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1
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
Gislaine Maria Barbosa Antunes
Universidade Federal de Ouro Preto- MG
(gislainedelrio@yahoo.com.br)
Juliana Alves Moreira- Brasil
Universidade Federal de Ouro Preto- MG
(Juliana_alves01@yahoo.com.br)
Maycon Juliano de Jesus Rosa- Brasil
Universidade Federal de Ouro Preto- MG
(mayconflautista@hotmail.com)
Co-autores:
Cássia Maria Gonçalves- Brasil
Universidade Federal de Ouro Preto- MG
(cassiayuriyara@hotmail.com)
Paloma Roberta Euzébio Rodrigues
Universidade Federal de Ouro Preto- MG
(palomarodrigues1991@yahoo.com.br)
Coordenação:
Profa. Mestre Nair Pires- Brasil
Doutoranda em Educação - FAE
Universidade Federal de Ouro Preto- MG
(nair.pires@yahoo.com.br)
Resumo: O presente artigo tem por finalidade expor as experiências musicais
vivenciadas em um contexto escolar pelos alunos do curso de Música – Licenciatura da
Universidade Federal de Ouro Preto que, dentro do Projeto de Estímulo à Docência
(PED), atuam em escolas de Educação Básica com subprojetos na área de Música. Para
tanto, apresenta duas concepções para a inserção da música no processo de ensino-
aprendizagem, destacando o trabalho de criação de um grupo de percussão na escola,
que necessitava de um trabalho musical capaz de dar credibilidade à construção do
saber por meio da atuação conjunta de todas as áreas do conhecimento. Apresenta
também alguns resultados alcançados ao longo do processo de inserção da música no
espaço escolar.
Palavras chave: Ensino – música – escola – concepções - percussão.
2
Introdução
Atualmente, a procura incansável pelo conhecimento deixou de ser apenas um
diferencial na formação dos sujeitos para se tornar um requisito básico na vida de
qualquer indivíduo que deseja manter um nível alto de intelectualidade no meio social, já
que o mercado de trabalho exige um grau de atualização a todo momento. Nesse
contexto, a escola surge com a importante função de contribuir com essa evolução,
preparando a pessoa não apenas para a vida, mas, sobretudo, oferecendo oportunidades
para o exercício da cidadania. É importante destacar que a comunidade escolar só
alcança ações efetivas se atua de forma coletiva, juntamente com a sociedade. Atuar de
forma isolada, oferecendo um ensino fragmentado e dissociado da realidade, é
permanecer no passado.
De acordo com SILVA (2002), encontra-se nos discursos presentes na mídia e
nas políticas governamentais um apelo forte à escolarização como forma de saída para
os inúmeros obstáculos enfrentados pelo país. A verdade é que a escolarização não irá
solucionar todos os pontos negativos, mas há de ser concordar que o papel representado
por ela vai muito além da simples instrução das novas gerações.
A escola é caracterizada por um contexto educacional marcado por relações
interpessoais, ou seja, um contexto de troca de saberes. Dentro da sociedade, ela atua
como mediadora do conhecimento, exercendo a importante tarefa de preparar cidadãos
críticos que sejam capazes de tomar decisões próprias e assumam uma identidade
coerente com sua formação.
A música é algo presente em toda a vida do sujeito, e em grande parte como
prática de lazer e diversão, envolvendo sentimentos e transformando a realidade por
meio de pensamentos e ações.
Segundo FARIA (2011), a música tem assumido cada vez mais um papel
significativo na família e na educação, desenvolvendo aspectos de inteligência e
criatividade. Pode-se afirmar que a linguagem musical trabalhada no ambiente escolar
contribui enormemente para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, oferecendo-lhe
mais sensibilidade ao lidar com as diversas situações escolares e também no contexto
social. A linguagem musical no processo pedagógico tem como foco desenvolver no
sujeito habilidades capazes de influenciar positivamente o seu desenvolvimento social.
Em conformidade com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (1997), os
blocos relativos ao ensino-aprendizagem de música são divididos em: Comunicação e
expressão em música: interpretação, improvisação e composição; Apreciação
significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical; e A
música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo. Em cada bloco de
3
conteúdo estão especificadas as potencialidades que serão desenvolvidas. Porém, é
preciso alertar para uma questão muito importante: o desafio de atuar em conformidade
com todos esses aspectos teóricos no contexto concreto da sala de aula.
A fim de se refletir sobre as diversas concepções e crenças a respeito do fazer
musical no espaço escolar, o presente trabalho aponta para as experiências musicais
vivenciadas pelos alunos do curso de Música – Licenciatura da Universidade Federal de
Ouro Preto que, dentro do Projeto de Estímulo à Docência (PED), atuam em escolas de
Educação Básica com subprojetos na área de Música.
O PED Música tem como objetivo geral desenvolver propostas didáticas de
ensino de música voltadas para os contextos de quatro escolas estaduais de educação
básica das cidades de Ouro Preto e Mariana – MG. Vale destacar que a Música ainda
não consta nos currículos escolares como disciplina obrigatória e as inúmeras práticas
musicais aparecem de forma isolada nessas instituições. Diante dessas situações, o PED
Música configura-se em determinadas ações, entre elas conhecer as características da
escola, destacando demandas e possibilidades de ações e, posteriormente, baseando-se
em concepções teóricas de currículo e ensino de música, finalidades de ensino, aula e
conteúdo musical, trabalhar em torno de projetos musicais.
Refletindo sobre a música no ambiente escolar específico da Escola Estadual
Dom Silvério, em Mariana/MG, o instrumento diagnóstico – instrumento de coleta de
dados - realizado em tal espaço aponta, de um lado, para a ideia da música como um
simples suporte, um apoio às demais disciplinas e, de outro, para a referência da escola
no contexto musical, com alunos que já tocam algum instrumento, dançam ou
interpretam, dispondo de uma significativa e latente musicalidade.
Para compreender melhor as implicações dessas concepções no processo da
prática pedagógica escolar e no processo formativo dos licenciandos em música, segue o
relato das experiências vivenciadas na Escola Dom Silvério, com destaque para o
trabalho de percussão desenvolvido com os alunos, que contribuirá na aproximação do
tema aqui exposto, com o objetivo de gerar novas opiniões e discussões a respeito do
assunto.
4
Diferentes concepções para o ensino de música na escola
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a área curricular de Arte
apresenta uma função tão importante no processo de ensino e aprendizagem quanto a
das demais áreas de conhecimento. Compreende-se ainda que:
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento
artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo
próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno
desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao
realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer
as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas
diferentes culturas. Esta área também favorece ao aluno
relacionar-se criadoramente com as outras disciplinas do
currículo. (PCN Arte, 1997, p. 19).
A música, enquanto área integrante do ensino de arte, envolve concepções
diferentes com relação ao processo de ensino-aprendizagem escolar. A fim de
compreender as implicações dessas concepções, seguem-se alguns argumentos que
permeiam tal temática.
De acordo com Dourado, Oliveira e Santos (2007), é importante a composição
de um cenário capaz de promover a análise das dimensões intra e extraescolares. Em
um momento inicial, as dimensões extraescolares devem ser levadas em conta com
relação a dois aspectos: espaço social e obrigações do Estado. O espaço social diz
respeito à dimensão socioeconômica e cultural dos sujeitos envolvidos, com destaque
para a influência do acúmulo de capital financeiro, social e cultural das famílias e
estudantes dentro do processo de ensino-aprendizagem; a elaboração de propostas
dentro das políticas públicas e projetos escolares que visem combater obstáculos como
violência, fome, drogas, promovendo o acesso à cultura, entre outras medidas;
construção de uma gestão compromissada com a organização adequada da escola,
capaz de lidar com a diversidade sociocultural dos estudantes; concretização de
programas que valorizem a dimensão econômica e cultural e, sobretudo, a busca de
ações e metas que favoreçam a permanência dos estudantes no espaço escolar. Já as
obrigações do estado implicam em “(...) ampliar a obrigatoriedade da educação básica;
definir e garantir padrões de qualidade, incluindo a igualdade de condições para o acesso
e permanência na escola (...).” Dourado, Oliveira e Santos (2007).
Posteriormente, os autores apresentam as dimensões intraescolares em quatro
planos: plano do sistema – condições de oferta do ensino; plano de escola – gestão e
organização do trabalho escolar; plano do professor – formação, profissionalização e
ação pedagógica; e plano do aluno – acesso, permanência e desempenho escolar.
5
Ao voltar o olhar para o contexto musical da Escola Estadual Dom Silvério, é
possível perceber que o fazer musical naquele espaço é cercado pelas múltiplas visões
dos sujeitos que ali se encontram.
Em um primeiro contato com a escola, constatou-se uma visão de que a música
deve ser aplicada como suporte, como um simples apoio às demais áreas do
conhecimento, sendo assim caracterizada como uma atividade complementar. A atuação
da área de Artes Cênicas, no mesmo projeto, demonstrou uma necessidade de ação
conjunta com a Música, no entanto, não para o desenvolvimento de um trabalho
interdisciplinar que colaborasse com a construção do conhecimento; para muitos, a
música atuaria apenas na construção de cenas, formando trilhas e executando
sonoplastia.
Diante desse contexto, observou-se, dentro do espaço escolar, a concepção da
música como uma atividade complementar, a música utilizada como apoio às demais
disciplinas. Em certas situações, sua função é limitada à formação de adereços para
apresentações relacionadas ao calendário escolar.
A fim de buscar transformações para as concepções apresentadas
anteriormente, com relação ao ensino de música, o Projeto de Estímulo à Docência
elaborou um projeto musical para ser desenvolvido na Escola Dom Silvério. Trata-se da
criação de um grupo de percussão que, partindo das observações realizadas no espaço
escolar, notou a necessidade de um trabalho musical que fosse significativo, capaz
também de alcançar as vivências musicais dos sujeitos que se inserem em tal espaço.
6
A vivência musical nas dimensões extraescolares
Ainda que alguns alunos vejam a música apenas como diversão, realizando
determinada proposta de atividade apenas quando ela é feita de forma lúdica, constatou-
se a existência de outra concepção, que leva em conta certos fatores.
Cada aluno tem por objetivo demonstrar, através de seu estilo musical, a
representação de sua identidade musical. As inúmeras experiências vivenciadas no
cotidiano escolar determinam o valor incondicional da cultura, representada por meio de
ações que estão devidamente atribuídas ao gênero de vida. Nesse contexto, observou-se
que a influência de determinados estilos de música como hip-hop, rap, samba e sertanejo
universitário se dá através de propagandas feitas pela mídia, com o objetivo de alcançar
um maior número de tribos, facilmente identificáveis no ambiente escolar. Tais tribos
possuem fala, estilo de roupa e comportamento parecidos. Para alguns, a música é a
extensão de seu estilo, ou seja, o aluno se identifica e gosta do que houve; a letra se
torna referência e é acompanhada de momentos marcantes de sua vida. Para outros, o
status e a popularidade é que importam, visto que querem ser iguais aos seus ídolos.
Como dito anteriormente, a escola Dom Silvério tornou-se um referencial no
contexto musical por contar com inúmeros alunos que tocam algum instrumento, vêm de
famílias de músicos, possuem grupos instrumentais, bandas que se apresentam
freqüentemente e também alunos que dançam, interpretam e exercem grande influência
no contexto artístico.
Muitas vezes falta à escola o desenvolvimento de propostas que envolvam essa
musicalidade dos alunos com a dimensão intraescolar. Propostas essas que podem e
devem se apropriar do contexto em que a escola está inserida e, o mais importante, do
contexto social em que o aluno vive, para que estas propostas sejam realmente
satisfatórias tanto do ponto de vista de quem as aplica quanto do ponto de vista do aluno,
que é o foco de tal feito. Quando se procura conhecer a comunidade e sua experiência
sociocultural é possível dar voz aos alunos, que utilizam a música, a dança e o teatro
para expressar aquilo que têm de melhor, bem como sua cultura e sua identidade.
7
Trabalho de percussão desenvolvido na escola
Diante do diagnóstico de coleta de dados feito na Escola Dom Silvério,
percebeu-se uma enorme experiência no contexto musical por parte dos alunos. Em uma
escola onde tantos alunos dedicam suas habilidades em corporações musicais, bandas
com diferentes estilos e ritmos, coros, orquestras de cordas, conservatórios de música,
grupos de percussão e, ainda em suas comunidades, compartilham atividades culturais
que envolvem a música e a dança, uma proposta didática com percussão torna-se
fundamental.
Assim, partiu-se do pressuposto de que essa riqueza musical deveria ser
apresentada, aproveitada e bem articulada no contexto escolar. Logo, foi oferecida aos
alunos a oficina de percussão, com temas variados que envolviam não só a percussão
convencional, mas também a corporal, a de beat box (sons na boca) e a percussão
alternativa, deixando disponível dentro do contexto escolar um lugar de criação onde a
troca de conhecimento partia das experiências adquiridas ao longo das atividades,
obtendo um sentido maior que consistia na construção de um novo saber. Com a
consciência de que essa oficina seria parte de um processo, adotaram-se alguns critérios
ao longo da abordagem, pois, para fazer a mediação do conhecimento, é necessário
compreender o processo de ensino-aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu
caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto
social de vida. Nesse contexto, era necessário inserir um importante fundamento
metodológico que tivesse clareza na sua intencionalidade musical, para que a partir
dessa atividade os licenciandos fossem capazes de intervir de forma transversal no
processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos articulados dentro da
oficina de percussão, intuitivamente ou não, na realização do trabalho final, fossem
compreendidos de forma agradável, sistematizados, internacionalizados e formalizados
pelo aluno.
Outro aspecto importante na realização do projeto é o de propiciar o
estabelecimento de relações interpessoais diante dos temas e parâmetros abordados. A
introdução das atividades rítmicas para que cada um, na sua habilidade individual,
pudesse criar outras relações que correspondessem a valores e crenças do seu próprio
contexto, pressupôs a compreensão dos aspectos sociais e das dimensões
extraescolares por parte dos alunos do curso de licenciatura.
Nesse sentido, as atividades basearam-se em educadores da área musical como
Orff e Dalcroze e outros autores que fundamentam seus discursos na educação como
Paulo Freire, C. Coll, M. Miras e A. Zabala. A percussão atuou como um meio de inclusão
e socialização cultural, aumentando a sensibilidade e as possibilidades do fazer musical.
8
Os trabalhos desenvolvidos contaram com uma grande participação dos alunos. Outro
fato motivador foi a interação dos alunos dos turnos manhã, tarde e noite, possibilitando
conversas entre os sujeitos e maior intercâmbio em direção à construção do saber.
Resultados alcançados
O trabalho de percussão desenvolvido com os alunos ofereceu propostas
didáticas com o corpo e instrumentos musicais visando o despertar da habilidade de
combinar e organizar os diferentes sons e ruídos presentes no contexto sócio-cultural.
Assim, pretendeu-se desenvolver o ritmo natural, propiciando a descoberta do corpo e de
suas possibilidades de movimento. As mudanças puderam ser percebidas no tocante à
criatividade e ao conhecimento do estilo pessoal. Os alunos despertaram um senso maior
de comunicação, cooperação e entrosamento a partir dos trabalhos coletivos.
Um resultado bastante positivo, dentro deste processo de inserção da música no
cotidiano escolar, diz respeito ao PED INFEST, uma celebração idealizada e articulada
pela equipe da Música e realizada com a participação das demais equipes que compõem
o projeto institucional, também desenvolvendo ações na escola por meio de subprojetos.
Este evento teve como foco a interdisciplinaridade entre as diversas áreas de
conhecimento, bem como a valorização e mostra dos trabalhos artísticos (música, teatro,
dança e artes visuais), científicos e esportivos dos alunos pertencentes à escola,
juntamente com seus grupos (muitos deles extraescolares) e também com a participação
da comunidade.
O fechamento do evento contou com uma apresentação musical dos alunos
licenciandos, com destaque para a enorme interação e participação do público formado
por alunos, professores, comunidade e demais integrantes do projeto. A partir deste
momento a comunidade escolar e principalmente o corpo docente da escola reconheceu
o trabalho do grupo e sua importância dentro daquele cenário, o que acabou implicando
em uma maior disponibilidade de horários para ações conjuntas dentro da sala de aula,
oferta de locais para a execução de oficinas e um diálogo mais aberto e participativo do
professorado com a equipe. Essa aproximação culminou, inclusive, em um convite
inesperado por parte da diretoria, que solicitou a presença do grupo na festa de fim de
ano dos professores e funcionários da escola, ilustrando a conquista de um espaço muito
importante.
Por parte do alunado, o fazer musical protagonizado pela equipe foi encarado
também de forma positiva; os acontecimentos motivaram a percepção de uma
9
identificação, levando-os a despertar a vontade de agregar conhecimento musical junto
às oficinas ministradas na escola.
Assim, percebeu-se então uma demanda maior, interativa e participativa no que
diz respeito aos horários das aulas dos professores de música, à formação por eles
ministrada e à aproximação espontânea dos anseios da vida estudantil e da prática
musical e também das atividades sócio-culturais presentes na comunidade.
Considerações finais
Acredita-se que a melhor maneira de se conseguir um espaço/lugar na
construção do conhecimento, inserindo a música no contexto escolar, é partir do
pressuposto de que é melhor aprender, construir ou adquirir novos conhecimentos
através do prazer, do estímulo e da vivência de cada aluno. O profissional que ignora
esses aspectos dificilmente alcançará bons resultados, pois ser professor de música
requer habilidades que, quando bem articuladas, contemplam o bom entendimento,
aumentam a satisfação do aluno em aprender música, melhoram a percepção e a
sensibilidade, mudam o modo de ver e entender a dimensão de ensino. Ensino que não
se deve focar em formar músicos, mas sim em colaborar, junto às demais áreas, na
construção do conhecimento.
É nesse sentido que ensinar não é apenas transmitir conhecimento e conteúdo,
é preciso ir além sempre, buscar novos métodos de aprendizagem e formar novos
caminhos para que se obtenha uma educação de qualidade.
Referências
BRASIL (Ministério da Educação). Parâmetros curriculares nacionais – Arte. Brasília: ME,
1997.
DOURADO, L.F.; OLIVEIRA, J.F.; SANTOS, C.A. A qualidade da educação: conceitos e
definições. Série Documental: Textos para Discussão, Brasília, DF, v. 24, n. 22, p. 5-34,
2007.
DOURADO, L.F.; OLIVEIRA, J.F.; SANTOS, C.A. Políticas e gestão da educação básica
no Brasil: limites e perspectivas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 921-
946, 2007.
FARIA, J. de O. A Música no Desenvolvimento Humano: Um Caminho Possível na
Educação. São Paulo, Centro Universitário Salesiano de São Paulo, 2001.
SILVA, Moacyr da. A formação do professor centrada na escola: uma introdução.
São Paulo: edUc, 2002.

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Diferenças na concepção da música na escola

  • 1. 1 A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES Gislaine Maria Barbosa Antunes Universidade Federal de Ouro Preto- MG (gislainedelrio@yahoo.com.br) Juliana Alves Moreira- Brasil Universidade Federal de Ouro Preto- MG (Juliana_alves01@yahoo.com.br) Maycon Juliano de Jesus Rosa- Brasil Universidade Federal de Ouro Preto- MG (mayconflautista@hotmail.com) Co-autores: Cássia Maria Gonçalves- Brasil Universidade Federal de Ouro Preto- MG (cassiayuriyara@hotmail.com) Paloma Roberta Euzébio Rodrigues Universidade Federal de Ouro Preto- MG (palomarodrigues1991@yahoo.com.br) Coordenação: Profa. Mestre Nair Pires- Brasil Doutoranda em Educação - FAE Universidade Federal de Ouro Preto- MG (nair.pires@yahoo.com.br) Resumo: O presente artigo tem por finalidade expor as experiências musicais vivenciadas em um contexto escolar pelos alunos do curso de Música – Licenciatura da Universidade Federal de Ouro Preto que, dentro do Projeto de Estímulo à Docência (PED), atuam em escolas de Educação Básica com subprojetos na área de Música. Para tanto, apresenta duas concepções para a inserção da música no processo de ensino- aprendizagem, destacando o trabalho de criação de um grupo de percussão na escola, que necessitava de um trabalho musical capaz de dar credibilidade à construção do saber por meio da atuação conjunta de todas as áreas do conhecimento. Apresenta também alguns resultados alcançados ao longo do processo de inserção da música no espaço escolar. Palavras chave: Ensino – música – escola – concepções - percussão.
  • 2. 2 Introdução Atualmente, a procura incansável pelo conhecimento deixou de ser apenas um diferencial na formação dos sujeitos para se tornar um requisito básico na vida de qualquer indivíduo que deseja manter um nível alto de intelectualidade no meio social, já que o mercado de trabalho exige um grau de atualização a todo momento. Nesse contexto, a escola surge com a importante função de contribuir com essa evolução, preparando a pessoa não apenas para a vida, mas, sobretudo, oferecendo oportunidades para o exercício da cidadania. É importante destacar que a comunidade escolar só alcança ações efetivas se atua de forma coletiva, juntamente com a sociedade. Atuar de forma isolada, oferecendo um ensino fragmentado e dissociado da realidade, é permanecer no passado. De acordo com SILVA (2002), encontra-se nos discursos presentes na mídia e nas políticas governamentais um apelo forte à escolarização como forma de saída para os inúmeros obstáculos enfrentados pelo país. A verdade é que a escolarização não irá solucionar todos os pontos negativos, mas há de ser concordar que o papel representado por ela vai muito além da simples instrução das novas gerações. A escola é caracterizada por um contexto educacional marcado por relações interpessoais, ou seja, um contexto de troca de saberes. Dentro da sociedade, ela atua como mediadora do conhecimento, exercendo a importante tarefa de preparar cidadãos críticos que sejam capazes de tomar decisões próprias e assumam uma identidade coerente com sua formação. A música é algo presente em toda a vida do sujeito, e em grande parte como prática de lazer e diversão, envolvendo sentimentos e transformando a realidade por meio de pensamentos e ações. Segundo FARIA (2011), a música tem assumido cada vez mais um papel significativo na família e na educação, desenvolvendo aspectos de inteligência e criatividade. Pode-se afirmar que a linguagem musical trabalhada no ambiente escolar contribui enormemente para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, oferecendo-lhe mais sensibilidade ao lidar com as diversas situações escolares e também no contexto social. A linguagem musical no processo pedagógico tem como foco desenvolver no sujeito habilidades capazes de influenciar positivamente o seu desenvolvimento social. Em conformidade com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (1997), os blocos relativos ao ensino-aprendizagem de música são divididos em: Comunicação e expressão em música: interpretação, improvisação e composição; Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical; e A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo. Em cada bloco de
  • 3. 3 conteúdo estão especificadas as potencialidades que serão desenvolvidas. Porém, é preciso alertar para uma questão muito importante: o desafio de atuar em conformidade com todos esses aspectos teóricos no contexto concreto da sala de aula. A fim de se refletir sobre as diversas concepções e crenças a respeito do fazer musical no espaço escolar, o presente trabalho aponta para as experiências musicais vivenciadas pelos alunos do curso de Música – Licenciatura da Universidade Federal de Ouro Preto que, dentro do Projeto de Estímulo à Docência (PED), atuam em escolas de Educação Básica com subprojetos na área de Música. O PED Música tem como objetivo geral desenvolver propostas didáticas de ensino de música voltadas para os contextos de quatro escolas estaduais de educação básica das cidades de Ouro Preto e Mariana – MG. Vale destacar que a Música ainda não consta nos currículos escolares como disciplina obrigatória e as inúmeras práticas musicais aparecem de forma isolada nessas instituições. Diante dessas situações, o PED Música configura-se em determinadas ações, entre elas conhecer as características da escola, destacando demandas e possibilidades de ações e, posteriormente, baseando-se em concepções teóricas de currículo e ensino de música, finalidades de ensino, aula e conteúdo musical, trabalhar em torno de projetos musicais. Refletindo sobre a música no ambiente escolar específico da Escola Estadual Dom Silvério, em Mariana/MG, o instrumento diagnóstico – instrumento de coleta de dados - realizado em tal espaço aponta, de um lado, para a ideia da música como um simples suporte, um apoio às demais disciplinas e, de outro, para a referência da escola no contexto musical, com alunos que já tocam algum instrumento, dançam ou interpretam, dispondo de uma significativa e latente musicalidade. Para compreender melhor as implicações dessas concepções no processo da prática pedagógica escolar e no processo formativo dos licenciandos em música, segue o relato das experiências vivenciadas na Escola Dom Silvério, com destaque para o trabalho de percussão desenvolvido com os alunos, que contribuirá na aproximação do tema aqui exposto, com o objetivo de gerar novas opiniões e discussões a respeito do assunto.
  • 4. 4 Diferentes concepções para o ensino de música na escola Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a área curricular de Arte apresenta uma função tão importante no processo de ensino e aprendizagem quanto a das demais áreas de conhecimento. Compreende-se ainda que: A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Esta área também favorece ao aluno relacionar-se criadoramente com as outras disciplinas do currículo. (PCN Arte, 1997, p. 19). A música, enquanto área integrante do ensino de arte, envolve concepções diferentes com relação ao processo de ensino-aprendizagem escolar. A fim de compreender as implicações dessas concepções, seguem-se alguns argumentos que permeiam tal temática. De acordo com Dourado, Oliveira e Santos (2007), é importante a composição de um cenário capaz de promover a análise das dimensões intra e extraescolares. Em um momento inicial, as dimensões extraescolares devem ser levadas em conta com relação a dois aspectos: espaço social e obrigações do Estado. O espaço social diz respeito à dimensão socioeconômica e cultural dos sujeitos envolvidos, com destaque para a influência do acúmulo de capital financeiro, social e cultural das famílias e estudantes dentro do processo de ensino-aprendizagem; a elaboração de propostas dentro das políticas públicas e projetos escolares que visem combater obstáculos como violência, fome, drogas, promovendo o acesso à cultura, entre outras medidas; construção de uma gestão compromissada com a organização adequada da escola, capaz de lidar com a diversidade sociocultural dos estudantes; concretização de programas que valorizem a dimensão econômica e cultural e, sobretudo, a busca de ações e metas que favoreçam a permanência dos estudantes no espaço escolar. Já as obrigações do estado implicam em “(...) ampliar a obrigatoriedade da educação básica; definir e garantir padrões de qualidade, incluindo a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (...).” Dourado, Oliveira e Santos (2007). Posteriormente, os autores apresentam as dimensões intraescolares em quatro planos: plano do sistema – condições de oferta do ensino; plano de escola – gestão e organização do trabalho escolar; plano do professor – formação, profissionalização e ação pedagógica; e plano do aluno – acesso, permanência e desempenho escolar.
  • 5. 5 Ao voltar o olhar para o contexto musical da Escola Estadual Dom Silvério, é possível perceber que o fazer musical naquele espaço é cercado pelas múltiplas visões dos sujeitos que ali se encontram. Em um primeiro contato com a escola, constatou-se uma visão de que a música deve ser aplicada como suporte, como um simples apoio às demais áreas do conhecimento, sendo assim caracterizada como uma atividade complementar. A atuação da área de Artes Cênicas, no mesmo projeto, demonstrou uma necessidade de ação conjunta com a Música, no entanto, não para o desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar que colaborasse com a construção do conhecimento; para muitos, a música atuaria apenas na construção de cenas, formando trilhas e executando sonoplastia. Diante desse contexto, observou-se, dentro do espaço escolar, a concepção da música como uma atividade complementar, a música utilizada como apoio às demais disciplinas. Em certas situações, sua função é limitada à formação de adereços para apresentações relacionadas ao calendário escolar. A fim de buscar transformações para as concepções apresentadas anteriormente, com relação ao ensino de música, o Projeto de Estímulo à Docência elaborou um projeto musical para ser desenvolvido na Escola Dom Silvério. Trata-se da criação de um grupo de percussão que, partindo das observações realizadas no espaço escolar, notou a necessidade de um trabalho musical que fosse significativo, capaz também de alcançar as vivências musicais dos sujeitos que se inserem em tal espaço.
  • 6. 6 A vivência musical nas dimensões extraescolares Ainda que alguns alunos vejam a música apenas como diversão, realizando determinada proposta de atividade apenas quando ela é feita de forma lúdica, constatou- se a existência de outra concepção, que leva em conta certos fatores. Cada aluno tem por objetivo demonstrar, através de seu estilo musical, a representação de sua identidade musical. As inúmeras experiências vivenciadas no cotidiano escolar determinam o valor incondicional da cultura, representada por meio de ações que estão devidamente atribuídas ao gênero de vida. Nesse contexto, observou-se que a influência de determinados estilos de música como hip-hop, rap, samba e sertanejo universitário se dá através de propagandas feitas pela mídia, com o objetivo de alcançar um maior número de tribos, facilmente identificáveis no ambiente escolar. Tais tribos possuem fala, estilo de roupa e comportamento parecidos. Para alguns, a música é a extensão de seu estilo, ou seja, o aluno se identifica e gosta do que houve; a letra se torna referência e é acompanhada de momentos marcantes de sua vida. Para outros, o status e a popularidade é que importam, visto que querem ser iguais aos seus ídolos. Como dito anteriormente, a escola Dom Silvério tornou-se um referencial no contexto musical por contar com inúmeros alunos que tocam algum instrumento, vêm de famílias de músicos, possuem grupos instrumentais, bandas que se apresentam freqüentemente e também alunos que dançam, interpretam e exercem grande influência no contexto artístico. Muitas vezes falta à escola o desenvolvimento de propostas que envolvam essa musicalidade dos alunos com a dimensão intraescolar. Propostas essas que podem e devem se apropriar do contexto em que a escola está inserida e, o mais importante, do contexto social em que o aluno vive, para que estas propostas sejam realmente satisfatórias tanto do ponto de vista de quem as aplica quanto do ponto de vista do aluno, que é o foco de tal feito. Quando se procura conhecer a comunidade e sua experiência sociocultural é possível dar voz aos alunos, que utilizam a música, a dança e o teatro para expressar aquilo que têm de melhor, bem como sua cultura e sua identidade.
  • 7. 7 Trabalho de percussão desenvolvido na escola Diante do diagnóstico de coleta de dados feito na Escola Dom Silvério, percebeu-se uma enorme experiência no contexto musical por parte dos alunos. Em uma escola onde tantos alunos dedicam suas habilidades em corporações musicais, bandas com diferentes estilos e ritmos, coros, orquestras de cordas, conservatórios de música, grupos de percussão e, ainda em suas comunidades, compartilham atividades culturais que envolvem a música e a dança, uma proposta didática com percussão torna-se fundamental. Assim, partiu-se do pressuposto de que essa riqueza musical deveria ser apresentada, aproveitada e bem articulada no contexto escolar. Logo, foi oferecida aos alunos a oficina de percussão, com temas variados que envolviam não só a percussão convencional, mas também a corporal, a de beat box (sons na boca) e a percussão alternativa, deixando disponível dentro do contexto escolar um lugar de criação onde a troca de conhecimento partia das experiências adquiridas ao longo das atividades, obtendo um sentido maior que consistia na construção de um novo saber. Com a consciência de que essa oficina seria parte de um processo, adotaram-se alguns critérios ao longo da abordagem, pois, para fazer a mediação do conhecimento, é necessário compreender o processo de ensino-aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto social de vida. Nesse contexto, era necessário inserir um importante fundamento metodológico que tivesse clareza na sua intencionalidade musical, para que a partir dessa atividade os licenciandos fossem capazes de intervir de forma transversal no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos articulados dentro da oficina de percussão, intuitivamente ou não, na realização do trabalho final, fossem compreendidos de forma agradável, sistematizados, internacionalizados e formalizados pelo aluno. Outro aspecto importante na realização do projeto é o de propiciar o estabelecimento de relações interpessoais diante dos temas e parâmetros abordados. A introdução das atividades rítmicas para que cada um, na sua habilidade individual, pudesse criar outras relações que correspondessem a valores e crenças do seu próprio contexto, pressupôs a compreensão dos aspectos sociais e das dimensões extraescolares por parte dos alunos do curso de licenciatura. Nesse sentido, as atividades basearam-se em educadores da área musical como Orff e Dalcroze e outros autores que fundamentam seus discursos na educação como Paulo Freire, C. Coll, M. Miras e A. Zabala. A percussão atuou como um meio de inclusão e socialização cultural, aumentando a sensibilidade e as possibilidades do fazer musical.
  • 8. 8 Os trabalhos desenvolvidos contaram com uma grande participação dos alunos. Outro fato motivador foi a interação dos alunos dos turnos manhã, tarde e noite, possibilitando conversas entre os sujeitos e maior intercâmbio em direção à construção do saber. Resultados alcançados O trabalho de percussão desenvolvido com os alunos ofereceu propostas didáticas com o corpo e instrumentos musicais visando o despertar da habilidade de combinar e organizar os diferentes sons e ruídos presentes no contexto sócio-cultural. Assim, pretendeu-se desenvolver o ritmo natural, propiciando a descoberta do corpo e de suas possibilidades de movimento. As mudanças puderam ser percebidas no tocante à criatividade e ao conhecimento do estilo pessoal. Os alunos despertaram um senso maior de comunicação, cooperação e entrosamento a partir dos trabalhos coletivos. Um resultado bastante positivo, dentro deste processo de inserção da música no cotidiano escolar, diz respeito ao PED INFEST, uma celebração idealizada e articulada pela equipe da Música e realizada com a participação das demais equipes que compõem o projeto institucional, também desenvolvendo ações na escola por meio de subprojetos. Este evento teve como foco a interdisciplinaridade entre as diversas áreas de conhecimento, bem como a valorização e mostra dos trabalhos artísticos (música, teatro, dança e artes visuais), científicos e esportivos dos alunos pertencentes à escola, juntamente com seus grupos (muitos deles extraescolares) e também com a participação da comunidade. O fechamento do evento contou com uma apresentação musical dos alunos licenciandos, com destaque para a enorme interação e participação do público formado por alunos, professores, comunidade e demais integrantes do projeto. A partir deste momento a comunidade escolar e principalmente o corpo docente da escola reconheceu o trabalho do grupo e sua importância dentro daquele cenário, o que acabou implicando em uma maior disponibilidade de horários para ações conjuntas dentro da sala de aula, oferta de locais para a execução de oficinas e um diálogo mais aberto e participativo do professorado com a equipe. Essa aproximação culminou, inclusive, em um convite inesperado por parte da diretoria, que solicitou a presença do grupo na festa de fim de ano dos professores e funcionários da escola, ilustrando a conquista de um espaço muito importante. Por parte do alunado, o fazer musical protagonizado pela equipe foi encarado também de forma positiva; os acontecimentos motivaram a percepção de uma
  • 9. 9 identificação, levando-os a despertar a vontade de agregar conhecimento musical junto às oficinas ministradas na escola. Assim, percebeu-se então uma demanda maior, interativa e participativa no que diz respeito aos horários das aulas dos professores de música, à formação por eles ministrada e à aproximação espontânea dos anseios da vida estudantil e da prática musical e também das atividades sócio-culturais presentes na comunidade. Considerações finais Acredita-se que a melhor maneira de se conseguir um espaço/lugar na construção do conhecimento, inserindo a música no contexto escolar, é partir do pressuposto de que é melhor aprender, construir ou adquirir novos conhecimentos através do prazer, do estímulo e da vivência de cada aluno. O profissional que ignora esses aspectos dificilmente alcançará bons resultados, pois ser professor de música requer habilidades que, quando bem articuladas, contemplam o bom entendimento, aumentam a satisfação do aluno em aprender música, melhoram a percepção e a sensibilidade, mudam o modo de ver e entender a dimensão de ensino. Ensino que não se deve focar em formar músicos, mas sim em colaborar, junto às demais áreas, na construção do conhecimento. É nesse sentido que ensinar não é apenas transmitir conhecimento e conteúdo, é preciso ir além sempre, buscar novos métodos de aprendizagem e formar novos caminhos para que se obtenha uma educação de qualidade. Referências BRASIL (Ministério da Educação). Parâmetros curriculares nacionais – Arte. Brasília: ME, 1997. DOURADO, L.F.; OLIVEIRA, J.F.; SANTOS, C.A. A qualidade da educação: conceitos e definições. Série Documental: Textos para Discussão, Brasília, DF, v. 24, n. 22, p. 5-34, 2007. DOURADO, L.F.; OLIVEIRA, J.F.; SANTOS, C.A. Políticas e gestão da educação básica no Brasil: limites e perspectivas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 921- 946, 2007. FARIA, J. de O. A Música no Desenvolvimento Humano: Um Caminho Possível na Educação. São Paulo, Centro Universitário Salesiano de São Paulo, 2001. SILVA, Moacyr da. A formação do professor centrada na escola: uma introdução. São Paulo: edUc, 2002.