O documento discute os princípios da terapêutica homeopática, incluindo: (1) a ação lenta dos medicamentos homeopáticos não significa ineficácia, (2) o tempo de resposta do organismo depende da natureza aguda ou crônica da afecção, (3) a homeopatia veterinária mostra a eficácia da ciência mesmo sem efeito placebo.
1. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
Falsa crença - o medicamento homeopático de
ação lenta, razão pela qual o tempo de
resposta do organismo para com o remédio
deixaria a desejar.
Preconceito gerado por uma desinformação
popular, que muitos contrários à homeopatia
gostam de divulgar.
2. Tempo de reação do organismo -
proporcional ao tempo da afecção:
processo agudo por exemplo: uma
pneumonia, teremos a resposta em poucas
horas; porém, se a afecção estiver
instalada há anos;
processo crônico como uma alergia:
teremos a resposta do organismo em
algumas semanas e a cura instalada em
meses ou anos, dependendo de cada caso.
3. A tese da cura com tratamento homeopático
relacionada a questões emocionais cai por
terra no exemplo da veterinária pois os
animais não sabem que estão sendo
medicados e por conseqüência não são
capazes de através de crença, obter a cura.
Portanto a homeopatia veterinária é a maior
prova que tal ciência é muito eficiente, tão ou
talvez até mais que a medicina alopática
convencional
4. Porque tratamento homeopático?
Estilo de vida mais saudável,
Insucesso no tratamento tradicional,
Redução dos efeitos indesejáveis dos
medicamentos alopáticos,
Diminuição de custo,
Relação mais humana no atendimento.
5. Consulta homeopática
Tempo do atendimento
1vez – 60 minutos
Retornos – 30 minutos.
Visao de totalidade
Individualidade – cada ser e único.
6. Análise medicamentos
Busca-se cada substância o mais adaptada ao
caso, ou seja, a natureza do medicamento deve
ser o mais semelhante possível ao paciente
Substância medicinal tem que ser semelhante a
natureza da doença:
Ex: Doença aguda = medicamento agudo
Doença violenta – medicamento violento
7. Na consulta, o homeopata escuta, interroga,
observa e examina o paciente, para obter a
mais perfeita totalidade dos sintomas e sinais
capazes de espelhar a imagem do seu estado
enfermo particular.
Fichas clínicas – anotação de todas
informações disponibilizdas pelo paciente e
seus acompanhantes.
Após consulta identificação do simillimun.
8. Matéria médica alopática – descreve drogas
utilizadas pela medicina convencional em
suas características físico-químicas e
história natural a homeopática caracteriza-
se pela sua farmodinâmica, por meio da
experimentação fisiológica realizada no
homem sadio.
Repertório – Compilação de todos os
sintomas organizados em ordem alfabética,
para agilizar a consulta médica.
9. Classificação das Doenças
Quadros agudos consequentes de estados
crônicos ocultos.
Tratamento adequado – exploração de
todos os sintomas incluídos emocionais e
mentais.
Doenças epidêmicas e infecciosas
específicas.Ex.: febre amarela e o
sarampo.
10. Doença aguda
É aquela que pode durar horas, dias,
ou meses com tendência a usar o
organismo como uma espécie de
hospedeiro temporário. Por tanto a
tendência deste agente patógeno é
abondonar o organismo devido cura
espontânea do mesmo.
11. Doença Crônica
É aquela cuja força dinâmica
permance no organismo, ressurgindo
em episódios periódicos dando a
impressão nestas exacerbações que
se trata de uma nova doença de
diferente origem.
12. § 72 – organon
“…As doenças dos homens são, de um lado,
processos mórbidos; tais processos tendem a
completar seu curso de um modo mais ou menos
moderado, num curto período de tempo – são as
chamadas doenças agudas;
por outro lado, são doenças que, insignificantes e
muitas vezes imperceptíveis a princípio, afetam
dinamicamente o organismo vivo, cada uma à sua
própria maneira, afastando-se gradativamente do
estado de saúde de tal modo que a energia vital,
chamada força vital, destinada a preservar a saúde,
somente lhes opõe, no início e ao longo de seu curso,
uma imperfeita resistência, inadequada e inútil,
sendo, porém, incapaz, através de sua própria força,
de destruir a doença por si mesma, tendo que sofre,
impotente, a sua expansão e a sua propria
transformação cada vez mais anormal, até a
destruição final do organismo; são as chamadas
doenças crônicas…”
13. Noxa X Suscetibilidade
As noxas (agente patôgeno, nocivo) naturais que afetam
nossa vida necessitam fundamentalmente da receptividade
do terreno para atuar (suscetibilidade);
A suscetibilidade é, em síntese, o desequilíbrio vital anterior
às manifestações patológicas, como vibrações anormais,
para cuja anormalidade deve-e procurar o médico até sua
total desaparição;
A suscetibilidade pode ser preenchida pelo medicamento
homeopático, e se está satisfação for completa, teremos
encontrado o simillimum e o indivíduo entrará em estado de
perfeita harmonia de sua energia vital, ou seja, saúde.
14. Sinais e Sintomas
Definição:
O sintoma traduz a pertubação do equilíbrio
biológico, segundo o relato espontâneo do
doente.
É o aspecto subjetivo da doença, que não é
observado pelo médico.
Os sinais, são aspectos do desequilíbrio orgânico
detectáveis, pelo próprio paciente, pelo médico,
pelos familiares, amigos, etc. ex.: convulsão,
palidez, etc.
15. Existem quatro personagens que se
destacam na relação inicial médico e relação
final paciente. São de vital importância para o
homeopatia, São eles:
o enfermo;
a enfermidade;
o médico;
o medicamento
16. As moléstias, doenças ou enfermidades se
exprimem através dos sintomas, porém o
medicamento ao ser experimentado também
provoca sintomas próprios que o caracterizam.
Quando os sintomas do medicamnto e os
sintomas do enfermo (e não da enfermidade)
coincidem, sendo aquele um pouquinho maior
em força dinâmica que os do enfermo, passa-
se a ter um sintoma ou identifica-se uma força
dinâmica ou “doença artificial” que
predominando no organismo, anulam a ação da
enfermidade.
17. Como duas coisas não podem ocupar o
mesmo lugar no espaço, só pderá ocorrer
o equilíbrio dinâmico da energia vital que
passa a vigorar. Estabelece-se então a
saúde. A isso se chama curar.
18. Sintomas importantes nos quadros clínicos:
O sintoma mais importante no quadro clínico
é o que chamamos do EU do paciente.
Esse EU, é dito pelo paciente com destaque
durante o relato de sua queixa. Constitui o
que chamamos Sintomas Gerais de
importância diagnóstica. São importantes
porque permite se determinar o medicamento
a ser usado e conhecer a forma reativa do
paciente.
19. Em grau de importância vem a seguir os
sintomas “MEU” e “MINHA”. A estes sintomas
chamamos de sintomas particulares. Esses
sintomas são por assim dizer “localizados”pelo
cérebro do paciente nesta ou naquela região.
Sintomas comuns
Não são eficazes para a escolha do
medicamento. Expressam apenas sintomas
obrigatórios para um diagnóstico nozológico.
Porém, mesmo estes sintomas se qualificados,
poderão também sofrer alívio com os
medicamentos homeopáticos.
20. Sintomas Mentais
São verdadeiros Indicativos de uma boa
prescrição pois, são aqueles em que o paciente
revela sua intenção através da fisionomia,
sensações, gestos, atitude, repentes, fantasias,
etc.
21. Sintomas Estranhos Raros e Peculiares
Embora criticados pelos descrentes da
homeopatia e até mesmo ignorados por
muitos clínicos, são sintomas úteis e até
mesmo indispensáveis, pois caracterizam
uma modalidade importantíssima do pacinete
que permite a descoberta do medicamento
simillimum. Podem estar juntos ou não na
esfera física, emocional ou mental
22. Sintomas negativos
São praticamente de nenhuma
importância. Em homeopatia para que
um medicamento tenha ação
verdadeiramente homeopática,
devemos cobrir com o medicamento
escolhido, todos os sintomas do
paciente, porém o paciente não
precisa ter todos os sintomas do
medicamento.
23. Sintomas Alternantes
Estes aparecem quando outros sintomas
dsaparecem momentaneamente ou somem por
longo tempo, no mesmo setor do organismo.
Ex.: riso e choro alternados – Nux moschata e
Merc. Sol.
Erupção e asma alternados – Sulphur, Rhus tox
Sintomas particulares com sintomas mentais.
24. Sintomas Cruzados
Esses sintomas podem ziguezaguear na
parte superior e inferior do corpo.
Ex.: dor no ombro esquerdo e quadril direito –
Ledum palustre
Enfim, a observação atenta e o estudo dos
sinais e sintomas são para os homeopatas e
pedra angular para uma boa prescrição.
25. § 2 – Organon
“O mais alto ideal da cura é o
restabelecimento rápido, suave e
duradouro da saúde ou remoção e
destruição integral da doença pelo
caminho mais curto, mais seguro e menso
prejudicial, segundo fundamentos
nitidamente compreensíveis”.
26. Preparação Homeopática
Ponto de partida
Forma farmacêutica básica
Própria droga
Preparação
TM ou droga solúvel diluição + sucussão
Droga insolúvel triturações sucessivas
27. Drogas solúveis
Usa-se etanol em diferentes graduações
alcoólicas:
Para as 3 primeiras dinamizações da
escala CH
Para as 6 primeiras dinamizações da
escala DH
29. Drogas insolúveis
Usa-se lactose:
3 primeiras dinamizações da escala CH
4 primeiras dinamizações da escala DH
Sucussão
Manual: golpear fortemente o fundo do frasco 100
vezes de forma ritmada contra um anteparo semi-
rígido.
Mecânica: através de aparelhos mecânicos
denominados dinamizadores.
30. Método da trituração
Ponto de partida: Drogas insolúveis
Insumo inerte: Lactose
Técnica de preparo
Pesar a droga e lactose
Dividir a lactose total a ser utilizada em 3 partes iguais.
Colocar a primeira parte de lactose no gral de porcelana e
triturar por 2 minutos, para tapar os poros do gral.
Acrescentar a droga a ser triturada a esta primeira porção
de lactose, de acordo com a escala CH ou DH.
Raspar o gral por 4 minutos
Triturar 6 minutos
No final de 60 minutos teremos a primeira trituração CH ou
DH, dependendo da proporção droga/lactose.