A ética deontológica de Kant e sua autonomia da vontade
1. CONCLUSÃO DA ÉTICA
DEONTOLÓGICA DE KANT
• A importância da ética de
Kant.
• A autonomia da vontade.
• Críticas a esta teoria.
2. A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA DE KANT
• Encontrar um fundamento e uma razão universal para a ação
correta.
• Demonstrar qual a atitude ética e moral correta e como ela é
acessível embora muito difícil.
• Tornar o pensamento ético e moral independente da religião e da
fé.
3. LIBERDADE E AUTONOMIA DA VONTADE
• A finalidade da moral é permitir a autonomia do sujeito
face a qualquer lei que não seja a lei racional.
• A vontade autónoma é aquela
que
• Submete-se à lei moral que o indivíduo tem para si
mesmo.
• Quer o que é correto de acordo com a razão. Procura
razões.
• Não é tomada por medos ou desejos de benefícios ou
castigos, que advém da ação que escolhe.
• BOA VONTADE
• Heteronomia da vontade
• Segue uma lei moral que lhe é exterior.
• A lei moral vigente na sociedade.
• Exemplo: Não minto porque toda a ente diz que é errado
mentir.
4. A VONTADE BOA: VALOR MORAL INTRÍNSECO
• Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem
a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto
é segundo princípios, ou: só ele tem uma vontade.
• isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a
razão, independentemente da inclinação, reconhece como
praticamente necessário, quer dizer como bom”
• Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos
costumes, Ed.70, Lx, 1997, p. 47/48
5. AS LEIS MORAIS DETERMINAM A VONTADE SÃO A
PRIORI.
• Aqui trata-se, porém, da lei objetiva-prática, isto é, da
relação de uma vontade consigo mesma enquanto essa
vontade se determina só pela razão, pois então tudo o que
se relaciona com o empírico desaparece por si, porque, se a
razão por si só determina o procedimento (é essa
possibilidade que vamos agora investigar), terá de fazê-lo
necessariamente a priori.
• Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos costumes, Ed.70, Lx, 1997, p. 47/48
6. O OBJETIVO DA ÉTICA DEONTOLÓGICA DE KANT
• A questão ética é uma questão da liberdade e não de submissão a uma autoridade
externa, social, política ou religiosa.
• A liberdade é a autonomia da vontade face a essas regras e normas e a capacidade
da vontade obedecer ao imperativo categórico.
• À lei que o sujeito a si próprio impõe, ao que considera necessário.
• O homem é naturalmente mau. A Ética e a moral contrariam essa maldade natural.
Permitem que a liberdade seja a capacidade humana para criar as suas leis de
conduta.
• A única forma de agir contrariando a má vontade é agir com uma vontade
desinteressada pelos seus interesses egoístas. (boa vontade)
7. RAZÕES:
• Porque a lei apresenta-se com a forma de um imperativo que
coloca cada sujeito como representando todos e deste modo a
ação não tem motivações egoístas. Ao agir está a representar
todos, a lei a que se submete a vontade será igual para todos os
homens que a ela querem recorrer.
• Só pode ser moral aquele que quer recorrer à lei porque essa
vontade é “ santa” é uma boa vontade.
• Só a boa vontade é a virtude primeira e tem valor moral.
• Porque todas as virtudes como a coragem ou a honestidade se
não forem motivadas por uma boa vontade não têm valor.
8. OS LIMITES DA TEORIA
• 1ª Crítica
• Ética demasiado formal e fria pois não têm em conta a realidade
que o que nos motiva é o sentimento e que sem piedade (por
exemplo) nunca ajudaríamos ninguém. Porque a razão porque
ajudas é porque o outro precisa, a tua ação é condicionada pela
necessidade que te toca e não porque o dever e a lei te obrigam a
fazê-lo.
9. 2ª CRÍTICA
• Não terão as consequências importância para avaliar as nossas
ações?
• Kant afirma que não porque as consequências da ação não estão
sob o controlo do sujeito, mas de fatores variáveis, logo, o sujeito
não pode ser responsável.
• Contra exemplo:
• No caso da menina judia…devemos revelar onde estava escondida
se um soldado nos perguntasse, só para não mentir. Não será
moralmente repreensível ser indiferentes ao destino da menina?
10. 3ª CRÍTICA
• Pode haver máximas contrárias e ambas universalizáveis. Nesse
caso há um dilema moral que a ética deontológica não resolve.
• Exemplo: Máximas em conflito: “Deves ajudar sempre um amigo
em apuros.”
• “Não deves mentir.”
11. 4ª CRÍTICA
• Pode então haver máximas diferentes que são igualmente
universalizáveis.
• Exemplo: deves mentir para salvar alguém
• Contraria o argumento de Kant que nunca devemos mentir. A
máxima “deves mentir” é autodestrutiva porque as pessoas
perderiam a confiança umas nas outras.
12. • Quando Kant propõe […], enquanto princípio fundamental da moral, a lei «Age de modo que a tua regra de conduta possa ser
adotada como lei por todos os seres racionais», reconhece virtualmente que o interesse coletivo da humanidade, ou, pelo
menos, o interesse indiscriminado da humanidade, tem de estar na mente do agente quando este determina
conscienciosamente a moralidade do ato. Caso contrário, Kant estaria [a] usar palavras vazias, pois nem sequer se pode
defender plausivelmente que mesmo uma regra de absoluto egoísmo não poderia ser adotada por todos os seres racionais,
isto é, que a natureza das coisas coloca um obstáculo insuperável à sua adoção. Para dar algum significado ao princípio de
Kant, o sentido a atribuir-lhe tem de ser o de que devemos moldar a nossa conduta segundo uma regra que todos os seres
racionais possam adotar com benefício para o seu interesse coletivo.
• John Stuart Mill, Utilitarismo, Porto, Porto Editora, 2005
• Na resposta a cada um dos itens de 2.1. a 2.4., selecione a única opção adequada ao sentido do texto. Escreva, na folha de
respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
• .1. Segundo Stuart Mill, Kant verdadeiramente valoriza
• (A) as circunstâncias da ação.
• (B) o interesse da humanidade.
• (C) o imperativo categórico.
• (D) um imperativo hipotético.
13. Os limites da promessa
Um amigo quer lhe contar um segredo e pede que você prometa
não contar a ninguém. Você dá a sua palavra. Ele conta que
atropelou um pedestre e, por isso, vai se refugiar na casa de uma
prima. Quando a polícia o procura querendo saber do amigo, o que
faz?
Conta à polícia?
Não conta à polícia?
14. PROBLEMA
• Eichmann coronel nazi, em julgamento,
defende-se com a ideia de Kant de que agiu em
cumprimento do seu dever.
• https://www.youtube.com/watch?v=TtXJNcwT1
c
• https://www.youtube.com/watch?v=I6l4BJy1rH
s