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TNR │ ESP. FABIANO LADISLAU
Técnico/Tecnólogo em Radiologia
Pós-graduação em Neurociências e Comportamento
MBA Gestão da Saúde e Administração Hospitalar
MBA Gestão do EAD
Pós-graduação Qualidade em Saúde
Pós-graduação Anatomia e Patologia Associada
Pós-graduação Radiologia Odontológica e Imagenologia
Instituto Nacional de Câncer-HC1
Docente do CST da Faculdade de Ciências Médicas do IDOR
Coordenador e docentes dos cursos de RM e TC do DCR/UERJ/EA
OBJETIVOS
• Conhecer o protocolo específico multiparamétrico de RM para o
estudo da próstata;
• Especificações técnicas do equipamento;
• Sequências e planos de aquisição;
• Reconhecer a importância das sequências anatômicas e funcionais
para obter uma interpretação adequada.
APLICAÇÃO DA mpMRI
Aplicação da RM Multiparamétrica da Próstata
• Diagnóstico e estadiamento do câncer de próstata;
• Auxílio à escolha entre várias opções de tratamento;
• Monitoração da resposta a terapias focais;
• Investigação de recidivas locais;
• Orientação de novas biópsias;
• Orientação de novas biopsias em pacientes com forte suspeita de câncer
e com biópsias prostáticas.
ANATOMIA
A próstata é formada por várias zonas distintas (designadas por
zonas de McNeal, por terem sido descritas pelo médico americano
John E. McNeal, falecido em 2005)
ANATOMIA
ANATOMIA
A próstata está localizada na base da
bexiga. Está relacionado com:
• Anterior: espaço retropúbico;
• Superior: Bexiga;
• Inferolateral: fáscia do levantador do
ânus;
• Posterior: fáscia e reto de Denonvillier
ANATOMIA
Corpo do slide.
Câncer vs Hiperplasia
PI-RADS
PI-RADS
CONHECENDO O PROTOCOLO
O conceito dos protocolos de RM multiparamétrica da próstata
(mpMRI) envolve a combinação da imagem anatômica com alta
resolução (ponderadas em T2) com técnicas de imagem funcional, tais
como imagem ponderada em difusão (DWI), MRI dinâmica com
contraste (DCE-MRI) e imagem espectroscópica (MRSI).
NOTA:
Sequências desnecessárias devem ser evitadas, pois
prolongam a duração do estudo, aumentam o desconforto e podem
diminuir a adesão do paciente.
CONHECENDO O PROTOCOLO
Considerações dos protocolos/
Parâmetros de imagem
Recomendações
Intensidade de campo 1,5 T ou 3,0 T
Bobinas receptoras Bobina pélvica em arranjo de fase em 8 ou 16 canais
± bobina endorretal (opcional)
Agente antiperistáltico Buscopan® ou glucagon
Orientação planar Imagens axiais e sagitais ponderadas em T2 2D ±
imagens coronais
Espessura de corte 4mm em 1,5T, 3mm em 3,0T
Intervalo de corte Nenhum
Resolução no plano de aquisição 0,5 x 0,5 a 0,7 x 0,7mm
Campo de visão Deve compreender a glândula prostática inteira e as
vesículas seminais (aproximadamente 12-20cm)
Fonte: Adaptada da declaração de consenso do PI-RADS, protocolo de detecção do câncer, Barentz et al., 2012.20
CONHECENDO O PROTOCOLO
CONHECENDO O PROTOCOLO
NOTA:
Devem ser adquiridas no plano axial e em pelo menos outro plano
ortogonal (coronal ou sagital) e preferencialmente em todos os três planos.
Sequências turbo spin-eco ou aquisição rápida com relaxamento.
CONHECENDO O PROTOCOLO
ESPECTROSCOPIA:
Os metabólitos mais relevantes para MRSI de próstata são o citrato
(2,6ppm), creatina (3,0ppm) e colina (3,2ppm). O tecido prostático normal
apresenta níveis elevados de citrato. No carcinoma de próstata, o nível de
citrato é reduzido, enquanto o nível da colina é aumentado.
CONHECENDO O PROTOCOLO
ESPECTROSCOPIA:
CONHECENDO O PROTOCOLO
CONHECENDO O PROTOCOLO
Axial ponderada em T2. A RM mostra uma
lesão hipointensa em médio-zona periférica
(seta) (a). Difusão aparente mapa de
coeficiente (ADC) de difusão ponderada. A
ressonância magnética (DW-MRI) identifica
uma lesão no mesmo local (b), o que é
ainda mais confirmado por um padrão de
sinal hiperintenso em o valor b alto DW-MRI
(c). A lesão mostra hiperrealce focal em
contraste dinâmico aprimorado
ressonância magnética (d).
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS DO EXAME
ORIENTAÇÕES PARA O PACIENTE
Exame em jejum
Evacuação antes do exame (opcional)
O paciente deve urinar antes do exame (recomendação-opcional)
Antiespamódico (Buscopan 20mg EV)
CONTRAINDICAÇÃO
Realizar o estudo pelo menos 6 semanas após a biópsia (hemorragia de Pitfall e
inflamação)
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
PSA recente, histórico do PSA
Resultados de biópsia, localização, Gleason...
Antecedentes anteriores, infecções, radioterapia, história familiar de próstata CA, etc...
AVALIAÇÃO DA PELVE
T2 FSE axial com supressão de gordura, 6/1 (espessura/espaçamento)
T1 GRE axial “em fase” e “fora de fase”, 6/1
T1 GRE com supressão de gordura pós contraste, 4mm
AVALIAÇÃO DA PRÓSTATA
T2 FSE sagital, 3/0
T2 FSE axial, 3/0
T2 FSE 3D coronal volumétrico isotrópico, 1mm espessura
Difusão (b0, 400 e 800 e b extrapolado de 2000), 3/0
T1 GRE com supressão de gordura, pré-contraste, e 3mm espessura
T1 GRE com supressão de gordura, dinâmico pós-contraste, 3mm de espessura (18 aquisições
consecutivas, 20s cada)
Colégio Brasileiro de Radiologia
PRTOCOLO RM DA PRÓSTATA
PRTOCOLO RM DA PRÓSTATA
PRTOCOLO RM DA PRÓSTATA
RM MULTIPARAMÉTRICA
• T2 WI
- Anatomia
• Difusão/ADC (DWI)
- Celularidade
• Perfusão (DCE)
- Angiogênese
PROTOCOLO RM DA PRÓSTATA
T2 TSE (Morfológica)
Sequência FUNDAMENTAL na avaliação da MP
• Detalhes de anatomia zonal;
• Permite detectar lesões localizadas;
• Diferenciação de malignidades de grau
mais elevado, com os de baixo grau;
• Sequencia dominante em ZTR PIRADS v2.0
Espessura de corte 3mm/0 GAP
• FOV (12-20 cm) 18 cm; (Deve incluir
amplamente próstata, VS e fossa isquiorretal)
• Diferenças de aquisição entre 1,5T vs 3,0T
DWI / ADC (Funcional
• FOV Próstata no mesmo plano da orientação axial T2;
• Respiração livre, SE EPI, FAT SAT espectral;
• b0, 500, 800, 1000, >
• 4mm / 0 gap
• FOV 18 - 22cm
• Mapa de ADC (coeficiente de difusão aparente), Neoplasia → baixo ADC em relação ao tecido normal
• Sequência dominante na zona periférica (ZP)
• Valores de ADC ≤ 1.0 – 1.3 x 10
-3
mm
2
/seg
RM MULTIPARAMÉTRICA
PROTOCOLO RM DA PRÓSTATA
Avaliação Funcional RM-mp
Estudo de contraste dinâmico – Perfusão (DCE)
• 2D e 3D GRE + Gd (3 ml/seg)
• Resolução temporal < 15 seg (7seg) 2 – 3 min
• 2-3 mm/0 gap
• Melhor fator prognóstico pós-cirúrgico
• Sequência dominante no estudo de recorrência
bioquímica
• Qualitativo, semiquantitativo, quantitativo
Angiogênese tumoral (alta densidade microvascular)
- Neovascularização → Grau histológico → Agressivo
- DCE (+) Tumor hipervascular
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO
CONHECENDO O PROTOCOLO
CONHECENDO O PROTOCOLO
Axial T2
b50
b800
MAGIC DWI b1400
FOCUS DWI com MAGIC DWI
FOCUS ou Difusão MUSE e MAGiC DWI para aumentar a produtividade de valores b elevados,
facilitando a visualização de áreas de difusão restritas sem gastar tempo de exploração
DISCO com HyperSense para fornecer
imagens dinâmicas 4D extremamente
rápidas, enquanto melhora a resolução
temporal e espacial.
CONHECENDO O PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O avanços tecnológicos nos proporciona exames mais
rápidos, com mais qualidade e comais conforto para o paciente.
Assim, otimizando erros e falhas nas aquisições e proporcionando
uma entrega de qualidade dos exames.
fabiano_ladislau Fabiano Ladislau Fabiano Ladislau fladislau@gmail.com

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Protocolo de RM multiparamétrica da próstata

  • 1.
  • 2. TNR │ ESP. FABIANO LADISLAU Técnico/Tecnólogo em Radiologia Pós-graduação em Neurociências e Comportamento MBA Gestão da Saúde e Administração Hospitalar MBA Gestão do EAD Pós-graduação Qualidade em Saúde Pós-graduação Anatomia e Patologia Associada Pós-graduação Radiologia Odontológica e Imagenologia Instituto Nacional de Câncer-HC1 Docente do CST da Faculdade de Ciências Médicas do IDOR Coordenador e docentes dos cursos de RM e TC do DCR/UERJ/EA
  • 3. OBJETIVOS • Conhecer o protocolo específico multiparamétrico de RM para o estudo da próstata; • Especificações técnicas do equipamento; • Sequências e planos de aquisição; • Reconhecer a importância das sequências anatômicas e funcionais para obter uma interpretação adequada.
  • 4. APLICAÇÃO DA mpMRI Aplicação da RM Multiparamétrica da Próstata • Diagnóstico e estadiamento do câncer de próstata; • Auxílio à escolha entre várias opções de tratamento; • Monitoração da resposta a terapias focais; • Investigação de recidivas locais; • Orientação de novas biópsias; • Orientação de novas biopsias em pacientes com forte suspeita de câncer e com biópsias prostáticas.
  • 5. ANATOMIA A próstata é formada por várias zonas distintas (designadas por zonas de McNeal, por terem sido descritas pelo médico americano John E. McNeal, falecido em 2005)
  • 7. ANATOMIA A próstata está localizada na base da bexiga. Está relacionado com: • Anterior: espaço retropúbico; • Superior: Bexiga; • Inferolateral: fáscia do levantador do ânus; • Posterior: fáscia e reto de Denonvillier
  • 12. CONHECENDO O PROTOCOLO O conceito dos protocolos de RM multiparamétrica da próstata (mpMRI) envolve a combinação da imagem anatômica com alta resolução (ponderadas em T2) com técnicas de imagem funcional, tais como imagem ponderada em difusão (DWI), MRI dinâmica com contraste (DCE-MRI) e imagem espectroscópica (MRSI). NOTA: Sequências desnecessárias devem ser evitadas, pois prolongam a duração do estudo, aumentam o desconforto e podem diminuir a adesão do paciente.
  • 14. Considerações dos protocolos/ Parâmetros de imagem Recomendações Intensidade de campo 1,5 T ou 3,0 T Bobinas receptoras Bobina pélvica em arranjo de fase em 8 ou 16 canais ± bobina endorretal (opcional) Agente antiperistáltico Buscopan® ou glucagon Orientação planar Imagens axiais e sagitais ponderadas em T2 2D ± imagens coronais Espessura de corte 4mm em 1,5T, 3mm em 3,0T Intervalo de corte Nenhum Resolução no plano de aquisição 0,5 x 0,5 a 0,7 x 0,7mm Campo de visão Deve compreender a glândula prostática inteira e as vesículas seminais (aproximadamente 12-20cm) Fonte: Adaptada da declaração de consenso do PI-RADS, protocolo de detecção do câncer, Barentz et al., 2012.20 CONHECENDO O PROTOCOLO
  • 15. CONHECENDO O PROTOCOLO NOTA: Devem ser adquiridas no plano axial e em pelo menos outro plano ortogonal (coronal ou sagital) e preferencialmente em todos os três planos. Sequências turbo spin-eco ou aquisição rápida com relaxamento.
  • 16. CONHECENDO O PROTOCOLO ESPECTROSCOPIA: Os metabólitos mais relevantes para MRSI de próstata são o citrato (2,6ppm), creatina (3,0ppm) e colina (3,2ppm). O tecido prostático normal apresenta níveis elevados de citrato. No carcinoma de próstata, o nível de citrato é reduzido, enquanto o nível da colina é aumentado.
  • 19. CONHECENDO O PROTOCOLO Axial ponderada em T2. A RM mostra uma lesão hipointensa em médio-zona periférica (seta) (a). Difusão aparente mapa de coeficiente (ADC) de difusão ponderada. A ressonância magnética (DW-MRI) identifica uma lesão no mesmo local (b), o que é ainda mais confirmado por um padrão de sinal hiperintenso em o valor b alto DW-MRI (c). A lesão mostra hiperrealce focal em contraste dinâmico aprimorado ressonância magnética (d).
  • 20. CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS DO EXAME ORIENTAÇÕES PARA O PACIENTE Exame em jejum Evacuação antes do exame (opcional) O paciente deve urinar antes do exame (recomendação-opcional) Antiespamódico (Buscopan 20mg EV) CONTRAINDICAÇÃO Realizar o estudo pelo menos 6 semanas após a biópsia (hemorragia de Pitfall e inflamação) INFORMAÇÕES CLÍNICAS PSA recente, histórico do PSA Resultados de biópsia, localização, Gleason... Antecedentes anteriores, infecções, radioterapia, história familiar de próstata CA, etc...
  • 21. AVALIAÇÃO DA PELVE T2 FSE axial com supressão de gordura, 6/1 (espessura/espaçamento) T1 GRE axial “em fase” e “fora de fase”, 6/1 T1 GRE com supressão de gordura pós contraste, 4mm AVALIAÇÃO DA PRÓSTATA T2 FSE sagital, 3/0 T2 FSE axial, 3/0 T2 FSE 3D coronal volumétrico isotrópico, 1mm espessura Difusão (b0, 400 e 800 e b extrapolado de 2000), 3/0 T1 GRE com supressão de gordura, pré-contraste, e 3mm espessura T1 GRE com supressão de gordura, dinâmico pós-contraste, 3mm de espessura (18 aquisições consecutivas, 20s cada) Colégio Brasileiro de Radiologia PRTOCOLO RM DA PRÓSTATA
  • 22. PRTOCOLO RM DA PRÓSTATA
  • 23. PRTOCOLO RM DA PRÓSTATA
  • 24. RM MULTIPARAMÉTRICA • T2 WI - Anatomia • Difusão/ADC (DWI) - Celularidade • Perfusão (DCE) - Angiogênese
  • 25. PROTOCOLO RM DA PRÓSTATA T2 TSE (Morfológica) Sequência FUNDAMENTAL na avaliação da MP • Detalhes de anatomia zonal; • Permite detectar lesões localizadas; • Diferenciação de malignidades de grau mais elevado, com os de baixo grau; • Sequencia dominante em ZTR PIRADS v2.0 Espessura de corte 3mm/0 GAP • FOV (12-20 cm) 18 cm; (Deve incluir amplamente próstata, VS e fossa isquiorretal) • Diferenças de aquisição entre 1,5T vs 3,0T
  • 26. DWI / ADC (Funcional • FOV Próstata no mesmo plano da orientação axial T2; • Respiração livre, SE EPI, FAT SAT espectral; • b0, 500, 800, 1000, > • 4mm / 0 gap • FOV 18 - 22cm • Mapa de ADC (coeficiente de difusão aparente), Neoplasia → baixo ADC em relação ao tecido normal • Sequência dominante na zona periférica (ZP) • Valores de ADC ≤ 1.0 – 1.3 x 10 -3 mm 2 /seg RM MULTIPARAMÉTRICA
  • 27. PROTOCOLO RM DA PRÓSTATA Avaliação Funcional RM-mp Estudo de contraste dinâmico – Perfusão (DCE) • 2D e 3D GRE + Gd (3 ml/seg) • Resolução temporal < 15 seg (7seg) 2 – 3 min • 2-3 mm/0 gap • Melhor fator prognóstico pós-cirúrgico • Sequência dominante no estudo de recorrência bioquímica • Qualitativo, semiquantitativo, quantitativo Angiogênese tumoral (alta densidade microvascular) - Neovascularização → Grau histológico → Agressivo - DCE (+) Tumor hipervascular
  • 33. CONHECENDO O PROTOCOLO Axial T2 b50 b800 MAGIC DWI b1400 FOCUS DWI com MAGIC DWI FOCUS ou Difusão MUSE e MAGiC DWI para aumentar a produtividade de valores b elevados, facilitando a visualização de áreas de difusão restritas sem gastar tempo de exploração
  • 34. DISCO com HyperSense para fornecer imagens dinâmicas 4D extremamente rápidas, enquanto melhora a resolução temporal e espacial. CONHECENDO O PROTOCOLO
  • 35. CONSIDERAÇÕES FINAIS O avanços tecnológicos nos proporciona exames mais rápidos, com mais qualidade e comais conforto para o paciente. Assim, otimizando erros e falhas nas aquisições e proporcionando uma entrega de qualidade dos exames.
  • 36. fabiano_ladislau Fabiano Ladislau Fabiano Ladislau fladislau@gmail.com