O documento discute a estrutura lógica do discurso argumentativo, definindo conceitos/termos, proposições e argumentos como seus elementos constituintes.
2. O discurso argumentativo: estrutura
• O discurso argumentativo é analisado segundo as suas
componentes que são:
• 1. Os Conceitos ou Termos
O primeiro elemento que compõe a estrutura do
discurso argumentativo é o conceito.
O conceito é uma abstração, ou ideia. É produto do
pensamento e pretende pensar e referir classes de
objetos com as mesmas características.
3. Os conceitos expressam-se por termos
• Termo é a parte linguística do conceito, expressa um
conceito:
• Pode haver o mesmo termo com conceitos diferentes:
• Exemplo: Vela (pode ser um objeto de cera para iluminar ou um
objeto que serve para suportar o vento e permitir a um barco
navegar.
• Também pode haver o mesmo conceito com diferentes termos:
Exemplo: Dog, cão, perro.
4. Em lógica formal o termo pode ser
substituído por uma letra.
• Aos conceitos, quando expressos numa linguagem , chamamos
Termos Gerais.
• Distinguem-se dos termos singulares que expressam nomes,
classes com apenas um elemento.
• Na lógica formal (que faz abstração do conteúdo) ou dedutiva
podemos formalizar os conceitos substituindo-os por letras
porque o seu conteúdo é irrelevante.(chamam-se variáveis).
5. Juízos ou proposições
• A relação entre conceitos/termos permite manifestar o nosso
conhecimento do mundo. Exemplo:
“O Sol é uma estrela. “ ou “ O Sol não é um planeta” Ao
relacionar conceitos fazemos juízos, isto é declarações sobre
os conceitos. Nestas declarações pode-se afirmar ou negar um
conceito de outro.
6. Proposições
• Os juízos, quando são traduzidos numa qualquer linguagem,
chamam-se proposições.
• AS PROPOSIÇÕES SÂO FRASES DECLARATIVAS COM
VALOR DE VERDADE, isto é, podem ser verdadeiras ou
falsas.
• Serão verdadeiras quando o conteúdo do que é pensado e dito
corresponde à realidade e falsas se isso não ocorrer.
7. Nem todas as frases são proposições.
• Há frases que não são proposições porque não são
verdadeiras nem falsas. Por exemplo:
“Aconselho-te a pagar impostos” ou “ Importas-te de fechar a
porta!”
A proposição é o conteúdo da frase (O juízo que a frase
enuncia).
8. A proposição é o conteúdo da frase
• FRASES DIFERENTES PODEM CORRESPONDER À
MESMA PROPOSIÇÃO.
Exemplo: "Le garçon est simpatique"
"O rapaz é simpático"
• Ou
• "O governo representa o poder executivo"
• " O poder executivo é representado pelo governo"
9. Em lógica formal podemos usar uma
linguagem simbólica
• Na linguagem da lógica formal porque podemos substituir a
linguagem natural por uma linguagem simbólica, uma vez que
em lógica formal o conteúdo do que se diz é irrelevante e
apenas interessa a forma lógica ou estrutura do raciocínio.
10. Tipos de proposições:
• São muitos os juízos/proposições que fazemos sobre a
realidade. Vamos estudar quatro tipos de proposições, as mais
elementares:
Proposições simples, chamadas Categóricas: Forma padrão: A
é B. Exemplo: “Estrela é um astro com luz própria.” Estudadas
por Aristóteles.
”
11. Proposições complexas
Proposições complexas, formadas por duas ou mais
proposições simples.
Condicionais ou hipotéticas; Forma padrão: Se A então B
Exemplo: “Se as estrelas são astros então são corpos do
universo”
Disjuntivas: Forma padrão; Ou A ou B “ Ou as estrelas são
acessíveis ao homem ou só podemos fazer conjeturas sobre
elas.”
Conjuntivas: Forma padrão A e B " O autor da Metafísica é grego
e é filósofo"
12. Os raciocínios ou argumentos
• 3. Os Raciocínios ou Argumentos.
Com os juízos/proposições podemos construir raciocínios. Os
raciocínios quando expressos numa linguagem chamam-se
argumentos. Os raciocínios/argumentos são inferências em que
de uma ou mais proposições retiramos uma outra que é a
conclusão.
13. Premissas e conclusão
Os elementos que constituem o argumento são as
Premissas (as proposições que sustentam
racionalmente a conclusão) e
A conclusão ( proposição sustentada e justificada pelas
premissas).
Os argumentos são o objeto de estudo da lógica.
14. Na análise lógica do discurso:
• Devemos saber isolar os argumentos.
• Distinguir as premissas da conclusão.
• Indicadores de premissas: Porque, Já que..., Dado que...sendo
que...etc
• Indicadores de conclusão:
• Logo, então, portanto, daí, por isso. etc
15. Há duas grandes classes de argumentos:
DEDUTIVOS E INDUTIVOS
• Os argumentos dedutivos são estudados na lógica formal
porque podem ser reduzidos a uma forma lógica.
Os argumentos dedutivos utilizam nas premissas e conclusão
proposições do tipo que vimos acima. Sendo chamados de
Silogismos (se utilizam proposições categóricas) Hipotéticos
(se utilizam proposições hipotéticas) e Disjuntivos (Se utilizam
proposições disjuntivas) e conjunções.
16. Argumentos não dedutivos ou indutivos
• Para além dos raciocínios/argumentos dedutivos há outros
tipos de raciocínios/argumentos não dedutivos ou indutivos que
são estudados pela lógica informal. Estes não podem ser
reduzidos a uma forma lógica, a sua validade depende do
conteúdo das premissas e da conclusão.
17. Exemplo de argumentos dedutivos:
• Com proposições simples categóricas:
• ARGUMENTO NA FORMA PADRÃO:
• PREMISSA 1 - Todos os filósofos são pensadores lógicos.
• PREMISSA 2 - Sócrates é filósofo.
• CONLUSÃO - Logo, Sócrates é um pensador lógico.
18. Argumentos dedutivos com proposições
complexas condicionais:
• Argumentos na forma padrão:
• PREMISSA 1 - Se os filósofos defendem uma certa visão do
mundo então têm de usar argumentos.
PREMISSA 2 – Os filósofos defendem uma certa visão do
mundo.
• CONCLUSÃO - Então têm de usar argumentos.
19. ENTIMEMAS
• São argumentos em que uma das premissas está oculta mas se
subentende.
• Exemplo:
• Sócrates é filósofo. Logo, estuda lógica.
• (FALTA A PREMISSA TODOS OS FILÓSOFOS ESTUDAM LÓGICA)
• O objetivo da lógica é avaliar a validade dos argumentos, deste
modo devemos colocar os argumentos com a forma padrão-
21. Texto
• A solução não é a tecnologia. A tecnologia está na moda e
parece que vamos consertar a natureza com a tecnologia.
Só que a única coisa que conseguimos fazer com a
tecnologia foi acabar com muito do ambiente. Ainda
temos muito a aprender com a natureza. Isto não quer
dizer que a tecnologia não possa ajudar, mas a primeira
coisa é estudar. Ainda não estudámos todos os pontos de
como funciona uma floresta. As árvores são capazes de
fotossíntese e nós não conseguimos replicar isso com
tecnologia, até agora. Fazemos painéis solares muito
poluentes, com muitos gastos. Não há comparação com o
que faz a natureza. Além disso, é preciso perceber que o
que é mais barato para parar o CO2 [dióxido de carbono]
são as árvores.
22. Selecione o argumento
• Estabeleça as premissas e a conclusão.
• O que não faz parte do argumento não interessa.