Este documento descreve uma pesquisa inicial sobre as concepções de estudantes e diretores escolares sobre aulas de música na escola. A pesquisa é realizada por estudantes de música em Montenegro, RS, como parte de um programa de bolsas de iniciação à docência. O objetivo é investigar as concepções dos estudantes do ensino fundamental sobre aulas de música e como seus saberes e cultura são considerados na elaboração de propostas musicais. A pesquisa usa entrevistas qualitativas com estudantes para coletar dados.
Investigação com os egressos da licenciatura em música da uergs
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
1. 1º ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID-UERGS/2º ENCONTRO INSTITUCIONAL DO PIBID-
UERGS/2º SEMINÁRIO ARTE E EDUCAÇÃO NA UERGS
6, 7 e 8 de dezembro de 2012 – MONTENEGRO/RS
CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES SOBRE AULAS DE MÚSICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Diego da Rosa Salvador (PIBID/CAPES/UERGS/UERGS)
Dr ª Cristina Rolim Wolffenbüttel (PIBID/CAPES/UERGS/UERGS)
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa, em fase inicial, investiga as concepções dos estudantes e
direção escolar sobre aulas de música na escola. É desenvolvida na cidade de
Montenegro/RS, por estudantes do curso de Graduação em Música:
Licenciatura, participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência – PIBID/CAPES, também participando do grupo de pesquisa
“Educação Musical: diferentes tempos e espaços”, da Universidade Estadual
do Rio Grande do Sul. Estudos sobre a música no ensino escolar têm
identificado diversos espaços ocupados pela área, além das mudanças
ocorridas neste âmbito. Apresentam-se, assim, problemáticas da
contemporaneidade, salientando-se questões sociais, artísticas e educacionais,
dentre outras. Abordagens educacionais procuram entender o cotidiano escolar
de uma forma mais ampla, considerando diversidade, cultura experiencial,
pesquisa e trabalho escolar como um cruzamento das culturas.
OBJETIVOS
A necessidade da interlocução entre a equipe diretiva, professores, estudantes
e comunidade escolar são fundamentais para o desenvolvimento de processos
educativos, enquanto implantação da Lei nº 11.769/08, que torna obrigatório a
música no currículo escolar. Corrobora a relevância da escuta de diversas
“vozes” nestes contextos, originando propostas em parceria, nas quais as
pluralidades da sociedade contemporânea são representadas e têm voz.
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Pensa-se, portanto, na possibilidade de a educação musical ser a “abertura de
uma janela” para o mundo da educação em geral. Partindo destes
pressupostos, algumas questões de pesquisa surgiram no processo, quais
sejam: Quais são as concepções dos estudantes do Ensino Fundamental sobre
aulas de música na escola? Em que medida os saberes e a cultura experiencial
dos estudantes são considerados na elaboração de propostas de ensino de
música nas escolas? Qual o grau de participação dos estudantes do Ensino
Fundamental na elaboração de propostas de ensino de música nas escolas?
Desse modo, a presente investigação objetiva investigar concepções de
estudantes do Ensino Fundamental sobre aulas de música na escola.
METODOLOGIA
Para alcançar este objetivo, pesquisa encontra-se estruturada na abordagem
qualitativa, sendo o método o estudo com entrevistas qualitativas, e a técnica
para a coleta dos dados a entrevista semiestruturada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da investigação poderão servir de base para a construção de
propostas em educação musical na escola, considerando o diálogo entre os
atores envolvidos no processo. Acredita-se que esta investigação possa
contribuir para a construção de propostas pedagógicas, em tempos de
implantação da Lei nº 11.769/08 sobre a obrigatoriedade do ensino de música,
considerando-se também a importância de contemplar a multiplicidade cultural
existente na sala de aula, bem como a diversidade de saberes dos estudantes.
Oportunizará a escuta de diversas vozes, muitas vezes silenciadas no contexto
educacional. Entende-se a relevância da inclusão da multiplicidade cultural
existente na sala de aula, oportunizando a escuta das vozes dos estudantes,
muitas vezes silenciadas no contexto educacional.
REFERÊNCIAS
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