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Repensando a Avaliação formativa
MIRIAN MAYARA APARECIDA EUFROSINO
RESUMO
O objetivo deste artigo é promover uma reflexão acerca do processo de avaliação da
aprendizagem, e pretende mostrar a avaliação formativa e a sua importância no
processo de ensino-aprendizagem do aluno, bem como para a prática docente. A
ideia central é de chamar atenção para a função crescente de pôr em prática, tanto
para transformar os alunos, como para os conscientizar quanto suas
potencialidades.
INTRODUÇÃO
Sabemos da importância do ato de avaliar e como ele está presente no
nosso dia-a-dia. Na escola não é diferente, a avaliação percorre vários caminhos por
isso vem sendo objeto de constantes pesquisas, tendo em vista que avaliar faz parte
de um processo didático, utiliza-se também como uma ferramenta de reorientação
prática e da aprendizagem, com isso faz-se necessária um aprofundamento da
mesma. No entanto, observa-se que não está sendo usada como uma avaliação que
diagnostica a aprendizagem, mas sim como um exame, deixando de ser utilizada de
maneira adequada.
Sabe-se que os métodos avaliativos classificatórios ainda perpetuam a
educação contemporânea, para este trabalho de conclusão de curso são
necessárias as seguintes indagações: A escola ainda utiliza o modelo do exame
como uma ferramenta para avaliar o aluno? Que práticas avaliativas a escola pode
aplicar para um desenvolvimento real da aprendizagem do aluno? O sistema e o
educador podem estar fracassando junto com o educando?
Há muito tempo a avaliação escolar vem sendo usada de uma forma
classificatória, sendo vista como aquela em que classifica o aluno em aprovado ou
reprovado, rotulando em bons e ruins, sendo um instrumento autoritário na sala de
aula. Desta forma a avaliação com o objetivo de classificar, termina privilegiando o
julgamento e não a real aprendizagem do aluno.
O ensino não deve ser uma mera transmissão de conteúdos com o objetivo
de obter uma nota, a escola deve forma alunos pensantes, que busquem
conhecimento, não apenas notas, alunos que estão dispostos a aprender. A
avaliação busca uma aprendizagem significativa, sendo assim é função do professor
ser um mediador direcionando o seu aluno para o conhecimento, seu principal
objetivo deve ser que o aluno aprenda, não que consiga adquirir uma nota para que
assim não seja rotulado como reprovado, para que a aprendizagem real aconteça o
professor deve usar vários instrumentos para alcançá-la, ferramentas como: provas,
seminários, trabalhos. Assim faz necessária uma tomada de decisão, em fazer uma
aprendizagem diferenciada, a escola precisa mudar para uma forma de inovação,
uma mudança na prática de avaliação.
1-Novos olhares da avaliação formativa:
Atualmente vive-se em tempos de profundas mudanças e ressignificações conflitos
na ordem social, época marcada pela transitoriedade pela busca de novos sentidos
e paradigmas para a pós -modernidade.
Nessa cadeia de mudanças respira-se um período marcado intenso e paradoxal na
atmosfera das inovações constantes, exige-se novos sonhos, desejos , projetos e
sujeitos com características de mudança que atuem criticamente na teia social.
Configura-se um período marcado pela complexidade, o lócus político aparelho
ideológico da repressão e o poder , a educação é responsável pelo desenvolvimento
, da mudança do sujeito , a proposta é formar um cidadão capaz de enfrentar as
mudanças que atendam os múltiplos projetos no meio social .
É nessa diversidade que analisa-se o papel da avaliação da aprendizagem no
aspecto mais amplo do paradigma educacional centrado no ensino,no qual a escola
apenas responsabiliza –se por ensinar de forma linear e uniforme , ficando os alunos
e alunas a mercê da sua própria aprendizagem . Esse processo ocorre numa
dinâmica de ressignificação do ato de ensinar e aprender, principio da educabilidade
,o que vai diferenciar neste processo são os percursos de aprendizagens , que
produzidos pela história de vida e pela a diversidade sociocultural das escolas.
Assim compreende-se o conhecimento como (....) Construção histórica e social
dinâmica que necessita de contexto para poder ser entendido e interpretado . (
Alvarez Mendez,2002 .32)
A partir deste contexto o ensino não pode ser uma mera transmissão de contexto
linear e uniforme , a escola precisa-se formar cidadãos para os enfrentamentos e
desafios sociais a partir de aspectos significativos fundados no contexto históricos do
que se ensina e se avalia,buscando sempre a superação de desafios pedagógicos ,
a dinâmica de uma aprendizagem significativa na construção de novas
competências e conhecimentos diversos.
Nesta dinâmica faz-se necessário uma tomada de decisão por parte dos
professores em fomentar uma aprendizagem diferenciada aos alunos , oferecendo-
lhes o maior grau no desenvolvimento de suas capacidades por meio práticas
pedagógicas que atendam o desenvolvimento sociocultural dos alunos.
Considerar os diferentes percursos na aprendizagem dos alunos implica em
flexibilizar os objetivos, os conteúdos, a prática na sala de aula e o processo
avaliativo, visando a relevância social e cognitiva do ensinado para definir o material
a ser usado na avaliação da aprendizagem. Portanto no paradigma educacional
centrado nas aprendizagens significativas a avaliação é concebida como processo
/instrumentos de coleta de informações, sistematização e interpretação das
informações ,julgamento de valor do objeto avaliado através das informações
tratadas e decifradas ,por definir intervenções para promover o desenvolvimento de
uma aprendizagem significativa. Desta forma a avaliação deve ser um espaço de
mediação / aproximação /dialogo entre formas de ensino do professor que favoreça
aprendizagem significativa dos alunos. Neste pensamento a avaliação preocupa-se
com a forma como o aluno aprende , sem desconsiderar a qualidade de quem
aprende e o papel primordial do professor é intervir com práticas avaliativas que
promovam as aprendizagens.
Quando analisamos a função da avaliação formativa, no seu sentido amplo, mais do
que uma medida, ela deve dar ao aluno suporte de avançar nos seus objetivos
quanto educando, tal como validar as aprendizagens no contexto escolar, onde esta
avaliação sirva de feedbacks ao longo do seu processo de aprendizagem. Esta é a
lógica formativa, estar á serviço da aprendizagem que se faz necessária ao
aprendiz.
Avaliação Formativa /Função Reguladora
O processo de avaliação necessita ser desenvolvido para que focalize na melhoria
da aprendizagem ajustando os processos de ensino-aprendizagem, que
fundamente-se nos princípios cognitivos, construtivistas e em teorias sociocognitivas
e culturais.
Perrenoud (1999, p.14) “se a avaliação formativa nada mais é do que uma maneira
de regular a ação pedagógica, por que não é uma prática corrente?”. Pergunta que
se propaga aos nossos dias: por que é tão difícil implantá-la atualmente? Por que a
avaliação oscila ainda entre estas duas lógicas: a seletiva e a formativa? A resposta
ele mesmo fornece, ao afirmar que a avaliação formativa “introduz uma ruptura
porque propõe deslocar”, a regulação da ação em função da dinâmica do conjunto,
“ao nível das aprendizagens e individualizá-la”, ou seja, implica em intervenções
pedagógicas diferenciadas pensadas até o final do processo e inseridas numa visão
global de regulação das aprendizagens.
Uma avaliação que se alinhe a lógica a serviço das aprendizagens e que
realmente se enquadre ao objetivo proposto pela avaliação formativa, deve portanto
ter, o caráter de contínua formação sempre pautada em análises das aprendizagens
concebidas. Para Perrenoud (1999), uma avaliação formativa é:
Toda prática de avaliação contínua que pretenda
contribuir para melhorar as aprendizagens em curso [...]
(Ibid, p.78) [...]É formativa toda avaliação que ajuda o
aluno a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que
participa da regulação das aprendizagens e do
desenvolvimento no sentido de um projeto educativo
(Ibid, p. 103). [...] Uma avaliação somente é formativa se
desemboca em uma forma ou outra de regulação da
ação pedagógica ou das aprendizagens. (Ibid, p.148)
Indiferentemente das dificuldades de efetivação da lógica formativa da
avaliação, as correntes pedagógicas tem procurado colocar o aluno no centro
focando suas aprendizagens. Pois a avaliação corroborando para a ascensão
cognitiva do aluno, que deve ser vista como intervenções pedagógicas que ajuda o
aluno a criar e superar seus desafios. Essa avaliação não pode ser concebida como
uma sanção sobre os resultados, mas como meio para ir avançado.
A avaliação deve permear todo processo de ensino-aprendizagem, retomar
constantemente o processo de aprendizagem com função mediadora.
Segundo Hoffmman (1998), que defende a realização e retomada de
atividades de avaliação frequentes e sucessiva: “a ação avaliativa, enquanto
mediação, não se caracteriza como um momento do processo educativo, mas é
integrante e implícita a todo processo”.
A avaliação deve ser o “instrumento dialético do avanço” (LUCKESI, 2006, p.
43), porque a aprendizagem, como cerne da ação avaliativa, é dinâmica. A avaliação
deve promover momento de satisfação.
Avaliação formativa na prática docente
A avaliação para a prática docente caracteriza-se por uma metodologia de
investigação á serviço de uma construção de conhecimento, utilidade na resolução
de problemas concretos e desenvolvimento das ciências sociais e uma estratégia na
formação profissional dp professor, como questionamento auto-reflexivo, sistemático
e científico ( Silva, 1996).
O processo de avaliação, epistemologicamente, para o docente se assenta na
exploração dos processos da aceitação da incerteza, da tentativa, em uma postura
de humildade frente á pedagogia e a avaliação, para que isso aconteça de fato,
necessita-se um olhar de ação investigativa, através de uma reflexão sistêmica e
estruturada para transformar a prática educativa, sendo capaz de integrar, encorajar
práticas novas, explorar, emancipar diferentes modos de aprendizagens do
professor bem como dos seus alunos, pensando na sua prática como iniciativa
moral, democrática e crítica.
Apostar na avaliação formativa, demanda do professor além de fazer uma análise
sobre sua prática de ensino, dá ao aluno uma perspectiva dos pontos que ainda
precisam ser melhorados na sua aprendizagem. Tal avaliação é concretizada sob
estreita relação professor/aluno, promovendo a obtenção de “[...] informações
relativas aos meandros por entre os quais o aluno caminha a construção do
conhecimento, [para] auxiliá-lo a seguir em frente” ( SOUZA; BORUCHOVITCH,
2009, p. 205 ). Concretiza-se a partir da tomada de decisão do docente e do
discente, no que se refere ao papel que cada um pode desempenhar para que a
evolução da aprendizagem seja constante, assim, a avaliação formativa requer, do
professor, analisar o resultado e ainda a sua forma de organizar o ensino pela
necessidade constante de reformular métodos e técnicas quando o objetivo é a
promoção do saber.
Referencias
MARTINEZ, C. L. P. Explorando o potencial da avaliação formativa: análise de uma
experiência
centrada na escola. 2001. 123 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências,
Universidade
Estadual Paulista, Bauru, 2001.
MATURANA, H.; VARELA, F. A árvore do conhecimento. São Paulo: Palas Athena, 2001.
ORTON, R. E. Toward an Aristotelian model of teacher reasoning. Journal of Curriculum
Studies,
Basingstoke, v. 29, n. 5, p. 569-583, 1997.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas
lógicas. Trad.
Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. 183 p.
PIAGET, J. O possível e o necessário. Trad: Manuel Campos. São Paulo: Martins Fontes,
1993. v. 1.
ROSÁRIO; Pedro S.; ALMEIDA, Leandro S. As estratégias de aprendizagem nas
diferentes abordagens ao estudo: uma investigação com alunos do ensino secundário.
Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, Coruña, v. 4, n. 3, p. 274-280,
1999. Disponível em: <http://ruc.udc.es/dspace/bitstream/2183/6699/1/RGP_4-17.pdf>.
Acesso m: 02 jun. 2011.

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AVALIAÇÃO FORMATIVA artigo.docx

  • 1. Repensando a Avaliação formativa MIRIAN MAYARA APARECIDA EUFROSINO RESUMO O objetivo deste artigo é promover uma reflexão acerca do processo de avaliação da aprendizagem, e pretende mostrar a avaliação formativa e a sua importância no processo de ensino-aprendizagem do aluno, bem como para a prática docente. A ideia central é de chamar atenção para a função crescente de pôr em prática, tanto para transformar os alunos, como para os conscientizar quanto suas potencialidades. INTRODUÇÃO Sabemos da importância do ato de avaliar e como ele está presente no nosso dia-a-dia. Na escola não é diferente, a avaliação percorre vários caminhos por isso vem sendo objeto de constantes pesquisas, tendo em vista que avaliar faz parte de um processo didático, utiliza-se também como uma ferramenta de reorientação prática e da aprendizagem, com isso faz-se necessária um aprofundamento da mesma. No entanto, observa-se que não está sendo usada como uma avaliação que diagnostica a aprendizagem, mas sim como um exame, deixando de ser utilizada de maneira adequada. Sabe-se que os métodos avaliativos classificatórios ainda perpetuam a educação contemporânea, para este trabalho de conclusão de curso são necessárias as seguintes indagações: A escola ainda utiliza o modelo do exame como uma ferramenta para avaliar o aluno? Que práticas avaliativas a escola pode
  • 2. aplicar para um desenvolvimento real da aprendizagem do aluno? O sistema e o educador podem estar fracassando junto com o educando? Há muito tempo a avaliação escolar vem sendo usada de uma forma classificatória, sendo vista como aquela em que classifica o aluno em aprovado ou reprovado, rotulando em bons e ruins, sendo um instrumento autoritário na sala de aula. Desta forma a avaliação com o objetivo de classificar, termina privilegiando o julgamento e não a real aprendizagem do aluno. O ensino não deve ser uma mera transmissão de conteúdos com o objetivo de obter uma nota, a escola deve forma alunos pensantes, que busquem conhecimento, não apenas notas, alunos que estão dispostos a aprender. A avaliação busca uma aprendizagem significativa, sendo assim é função do professor ser um mediador direcionando o seu aluno para o conhecimento, seu principal objetivo deve ser que o aluno aprenda, não que consiga adquirir uma nota para que assim não seja rotulado como reprovado, para que a aprendizagem real aconteça o professor deve usar vários instrumentos para alcançá-la, ferramentas como: provas, seminários, trabalhos. Assim faz necessária uma tomada de decisão, em fazer uma aprendizagem diferenciada, a escola precisa mudar para uma forma de inovação, uma mudança na prática de avaliação. 1-Novos olhares da avaliação formativa: Atualmente vive-se em tempos de profundas mudanças e ressignificações conflitos na ordem social, época marcada pela transitoriedade pela busca de novos sentidos e paradigmas para a pós -modernidade. Nessa cadeia de mudanças respira-se um período marcado intenso e paradoxal na atmosfera das inovações constantes, exige-se novos sonhos, desejos , projetos e sujeitos com características de mudança que atuem criticamente na teia social. Configura-se um período marcado pela complexidade, o lócus político aparelho ideológico da repressão e o poder , a educação é responsável pelo desenvolvimento , da mudança do sujeito , a proposta é formar um cidadão capaz de enfrentar as mudanças que atendam os múltiplos projetos no meio social .
  • 3. É nessa diversidade que analisa-se o papel da avaliação da aprendizagem no aspecto mais amplo do paradigma educacional centrado no ensino,no qual a escola apenas responsabiliza –se por ensinar de forma linear e uniforme , ficando os alunos e alunas a mercê da sua própria aprendizagem . Esse processo ocorre numa dinâmica de ressignificação do ato de ensinar e aprender, principio da educabilidade ,o que vai diferenciar neste processo são os percursos de aprendizagens , que produzidos pela história de vida e pela a diversidade sociocultural das escolas. Assim compreende-se o conhecimento como (....) Construção histórica e social dinâmica que necessita de contexto para poder ser entendido e interpretado . ( Alvarez Mendez,2002 .32) A partir deste contexto o ensino não pode ser uma mera transmissão de contexto linear e uniforme , a escola precisa-se formar cidadãos para os enfrentamentos e desafios sociais a partir de aspectos significativos fundados no contexto históricos do que se ensina e se avalia,buscando sempre a superação de desafios pedagógicos , a dinâmica de uma aprendizagem significativa na construção de novas competências e conhecimentos diversos. Nesta dinâmica faz-se necessário uma tomada de decisão por parte dos professores em fomentar uma aprendizagem diferenciada aos alunos , oferecendo- lhes o maior grau no desenvolvimento de suas capacidades por meio práticas pedagógicas que atendam o desenvolvimento sociocultural dos alunos. Considerar os diferentes percursos na aprendizagem dos alunos implica em flexibilizar os objetivos, os conteúdos, a prática na sala de aula e o processo avaliativo, visando a relevância social e cognitiva do ensinado para definir o material a ser usado na avaliação da aprendizagem. Portanto no paradigma educacional centrado nas aprendizagens significativas a avaliação é concebida como processo /instrumentos de coleta de informações, sistematização e interpretação das informações ,julgamento de valor do objeto avaliado através das informações tratadas e decifradas ,por definir intervenções para promover o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa. Desta forma a avaliação deve ser um espaço de mediação / aproximação /dialogo entre formas de ensino do professor que favoreça aprendizagem significativa dos alunos. Neste pensamento a avaliação preocupa-se com a forma como o aluno aprende , sem desconsiderar a qualidade de quem
  • 4. aprende e o papel primordial do professor é intervir com práticas avaliativas que promovam as aprendizagens. Quando analisamos a função da avaliação formativa, no seu sentido amplo, mais do que uma medida, ela deve dar ao aluno suporte de avançar nos seus objetivos quanto educando, tal como validar as aprendizagens no contexto escolar, onde esta avaliação sirva de feedbacks ao longo do seu processo de aprendizagem. Esta é a lógica formativa, estar á serviço da aprendizagem que se faz necessária ao aprendiz. Avaliação Formativa /Função Reguladora O processo de avaliação necessita ser desenvolvido para que focalize na melhoria da aprendizagem ajustando os processos de ensino-aprendizagem, que fundamente-se nos princípios cognitivos, construtivistas e em teorias sociocognitivas e culturais. Perrenoud (1999, p.14) “se a avaliação formativa nada mais é do que uma maneira de regular a ação pedagógica, por que não é uma prática corrente?”. Pergunta que se propaga aos nossos dias: por que é tão difícil implantá-la atualmente? Por que a avaliação oscila ainda entre estas duas lógicas: a seletiva e a formativa? A resposta ele mesmo fornece, ao afirmar que a avaliação formativa “introduz uma ruptura porque propõe deslocar”, a regulação da ação em função da dinâmica do conjunto, “ao nível das aprendizagens e individualizá-la”, ou seja, implica em intervenções pedagógicas diferenciadas pensadas até o final do processo e inseridas numa visão global de regulação das aprendizagens.
  • 5. Uma avaliação que se alinhe a lógica a serviço das aprendizagens e que realmente se enquadre ao objetivo proposto pela avaliação formativa, deve portanto ter, o caráter de contínua formação sempre pautada em análises das aprendizagens concebidas. Para Perrenoud (1999), uma avaliação formativa é: Toda prática de avaliação contínua que pretenda contribuir para melhorar as aprendizagens em curso [...] (Ibid, p.78) [...]É formativa toda avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo (Ibid, p. 103). [...] Uma avaliação somente é formativa se desemboca em uma forma ou outra de regulação da ação pedagógica ou das aprendizagens. (Ibid, p.148) Indiferentemente das dificuldades de efetivação da lógica formativa da avaliação, as correntes pedagógicas tem procurado colocar o aluno no centro focando suas aprendizagens. Pois a avaliação corroborando para a ascensão cognitiva do aluno, que deve ser vista como intervenções pedagógicas que ajuda o aluno a criar e superar seus desafios. Essa avaliação não pode ser concebida como uma sanção sobre os resultados, mas como meio para ir avançado. A avaliação deve permear todo processo de ensino-aprendizagem, retomar constantemente o processo de aprendizagem com função mediadora. Segundo Hoffmman (1998), que defende a realização e retomada de atividades de avaliação frequentes e sucessiva: “a ação avaliativa, enquanto mediação, não se caracteriza como um momento do processo educativo, mas é integrante e implícita a todo processo”. A avaliação deve ser o “instrumento dialético do avanço” (LUCKESI, 2006, p. 43), porque a aprendizagem, como cerne da ação avaliativa, é dinâmica. A avaliação deve promover momento de satisfação. Avaliação formativa na prática docente A avaliação para a prática docente caracteriza-se por uma metodologia de investigação á serviço de uma construção de conhecimento, utilidade na resolução
  • 6. de problemas concretos e desenvolvimento das ciências sociais e uma estratégia na formação profissional dp professor, como questionamento auto-reflexivo, sistemático e científico ( Silva, 1996). O processo de avaliação, epistemologicamente, para o docente se assenta na exploração dos processos da aceitação da incerteza, da tentativa, em uma postura de humildade frente á pedagogia e a avaliação, para que isso aconteça de fato, necessita-se um olhar de ação investigativa, através de uma reflexão sistêmica e estruturada para transformar a prática educativa, sendo capaz de integrar, encorajar práticas novas, explorar, emancipar diferentes modos de aprendizagens do professor bem como dos seus alunos, pensando na sua prática como iniciativa moral, democrática e crítica. Apostar na avaliação formativa, demanda do professor além de fazer uma análise sobre sua prática de ensino, dá ao aluno uma perspectiva dos pontos que ainda precisam ser melhorados na sua aprendizagem. Tal avaliação é concretizada sob estreita relação professor/aluno, promovendo a obtenção de “[...] informações relativas aos meandros por entre os quais o aluno caminha a construção do conhecimento, [para] auxiliá-lo a seguir em frente” ( SOUZA; BORUCHOVITCH, 2009, p. 205 ). Concretiza-se a partir da tomada de decisão do docente e do discente, no que se refere ao papel que cada um pode desempenhar para que a evolução da aprendizagem seja constante, assim, a avaliação formativa requer, do professor, analisar o resultado e ainda a sua forma de organizar o ensino pela necessidade constante de reformular métodos e técnicas quando o objetivo é a promoção do saber. Referencias MARTINEZ, C. L. P. Explorando o potencial da avaliação formativa: análise de uma experiência centrada na escola. 2001. 123 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2001. MATURANA, H.; VARELA, F. A árvore do conhecimento. São Paulo: Palas Athena, 2001.
  • 7. ORTON, R. E. Toward an Aristotelian model of teacher reasoning. Journal of Curriculum Studies, Basingstoke, v. 29, n. 5, p. 569-583, 1997. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. 183 p. PIAGET, J. O possível e o necessário. Trad: Manuel Campos. São Paulo: Martins Fontes, 1993. v. 1. ROSÁRIO; Pedro S.; ALMEIDA, Leandro S. As estratégias de aprendizagem nas diferentes abordagens ao estudo: uma investigação com alunos do ensino secundário. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, Coruña, v. 4, n. 3, p. 274-280, 1999. Disponível em: <http://ruc.udc.es/dspace/bitstream/2183/6699/1/RGP_4-17.pdf>. Acesso m: 02 jun. 2011.