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RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA: A PROPOSTA
 DE CONSTRUÇÃO DE UMA PARCERIA EM
      PROL DA FORMAÇÃO ÉTICA




 Atividade Reflexiva da Unidade Curricular




            Lisliê Lúcia Lima Pereira Ribeiro

                         2010
Atividade Reflexiva exigida como avaliação da
Disciplina Práticas Performativas na Relação
Educativa, sob orientação da Profa. Dra. Luciana
M. Caetano da Pós-Graduação em Supervisão
Pedagógica e Formação de Formadores com
acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da
Educação.
Título: Relação escola e família: a proposta de construção de uma parceria em
prol da formação ética
Autor: Lisliê Lúcia Lima Pereira Ribeiro
Instituição: Faculdade Mário Schenberg – Grupo Lusófona Brasil - Cotia, São Paulo,
2010
Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com
acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da Educação
Docente Responsável: Prof Dra. Luciana M. Caetano



 RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA: A PROPOSTA
  DE CONSTRUÇÃO DE UMA PARCERIA EM
       PROL DA FORMAÇÃO ÉTICA



       Ao abordar a temática escola-família, faz-se necessário uma breve
contextualização histórica dessas duas instituições sociais imprescindíveis à
educação das crianças. Comecemos pela família.
       Para Nogueira, citando Segalen: “Instituição social mutante por excelência,
a família apresenta configurações próprias a cada sociedade e a cada momento
histórico, embora sua existência seja um fato observado universalmente.”(2005:
570)
       Dentre as mutações sofridas, podemos citar novas formas de organização
familiar, por exemplo, famílias homossexuais, famílias monoparentais, número
reduzido de filhos, mulher no mercado de trabalho e, além dessas mudanças na
organização familiar, há também mudanças nos valores e atitudes na família que
a tornam mais democrática.
       A família contemporânea possui uma estrutura diferente da família de
antigamente, no entanto, não precisamos concebê-la como desestruturada ou
interpretar essa diferença como se a família estivesse se acabando.
       Nesse contexto, as relações internas à família, configuram-se, segundo
Nogueira:
“No bojo desse movimento emergem novos valores educacionais, preconizando o
         respeito pela individualidade e pela autonomia juvenis, o liberalismo na relação pais e
         filhos, que agora devem se pautar não mais pelo autoritarismo, mas sim pela
         comunicação e pelo diálogo. Em suma, os pais tornam-se os provedores de bem-estar
         psicológico dos filhos.” (Nogueira, 2005:572)


       De acordo com as palavras da autora, podemos dizer que na família
contemporânea, os pais privilegiam o diálogo, a comunicação, buscando serem
amigos dos filhos, porém, com essa postura, eles “esquecem” ou “negam” a
autoridade hierárquica nas relações familiares, e, consequentemente a educação
dos filhos.
       Para Caetano(2009), citando Sayão e Aquino:


         “Por conta desse anseio dos pais de serem vistos pelos filhos como amigos, eles tornam
         a relação quase simétrica. Entretanto, no dia a dia, eles gostariam de manter a
         hierarquia. Gostariam, mas não conseguem. Ora, fazer de conta que é amigo do filho ou
         se portar como um irmão mais velho, nada mais é do que deixá-lo sem pai nem mãe. É
         abandonar o posto. Por que as pessoas ainda têm filhos, então?” (2009: 30)


       Dizer que a comunicação, o diálogo, a relação de amizade entre pais e
filhos não é importante, seria negar todas as mutações que a família vem sofrendo
ao longo da história. Entretanto, portar-se como irmão ou amigo do filho, é deixar o
mesmo sem referências, regras e valores.
       Assim, do mesmo modo que a família mudou, a escola foi impelida a
mudar. Mudanças relacionadas à didática, ao currículo, às novas perspectivas
pedagógicas, são algumas das diversas mudanças dessa instituição. Paro nos diz:


         “o desafio das escolas hoje é sair dos extremos, buscando valorizar tanto a informação,
         como a formação, tanto o educador como o educando, tanto o método como os
         conhecimentos acumulados historicamente, resgatando ainda, a importância do grupo na
         construção de conceitos e valores.” (2002: 57)


       Esse desafio, imerso num processo de transformação da práxis, gera uma
crise e mal-estar no interior do meio educativo escolar, familiar e na relação entre
ambos. Isto leva a cogitar que a meta visada (sair dos extremos), parece não estar
sendo alcançada, uma vez que é notável um momento de “crise na educação”.
Essa crise tende a deixar os pais “sem referências consistentes”, o que contribui
para que alguns pais se sintam “ignorantes” sobre as questões educativas e
consequentemente aceitem passivamente as decisões tomadas pelo âmbito
escolar.
      No entanto. De acordo com Piaget: ”se toda criança tem direito a educação,
é evidente que os pais também possuem, o direito de serem senão educados, ao
menos informados e mesmo formados no tocante a melhor educação a ser
proporcionada a seus filhos.” (1972/2000:50)
      Segundo os autores anteriormente citados, no momento em que a escola
buscar favorecer essa informação aos pais e familiares visando uma relação
escola-família saudável e proveitosa, o desempenho e a longevidade escolar dos
educandos tenderão a ter melhores resultados. Como Caetano afirma: “quanto
mais coesa a família e a escola, por exemplo, estiverem em relação a valores e
estilos de comportamento positivo, melhor a criança poderá desenvolver suas
capacidades.”(2009: 47)
      Pensando nessa parceria que “pressupõe cooperação, no sentido de
pensar junto, aprender junto, decidir junto, trocar idéias, sentir-se parte de um
grupo” (Caetano, 2009: 54), que não faz sentido responsabilizar somente a família
pela educação moral. La Taille (2009: 230) afirma: “admitir a importância e o papel
da família não implica pensar que ela é a única instituição responsável pela
educação moral.”
      A escola que tem como um dos objetivos formar cidadãos, também precisa
contribuir para uma formação moral e ética, pois, como La Taille (2009: 232) diz:
“não há preparo possível da pessoa para o exercício da cidadania sem educação
moral”. Desse modo, a escola forma cidadãos na medida em que o educando
sabe usufruir dos seus direitos civis, sociais e políticos, e, consequentemente,
assume deveres com o Estado e a sociedade.
      Para Caetano citando Sayão “a escola deve ajudar o aluno a se libertar dos
pais.” (2009: 39). Segundo Caetano, Sayão compreende que a escola é espaço
coletivo assim a educação é para a cidadania, já a família é um espaço privado e
a educação é feita com relações afetivas, o que segundo La Taille pode mesclar
os princípios morais (2009: 231).
Como então favorecer uma formação ética pautada na parceria escola-
família? Lembrando que parceria é cooperação e que ética, de acordo com Chauí,
“...é uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores
morais.” (1996:339).
      Podemos expressar de modo amplo que a ética é a busca de uma
compreensão racional dos princípios que orientam o agir humano.
      Assim, pensar na relação escola e família em prol de uma formação ética é
urgente e necessário. Pois, uma educação capaz de promover a dignidade
humana (no âmbito moral e ético) necessita fazer apelo à reflexão, ciente de que o
espaço escolar é como diz La Taille,(2009:80) “uma verdadeira usina de sentidos,
sentidos de vida (ética) e de convivência (moral).” Desta forma, como família e
escola buscam a educação das crianças, é de suma importância que ambas
tenham uma boa relação, de forma coesa e cooperativa.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAETANO, Luciana Maria. Dinâmicas para Reunião de Pais: Construindo a
Parceria na Relação Escola e Família. São Paulo: Paulinas, 2009.

LA TAILLE, Yves. Formação Ética: do Tédio ao Respeito de Si. Porto Alegre:
Artmed, 2009.

NOGUEIRA, M.A. A Relação Escola-Família na Contemporaneidade: Fenômeno
Social/Interrogações Sociológicas. Análise Social, Lisboa, v. XL, n. 176, pp. 563-
578, 2005.

PIAGET, J. Para onde vai a educação. 15ª edição. Rio de Janeiro: José Olympio.
1972/2000.

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RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA: PARCERIA ÉTICA

  • 1. RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA: A PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE UMA PARCERIA EM PROL DA FORMAÇÃO ÉTICA Atividade Reflexiva da Unidade Curricular Lisliê Lúcia Lima Pereira Ribeiro 2010
  • 2. Atividade Reflexiva exigida como avaliação da Disciplina Práticas Performativas na Relação Educativa, sob orientação da Profa. Dra. Luciana M. Caetano da Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da Educação.
  • 3. Título: Relação escola e família: a proposta de construção de uma parceria em prol da formação ética Autor: Lisliê Lúcia Lima Pereira Ribeiro Instituição: Faculdade Mário Schenberg – Grupo Lusófona Brasil - Cotia, São Paulo, 2010 Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da Educação Docente Responsável: Prof Dra. Luciana M. Caetano RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA: A PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE UMA PARCERIA EM PROL DA FORMAÇÃO ÉTICA Ao abordar a temática escola-família, faz-se necessário uma breve contextualização histórica dessas duas instituições sociais imprescindíveis à educação das crianças. Comecemos pela família. Para Nogueira, citando Segalen: “Instituição social mutante por excelência, a família apresenta configurações próprias a cada sociedade e a cada momento histórico, embora sua existência seja um fato observado universalmente.”(2005: 570) Dentre as mutações sofridas, podemos citar novas formas de organização familiar, por exemplo, famílias homossexuais, famílias monoparentais, número reduzido de filhos, mulher no mercado de trabalho e, além dessas mudanças na organização familiar, há também mudanças nos valores e atitudes na família que a tornam mais democrática. A família contemporânea possui uma estrutura diferente da família de antigamente, no entanto, não precisamos concebê-la como desestruturada ou interpretar essa diferença como se a família estivesse se acabando. Nesse contexto, as relações internas à família, configuram-se, segundo Nogueira:
  • 4. “No bojo desse movimento emergem novos valores educacionais, preconizando o respeito pela individualidade e pela autonomia juvenis, o liberalismo na relação pais e filhos, que agora devem se pautar não mais pelo autoritarismo, mas sim pela comunicação e pelo diálogo. Em suma, os pais tornam-se os provedores de bem-estar psicológico dos filhos.” (Nogueira, 2005:572) De acordo com as palavras da autora, podemos dizer que na família contemporânea, os pais privilegiam o diálogo, a comunicação, buscando serem amigos dos filhos, porém, com essa postura, eles “esquecem” ou “negam” a autoridade hierárquica nas relações familiares, e, consequentemente a educação dos filhos. Para Caetano(2009), citando Sayão e Aquino: “Por conta desse anseio dos pais de serem vistos pelos filhos como amigos, eles tornam a relação quase simétrica. Entretanto, no dia a dia, eles gostariam de manter a hierarquia. Gostariam, mas não conseguem. Ora, fazer de conta que é amigo do filho ou se portar como um irmão mais velho, nada mais é do que deixá-lo sem pai nem mãe. É abandonar o posto. Por que as pessoas ainda têm filhos, então?” (2009: 30) Dizer que a comunicação, o diálogo, a relação de amizade entre pais e filhos não é importante, seria negar todas as mutações que a família vem sofrendo ao longo da história. Entretanto, portar-se como irmão ou amigo do filho, é deixar o mesmo sem referências, regras e valores. Assim, do mesmo modo que a família mudou, a escola foi impelida a mudar. Mudanças relacionadas à didática, ao currículo, às novas perspectivas pedagógicas, são algumas das diversas mudanças dessa instituição. Paro nos diz: “o desafio das escolas hoje é sair dos extremos, buscando valorizar tanto a informação, como a formação, tanto o educador como o educando, tanto o método como os conhecimentos acumulados historicamente, resgatando ainda, a importância do grupo na construção de conceitos e valores.” (2002: 57) Esse desafio, imerso num processo de transformação da práxis, gera uma crise e mal-estar no interior do meio educativo escolar, familiar e na relação entre ambos. Isto leva a cogitar que a meta visada (sair dos extremos), parece não estar sendo alcançada, uma vez que é notável um momento de “crise na educação”. Essa crise tende a deixar os pais “sem referências consistentes”, o que contribui
  • 5. para que alguns pais se sintam “ignorantes” sobre as questões educativas e consequentemente aceitem passivamente as decisões tomadas pelo âmbito escolar. No entanto. De acordo com Piaget: ”se toda criança tem direito a educação, é evidente que os pais também possuem, o direito de serem senão educados, ao menos informados e mesmo formados no tocante a melhor educação a ser proporcionada a seus filhos.” (1972/2000:50) Segundo os autores anteriormente citados, no momento em que a escola buscar favorecer essa informação aos pais e familiares visando uma relação escola-família saudável e proveitosa, o desempenho e a longevidade escolar dos educandos tenderão a ter melhores resultados. Como Caetano afirma: “quanto mais coesa a família e a escola, por exemplo, estiverem em relação a valores e estilos de comportamento positivo, melhor a criança poderá desenvolver suas capacidades.”(2009: 47) Pensando nessa parceria que “pressupõe cooperação, no sentido de pensar junto, aprender junto, decidir junto, trocar idéias, sentir-se parte de um grupo” (Caetano, 2009: 54), que não faz sentido responsabilizar somente a família pela educação moral. La Taille (2009: 230) afirma: “admitir a importância e o papel da família não implica pensar que ela é a única instituição responsável pela educação moral.” A escola que tem como um dos objetivos formar cidadãos, também precisa contribuir para uma formação moral e ética, pois, como La Taille (2009: 232) diz: “não há preparo possível da pessoa para o exercício da cidadania sem educação moral”. Desse modo, a escola forma cidadãos na medida em que o educando sabe usufruir dos seus direitos civis, sociais e políticos, e, consequentemente, assume deveres com o Estado e a sociedade. Para Caetano citando Sayão “a escola deve ajudar o aluno a se libertar dos pais.” (2009: 39). Segundo Caetano, Sayão compreende que a escola é espaço coletivo assim a educação é para a cidadania, já a família é um espaço privado e a educação é feita com relações afetivas, o que segundo La Taille pode mesclar os princípios morais (2009: 231).
  • 6. Como então favorecer uma formação ética pautada na parceria escola- família? Lembrando que parceria é cooperação e que ética, de acordo com Chauí, “...é uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.” (1996:339). Podemos expressar de modo amplo que a ética é a busca de uma compreensão racional dos princípios que orientam o agir humano. Assim, pensar na relação escola e família em prol de uma formação ética é urgente e necessário. Pois, uma educação capaz de promover a dignidade humana (no âmbito moral e ético) necessita fazer apelo à reflexão, ciente de que o espaço escolar é como diz La Taille,(2009:80) “uma verdadeira usina de sentidos, sentidos de vida (ética) e de convivência (moral).” Desta forma, como família e escola buscam a educação das crianças, é de suma importância que ambas tenham uma boa relação, de forma coesa e cooperativa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAETANO, Luciana Maria. Dinâmicas para Reunião de Pais: Construindo a Parceria na Relação Escola e Família. São Paulo: Paulinas, 2009. LA TAILLE, Yves. Formação Ética: do Tédio ao Respeito de Si. Porto Alegre: Artmed, 2009. NOGUEIRA, M.A. A Relação Escola-Família na Contemporaneidade: Fenômeno Social/Interrogações Sociológicas. Análise Social, Lisboa, v. XL, n. 176, pp. 563- 578, 2005. PIAGET, J. Para onde vai a educação. 15ª edição. Rio de Janeiro: José Olympio. 1972/2000.