8. ANATOMIA
Secções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível hipotimpânico:
– Porção mais abaixo da cavidade timpânica
– Ant-Med: tuba auditiva
L M
– Canal Musc. Tensor do tímpano: paralelo à
tuba
– Imagens:
• Canal carotídeo
Boneco de neve
• Fossa jugular
• Abertura da tuba auditiva
• Fissura petro-occipital
• ATM
• Porção descendente do NVII
9. ANATOMIA
Secções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível Timpânico:
– Canal auditivo externo
– Canal carotídeo
– Aqueduto coclear
– Processo longo do martelo
10. ANATOMIA
Secções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível mediotimpânico:
– Porção central da cavidade timpânica
– Limitada lateralmente pelo escudo
(esporão) e pela membrana timpânica
– Imagens:
• Membrana timpânica
• Processo longo do martelo
• Aqueduto colcear
11. ANATOMIA
Secções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível do Canal Auditivo Interno e Epitímpano:
– Epitímpano forma a porção superior da
orelha média
– Porções maciças do martelo e a bigorna
– Ligado ao antro mastóideo (aditus ad
antrum).
– Cabeça redonda do martelo + bigorna
(articulação incudomaleolar)
– Estapédio: arco sobre a janela oval
– Canal auditivo interno
12. ANATOMIA
Secções Axiais: Caudais a Cefálicas
• Nível do Canal Semicircular Lateral:
– Canal semicircular
– Aqueduto vestibular
– Ducto endolinfático (RM)
– Antro mastoide (promontório)
– Células da mastoide
– TC: canal semicircular posterior e sua
ampola
19. TÉCNICAS DE IMAGEM
• TC e RM são complementares.
• TC de alta resolução:
– Avaliar anatomia
– Estruturas ósseas
– Espaços aéreos
• RM:
– Fluido cerebroespinhal
– Cérebro
– Nervos cranianos
– Vasos sanguíneos
• Radiografia convencional
– Controles pós-operatórios (implantes cocleares)
20. TÉCNICAS DE IMAGEM
• TC de alta resolução:
– 0,5 – 1mm
– Contraste não é essencial para avaliação (se processo
infeccioso ou neo)
– Adquirir as imagens com FOV aberto fechado em cada
ouvido
– Axial / Coronal / Sagital
– Projeção de Stenvers (oblíquo longitudinal):
• fraturas e espiras da cóclea
– Imagens tridimensionais
21. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• Distúrbios neurossensoriais
• Distúrbios de condução
• Avaliar o canal do nervo facial cuidadosamente.
– Dentro do assoalho da orelha média ou atravessando a janela
oval.
• Malformações do labirinto membranoso TC normal.
• ANORMALIDADES DOS OSSÍCULOS
– Fusão do martelo e da bigorna à parede epitimpânica lateral
– Anquilose do colo do martelo na placa atrésica.
– Deformidades no processo longo da bigorna.
22. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• MICROTIA:
• Atresia ou ausência da orelha externa.
• Estreitamento ou agenesia do canal auditivo ósseo externo.
• Associada a anomalias da orelha média.
– Síndromes (Pierre Robin, Goldenhar)
23. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• DEFORMIDADE DE MICHEL
• 3ª semana embriológica.
• Ausência total de desenvolvimento da orelha interna.
• CAVIDADE COMUM
• 4ª semana.
• Cavidade labiríntica simples.
• Sem presença de vestíbulo, cóclea ou canais semicirculares.
24. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• MALFORMAÇÃO DE MONDINI
• 7ª semana.
• Ausência, hipoplasia ou presença de apenas uma espira
rudimentar da cóclea.
• Geralmente bilateral e associado a dilatação do aqueduto
vestibular.
Projeção de Stenvers
25. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• GRANDE AQUEDUTO VESTIBULAR
• 5-8as semanas.
• Dilatação do aqueduto vestibular e do saco
endolinfático.
• Evento isolado
27. LESÕES INFLAMATÓRIAS
• OTITE MÉDIA AGUDA E SUBAGUDA
• Opacificação da orelha média.
• Mastoidite: opacificação ou níveis de fluido nas células aéreas da
mastoide.
• Otite média serosa ≠ otite purulenta.
• Otite média subaguda: espessamento focal ou difuso da mucosa.
• RM: sugere complicações intracranianas (abscesso epidural,
empiema subdural, trombose do seio sigmoide)
29. LESÕES INFLAMATÓRIAS
• OTITE MÉDIA CRÔNICA E MASTOIDITE CRÔNICA
• Formação de tecido de granulação obscurece margens dos
conteúdos da orelha média.
• Timpanoesclerose calcificações da membrana timpânica, dos
ligamentos, dos ossículos e da mucosa.
• Membrana timpânica retraída.
• Células da mastoide pouco desenvolvidas.
32. LESÕES INFLAMATÓRIAS
COLESTEATOMA
• Perfuração crônica da membrana timpânica;
• Maioria ocorre no segmento da pars flacida;
• Expandam-se para o antro/mesotímpano, causando
deslocamento medial dos ossículos;
• TC – formação tecidual no ouvido médio, associada à
destruição óssea (do escudo, dos ossículos e do tegumento
timpânico);
• Difícil diferenciar OMC de colesteatoma na TC;
33. LESÕES INFLAMATÓRIAS
• RM – não diferencia colesteatoma de outras lesões
inflamatórias;
• Se colesteatoma > 5 mm – imagens ponderadas de difusão
com sinal hiperintenso;
• Pode ocorrem paralisia facial e erosão do canal facial;
• Raro fístulas para o labirinto, expansão para cápsula óptica ou
fossa craniana média;
34.
35.
36. LESÕES INFLAMATÓRIAS
OTITE EXTERNA MALIGNA (necrozante)
• Infecção por Pseudomonas;
• Idosos, imunodeprimidos, diabéticos;
• Pode cursar com destruição óssea e acometer os tecidos
moles adjacentes, inclusive a naso/orofaringe (fissuras de
Santorini);
• Acometimento intracraniano (meningite, osteomielite dos
ossos do crânio)
37. TC/RM
• Espessamento dos tecidos moles do CAE; formação tecidual
no ouvido médio e mastóide;
• Extensão para tecidos moles adjacentes e destruição óssea
associada;
• Pode realce pelo contraste com múltiplos abscessos focais;
38.
39. LESÕES INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO INTRACRANIANO OTOGÊNICO
• Tem origem nos processo inflamatórios do temporal;
• Localização epidural, lobo temporal e cerebelo;
• Apicite petrosa – TC – destruição óssea do ápice petroso; RM
- hiperintensa T1, sinal misto em T2 com contraste;
• Pctes com lesões do ápice petroso cursam com a sind. de
Gradenigo (paresia do abducente e neuralgia do trigêmeo);
40. • Colesteatomas – podem acometer a fossa craniana média e
posterior;
• TC/RM – elevação e realce da dura-máter com extensão de
pus para o espaço epidural;
41. NEOPLASIAS BENIGNAS
OSTEOMAS E EXOSTOSES
• Tumores benignos mais comuns do osso temporal;
• Osteomas – surgem no processo mastóide, na bigorna e no
CAI;
• Exostoses – massas ósseas multinodulares de ambos os canais
auditivos externos; associação com exposição prolongada a
água fria (nadadores);
• TC – áreas de ossos densos;
42.
43. NEOPLASIAS BENIGNAS
SCHWANOMAS ACÚSTICOS
• Tumores benignos do VIII PC ocorrem no CAI/ângulo
cerebelopontino, surgindo na junção das células da glia com
as de Schwann; Associação com neurofibromatose tipo 2;
• Sintomas dependem da localização do tumor (há compressão
dos nervos coclear e vestibular (CAI) – zumbido, diminuição
acuidade auditiva;
• RM método de escolha (nervo espessado e com realce pelo
contraste; podem ser císticos;); diferencia schwanomas
pequenos dos nervos normais;
44. NEOPLASIAS BENIGNAS
• Podem ser massas pequenos ou grandes;
• Grandes – distorção da fossa posterior; hérnia de tronco,
hidrocefalia e compressão do IV ventrículo;
• TC alta resolução – mostras alterações ósseas do CAI, porus
acusticus e cápsula óptica; Assimetria dos CAI > 2mm sugere
MASSA!!
45.
46.
47.
48.
49. NEOPLASIAS BENIGNAS
SCHANOMAS DOS NERVOS FACIAIS
• Mais comuns no gânglio geniculado, labirinto e segmentos timpânicos;
• Sintomas – diminuição da acuidade auditiva, paralisia facial...
• RM – lesão isointensa T1 e iso/hiperintensa em T2;
• TC – erosões ósseas da porção antero-superior do CAI e do gânglio
geniculado são sugestivas;
• Pode disseminação extracanicular – massa tumoral localizada além do
canal do nervo facial, na área supralabiríntica, orelha média, mastóide,
parótida;
50.
51. NEOPLASIAS BENIGNAS
MENINGIOMAS
• Raros no osso temporal; maioria ocorre no osso petroso
posterior; pode no ângulo cerebelopontino;
• RM – lesõs isointensas, com realce na fase com contraste;
comum espessamento com realce que corresponde a dura-
mater (cauda dural);
• TC – lesões calcificadas, podem simular exostoses e raramente
acometem o CAI;
52.
53. NEOPLASIAS BENIGNAS
PARAGANGLIOMAS
• Ocorrem no VIIII e X PC; tumores mais comuns do ouvido
médio, e o segundo mais comum do osso temporal;
• São vasculares com crescimento lento; surgem de células
quimiorreceptoras;
• Histologia de feocromocitoma; secretam catecolaminas em
10% casos;
• Multicêntricos – 10%, comportamento variável (benignos,
malignos, mas ambos localmente agressivos;
54. NEOPLASIAS BENIGNAS
• Nomenclatura de acordo com a localização;
• Tumores do glomus (bulbo jugular);
• Tumores da orelha média (glomus tympanicum);
• No corpo carotídeo;
• No glânglio do nervo vago (glomus vagale);
• Sintomas dependem da localização;
55. NEOPLASIAS BENIGNAS
Tumores da orelha média (glomus tympanicum):
• Surgem no promontório coclear, afetam a orelha média e a
mastóide;
• TC – formação tecidual homogênea no promontório coclear
sem destruição óssea, com realce pelo contraste
56.
57. NEOPLASIAS BENIGNAS
Tumores do glomus jugular
• TC – destruição óssea na separação da fossa jugular e do
hipotímpano;
•
• A invasão infra-labiríntica pode destruir as porções horizontal
e vertical do canal carotídeo;
• Comum o tumor disseminar-se para o pescoço pelo sistema
jugular;
58.
59. NEOPLASIAS BENIGNAS
CISTOS EPIDERMÓIDES
• São massas de restos ectodérmicos embriônicos; podem
surgir em qlq parte do osso temporal;
• CAE – keratosis obturans;
• CAI – erosão óssea;
• São lesões expansivas císticas, bem definidas com contornos
nítidos;
60. CISTOS EPIDERMÓIDES
• RM – hipointenso T1 e hiper T2, sem realce pelo contraste;
Difusão – hiperintenso;
• TC – hipodenso; pode simular cisto aracnóide; as lesões
podem ser sólidas e calcificadas;
61.
62.
63. NEOPLASIAS BENIGNAS
HEMANGIOMAS
• Mais comuns no glânglio geniculado, mas podem ocorrer no
CAI;
• TC – lesão de esclerose mista, com erosão do canal do nervo
facial; pode ter calcificações;
64.
65. NEOPLASIAS MALIGNAS
• São incomuns no osso temporal;
• Mais frequente – carcinoma de células escamosas;
• Origina-se no epitélio do CAE, CAI ou da mastóide;
• Pode extender-se para parótida e articulação temporo-
mandibular;
• Mtx e disseminação linfática são raras;
66. • TC – erosão óssea por uma massa de tecido mole das paredes
do CAE ou CAI;
• Adenocarcinomas – achados iguais ao carcinomas de células
escamosas, porém mtx para os linfonodos é mto comum;
67. • RABDOMIOSSARCOMAS – neoplasia mais comum em
crianças; altamente agressiva;
• TC – massa de tecidos moles no CAI, causando destruição
óssea;
68. • Tumores malignos que acometem o temporal
secundariamente – nasofaringe, pele e glândulas salivares;
• Metástases – lesões osteolíticas (mama, pulmão, TGI,
rins)/osteoblásticas (prostata);
69. FRATURAS
LONGITUDINAIS
• Ocorrem no eixo longitudinal da pirâmide petrosa; podem
estender-se para porção escamosa e para a cavidade
timpânica;
• Cursam com perda auditiva, paralisia facial;
70. FRATURAS
TRANSVERSAIS
• 20% casos;
• Atravessam o osso temporal de posterior para anterior;
• Causam disfunção labiríntica e “ouvido morto” se o traço de
fratura atravessar o vestíbulo, canais semicirculares ou a
cóclea; Pode paralisia facial;
71.
72. BIBLIOGRAFIA
• CT and MRI of the Whole Body. John R. Haaga
• Clinically Oriented Anatomy, 5th Edition. Moore, Keith L.; Dalley, Arthur F.
• Applied Radiological Anatomy for Medical Students. PAUL BUTLER; ADAM
W. M. MITCHELL; HAROLD ELLIS.
• Atlas de Anatomia Humana. NETTER, Frank H. 2.ed.