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Avaliação do Desempenho Docente

       Em todos os ambientes educacionais, quer seja na construção de conhecimento
(universidades) ou na viabilização das diferentes teorias (escola), é possível perceber que a
educação está em crise. Esta situação nos faz refletir em quais caminhos/possibilidades
devemos considerar para a melhoria da qualidade de ensino, pois se acredita que o
processo de ensino/aprendizagem é o principal objetivo de todos envolvidos neste processo
principalmente o professor.
       Por ter papel importante nas questões relacionadas ao desenvolvimento do aluno, o
docente é alvo de muitas críticas no que se refere a sua atuação, pois quase sempre ele é
apontado como o principal culpado pelo fracasso de seus alunos ( DIAS & LOPES, 2003). A
principal idéia de nossa reflexão, não é levantar causas e conseqüências deste fracasso,
mas sim pensar em possibilidades de auxilio na atuação docente no que se refere à
avaliação do desempenho deste profissional. Para isso, é imprescindível que se esclareça
qual a real intenção desta avaliação, pois segundo FERNANDES (2008), a avaliação do
desempenho docente pode ter várias intenções: melhorar o desempenho dos professores;
responsabilização e prestação pública de contas; melhorar práticas e procedimentos das
escolas; compreender problemas de ensino e de aprendizagem, contribuindo para a
identificação de soluções possíveis; compreender as experiências vividas por quem está
envolvido numa dada prática social. O autor comenta ainda:


                                            “...os fins a que se destina a avaliação têm
                                            necessariamente de ser considerados quando
                                            se escolhem os procedimentos de recolha de
                                            dados, o tipo de interacção que o avaliador vai
                                            estabelecer com os avaliados ou, em geral, o
                                            design do sistema que se pretende concretizar”.


       De Ketele (2010), comenta ainda que a avaliação pode assumir várias funções,
sendo que as mais importantes, no domínio do ensino, da formação e da educação, são as
funções de orientação, regulação e de certificação.
      Ao se avaliar não podemos deixar de considerar que, ao iniciarmos este processo,
como comenta Gérard de Figari (2007), estamos a julgar, a prestar contas e a comparar,
portanto é comum que este processo não seja bem visto pelos envolvidos.


Por isso, corroborando com Charlotte Danielson (2010), é necessário estabelecer critérios
para a realização da avaliação:
1. Como avaliar – para garantir um sistema de avaliação válido, é necessário que todos os
critérios considerados como benefícios para a boa prática pedagógica sejam capazes de
serem demonstrados;
2. Quando avaliar – a fim de promover desenvolvimento contínuo dos avaliados, é
necessário estabelecer períodos de avaliação que melhor atendam as exigências do
processo;
3. Os avaliadores – aqueles que julgam avaliações devem ser treinados adequadamente
para que seus julgamentos sejam precisos, consistentes e baseados em provas;


          Para continuarmos promovendo uma diferenciação no que se refere às intenções da
avaliação, apresentamos as abordagens de avaliação docente, que segundo FERNANDES
(2008) deve ser a partir:
   Do desempenho está claramente associado àquilo que o professor efetivamente faz
quando está a trabalhar (e.g., ensinar, preparar aulas, participar em reuniões do conselho de
turma);
   Da competência do professor refere-se a um sistema de saberes diversificados e
específicos que o professor domina, utiliza ou em que acredita.
Da eficácia do professor como sendo o efeito do desempenho (tudo aquilo que o professor
faz) sobre os alunos.Nestas condições, a eficácia do professor depende da sua competência
e do seu desempenho mas também do que os alunos forem capazes de responder em
determinadas situações.
    Além do que foi apresentado, é imprescindível que se identifique qual referencial de
qualidade de ensino se espera alcançar,ou seja o que avaliar, que segundo FERNANDES
(2008) deve pode ser avaliado:
   O desempenho está claramente associado àquilo que o professor efetivamente faz
quando está a trabalhar (e.g., ensinar, preparar aulas, participar em reuniões do conselho de
turma);
   A competência do professor refere-se a um sistema de saberes diversificados e
específicos que o professor domina, utiliza ou em que acredita.
   A eficácia do professor como sendo o efeito do desempenho (tudo aquilo que o
professor faz) sobre os alunos.Nestas condições, a eficácia do professor depende da sua
competência e do seu desempenho mas também do que os alunos forem capazes de
responder em determinadas situações.
          Seguiremos nossa reflexão com a idéia de que            a avaliação a partir das
competências do docente pode ser uma possibilidade, pois para Manuela Esteves (2009),
competências são certo número de traços particularizáveis evidenciados na ação, que
podem ser observados e descritos sem que necessariamente se tenha que lhes atribuir
valor. De acordo com Charlotte Danielson (2010), compõe uma boa prática pedagógica:
 Planejamento e preparação           (Sistematização da Prática): demonstração de
conhecimento de conteúdo e pedagogia; demonstração de conhecimento dos alunos;
estabelecimento de resultados do ensino; demonstração de conhecimento de recursos;
planejamento de ensino coerente; planejamento das avaliações dos alunos.
 Ambiente sala de aula (Convívio Escolar): criação de um ambiente de respeito e de
bom relacionamento; estabelecimento de uma cultura pelo aprendizado; gerenciamento de
procedimentos de sala de aula; gerenciamento do comportamento dos alunos; organização
do espaço físico;
 Ensino (Didática): comunicação com os alunos; uso de técnicas de questionamentos e
discussões; envolvimento dos alunos com o aprendizado; uso da avaliação no ensino;
demonstração de flexibilidade e reação;
 Responsabilidades profissionais (Comprometimento com a profissão): reflexão sobre
a prática pedagógica; manutenção de registros precisos; comunicação com a família;
participação em comunidade profissional; crescimento e desenvolvimento profissional;
demonstração de profissionalismo;
       Apresentamos também, as contribuições de Perrenoud (2002) nos que se refere às
competências do docente:
1. Organizar e animar situações de aprendizagem;
2. Gerir a progressão das aprendizagens;
3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação;
4. Envolver os alunos na sua aprendizagem;
5. Trabalhar em equipe;
6. Participar da gestão da escola;
7. Informar e envolver os pais;
8. Utilizar novas tecnologias;
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;
10. Gerir a sua própria formação contínua;


       Como citamos anteriormente, a avaliação deve ter um comprometimento com a
melhora da qualidade ensino, para isso não basta apenas recolher as informações sobre a
real/atual situação das ações pedagógicas dos docentes, é necessário promover os
encaminhamentos a partir destas informações, que e referem à formação continuada do
docente. É comum, pela falta desses encaminhamentos, a avaliação ser mal interpretada
pelos docentes, pois vêem a avaliação como um ato de perseguição por parte das
autoridades escolares. Só assim poderemos envolver todos os docentes no processo de
avaliação de maneira efetiva, pois ainda precisamos entender que não é possível melhorar a
qualidade de ensino sem uma sistematização do processo e sem criticidade no que tange as
teorias e modelos de avaliação, pois a acredita-se que a ingenuidade da humanidade é
acreditar que a construção de teorias estandardizadas conseguirá sanar todas as
insuficiências da complexidade humana.


                      Matriz de Avaliação do Desempenho Docente


   Ao iniciarmos uma reflexão sobre a avaliação na educação de modo geral, notamos que
estamos em constante busca da melhor maneira de se avaliar. Não é diferente quando se
fala do desempenho docente, pois ainda estamos carentes de um modelo de avaliação
capaz de contribuir de maneira efetiva para a formação inicial e continuada do docente e a
melhora da qualidade de ensino. Esta construção tem como finalidade, antes de tudo,
promover a reflexão sobre a importância da avaliação e a auto-avaliação dentro do processo
educacional, além de propor uma construção coletiva de valores/competências a fim reunir o
maior número de informações para o desenvolvimento contínuo da comunidade escolar.




1. Instrumento de recolha de registro de evidencias: Referencial de competências
para os professores das escolas primárias e secundária de Ontário:


      I. Envolvimento com os alunos e as suas aprendizagens;


a) Preocupa-se com o bem estar e o desenvolvimento de todos os alunos;


( ) Cria um ambiente favorável para a aprendizagem;
( ) Estimula a participação efetiva dos alunos nas atividades;
( ) Elabora estratégias levando em consideração a Zona de Desenvolvimento Proximal de
cada aluno;
( ) Age como um mediador nas questões relacionadas ao convívio harmonioso entre os
alunos;


b) Faz prova de dedicação em matéria de ensino e favorece a aprendizagem e o
   rendimento dos alunos;


( ) Elabora estratégias levando em consideração a Zona de Desenvolvimento Proximal de
cada aluno;
( ) Se envolve de forma efetiva no processo de ensino/aprendizagem;
( ) Promove “novas aprendizagens” aos alunos;
c) Trata os alunos equitativamente com respeito;


( ) Age como um mediador nas questões relacionadas ao convívio harmonioso entre os
alunos;
( ) Não é conivente a comportamentos preconceituosos e discriminatórios;
( ) Se apresenta como ”autoridade” e não como “autoritário”;


d) Assegura um meio de aprendizagem que encoraja os alunos a resolver os
problemas, a tomar decisões, a ser capaz de aprender ao longo da vida e a tornar-se
membro ativo da sociedade em evolução;


( ) Provoca conflito cognitivo e promove atividade mental do aluno, necessárias para
Estabelecer a relação entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios;
( ) Ajuda o aluno a adquirir habilidades relacionadas com o aprender a aprender, que lhe
permitam ser cada vez mais autônomos em suas aprendizagens;
( )   Estimula por meio de estratégias a auto-estima e o auto conceito em relação as
aprendizagens que se propõem, que o aluno possa sentir que em certo grau aprendeu e que
o esforço valeu a pena;




      II. Conhecimentos profissionais:


a) Conhece a matéria, o currículo da escola em questão e a legislação sobre a
educação;


( ) Segue o plano político pedagógico da escola de maneira critica e reflexiva;
( ) Planeja e aplica os conteúdos de maneira contextualizada e atualizada;
( ) Domina os conteúdos que aplica;
( ) Os alunos enxergam o professor como autoridade no que se refere à matéria;


b) Conhece uma variedade de métodos eficazes de ensino e de avaliação;


( ) Utiliza aulas expositivas;
( ) Aplica estratégias de construção coletiva;
( ) Leva em consideração as diferentes dimensões de objetivos e conteúdos (conceitual,
procedimental e atitudinal);
( ) Sempre aplica as mesmas estratégias;
c) Conhece uma variedade de estratégias eficazes de gestão da sala de aula;


( ) Estimula aprendizados relacionados à responsabilidade compartilhada aos seus alunos;
( ) Favorece a criação do ambiente democrático em sala de aula;
( ) As aulas são construídas com começo, meio e fim;
( ) Aplica aulas improvisadas;


c) Sabe como os alunos aprendem e os fatores que influenciam a sua aprendizagem
e o seu rendimento;


( ) Conhece os níveis de desenvolvimento dos alunos (cognitivo, sócio-afetivo e motor)
( ) Aplica os conteúdos de maneira contextualizada e atualizada;
( ) Os objetivos e conteúdos são propostos de forma que sejam significativos e funcionais
para os alunos;




    III. Prática profissional:


a) Aplica os seus conhecimentos profissionais e a sua compreensão dos alunos, do
currículo, da legislação, dos métodos de ensino e das estratégias de gestão de sala
de aula para favorecer a aprendizagem e o rendimento dos alunos;


( ) Compartilha os objetivos com a comunidade escolar;
( ) Os objetivos e conteúdos são propostos de forma que sejam significativos e funcionais
para os alunos;


b) Comunica-se eficazmente com os alunos, os pais e os colegas;


( ) Promove encontros de pais e mães de alunos a fim de divulgar os avanços dos alunos;
( ) Envolve a comunidade escolar em ações pedagógicas;
( ) Promove debates em sala de aula para trocas de saberes;
( ) Favorece a criação do ambiente democrático com a comunidade escolar;


c) Efetua uma avaliação contínua do percurso dos alunos, avalia o seu rendimento e
comunica regularmente os resultados aos alunos e pais;
( ) Utiliza os critérios da Avaliação Formativa;
( ) Utiliza diferentes instrumentos de avaliação (provas, auto-avaliação, trabalhos e
observação);
(   )      confecciona e entrega relatórios contendo informação sobre o processo de
aprendizagem dos alunos;


d) Adapta e aperfeiçoa os seus métodos de ensino, por meio da reflexão e da
aprendizagem contínua, recorrendo a uma variedade de recursos ;


(   )     Avalia suas estratégias levando em consideração a melhoria do processo de
ensino/aprendizagem;
( ) Promove o processo adaptativo = criativo = evolutivo = Readaptativo;


d) Utiliza    a tecnologia apropriada        no quadro     do   seu   ensino    e   de   suas
responsabilidades profissionais conexas;


( ) Promove vivencias em laboratórios;
( ) Utiliza recursos midiáticos para discussões de conteúdos com seus alunos;
( ) Alimenta os meios de comunicação da escola com informações relacionadas ás
intervenções pedagógicas;




        IV. Liderança nas comunidades de aprendizagens;


a) Participa nas atividades de aperfeiçoamento profissional contínuo para melhorar o
seu ensino;


( ) Participa de Congressos, fóruns, seminários, simpósios e eventos científicos;
( ) Divulga seus trabalhos a fim de contribuir para a construção de conhecimento;
( ) Compromete-se com a pesquisa;
( ) Participa das reuniões que tem como objetivo a troca de saberes entre o corpo docente;


2. Para avaliarmos as competências apresentadas a seguir, utilizaremos os
    seguintes valores:


          0 – nunca
          1 – quase nunca
          2 – às vezes
3 – quase sempre
       4 - sempre




Reflexões Finais


       Como podemos notar a educação sempre apresenta carências e pontos a melhorar e
isso ocorre em todos seus ambientes. Com a avaliação de modo geral, e especificamente
com a avaliação do desempenho docente não é diferente, pois não temos ainda um modelo
que consiga contribuir para o crescimento e formação dos profissionais envolvidos no
processo de ensino aprendizagem. Este módulo foi eficiente no que se refere a promover
reflexões a cerca deste fenômeno, a fim trazer algumas possibilidades para a melhora da
qualidade de ensino. Vale ressaltar quão coerente é a grade curricular do nosso curso, pois
é possível refletir em possibilidade de formação do professor reflexivo em todos os
momentos de sua atuação, desde a formação inicial até a avaliação de seu desempenho
com um caráter de formação contínua em busca da autonomia para toda comunidade
escolar. A disciplina nos deu subsídios tanto teórico como prático para que possamos
contribuir para a melhora da tão almejada melhora da qualidade de ensino. Tomo a
liberdade de aproveitar para agradecer pelo comprometimento e atenção de todos
envolvidos neste módulo.




Referências Bibliográficas


DANIELSON, Charlotte (2010). Novas tendências na avaliação do professor, Rio de
Janeiro: Fundação Cesgranrio, pp.


DE KETELE, Jean-Marie (2010). A avaliação do desenvolvimento profissional dos
professores: postura de controlo ou postura de reconhecimento? In ALVES, Maria Palmira.
& MACHADO, Eusébio André (2010). O pólo de excelência: caminhos para a avaliação
do desempenho docente. Porto, Areal editores.


DIAS, Rosanne Evangelista. & LOPES, Alice Casimiro. (2003). Competências na
Formação de Professores no Brasil: O que (não) há de novo, Educ. Soc., Campinas, vol.
24, n. 85, p. 1155-1177, Dezembro 2003.
ESTEVES, Manuela (2009). Construção e desenvolvimento das competências
profissionais dos professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 08, pp. 37-48.


FERNANDES, D. (2008). Avaliação do desempenho docente: Desafios, problemas e
oportunidades. Cacém: Texto Editores.

FIGARI, Gérard (2007). A Avaliação dos Professores entre o Controlo e o
Desenvolvimento. In      Avaliação de professores. Visões e realidades. Actas da
Conferência Internacional. Lisboa, Maio de 2007, pp. 17-26.


PERRENOUD, P. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão
pedagógica. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.


TARDIF, Jacques. & FOUCHER, Caroline.(2010) Um conjunto de balizas para a
avaliação da profissional idade dos professores. In ALVES, Maria Palmira. &
MACHADO, Eusébio André (2010). O pólo de excelência: caminhos para a avaliação do
desempenho docente. Porto, Areal editores.

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Avaliação do Desempenho Docente

  • 1. Avaliação do Desempenho Docente Em todos os ambientes educacionais, quer seja na construção de conhecimento (universidades) ou na viabilização das diferentes teorias (escola), é possível perceber que a educação está em crise. Esta situação nos faz refletir em quais caminhos/possibilidades devemos considerar para a melhoria da qualidade de ensino, pois se acredita que o processo de ensino/aprendizagem é o principal objetivo de todos envolvidos neste processo principalmente o professor. Por ter papel importante nas questões relacionadas ao desenvolvimento do aluno, o docente é alvo de muitas críticas no que se refere a sua atuação, pois quase sempre ele é apontado como o principal culpado pelo fracasso de seus alunos ( DIAS & LOPES, 2003). A principal idéia de nossa reflexão, não é levantar causas e conseqüências deste fracasso, mas sim pensar em possibilidades de auxilio na atuação docente no que se refere à avaliação do desempenho deste profissional. Para isso, é imprescindível que se esclareça qual a real intenção desta avaliação, pois segundo FERNANDES (2008), a avaliação do desempenho docente pode ter várias intenções: melhorar o desempenho dos professores; responsabilização e prestação pública de contas; melhorar práticas e procedimentos das escolas; compreender problemas de ensino e de aprendizagem, contribuindo para a identificação de soluções possíveis; compreender as experiências vividas por quem está envolvido numa dada prática social. O autor comenta ainda: “...os fins a que se destina a avaliação têm necessariamente de ser considerados quando se escolhem os procedimentos de recolha de dados, o tipo de interacção que o avaliador vai estabelecer com os avaliados ou, em geral, o design do sistema que se pretende concretizar”. De Ketele (2010), comenta ainda que a avaliação pode assumir várias funções, sendo que as mais importantes, no domínio do ensino, da formação e da educação, são as funções de orientação, regulação e de certificação.  Ao se avaliar não podemos deixar de considerar que, ao iniciarmos este processo, como comenta Gérard de Figari (2007), estamos a julgar, a prestar contas e a comparar, portanto é comum que este processo não seja bem visto pelos envolvidos. Por isso, corroborando com Charlotte Danielson (2010), é necessário estabelecer critérios para a realização da avaliação:
  • 2. 1. Como avaliar – para garantir um sistema de avaliação válido, é necessário que todos os critérios considerados como benefícios para a boa prática pedagógica sejam capazes de serem demonstrados; 2. Quando avaliar – a fim de promover desenvolvimento contínuo dos avaliados, é necessário estabelecer períodos de avaliação que melhor atendam as exigências do processo; 3. Os avaliadores – aqueles que julgam avaliações devem ser treinados adequadamente para que seus julgamentos sejam precisos, consistentes e baseados em provas; Para continuarmos promovendo uma diferenciação no que se refere às intenções da avaliação, apresentamos as abordagens de avaliação docente, que segundo FERNANDES (2008) deve ser a partir:  Do desempenho está claramente associado àquilo que o professor efetivamente faz quando está a trabalhar (e.g., ensinar, preparar aulas, participar em reuniões do conselho de turma);  Da competência do professor refere-se a um sistema de saberes diversificados e específicos que o professor domina, utiliza ou em que acredita. Da eficácia do professor como sendo o efeito do desempenho (tudo aquilo que o professor faz) sobre os alunos.Nestas condições, a eficácia do professor depende da sua competência e do seu desempenho mas também do que os alunos forem capazes de responder em determinadas situações. Além do que foi apresentado, é imprescindível que se identifique qual referencial de qualidade de ensino se espera alcançar,ou seja o que avaliar, que segundo FERNANDES (2008) deve pode ser avaliado:  O desempenho está claramente associado àquilo que o professor efetivamente faz quando está a trabalhar (e.g., ensinar, preparar aulas, participar em reuniões do conselho de turma);  A competência do professor refere-se a um sistema de saberes diversificados e específicos que o professor domina, utiliza ou em que acredita.  A eficácia do professor como sendo o efeito do desempenho (tudo aquilo que o professor faz) sobre os alunos.Nestas condições, a eficácia do professor depende da sua competência e do seu desempenho mas também do que os alunos forem capazes de responder em determinadas situações. Seguiremos nossa reflexão com a idéia de que a avaliação a partir das competências do docente pode ser uma possibilidade, pois para Manuela Esteves (2009), competências são certo número de traços particularizáveis evidenciados na ação, que podem ser observados e descritos sem que necessariamente se tenha que lhes atribuir valor. De acordo com Charlotte Danielson (2010), compõe uma boa prática pedagógica:
  • 3.  Planejamento e preparação (Sistematização da Prática): demonstração de conhecimento de conteúdo e pedagogia; demonstração de conhecimento dos alunos; estabelecimento de resultados do ensino; demonstração de conhecimento de recursos; planejamento de ensino coerente; planejamento das avaliações dos alunos.  Ambiente sala de aula (Convívio Escolar): criação de um ambiente de respeito e de bom relacionamento; estabelecimento de uma cultura pelo aprendizado; gerenciamento de procedimentos de sala de aula; gerenciamento do comportamento dos alunos; organização do espaço físico;  Ensino (Didática): comunicação com os alunos; uso de técnicas de questionamentos e discussões; envolvimento dos alunos com o aprendizado; uso da avaliação no ensino; demonstração de flexibilidade e reação;  Responsabilidades profissionais (Comprometimento com a profissão): reflexão sobre a prática pedagógica; manutenção de registros precisos; comunicação com a família; participação em comunidade profissional; crescimento e desenvolvimento profissional; demonstração de profissionalismo; Apresentamos também, as contribuições de Perrenoud (2002) nos que se refere às competências do docente: 1. Organizar e animar situações de aprendizagem; 2. Gerir a progressão das aprendizagens; 3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação; 4. Envolver os alunos na sua aprendizagem; 5. Trabalhar em equipe; 6. Participar da gestão da escola; 7. Informar e envolver os pais; 8. Utilizar novas tecnologias; 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 10. Gerir a sua própria formação contínua; Como citamos anteriormente, a avaliação deve ter um comprometimento com a melhora da qualidade ensino, para isso não basta apenas recolher as informações sobre a real/atual situação das ações pedagógicas dos docentes, é necessário promover os encaminhamentos a partir destas informações, que e referem à formação continuada do docente. É comum, pela falta desses encaminhamentos, a avaliação ser mal interpretada pelos docentes, pois vêem a avaliação como um ato de perseguição por parte das autoridades escolares. Só assim poderemos envolver todos os docentes no processo de avaliação de maneira efetiva, pois ainda precisamos entender que não é possível melhorar a qualidade de ensino sem uma sistematização do processo e sem criticidade no que tange as
  • 4. teorias e modelos de avaliação, pois a acredita-se que a ingenuidade da humanidade é acreditar que a construção de teorias estandardizadas conseguirá sanar todas as insuficiências da complexidade humana. Matriz de Avaliação do Desempenho Docente Ao iniciarmos uma reflexão sobre a avaliação na educação de modo geral, notamos que estamos em constante busca da melhor maneira de se avaliar. Não é diferente quando se fala do desempenho docente, pois ainda estamos carentes de um modelo de avaliação capaz de contribuir de maneira efetiva para a formação inicial e continuada do docente e a melhora da qualidade de ensino. Esta construção tem como finalidade, antes de tudo, promover a reflexão sobre a importância da avaliação e a auto-avaliação dentro do processo educacional, além de propor uma construção coletiva de valores/competências a fim reunir o maior número de informações para o desenvolvimento contínuo da comunidade escolar. 1. Instrumento de recolha de registro de evidencias: Referencial de competências para os professores das escolas primárias e secundária de Ontário: I. Envolvimento com os alunos e as suas aprendizagens; a) Preocupa-se com o bem estar e o desenvolvimento de todos os alunos; ( ) Cria um ambiente favorável para a aprendizagem; ( ) Estimula a participação efetiva dos alunos nas atividades; ( ) Elabora estratégias levando em consideração a Zona de Desenvolvimento Proximal de cada aluno; ( ) Age como um mediador nas questões relacionadas ao convívio harmonioso entre os alunos; b) Faz prova de dedicação em matéria de ensino e favorece a aprendizagem e o rendimento dos alunos; ( ) Elabora estratégias levando em consideração a Zona de Desenvolvimento Proximal de cada aluno; ( ) Se envolve de forma efetiva no processo de ensino/aprendizagem; ( ) Promove “novas aprendizagens” aos alunos;
  • 5. c) Trata os alunos equitativamente com respeito; ( ) Age como um mediador nas questões relacionadas ao convívio harmonioso entre os alunos; ( ) Não é conivente a comportamentos preconceituosos e discriminatórios; ( ) Se apresenta como ”autoridade” e não como “autoritário”; d) Assegura um meio de aprendizagem que encoraja os alunos a resolver os problemas, a tomar decisões, a ser capaz de aprender ao longo da vida e a tornar-se membro ativo da sociedade em evolução; ( ) Provoca conflito cognitivo e promove atividade mental do aluno, necessárias para Estabelecer a relação entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios; ( ) Ajuda o aluno a adquirir habilidades relacionadas com o aprender a aprender, que lhe permitam ser cada vez mais autônomos em suas aprendizagens; ( ) Estimula por meio de estratégias a auto-estima e o auto conceito em relação as aprendizagens que se propõem, que o aluno possa sentir que em certo grau aprendeu e que o esforço valeu a pena; II. Conhecimentos profissionais: a) Conhece a matéria, o currículo da escola em questão e a legislação sobre a educação; ( ) Segue o plano político pedagógico da escola de maneira critica e reflexiva; ( ) Planeja e aplica os conteúdos de maneira contextualizada e atualizada; ( ) Domina os conteúdos que aplica; ( ) Os alunos enxergam o professor como autoridade no que se refere à matéria; b) Conhece uma variedade de métodos eficazes de ensino e de avaliação; ( ) Utiliza aulas expositivas; ( ) Aplica estratégias de construção coletiva; ( ) Leva em consideração as diferentes dimensões de objetivos e conteúdos (conceitual, procedimental e atitudinal); ( ) Sempre aplica as mesmas estratégias;
  • 6. c) Conhece uma variedade de estratégias eficazes de gestão da sala de aula; ( ) Estimula aprendizados relacionados à responsabilidade compartilhada aos seus alunos; ( ) Favorece a criação do ambiente democrático em sala de aula; ( ) As aulas são construídas com começo, meio e fim; ( ) Aplica aulas improvisadas; c) Sabe como os alunos aprendem e os fatores que influenciam a sua aprendizagem e o seu rendimento; ( ) Conhece os níveis de desenvolvimento dos alunos (cognitivo, sócio-afetivo e motor) ( ) Aplica os conteúdos de maneira contextualizada e atualizada; ( ) Os objetivos e conteúdos são propostos de forma que sejam significativos e funcionais para os alunos; III. Prática profissional: a) Aplica os seus conhecimentos profissionais e a sua compreensão dos alunos, do currículo, da legislação, dos métodos de ensino e das estratégias de gestão de sala de aula para favorecer a aprendizagem e o rendimento dos alunos; ( ) Compartilha os objetivos com a comunidade escolar; ( ) Os objetivos e conteúdos são propostos de forma que sejam significativos e funcionais para os alunos; b) Comunica-se eficazmente com os alunos, os pais e os colegas; ( ) Promove encontros de pais e mães de alunos a fim de divulgar os avanços dos alunos; ( ) Envolve a comunidade escolar em ações pedagógicas; ( ) Promove debates em sala de aula para trocas de saberes; ( ) Favorece a criação do ambiente democrático com a comunidade escolar; c) Efetua uma avaliação contínua do percurso dos alunos, avalia o seu rendimento e comunica regularmente os resultados aos alunos e pais;
  • 7. ( ) Utiliza os critérios da Avaliação Formativa; ( ) Utiliza diferentes instrumentos de avaliação (provas, auto-avaliação, trabalhos e observação); ( ) confecciona e entrega relatórios contendo informação sobre o processo de aprendizagem dos alunos; d) Adapta e aperfeiçoa os seus métodos de ensino, por meio da reflexão e da aprendizagem contínua, recorrendo a uma variedade de recursos ; ( ) Avalia suas estratégias levando em consideração a melhoria do processo de ensino/aprendizagem; ( ) Promove o processo adaptativo = criativo = evolutivo = Readaptativo; d) Utiliza a tecnologia apropriada no quadro do seu ensino e de suas responsabilidades profissionais conexas; ( ) Promove vivencias em laboratórios; ( ) Utiliza recursos midiáticos para discussões de conteúdos com seus alunos; ( ) Alimenta os meios de comunicação da escola com informações relacionadas ás intervenções pedagógicas; IV. Liderança nas comunidades de aprendizagens; a) Participa nas atividades de aperfeiçoamento profissional contínuo para melhorar o seu ensino; ( ) Participa de Congressos, fóruns, seminários, simpósios e eventos científicos; ( ) Divulga seus trabalhos a fim de contribuir para a construção de conhecimento; ( ) Compromete-se com a pesquisa; ( ) Participa das reuniões que tem como objetivo a troca de saberes entre o corpo docente; 2. Para avaliarmos as competências apresentadas a seguir, utilizaremos os seguintes valores: 0 – nunca 1 – quase nunca 2 – às vezes
  • 8. 3 – quase sempre 4 - sempre Reflexões Finais Como podemos notar a educação sempre apresenta carências e pontos a melhorar e isso ocorre em todos seus ambientes. Com a avaliação de modo geral, e especificamente com a avaliação do desempenho docente não é diferente, pois não temos ainda um modelo que consiga contribuir para o crescimento e formação dos profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Este módulo foi eficiente no que se refere a promover reflexões a cerca deste fenômeno, a fim trazer algumas possibilidades para a melhora da qualidade de ensino. Vale ressaltar quão coerente é a grade curricular do nosso curso, pois é possível refletir em possibilidade de formação do professor reflexivo em todos os momentos de sua atuação, desde a formação inicial até a avaliação de seu desempenho com um caráter de formação contínua em busca da autonomia para toda comunidade escolar. A disciplina nos deu subsídios tanto teórico como prático para que possamos contribuir para a melhora da tão almejada melhora da qualidade de ensino. Tomo a liberdade de aproveitar para agradecer pelo comprometimento e atenção de todos envolvidos neste módulo. Referências Bibliográficas DANIELSON, Charlotte (2010). Novas tendências na avaliação do professor, Rio de Janeiro: Fundação Cesgranrio, pp. DE KETELE, Jean-Marie (2010). A avaliação do desenvolvimento profissional dos professores: postura de controlo ou postura de reconhecimento? In ALVES, Maria Palmira. & MACHADO, Eusébio André (2010). O pólo de excelência: caminhos para a avaliação do desempenho docente. Porto, Areal editores. DIAS, Rosanne Evangelista. & LOPES, Alice Casimiro. (2003). Competências na Formação de Professores no Brasil: O que (não) há de novo, Educ. Soc., Campinas, vol. 24, n. 85, p. 1155-1177, Dezembro 2003.
  • 9. ESTEVES, Manuela (2009). Construção e desenvolvimento das competências profissionais dos professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 08, pp. 37-48. FERNANDES, D. (2008). Avaliação do desempenho docente: Desafios, problemas e oportunidades. Cacém: Texto Editores. FIGARI, Gérard (2007). A Avaliação dos Professores entre o Controlo e o Desenvolvimento. In Avaliação de professores. Visões e realidades. Actas da Conferência Internacional. Lisboa, Maio de 2007, pp. 17-26. PERRENOUD, P. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. TARDIF, Jacques. & FOUCHER, Caroline.(2010) Um conjunto de balizas para a avaliação da profissional idade dos professores. In ALVES, Maria Palmira. & MACHADO, Eusébio André (2010). O pólo de excelência: caminhos para a avaliação do desempenho docente. Porto, Areal editores.