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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
CARACTERÍSTICAS DO RN COM
ICTERÍCIA NEONATAL
Acadêmicos: Francisca Evelen Suelen Aguiar
Jessica Natasha Brandão
Kairo Neri Santos
Leilson da Silva Lima
Macapá
2017
Disciplina: Enfermagem Ginecológica,
Obstétrica e Neonatal
INTRODUÇÃO
Icterícia
coloração amarelada da
pele, mucosa e escleróticas
hiperbilirrubinemia
↑bilirrubina
indireta no sangue
excede 5-7 mg/dL
PODE SER
Fisiológica
Patológica
Precoce
Tardia
No Brasil, 1312 RNs tiveram como causa
básica de óbito notificado, a Icterícia
neonatal, de 2004 a 2013. Do total, 44%
aconteceram na região Nordeste e 35% no
Norte.
afeta de 60 a 70% dos nascidos
a termo e de 80 a 90% dos pré-
termos
(LOPES; PAES, 2015)
(BRASIL, 2015)
Fonte:UNASUS
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com os níveis de bilirrubina
Segundo zona de risco
Significante
Grave
Extrema
BT sérica >15–17mg/dL
BT sérica >25mg/dL
BT sérica >30mg/dL
Baixa
Intermédia
Alta
Abaixo do percentil 40
Entre o percentil 40 e 95
acima do percentil 95
Nomograma de Bhutani
(BRASIL, 2011)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
(CORREA; GOMEZ; POSADA, 2012):
Edemacoloração amarelada -Anemia hemolítica
-<Hb
-Acidose
Hepatoesplenomegalia
Fadiga
FATORES DE RISCO
doença hemolítica
hereditária ou adquirida
Idade gestacional entre 35
e 36 semanas
aleitamento materno
exclusivo
Fatores étnico-raciais
Fatores familiares
cefalohematoma,
equimoses ou outros
sangramentos
(BRASIL, 2011)
• Metabolismo da Bilirrubina
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
(GALVAN et al., 2013)
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
É atribuída aos seguintes mecanismos:
Aumento da
produção de
bilirrubina
Circulação êntero-
hepática aumentada e
redução das bactérias
intestinais
Defeito de captação
da bilirrubina
Diminuição da
conjugação
Diminuição da
excreção hepática
(PARANÁ, 2013)
Em suma:
É determinada por uma maior destruição de
hemácias, imaturidade no sistema de conjugação intra-
hepática da bilirrubina indireta e maior desconjugação da
bilirrubina direta a nível intestinal por ação da
betaglucuronidase.
acontece após as 24h de vida com predomínio de bilirrubina
indireta e com aumento dos níveis de bilirrubina total não
ultrapassando 5mg/dL ao dia.
Geralmente o quadro resolve-se espontaneamente após
uma semana sem maiores complicações.
(GALVAN, 2013)
ICTERÍCIA PATOLÓGICA
Sempre que depara- se com um caso de icterícia no
período neonatal, deve-se diferenciar situações fisiológicas
de patológicas (GALVAN, 2013).
Patológica quando: é evidente, nas primeiras 24
horas, se a bilirrubina total sérica exceder os 5 mg/dL no
primeiro dia de vida, 10 mg/dL no segundo, mais de
13mg/dL nos dias seguintes, se os níveis de bilirrubina
aumentarem mais de 5mg/dL/dia ou se o recém-nascido
apresentar sinais e sintomas de doença grave (MARTINS, 2013).
ICTERÍCIA PATOLÓGICA -Causas da hiperbilirrubinemia
DOENÇAS HEMOLÍTICAS
• HEREDITÁRIAS
• ADQUIRIDAS
COLEÇÕES SANGUÍNEAS
EXTRAVASCULARES
POLICITEMIA
CIRCULAÇÃO ÊNTERO-
HEPÁTICA AUMENTADA
DEFICIÊNCIA OU INIBIÇÃO
DA CONJUGAÇÃO DE
BILIRRUBINA
(ALMEIDA; DRAQUE,2012)
ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA
 concentrações elevadas de bilirrubinas lesivas ao cérebro.
 O termo kernicterus é reservado à forma crônica da
doença, com sequelas clínicas permanentes resultantes da
toxicidade da bilirrubina.
(PARANÁ, 2013)
inicialmente com sintomas:
• hipotonia;
• debilidade de sucção;
• recusa alimentar;
• convulsões.
Aparecem as sequelas definitivas:
• paralisia cerebral espástica;
• movimentos atetóides;
• distúrbios de deglutição e fonação;
• surdez;
• deficiência mental leve a moderada.
Sintomas progride em 3 a 4
dias para:
• hipertonia; o opistótono;
o hipertermia;
• choro com tonalidade
aguda.
ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA
(PARANÁ, 2013)
DIAGNÓSTICO
 Avaliação visual do RN
 Exames bioquimicos
 Bilirrubinômetros
Semiologicamente, o diagnóstico de hiperbilirrubinemia é
feito através da avaliação subjetiva da coloração da pele e
mucosas.
Esclera: devido à
afinidade do seu
grande conteúdo de
elastina com a
bilirrubina
(MINERVI, 2013)
AVALIAÇÃO VISUAL DO RN
Fonte:sosbebe.wixsite.com/blog/single-post
CLASSIFICAÇÃO DO
GRAU DE ICTERÍCIA,
BASEADA NA INSPEÇÃO
DO RN.
(BRASIL, 2011).
AUXILIA NA ESTIMATIVA
EMPÍRICA DOS NÍVEIS DE
BILIRRUBINA NO
SANGUE
PODE SER ÚTIL
PRINCIPALMENTE NOS
LOCAIS ONDE NÃO HÁ
DISPONIBILIDADE DE
DOSAGENS
LABORATORIAIS
Zonas de icterícia de Kramer
AVALIAÇÃO VISUAL DO RN
Medem os níveis de bilirrubina direta, indireta e total no
sangue por meio da adição de reagentes e catalizadores nas
amostras sanguíneas.
(AZEKA, 2009).
Fonte: http://aprendis.gim.med.up.pt
EXAMES BIOQUÍMICOS
Os bilirrubinômetros transcutâneos que fazem uma leitura
da BTc, em mg/dL, foram estudados pormenorizadamente,
e demonstraram apresentar resultados significativamente
correlacionados, tornando-se uma ferramenta útil para
estimar os valores de BTS do RN
(SMITHERMAN et al.,2006)
Fonte: http://aprendis.gim.med.up.pt
Relativamente
simples
Não invasivos
Reduz custos
BILIRRUBINÔMETROS
 Fototerapia
 Exsanguineotransfusão
 Farmacológico
TRATAMENTO
UTILIZA A ENERGIA LUMINOSA NA TRANSFORMAÇÃO DA
BILIRRUBINA EM PRODUTOS HIDROSSOLÚVEIS, OS QUAIS
PODEM SER ELIMINADOS DO ORGANISMO SEM A
NECESSIDADE DE CONJUGAÇÃO HEPÁTICA
(ARAÚJO; VAZ; DINIZ, 2006)
FOTOTERAPIA
Fonte: thedaybookblog.com
TEM COMO PRINCIPAL
OBJETIVO REMOVER O
EXCESSO DE
BILIRRUBINA
PREVENINDO SEUS
EFEITOS TÓXICOS
SUBSTITUINDO CERCA
DE 85% DAS HEMÁCIAS
CIRCULANTES
EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
(MINERVI, 2013)
Troca-se o volume de sangue do RN equivalente ao dobro de
sua volemia
 Metaloporfirinas inibidoras da
heme-oxigenase
 Fenobarbital
 Imunoglobulina endovenosa
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
(MAISELS, 2010)
acelerarando o metabolismo
e a excreção da bilirrubina
Um caso de icterícia neonatal exige vigilância, capacidade,
respeito e sensibilidade (SENA; REIS; CAVALCANTE, 2015)
Objetivo principal no manejo do RN com icterícia é impedir os
efeitos tóxicos/deletérios dos níveis elevados de bilirrubina
indireta no sistema nervoso (MARIN; RICARDO; SGAMBATTI, 2013)
Nesse sentido, o enfermeiro é peça importante no
acompanhamento dos RN's com icterícia ou com risco de
desenvolver ela, e esse profissional é responsável por alguns
cuidados (MARIN; RICARDO; SGAMBATTI, 2013)
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
RELACIONADOS COM A FOTOTERAPIA
 Aparelho deve ser supervisionado;
 Manter a lâmpada a 20-30 cm da
superfície a ser irradiada.
 Anotar o tempo de uso da lâmpada
 Posicionamento da luz
 Atentar para a utilização de cremes e
óleos;
 Cobrir a solução parenteral e o equipo
com papel alumínio ou usar extensores
impermeáveis à luz.
RELACIONADOS AO RN
 Retirar toda a roupa da criança.
 Proteger os olhos do RN
 Mudar decúbito a cada duas horas.
 Perda de peso e uma frequência menor de alimentação.
 Observar hidratação da criança.
 Verificar a temperatura a cada 4 a 6 horas.
 Proteção Das Gônadas
 Colher amostras de sangue conforme prescrição
 Observar as características das fezes e da urina
 Interromper a fototerapia durante procedimento como banho, AM.
 Estimular aleitamento materno.
 Aplicar a fototerapia conforme os períodos e intervalos indicados.
 Observar o estado geral da criança.
 Orientar os pais sobre a indicação da fototerapia e procedimentos
efetuados.
Fonte: aventurasmaternas.com.br
RELACIONADO COM A
EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO (ET)
 A quantidade de sangue a ser trocado é de
duas volemias
 Sangue deverá ser o mais fresco possível.
 Duração de uma ET deve ser de 1 a 2 horas.
 Controle rigoroso da temperatura.
 Monitorar possíveis complicações:
bradicardia, cianose, trombose, apneia e
morte.
Avaliação e acompanhamento dos recém-nascidos quanto à
adequação da amamentação, dos fatores clínicos de risco para
Icterícia neonatal e para prestação de instruções escritas e verbais
de alta para a família (MARIN; RICARDO; SGAMBATTI, 2013).
FICHA DE ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO DO RN
Evidencia-se a contribuição do uso dos diagnósticos
de enfermagem, enquanto tecnologia, na promoção da
saúde, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos,
tendo em vista que, uma inferência diagnóstica acurada
direciona o enfermeiro para intervenções adequadas,
produzindo resultados positivos de saúde (DANTAS, 2017).
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
Levando-se em conta o que foi observado, a icterícia
neonatal é uma patologia muito frequente, afetando um alto índice
de recém-nascidos, ocasionando diversas alterações fisiológicas,
comprometendo órgãos vitais e podendo deixar sequelas
irreversíveis caso não tenha um acompanhamento adequado,
através de análises laboratoriais constantes e cuidados adequados da
Equipe Multidisciplinar, principalmente de uma assistência efetiva
da Enfermagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.F.B; DRAQUE C.M. Icterícia no recém-nascido com idade gestacional > 35 semanas.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Neonatologia. 2012.
ARAÚJO MCK; VAZ FAC; DINIZ EMA. Fototerapia. In: ALVES FILHO, N. et al. Perinatologia básica. 3
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
AZEKA, LAL. Analisador de bilirrubina no soro de neonatos utilizando espectofotometria direta.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo São Carlos. 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Informações de Saúde. Estatísticas Vitais. Mortalidade e Nascidos
Vivos: nascidos vivos desde 1994. [Internet]. Brasil: Datasus [citado 2015 Nov 17]. Disponível em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de
saúde. Brasília. 2011.
CORREA, JAV; GÓMEZ, JFR; POSADA, RS. Fundamentos de pediatría: generalidades y
neonatología. 4 ed. 2012
DANTAS, A. V. V. C. Capacidade preditiva e prognóstica das características definidoras do
diagnóstico de enfermagem Icterícia neonatal. 72f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) –
Programa de Pós-Graduação. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. 2017.
FERREIRA, D.M.V.D. Será possível melhorar o diagnóstico da icterícia neonatal?: aplicação de
técnicas de data mining.4 ed. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 2011
GALVAN, L.; OLIVEIRA, M.P; FARIAS, M.J; PANINI, A.V; CANCELIER, A.C.L. SILVA, L.R. Causas de
icterícia em neonatos internados em hospital no sul de Santa Catarina. Arq Catarin Med. 2013.
HERDMAN, T. H. NANDA International Nursing diagnoses: definitions and classification, 2015-
2017. Oxford: wiley-blackwell, 2015.
LEITE, MGC. Validação do Bilicheckâ para dosagem de bilirrubina em neonatos. Tese (Doutorado
em Pediatria) - Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas. 2007.
LOPES, L.C.; PAES, I.A.D.C. Possíveis diagnósticos e intervenções da enfermagem a neonatos em
fototerapia. Rev Científica da FHO|UNIARARAS v. 3, n. 2. 2015
MACHADO, S. P. C.; SAMICO, I. C.; BRAGA, T. D. de A. Conhecimento, atitude e prática sobre
fototerapia entre profissionais de enfermagem de hospitais de ensino. Revista Brasileira de
Enfermagem, Brasília, v. 65, n. 1, p. 34-41, fev. 2012.
MARIN MJS; RICARDO M.P.F; SGAMBATTI M.S. Abordagem domiciliar de situações clínicas
comuns materno-infantis: abordagem do recém-nascido. Universidade Federal do Maranhão.
UNASUS/UFMA. São Luís. 2013
MARTINS, F.R. Icterícia neonatal: caracterização populacional e repercussões no
neurodesenvolvimento ao longo dos primeiros três anos de vida. Dissertação (mestrado em
medicina) – Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã. 2013.
MINERVI, ELISANGELA. Avaliação do biliufpr: um analisador não invasivo de icterícia neonatal.
104f. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente) – Programa de Pós-Graduação em
Saúde da Criança e do Adolescente. Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2013.
SÁ C.A.M; SANTOS M.C.P; Carvalho M; Moreira M.E.L. Eventos adversos associados à
exsanguíneotransfusão na doença hemolítica perinatal: experiência de dez anos. Rev Paul
Pediatr. 2009
SMITHERMAN, H; STARK, A.R; BHUTANI, V.K. Early recognition of neonatal hyperbilirubinemia
and its emergent management. Semin Fetal Neonatal Med, 11(3), 214-224. 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Caderno de atenção à saúde da criança recém-nascido
de risco. Curitiba. 2013.
TAMEZ, R. N. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. 5 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013.
TRIKALINOS TA, CHUNG M, LAU J, IP S. Systematic review of screening for bilirubin
encephalopathy in neonates. Pediatrics. 2009.
MAISELS MJ. Screening and early postnatal management strategies to prevent hazardous
hyperbilirubinemia in newborns of 35 or more weeks of gestation. Sem Fetal Neonatal Med.
2010.
Icterícia neonatal: causas, sinais, tratamento e assistência de enfermagem

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Icterícia neonatal: causas, sinais, tratamento e assistência de enfermagem

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ BACHARELADO EM ENFERMAGEM CARACTERÍSTICAS DO RN COM ICTERÍCIA NEONATAL Acadêmicos: Francisca Evelen Suelen Aguiar Jessica Natasha Brandão Kairo Neri Santos Leilson da Silva Lima Macapá 2017 Disciplina: Enfermagem Ginecológica, Obstétrica e Neonatal
  • 2. INTRODUÇÃO Icterícia coloração amarelada da pele, mucosa e escleróticas hiperbilirrubinemia ↑bilirrubina indireta no sangue excede 5-7 mg/dL PODE SER Fisiológica Patológica Precoce Tardia No Brasil, 1312 RNs tiveram como causa básica de óbito notificado, a Icterícia neonatal, de 2004 a 2013. Do total, 44% aconteceram na região Nordeste e 35% no Norte. afeta de 60 a 70% dos nascidos a termo e de 80 a 90% dos pré- termos (LOPES; PAES, 2015) (BRASIL, 2015) Fonte:UNASUS
  • 3. CLASSIFICAÇÃO De acordo com os níveis de bilirrubina Segundo zona de risco Significante Grave Extrema BT sérica >15–17mg/dL BT sérica >25mg/dL BT sérica >30mg/dL Baixa Intermédia Alta Abaixo do percentil 40 Entre o percentil 40 e 95 acima do percentil 95 Nomograma de Bhutani (BRASIL, 2011)
  • 4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (CORREA; GOMEZ; POSADA, 2012): Edemacoloração amarelada -Anemia hemolítica -<Hb -Acidose Hepatoesplenomegalia Fadiga
  • 5. FATORES DE RISCO doença hemolítica hereditária ou adquirida Idade gestacional entre 35 e 36 semanas aleitamento materno exclusivo Fatores étnico-raciais Fatores familiares cefalohematoma, equimoses ou outros sangramentos (BRASIL, 2011)
  • 6. • Metabolismo da Bilirrubina ICTERÍCIA FISIOLÓGICA (GALVAN et al., 2013)
  • 7. ICTERÍCIA FISIOLÓGICA É atribuída aos seguintes mecanismos: Aumento da produção de bilirrubina Circulação êntero- hepática aumentada e redução das bactérias intestinais Defeito de captação da bilirrubina Diminuição da conjugação Diminuição da excreção hepática (PARANÁ, 2013)
  • 8. Em suma: É determinada por uma maior destruição de hemácias, imaturidade no sistema de conjugação intra- hepática da bilirrubina indireta e maior desconjugação da bilirrubina direta a nível intestinal por ação da betaglucuronidase. acontece após as 24h de vida com predomínio de bilirrubina indireta e com aumento dos níveis de bilirrubina total não ultrapassando 5mg/dL ao dia. Geralmente o quadro resolve-se espontaneamente após uma semana sem maiores complicações. (GALVAN, 2013)
  • 9. ICTERÍCIA PATOLÓGICA Sempre que depara- se com um caso de icterícia no período neonatal, deve-se diferenciar situações fisiológicas de patológicas (GALVAN, 2013). Patológica quando: é evidente, nas primeiras 24 horas, se a bilirrubina total sérica exceder os 5 mg/dL no primeiro dia de vida, 10 mg/dL no segundo, mais de 13mg/dL nos dias seguintes, se os níveis de bilirrubina aumentarem mais de 5mg/dL/dia ou se o recém-nascido apresentar sinais e sintomas de doença grave (MARTINS, 2013).
  • 10. ICTERÍCIA PATOLÓGICA -Causas da hiperbilirrubinemia DOENÇAS HEMOLÍTICAS • HEREDITÁRIAS • ADQUIRIDAS COLEÇÕES SANGUÍNEAS EXTRAVASCULARES POLICITEMIA CIRCULAÇÃO ÊNTERO- HEPÁTICA AUMENTADA DEFICIÊNCIA OU INIBIÇÃO DA CONJUGAÇÃO DE BILIRRUBINA (ALMEIDA; DRAQUE,2012)
  • 11. ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA  concentrações elevadas de bilirrubinas lesivas ao cérebro.  O termo kernicterus é reservado à forma crônica da doença, com sequelas clínicas permanentes resultantes da toxicidade da bilirrubina. (PARANÁ, 2013)
  • 12. inicialmente com sintomas: • hipotonia; • debilidade de sucção; • recusa alimentar; • convulsões. Aparecem as sequelas definitivas: • paralisia cerebral espástica; • movimentos atetóides; • distúrbios de deglutição e fonação; • surdez; • deficiência mental leve a moderada. Sintomas progride em 3 a 4 dias para: • hipertonia; o opistótono; o hipertermia; • choro com tonalidade aguda. ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA (PARANÁ, 2013)
  • 13. DIAGNÓSTICO  Avaliação visual do RN  Exames bioquimicos  Bilirrubinômetros
  • 14. Semiologicamente, o diagnóstico de hiperbilirrubinemia é feito através da avaliação subjetiva da coloração da pele e mucosas. Esclera: devido à afinidade do seu grande conteúdo de elastina com a bilirrubina (MINERVI, 2013) AVALIAÇÃO VISUAL DO RN Fonte:sosbebe.wixsite.com/blog/single-post
  • 15. CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ICTERÍCIA, BASEADA NA INSPEÇÃO DO RN. (BRASIL, 2011). AUXILIA NA ESTIMATIVA EMPÍRICA DOS NÍVEIS DE BILIRRUBINA NO SANGUE PODE SER ÚTIL PRINCIPALMENTE NOS LOCAIS ONDE NÃO HÁ DISPONIBILIDADE DE DOSAGENS LABORATORIAIS Zonas de icterícia de Kramer AVALIAÇÃO VISUAL DO RN
  • 16. Medem os níveis de bilirrubina direta, indireta e total no sangue por meio da adição de reagentes e catalizadores nas amostras sanguíneas. (AZEKA, 2009). Fonte: http://aprendis.gim.med.up.pt EXAMES BIOQUÍMICOS
  • 17. Os bilirrubinômetros transcutâneos que fazem uma leitura da BTc, em mg/dL, foram estudados pormenorizadamente, e demonstraram apresentar resultados significativamente correlacionados, tornando-se uma ferramenta útil para estimar os valores de BTS do RN (SMITHERMAN et al.,2006) Fonte: http://aprendis.gim.med.up.pt Relativamente simples Não invasivos Reduz custos BILIRRUBINÔMETROS
  • 19. UTILIZA A ENERGIA LUMINOSA NA TRANSFORMAÇÃO DA BILIRRUBINA EM PRODUTOS HIDROSSOLÚVEIS, OS QUAIS PODEM SER ELIMINADOS DO ORGANISMO SEM A NECESSIDADE DE CONJUGAÇÃO HEPÁTICA (ARAÚJO; VAZ; DINIZ, 2006) FOTOTERAPIA Fonte: thedaybookblog.com
  • 20. TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO REMOVER O EXCESSO DE BILIRRUBINA PREVENINDO SEUS EFEITOS TÓXICOS SUBSTITUINDO CERCA DE 85% DAS HEMÁCIAS CIRCULANTES EXSANGUINEOTRANSFUSÃO (MINERVI, 2013) Troca-se o volume de sangue do RN equivalente ao dobro de sua volemia
  • 21.  Metaloporfirinas inibidoras da heme-oxigenase  Fenobarbital  Imunoglobulina endovenosa TRATAMENTO FARMACOLÓGICO (MAISELS, 2010) acelerarando o metabolismo e a excreção da bilirrubina
  • 22. Um caso de icterícia neonatal exige vigilância, capacidade, respeito e sensibilidade (SENA; REIS; CAVALCANTE, 2015) Objetivo principal no manejo do RN com icterícia é impedir os efeitos tóxicos/deletérios dos níveis elevados de bilirrubina indireta no sistema nervoso (MARIN; RICARDO; SGAMBATTI, 2013) Nesse sentido, o enfermeiro é peça importante no acompanhamento dos RN's com icterícia ou com risco de desenvolver ela, e esse profissional é responsável por alguns cuidados (MARIN; RICARDO; SGAMBATTI, 2013) ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
  • 23. RELACIONADOS COM A FOTOTERAPIA  Aparelho deve ser supervisionado;  Manter a lâmpada a 20-30 cm da superfície a ser irradiada.  Anotar o tempo de uso da lâmpada  Posicionamento da luz  Atentar para a utilização de cremes e óleos;  Cobrir a solução parenteral e o equipo com papel alumínio ou usar extensores impermeáveis à luz.
  • 24. RELACIONADOS AO RN  Retirar toda a roupa da criança.  Proteger os olhos do RN  Mudar decúbito a cada duas horas.  Perda de peso e uma frequência menor de alimentação.  Observar hidratação da criança.  Verificar a temperatura a cada 4 a 6 horas.  Proteção Das Gônadas  Colher amostras de sangue conforme prescrição  Observar as características das fezes e da urina  Interromper a fototerapia durante procedimento como banho, AM.  Estimular aleitamento materno.  Aplicar a fototerapia conforme os períodos e intervalos indicados.  Observar o estado geral da criança.  Orientar os pais sobre a indicação da fototerapia e procedimentos efetuados. Fonte: aventurasmaternas.com.br
  • 25. RELACIONADO COM A EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO (ET)  A quantidade de sangue a ser trocado é de duas volemias  Sangue deverá ser o mais fresco possível.  Duração de uma ET deve ser de 1 a 2 horas.  Controle rigoroso da temperatura.  Monitorar possíveis complicações: bradicardia, cianose, trombose, apneia e morte. Avaliação e acompanhamento dos recém-nascidos quanto à adequação da amamentação, dos fatores clínicos de risco para Icterícia neonatal e para prestação de instruções escritas e verbais de alta para a família (MARIN; RICARDO; SGAMBATTI, 2013).
  • 26. FICHA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO RN
  • 27.
  • 28. Evidencia-se a contribuição do uso dos diagnósticos de enfermagem, enquanto tecnologia, na promoção da saúde, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos, tendo em vista que, uma inferência diagnóstica acurada direciona o enfermeiro para intervenções adequadas, produzindo resultados positivos de saúde (DANTAS, 2017). DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
  • 29.
  • 30. Levando-se em conta o que foi observado, a icterícia neonatal é uma patologia muito frequente, afetando um alto índice de recém-nascidos, ocasionando diversas alterações fisiológicas, comprometendo órgãos vitais e podendo deixar sequelas irreversíveis caso não tenha um acompanhamento adequado, através de análises laboratoriais constantes e cuidados adequados da Equipe Multidisciplinar, principalmente de uma assistência efetiva da Enfermagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 31. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M.F.B; DRAQUE C.M. Icterícia no recém-nascido com idade gestacional > 35 semanas. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Neonatologia. 2012. ARAÚJO MCK; VAZ FAC; DINIZ EMA. Fototerapia. In: ALVES FILHO, N. et al. Perinatologia básica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. AZEKA, LAL. Analisador de bilirrubina no soro de neonatos utilizando espectofotometria direta. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo São Carlos. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Informações de Saúde. Estatísticas Vitais. Mortalidade e Nascidos Vivos: nascidos vivos desde 1994. [Internet]. Brasil: Datasus [citado 2015 Nov 17]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília. 2011. CORREA, JAV; GÓMEZ, JFR; POSADA, RS. Fundamentos de pediatría: generalidades y neonatología. 4 ed. 2012 DANTAS, A. V. V. C. Capacidade preditiva e prognóstica das características definidoras do diagnóstico de enfermagem Icterícia neonatal. 72f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. 2017. FERREIRA, D.M.V.D. Será possível melhorar o diagnóstico da icterícia neonatal?: aplicação de técnicas de data mining.4 ed. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 2011 GALVAN, L.; OLIVEIRA, M.P; FARIAS, M.J; PANINI, A.V; CANCELIER, A.C.L. SILVA, L.R. Causas de icterícia em neonatos internados em hospital no sul de Santa Catarina. Arq Catarin Med. 2013. HERDMAN, T. H. NANDA International Nursing diagnoses: definitions and classification, 2015- 2017. Oxford: wiley-blackwell, 2015. LEITE, MGC. Validação do Bilicheckâ para dosagem de bilirrubina em neonatos. Tese (Doutorado em Pediatria) - Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas. 2007. LOPES, L.C.; PAES, I.A.D.C. Possíveis diagnósticos e intervenções da enfermagem a neonatos em fototerapia. Rev Científica da FHO|UNIARARAS v. 3, n. 2. 2015 MACHADO, S. P. C.; SAMICO, I. C.; BRAGA, T. D. de A. Conhecimento, atitude e prática sobre fototerapia entre profissionais de enfermagem de hospitais de ensino. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 65, n. 1, p. 34-41, fev. 2012. MARIN MJS; RICARDO M.P.F; SGAMBATTI M.S. Abordagem domiciliar de situações clínicas comuns materno-infantis: abordagem do recém-nascido. Universidade Federal do Maranhão. UNASUS/UFMA. São Luís. 2013 MARTINS, F.R. Icterícia neonatal: caracterização populacional e repercussões no neurodesenvolvimento ao longo dos primeiros três anos de vida. Dissertação (mestrado em medicina) – Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã. 2013. MINERVI, ELISANGELA. Avaliação do biliufpr: um analisador não invasivo de icterícia neonatal. 104f. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente) – Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2013. SÁ C.A.M; SANTOS M.C.P; Carvalho M; Moreira M.E.L. Eventos adversos associados à exsanguíneotransfusão na doença hemolítica perinatal: experiência de dez anos. Rev Paul Pediatr. 2009 SMITHERMAN, H; STARK, A.R; BHUTANI, V.K. Early recognition of neonatal hyperbilirubinemia and its emergent management. Semin Fetal Neonatal Med, 11(3), 214-224. 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Caderno de atenção à saúde da criança recém-nascido de risco. Curitiba. 2013. TAMEZ, R. N. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. TRIKALINOS TA, CHUNG M, LAU J, IP S. Systematic review of screening for bilirubin encephalopathy in neonates. Pediatrics. 2009. MAISELS MJ. Screening and early postnatal management strategies to prevent hazardous hyperbilirubinemia in newborns of 35 or more weeks of gestation. Sem Fetal Neonatal Med. 2010.

Notas do Editor

  1. Circulação êntero-hepática aumentada por níveis altos de betaglicuronidase,  A porção heme é transformada em bilirrubina não-conjugada, uma substância insolúvel ligada à albumina. No fígado, a bilirrubina e a albumina se dissociam e, na presença da enzima glucoroniltransferase, é conjugada com o ácido glicurônico,