O documento discute a mortalidade materna e infantil no Brasil, destacando a redução da mortalidade infantil nas últimas décadas, mas a taxa de mortalidade neonatal ainda aquém do desejado. Também menciona o aumento de casos de sífilis e hipertensão e apresenta a iniciativa Rede Cegonha, que visa melhorar a assistência pré-natal, parto e pós-parto através da organização dos serviços de saúde em rede e qualificação das equipes de saúde.
2. Diminuição da mortalidade infantil nas
últimas décadas
Mortalidade neonatal está aquém do
desejado
Mortes por causas evitáveis no que diz
respeito á assistência (pré-natal,intra-parto
e neonatal)
Aumento dos casos de sífilis,e da hipertensão
arterial sistêmica(causa mais freqüente de
morbi-mortalidade materna e neonatal)
A rede Cegonha
3. Conjunto de iniciativas que envolvem
mudanças:
-No processo de gravidez,parto e nascimento
-Articulação em pontos de atenção em rede
e regulação da assistência obstétrica
-Qualificação Técnica das equipes
- Melhoria da ambiência dos serviços de saúde
-Ampliação dos serviços
-Humanização do parto e do nascimento
4. Humanização do parto e do nascimento, com
ampliação das ppler baseadas em evidência;
Organização dos serviços de saúde enquanto
uma rede de atenção à saúde (RAS);
Acolhimento da gestante e do bebê, com
classificação de risco em todos os pontos de
atenção;
Vinculação da gestante à maternidade;
Gestante não peregrina;
Realização de exames de rotina com resultados
em tempo oportuno
5. O Brasil tem registrado redução na
mortalidade materna desde 1990. Naquele
ano, a razão de mortalidade materna (RMM)
corrigida era de 140 óbitos por 100 mil
nascidos vivos (NV),
Enquanto em 2007 declinou para 75 óbitos
por 100 mil NV, o que representa uma
diminuição de aproximadamente a metade.
6. As mortes maternas podem ser classificadas
como obstétricas diretas ou indiretas.
As mortes diretas resultam de complicações
surgidas durante a gravidez, o parto ou o
puerpério (período de até 42 dias após o parto),
decorrentes de intervenções, omissões,
tratamento incorreto ou de uma cadeia de
eventos associados a qualquer um desses fatores.
As mortes indiretas decorrem de doenças
preexistentes ou que se desenvolveram durante a
gestação e que foram agravadas pelos efeitos
fisiológicos da gestação, como problemas
circulatórios e respiratórios.
7. Assistência pré-natal adequada
Detecção precoce de situações de risco
Sistema ágil de referência hospitalar
Direito á acompanhante
Boas práticas,
Acolhimento com classificação de risco
Tem potencial de diminuir a morbi-
mortalidade materna e fetal
8. Entende-se por avaliação pré-concepcional a
consulta que o casal faz antes de uma
gravidez,objetivando identificar fatores de
risco ou doenças que possam alterar a
evolução normal de uma futura gestação.
Constitui, assim, instrumento importante na
melhoria dos índices de morbidade e
mortalidade materna e infantil.
9. História reprodutiva-diagnosticar e tratar
condições pré-existentes
Revisar a história obstétrica
Registro da história menstrual
História familiar para risco genético-beta
talassemia,anemia falsiforme,síndrome de
down..
Avaliação médica-hipertensão pulmonar
primária,diabetes mellitus,doenças auto-
imunes
10. Rastreamento para doenças infecto-
contagiosas - rubéola, vírus da hepatite B,
citomegalovírus, toxoplasmose, anti-hiv I e II
Determinação da exposição á medicamentos
Avaliação nutricional - IMC, discutir hábitos
alimentares, ác. fólico 4mg
Avaliação social-uso de álcool, tabaco,
expositores ambientais, cafeína, violência
domestica, dificuldades financeiras
11. O objetivo do acompanhamento pré-natal é
assegurar o desenvolvimento da gestação,
permitindo o parto de um recém-nascido
saudável, sem impacto para a saúde
materna, inclusive abordando aspectos
psicossociais e as atividades educativas e
preventivas.
12. Principal indicador do prognóstico ao
nascimento
Segundo OMS o número ideal de consultas
seria igual ou superior a seis:
Consultas mensais até 28 semanas
Quinzenais de 28 a 36 semanas
Semanais até o parto
Após 41 semanas encaminhar para avaliação do
bem-estar fetal e indução de parto
13. 1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à
Saúde até a 12ª semana de gestação(captação precoce)
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos,
materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal.
3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a
solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do
resultado dos exames preconizados no atendimento pré-
natal.
4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de
seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos
intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente
um cuidado biológico: "rodas de gestantes".
5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da
gestante para o atendimento pré-natal, quando
necessário.
14. 6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado
(realização de consultas, exames e ter acesso a
informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-
natal do(a) parceiro(a)".
7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência
especializada, caso seja necessário.
8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do
parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de
Parto".
9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e
visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à
luz (vinculação).
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os
direitos garantidos por lei no período gravídico-
puerperal.
15. Após a confirmação da gravidez, em consulta
médica ou de enfermagem, dá-se início ao
acompanhamento da gestante, com seu
cadastramento no SisPreNatal.
Os procedimentos e as condutas que se
seguem devem ser realizados
sistematicamente e avaliados em toda
consulta de pré-natal. As condutas e os
achados diagnósticos sempre devem ser
anotados na Ficha de Pré-Natal e no Cartão
da Gestante.
16. A sequência de consultas (mensalmente, se
possível)visitas domiciliares e grupos educativos.
O Cartão da Gestante, com a identificação
preenchida, o número do Cartão Nacional da
Saúde
O hospital de referência para o parto e as
orientações sobre este;
O calendário de vacinas e suas orientações;
A solicitação dos exames de rotina;
As orientações sobre a participação nas
atividades educativas (reuniões e visitas
domiciliares).
17. Idade menor do que 15 e maior do que 35
anos;
Ocupação: esforço físico excessivo, carga
horária extensa, rotatividade de horário,
exposição a agentes físicos, químicos e
biológicos, estresse;
Situação familiar insegura e não aceitação da
gravidez, principalmente em se tratando de
adolescente;
18. Situação conjugal insegura;
Baixa escolaridade (menor do que cinco anos
de estudo regular);
Condições ambientais desfavoráveis;
Altura menor do que 1,45m;
IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou
obesidade.
Fatores relacionados à história reprodutiva
anterior: Recém-nascido com restrição de
crescimento, pré-termo ou malformado;
Macrossomia fetal;
19. Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;
Intervalo interpartal menor do que dois anos ou
maior do que cinco anos;
Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais
partos);
Cirurgia uterina anterior;
Três ou mais cesarianas.
Fatores relacionados à gravidez atual:
Ganho ponderal inadequado;
Infecção urinária;
Anemia.
20. Fatores relacionados às condições prévias:
Cardiopatias;
Pneumopatias graves (incluindo asma
brônquica);
Nefropatias graves (como insuficiência renal
crônica e em casos de transplantados);
Endocrinopatias (especialmente diabetes
mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo
21. Doenças hematológicas (inclusive doença
falciforme e talassemia);
Hipertensão arterial crônica e/ou caso de
paciente que faça uso de anti-hipertensivo
(PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de
idade gestacional – IG);
Doenças neurológicas (como epilepsia);
Doenças psiquiátricas que necessitam de
acompanhamento (psicoses, depressão grave
etc.);
22. Doenças autoimunes (lúpus eritematoso
sistêmico, outras colagenoses);
Alterações genéticas maternas;
Antecedente de trombose venosa profunda
ou embolia pulmonar;
Ginecopatias (malformação uterina,
miomatose, tumores anexiais e outras);
Portadoras de doenças infecciosas como
hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV,
sífilis
23. terciária (USG com malformação fetal) e
outras DSTs (condiloma);
Hanseníase;
Tuberculose;
Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
24. Restrição do crescimento intrauterino;
Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;
Gemelaridade;
Malformações fetais ou arritmia fetal;
Distúrbios hipertensivos da gestação
25. Sindromes hemorrágicas
Pré-eclampsia
Eclampsia
Crise hipertensiva
Amniorexe prematura
Isoimunização rh
Anemia grave
Trabalho de parto prematuro
Gestação acima de 41 semanas
29. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
PALPAÇÃO ABDOMINAL COM PERCEPÇÃO DA
DINÂMICA
MEDIDA DE ALTURA UTERINA
AUSCULTA DE BATIMENTOS CÁRDIO-FETAIS
VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE EDEMAS
EXAME GINECOLÓGICO COM COLETA DE
MATERIAL PARA COLPOCITOLÓGICO
EXAME DAS MAMAS
TOQUE VAGINAL
30. No exame físico, os mais importantes
componentes que precisam ser incluídos na
primeira visita pré-natal são os seguintes:
peso, altura, pressão arterial, avaliação de
mucosas, da tireoide,das mamas, dos
pulmões, do coração, do abdome e das
extremidades
31. No exame ginecológico/obstétrico, deve-se
avaliar a genitália externa, a vagina, o colo
uterino e, no toque bidigital, o útero e os
anexos. Após a 12ª semana, deve-se medir a
altura do fundo uterino no abdome. A
ausculta fetal será possível após a 10ª-12ª
semana, com o sonnar-doppler.
32. Datação clínica-através da regra de
Nagelle,medida de fundo uterino(20 semanas
na cicatriz umbilical),ausculta de batimentos
cardio-fetais,percepção de movimentos
fetais
Datação pela ultrassonogafia- mais acurada
nas primeiras 12 semanas
33. Nutrição balanceada- suplementação de
ferro
Controle de peso- baseia-se no IMC pré-
gestacional normalmente o ganho de peso
total é de 11 a 15 quilos para IMC normal;
IMC baixo até 18; acima do peso no máximo
11 quilos
1 a 2.5 quilos primeiro trimestre, depois 300
a 400g por semana
Se até a metade da gestação não tiver ganho
4.5 kg deve ser reavaliado o estado
nutricional
34. Náuseas e vômitos recomendações não
farmacológicas- evitar alimentos gordurosos
e apimentados, se alimentar em intervalos
curtos e em pequenas quantidades; fazer um
lanche á noite que contenha proteína
Exercícios aeróbicos- Contra-indicações-
DHEG, rotura prematura das membranas,
TPP, Incompetência istmo-cervical, CIUR,
SANGRAMENTO PERSISTENTE.
35. Hemograma
Tipagem sanguínea e fator Rh
Coombs indireto (se for Rh negativo)
Glicemia em jejum
Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR
Teste rápido diagnóstico anti-HIV
Anti-HIV
Toxoplasmose IgM e IgG
Sorologia para hepatite B (HbsAg)
Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU, EQU)
Ultrassonografia obstétrica
Citopatológico de colo de útero (se for necessário)
Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica)
Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica)
36. Teste de tolerância para glicose com 75g, se
a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se
houver fator de risco (realize este
examepreferencialmente entre a 24ª e a 28ª
semana)
Coombs indireto (se for Rh negativo)
37. Hemograma
Glicemia em jejum
Coombs indireto (se for Rh negativo)
VDRL
Anti-HIV
Sorologia para hepatite B (HbsAg)
Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for
reagente
Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU)
Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de
37 semanas de gestação)
39. Tipagem sanguínea Rh negativo e parceiro Rh
positivo ou fator Rh desconhecido
Solicite o teste de Coombs indireto:
Se for negativo, deve-se repeti-lo a cada 4
semanas, a partir da 24ª semana;
Quando for positivo, deve-se referir a
gestante ao pré-natal de alto risco.
40. VDRL POSITIVO- TRATE A GESTANTE E O
PARCEIRO
VDRL NEGATIVO REPETE NO TERCEIRO
TRIMESTRE
41.
42. Trate a gestante para infecção do trato urinário
(ITU) empiricamente, até o resultado do
antibiograma.
Solicite o exame de urina tipo I (sumário de
urina) após o término do tratamento.
Em caso de ITU de repetição ou refratária ao
tratamento, após ajuste da medicação com o
resultado do antibiograma, é necessário referir a
gestante ao pré-natal de alto risco.
Caso haja suspeita de pielonefrite, é necessário
referir a gestante ao hospital de referência
43. De 109 óbitos 47 genitoras tiveram ITU na gestação (43,12%)
44.
45.
46. >11 ausência de anemia-suplementação de
ferro 40 mg dia a partir de 20 semanas
8 a 11 anemia leve a moderada-investigue
parasitoses,suplementaçaõ com120-240 mg
de ferro,repetir com 60 dias
<8 encaminhamento ao pré-natal de alto
risco
47. Jejum -85 a 119 realizar o TTG 75 g de 24 a
28 semanas
Glicemia de jejum>110 DM GESTACIONAL
TTG 75G -0,1,2 HORAS-VALORES 92,180,153