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(2015). AAvaliação como Promoção da Aprendizagem dos Alunos. Teresa Estrela et al. Atas do XXII
Congresso da AFIRSE: Diversidade e Complexidade da Avaliação em Educação e Formação. Lisboa:
Educa/Afirse (pp.1282-1290).
A Avaliação como Promoção da Aprendizagem dos
Alunos
Maria Prazeres S. M. Casanova
RESUMO
A avaliação dos alunos é um dos pontos-chave do processo da sua aprendiza-
gem.
A interação estabelecida entre o professor e o aluno motiva-o a desenvolver
esforços e a superar-se a si próprio de modo a poder alcançar as metas anteriormente
definidas e a adquirir competências
Definimos como objetivos desta pequena investigação:
•Identificar práticas avaliativas que motivam os alunos a aprender.
•Reconhecer a existência de práticas avaliativas usadas por professores que desmoti-
vam os alunos a desejarem aprender mais.
•Mencionar práticas avaliativas usadas por professores que motivem os alunos a obte-
rem melhores resultados.
A recolha de dados foi realizada através de uma amostra aleatória (dado que
todos os elementos da população-alvo têm a mesma probabilidade de pertencer à
amostra) e de conveniência (uma vez que os casos escolhidos são os que o investigador
tem à sua disposição) através da aplicação de inquéritos de resposta fechada em escala
de Likert.
Foram ainda formuladas questões de resposta aberta de modo a que os alunos
pudessem identificar outras práticas não identificadas anteriormente.
A reflexão efetuada, considerando a revisão de literatura realizada e os dados
recolhidos, leva-nos a concluir que o processo avaliativo possui uma vertente formati-
va, proporcionando feedback aos alunos sobre as aprendizagens realizadas e é gerador
de motivação de modo a que desejem adquirir novas aprendizagens. Se por um lado a
forma positiva e verdadeira como o professor comunica os resultados obtidos aos alu-
nos, como lhes explica o que erraram e o que necessitam de melhorar e no final do
processo a classificação quantitativa atribuída contribuem de forma significativa para
que os alunos se sintam motivados a estudarem e a realizarem processos metacogniti-
vos capazes de produzirem novos conhecimentos. O professor ao estabelecer articula-
ção entre os conteúdos, as estratégias de ensino e de aprendizagem dos alunos e a ava-
liação, motiva os alunos a serem capazes de aprofundar os seus conhecimentos. Por
outro lado, a não atribuição de uma classificação justa, que não seja expressão do
esforço realizado, é geradora de desmotivação e consequente falta de autoestima.
Palavras-chave
Avaliação de alunos
Aprendizagem
Motivação
2
L'évaluation comme Promotion de l'apprentissage
des élèves
Maria Prazeres S. M. Casanova
RÉSUMÉ
L'évaluation des élèves est un des points clés du processus de leur apprentis-
sage.
L'interaction établie entre l'enseignant et l'élève motive l'étudiant de développer
des efforts pour aller au-delà de lui-même afin d'atteindre les objectifs préalablement
fixés et d'acquérir des compétences
Nous définissons des objectifs de cette petite recherche:
•Identifier les pratiques d'évaluation qui motivent les élèves à apprendre.
•Reconnaitre l’existence les pratiques d'évaluation utilisées par les enseignants pour
décourager les étudiants à vouloir en savoir plus.
•Mentionner des pratiques d’évaluation utilisée par les enseignants pour motiver les
élèves à obtenir de meilleurs résultats.
La collecte des données a été réalisée à travers d’un échantillon aléatoire (étant
donné que tous les éléments de la population cible ont la même probabilité d'apparte-
nir à l'échantillon) et la commodité (depuis les cas choisis sont ceux que l'enquêteur a
à sa disposition) par l'application des enquêtes clôturées en réponse échelle de Likert.
Encore des questions à réponses ouvertes sont formulées de manière que les
élèves puissent identifier d'autres pratiques non identifiés auparavant.
La réflexion faite, compte tenu de la révision de la littérature et des données re-
cueillies, nous amènent à conclure que le processus d'évaluation a un aspect de la for-
mation. Elle fournit une rétroaction aux élèves, et la motivation acquis d'apprentissage
est si désireux d'acquérir des nouveaux apprentissages. D'un côté, la manière positive
et réelle comme l'enseignant communique les résultats aux élèves, car ils expliquent
ce qui s'est passé et ce qu'ils doivent améliorer et à la fin du processus de classifica-
tion quantitative attribué, contribuent de manière significative aux élèves et ils seront
motivés pour étudier et pour effectuer les processus métacognitifs capables de pro-
duire de nouvelles connaissances. L'enseignant établit des liens entre les contenus, les
stratégies d'enseignement et d'apprentissage des élèves et l'évaluation. Celle-ci est
pertinente afin que les étudiants soient en mesure d'approfondir leurs connaissances.
D'autre part, le fait de ne pas attribuer une note juste, ce qui n'est pas l'expression de
l'effort, par conséquent, génère démotivation et faute de l'estime de soi.
.
Mots-Clés
Évaluation des élèves
Apprentissage
Motivation
3
Introdução
É nossa convicção que a avaliação faz parte integrante dos processos de ensino
de aprendizagem dos alunos. No decorrer do processo avaliativo o aluno pode tomar
consciência das suas dificuldades mas sobretudo da forma como desenvolver a sua
aprendizagem e superar as suas dificuldades. Parece-nos que as técnicas e estratégias
de ensino utilizadas pelos professores poderão e deverão ter em consideração os con-
teúdos a aprender pelos alunos, as modalidades de avaliação, assim como os proces-
sos cognitivos e metacognitivos dos alunos em presença. Todo o processo avaliativo
dos alunos deverá ser eminentemente formativo, mesmo quando o professor usa os
dados recolhidos para classificar.
Os dados que aqui apresentamos referem-se a um pequeno estudo que reali-
zámos tendo como preocupação entender um pouco mais o modo de sentir e pensar
dos alunos em processo avaliativo.
1. Ensino, Aprendizagem e Avaliação
O professor ao delinear o processo de ensino deverá considerar o triângulo
didático reinterpretado" (cf. Trindade, 2003: 1081), em que os alunos nos seus contex-
tos possuem um papel preponderante. O professor planifica as estratégias de ensino
tendo em atenção os estilos de aprendizagem possuídos pelos alunos, quais são os
conteúdos que os alunos devem aprender e quais as técnicas que proporcionam
aprendizagem profunda conducentes à transferência de aprendizagem.
A avaliação necessita de se colocar ao serviço da aprendizagem do aluno (cf.
Black, e Wiliam, 2009), encontrando-se em permanente reorganização dialógica entre
professores e alunos. As funções da avaliação estão agrupadas em: a) seleção, certifi-
cação e prestação de contas e b) democratização, promoção e clarificação da aprendi-
zagem. As modalidades de avaliação apresentam uma relação estreita com as funções
da avaliação. Assim, a avaliação sumativa estabelece uma relação mais estreita com a
seleção, certificação e prestação de contas enquanto a avaliação formativa se relaciona
preferencialmente com a democratização, promoção e clarificação das aprendizagens
tendo em consideração os estilos e ritmos de assimilação do conhecimento e aquisição
de competências (cf. Serpa, 2010).
A avaliação formativa e formadora (Nunziati, 1990) exprime-se por meio de
apreciações e de comentários de modo a responder ao compromisso de alterar o que é
insatisfatório. Sadle (1989: 121) propõe um processo na avaliação formativa: a) refe-
rência ao que está bem e o que está mal - ao que os alunos sabem ou não sabem; b)
referência explicita o que é uma boa execução; c) explicitação de estratégias que permi-
tam os alunos alcançar uma boa execução; d) razões que poderão ter impedido para
que a boa execução não acontecesse e e) o que foi feito para se dissiparem as dificul-
dades (cf. Fernandes, 2007; Leite, et. al, 1993).
O feedback, a autoavaliação e a heteroavaliação têm um papel fundamental na
formação dos alunos. Este processo permite encurtar a distância entre os níveis de
execução e os de referência, a melhoria dos desempenhos e a transferência de apren-
dizagens para outros contextos.
Os alunos ao longo de um processo estruturador e estruturante das aprendiza-
gens poderão ser capazes de:
 compreender e definir os aspetos em que vai sendo avaliado;
 participar ativamente na conceção, organização e aplicação dos instrumen-
tos avaliativos;
 avaliar os próprios instrumentos;
4
Figura 1: Ensino, Aprendizagem e Avaliação.
 avaliar-se em função dos critérios previamente estabelecidos;
 confrontar a sua avaliação com a avaliação do professor;
 desenvolver e consolidar competências, atitudes e valores;
 crescer através de uma avaliação verdadeiramente formadora (cf. Jordão,
1993: 61)
No processo ava-
liativo a classificação
surge ligada à seleção,
certificação e prestação
de contas ou seja à ava-
liação das aprendizagens.
A classificação dos alu-
nos implica que o profes-
sor tenha presente um
sistema de valores gera-
dores de bem para todos
e cada um e dos alunos.
A turma e cada um dos
seus alunos têm que sen-
tir que a classificação é
justa, equitativa e verda-
deira, deste modo a clas-
sificação é geradora de
motivação para desen-
volver aprendizagens
mais profundas capazes
da sua transferência para outros contextos e processos.
2. Desenvolvimento do estudo
O questionário que serve de base ao presente estudo foi aplicado numa rede
social, por esse motivo todos os dados são tidos em conta assim como todos os res-
pondentes têm a mesma probabilidade de pertencer à amostra. O inquérito por ques-
tionário apresenta três tipos de perguntas: em escala de Likert, escolha múltipla de
respostas variadas (check list) e perguntas de resposta aberta.
A presente amostra é constituída por 176 respondentes, destes 144 (81,82%)
afirmaram ser alunos numa escola enquanto 32 (18,18%) identificaram não o ser. A
maioria afirma que os alunos deverão ter conhecimento dos critérios de avaliação nas
diferentes disciplinas (95,45%) de modo a que possam entender a forma como são ava-
liados.
Quadro I - Compreensão do aluno no final do período e/ou no final do ano letivo rela-
tivamente à classificação atribuída e aos critérios de avaliação usados.
Discordo
Totalmen-
te
Discordo Concordo
Concordo
Totalmen-
te
5
1. Como os professores atribuem as
classificações.
0% 0% 59,09% 40,91%
2. Como são atribuídas as classifica-
ções aos colegas da turma.
0% 9,09% 54,55% 36,36%
3. Como os critérios de avaliação
foram usados.
0% 13,64% 27,27% 22,73%
No Quadro I verificamos que, no entender dos respondentes, os alunos no final
do período e/ou no final do ano letivo deverá compreender as classificações atribuídas
a si próprio e aos colegas de turma. Verificamos que nem todos os respondentes assi-
nalaram a sua escolha relativamente à compreensão da forma como são usados os cri-
térios de avaliação. Contudo os respondentes entendem que os alunos os deverão
conhecer.
Quadro II - Os instrumentos de avaliação, ditos tradicionais, que melhor promovem a
aprendizagem dos alunos.
Discordo
Totalmente
Discordo Concordo
Concordo
Totalmente
1. Testes diagnósticos 9,09% 40,91% 36,36% 13,64%
2. Testes formativos 0,00% 9,09% 54,55% 36,36%
3. Testes sumativos 0,00% 4,55% 54,55% 40,91%
Os testes formativos, assim como os testes sumativos são considerados como
métodos que promovem a aprendizagem, muito embora para os respondentes os tes-
tes sumativos são os que melhor promovem a aprendizagem. É interessante verificar a
existência do mesmo número de respondentes que discorda totalmente ou discorda
assim como concorda ou concorda totalmente sobre a promoção da aprendizagem ao
serem realizados testes diagnósticos.
68,18% dos respondentes entende que enquanto realiza um teste está em pro-
cesso de aprendizagem. Algumas respostas apontam como razão o facto de estarmos
sempre a aprender; a consolidação dos conhecimentos, o momento em que se estabe-
lecem sínteses e comparações e como se gere o tempo limitado. Contudo outras res-
postas afirmam que os testes servem para verificar se o processo de aprendizagem foi
bem-sucedido e que se estão a colocar em prática os conhecimentos anteriormente
adquiridos.
Os respondentes apontam como principais razões que enquanto realizam um
teste não estão em processo de aprendizagem porque somente testam os seus conhe-
cimentos e se apercebem das suas dificuldades, a aprendizagem é anterior ao processo
avaliativo e que grande parte das aprendizagens estudadas para os testes são esqueci-
das.
No Quadro III observamos que a organização de portefólios é o indicador que
no entender dos respondentes menos contribui para promover a aprendizagem
enquanto os trabalhos práticos são considerados como os instrumentos que melhor
promovem a aprendizagem.
Os respondentes somente identificaram como novos instrumentos de avaliação
promotores de aprendizagem a elaboração de resumos sobre a matéria e mapas con-
ceptuais.
.
6
Quadro III - Os instrumentos de avaliação, ditos alternativos, que melhor promovem a
aprendizagem dos alunos.
Discordo
Totalmente
Discordo fi Concordo
Concordo Total-
mente
fi
1. Trabalhos Práti-
cos
0 9,09
9,09
59,1 31,8
90,9
2. Projetos 0 13,6 13,6 50 36,4 86,4
3. Trabalhos de
Grupo
4,55 18,2
22,7
54,6 22,7
77,3
4. Mini-testes 0 22,7 22,7 45,5 31,8 77,3
5. Debates 4,55 22,7 27,3 40,9 31,8 72,7
6. Relatórios 4,55 22,7 27,3 59,1 13,6 72,7
7. Apresentações
orais
13,6 9,09
22,7
50 27,3
72,7
8. Composições
escritas
0 27,3
27,3
45,5 27,3
72,7
9. Portefólios 4,55 54,6 59,1 18,2 22,7 40,9
Quadro IV - Fatores que mais influenciam a aprendizagem dos alunos, na escola.
Indicadores %
1. Bom ambiente na sala de aula (silêncio, escuta ativa, trabalho, ...) , 90,91
2. O ambiente social que em o aluno está inserido (grupos de amigos, ...) 81,82
3. Família 77,27
4. Os próprios alunos 72,73
5. Empatia entre Professor e Aluno 72,73
6. Professores 68,18
7. A boa relação entre os alunos 50,00
8. Boa relação entre Escola e Família 45,45
9. Outro 4,55
Ao analisarmos o Quadro IV verificamos que o fator mais identificado como
influenciador da aprendizagem dos alunos é a existência de bom ambiente na sala de
aula (silêncio, escuta ativa, trabalho,...). É interessante verificar que o indicador profes-
sores e a boa relação entre a Escola e a família não são tão valorizados, ao invés dos
indicadores: o ambiente social que em o aluno está inserido, a família, os próprios alu-
nos, e a empatia entre Professor e aluno. 90,90% dos respondentes afirma que avalia-
ção, feita pelos professores, tem alguma relação com a motivação que os alunos pos-
suem para aprender.
Quadro V – Atribuição de uma classificação superior à que o aluno merece no final do
período.
Discordo
Totalmente
Discordo Concordo
Concordo
Totalmente
1. O aluno sente motiva-
ção para estudar e apren-
der mais.
13,64% 13,64% 50,00% 22,73%
7
2. O aluno sente desmo-
tivação para estudar e
aprender.
31,82% 40,91% 22,73% 4,55%
Quadro VI – Atribuição de uma classificação inferior à que o aluno merece no final
do período.
Discordo
Totalmente
Discordo Concordo
Concordo
Totalmente
1. O aluno sente motiva-
ção para estudar e apren-
der mais.
18,18% 54,55% 13,64% 13,64%
2. O aluno sente desmo-
tivação para estudar e
aprender.
4,55% 9,09% 63,64% 22,73%
Quadro VII – Atribuição de uma classificação justa e verdadeira conducente ao traba-
lho realizado pelo aluno.
Discordo
Totalmente
Discordo Concordo
Concordo
Totalmente
1. O aluno sente motiva-
ção para estudar e apren-
der mais.
0% 4,55% 54,55% 40,91%
2. O aluno sente desmo-
tivação para estudar e
aprender.
22,73% 50,00% 18,18% 9,09%
Ao analisarmos os Quadros V, VI e VII verificamos que o indicador moda se
situa ao nível da motivação para estudar e aprender mais quando o professor atribui
uma classificação justa e verdadeira conducente ao trabalho realizado pelo aluno. No
entanto a atribuição de uma classificação superior à que o aluno merece também é
relevante sendo considerado um fator de promoção da aprendizagem devido à con-
fiança depositada no aluno pelo professor. É ainda de salientar a frequência de ocor-
rências verificadas no indicador que afirma a desmotivação do aluno para estudar e
aprender mais quando o professor lhe atribui uma classificação inferior à que merece.
8
Algumas Considerações Finais
O processo avaliativo possui uma vertente formativa e formadora, mesmo
quando o professor utiliza os dados para classificar o desempenho do aluno.
Parece importante para o aluno: o conhecimento dos critérios de avaliação e o
conhecimento do processo que o professor utiliza para lhe ser atribuída uma classifi-
cação e também aos seus colegas.
Parece importante que o professor conheça os processos cognitivos, metacogni-
tivos e afetivos do aluno para promover estratégias geradoras de mais e melhores
aprendizagens.
É significativo o valor que os alunos atribuem ao silêncio, ao bom clima de sala
de aula.
A articulação entre os conteúdos, as estratégias de ensino e de aprendizagem
dos alunos e a avaliação, motiva os alunos a serem capazes de aprofundar os seus
conhecimentos. Pelo contrário, a não atribuição de uma classificação justa, que não
seja expressão do esforço realizado, é geradora de desmotivação e consequente falta
de autoestima.
Referências Bibliográficas
Black, P., e Wiliam, D. (2009). Developing the theory of formative assessment. Educa-
tional Assessment, Evaluation and Accountability, 21(1), 5-31. In
https://kclpure.kcl.ac.uk/portal/files/9119063/Black2009_Developing_the_theo
ry_of_formative_assessment.pdf (acedido em Janeiro de 2015).
Fernandes, D. (2007). Vinte e Cinco anos de Avaliação das Aprendizagens: Uma síntese
interpretativa de livros publicados em Portugal. In A. Estrela (org). Investigação
em Educação. Teorias e Práticas. Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação. (pp. 261-305).
Jordão, M. (1993). Avaliação no Ensino Secundário – o Português no Quadro dos Novos
Programas. In C. Leite, et al. (1993). Avaliar a Avaliação. Porto: ASA.
Leite, C., et al. (1993). Avaliar a Avaliação. Porto: ASA.
Nunziati, G. (1990). Pour Construire un Dispositif d’Évaluation Formatrice. Cahiers
Pédagogiques n° 280. In http://web.ac-toulouse.fr/automne_modules_files
/pDocs/public/r7102_61_nunziati.pdf (acedido em Janeiro de 2015).
Sadler, D. R. (1989). Formative assessment and design of instructional systems. In In-
structional Science, 18(2), 119-144. In http://www.michiganassessmentconsor
tium.org/sites/default/files/MAC-ResourcesFormativeAssessmentDesignSys
tems.pdf (acedido em Janeiro de 2015).
Serpa, M. (2010). Compreender a Avaliação. Fundamentos para Práticas Educativas. Lisboa:
Edições Colibri.
Trindade, V. M. (2003). Uma Perspectiva Didáctica para o Ensino da Ciências. In Org.
Costa, P., Chouriço, J., Mendes, P. Neto, A. e Nico, A.. Didácticas e Metodologias
de Educação. Percursos e Desafios. Évora: Universidade de Évora. Departamento
de Pedagogia e Educação.

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Avaliação como promoção da aprendizagem

  • 1. 1 (2015). AAvaliação como Promoção da Aprendizagem dos Alunos. Teresa Estrela et al. Atas do XXII Congresso da AFIRSE: Diversidade e Complexidade da Avaliação em Educação e Formação. Lisboa: Educa/Afirse (pp.1282-1290). A Avaliação como Promoção da Aprendizagem dos Alunos Maria Prazeres S. M. Casanova RESUMO A avaliação dos alunos é um dos pontos-chave do processo da sua aprendiza- gem. A interação estabelecida entre o professor e o aluno motiva-o a desenvolver esforços e a superar-se a si próprio de modo a poder alcançar as metas anteriormente definidas e a adquirir competências Definimos como objetivos desta pequena investigação: •Identificar práticas avaliativas que motivam os alunos a aprender. •Reconhecer a existência de práticas avaliativas usadas por professores que desmoti- vam os alunos a desejarem aprender mais. •Mencionar práticas avaliativas usadas por professores que motivem os alunos a obte- rem melhores resultados. A recolha de dados foi realizada através de uma amostra aleatória (dado que todos os elementos da população-alvo têm a mesma probabilidade de pertencer à amostra) e de conveniência (uma vez que os casos escolhidos são os que o investigador tem à sua disposição) através da aplicação de inquéritos de resposta fechada em escala de Likert. Foram ainda formuladas questões de resposta aberta de modo a que os alunos pudessem identificar outras práticas não identificadas anteriormente. A reflexão efetuada, considerando a revisão de literatura realizada e os dados recolhidos, leva-nos a concluir que o processo avaliativo possui uma vertente formati- va, proporcionando feedback aos alunos sobre as aprendizagens realizadas e é gerador de motivação de modo a que desejem adquirir novas aprendizagens. Se por um lado a forma positiva e verdadeira como o professor comunica os resultados obtidos aos alu- nos, como lhes explica o que erraram e o que necessitam de melhorar e no final do processo a classificação quantitativa atribuída contribuem de forma significativa para que os alunos se sintam motivados a estudarem e a realizarem processos metacogniti- vos capazes de produzirem novos conhecimentos. O professor ao estabelecer articula- ção entre os conteúdos, as estratégias de ensino e de aprendizagem dos alunos e a ava- liação, motiva os alunos a serem capazes de aprofundar os seus conhecimentos. Por outro lado, a não atribuição de uma classificação justa, que não seja expressão do esforço realizado, é geradora de desmotivação e consequente falta de autoestima. Palavras-chave Avaliação de alunos Aprendizagem Motivação
  • 2. 2 L'évaluation comme Promotion de l'apprentissage des élèves Maria Prazeres S. M. Casanova RÉSUMÉ L'évaluation des élèves est un des points clés du processus de leur apprentis- sage. L'interaction établie entre l'enseignant et l'élève motive l'étudiant de développer des efforts pour aller au-delà de lui-même afin d'atteindre les objectifs préalablement fixés et d'acquérir des compétences Nous définissons des objectifs de cette petite recherche: •Identifier les pratiques d'évaluation qui motivent les élèves à apprendre. •Reconnaitre l’existence les pratiques d'évaluation utilisées par les enseignants pour décourager les étudiants à vouloir en savoir plus. •Mentionner des pratiques d’évaluation utilisée par les enseignants pour motiver les élèves à obtenir de meilleurs résultats. La collecte des données a été réalisée à travers d’un échantillon aléatoire (étant donné que tous les éléments de la population cible ont la même probabilité d'apparte- nir à l'échantillon) et la commodité (depuis les cas choisis sont ceux que l'enquêteur a à sa disposition) par l'application des enquêtes clôturées en réponse échelle de Likert. Encore des questions à réponses ouvertes sont formulées de manière que les élèves puissent identifier d'autres pratiques non identifiés auparavant. La réflexion faite, compte tenu de la révision de la littérature et des données re- cueillies, nous amènent à conclure que le processus d'évaluation a un aspect de la for- mation. Elle fournit une rétroaction aux élèves, et la motivation acquis d'apprentissage est si désireux d'acquérir des nouveaux apprentissages. D'un côté, la manière positive et réelle comme l'enseignant communique les résultats aux élèves, car ils expliquent ce qui s'est passé et ce qu'ils doivent améliorer et à la fin du processus de classifica- tion quantitative attribué, contribuent de manière significative aux élèves et ils seront motivés pour étudier et pour effectuer les processus métacognitifs capables de pro- duire de nouvelles connaissances. L'enseignant établit des liens entre les contenus, les stratégies d'enseignement et d'apprentissage des élèves et l'évaluation. Celle-ci est pertinente afin que les étudiants soient en mesure d'approfondir leurs connaissances. D'autre part, le fait de ne pas attribuer une note juste, ce qui n'est pas l'expression de l'effort, par conséquent, génère démotivation et faute de l'estime de soi. . Mots-Clés Évaluation des élèves Apprentissage Motivation
  • 3. 3 Introdução É nossa convicção que a avaliação faz parte integrante dos processos de ensino de aprendizagem dos alunos. No decorrer do processo avaliativo o aluno pode tomar consciência das suas dificuldades mas sobretudo da forma como desenvolver a sua aprendizagem e superar as suas dificuldades. Parece-nos que as técnicas e estratégias de ensino utilizadas pelos professores poderão e deverão ter em consideração os con- teúdos a aprender pelos alunos, as modalidades de avaliação, assim como os proces- sos cognitivos e metacognitivos dos alunos em presença. Todo o processo avaliativo dos alunos deverá ser eminentemente formativo, mesmo quando o professor usa os dados recolhidos para classificar. Os dados que aqui apresentamos referem-se a um pequeno estudo que reali- zámos tendo como preocupação entender um pouco mais o modo de sentir e pensar dos alunos em processo avaliativo. 1. Ensino, Aprendizagem e Avaliação O professor ao delinear o processo de ensino deverá considerar o triângulo didático reinterpretado" (cf. Trindade, 2003: 1081), em que os alunos nos seus contex- tos possuem um papel preponderante. O professor planifica as estratégias de ensino tendo em atenção os estilos de aprendizagem possuídos pelos alunos, quais são os conteúdos que os alunos devem aprender e quais as técnicas que proporcionam aprendizagem profunda conducentes à transferência de aprendizagem. A avaliação necessita de se colocar ao serviço da aprendizagem do aluno (cf. Black, e Wiliam, 2009), encontrando-se em permanente reorganização dialógica entre professores e alunos. As funções da avaliação estão agrupadas em: a) seleção, certifi- cação e prestação de contas e b) democratização, promoção e clarificação da aprendi- zagem. As modalidades de avaliação apresentam uma relação estreita com as funções da avaliação. Assim, a avaliação sumativa estabelece uma relação mais estreita com a seleção, certificação e prestação de contas enquanto a avaliação formativa se relaciona preferencialmente com a democratização, promoção e clarificação das aprendizagens tendo em consideração os estilos e ritmos de assimilação do conhecimento e aquisição de competências (cf. Serpa, 2010). A avaliação formativa e formadora (Nunziati, 1990) exprime-se por meio de apreciações e de comentários de modo a responder ao compromisso de alterar o que é insatisfatório. Sadle (1989: 121) propõe um processo na avaliação formativa: a) refe- rência ao que está bem e o que está mal - ao que os alunos sabem ou não sabem; b) referência explicita o que é uma boa execução; c) explicitação de estratégias que permi- tam os alunos alcançar uma boa execução; d) razões que poderão ter impedido para que a boa execução não acontecesse e e) o que foi feito para se dissiparem as dificul- dades (cf. Fernandes, 2007; Leite, et. al, 1993). O feedback, a autoavaliação e a heteroavaliação têm um papel fundamental na formação dos alunos. Este processo permite encurtar a distância entre os níveis de execução e os de referência, a melhoria dos desempenhos e a transferência de apren- dizagens para outros contextos. Os alunos ao longo de um processo estruturador e estruturante das aprendiza- gens poderão ser capazes de:  compreender e definir os aspetos em que vai sendo avaliado;  participar ativamente na conceção, organização e aplicação dos instrumen- tos avaliativos;  avaliar os próprios instrumentos;
  • 4. 4 Figura 1: Ensino, Aprendizagem e Avaliação.  avaliar-se em função dos critérios previamente estabelecidos;  confrontar a sua avaliação com a avaliação do professor;  desenvolver e consolidar competências, atitudes e valores;  crescer através de uma avaliação verdadeiramente formadora (cf. Jordão, 1993: 61) No processo ava- liativo a classificação surge ligada à seleção, certificação e prestação de contas ou seja à ava- liação das aprendizagens. A classificação dos alu- nos implica que o profes- sor tenha presente um sistema de valores gera- dores de bem para todos e cada um e dos alunos. A turma e cada um dos seus alunos têm que sen- tir que a classificação é justa, equitativa e verda- deira, deste modo a clas- sificação é geradora de motivação para desen- volver aprendizagens mais profundas capazes da sua transferência para outros contextos e processos. 2. Desenvolvimento do estudo O questionário que serve de base ao presente estudo foi aplicado numa rede social, por esse motivo todos os dados são tidos em conta assim como todos os res- pondentes têm a mesma probabilidade de pertencer à amostra. O inquérito por ques- tionário apresenta três tipos de perguntas: em escala de Likert, escolha múltipla de respostas variadas (check list) e perguntas de resposta aberta. A presente amostra é constituída por 176 respondentes, destes 144 (81,82%) afirmaram ser alunos numa escola enquanto 32 (18,18%) identificaram não o ser. A maioria afirma que os alunos deverão ter conhecimento dos critérios de avaliação nas diferentes disciplinas (95,45%) de modo a que possam entender a forma como são ava- liados. Quadro I - Compreensão do aluno no final do período e/ou no final do ano letivo rela- tivamente à classificação atribuída e aos critérios de avaliação usados. Discordo Totalmen- te Discordo Concordo Concordo Totalmen- te
  • 5. 5 1. Como os professores atribuem as classificações. 0% 0% 59,09% 40,91% 2. Como são atribuídas as classifica- ções aos colegas da turma. 0% 9,09% 54,55% 36,36% 3. Como os critérios de avaliação foram usados. 0% 13,64% 27,27% 22,73% No Quadro I verificamos que, no entender dos respondentes, os alunos no final do período e/ou no final do ano letivo deverá compreender as classificações atribuídas a si próprio e aos colegas de turma. Verificamos que nem todos os respondentes assi- nalaram a sua escolha relativamente à compreensão da forma como são usados os cri- térios de avaliação. Contudo os respondentes entendem que os alunos os deverão conhecer. Quadro II - Os instrumentos de avaliação, ditos tradicionais, que melhor promovem a aprendizagem dos alunos. Discordo Totalmente Discordo Concordo Concordo Totalmente 1. Testes diagnósticos 9,09% 40,91% 36,36% 13,64% 2. Testes formativos 0,00% 9,09% 54,55% 36,36% 3. Testes sumativos 0,00% 4,55% 54,55% 40,91% Os testes formativos, assim como os testes sumativos são considerados como métodos que promovem a aprendizagem, muito embora para os respondentes os tes- tes sumativos são os que melhor promovem a aprendizagem. É interessante verificar a existência do mesmo número de respondentes que discorda totalmente ou discorda assim como concorda ou concorda totalmente sobre a promoção da aprendizagem ao serem realizados testes diagnósticos. 68,18% dos respondentes entende que enquanto realiza um teste está em pro- cesso de aprendizagem. Algumas respostas apontam como razão o facto de estarmos sempre a aprender; a consolidação dos conhecimentos, o momento em que se estabe- lecem sínteses e comparações e como se gere o tempo limitado. Contudo outras res- postas afirmam que os testes servem para verificar se o processo de aprendizagem foi bem-sucedido e que se estão a colocar em prática os conhecimentos anteriormente adquiridos. Os respondentes apontam como principais razões que enquanto realizam um teste não estão em processo de aprendizagem porque somente testam os seus conhe- cimentos e se apercebem das suas dificuldades, a aprendizagem é anterior ao processo avaliativo e que grande parte das aprendizagens estudadas para os testes são esqueci- das. No Quadro III observamos que a organização de portefólios é o indicador que no entender dos respondentes menos contribui para promover a aprendizagem enquanto os trabalhos práticos são considerados como os instrumentos que melhor promovem a aprendizagem. Os respondentes somente identificaram como novos instrumentos de avaliação promotores de aprendizagem a elaboração de resumos sobre a matéria e mapas con- ceptuais. .
  • 6. 6 Quadro III - Os instrumentos de avaliação, ditos alternativos, que melhor promovem a aprendizagem dos alunos. Discordo Totalmente Discordo fi Concordo Concordo Total- mente fi 1. Trabalhos Práti- cos 0 9,09 9,09 59,1 31,8 90,9 2. Projetos 0 13,6 13,6 50 36,4 86,4 3. Trabalhos de Grupo 4,55 18,2 22,7 54,6 22,7 77,3 4. Mini-testes 0 22,7 22,7 45,5 31,8 77,3 5. Debates 4,55 22,7 27,3 40,9 31,8 72,7 6. Relatórios 4,55 22,7 27,3 59,1 13,6 72,7 7. Apresentações orais 13,6 9,09 22,7 50 27,3 72,7 8. Composições escritas 0 27,3 27,3 45,5 27,3 72,7 9. Portefólios 4,55 54,6 59,1 18,2 22,7 40,9 Quadro IV - Fatores que mais influenciam a aprendizagem dos alunos, na escola. Indicadores % 1. Bom ambiente na sala de aula (silêncio, escuta ativa, trabalho, ...) , 90,91 2. O ambiente social que em o aluno está inserido (grupos de amigos, ...) 81,82 3. Família 77,27 4. Os próprios alunos 72,73 5. Empatia entre Professor e Aluno 72,73 6. Professores 68,18 7. A boa relação entre os alunos 50,00 8. Boa relação entre Escola e Família 45,45 9. Outro 4,55 Ao analisarmos o Quadro IV verificamos que o fator mais identificado como influenciador da aprendizagem dos alunos é a existência de bom ambiente na sala de aula (silêncio, escuta ativa, trabalho,...). É interessante verificar que o indicador profes- sores e a boa relação entre a Escola e a família não são tão valorizados, ao invés dos indicadores: o ambiente social que em o aluno está inserido, a família, os próprios alu- nos, e a empatia entre Professor e aluno. 90,90% dos respondentes afirma que avalia- ção, feita pelos professores, tem alguma relação com a motivação que os alunos pos- suem para aprender. Quadro V – Atribuição de uma classificação superior à que o aluno merece no final do período. Discordo Totalmente Discordo Concordo Concordo Totalmente 1. O aluno sente motiva- ção para estudar e apren- der mais. 13,64% 13,64% 50,00% 22,73%
  • 7. 7 2. O aluno sente desmo- tivação para estudar e aprender. 31,82% 40,91% 22,73% 4,55% Quadro VI – Atribuição de uma classificação inferior à que o aluno merece no final do período. Discordo Totalmente Discordo Concordo Concordo Totalmente 1. O aluno sente motiva- ção para estudar e apren- der mais. 18,18% 54,55% 13,64% 13,64% 2. O aluno sente desmo- tivação para estudar e aprender. 4,55% 9,09% 63,64% 22,73% Quadro VII – Atribuição de uma classificação justa e verdadeira conducente ao traba- lho realizado pelo aluno. Discordo Totalmente Discordo Concordo Concordo Totalmente 1. O aluno sente motiva- ção para estudar e apren- der mais. 0% 4,55% 54,55% 40,91% 2. O aluno sente desmo- tivação para estudar e aprender. 22,73% 50,00% 18,18% 9,09% Ao analisarmos os Quadros V, VI e VII verificamos que o indicador moda se situa ao nível da motivação para estudar e aprender mais quando o professor atribui uma classificação justa e verdadeira conducente ao trabalho realizado pelo aluno. No entanto a atribuição de uma classificação superior à que o aluno merece também é relevante sendo considerado um fator de promoção da aprendizagem devido à con- fiança depositada no aluno pelo professor. É ainda de salientar a frequência de ocor- rências verificadas no indicador que afirma a desmotivação do aluno para estudar e aprender mais quando o professor lhe atribui uma classificação inferior à que merece.
  • 8. 8 Algumas Considerações Finais O processo avaliativo possui uma vertente formativa e formadora, mesmo quando o professor utiliza os dados para classificar o desempenho do aluno. Parece importante para o aluno: o conhecimento dos critérios de avaliação e o conhecimento do processo que o professor utiliza para lhe ser atribuída uma classifi- cação e também aos seus colegas. Parece importante que o professor conheça os processos cognitivos, metacogni- tivos e afetivos do aluno para promover estratégias geradoras de mais e melhores aprendizagens. É significativo o valor que os alunos atribuem ao silêncio, ao bom clima de sala de aula. A articulação entre os conteúdos, as estratégias de ensino e de aprendizagem dos alunos e a avaliação, motiva os alunos a serem capazes de aprofundar os seus conhecimentos. Pelo contrário, a não atribuição de uma classificação justa, que não seja expressão do esforço realizado, é geradora de desmotivação e consequente falta de autoestima. Referências Bibliográficas Black, P., e Wiliam, D. (2009). Developing the theory of formative assessment. Educa- tional Assessment, Evaluation and Accountability, 21(1), 5-31. In https://kclpure.kcl.ac.uk/portal/files/9119063/Black2009_Developing_the_theo ry_of_formative_assessment.pdf (acedido em Janeiro de 2015). Fernandes, D. (2007). Vinte e Cinco anos de Avaliação das Aprendizagens: Uma síntese interpretativa de livros publicados em Portugal. In A. Estrela (org). Investigação em Educação. Teorias e Práticas. Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. (pp. 261-305). Jordão, M. (1993). Avaliação no Ensino Secundário – o Português no Quadro dos Novos Programas. In C. Leite, et al. (1993). Avaliar a Avaliação. Porto: ASA. Leite, C., et al. (1993). Avaliar a Avaliação. Porto: ASA. Nunziati, G. (1990). Pour Construire un Dispositif d’Évaluation Formatrice. Cahiers Pédagogiques n° 280. In http://web.ac-toulouse.fr/automne_modules_files /pDocs/public/r7102_61_nunziati.pdf (acedido em Janeiro de 2015). Sadler, D. R. (1989). Formative assessment and design of instructional systems. In In- structional Science, 18(2), 119-144. In http://www.michiganassessmentconsor tium.org/sites/default/files/MAC-ResourcesFormativeAssessmentDesignSys tems.pdf (acedido em Janeiro de 2015). Serpa, M. (2010). Compreender a Avaliação. Fundamentos para Práticas Educativas. Lisboa: Edições Colibri. Trindade, V. M. (2003). Uma Perspectiva Didáctica para o Ensino da Ciências. In Org. Costa, P., Chouriço, J., Mendes, P. Neto, A. e Nico, A.. Didácticas e Metodologias de Educação. Percursos e Desafios. Évora: Universidade de Évora. Departamento de Pedagogia e Educação.