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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Mitos, (nem tão) Verdades (assim) e
Aplicações de Valuation
grggggggggggggggggggg
ggggggggg
Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão
Professor Adjunto do Departamento de Finanças e Contabilidade da UFPB
Doutor em Ciências Contábeis pelo programa UnB/UFPB/UFRN
Blogger no Contabilidade & Métodos Quantitativos
Coordenador do Programa de Monitoria em Finanças Quantitativas do DFC/UFPB
Vice-Coordenador da Sala de Ações da UFPB
Felipe Pontes
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Projetos – Os slides estarão no blog!
• Blog Contabilidade & Métodos Quantitativos
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Projetos
• Playlists do canal youtube.com/ContabilidadeMQ
• Materiais das aulas: https://goo.gl/9uh4i6
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Felipe Pontes
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Projetos
• Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UFPB
4
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Projetos
• Sala de Ações da UFPB
5
Felipe Pontes
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Por que analisar e avaliar empresas?
6
pt.dreamstime.com
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Por que analisar e avaliar empresas?
GESTÃO DE CARTEIRAS (FUNDOS)
• Gestão ativa x gestão passiva
– O que diferencia uma carteira ativa de uma passiva?
– Para carteiras/fundos passivos não é muito necessário (talvez apenas para a
escolha do benchmark), mas para carteiras ativas sim!
– Há diferença no uso entre as carteiras ativas, ainda: market timers (avaliam o
mercado/setor) usam menos do que os investidores ativos de longo prazo
(avaliam empresas específicas).
7
www.professionaladviser.com
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Por que analisar e avaliar empresas?
“FRANCHISE BUYER”
• Warren Buffett é o maior exemplo disso: (...) se uma empresa é
complexa e sujeita a constantes mudanças, nós não somos espertos o
suficiente para prever seus fluxos de caixa futuros.
• O pressuposto básico de valuation usado por esse tipo de investidor é
o seguinte:
– Investidores que entendem melhor de um negócio estão em uma posição melhor
para avaliar a empresa corretamente (na SA temos os grupos especialistas por
setores, por exemplo); e
– É possível ainda avaliar quanto de valor o comprador está gerando para a
empresa, reestruturando-a e com base em suas decisões tomadas.
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Por que analisar e avaliar empresas?
“FRANCHISE BUYER”
• Alfa de Jensen, uma rapidíssima introdução. O que é? Para que serve?
• O “retorno anormal” de Buffett é devido à sua capacidade de escolher
bem as empresas (baratas, seguras e de qualidade) (“Buffett’s Alpha”,
FRANZINNI et al, 2013).
• Vejamos algumas estatísticas nos próximos slides.
10
Gummy-stuff.com
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Por que analisar e avaliar empresas?
• Franzinni et al (2013):
11
Desempenho comparado com fundos ativos Desempenho comparado com outras ações
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Por que analisar e avaliar empresas?
12
E aí, vale à
pena escolher
bem suas
ações?!
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Por que analisar e avaliar empresas?
MAS NO BRASIL,
COM TODOS OS NOSSOS
PROBLEMAS,
ISSO É POSSÍVEL?!
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Por que analisar e avaliar empresas?
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http://contabilidademq.blogspot.com.br/2017/09/participacao-do-blog-no-infomoney-vale-a-
pena-investir-em-acoes.html
Retorno anual
composto de mais de
31% a.a., ganhando
do CDI e Ibovespa
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Por que analisar e avaliar empresas?
OUTROS USOS
– Avaliação para aquisições entre empresas: é possível avaliar a criação de valor
por meio de sinergias, pois o valor da empresa nova não será simplesmente a
soma dos valores das duas empresas antigas;
– Finanças corporativas: avaliar o efeito das decisões tomadas dentro da empresa
no seu valor de mercado;
– Information traders: tentar antecipar o efeito de uma notícia no valor da
empresa (é possível até criar um “robô” para fazer essas estimativas e enviar
ordens de compra/venda se o preço chegar a determinado patamar estimado
anteriormente);
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Alguns mitos (e verdades)
• Mito 1: valuation é uma busca objetiva pelo valor “real” da empresa.
Todas as avaliações são viesadas e a direção do viés é dada por quem te pagou para
fazer a avaliação e quanto foi pago (cuidado com isso! Mais à frente trarei um
exemplo sobre esse possível viés).
• Mito 2: uma boa avaliação fornece uma estimativa precisa de valor.
A contabilidade é, até certo ponto, precisa e objetiva. A “vantagem” da valuation
está na “imprecisão” e na subjetividade. Dificilmente duas pessoas chegarão ao
mesmo valor intrínseco.
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Extraídos do investment valuation (Damodaran) e de um curso com ele
Esses dois primeiros mitos estão
muito ligados
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Alguns mitos (e verdades)
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Objetividade
verificabilidade Relevância
Exemplo clássico: a tabela de depreciação do IR é
objetiva e verificável, mas não traz uma informação
muito relevante para valuation
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Alguns mitos (e verdades)
• Mito 3: quanto mais quantitativo for o modelo, melhor.
Princípio KISS ou Parcimônia.
• Precificação de ativos com Fama-French, 5, 10, 20 fatores?!?!
– 80% das consultorias financeiras e 81% das empresas usam o CAPM padrão para
estimar o Ke (BRUNER et al, 2001); e
– Dados mais recentes apontam que apenas 29% dos analistas usam variações do
Fama-French (RICHARDSON et al, 2010).
– Ou seja: KISS!
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Alguns mitos (e verdades)
• Mito 4: uma avaliação bem pesquisada e bem feita é sempre
tempestiva.
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15.50%
0 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
VALOR
WACC
QUANTIDADE DE DÍVIDA
WACC e Valor da Empresa WACC Valor
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Alguns mitos (e verdades)
• Mito 5: o mercado normalmente está errado.
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Desconfie inclusive da sua análise!
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Alguns mitos (e verdades)
• Mito 6: o produto da avaliação (valor) é o que importa.
• O processo de equity research e acertar o caso é muito mais
importante do que o número no final da planilha. Exemplos:
21
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
TESE DE
INVESTIMENTO
DIRECIONADORES DE VALOR
BONS INDICADORES
QUALIDADE DA GESTÃO
CRIAÇÃO CONSISTENTE DE VALOR
PONTOS FORTES
PONTOS FRACOS
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Abordagens de valuation
1. Avaliação intrínseca: o valor de um ativo é dado pela capacidade de
geração de benefícios para o seu detentor. Ou seja: valor presente da série
infinita de fluxos de caixa (ou proventos, especificamente para o MDD).
22
Usarei aqui exemplos didáticos para “degustação”
www.fotosearch.com.br
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Abordagens de valuation
1. Avaliação intrínseca – Pressuposto com relação à (in)eficiência do
mercado:
– Os mercados cometerão erros na avaliação de ativos, porém esses erros serão
corrigidos à medida em que novas informações forem sendo divulgadas.
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Abordagens de valuation
24
Valuation da Tesla em 2015 (Damodaran)
Não comprou!
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Abordagens de valuation
25
Valuation da Tesla em 2016 (Damodaran)
Não comprou de novo!
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Abordagens de valuation
26
Em abril/2017 a ação estava cotada por volta de R$ 18,00
Não atualizei mais essa valuation.
Avaliação da AMBEV – Não é recomendação de compra/venda
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Abordagens de valuation
27
A ação já chegou a R$ 13,91 em 06/03/2017
Em 08/06/2017 a ação estava cotada a R$ 8,96
Avaliação da CSU – Não é recomendação de compra/venda
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Abordagens de valuation
28
Avaliação da RD – Não é recomendação de compra/venda
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Abordagens de valuation
29
UTILIZAÇÃO DO MODELO DE DESCONTO DE DIVIDENDOS
Avaliação da BB Seguridade – Não é recomendação de compra/venda
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Abordagens de valuation
• O que os analistas estão dizendo sobre o investimento na BBSE3?
• Apenas 1 analista recomenda a venda.
• Preço alvo (consenso) da ação é de R$ 34,63.
• Na minha última avaliação, o preço alvo é de R$ 35,89.
30
Não use para investimento
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Abordagens de valuation
31
http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5473261/mercado-entende-que-
rali-gafisa-era-insustentavel-penaliza-acao-petrobras
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Abordagens de valuation
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http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-
indices/noticia/5473261/mercado-entende-que-rali-gafisa-era-insustentavel-
penaliza-acao-petrobras
Felipe Pontes
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Abordagens de valuation
2. Avaliação relativa (múltiplos): o valor de um ativo é dado pela
comparação com o preço de ativos comparáveis, em relação a um
“benchmark”. Ou seja: eu relativizo o preço do ativo.
33
www.imagetica.com.br
Aqui poderíamos usar o
múltiplo preço/ml
Outro exemplo: preço/m²
No módulo de avaliação
relativa veremos mais
detalhes e problemas
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Abordagens de valuation
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Avaliação relativa da Souza Cruz
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Abordagens de valuation
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Avaliação relativa da Souza Cruz
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Abordagens de valuation
• 2. Opções reais (contingent claim valuation): o valor de um ativo pode
ser maior que o valor presente dos seus fluxos de caixa futuros... Se os
fluxos de caixa dependerem de “opções” que podem ou não ocorrer no
futuro.
• Essa alternativa é mais difícil para nós, outsiders, aplicarmos pois não
temos muitas informações internas da empresa.
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Abordagens de valuation
37
www.ipcg.com
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Conhecendo a empresa
• Antes de avaliar qualquer empresa, você precisa conhecê-la.
• Conhecendo a empresa – Parte 1:
– Buscar em jornais e blogs especializados por notícias sobre a empresa, seu setor e concorrentes (eu
tenho um Google Alert para todas as empresas da minha carteira – também crio alertas no Facebook
e fico de olho no Twitter seguindo empresas/pessoas e criando listas);
– Conhecer e explorar o site de Relações com Investidores (dica: coloque o “nome da empresa”,
seguido de “ri” no Google, que você achará o site);
– Ler o Estatuto – que pode conter armadilhas ou oportunidades;
– Analisar apresentações institucionais da empresa, conference calls, “days”; e
– Nunca é demais ficar ligado no relatório mensal da ICVM 358/02.
• Após isso, vá para a Parte 2: veremos um exemplo da CSU CardSystem ao final
– Overview (OV) 1: cobertura de analistas, auditoria, relatório de Adm, atividades, riscos,
governança e pontos positivos e negativos para formar a tese de investimento (isso fica
no começo do relatório, mas é feito por último);
– OV 2: Análise de indicadores importantes (e.g. lucro, ativo, EV, EBITDA etc); e
– Análise das demonstrações financeiras e do ciclo de vida da empresa.
38
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Conhecendo a empresa
• Outros pontos a se observar na empresa:
1. Razoável nível de remuneração de executivos
2. Os insiders (pessoas que trabalham na empresa) mantém as ações da empresa
em suas carteiras (no dia 10 de cada mês eu verifico se os insiders das minhas
empresas compraram ou venderam ações - veja aqui o caso da JBS e como você
pode fazer esse acompanhamento)
3. Clara comunicação com os acionistas (eu olho isso sempre antes de investir
numa empresa, se o RI for ruim... esquece)
4. Uso aceitável de medidas non-GAAP
5. Recompra de ações, pois o lucro é dividido por menos ações
6. Pagamento de dividendos
39
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Outras Aplicações
40
Quem é esse Pokémon?!
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Outras Aplicações
• http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/07/pokemon-go-
overreaction-ou-nao-eis.html
• http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/07/quem-e-esse-
pokemon-valor-de-mercado-da.html
41
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Outras Aplicações
• Sempre é bom ser um pouco cético:
42
VIEIRA, Carlos André Marinho; GIRÃO, Luiz Felipe de Araújo Pontes. Relevância da
instrução CVM 527 para o mercado de capitais: um estudo sobre a padronização do
EBITDA pela CVM. Registro Contábil, v. 5, n. 2, p. 87-99, 2014.
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Outras Aplicações
• O ciclo de vida em que a empresa está inserida afeta a qualidade das suas
informações financeiras divulgadas:
http://contabilidademq.blogspot.com.br/2015/05/ciclo-de-vida-e-qualidade-
das.html
• Uma consequência é o efeito no custo do capital:
• Cuidado!
43
0
.2.4.6.8
1
COCpeg_prem
Nascimento Crescimento Maturidade Turbulência Declínio
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-4.00-2.00
0.002.004.00
NonMat
0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1
Quantile
-0.20-0.10
0.000.100.20
size*NonMat
0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1
Quantile
44
q.05: (+)*
q.10: (+)
q.50: (-)
q.90: (-)***
q.95: (-)**
q.05: (-)
q.10: (-)
q.50: (+)
q.90: (+)***
q.95: (+)**
Outras Aplicações
http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/09/seminario-
de-financas-do-ppgeufpb.html
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Outras Aplicações
• Testes de impairment
• http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/03/o-regulador-precisa-
nos-lembrar-sobre-o.html
45
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Outras Aplicações
• Para quê, ou quem, servem os relatórios de valuation?
• Problemas com premissas:
– Premissas inconsistentes com a realidade de mercado ou da companhia;
– Expectativas de crescimento que variam de nulas a exuberantes e às vezes infinitas;
– Premissas contrárias a outras divulgadas pelo próprio avaliador;
– Sub- ou Sobre- avaliação dos investimentos; e
– Ignorância deliberada de riscos ou contingências.
• Problemas metodológicos:
– Projeções de perpetuidade pelo topo do ciclo de margens;
– Margens e retornos fundamentalmente diferentes do histórico, sem razão aparente;
– Dupla contagem de caixa ou dívida; e
– Avaliação de ativos semelhantes por metodologias diferentes.
• Problemas de transparência
– Disclaimers que eliminam a responsabilidade do administrador;
– Divulgação errada ou incompleta da remuneração dos avaliadores;
• Problemas éticos
– Uso sem questionamento de premissas dadas pela parte interessada
– Condicionantes colocadas aos avaliadores (ie. determinação prévia do resultado da avaliação)
• http://financasaplicadasbrasil.blogspot.com.br/2015/05/para-que-ou-quem-servem-os-relatorios.html
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Outras Aplicações
• O caso da Dell:
– Em janeiro de 2013 a Dell decidiu fechar seu capital, com uma proposta de comprar as
ações em circulação por US$ 13,65. Em setembro/2013 os acionistas (parece que nem todos)
aceitaram receber US$ 13,88 por cada ação
– As partes tiveram que ir à Justiça para resolver o problema
• Como ficaram os “valores”? Entre os avaliadores, quem sugeriu o maior e o
menor preço? Vocês imaginam o porquê?
– Nova proposta da Dell (Avaliador Prof. Glenn Hubbard): US$ 12,68
– Proposta dos acionistas (Avaliador Prof. Bradford Cornell): US$ 28,61 (US$ 28 bi a mais)
– Decisão da Corte de Delaware: US$ 17,62
• http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/09/disputa-de-valuation-na-
dell.html
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Outras Aplicações
• Algumas diferenças nas premissas do caso da Dell:
• TAXA DE CRESCIMENTO (g):
– Crescimento médio (aritmético ou geométrico)
– Projeções de analistas
– Crescimento fundamental (%Reinvestimento*Retorno)
– Crescimento médio ponderado
– No crescimento estável, utiliza-se o crescimento da economia geralmente
• Escolhas: pense nas implicações no valor da empresa!
– Dell: 1% no crescimento estável (menor que a inflação projetada); e
– Acionista: 2% no crescimento estável
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Outras Aplicações
• Algumas diferenças nas premissas do caso da Dell:
• TRIBUTOS:
– Alíquota efetiva
– Alíquota marginal
– Mix entre a alíquota marginal e efetiva
• Escolhas: pense nas implicações no valor da empresa!
– Dell: 17,8% nas projeções normais e 35,8% na perpetuidade; e
– Acionista: 21% no período completo
49
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Outras Aplicações
• Algumas diferenças nas premissas do caso da Dell:
• WACC:
– Rf
– Retorno do mercado e b
– Estrutura de capital
– Ke e Kd
• Escolhas: pense nas implicações no valor da empresa!
– Dell: estrutura de capital média desde 2011 e b calculado com retornos mensais
de 2 anos; e
– Acionista: estrutura de capital pré-anúncio e b médio dos pares
50
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Outras Aplicações
• No Brasil também tivemos um caso parecido com a LLX.
• A valuation da OPA feita pelo BOfA sugeriu um valor por ação entre R$
6,94 e R$ 7,63. O acionista controlador estava disposto a pagar menos
de R$ 4,00.
• http://www.infomoney.com.br/imtv/programas/videos---materias/27-
01-2017/as-5-piores-historias-de-eike-batista-na-bolsa-que-o-mercado-
gostaria-de-esquecer
51
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Considerações Terminais
• Onde vocês podem ter acesso a mais informações sobre valuation/contabilidade/finanças?
– Blogs específicos:
• www.contabilidademq.blogspot.com
• https://contabilidademq.blogspot.com.br/search/label/Review
• www.financasaplicadasbrasil.blogspot.com
– Blog da Sala de Ações (trata do mercado de capitais e educação
financeira, de forma geral):
• www.salaacoes.blogspot.com
52
Felipe Pontes
www.contabilidademq.blogspot.com
Considerações Terminais
53
Assistam a esse vídeo, para uma visão mais ampla do que é valuation.
Felipe Pontes
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Considerações Terminais
• Trecho do “Little book of valuation” de Damodaran (tradução livre):
– Muitos investidores decidem por não avaliar empresas e usam diversas
desculpas: modelos de valuation são muito complexos, não existem informações
suficientes, ou existe muita incerteza. Embora todas essas razões tenham um
pouco de verdade, não existe razão para você não tentar. Modelos de valuation
podem ser simplificados e você pode usá-los com as informações que você tem e
– sim – o futuro será sempre incerto. Você estará errado algumas vezes? É claro,
mas todo mundo também estará. Sucesso em investimentos vem de estar
correto, porém também de estar errado menos frequentemente que as outras
pessoas.
54
Para aprender a avaliar empresas, é preciso ter
coragem e trabalhar. Só se aprende fazendo e errando!
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Exemplos de relatórios
• Relatório de Iniciação de Cobertura da CSU CardSystem e Kroton,
produzidos para a Sala de Ações da UFPB.
55
Felipe Pontes
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56
it
k
k
ktk
k
kitk
j
jitjit XCustosIncAD     1
,,2,,10
𝑃𝑡 =
𝜏=1
∞
𝑅𝑓−𝑡
𝐸𝜏 𝑑 𝑡+𝜏
youtube.com/contabilidademq
@felfelipepontes
@contabilidademq
Slideshare.net/felipepontes16
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– Twitter:
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Valuation de empresas

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Mitos, (nem tão) Verdades (assim) e Aplicações de Valuation grggggggggggggggggggg ggggggggg Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão Professor Adjunto do Departamento de Finanças e Contabilidade da UFPB Doutor em Ciências Contábeis pelo programa UnB/UFPB/UFRN Blogger no Contabilidade & Métodos Quantitativos Coordenador do Programa de Monitoria em Finanças Quantitativas do DFC/UFPB Vice-Coordenador da Sala de Ações da UFPB
  • 2. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Projetos – Os slides estarão no blog! • Blog Contabilidade & Métodos Quantitativos 2
  • 3. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Projetos • Playlists do canal youtube.com/ContabilidadeMQ • Materiais das aulas: https://goo.gl/9uh4i6 3
  • 4. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Projetos • Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UFPB 4
  • 6. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? 6 pt.dreamstime.com
  • 7. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? GESTÃO DE CARTEIRAS (FUNDOS) • Gestão ativa x gestão passiva – O que diferencia uma carteira ativa de uma passiva? – Para carteiras/fundos passivos não é muito necessário (talvez apenas para a escolha do benchmark), mas para carteiras ativas sim! – Há diferença no uso entre as carteiras ativas, ainda: market timers (avaliam o mercado/setor) usam menos do que os investidores ativos de longo prazo (avaliam empresas específicas). 7 www.professionaladviser.com
  • 8. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? “FRANCHISE BUYER” • Warren Buffett é o maior exemplo disso: (...) se uma empresa é complexa e sujeita a constantes mudanças, nós não somos espertos o suficiente para prever seus fluxos de caixa futuros. • O pressuposto básico de valuation usado por esse tipo de investidor é o seguinte: – Investidores que entendem melhor de um negócio estão em uma posição melhor para avaliar a empresa corretamente (na SA temos os grupos especialistas por setores, por exemplo); e – É possível ainda avaliar quanto de valor o comprador está gerando para a empresa, reestruturando-a e com base em suas decisões tomadas. 9
  • 9. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? “FRANCHISE BUYER” • Alfa de Jensen, uma rapidíssima introdução. O que é? Para que serve? • O “retorno anormal” de Buffett é devido à sua capacidade de escolher bem as empresas (baratas, seguras e de qualidade) (“Buffett’s Alpha”, FRANZINNI et al, 2013). • Vejamos algumas estatísticas nos próximos slides. 10 Gummy-stuff.com
  • 10. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? • Franzinni et al (2013): 11 Desempenho comparado com fundos ativos Desempenho comparado com outras ações
  • 11. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? 12 E aí, vale à pena escolher bem suas ações?!
  • 12. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? MAS NO BRASIL, COM TODOS OS NOSSOS PROBLEMAS, ISSO É POSSÍVEL?! 13
  • 13. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? 14 http://contabilidademq.blogspot.com.br/2017/09/participacao-do-blog-no-infomoney-vale-a- pena-investir-em-acoes.html Retorno anual composto de mais de 31% a.a., ganhando do CDI e Ibovespa
  • 14. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Por que analisar e avaliar empresas? OUTROS USOS – Avaliação para aquisições entre empresas: é possível avaliar a criação de valor por meio de sinergias, pois o valor da empresa nova não será simplesmente a soma dos valores das duas empresas antigas; – Finanças corporativas: avaliar o efeito das decisões tomadas dentro da empresa no seu valor de mercado; – Information traders: tentar antecipar o efeito de uma notícia no valor da empresa (é possível até criar um “robô” para fazer essas estimativas e enviar ordens de compra/venda se o preço chegar a determinado patamar estimado anteriormente); 15
  • 15. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Alguns mitos (e verdades) • Mito 1: valuation é uma busca objetiva pelo valor “real” da empresa. Todas as avaliações são viesadas e a direção do viés é dada por quem te pagou para fazer a avaliação e quanto foi pago (cuidado com isso! Mais à frente trarei um exemplo sobre esse possível viés). • Mito 2: uma boa avaliação fornece uma estimativa precisa de valor. A contabilidade é, até certo ponto, precisa e objetiva. A “vantagem” da valuation está na “imprecisão” e na subjetividade. Dificilmente duas pessoas chegarão ao mesmo valor intrínseco. 16 Extraídos do investment valuation (Damodaran) e de um curso com ele Esses dois primeiros mitos estão muito ligados
  • 16. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Alguns mitos (e verdades) 17 Objetividade verificabilidade Relevância Exemplo clássico: a tabela de depreciação do IR é objetiva e verificável, mas não traz uma informação muito relevante para valuation
  • 17. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Alguns mitos (e verdades) • Mito 3: quanto mais quantitativo for o modelo, melhor. Princípio KISS ou Parcimônia. • Precificação de ativos com Fama-French, 5, 10, 20 fatores?!?! – 80% das consultorias financeiras e 81% das empresas usam o CAPM padrão para estimar o Ke (BRUNER et al, 2001); e – Dados mais recentes apontam que apenas 29% dos analistas usam variações do Fama-French (RICHARDSON et al, 2010). – Ou seja: KISS! 18
  • 18. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Alguns mitos (e verdades) • Mito 4: uma avaliação bem pesquisada e bem feita é sempre tempestiva. 19 115 120 125 130 135 140 145 150 155 12.50% 13.00% 13.50% 14.00% 14.50% 15.00% 15.50% 0 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% VALOR WACC QUANTIDADE DE DÍVIDA WACC e Valor da Empresa WACC Valor
  • 19. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Alguns mitos (e verdades) • Mito 5: o mercado normalmente está errado. 20 Desconfie inclusive da sua análise!
  • 20. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Alguns mitos (e verdades) • Mito 6: o produto da avaliação (valor) é o que importa. • O processo de equity research e acertar o caso é muito mais importante do que o número no final da planilha. Exemplos: 21 GOVERNANÇA CORPORATIVA TESE DE INVESTIMENTO DIRECIONADORES DE VALOR BONS INDICADORES QUALIDADE DA GESTÃO CRIAÇÃO CONSISTENTE DE VALOR PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
  • 21. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 1. Avaliação intrínseca: o valor de um ativo é dado pela capacidade de geração de benefícios para o seu detentor. Ou seja: valor presente da série infinita de fluxos de caixa (ou proventos, especificamente para o MDD). 22 Usarei aqui exemplos didáticos para “degustação” www.fotosearch.com.br
  • 22. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 1. Avaliação intrínseca – Pressuposto com relação à (in)eficiência do mercado: – Os mercados cometerão erros na avaliação de ativos, porém esses erros serão corrigidos à medida em que novas informações forem sendo divulgadas. 23
  • 23. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 24 Valuation da Tesla em 2015 (Damodaran) Não comprou!
  • 24. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 25 Valuation da Tesla em 2016 (Damodaran) Não comprou de novo!
  • 25. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 26 Em abril/2017 a ação estava cotada por volta de R$ 18,00 Não atualizei mais essa valuation. Avaliação da AMBEV – Não é recomendação de compra/venda
  • 26. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 27 A ação já chegou a R$ 13,91 em 06/03/2017 Em 08/06/2017 a ação estava cotada a R$ 8,96 Avaliação da CSU – Não é recomendação de compra/venda
  • 27. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 28 Avaliação da RD – Não é recomendação de compra/venda
  • 28. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 29 UTILIZAÇÃO DO MODELO DE DESCONTO DE DIVIDENDOS Avaliação da BB Seguridade – Não é recomendação de compra/venda
  • 29. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation • O que os analistas estão dizendo sobre o investimento na BBSE3? • Apenas 1 analista recomenda a venda. • Preço alvo (consenso) da ação é de R$ 34,63. • Na minha última avaliação, o preço alvo é de R$ 35,89. 30 Não use para investimento
  • 30. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 31 http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/5473261/mercado-entende-que- rali-gafisa-era-insustentavel-penaliza-acao-petrobras
  • 31. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 32 http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e- indices/noticia/5473261/mercado-entende-que-rali-gafisa-era-insustentavel- penaliza-acao-petrobras
  • 32. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 2. Avaliação relativa (múltiplos): o valor de um ativo é dado pela comparação com o preço de ativos comparáveis, em relação a um “benchmark”. Ou seja: eu relativizo o preço do ativo. 33 www.imagetica.com.br Aqui poderíamos usar o múltiplo preço/ml Outro exemplo: preço/m² No módulo de avaliação relativa veremos mais detalhes e problemas
  • 33. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 34 Avaliação relativa da Souza Cruz
  • 34. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation 35 Avaliação relativa da Souza Cruz
  • 35. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Abordagens de valuation • 2. Opções reais (contingent claim valuation): o valor de um ativo pode ser maior que o valor presente dos seus fluxos de caixa futuros... Se os fluxos de caixa dependerem de “opções” que podem ou não ocorrer no futuro. • Essa alternativa é mais difícil para nós, outsiders, aplicarmos pois não temos muitas informações internas da empresa. 36
  • 37. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Conhecendo a empresa • Antes de avaliar qualquer empresa, você precisa conhecê-la. • Conhecendo a empresa – Parte 1: – Buscar em jornais e blogs especializados por notícias sobre a empresa, seu setor e concorrentes (eu tenho um Google Alert para todas as empresas da minha carteira – também crio alertas no Facebook e fico de olho no Twitter seguindo empresas/pessoas e criando listas); – Conhecer e explorar o site de Relações com Investidores (dica: coloque o “nome da empresa”, seguido de “ri” no Google, que você achará o site); – Ler o Estatuto – que pode conter armadilhas ou oportunidades; – Analisar apresentações institucionais da empresa, conference calls, “days”; e – Nunca é demais ficar ligado no relatório mensal da ICVM 358/02. • Após isso, vá para a Parte 2: veremos um exemplo da CSU CardSystem ao final – Overview (OV) 1: cobertura de analistas, auditoria, relatório de Adm, atividades, riscos, governança e pontos positivos e negativos para formar a tese de investimento (isso fica no começo do relatório, mas é feito por último); – OV 2: Análise de indicadores importantes (e.g. lucro, ativo, EV, EBITDA etc); e – Análise das demonstrações financeiras e do ciclo de vida da empresa. 38
  • 38. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Conhecendo a empresa • Outros pontos a se observar na empresa: 1. Razoável nível de remuneração de executivos 2. Os insiders (pessoas que trabalham na empresa) mantém as ações da empresa em suas carteiras (no dia 10 de cada mês eu verifico se os insiders das minhas empresas compraram ou venderam ações - veja aqui o caso da JBS e como você pode fazer esse acompanhamento) 3. Clara comunicação com os acionistas (eu olho isso sempre antes de investir numa empresa, se o RI for ruim... esquece) 4. Uso aceitável de medidas non-GAAP 5. Recompra de ações, pois o lucro é dividido por menos ações 6. Pagamento de dividendos 39
  • 40. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/07/pokemon-go- overreaction-ou-nao-eis.html • http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/07/quem-e-esse- pokemon-valor-de-mercado-da.html 41
  • 41. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • Sempre é bom ser um pouco cético: 42 VIEIRA, Carlos André Marinho; GIRÃO, Luiz Felipe de Araújo Pontes. Relevância da instrução CVM 527 para o mercado de capitais: um estudo sobre a padronização do EBITDA pela CVM. Registro Contábil, v. 5, n. 2, p. 87-99, 2014.
  • 42. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • O ciclo de vida em que a empresa está inserida afeta a qualidade das suas informações financeiras divulgadas: http://contabilidademq.blogspot.com.br/2015/05/ciclo-de-vida-e-qualidade- das.html • Uma consequência é o efeito no custo do capital: • Cuidado! 43 0 .2.4.6.8 1 COCpeg_prem Nascimento Crescimento Maturidade Turbulência Declínio
  • 43. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com -4.00-2.00 0.002.004.00 NonMat 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1 Quantile -0.20-0.10 0.000.100.20 size*NonMat 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1 Quantile 44 q.05: (+)* q.10: (+) q.50: (-) q.90: (-)*** q.95: (-)** q.05: (-) q.10: (-) q.50: (+) q.90: (+)*** q.95: (+)** Outras Aplicações http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/09/seminario- de-financas-do-ppgeufpb.html
  • 44. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • Testes de impairment • http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/03/o-regulador-precisa- nos-lembrar-sobre-o.html 45
  • 45. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • Para quê, ou quem, servem os relatórios de valuation? • Problemas com premissas: – Premissas inconsistentes com a realidade de mercado ou da companhia; – Expectativas de crescimento que variam de nulas a exuberantes e às vezes infinitas; – Premissas contrárias a outras divulgadas pelo próprio avaliador; – Sub- ou Sobre- avaliação dos investimentos; e – Ignorância deliberada de riscos ou contingências. • Problemas metodológicos: – Projeções de perpetuidade pelo topo do ciclo de margens; – Margens e retornos fundamentalmente diferentes do histórico, sem razão aparente; – Dupla contagem de caixa ou dívida; e – Avaliação de ativos semelhantes por metodologias diferentes. • Problemas de transparência – Disclaimers que eliminam a responsabilidade do administrador; – Divulgação errada ou incompleta da remuneração dos avaliadores; • Problemas éticos – Uso sem questionamento de premissas dadas pela parte interessada – Condicionantes colocadas aos avaliadores (ie. determinação prévia do resultado da avaliação) • http://financasaplicadasbrasil.blogspot.com.br/2015/05/para-que-ou-quem-servem-os-relatorios.html 46
  • 46. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • O caso da Dell: – Em janeiro de 2013 a Dell decidiu fechar seu capital, com uma proposta de comprar as ações em circulação por US$ 13,65. Em setembro/2013 os acionistas (parece que nem todos) aceitaram receber US$ 13,88 por cada ação – As partes tiveram que ir à Justiça para resolver o problema • Como ficaram os “valores”? Entre os avaliadores, quem sugeriu o maior e o menor preço? Vocês imaginam o porquê? – Nova proposta da Dell (Avaliador Prof. Glenn Hubbard): US$ 12,68 – Proposta dos acionistas (Avaliador Prof. Bradford Cornell): US$ 28,61 (US$ 28 bi a mais) – Decisão da Corte de Delaware: US$ 17,62 • http://contabilidademq.blogspot.com.br/2016/09/disputa-de-valuation-na- dell.html 47
  • 47. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • Algumas diferenças nas premissas do caso da Dell: • TAXA DE CRESCIMENTO (g): – Crescimento médio (aritmético ou geométrico) – Projeções de analistas – Crescimento fundamental (%Reinvestimento*Retorno) – Crescimento médio ponderado – No crescimento estável, utiliza-se o crescimento da economia geralmente • Escolhas: pense nas implicações no valor da empresa! – Dell: 1% no crescimento estável (menor que a inflação projetada); e – Acionista: 2% no crescimento estável 48
  • 48. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • Algumas diferenças nas premissas do caso da Dell: • TRIBUTOS: – Alíquota efetiva – Alíquota marginal – Mix entre a alíquota marginal e efetiva • Escolhas: pense nas implicações no valor da empresa! – Dell: 17,8% nas projeções normais e 35,8% na perpetuidade; e – Acionista: 21% no período completo 49
  • 49. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • Algumas diferenças nas premissas do caso da Dell: • WACC: – Rf – Retorno do mercado e b – Estrutura de capital – Ke e Kd • Escolhas: pense nas implicações no valor da empresa! – Dell: estrutura de capital média desde 2011 e b calculado com retornos mensais de 2 anos; e – Acionista: estrutura de capital pré-anúncio e b médio dos pares 50
  • 50. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Outras Aplicações • No Brasil também tivemos um caso parecido com a LLX. • A valuation da OPA feita pelo BOfA sugeriu um valor por ação entre R$ 6,94 e R$ 7,63. O acionista controlador estava disposto a pagar menos de R$ 4,00. • http://www.infomoney.com.br/imtv/programas/videos---materias/27- 01-2017/as-5-piores-historias-de-eike-batista-na-bolsa-que-o-mercado- gostaria-de-esquecer 51
  • 51. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Considerações Terminais • Onde vocês podem ter acesso a mais informações sobre valuation/contabilidade/finanças? – Blogs específicos: • www.contabilidademq.blogspot.com • https://contabilidademq.blogspot.com.br/search/label/Review • www.financasaplicadasbrasil.blogspot.com – Blog da Sala de Ações (trata do mercado de capitais e educação financeira, de forma geral): • www.salaacoes.blogspot.com 52
  • 52. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Considerações Terminais 53 Assistam a esse vídeo, para uma visão mais ampla do que é valuation.
  • 53. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Considerações Terminais • Trecho do “Little book of valuation” de Damodaran (tradução livre): – Muitos investidores decidem por não avaliar empresas e usam diversas desculpas: modelos de valuation são muito complexos, não existem informações suficientes, ou existe muita incerteza. Embora todas essas razões tenham um pouco de verdade, não existe razão para você não tentar. Modelos de valuation podem ser simplificados e você pode usá-los com as informações que você tem e – sim – o futuro será sempre incerto. Você estará errado algumas vezes? É claro, mas todo mundo também estará. Sucesso em investimentos vem de estar correto, porém também de estar errado menos frequentemente que as outras pessoas. 54 Para aprender a avaliar empresas, é preciso ter coragem e trabalhar. Só se aprende fazendo e errando!
  • 54. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com Exemplos de relatórios • Relatório de Iniciação de Cobertura da CSU CardSystem e Kroton, produzidos para a Sala de Ações da UFPB. 55
  • 55. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com 56 it k k ktk k kitk j jitjit XCustosIncAD     1 ,,2,,10 𝑃𝑡 = 𝜏=1 ∞ 𝑅𝑓−𝑡 𝐸𝜏 𝑑 𝑡+𝜏 youtube.com/contabilidademq @felfelipepontes @contabilidademq Slideshare.net/felipepontes16 /pontesfelipe Se inscreva em nosso canal e ative as notificações para não perder nada!
  • 56. Felipe Pontes www.contabilidademq.blogspot.com MUITO OBRIGADO!! – Blogs www.ContabilidadeMQ.blogspot.com www.FinancasAplicadasBrasil.blogspot.com – Facebook: www.facebook.com/contabilidademq – Twitter: www.twitter.com/contabilidademq – YouTube: www.youtube.com/felipepontes16 57