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Avaliação Docente


          A avaliação é uma ação fundamental do ser humano, inerente ao seu cotidiano, ou
seja, todo ser humano está sempre a avaliar um acontecimento, um fato, mesmo quando
não há a intenção, configurando desse modo uma prática social, utilizada para
compreender, demonstrar e melhorar diferentes problemas que atinge a sociedade nos dias
atuais.
          Já no contexto escolar, a preocupação com a avaliação é recente, acentuada
principalmente nas três últimas décadas. Uma das suas vertentes é a avaliação de
professores, que pode ser caracterizada como uma burocracia ou ser vista como melhoria
da qualidade pedagógica e ensino dos professores. Segundo Fernandes (2006):


          (...) a avaliação dos professores (...) poderá ser um meio importante de regulação, de
          amadurecimento, de credibilidade e de reconhecimento de uma classe profissional que,
          evidentemente, está perante um dos dilemas mais desafiadores com que se viu confrontada
          nos últimos 30 anos. (FERNANDES, 2006, p.21)


          Faz-se necessário que a avaliação de professores comece a ser pensada com a
finalidade de melhorar o ensino, de reconhecer e valorizar a profissionalidade docente. Esta
perspectiva se constitui em um desafio educacional. Danielson (2010) afirma:


          “A maioria dos sistemas de avaliação de professores que existe não é levada a sério nem
          pelos professores nem pelos administradores. São baseadas em critérios obsoletos,
          observações de aulas são conduzidas às pressas por avaliadores que não receberam
          treinamento e que não sabem ao certo o que devem observar. Além disso, quase todos os
          professores recebem nota máxima independente da escala que estiver sendo usada. Em
          outras palavras, da forma como as avaliações são conduzidas na grande maioria dos
          distritos, elas não desempenham nenhuma das funções pretendidas: a garantia da qualidade
          e a promoção do aprendizado profissional.” (DANIELSON, 2010, p.1)


          Percebe-se que, nesta perspectiva pontuada por Danielson, os sistemas de
avaliações de professores se apresenta como um sistema falido, que só cumpre uma função
burocrática, que nada acrescenta para melhorar a qualidade e a promoção do aprendizado
profissional.
          Entretanto, de acordo com o mesmo autor é possível conseguir um sistema de
avaliação capaz de atender as exigências. Para tanto, faz-se necessária a clareza sobre o
quê avaliar, como avaliar e avaliadores treinados para desempenhar tal função. Sobre os
avaliadores Danielson (2010) afirma:


          “Aqueles que julgam avaliações devem ser treinados adequadamente para que seus
          julgamentos sejam precisos, consistentes e baseados em provas. Do ponto de vista de quem
          está sendo avaliado, não deve ser de importância quem está avaliando; o resultado deve ser
o mesmo independente de quem seja o avaliador. Essa consistência de julgamento pela parte
        dos avaliadores treinados é uma garantia essencial da confiança do sistema como todo.”


        O avaliador deve ter a capacidade de julgar coerentemente o ensino e fornecer
feedback construtivo para o avaliado visando contribuir para o seu desenvolvimento
profissional e/ou motivando-o e incentivando-o no exercício de sua profissionalidade.
        O feedback pode ser confirmativo, ou seja, o avaliador confirma ao avaliado que ele
está no percurso adequado. Pode ser corretivo, ou seja, o avaliador informa ao avaliado que
ele não está no percurso adequado e o que é preciso fazer para retornar ao percurso
desejado.
        A maneira como o feedback se efetiva pode adquirir um aspécto construtivo ou
destrutivo. Por isso faz-se necessário que o avaliador tenha uma formação adequada para
desempenhar a função de avaliador, pois assim saberá como comunicar ao avaliado
centrando-se nos comportamentos e não na pessoa.
        O feedback influencia na reflexão realizada pelo professor, ele tem a oportunidade de
refletir sobre sua prática pedagógica e compartilhar com seus pares, favorecendo a
construção do conhecimento profissional e aprimorando o mesmo.
        Desta forma, uma avaliação transparente favorece a formação de melhores
profissionais, mais receptivos, dispostos e responsáveis com seus alunos e com sua função
a desempenhar.
        No entanto, o processo de avaliação de professores tem diferentes abordagens, por
existir diferentes concepções de ensino. Por isso, um modelo de avaliação pode estar mais
centrado em avaliar a qualidade dos professores, ou seja, sua competência. Enquanto outro
modelo pode estar focado em avaliar a qualidade do ensino, ou seja, seu desempenho. E
outro modelo pode estar interessado em avaliar a eficácia dos professores, ou seja, o efeito
do que o professor faz sobre os seus alunos. Desse modo, a eficácia do professor depende
da sua competência, do seu desempenho e do que os alunos respondem em determinadas
situações.
        Por se tratar de uma realidade complexa, outra questão importante sobre a avaliação
de desempenho docente são as duas lógicas da avaliação, ou seja, a formativa e a
somativa.
        A avaliação formativa ocorre ao longo do processo, associada ao desenvolvimento
profissional e contando com a participação dos professores em todos os momentos. Já a
avaliação somativa, foca-se na prestação de contas e responsabilização, utilizada para
certificar em que nível o professor está para um determinado fim (promoção, aumento
salarial).
        Entretanto, qualquer que seja o modelo a adotar, necessita-se que as escolas e seus
professores saibam o que fazer com a avaliação de desempenho docente. Fernandes (s/
data) afirma: “(...) a avaliação só poderá ter um real significado e ter pelo menos alguma
utilidade, se as escolas e os professores estiverem genuinamente interessados em analisar
e avaliar o trabalho que fazem.”
       Desta forma, um sistema de avaliação pode favorecer significativamente a melhoria
da qualidade pedagógica e também a qualidade de relações vividas na escola. Para tanto,
é fundamental que se garanta a participação de todos os envolvidos em cada etapa do
processo de implementação do sistema de avaliação, que se construam conjuntamente os
critérios de avaliação, priorizando a sua clareza e simplicidade. Bem como se estabeleça o
que se entende por prática pedagógica de qualidade, ou seja, quais as práticas docentes
são assumidas como “modelos” a serem valorizados.
       Esta transparência no processo de avaliação desde a sua implementação à sua
execução, favorece o sucesso da mesma, bem como, resulta na explicitação e
compreensão dos elementos inerentes à prática profissional do professor. Assim, faz-se
necessário que tanto o avaliador e os sistemas políticos educacionais quanto o avaliado
adquiram a compreensão da complexidade que envolve a avaliação docente e que esta não
possui um fim em si mesma.


Referência Bibliográfica

DANIELSON, Charlotte. Novas tendências na avaliação do professor. Rio de Janeiro:
Fundação Cesgranrio, 2010.
ESTEVES, Manuela. Construção e desenvolvimento das competências profissionais dos
professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, n°8, jan/abr de 2009.
FERNANDES, Domingues. Avaliação do Desempenho Docente: Desafio, Problemas e
Oportunidades. Lisboa: Texto Editores, s/ data.
REIS, Pedro. Observação de Aulas e Avaliação do Desempenho Docente. Cadernos do
CCAP-2. Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Lisboa, junho de 2011.
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Avaliação docente

  • 1. Avaliação Docente A avaliação é uma ação fundamental do ser humano, inerente ao seu cotidiano, ou seja, todo ser humano está sempre a avaliar um acontecimento, um fato, mesmo quando não há a intenção, configurando desse modo uma prática social, utilizada para compreender, demonstrar e melhorar diferentes problemas que atinge a sociedade nos dias atuais. Já no contexto escolar, a preocupação com a avaliação é recente, acentuada principalmente nas três últimas décadas. Uma das suas vertentes é a avaliação de professores, que pode ser caracterizada como uma burocracia ou ser vista como melhoria da qualidade pedagógica e ensino dos professores. Segundo Fernandes (2006): (...) a avaliação dos professores (...) poderá ser um meio importante de regulação, de amadurecimento, de credibilidade e de reconhecimento de uma classe profissional que, evidentemente, está perante um dos dilemas mais desafiadores com que se viu confrontada nos últimos 30 anos. (FERNANDES, 2006, p.21) Faz-se necessário que a avaliação de professores comece a ser pensada com a finalidade de melhorar o ensino, de reconhecer e valorizar a profissionalidade docente. Esta perspectiva se constitui em um desafio educacional. Danielson (2010) afirma: “A maioria dos sistemas de avaliação de professores que existe não é levada a sério nem pelos professores nem pelos administradores. São baseadas em critérios obsoletos, observações de aulas são conduzidas às pressas por avaliadores que não receberam treinamento e que não sabem ao certo o que devem observar. Além disso, quase todos os professores recebem nota máxima independente da escala que estiver sendo usada. Em outras palavras, da forma como as avaliações são conduzidas na grande maioria dos distritos, elas não desempenham nenhuma das funções pretendidas: a garantia da qualidade e a promoção do aprendizado profissional.” (DANIELSON, 2010, p.1) Percebe-se que, nesta perspectiva pontuada por Danielson, os sistemas de avaliações de professores se apresenta como um sistema falido, que só cumpre uma função burocrática, que nada acrescenta para melhorar a qualidade e a promoção do aprendizado profissional. Entretanto, de acordo com o mesmo autor é possível conseguir um sistema de avaliação capaz de atender as exigências. Para tanto, faz-se necessária a clareza sobre o quê avaliar, como avaliar e avaliadores treinados para desempenhar tal função. Sobre os avaliadores Danielson (2010) afirma: “Aqueles que julgam avaliações devem ser treinados adequadamente para que seus julgamentos sejam precisos, consistentes e baseados em provas. Do ponto de vista de quem está sendo avaliado, não deve ser de importância quem está avaliando; o resultado deve ser
  • 2. o mesmo independente de quem seja o avaliador. Essa consistência de julgamento pela parte dos avaliadores treinados é uma garantia essencial da confiança do sistema como todo.” O avaliador deve ter a capacidade de julgar coerentemente o ensino e fornecer feedback construtivo para o avaliado visando contribuir para o seu desenvolvimento profissional e/ou motivando-o e incentivando-o no exercício de sua profissionalidade. O feedback pode ser confirmativo, ou seja, o avaliador confirma ao avaliado que ele está no percurso adequado. Pode ser corretivo, ou seja, o avaliador informa ao avaliado que ele não está no percurso adequado e o que é preciso fazer para retornar ao percurso desejado. A maneira como o feedback se efetiva pode adquirir um aspécto construtivo ou destrutivo. Por isso faz-se necessário que o avaliador tenha uma formação adequada para desempenhar a função de avaliador, pois assim saberá como comunicar ao avaliado centrando-se nos comportamentos e não na pessoa. O feedback influencia na reflexão realizada pelo professor, ele tem a oportunidade de refletir sobre sua prática pedagógica e compartilhar com seus pares, favorecendo a construção do conhecimento profissional e aprimorando o mesmo. Desta forma, uma avaliação transparente favorece a formação de melhores profissionais, mais receptivos, dispostos e responsáveis com seus alunos e com sua função a desempenhar. No entanto, o processo de avaliação de professores tem diferentes abordagens, por existir diferentes concepções de ensino. Por isso, um modelo de avaliação pode estar mais centrado em avaliar a qualidade dos professores, ou seja, sua competência. Enquanto outro modelo pode estar focado em avaliar a qualidade do ensino, ou seja, seu desempenho. E outro modelo pode estar interessado em avaliar a eficácia dos professores, ou seja, o efeito do que o professor faz sobre os seus alunos. Desse modo, a eficácia do professor depende da sua competência, do seu desempenho e do que os alunos respondem em determinadas situações. Por se tratar de uma realidade complexa, outra questão importante sobre a avaliação de desempenho docente são as duas lógicas da avaliação, ou seja, a formativa e a somativa. A avaliação formativa ocorre ao longo do processo, associada ao desenvolvimento profissional e contando com a participação dos professores em todos os momentos. Já a avaliação somativa, foca-se na prestação de contas e responsabilização, utilizada para certificar em que nível o professor está para um determinado fim (promoção, aumento salarial). Entretanto, qualquer que seja o modelo a adotar, necessita-se que as escolas e seus professores saibam o que fazer com a avaliação de desempenho docente. Fernandes (s/ data) afirma: “(...) a avaliação só poderá ter um real significado e ter pelo menos alguma
  • 3. utilidade, se as escolas e os professores estiverem genuinamente interessados em analisar e avaliar o trabalho que fazem.” Desta forma, um sistema de avaliação pode favorecer significativamente a melhoria da qualidade pedagógica e também a qualidade de relações vividas na escola. Para tanto, é fundamental que se garanta a participação de todos os envolvidos em cada etapa do processo de implementação do sistema de avaliação, que se construam conjuntamente os critérios de avaliação, priorizando a sua clareza e simplicidade. Bem como se estabeleça o que se entende por prática pedagógica de qualidade, ou seja, quais as práticas docentes são assumidas como “modelos” a serem valorizados. Esta transparência no processo de avaliação desde a sua implementação à sua execução, favorece o sucesso da mesma, bem como, resulta na explicitação e compreensão dos elementos inerentes à prática profissional do professor. Assim, faz-se necessário que tanto o avaliador e os sistemas políticos educacionais quanto o avaliado adquiram a compreensão da complexidade que envolve a avaliação docente e que esta não possui um fim em si mesma. Referência Bibliográfica DANIELSON, Charlotte. Novas tendências na avaliação do professor. Rio de Janeiro: Fundação Cesgranrio, 2010. ESTEVES, Manuela. Construção e desenvolvimento das competências profissionais dos professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, n°8, jan/abr de 2009. FERNANDES, Domingues. Avaliação do Desempenho Docente: Desafio, Problemas e Oportunidades. Lisboa: Texto Editores, s/ data. REIS, Pedro. Observação de Aulas e Avaliação do Desempenho Docente. Cadernos do CCAP-2. Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Lisboa, junho de 2011.