1. A intervenção psicológica
pela Ginástica Laboral
MARCELO DA ROCHA CARVALHO
PROFESSOR E SUPERVISOR DO CURSO DE MEDICINA
COMPORTAMENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO
MARCELODAROCHA@GLOBO.COM
2. A Psicologia no ambiente de Trabalho
Embora atualmente a Psicologia desfrute de uma
reputação de efetividade, ainda gasta-se muitos
recursos no tratamento de transtornos psicológicos e
poucos em prevenção.
Não há formas de prevenção em operação na
sociedade atual, no que se refere a serviços
psicológicos.
3.
4. Recursos Humanos
Para Chiavenato (1996), as empresas são
fundamentalmente constituídas de inteligência, algo que
apenas as pessoas possuem, e o capital somente será bem
aplicado quando for inteligentemente investido e
administrado. Para tanto, a administração de recursos
humanos torna-se prioritária em relação à administração
do capital ou a qualquer outro recurso empresarial, como
máquinas, equipamentos, instalações, clientes, etc. As
empresas bem-sucedidas se deram conta disso e voltaramse para seus funcionários como os elementos alavancadores
de resultados dentro da organização, descobrindo que todo
investimento em pessoas, quando bem feito, provoca
retornos garantidos à empresa. Chiavenato lembra que o
investimento gradativo no aperfeiçoamento e treinamento
de pessoal é o principal desafio de Recursos Humanos
(RH).
5. Psicopatologia
A maioria das classificações atuais de distúrbios
segue o modelo tradicional, em medicina, que
separa as doenças em unidades delimitadas, ou
seja, categorias distintas(abordagem categorial).
O outro modelo(dimensional), procedente
sobretudo da psicologia e usando metodologia
estatística, concebe os distúrbios de
personalidade como variantes extremas de
traços que existem normalmente na população e
que se distribuem de maneira contínua.
6. Os DSM’s
O perigo de se diagnosticar
demais.
O poder dos rótulos de
diagnóstico.
A confusão entre
transtornos mentais graves
com problemas normais.
A ilusão da objetividade.
7. Exemplifiando
Fazendo analogia com a classificação das cores, a
abordagem categorial as classifica como:
vermelha, verde, amarela, azul e assim por diante.
Já o modelo dimensional as divide de acordo com
o comprimento e intensidade da onda de luz.
8. Treino de Controle do Stress
“A psicoterapia do stress proposta por Lipp(1984) e Lipp
e Malagris (1995), conhecida como “Treino de Controle
do Stress”(TCS) difere da psicoterapia usual,
independentemente da abordagem, em especial porque
ela focaliza métodos de manejo das tensões e de suas
causas. Não pretende deter-se em outros aspectos
disfuncionais presentes, para cuja a resolução a
psicoterapia usual é recomendada. Trata-se, na essência,
de um método com forte base educacional em que
mudanças de hábitos de vida potencialmente facilitadores
do desenvolvimento do stress, são privilegiadas. O TCS é
breve e seus efeitos são comprovadamente mantidos por
meio de uma prevenção a recaída.”(Lipp e Malagris, In.:
Rangé, 2001)
9. Componentes do Treino de Controle do Stress
1.
2.
3.
Avaliação do nível e da sintomatologia do stress.
Avaliação de estressores externos e autoproduzidos.
Treino comportamental-cognitivo inclui:
•
Mudança do estilo cognitivo;
•
Redução da excitabilidade emocional;
•
Redução da excitabilidade física;
•
Treino de assertividade e afetividade;
•
Treino em resolução de problemas;
•
Autocontrole da ansiedade;
•
Manejo da hostilidade e irritabilidade;
•
Administração do tempo.
•
Redução do Padrão Tipo A do comportamento.
10. Componentes do Treino de Controle do Stress
Mudança de estilo de vida com relação a:
4.
•
•
•
4.
5.
Atividade física;
Nutrição;
Relaxamento.
Plano de prevenção a recaída.
Seguimento para incentivar a adesão ao
tratamento.
(Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)
11. Correlação com a TCC
Lipp e Malagris(1995) descrevem
detalhadamente o TCS de Lipp(1984) e enfatizam
que o TCS, baseado em princípios cognitivoscomportamentais, tem como objetivo gerar
alterações no estilo de vida a fim de que o
indivíduo possa obter sucesso nas diversas áreas
de atuação. (Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)
O TCS foi elaborado com base no treino de
inoculação stress, de Meichenbaum(1985) e
Terapia Racional-Emotiva Comportamental de
Ellis(1973) e pesquisas nacionais. (Lipp e
Malagris, In.: Rangé, 2001)
12. Correlação com a Técnica de Resolução de Problemas
Seus objetivos são, segundo Hawton e col.(1997):
1)
Ajudar pacientes a identificar os problemas como causas
da disforia;
2) Ajudá-lo a reconhecer os recursos que possuem para
abordar suas dificuldades;
3) Ensinar-lhes um método sistemático de superar
problemas atuais;
4) Incrementar seu senso de controle sobre os
problemas;
5) Oferecer-lhes um método para lidar com
problemas futuros.
13. Codo, 2004
A busca de fatores de risco caracteriza uma
abordagem epidemiológica, segundo a
OMS(Kalino, 1987), um fator de risco é “toda
característica determinável de uma pessoa ou
grupo de pessoas que se sabe estar associado a um
risco anormal de aparecimento ou evolução de um
processo patológico”. (Rouquayrol, 1988)
14. A dúvida real...
Em síntese: qual a probabilidade de que este
trabalho, ou desta característica do trabalho, tem
de instalar esta ou aquela psicopatologia? (Codo,
2004)
15. Quais são os fatores de risco?
Todos aqueles que são importantes para
construção da personalidade e da identidade, ou
ainda a interação entre elas. (Codo, 2004)
17. Perdendo um foco importante
Uma decorrência dessa mudança é que as doenças
relacionados ao trabalho, a partir deste momento,
passam a ser consideradas como doenças do
trabalho e não mais como doenças do trabalhador.
18. Aspectos gerais
“O presenteísmo é primo(de primeiro grau) do
absenteísmo” – Health Promotion Practitioner.
Segundo George Pfeiffer: “Com o presenteísmo, as
pessoas estão fisicamente presentes, mas devido
aos conflitos do trabalho e/ou da vida, ou mesmo
por problemas de saúde, não estão completamente
engajados em seus trabalhos”.
Ou seja, estar de corpo presente, mas não de corpo
e alma.
19. Stress e o presenteísmo
“Vamos dizer que uma pessoa está passando por
uma difícil separação com seu cônjuge. Estas pessoas
não estarão aptas em separar o stress emocional e
mental para trás quando vão ao trabalho, e sua
distração compete com sua habilidade de se
concentrar em suas atividades.” Pfeiffer, George.
20. 6 formas de combater o PRESENTEÍSMO
1.
2.
3.
Encorajar os empregados para o autogerenciamento: aumentado informações sobre
qualidade de vida e controle do stress.
Treinar os empregados em técnicas de resolução
criativa dos problemas, aliados aos esforços de
auto-gerenciamento.
Criar um grupo de capital humano.
21. 6 formas de combater o PRESENTEÍSMO
4.
5.
6.
Identificar os custos à organização com a saúde
precária e baixa produtividade do empregado.
Avaliar o que o empregado está fazendo agora
para promover saúde e decisões assertivas no
trabalho.(promover treinamentos, fornecer
recursos)
Modificar um ambiente tóxico de trabalho.
22. Alienação: uma conseqüência
Essa mudança implica, de um lado,
positivamente, assumindo a relação existente
entre condições de trabalho e adoecimento.
Permite a concretização de toda um série de
pesquisas e ações, principalmente no que se
refere às normas de segurança e higiene do
trabalho, favorecendo a prevenção e o controle
de alguns destes problemas. Por outro lado, ao
colocar o problema no trabalho, afasta o sujeito
da ação, ou seja, retira o indivíduo do foco. O
problema passa a ser tratado coletivamente,
alienando o sujeito do processo de adoecimento.
23. Prevenção
A prevenção passa a ser trabalhada não mais pela
ótica da preservação da saúde, mas da evitação do
acidente do trabalho, do infortúnio.
24. O Ginástica Laboral e a saúde do trabalho
O treinamento tem a capacidade de “empoderar” o
indivíduo para sua vida, sua saúde e sua
competências para viver.
Inverte os aspectos alienantes da noção saúdetrabalho, posicionando ativamente o indivíduo.
26. Promoção da saúde e QVT
A idéia de QVT baseia-se numa visão integral de
pessoas, que é chamado enfoque biopsicossocial.
Este enfoque origina-se das idéias lançadas pela
medicina psicossomática, que propõe a visão
integrada, holística(ou sistêmica), do ser humano.
27. Complicadores apontados pela Psicologia a Saúde
Mental do Trabalhador
Estresse emocional
Perfeccionismo
Procrastinação
Comportamentos inassertivos
Falta de habilidades sociais
Presenteísmo
Absenteísmo
Burn out
Indivíduos “workaholics”
Indivíduos Tipo A de personalidade
Sedentarismo
Outros
31. Porque entender o Stress?
Se o Stress for bem compreendido e
controlado, pode, até certo ponto, ser
favorável, pois prepara o organismo para
lidar com situações difíceis da vida. Do
contrário propicia o adoecimento. A pessoa
com níveis altos de estresse não raciocina
com clareza, é irritada e com pouca
paciência, prejudicando sua tomada de
decisões e com baixa resolução de
problemas.
(Marilda Novaes Lipp)
32. Stress e sua breve história
1926 - Selye nota a "síndrome de simplesmente
estar doente"
1936 - Selye conduz experimentos com ratos e
descobre que a reação de alarme leva a:
O córtex das suprarenais sofre aumento de tamanho e
fica hiperativo.
O timo, nódulos linfáticos, baço diminuem em
tamanho.
Úlceras aparecem nas paredes do estômago e intestinos.
33. O Stress e sua história
1936 - Selye publica na Revista Nature o primeiro artigo
sobre a síndrome do stress e chamou de "alarme” a
primeira fase do stress.
1952 - Selye descobriu que o organismo não ficava para
sempre em estado de alarme, ou ele morria ou se
adaptava. Ele chamou este estagio de "resistência”.
Descobriu também que após um período prolongado em
resistência, o organismo não mais consegue resistir. A
resistência se quebra e ele cai em exaustão.
34. Com definir o Stress excessivo?
O stress passa a ser excessivo quando a pessoa não
possui, no momento, ou por déficit no repertório
ou por exaustão, recursos psicológicos de
enfrentamento adequados.
35. Conseqüências do Stress
Devido à ação perfeitamente integrada do stress
sobre todo o organismo humano, seus sintomas
podem ter uma caracterização somática ou
psicológica.
36. O Stress pode gerar complicações...
Gastrointestinais,
Cardiovasculares,
Respiratórias,
Músculo-esqueléticas,
Psiquiátricas,
Dermatológicas e
IImunológicas.
37.
38.
39.
40. Hormônios e o Stress
A produção e ação dos hormônios corticóides é
necessária para que o organismo lide com
situações de perigo buscando o reequilíbrio, no
entanto, se o stress é muito intenso e/ou
prolongado, há excesso de produção destes
hormônios, o que pode levar a importantes
prejuízos para o organismo como um todo.
41. Porque adoecemos com o Stress?
O cortisol regula o metabolismo e a imunidade. Ao
longo do tempo ele pode ter ação tóxica.
42. Stress e os Transtornos Mentais
O excesso de adrenalina e glicocorticóides pode
comprometer o delicado equilíbrio dos
neurotransmissores e provocar transtornos
psicológicos/psiquiátricos.
43. Nível sintomatológico
Para tornar claro o processo de desenvolvimento do
stress é necessário considerar que o quadro
sintomatológico do stress varia dependendo da fase
em que se encontre.
46. Fase de Alerta
Na fase do alerta considerada a fase positiva do
stress, o ser humano se beneficia e ganha energia
através da produção da adrenalina, a sobrevivência é
preservada e uma sensação de plenitude é
freqüentemente alcançada.
47. Fase de Alerta: conseqüências
SONO: dificuldade em dormir muito acentuada
devido à adrenalina
SEXO: libido alta , muita energia. O sexo ajuda a
relaxar.
TRABALHO: grande produtividade e criatividade,
pode varar a noite sem dificuldade.
48. Fase de Alerta: conseqüências
CORPO: tenso, músculos retesados, no início
aparece a taquicardia, sudorese, diminuição fome e
do sono, mandíbula tensa, respiração mais ofegante
do que o normal. No todo, o organismo reage em
uma perfeita união entre mente e corpo. A tensão do
corpo encontra correspondência na mente.
HUMOR: eufórico. Pode ter grande irritabilidade
devido à tensão física e mental experimentada.
49. Fase de Resistência
Na segunda fase a da resistência a pessoa
automaticamente tenta lidar com os seus estressores
de modo a manter sua homeostase interna.
50. Fase de Resistência: conseqüências
SONO: normalizado.
SEXO: libido começa a baixar, pouca energia. O
sexo não apresenta interesse.
TRABALHO: a produtividade e criatividade
voltam ao usual, mas as vezes não consegue ter
novas idéias.
51. Fase de Resistência: conseqüências
CORPO: cansado, mesmo tendo dormido bem. O
esforço de resistir ao stress se manifesta em uma
certa sensação de cansaço. A memória começa a
falhar. Mesmo não estando com alguma doença
ainda o organismo se sente "doente".
HUMOR: cansado, só se preocupa com a fonte de
seu stress. Repete o mesmo assunto, se torna
tedioso.
52. Fase de Quase-Exaustão
Se os fatores estressantes persistirem em freqüência
ou intensidade, há uma quebra na resistência da
pessoa e ela passa a fase de quase-exaustão .
53. Fase de Quase-Exaustão : conseqüências
CORPO: cansado e uma sensação de desgaste
aparece. A memória é muito afetada e a pessoa
esquece fatos corriqueiros. Doenças começam a
surgir. As mulheres apresentam dificuldades na área
ginecológica. Todo o organismo se sente mal .
Ansiedade passa a ser sentida quase que todo dia.
HUMOR: a vida começa a perder o brilho, não acha
graça nas coisas, não quer socializar, não sente
vontade de aceitar convites ou fazê-los. Considera
tudo muito sem graça e as pessoas tediosas.
54. Fase de Quase-Exaustão : conseqüências
SONO: insônia, acorda muito cedo e não
consegue voltar a dormir.
SEXO: libido quase desaparece, a energia para
sexo está sendo usada na luta contra o stress e
a pessoa perde o interesse.
TRABALHO: a produtividade e criatividade
caem dramaticamente,consegue somente dar
conta da rotina, mas não cria nem tem idéias
originais.
55. Fase de Exaustão
Nesta fase o processo do adoecimento se inicia e
os órgãos que possuírem uma maior
vulnerabilidade genética ou adquirida passam a
mostrar sinais de deterioração.
56. Fase de Exaustão: conseqüências
SONO: dorme pouco, acorda muito cedo, não se
sente revigorado pelo sono.
SEXO: libido desaparece quase que
completamente.
TRABALHO: não consegue mais trabalhar como
normalmente, não produz, não consegue
concentrar nem decidir. O trabalho perde o
interesse.
57. Fase de Exaustão: conseqüências
CORPO: desgastado e cansado. Doenças graves
podem ocorrer como depressão, úlceras, pressão
alta, diabetes, enfarte, psoríase, etc. Não há mais
como resistir ao stress, a batalha foi perdida. A
pessoa necessita de ajuda médica e psicológica
para se recuperar.
HUMOR: não socializa, foge dos amigos, não vai
a festa, perde o senso de humor, fica apático.
Muitas pessoas tem vontade de morrer.
58. Fase de Exaustão: conseqüências
Não havendo alívio para o stress através ou da
remoção dos estressores ou através do uso de
estratégias de enfrentamento, o stress atinge a sua
fase final.
A Exaustão - onde doenças graves ocorrem nos
órgãos mais vulneráveis (aspectos
genéticos/familiares).
59. Desamparo Aprendido pelo Stress
Senso de incontrolabilidade.
Redução da motivação.
Negativismo.
Catastrofização.
Irritação e agressividade.
60. Stress Negativo
É o stress em excesso. Ocorre quando a pessoa
ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de
adaptação. O organismo fica destituído de
nutrientes e a energia mental fica reduzida.
Produtividade e capacidade de trabalho ficam
muito prejudicadas. A qualidade de vida sofre
danos . Posteriormente a pessoa pode vir a
adoecer.
61. Stress Positivo
É o stress em sua fase inicial, a do alerta. O
organismo produz adrenalina que dá animo,
vigor e energia fazendo a pessoa produzir mais e
ser mais criativa. Ela pode passar por períodos
em que dormir e descansar passa a não ter tanta
importância. É a fase da produtividade, como se
a pessoa estivesse de alerta. Ninguém consegue
ficar em alerta por muito tempo pois o stress se
transforma em excessivo quando dura demais.
62. Stress Ideal
Quando a pessoa aprende o manejo do stress e gerencia a
fase de alerta de modo eficiente alternando entre estar
em alerta e sair de alerta. Para quem aprende a fazer isto
o “céu é o limite”. O organismo precisa entrar em
equilíbrio após uma permanência em alerta para que se
recupere . Após a recuperação não há dano em entrar de
novo em alerta. Se não há um período de recuperação,
então, doenças começam a ocorrer pois o organismo se
exaure e o stress fica excessivo. O stress pode se tornar
excessivo porque o evento estressor é forte demais ou
porque se prolonga por tempo muito longo.
63. O Stress e suas Fases
Curva e fases do Stress
Resistência
Quase Exaustão
Alerta
Exaustão
Stress
64. 04 Pilares do Controle do Stress
Atividade
Física
Alimentação
Equilibrada
Relaxamento
Modificação
dos Pensamentos
65. Um Retrato Bidimensional das Experiências de Expansão e
Contração Ativas e Passivas – Mahoney(1989)
Expansão
Receptividade
Confiança
Permissão
Prazer
Exploração
Esperança
Engajamento
Excitação
Passiva
Ativo
Desamparo
Apatia
Depressão
Desengajamento
Vigilância
Preocupação
Ansiedade
Evitação
Contração
69. Decisional Balance - Weighing the Pros
versus Cons for each Stage of Change
Cons
Pros
Co
M
Pr
Pr
Ac
nt
eep
tio ain
em
Co
te
ar
n
na
at
nt
pl
io
at
em
nc
n
io
e
p.
n
70. As pessoas podem mudar...
1.
2.
3.
Quando avançam sobre os estágios melhor do
antes de estarem preparadas.
Quando aplicam processos que são
apropriados ao seu estágio atual(e suas
condições) sob os quais tentarão construir
suas ações para a mudança.
Quando estão em terapia que combina seu
estágio de mudança ao contrário de adequar o
paciente ao processo psicoterapêutico.
71. As pessoas podem mudar...
4.
5.
Quando aprendem através de suas recaídas ao
invés de se sentirem desmoralizados.
Quando entendem a complexidade que existe
em mudar ao invés de reduzir tudo a um único
processo como: desenvolvimento da
consciência, contra controle, força de vontade
ou relação terapêutica.
72. As pessoas podem mudar...
Quando trabalham sobre níveis mais altos que
são apropriados para suas mudanças.
7. Quando avançam sobre níveis profundos
quando mais progresso é necessário.
8. Quando compreendem sua inabilidade em
mudar é geralmente devida a falta de
informações sobre os níveis de mudança
apropriados ao seu problema.
6.
73. As pessoas podem mudar...
Quando compreendem que a resistência a
mudar é frequentemente devido ao
desencontro dos estágios entre cliente e
terapeuta e/ou dos níveis de mudança.
10. Quando têm melhores mapas e modelos para
ajudar a guiá-las a passarem pelos estágios e
níveis de mudança
9.
74. Resiliência
“Habilidade para lidar com adversidades(…) o
desafio que todo humano lida durante a vida” (Dyer
and McGuinness, 1996, p. 276)
Mais especificamente, “a capacidade à adaptação
efetiva, funcionamento positivo ou competência… a
despeito dos altos riscos, estresse crônico ou
continuidade prolongada e/ou severo a trauma”
(Egeland, Carlson, and Sroufe, 1993, p. 517)
75. Resiliência e Senso de Coerência
A Resiliência tem como medida para
alguns pesquisadores o SOC(senso de
coerência): um construto da resiliência
humana, onde na vida pessoal e suas
ocorrências diárias o mundo é percebido
como compreensível,com sentido
próprio e passível de interferência.
(Antonovsky, 1996)
76.
77. Aspectos Gerais
Lazarus(1973) foi um dos primeiros a
estabelecer, a partir de uma posição de prática
clínica, os principais tipos de resposta ou
dimensões comportamentais que abrangiam as
habilidades sociais ou asserção:
1.
2.
3.
4.
A capacidade de dizer “NÃO”.
A capacidade de pedir favores e fazer pedidos.
A capacidade de expressar sentimentos positivos e
negativos.
A capacidade de iniciar, manter e terminar
conversações.
78. O que há de concordância entre os pesquisadores
sobre as HS?
Fazer elogios.
2.
Aceitar elogios.
3.
Fazer pedidos.
4.
Expressar amor, agrado e afeto.
5.
Iniciar e manter conversações.
6.
Defender os próprios direitos.
7.
Recusar pedidos.
8. Expressar opiniões pessoais, inclusive desacordo.
9.
Expressar incômodo, desagrado ou enfado justificados.
10. Pedir mudança de conduta do outro.
11. Desculpar-se ou admitir ignorância.
12. Enfrentar críticas.
1.
79. Caballo(2003)
Embora esses tenham sido os tipos de respostas
mais aceitos, foram propostos outros como:
Independência.
Resistência as frustrações.
Respostas a um intercâmbio.
Dar e receber feedback.
Realização de entrevista para emprego.
Dar reforço ao outro ao manter conversação e
Regular a entrada e saída nos grupos sociais.
80. Salter(1949)
Expressão verbal.
Expressão facial das emoções.
O emprego deliberado da primeira pessoa para
falar.
Estar de acordo quando se recebe atenção,
cortesias ou elogios
Expressar desacordo.
Improvisação e atuação espontânea.
81. Psychotherapy by Reciprocal Inhibition
WOLPE(1958) utiliza pela primeira vez o termo de
COMPORTAMENTO ASSERTIVO, que logo chegaria
a ser sinônimo de Habilidade Social.
82. Comportamento Assertivo
Mas por muito tempo o comportamento assertivo
implicou em dimensões que se referem a defesa
dos direitos e a expressão de sentimentos negativa.
LAZARUS(1966) e LAZARUS e WOLPE(1966)
falam sobre o treino assertivo.
ALBERTI e EMMONS(1970): Your Perfect Rigth,
que fala de assertividade.
84. Uma definição
O comportamento socialmente habilidoso é esse
conjunto de comportamentos emitidos por um
indivíduo em um contexto interpessoal que
expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões
ou direitos desse indivíduo, de um modo
adequado à situação, respeitando esses
comportamentos nos demais, e que geralmente
resolve os problemas imediatos da situações
enquanto minimiza a probabilidade de futuros
problemas.(CABALLO, 1986)
85. O poder social...
“Cada expressão de uma pessoa elicia algum tipo de
resposta no outro participante, o inevitavelmente
cria uma contingência específica de reforçamento
que tem um efeito específico no comportamento
imediatamente anterior.”(Bandura, 1979)
86. Empoderamento em questão
O empoderamento vem de três formas
principais:
a) Empoderamento individual, no qual é dado ao
empregado autoridade com responsabilidade
b) Empoderamento de equipes, no qual equipes são
formadas para resolver problemas, incrementar
processos ou levar a cabo um desafio.
c) Equipes de trabalhos auto dirigidas, onde os
empregados são organizados em equipes, tendo
treinador/facilitador no lugar de supervisores.
88. Bibliografia
Bandura, Albert e col. – TEORIA SOCIAL COGNITIVA:
Conceitos básicos, Artmed, 2008.
Barlow, David (Org.) – “MANUAL CLÍNICO DOS
TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS”, Artes Médicas, 1999;
Beck, A. e col – “TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO”,
Artes Médicas, 1979/1997;
Benevides Pereira, Ana Maria – BURNOUT :QUANDO O
TRABALHO AMEAÇA O BEM – ESTAR DO
TRABALHADOR. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2002.
Burka, J. e Yuen, L. – PROCRASTINAÇÃO : POR QUE
ADIAMOS AS DECISÕES? Nobel, São Paulo, 1991.
89. Bibliografia
Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE TERAPIA E
MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. Ed. Santos, 1996.
Caballo, V.E. – Manual de avaliação e treinamento das
habilidades sociais. Ed. Santos, 2003.
Codo, W. e col. TRABALHO ENLOUQUECE? O um encontro
entre a clinica e o trabalho. Vozes, 2004.
Ellis, Albert – COMO VIVER COM UM NEURÓTICO: em casa
e no trabalho. Artenova, 1976.
Ellis, A. & Lange, A. – FIQUE FRIO! Ed. Best Seller, 1997.
Ellis, A. – OVERCOMING DESTRUTIVE BELIEFS,
FEELINGS AND BEHAVIORS. Prometheus Books, 2001.
90. Bibliografia
Goldberg, E. – O CÉREBRO EXECUTIVO: Lobos frontais
e a mente Civilizada. Imago, 2002.
Gonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS: teorias e
práticas. Biblioteca das Ciências do Homem, 2000.
Everly, G. & Rosenfeld, R. (1979) THE NATURE AND
TREATMENT OF THE STRESS RESPONSE, New York:
Plenum Press.
Hawton, K. e col – “TERAPIA COGNITIVACOMPORTAMENTAL DOS TRANSTORNOS
PSIQUIÁTRICO – UM GUIA PRÁTICO”, Martins Fontes,
1997;
Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVOCOMPORTAMENTAL NA PRÁTICA PSIQUIÁTRICA.
Artmed, 2004.
Krausz, Rosa - INVENTÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DE
TEMPO. Casa do Psicólogo, São Paulo, 1994.
91. Bibliografia
Lipp, M. E. N. (2000 ) INVENTÁRIO DE SINTOMAS PARA
ADULTOS DE LIPP. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Lipp, M. e Malagris, L. – O STRESS EMOCIONAL E SEU
TRATAMENTO. In: Rangé, B. – PSICOTERAPIA
COGNITVO-COMPORTAMENTAIS: um diálogo com a
psiquiatria. Artmed, 2001.
Maxwell, John C. – O LÍDER 360º. Thomas Nelson Brasil,
2007.
Seligman, M. – “DESAMPARO: SOBRE DEPRESSÃO,
DESENVOLVIMENTO E MORTE”. Hucitec-Edusp, 1977.
Young, Jeffrey – “TERAPIA COGNITIVA DO
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE: UMA
ABORDAGEM FOCADA NO ESQUEMA”. ArtMed, 2003.
Selye, H. (1965) STRESS : A TENSÃO DA VIDA. Trad. de
Frederico Branco. 2ª ed. , S.P.: IBRASA.