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O ultrassom Doppler de carótidas é, de
longe, o exame mais realizado no mundo
para o estudo da doença carotídea.
Estima-se que nos Estados Unidos 80 %
dos pacientes são submetidos a
endarterectomia de carótidas, tendo como
único exame de imagem pré-operatória o
ultrassom Doppler.
North American Symptomatic Carotid Endarterectomy (NASCT). N Engl J
Med 1991; 325: 445-443
ACC ACI ACE
DIFERENÇA DIR/ESQ < 15 cm/s
Parâmetros Carótida Interna Carótida Externa
CALIBRE MAIOR MENOR
RAMOS RARAMENTE SIM
ORIENTAÇÃO POSTERIOR ANTERIOR
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“PANCADINHA”TEMPORAL NEGATIVA POSITIVA
"Pancadinha" temporal:
DEFLEXÕES REGULARES
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• MATERIAL ECOGÊNICO QUE CAUSA ESPESSAMENTO DA
REFLEXÃO INTIMAL, PROJETANDO-SE PARA O LUMEN
ARTERIAL.
• EMI > 1,2 mm INDICA PRESENÇA DE PLACA.
• TIPOS
a. NÃO COMPLICADA OU ESTÁVEL: depósito uniforme
revestido por cápsula de tecido fibroso subendotelial
b. COMPLICADA: interrompida por processo degenerativo:
necrose, hemorragia, calcificação, afilamento ou ruptura da
cápsula, rutura da camada endotelial e ulceração.
• MEDIR EM SECÇÃO TRANSVERSA DEMONSTRANDO A
EXTENSÃO CIRCUNFERENCIAL E A ESPESSURA DA PLACA.
• MEDIR EM SECÇÃO LONGITUDINAL A EXTENSÃO CRÂNIO-
CAUDAL
1. LOCALIZAÇÃO
2. DIMENSÕES: extensão, espessura e grau de estenose
3. ECOGENICIDADE: hiper, iso ou hipoecoica
4. ECOTEXTURA: homogêna ou heterogênea
5. SUPERFÍCIE: lisa, irregular ou ulcerada
6. CALCIFICAÇÕES
7. COMPOSIÇÃO: gordurosa, fibrosa/fibrogordurosa,
fibrocalcificada
Carotid Artery Stenosis: gray-scale and Doppler US diagnosis
Society of Radiologists in Ultrasound
Consensus Conference – S Francisco, California - Oct/2002
AS RECOMENDAÇÕES SÃO APLICADAS EM SEIS
ÁREAS PRINCIPAIS:
1. Considerações técnicas
2. Estratificação do diagnóstico
3. Parâmetros de Doppler e imagem
4. Limites do método Doppler
5. Relatório final
6. Avaliação da qualidade.
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS
O exame deve ser realizado através da utilização de escala de cinza,
Doppler colorido e Doppler pulsado, de acordo com um protocolo pré-
definido por um órgão de acreditação.
• Angulação
A onda espectral deve ser obtida com um ângulo de insonação menor
ou igual a 60 graus, pois erros básicos como esse podem levar a grandes
diferenças no que diz respeito à obtenção de velocidades.
• Posicionamento do volume amostra
Volume amostra deve ser cuidadosamente alocado em todo o trajeto da
estenose, procurando registrar a velocidade máxima ao longo do trajeto
da estenose.
• Equipamento
Existe grande variabilidade de resultados quando avaliamos as medidas
entre diferentes equipamentos de diferentes fabricantes. Recomenda-se
que as indústrias produtoras destes equipamentos desenvolvam
padrões de medida de Doppler para minimizar estas diferenças na
calibração dos equipamentos.
ESTRATIFICAÇÃO DAS ESTENOSES
Recomenda-se que se utilize a estratificação com os seguintes
intervalos:
< 50 %, entre 50-69 %, > 70 %, sub-oclusão e oclusão.
Observações importantes:
• A estenose < 50 % deve ser mencionada dessa maneira, sem a
utilização de subcategorias (como anteriormente citado na
literatura), porque a confiabilidade do método para esse intervalo é
grande.
• O motivo para utilizarmos o ponto de corte de 70% deriva do fato de
que, após os estudos multicêntricos já citados, na atualidade a
maioria dos serviços utiliza este ponto de corte para decidir sobre a
intervenção.
• Outro ponto interessantíssimo é que para a diferenciação entre sub-
oclusão e oclusão, recomenda-se não utilizar parâmetros de
velocidade Doppler e sim análise empírica, de acordo com a opinião
do observador, das imagens em Doppler colorido e Power Doppler.
PARÂMETROS PRIMÁRIOS
Recomenda-se que os parâmetros primários a serem utilizados na
aferição da estenose da artéria carótida interna sejam a velocidade
de pico sistólico, combinada com a aferição da redução de área pela
imagem em escala de cinza / imagem colorida, os quais devem ser
concordantes. A velocidade de pico sistólico é um parâmetro que
possui boa reprodutibilidade na maioria dos laboratórios.
PARÂMETROS ADICIONAIS (SECUNDÁRIOS)
Recomenda-se a utilização da relação de velocidade de pico sistólico
entre a carótida interna e a carótida comum, bem como a utilização
da velocidade diastólica final na carótida interna. Esses parâmetros
dever ser utilizados em situações específicas como presença de
estenose crítica ou oclusão contra-lateral, dificuldade de avaliação da
placa devido calcificação, estados hiperdinâmicos e baixo débito
cardíaco.
 Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular não recomenda a utilização do
segundo critério primário.
PARÂMETROS DE DIAGNÓSTICO DOPPLER
PARÂMETROS PRIMÁRIOS:
• Estenose < 50%: PVS ACI < 125 cm/s; placa com redução luminal < 50%
• Estenose entre 50% e 69%: PVS ACI 125 a 230 cm/s; placa com redução
luminal ≥ 50%
• Estenose≥ 70%: PVS ACI > 230 cm/s; placa com redução luminal > 50%
• Suboclusão: PVS variáveis; placa com grande redução luminal
• Oclusão: ausência de luz patente, sem fluxo detectável.
PARÂMETROS ADICIONAIS:
• Estenose<50%: PVSACI/ACC <2 e VDF <40cm/s;
• Estenose entre 50% e 69%: PVS ACI/ACC 2 a 4 e VDF 40 a 100 cm/s;
• Estenose≥70%: PVSACI/ACC > 4 e VDF > 100cm/s
• No contexto desses parâmetros diagnósticos, uma
observação importante é a de que na diferenciação entre
estenose > 70 % e sub-oclusão, quanto mais alta a
velocidade de pico sistólico, provavelmente mais perto
estaremos da sub-oclusão,
• Para o diagnóstico de sub-oclusão, muitas vezes não se
utilizam os parâmetros de velocidade, pois esta pode estar
muito alta, muito baixa ou indetectável, utilizando critérios
de imagem modo B/colorido.
• O diagnóstico de oclusão deve ser confirmado por outro
método de imagem, como angio-ressonância, angio CT ou
angiografia convencional.
RELATÓRIO FINAL DO EXAME
Recomendações:
- Corpo do relatório:
Documentar achados relevantes do exame como velocidades
aferidas e achados sobre a composição da placa.
Referir limitações do exame como acesso dificultado pelo tipo
de placa ou outros desvios possíveis, como estado
hemodinâmico e baixo débito cardíaco.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
Teoricamente, todos os laboratórios deveriam conseguir validar
seus critérios diagnósticos, porém sabe-se que isso nem
sempre seja possível, seja pela falta muitas vezes de acesso às
angiografias para comparação, seja por limitações técnicas e
administrativas da própria instituição.
• Presente estudo mostra que os critérios do Consenso de 2003 para
identificação das estenoses da ACI ≥ 50% e ≥ 70% são válidos e
aplicáveis na nossa instituição com boa acurácia. Porém, no caso das
estenoses ≥ 50%, o PVS ≥ 141 cm/s apresentou uma melhora na
especificidade em relação ao PVS ≥ 125 cm/s (90% X 83%), com
redução de apenas 3% na sensibilidade.
• A boa especificidade (98%) e VPP (94%) da VDF ≥ 140 cm/s na
identificação das estenoses da ACI ≥ 80% nos levam a crer que, se
deparamos com uma uma estenose da ACI ≥ 70%, identificada pelos
critérios do consenso de 2003, porém na avaliação da VDF o valor é ≥
140 cm/s, provavelmente estamos diante de uma estenose da ACI ≥
80%
Arq Bras de Cardiol: Imagem Cardiovasclular.2015; 28(1);17-24
Doppler Ultrasonography of Carotid Arteries: Velocity Criteria Validated
by Arteriography. (Ana Cláudia Gomes Pereira Petisco et al)
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP – Brasil
SUBOCLUSÃO
ESTENOSE 80%
FENÔMENO DO ROUBO DA
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Doença estenótica-oclusiva
da artéria subclávia proximal
com fluxo retrógrado na
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Interrupção do fluxo no
momento do roubo
Imagem clássica de Doppler
com roubo parcial
desaceleração médio sistólica
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• PESCOÇO CURTO
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Ecografia das Artérias Carótidas e Vertebrais

  • 1.
  • 2. O ultrassom Doppler de carótidas é, de longe, o exame mais realizado no mundo para o estudo da doença carotídea. Estima-se que nos Estados Unidos 80 % dos pacientes são submetidos a endarterectomia de carótidas, tendo como único exame de imagem pré-operatória o ultrassom Doppler. North American Symptomatic Carotid Endarterectomy (NASCT). N Engl J Med 1991; 325: 445-443
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. ACC ACI ACE DIFERENÇA DIR/ESQ < 15 cm/s
  • 11. Parâmetros Carótida Interna Carótida Externa CALIBRE MAIOR MENOR RAMOS RARAMENTE SIM ORIENTAÇÃO POSTERIOR ANTERIOR RESISTÊNCIA VASCULAR MENOR MAIOR “PANCADINHA”TEMPORAL NEGATIVA POSITIVA "Pancadinha" temporal: DEFLEXÕES REGULARES EM “DENTE-DE-SERRA
  • 12.
  • 13. • MATERIAL ECOGÊNICO QUE CAUSA ESPESSAMENTO DA REFLEXÃO INTIMAL, PROJETANDO-SE PARA O LUMEN ARTERIAL. • EMI > 1,2 mm INDICA PRESENÇA DE PLACA. • TIPOS a. NÃO COMPLICADA OU ESTÁVEL: depósito uniforme revestido por cápsula de tecido fibroso subendotelial b. COMPLICADA: interrompida por processo degenerativo: necrose, hemorragia, calcificação, afilamento ou ruptura da cápsula, rutura da camada endotelial e ulceração. • MEDIR EM SECÇÃO TRANSVERSA DEMONSTRANDO A EXTENSÃO CIRCUNFERENCIAL E A ESPESSURA DA PLACA. • MEDIR EM SECÇÃO LONGITUDINAL A EXTENSÃO CRÂNIO- CAUDAL
  • 14. 1. LOCALIZAÇÃO 2. DIMENSÕES: extensão, espessura e grau de estenose 3. ECOGENICIDADE: hiper, iso ou hipoecoica 4. ECOTEXTURA: homogêna ou heterogênea 5. SUPERFÍCIE: lisa, irregular ou ulcerada 6. CALCIFICAÇÕES 7. COMPOSIÇÃO: gordurosa, fibrosa/fibrogordurosa, fibrocalcificada
  • 15.
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  • 17.
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  • 20.
  • 21.
  • 22. Carotid Artery Stenosis: gray-scale and Doppler US diagnosis Society of Radiologists in Ultrasound Consensus Conference – S Francisco, California - Oct/2002 AS RECOMENDAÇÕES SÃO APLICADAS EM SEIS ÁREAS PRINCIPAIS: 1. Considerações técnicas 2. Estratificação do diagnóstico 3. Parâmetros de Doppler e imagem 4. Limites do método Doppler 5. Relatório final 6. Avaliação da qualidade.
  • 23. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS O exame deve ser realizado através da utilização de escala de cinza, Doppler colorido e Doppler pulsado, de acordo com um protocolo pré- definido por um órgão de acreditação. • Angulação A onda espectral deve ser obtida com um ângulo de insonação menor ou igual a 60 graus, pois erros básicos como esse podem levar a grandes diferenças no que diz respeito à obtenção de velocidades. • Posicionamento do volume amostra Volume amostra deve ser cuidadosamente alocado em todo o trajeto da estenose, procurando registrar a velocidade máxima ao longo do trajeto da estenose. • Equipamento Existe grande variabilidade de resultados quando avaliamos as medidas entre diferentes equipamentos de diferentes fabricantes. Recomenda-se que as indústrias produtoras destes equipamentos desenvolvam padrões de medida de Doppler para minimizar estas diferenças na calibração dos equipamentos.
  • 24. ESTRATIFICAÇÃO DAS ESTENOSES Recomenda-se que se utilize a estratificação com os seguintes intervalos: < 50 %, entre 50-69 %, > 70 %, sub-oclusão e oclusão. Observações importantes: • A estenose < 50 % deve ser mencionada dessa maneira, sem a utilização de subcategorias (como anteriormente citado na literatura), porque a confiabilidade do método para esse intervalo é grande. • O motivo para utilizarmos o ponto de corte de 70% deriva do fato de que, após os estudos multicêntricos já citados, na atualidade a maioria dos serviços utiliza este ponto de corte para decidir sobre a intervenção. • Outro ponto interessantíssimo é que para a diferenciação entre sub- oclusão e oclusão, recomenda-se não utilizar parâmetros de velocidade Doppler e sim análise empírica, de acordo com a opinião do observador, das imagens em Doppler colorido e Power Doppler.
  • 25. PARÂMETROS PRIMÁRIOS Recomenda-se que os parâmetros primários a serem utilizados na aferição da estenose da artéria carótida interna sejam a velocidade de pico sistólico, combinada com a aferição da redução de área pela imagem em escala de cinza / imagem colorida, os quais devem ser concordantes. A velocidade de pico sistólico é um parâmetro que possui boa reprodutibilidade na maioria dos laboratórios. PARÂMETROS ADICIONAIS (SECUNDÁRIOS) Recomenda-se a utilização da relação de velocidade de pico sistólico entre a carótida interna e a carótida comum, bem como a utilização da velocidade diastólica final na carótida interna. Esses parâmetros dever ser utilizados em situações específicas como presença de estenose crítica ou oclusão contra-lateral, dificuldade de avaliação da placa devido calcificação, estados hiperdinâmicos e baixo débito cardíaco.  Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular não recomenda a utilização do segundo critério primário.
  • 26. PARÂMETROS DE DIAGNÓSTICO DOPPLER PARÂMETROS PRIMÁRIOS: • Estenose < 50%: PVS ACI < 125 cm/s; placa com redução luminal < 50% • Estenose entre 50% e 69%: PVS ACI 125 a 230 cm/s; placa com redução luminal ≥ 50% • Estenose≥ 70%: PVS ACI > 230 cm/s; placa com redução luminal > 50% • Suboclusão: PVS variáveis; placa com grande redução luminal • Oclusão: ausência de luz patente, sem fluxo detectável. PARÂMETROS ADICIONAIS: • Estenose<50%: PVSACI/ACC <2 e VDF <40cm/s; • Estenose entre 50% e 69%: PVS ACI/ACC 2 a 4 e VDF 40 a 100 cm/s; • Estenose≥70%: PVSACI/ACC > 4 e VDF > 100cm/s
  • 27.
  • 28. • No contexto desses parâmetros diagnósticos, uma observação importante é a de que na diferenciação entre estenose > 70 % e sub-oclusão, quanto mais alta a velocidade de pico sistólico, provavelmente mais perto estaremos da sub-oclusão, • Para o diagnóstico de sub-oclusão, muitas vezes não se utilizam os parâmetros de velocidade, pois esta pode estar muito alta, muito baixa ou indetectável, utilizando critérios de imagem modo B/colorido. • O diagnóstico de oclusão deve ser confirmado por outro método de imagem, como angio-ressonância, angio CT ou angiografia convencional.
  • 29. RELATÓRIO FINAL DO EXAME Recomendações: - Corpo do relatório: Documentar achados relevantes do exame como velocidades aferidas e achados sobre a composição da placa. Referir limitações do exame como acesso dificultado pelo tipo de placa ou outros desvios possíveis, como estado hemodinâmico e baixo débito cardíaco. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE Teoricamente, todos os laboratórios deveriam conseguir validar seus critérios diagnósticos, porém sabe-se que isso nem sempre seja possível, seja pela falta muitas vezes de acesso às angiografias para comparação, seja por limitações técnicas e administrativas da própria instituição.
  • 30. • Presente estudo mostra que os critérios do Consenso de 2003 para identificação das estenoses da ACI ≥ 50% e ≥ 70% são válidos e aplicáveis na nossa instituição com boa acurácia. Porém, no caso das estenoses ≥ 50%, o PVS ≥ 141 cm/s apresentou uma melhora na especificidade em relação ao PVS ≥ 125 cm/s (90% X 83%), com redução de apenas 3% na sensibilidade. • A boa especificidade (98%) e VPP (94%) da VDF ≥ 140 cm/s na identificação das estenoses da ACI ≥ 80% nos levam a crer que, se deparamos com uma uma estenose da ACI ≥ 70%, identificada pelos critérios do consenso de 2003, porém na avaliação da VDF o valor é ≥ 140 cm/s, provavelmente estamos diante de uma estenose da ACI ≥ 80% Arq Bras de Cardiol: Imagem Cardiovasclular.2015; 28(1);17-24 Doppler Ultrasonography of Carotid Arteries: Velocity Criteria Validated by Arteriography. (Ana Cláudia Gomes Pereira Petisco et al) Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP – Brasil
  • 32.
  • 33. FENÔMENO DO ROUBO DA SUBCLÁVIA Doença estenótica-oclusiva da artéria subclávia proximal com fluxo retrógrado na artéria vertebral ipsilateral
  • 34.
  • 35. Interrupção do fluxo no momento do roubo Imagem clássica de Doppler com roubo parcial desaceleração médio sistólica (“Sinal do Coelho”)
  • 36. • PESCOÇO CURTO • BIFURCAÇÃO CAROTIDEA ALTA • VASOS TORTUOSOS • SOMBREAMENTO DE PLACAS CALCIFICADAS • CICATRIZES CIRÚRGICAS • HEMATOMA PÓS-OPERATORIO • IMPOSSIBILIDADE DO DECÚBITO SUPINO • ARTRITE CERVICAL • PACIENTE NÃO COOPERATIVO