo; de outro modo,não passa de ruído. (ESE – Cap. XXVIII, item 1) De todas as preces, a oração do Pai-Nosso “é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade. Com efeito, sob a mais singela forma, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo.Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade.” (ESE – Cap. XXVIII, item 2) Quem ora com o coração,vive em comunhão com Deus, assim como Jesus vivia e continua vivendo. Passa a ter sensibilidade,discernimento,leveza na alma, o coração voltado para Deus, demonstrando que está sempre pronto a modificar seus pensamentos e suas ações. Todaa bagunça em nossa vida é exatamente pela falta de oração, pela falta dessa conexão íntima com Deus. A prece,em qualquer ocasião, melhora, corrige, eleva e santifica. Mas somente quando estabelece modificação de roteiro é que paira, acima das circunstâncias comuns. (Obreiros da Vida Eterna – Cap. 17). Não há prece sem resposta.E a oração, filha do amor, não é apenas súplica. É comunhão entre o Criador e a criatura, constituindo, assim, o mais poderoso influxo magnético que conhecemos. (Os mensageiros – Cap. 25). Deus não deixa de atender as suas criaturas, do átomo ao arcanjo todos são assistidos. “Pedi,e dar-se-vos-á;buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á”. (Lc 11:9) Transformar o ódio em amor, a vingança em perdão, ser humilde para também ser perdoado. Reconciliar-se com Deus, consigo mesmo, com os familiares, com os outros, com os que já partiram, com a natureza...
  • 35. 35 ORAÇÃO FINAL: Vamos elevar nossos pensamentos a Deus, a fim de agradecermos por esta tarde de reflexões. Senhor, te pedimos que nos ampare e auxilie, pois somosaindamuito pequenos, muito frágeis e necessitados davossa proteção. Dá-nos coragem e ânimo para enfrentar as nossas provas, vencendo principalmente a nós mesmos,os nossos medos, as nossas incapacidades, os nossos orgulhos, as barreiras e adversidades que surgem em nosso caminho. Nos dê paciência suficiente para vencera ansiedade e nunca perdera esperança.Dá-nos serenidade paraaceitar o que não podemos mudar, coragem para mudarmos as coisas que podemose sabedoria para sabermos escolher sempre o melhor, conforme a Tua vontade. Aumenta a nossa fé e renova a cada dia a nossa confiança em ti. Gratidão, Senhor, por tudo o que temos e por tudo o que somos. Que assim seja!
  • 36. 36 REFERÊNCIAS: KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC,Allan. O Livro dos Espíritos.Tradução de SalvadorGentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC,Allan. O Céu e o Inferno.Tradução de Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC,Allan. Obras Póstumas.Tradução de Guillon Ribeiro. 19ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983. MLODINOW,Leonard. De primatas a astronautas: A jornada do homem em busca do conhecimento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. SILVEIRA, Adelino. Chico, de Francisco. São Paulo: Cultura Espírita União, 1987. XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo Espírito Emmanuel. XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Os Mensageiros. 47ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER,Chico. Missionários da Luz.45ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2021.Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER,Chico. Entre a Terrae o Céu.27ª ed.Brasília:FEB,2018.PeloEspírito André Luiz. XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz.
  • 37. 37 XAVIER,Chico. Ação e Reação.30ª ed.Brasília:FEB,2017.Pelo Espírito André Luiz. XAVIER,Chico & VIEIRA,Waldo. Evolução em dois Mundos.27ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. 28ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER,Chico & VIEIRA,Waldo. Sexo e Destino.34ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. E a vida continua.... 35ª ed. Esp. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. https://www.bibliaonline.com.br/ http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-do-livro-dos-espiritos/ https://www.youtube.com/user/livrodosespiritos/videos https://www.youtube.com/watch?v=4xRhAKctMo8&list=PLI- OgasY7T5tz8FFyT2yr5aKTPbavF7by&index=111 https://www.youtube.com/playlist?list=PLlRlJDlCghdwROpe8PBZF5_wFxlJqqU nZ https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/ https://pt.slideshare.net/espirinauta/reinos-da-natureza https://slideplayer.com.br/slide/14346629/ http://www.caminhosluz.com.br A Lei de Ação e Reação é a mesma coisa que a Lei de Causa e Efeito? https://editoradionisi.com.br/folhaespiritacairbarschutel/2020/05/31/a-lei-de- acao-e-reacao-e-a-mesma-coisa-que-a-lei-de-causa-e-efeito/