1. O documento apresenta as etapas do exame físico em grandes animais, incluindo anamnese, exame geral, exame físico e avaliação dos parâmetros vitais.
2. As etapas do exame físico incluem inspeção, palpação, percussão e auscultação de vários órgãos e sistemas.
3. A avaliação dos parâmetros vitais mede a frequência cardíaca, respiratória e temperatura corporal, os quais fornecem informações sobre o estado g
5. EXAME FÍSICO
1. Inspeção – visualização
ü Além da postura e atitude,
ü verificar a simetria (olhos, cabeça, abdomen, membros)
ü Presença de corrimentos
2. Verificação olfativa
ü necrose interdigital, metrite, dermatites, miíases,….
3. Palpação
ü determinação das características de superfície,
consistência, delimitação, sensibilidade e aumento de
temperatura
6. EXAME FÍSICO
4. Percussão (digital ou com plexímetro)
Para sensiblidade dolorosa e percussão acústica
— Percussão Topográfica: Feita para limitar o orgão (verifica se há
alteração no tamanho do orgão)
— Percussão Comparativa: Comparar ruídos entre ou no mesmo
orgão ou cavidade
— SONS FUNDAMENTAIS:
— CLARO: Cavidades com gases e parênquima= Pulmão
— TIMPÂNICO: Cavidade com gases no interior = Rúmen
— MACIÇO: estruturas compactas, sólidas = Fígado
7. EXAME FÍSICO
5. Auscultação
— Método Indireto com uso do estetoscópio
— Tipos de sons auscultados:
ü Aéreos Puros – movimentos de gases
ü Aéreos – movimento de gases e líquido
ü Sólidos – atrito entre duas superfícies sólidas
ü Líquidos – movimento de líquidos
8. Exame das
Mucosas
Oculopalpebral
ü conjuntiva palpebral
superior,
ü conjuntiva palpebral
inferior,
ü 3a pálpebra ou
membrana nictitante
ü conjuntiva bulbar ou
esclerótica
mucosas nasal
bucal
vulvar
prepucial
Coloração e
TPC
10. Coloração das Mucosas
Equinos e Bovinos
Normal : Rósea
Palidez:
Branco rósea ou perlácia
(máximo de palidez)
Congestão:
Vermelho discreto
(irritação) até Vermelho
tijolo (Congestão)
14. Coloração das Mucosas
Cianose
A cianose é uma coloração azulada da pele e das mucosas, causada pelo
aumento da quantidade absoluta de hemoglobina reduzida no sangue.
A coloração azulada das mucosas indica um distúrbio da hematose
(troca gasosa que ocorre nos alvéolos)
16. ICTERÍCIA
Hepática
Pré-Hepática Pós-Hepática
Anemias
Hemolíticas
Obstrução do fluxo biliar
• Colangite
ü fasciolose
ü Fotossensibilização
• Abscesso
• neoplasia
Hepatites
ü Viral
ü Bacteriana
ü Tóxicas
A icterícia é o resultado da retenção de bilirrubina nos
tecidos, e ocorre devido ao aumento da bilirrubina sérica
acima dos níveis de referência
17. Avaliação da Mucosa
Nasal
— Pode se apresentar:
— Inflamada
— Edematosa;
— Eritematosa (avermelhada);
— Ulcerada
— Cobertas com secreção
muco purulenta
/ sero-sanguinolenta
18. Presença de Corrimentos
1. FLUIDO: Líquido, aquoso,
pouco viscoso e
transparente
corrimento nasal normal em
bovinos
2. SEROSO: Mais denso que
o fluido, mas ainda
transparente (Coriza)
ü processos virais, alérgicos e
precede a secreção de infecçõ
es ou inflamações
OBSERVAR QUANTIDADE, ASPECTO E SE UNI OU BI-LATERAL
19. Presença de Corrimentos
3. CATARRAL: Mais viscoso,
mais pegajoso, esbranquiçado.
4. PURULENTO: Mais denso e
com coloração variável
(amarelo-esbranquiçado,
amarelo-esverdeado).
ü Exsudato rico em neutrófílos,
indicando, por ex: processos
infecciosos, corpo estranho, etc
5. SANGUINOLENTO:
Vermclho-vivo ou enegrecido.
ü Pode resultar de traumas, distú
rbios hemorrágicos sistémicos,
Neoplasias, etc
20. Simetria dos contornos
faciais
— Exame dos ossos que cobrem seios paranasais e
fossas nasais;
— Palpação e Percussão digital
— Fístulas, tumefações, assimetrias
21. Percussão do Seio
Paranasal
— Cavidade sinusal
preenchida por líquido,
neoplasia ou material
purulento = som
abafado
— Sinusite aguda = dor
— Compara som lado
esquerdo com lado
direito
22. Seios Paranasais
— Principais afecções:
1. Infecções respiratórias virais e bacterianas
(sinusite);
2. Abscedação dos ápices dos dentes molares
caudais (4ºPM e 1ºM).
3. Hematoma etmoidal
4. Cistos e neoplasias;
O diagnóstico se dá através da percussão dos seios
na procura de sons maciços no lugar de sons
timpânicos e raio x.
24. Resumo avaliação da
Cabeça
1. Avaliar a simetria
2. Descargas nasais
3. Enoftalmia ou exoftalmia
4. Inspeção das mucosas (rósea, pálida, ictérica,
congesta/presença de úlceras)
5. Avaliam-se os seios frontais e os maxilares por
percussão
6. Palpam-se os linfonodos
25. Resumo avaliação da
Cabeça
7. Manipula-se os maxilares e a língua para avaliar
força e integridade, inspeciona-se dentes (fraturas,
pontas, perdas, CE)
8. Deve-se examinar o palato, buscando-se erosões e
ulcerações
9. Perceber o odor da cavidade oral
10.Avalia-se a função motora e sensorial da
musculatura facial e da pele (alterações
neurológicas)
31. Ausculta Cardíaca
1. Mensuração da frequência cardíaca
2. Avaliação da intensidade e características dos ruí
dos cardíacos e da área de ausculta
3. Avaliação individualizada dos ruídos cardíacos
mediante referências topográficas das áreas
valvulares em cada lado do tórax.
4. Avaliação dos sopros quanto às suas caracterí
sticas e localização dos pontos de máxima
intensidade (PMI).
32. LADO ESQUERDO 3º ao 5º EIC
Valva pulmonar 3º EIC
Valva aórtica 4º EIC
Valva mitral 5º EIC
LADO DIREITO 3º ao 4º EIC.
Valva tricúspide 4º EIC
33. EQUINO
LADO ESQUERDO - 3º ao 6º EIC
Valva pulmonar 3º EIC
Valva aórtica 4º EIC
Valva mitral 5º EIC
LADO DIREITO –3º ao 4º EIC.
Valva tricúspide 4º EIC
35. Hidratação
— A desidratação discreta (até 5%) não promove altera
ções clínicas marcantes.
Quais parâmetros são avaliados para mensurar o grau de desidratação??
36. Avaliação da Temperatura
— Mensuração:
Termômetro de Máxima (não oscila)
Espécie Categoria Temp Corpórea
Bovina
Bezerros 38,5-39,5ºC
Adultos 37,5-39,5ºC
Equina
Potros 37,2-38,5ºC
Adultos 37,8-38,5ºC
Peq Ruminantes
Jovens 38,6-40,3ºC
Adultos 38,3-39,5ºC
Lanados Até 40ºC
37. Alterações da Temperatura
Corpórea
— HIPOTERMIA
ü Ambientes Gelados
ü Hipotermia dos cordeiros (bx reserva E manter calor)
ü Animais mal nutridos
ü Hipocalcemia da parturiente
ü Hipotireoidismo
ü Choque: Hipovolêmia
ü Coma: Sinal da Morte
ü Queda TºC
ü Aumento da FC
38. Alterações da Temperatura
Corpórea
— HIPERTERMIA
A. Variações Fisiológicas:
ü Alta temperatura x Alta umidade – até 2ºC elevação
ü Exercícios: elevacão temporária – até 5ºC equinos
ü Função Reprodutiva da fêmea: variação no parto e cio
B. HIPERTEMIA EXÓGENA
ü Insolação (Radiação Solar)
C. HIPERTEMIA ENDÓGENA
ü Síndrome Febre (reduz a perda/dissipacão de calor)
39. Sinais Clínicos de
Hipertemia
— Depressão, letargia e Hipo ou Anorexia
— Boca, muflo e narina secos
— Taquicardia e Taquipnéia
— Polidipsia e oligúria (retém líquidos)
— Congestão de mucosas
— Constipação
40. Quantificação da febre
Nomenclatura
Variação da Temperatura
Corpórea
acima do normal
Febrícula Até 0,5ºC acima
Febre Baixa Até 1ºC acima
Febre
Moderada
Até 2ºC acima
Febre Alta Maior que 2ºC acima
41. Tipos de Febre
— Simples: Duração curta (menos de 3 dias)
ü Crise Hemolítica
— Contínua ou Prolongada : duração mais de 3 dias
ü Bacteremia constante (pneumonia, sepse)
— Recurrente: Intervalos regulares de Febre e Apirexia
ü Malária
— Intermitente:
ü Verdadeira (tumores, brucelose em cães)
ü Artificial (uso anti-piréticos)
45. Infecção em alguma parte do corpo
Recolhimento do microorganismo pelo Sistema linfático (LINFA)
passando por um linfonodo
Tentativa de destruição do microorganismo pelos macrófagos e
linfócitos
Hiperplasia é decorrente da absorção e da fagocitose de bactérias,
toxinas e da produção de linfócitos e anticorpos.
palpados + facilmente
46. Infarto Ganglionar – Aumento
de volume do Linfonodo
— Reação inflamatória de caráter defensivo:
ü de processos inflamatórios, infecciosos e/ou neoplá
sicos,
ü localizados ou disseminados.
— Participam de processos patológicos dentro de uma
área de drenagem, manifestando através:
ü aumento de volume,
ü sensibilidade a palpação
ü Alteração na consistência ( mole ou endurecimento).
47. Palpação do Linfonodo
— Nos processos inflamatórios e infecciosos agudos:
ü A consistência não se altera
ü Podemos denotar o aumento de volume e de sensibilidade
ü Perda de mobilidade – fibrose pelo processo inflamatório
ü Estágios finais da infecção: abcesso no linfonodo = supuração
48. Palpação do Linfonodo
— Nos processos Crônico ou Neoplásicos:
ü A consistência fica dura
ü Podemos denotar o aumento de volume e leve de sensibilidade
Leucose Bovina
49. — Aumento unilateral:
comprometimento unilateral da área de drenagem
“Processo localizado”
— Aumento generalizado dos linfonodos:
Associado a doenças sistêmicas agudas ou neoplasias
A diferenciação PI x NEOPLASIA: citologia ou biópsia.
Palpação do Linfonodo
51. Localização dos principais
linfonodos
º
L. mandibular
L.
parotídeo
L. retrofaríngeo
L. pré-escapular
L. pré-crural
L. mamário
L. Da bifurcação
aórtica
L. ileofemurais
L. Pré-femoral
L. mandibular
L. pré-escapular
L. Poplíteo
L.
parotídeo
L. mamário
L. retrofaríngeo
Nos caprinos de leite
52. Avaliação dos Linfonodos
O aumento exagerado dos linfonodos pode causar a compressão
de estruturas vizinhas, causando sintomas secundários
— Disfagia e timpanismo —> linfonodos mediastínicos
ü por compressão de vago, nos casos de tuberculose e
actinobacilose em bovinos;
— Dispneia —> linfonodos retrofaríngeos
ü compressão faríngea
— Tosse —> linfonodos mediastínicos
ü compressão de traquéia e árvore brônquica
53. Aumento do Tamanho dos
Linfonodos
Deve ser descrito usando-se termos comparativos ti-
rados da vida diária, tais como:
"caroço de azeitona",
"azeitona pequena ou grande”
"limão”
"ovo de galinha”
"laranja", entre outros.
54. Sensibilidade a Palpação
— Processos inflamatórios e/ou infecciosos AGUDOS
linfonodos sensíveis a palpação.
— Processos CRÔNICOS
Sensibilidade é normal ou discretamente aumentada
55. As alterações dos linfonodos são
características em algumas enfermidades
— Leucose enzoótica bovina
— Actinobacilose
— Tuberculose
— Paratuberculose (Doença
de Johne)
RUMINANTES
v Linfadenite caseosa
v Actinobacilose
v Tuberculose (caprinos)
v Paratuberculose
57. — Aumento unilateral:
comprometimento unilateral da área de drenagem
“Processo localizado”
— Aumento generalizado dos linfonodos:
Associado a doenças sistêmicas agudas ou neoplasias
A diferenciação PI x NEOPLASIA: citologia ou biópsia.
Palpação do Linfonodo