Este documento discute a utilidade da ecografia Doppler no diagnóstico de patologias hepáticas. A técnica Doppler pode mapear a arquitetura vascular hepática e medir fluxos sanguíneos, sendo útil para diagnosticar hipertensão portal, desvios vasculares e caracterizar lesões focais. Além disso, anormalidades nos vasos hepáticos podem indicar cirrose, microdisplasia vascular ou atresia portal.
3. Mapeamento Doppler colorido da arquitetura
vascular intra hepática
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
TÉCNICA DOPPLER
4. Ramos portais
- pouca literatura veterinária
- a literatura médica é controversa citando
eventualmente a observação da presença e
direção do fluxo sanguíneo
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
5. a b
Imagem ultrassonográfica convencional (a) e Doppler colorido (b) em plano
transversal direito entre o 10º e 11º espaço intercostal, observe a veia cava
caudal (VCC), a veia porta principal (VP) e o ramo direito da veia porta (RDVP).
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
10. Artéria hepática
- presença de fluxo
- velocidade e cálculo de índices (IR,IP,Asi)
- a literatura médica cita o cálculo da
aceleração sistólica inicial
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
13. Veia porta
- presença de fluxo
- direção e sentido do sangue (hepatopetal)
- cálculo da velocidade (cães 10 a 25 cm/s
e gatos 10 a 12 cm/s)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
14. Fluxo hepatopetal
monofásico com
pouca oscilação
respiratória
VPS normal em cães
10 a 25 cm/s
VPS normal em gatos
10 a 12 cm/s
(NYLAND, 1990)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
16. TÉCNICA DE AVALIAÇÃO
Metodologia eficaz
Posicionamento adequado
Cooperação do paciente e preparo
Mensuração das estruturas e diâmetro
dos vasos em modo-B (VCC, VP e AO)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
17. Observar hemodinâmica vascular da
região portal: presença, direção,
velocidade e padrão do espectro do fluxo
sanguíneo nos vasos (VP, VCC, AO, AH)
Avaliar ao mapeamento Doppler (colorido
no mínimo) as tributárias da veia porta
(principalmente VL, VGE)
Complementar com avaliação de VHD,
RPD, AMC
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
18. UTILIDAD EN EL DIAGNOSTICO DE PATOLOGIAS
Hipertensão portal
Pesquisa de shunts ou desvios portossistêmicos
Microdisplasia vascular hepática ou Hipoplasia
portal
Fístulas arteriovenosas
Caracterização vascular de lesões focais
(medicina humana)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
19. Hipertensão portal
Definição: gradiente pressórico portal
aumentado
Causas principais: hepatopatias crônicas
(cirrose, neoplasias), ICCD
Outras: obstrução da chegada do sangue
devido a neoplasias ou trombos
Observar: VP e seus ramos, AH, VH, Veia
esplênica, presença de vasos colaterais
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
20. Veia porta:
- calibre = aumentado no fígado cardíaco e nem
sempre no caso de cirrose (cão possui grande
capacidade de desenvolver circulação colateral)
- velocidade = reduzida na cirrose (em
experimento com cirrose induzida em cães a
velocidade diminuiu em até 50%)
- perda do padrão oscilatório
- direção do fluxo sanguíneo (pode estar invertido
em caso de fígado cardíaco)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
22. Imagem duplex Doppler de veia porta com fluxo
reverso evidenciado pelo traçado espectral abaixo
da linha de base
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
23. Imagem modo – B e mapeamento Doppler
colorido simultâneas evidenciando aumento do
calibre e tortuosidade da artéria hepática em
cão com cirrose hepática.
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
24. Veias hepáticas:
- padrão portalizado devido a perda da
complacência vascular do parênquima
hepático
- ou ausente!!
- shunts adquiridos e colaterais evidentes
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
25. Veia hepática com padrão portalizado em fígado
com cirrose
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
26. Imagem do ultra-som modo B (a) com congestão passiva hepática, e no
mesmo cão em dúplex doppler(b) – no plano transversal direito, intercostal,
visibilizando a veia hepática esquerda (VHE) e seu espectro bifásico. VP =
veia porta; VB = vesícula biliar.
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
27. Desvios portossistêmicos
Definição: comunicações vasculares simples ou
múltiplas que conduzem o sangue oriundo do
estômago, pâncreas, baço e intestino
desviando-o para a circulação sistêmica sem
passar pelo fígado
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
28. Sinais clínicos: de encefalopatia hepática (EH) dominam
o quadro clínico
- clearence hepático inadequado de toxinas (amônia,
mercaptanos, ácidos graxos de cadeia curta, ácido
gama-aminobutírico e benzodiazepínicos endógenos).
- atrofia hepática resultante da diminuição do fluxo
sanguíneo e conseqüente falta de nutrientes e fatores
hepatotrópicos (insulina e glucagon).
- complicação importante dos SPS pode ser a urolitíase
que ocorre por causa do aumento da excreção urinária
de amônia e de ácidos úricos. Pode ocorrer cálculos
renais, vesical e ureterais em até 50% dos animais com
SPS congênito (McCONKEY, 2000).
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
29. Classificação:
Adquiridos: cirrose, colangiohepatite crônica,
neoplasia hepática e fístulas arteriovenosas; a
hipertensão portal leva ao desenvolvimento de
múltiplos shunts extrahepáticos que
primariamente eram vasos afuncionais
remanescentes no sistema portal
(FERREL et al., 2003)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
30. Congênitos: vasos embrionários anômalos que
aparecem como desvios colaterais únicos ou
múltiplos (intra ou extra hepáticos);
- gatos sem raça definida e cães de raça pura
(Schnauzer miniatura, Yorkshire Terrier, Irish
Wolfhound, Cairn Terrier, Maltês, Golden
Retriever, Old English Sheepdog e Labrador
(BREZNOCK & WHITING, 1985). Pode ocorrer também
em Shitzu e Poodle toy e miniatura (HUNT et al.,
2000).
- Idade (diagnóstico é feito até 2 anos de idade)
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
31. A literatura internacional afirma que a
ultrassonografia tem sensibilidade diagnóstica
variável entre 47-95% e especificidade de 67-
100% na identificação de DPS
LAMB, 1996
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
32. Intra hepáticos: raças de porte grande
(classificação)
Extra hepáticos: raças de porte pequeno
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
33. Classificação do shunt intra-hepático (SIH):
a) divisional esquerdo ou persistência de ducto venoso, o vaso anômalo
desvia para a esquerda em forma de ampola e se liga à VCC.
b) divisional central, há uma dilatação focal da VP na porção central do
fígado e se comunica com a VCC em forma de um forame.
c) divisional direito, o vaso desvia para a direita antes de comunicar com
a VCC.
- INTRODUÇÃO
- TÉCNICA
- UTILIDADE DIAGNÓSTICA
48. Conclusões
Diagnóstico e monitoramento da hipertensão
portal nas hepatopatias crônicas e na
insuficiência cardíaca congestiva direita
Diagnóstico de malformações vasculares
hepáticas (shunts, fístulas arteriovenosas e
hipoplasia portal)