O documento descreve as glândulas salivares, incluindo sua anatomia, função e principais patologias. As glândulas salivares são divididas em maiores (parótidas, submandibulares e sublinguais) e menores, e secretam saliva para lubrificação, digestão e imunidade. Processos inflamatórios, obstrutivos e neoplásicos podem acometer as glândulas salivares.
2. Introdução
• Dois grupos exócrinos de glândulas salivares
• Maiores
• Parótidas
• Submandibulares
• Sublinguais
• Menores
• Mucosa da cavidade oral, faringe, cavidade nasal e seios paranasais
• Função
• Secreção de saliva
• Lubrificação
• Digestão
• Imunidade
3. Introdução
• Dois grupos exócrinos de glândulas salivares
• Maiores
• Parótidas
• Submandibulares
• Sublinguais
• Menores
• Mucosa da cavidade oral e faringe
• Função
• Secreção de saliva
• Lubrificação
• Digestão
• Imunidade
Dificuldade para engolir, falar, uso de próteses dentárias, mais suscetíveis a
ulceras orais;
Candida albicans
Reduz qualidade de vida
4. Introdução
• Processo patológicos
• Inflamatórios/infecciosos
• Agudo
• Crônico
• Obstrutivos
• Neoplásicos - <3% dos tumores de cabeça e pescoço
• Benignos
• Malignos
5. Introdução
• Processo patológicos
• Inflamatórios/infecciosos
• Agudo
• Crônico
• Obstrutivos
• Neoplásicos - <3% dos tumores de cabeça e pescoço
• Benignos
• Malignos
Parótidas>submandibulares>salivares menores>sublinguais>ectópicas
Origem em células basais de ductos em vez do ácino glandular
6.
7. Embriologia
• Entre 6-8ª semana de gestação
• Divertículos orais ectodérmicos se estendem para mesoderma
adjacente
• Formação de brotos ductais
• Revestidos internamente por células ciliadas
• Células externas mioepiteliais
• Durante 12ª semana, originado do ectoderma do trato respiratório,
surgem as glândulas salivares menores.
8.
9. Anatomia – Glândulas salivares menores
• Aglomerados submucosos de
tecido glandular na cavidade
oral, faringe, cavidades nasais
• Lábios, mucosa oral e no
palato
• Tonsilas e região supraglótica.
11. Anatomia - Parótidas
• Tecido subcutâneo da região pré-auricular
• Posterior ao ramo da mandíbula
• Lobos cirúrgicos
• Superficial
• Profunda
• Ducto parotídeo (Stensen)
• Trajeto paralelo ao arco zigomático, superficialmente ao masseter;
• Curva medial na região anterior do masseter em direção ao bucinador
• Perfura o masseter e entra na cavidade oral na altura do 2º dente molar sup.
Nervo facial
Veia retromandibular
18. Anatomia - Sublinguais
• Região anterior do assoalho da boca
• Acima do milo-hioideo, lateralmente ao gênio-hioideo
• Ductos de Rivinus
• Terminam em vários orifícios junto as pregas sublinguais no assoalho da boca
20. Ultrassonografia
• Fácil acesso e custo baixo
• Baixa sensibilidade
• Região profunda da parótida
• Sombra acústica da mandíbula
• Estadiamento – avaliação de estruturas profundas e base do crânio
22. Ressonância magnética
• Partes moles com grande definição
• Avaliação de lesões suspeitas (especialmente parótidas) é o método de
escolha
• Glândula (alto sinal T1)
• Lesões ficam evidentes em T1 e T1 FS
• Alto sinal em T2 – sugere benignidade (73%)
• Contraste
• Curva de concentração
• Pico em 120 seg.
• washout 30%
• Sialografia por RM
23. Sialografia
• Radiografia contrastada limitada à avaliação de ductos das glândulas
parótidas e submandibulares
• Contraindicado em processos inflamatórios agudos.
• Utilização de substâncias secretagogas facilita a cateterização
24. Tomografia por emissão de pósitrons - PET
• Fluordeoxiglicose – FDG
• Neoplasia com alto metabolismo glicolítico
• Ávida captação
• Avaliação qualitativa e quantitativa – Standardized uptake value (SUV)
• Acoplamento com imagens de TC e RM
• Cintilografia
• Avaliação funcional – tecnécio 99m
• Imagens estáticas e pós-secretagogo
• Sjögren
26. Sialolitíase
• Parótidas secreção serosa
• Demais com secreção mais viscosa
• Submandibular mais acometida (80-90%)
• Alcalina, viscosa, trajeto ascendente do ducto orifício menor
• Geralmente de fosfato de cálcio
• Ácido úrico
27.
28. Sialoadenite crônica recorrente
• Aumento de volume e edema da glândula
• Difusa ou localizada
• Geralmente associada a oclusão parcial crônica
• Estreitamento distal com dilatação proximal
• Dilatação ductal intraglandular.
30. Sialoadenites infecciosas
• Fatores de risco para estase salivar
• Obstrução ou lesão do ducto
• Redução e alteração da secreção salivar
• Sjögren
• Idosos
• Desidratados
• Radioterapia
• Bacterianas
• Staphylococcus aureus
• Virais
• Paramixovírus - Caxumba
31. Imagem – Sialoadenites infecciosas
• US
• Aumento difuso da glândula
• Ecotextura difusamente heterogênea, hipoecogênicidade
• Áreas císticas de permeio
Parótidas
Direita Esquerda
32. Imagem – Sialoadenites infecciosas
• US
• Aumento difuso da glândula
• Ecotextura difusamente heterogênea, hipoecogênicidade
• Áreas císticas de permeio
33. Imagem – Sialoadenites infecciosas
• Tomografia
• Aumento difuso da glândula
• Heterogênicidade e hiperdensidade
• Realce difuso após a administração do meio de contraste endovenoso
34. Imagem – Sialoadenites infecciosas
• RM
• Aumento difuso da glândula
• T2
• Alto sinal quando há predomínio de edema
• Baixo sinal quando há predomínio de infiltrado celular
35. Sialoadenites crônicas
• Geralmente multifatorial
• Infeccioso
• Mecânico-obstrutivo
• Imunológico
• Radioterapia e iodoterapia
• Sialoadenites crônicas
granulomatosas
• Micobacterias
• Fungos
• Doença da arranhadura do gato
• Enterobiu vermicularis
• Reações medicamentosas
• Idiopática
• Clínica
• Agudas recorrentes
• Aumento progressivo da glândula
com episódio de agudização
• Aumento glandular progressivos
assintomático
• Histopatologia
• Infiltrado linfoplasmocitário
• Fibrose e atrofia acinar
• Predomínio periductal
• Granulomas não caseosos
• Sarcoidose
• Arterite necrosante
• Wegener
36. Achados de Imagem
• US
• Inespecífico
• LFN intraglandular ?
• TC e RM
• Heterogenicidade
• Áreas de baixa atenuação – fibrose
• Dilatações acinares e ductais – alto sinal T2
• Redução volumétrica em estágios tardios
37.
38. Síndrome de Sjögren
• Doença autoimune
• Tríade
• Xerostomia
• Ceratoconjuntivite seca
• Outras doenças autoimunes associadas
• Linfoma de células B e MALT. (RR de 44)
• Mulheres na 5ª e 6ª décadas
• Preferencialmente parótidas (85%) e submandibulares
39.
40. Imagem – Síndrome de Sjögren
• Sialografia
• Depósitos puntiformes (<1mm) do meio de contraste;
• Depósitos globulares (1 – 2mm) do meio de contraste;
• Coleções cavitárias (>2mm) do contraste;
• Destruição do parênquima glandular.
• Cintilografia
• Demonstra quantitativamente a perda de função glandular
41.
42.
43. • US
• Ecogenicidade reduzida
• Ecotextura heterogênea
• Multiplas pequenas áreas císticas
45. Outras Sialoadenites Crônicas
• Induzida por radiação
• Aguda
• Edema por lesão de vasos periductais
• Obstrução de pequenos ductos
• US
• Aumento de volume
• Hipoecoide
• TC/RM
• Realce mais intenso pelo meio de contraste endovenoso
• Crônico
• Redução volumétrica
• Heterogêneas
46. Outras Sialoadenites Crônicas
• Sialoadenites granulomatosas
• Síndrome de Heertford
• Manifestação rara da sarcoidose
• Uveíte, inflamação parótida e febre
• Tuberculose
• Aguda com formação de abscesso
• Pseudotumoral
47. Doenças císticas
• Glândulas menores
• Mucoceles
• Glândulas maiores
• Congênitos
• Dermoides
• Fendas branquiais – 1º e 2º arcos branquiais
• Linfoepiteliais ou ductais
• Rânula
• Sialocisto
• Adquiridos
• Cistos parotídeos relacionados ao HIV
48. Adquiridos – Cistos ductais
• Relacionados a causas de obstrução ductal parcial, formações
expansivas, processos inflamatórios, pós-traumáticos ou
complicações de manipulação cirúrgica.
• Parótidas – sialocistos
• Sublinguais – rânula
• Sialoceles – formações císticas ductais pós-traumáticas
• Pneumoceles – preenchidas por bolhas gasosas nos ductos principais
• Sopradores de instrumentos musicais
49. Cistos Linfoepiteliais – Cistos parotídeos
relacionados ao HIV
• Processos expansivos benignos ou malignos intraparotídeos
• Maioria cistos linfoepiteliais benignos
• Associado a linfonodomegalia regional
• Hiperplasia de células basais dos ductos estriados e linfofolicular
intraglandular
• Volumoso aumento ductal obstrutivo
51. Rânulas
• Simples – cisto verdadeiro
• Geralmente na sublingual
• Acima do milo-hioideo
• Elevação do assoalho bucal
52. Rânulas
• Simples – cisto verdadeiro
• Geralmente na sublingual
• Acima do milo-hioideo
• Elevação do assoalho bucal
• Mergulhante
• Mucocele por ruptura da rânula simples
• Presença de células epiteliais
• Abaixo do milo-hioideo
• Abaulamente região submentoniana
53. Neoplasias de Glândulas Salivares
• Raros
• 3% de todos os tumores em adultos
• 1% na pediatria
• Avaliação por imagem
• Localização
• Caracterização da lesão
• Estadiamento
• Clínica
• Massa indolor
• Quanto menor o tamanho da glândula, maior o risco que a neoplasia seja
maligna (adultos)
• Infiltração da pele, paralisia do nervo facial e linfonodomegalia regional -
malignidade
54. Neoplasias de Glândulas Salivares
• Raros
• 3% de todos os tumores em adultos
• 1% na pediatria
• Avaliação por imagem
• Localização
• Caracterização da lesão
• Estadiamento
• Clínica
• Massa indolor
• Quanto menor o tamanho da glândula, maior o risco que a neoplasia seja
maligna (adultos)
• Infiltração da pele, paralisia do nervo facial e linfonodomegalia regional -
malignidade
56. Adenoma Pleomórfico
• Tumor misto benigno
• 70% das neoplasias da parótida – 90% da superficial
• 50% das submandibulares
• 6% das sublinguais
• Mulheres após 3ª década de vida
• 1% dos casos multicentricidade
• Crescimento lento
• Tratamento cirúrgico ou radioterapia
• Nervo facial – lesão geralmente cirúrgica
57. Adenoma Pleomórfico
• Formado por componentes epitelial, mioepitelial e estroma
• Sem atividade mitótica significativa
• Pode sofrer metaplasia condral ou óssea
• Lesão nodular circunscrita – geralmente capsula fibrosa
• Forma irregular e superfície bocelada
• Alterações degenerativas e císticas
• Recorrência
• Cápsula incompleta
• Extensão pericapsular
• Ruptura intraoperatória
• Transformação maligna entre 2% – 7%
58. Achados de Imagem
• US
• Massa solitária, ovalada, com margens bem definidas, contornos regulares,
hipoecoide e homogênea
• Vascularização interna evidente
• Reforço acústico
• Lesões maiores
• Áreas císticas de permeio
• Calcificações distróficas
61. Achados de Imagem
• TC
• Homogênea e hiperatenuante em relação ao parênquima adjacente
• Realce moderado e tardio (5-10 min)
• Lesões maiores
• Áreas císticas de permeio
• Sangramentos
65. Tumor de Warthin
• Cistoadenoma papilar linfomatoso
• Geralmente na cauda parótida
• Pode ser encontrada em LFN periparotídeos
• Homens idosos – TABAGISTAS
• Células epiteliais oncocíticas dispostas em duplas cama, delimitadas
por cistos e projeções papilares, associado a um estroma linfoide
variável
• Transformação maligna <1%
66. Achados de Imagem
• US
• Massa de limites bem definidos, hipoecoida e heterogênea, sólida ou com
componente sólido-cístico
• Pode ser puramente cística – cisto complexo
68. Achados de Imagem
• TC
• Hipoatenuante com realce mínimo ou ausente
• Dependente do componente sólido
• Sem calcificações
69. Achados de Imagem
• RM
• Hipossinal em T1 e hipersinal em T2
• Realce dependente do componente sólido
70. Schwannoma
• Nervo facial
• Crescimento lento e indolor
• Imagem
• Semelhante ao adenoma pleomórfico
• Cistos periféricos
• Impregnação moderada pelo meio de contraste
71. Oncocitoma
• Idosos
• Irradiação em 20%
• Hipercelular
• Multicentricidade e bilateralidade em 7%
• Imagem
• Inespecífico
• Características benignas
73. Neoplasias Malignas
• Diferentemente das demais neoplasias de cabeça e pescoço, não há
associação clara do etilismo e tabagismo com estas neoplasias.
• Fatores de risco
• Radiação ionizante (iodoterapia, radioterapia, sobreviventes de acidentes)
• Vírus (Epstein-barr)
• Exposição ambiental (mineração e exposição ao asbesto, chumbo, níquel ou cromo
• Hormônios (receptores de estrogênio, progesterona e de androgênios)
• Predisposição genética
74. Neoplasias Malignas
• Carcinoma mucoepidermoide
• Carcinoma adenoide cístico
• Carcinoma de células acinares
• Adenocarcinoma polimórfico de baixo grau
• Carcinoma de ductos salivares
• Carcinoma oncocítico
• Carcinoma ex-adenoma pleomórfico
• Carcinoma indiferenciado
75. Carcinoma mucoepidermoide
• Natureza epitelial, relacionada aos ductos glandulares
• Mais comum (30% das malignas)
• Qualquer grupo etário, sendo a mais comum na faixa pediátrica
• 50% nas parótidas e 45% nas glândulas salivares menores
• Histologia
• Baixo grau – indistinguível de adenoma pleomórfico
• Grau intermediário
• Alto grau
76. Achados de Imagem
• US
• Baixo grau podem ser císticas
• Grau intermediário e alto grau – massas de limites imprecisos e heterogêneas
• TCRM
• Avaliação de invasão de estruturas adjacentes
• Espaço profundo
• Lesões com alto sinal em T2- benignas
• Lesões com sinal baixo ou intermediário em T2 – malignidade
• Baixos valores do mapa de ADC
79. Carcinoma Adenoide Cístico
• Lesão maligna que mais frequentemente acomete as glândulas
submandibulares e sublinguais
• 20-30% dos tumores malignos que acometem as glândulas menores
• Indivíduos entre 55 e 75 anos
• Tendência a disseminação perineural
• Gl. Parótida
• Dor e paralisia facial
• Alta recidiva = 86-95%
• Metástase em 50%
• Geralmente sem disseminação linfonodal
80. Carcinoma Adenoide Cístico
• Crescimento celular – classificação em grau 1, 2 e 3
• Cribiforme = + comum
• Tubular
• Sólido
• Achados de Imagem
• TC/RM
• Extensão perineural e meníngea
• Sinal intermediário em T1 e T2
• Impregnação pelo gadolínio
• Baixos valores no mapa ADC
82. Carcinoma de Células Acinares
• 2º mais comum da parótida e na faixa pediátrica
• Achados inespecíficos na imagem
83. Carcinoma Ex-adenoma Pleomórfico
• Transformação maligna dos elementos epiteliais de um adenoma
pleomórfico
• 6ª e 8ª décadas de vida
• Transformação maligna diretamente relacionada ao tempo do
adenoma
• Rápido crescimento de lesão já conhecida
• Comprometimento linfonodal
• Invasão de estruturas adjacentes
84. Achados de Imagem
• Infiltrativa
• Focos hemorrágicos
• Sinal intermediário em T1 e T2
• Impregnação heterogênea
• Restrição verdadeira