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Universidade Federal da Paraíba - Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
Campus I - Cidade Universitária - CEP 58.051-900 - João Pessoa/PB
Telefone: +55 (83) 3216 7285 - http://ccsa.ufpb.br/ppgcc - e-mail: ppgcc@ccsa.ufpb.br
Modelagem Financeira e
Balanço pro forma
Souza Neto
AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Prof. Dr. Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão
O QUE É MODELAGEM FINANCEIRA?
A modelagem financeira consiste em um conjunto de técnicas usadas por
empreendedores e analistas financeiros com o objetivo de projetar a
realidade e o risco de um negócio no longo prazo.
Assim, modelagem financeira envolve a construção e organização de dados
numéricos e equações para representar uma versão simplificada de qual
será o desempenho desse investimento no futuro. Essa informação é muito
útil para tomar grandes decisões.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 2
QUEM UTILIZA MF?
A capacidade de criar e entender modelos matemáticos é um grande
diferencial para o profissional que deseja traçar a capacidade de
sobrevivência e valorização de um negócio ou investimento, avaliando o seu
desempenho no longo prazo.
Assim, a modelagem financeira pode ser aplicada nas mais diversas áreas,
tais como:
• consultoria: realizar diagnósticos da situação financeira de empresas e
propor estratégias de crescimento;
• portfólio management em bancos e fundos: compreender e identificar
mudanças na economia, tomando decisões sobre investimentos;
• private banking: auxiliar o cliente a montar a melhor carteira de produtos
financeiros;
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 3
QUEM UTILIZA MF?
A capacidade de criar e entender modelos matemáticos é um grande
diferencial para o profissional que deseja traçar a capacidade de
sobrevivência e valorização de um negócio ou investimento, avaliando o seu
desempenho no longo prazo.
Assim, a modelagem financeira pode ser aplicada nas mais diversas áreas,
tais como:
• grandes corporações: avaliar e contabilizar possíveis aquisições;
• equity research: a modelagem financeira facilita as pesquisas de analistas
sell-side e buy-side na projeção do desempenho de organizações.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 4
COMO?
Criar um modelo financeiro para uma empresa envolve uma compreensão
bastante específica sobre como o negócio funciona: como ele cria produtos,
como esses produtos são vendidos, como esses processos criam receitas e
custos, e como isso é impactado pela economia e pelo setor em que atua.
Para conseguir estimar o lucro que uma empresa provavelmente terá no
futuro, o modelo precisa partir não só de dados concretos já disponíveis,
mas também de certas premissas – são os chamados inputs, ou seja, as
informações que vão servir de material para modelagem financeira.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 5
INPUTS
Um modelo normalmente vai incluir entre seus inputs diversas
características e números relacionados à empresa, suposições e dados sobre
economia (inflação, taxa de juros, crescimento econômico), taxa de
crescimento da indústria, margens de lucros, planos de expansão da
empresa e despesas de capital envolvidas nisso, entre outros fatores.
Esses inputs do modelo também podem ser alterados, como forma de prever
o impacto de certas mudanças sobre o negócio como um todo, ou de calcular
o desempenho da empresa em diversos cenários possíveis.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 6
INFORMAÇÕES PRO FORMA
Há algumas situações não previstas, por assim dizer, que podem acontecer a
uma entidade, como uma reestruturação societária ou de negócio,
aquisições, vendas, fusões, cisões, incorporações, baixa. Esses processos
podem causar desconfiança nos investidores, assim, determinadas
informações ajudam na análise de perspectivas futuras da entidade, pois
ilustram a possível abrangência da mudança na sua posição financeira
histórica e nos resultados das suas operações causada pela transação ou
reestruturação societária.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 7
INFORMAÇÕES PRO FORMA
É com esse objetivo que surgiram as informações financeiras pro forma,
também conhecidas como projeções. Os demonstrativos financeiros pro
forma são utilizados para evidenciar aos investidores o impacto de uma
transação, caso ela tivesse ocorrido em período anterior, por isso a definição
de projeções, assim essas informações antecipam o resultado de
determinada transação.
A Orientação Técnica OCPC 06 estabelece os critérios para compilação,
elaboração e formatação de informações financeiras pro forma que só podem
ser apresentadas quando assim forem qualificadas e desde que o propósito
seja devidamente justificado.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 8
INFORMAÇÕES PRO FORMA
As informações financeiras pro forma devem consistir de:
(i) balanço patrimonial pro forma, caso a transação ainda não tenha sido
consolidada (quando necessário) no balanço patrimonial histórico
apresentado; ou seja, se o balanço patrimonial mais recente já incluir o
efeito da transação, não é aplicável a apresentação de balanço
patrimonial pro forma;
(ii) demonstração do resultado pro forma; e
(iii) acompanhados de notas explicativas próprias;
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 9
QUEM DEVE APRESENTAR
INFORMAÇÕES PRO FORMA ?
Atualmente somente as companhias abertas são obrigadas a apresentar as
informações pro forma, que são averiguadas por auditores independentes
registrados na CVM. Vale mencionar também que não estão disciplinadas
nos International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidos pelo
International Accounting Standards Board (IASB; Comitê de Normas
Internacionais de Contabilidade), e tampouco fazem parte das práticas
contábeis adotadas no Brasil.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 10
QUEM DEVE APRESENTAR
INFORMAÇÕES PRO FORMA ?
No Brasil temos, por exemplo, a Gol fazendo uso da pro-forma, no cálculo
do Ebitda. Esta “medida de desempenho” tem sido usada por gestores que
querem valorizar um “caixa”, em lugar do lucro operacional. O Ebitda retira
do lucro algumas despesas, o que faz com que seu resultado seja geralmente
otimista.
Mas a Gol, mesmo com o Ebitda, não conseguiu um valor positivo. E
resolveu criar seu próprio Ebitda, naturalmente mais favorável para a
empresa.
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 11
ESTUDO DE CASO
“The Body Shop International PLC 2001: Uma introdução à modelagem
financeira”
www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 12
Leituras adicionais
• Modelagem financeira no R:
• http://www.contabilidademq.com.br/2017/05/modelagem-financeira-no-r.html
• O valor das pontes no mar dos negócios:
• http://www.contabilidademq.com.br/2015/12/o-valor-das-pontes-no-mar-dos-
negocios.html
• Pro Forma:
• http://financasaplicadasbrasil.blogspot.com/2014/11/pro-forma.html
• Redução de custos:
• http://financasaplicadasbrasil.blogspot.com/2014/08/analise-da-troca-de-
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Modelagem financeira e balanco pro forma

  • 1. Universidade Federal da Paraíba - Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis Campus I - Cidade Universitária - CEP 58.051-900 - João Pessoa/PB Telefone: +55 (83) 3216 7285 - http://ccsa.ufpb.br/ppgcc - e-mail: ppgcc@ccsa.ufpb.br Modelagem Financeira e Balanço pro forma Souza Neto AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Prof. Dr. Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão
  • 2. O QUE É MODELAGEM FINANCEIRA? A modelagem financeira consiste em um conjunto de técnicas usadas por empreendedores e analistas financeiros com o objetivo de projetar a realidade e o risco de um negócio no longo prazo. Assim, modelagem financeira envolve a construção e organização de dados numéricos e equações para representar uma versão simplificada de qual será o desempenho desse investimento no futuro. Essa informação é muito útil para tomar grandes decisões. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 2
  • 3. QUEM UTILIZA MF? A capacidade de criar e entender modelos matemáticos é um grande diferencial para o profissional que deseja traçar a capacidade de sobrevivência e valorização de um negócio ou investimento, avaliando o seu desempenho no longo prazo. Assim, a modelagem financeira pode ser aplicada nas mais diversas áreas, tais como: • consultoria: realizar diagnósticos da situação financeira de empresas e propor estratégias de crescimento; • portfólio management em bancos e fundos: compreender e identificar mudanças na economia, tomando decisões sobre investimentos; • private banking: auxiliar o cliente a montar a melhor carteira de produtos financeiros; www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 3
  • 4. QUEM UTILIZA MF? A capacidade de criar e entender modelos matemáticos é um grande diferencial para o profissional que deseja traçar a capacidade de sobrevivência e valorização de um negócio ou investimento, avaliando o seu desempenho no longo prazo. Assim, a modelagem financeira pode ser aplicada nas mais diversas áreas, tais como: • grandes corporações: avaliar e contabilizar possíveis aquisições; • equity research: a modelagem financeira facilita as pesquisas de analistas sell-side e buy-side na projeção do desempenho de organizações. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 4
  • 5. COMO? Criar um modelo financeiro para uma empresa envolve uma compreensão bastante específica sobre como o negócio funciona: como ele cria produtos, como esses produtos são vendidos, como esses processos criam receitas e custos, e como isso é impactado pela economia e pelo setor em que atua. Para conseguir estimar o lucro que uma empresa provavelmente terá no futuro, o modelo precisa partir não só de dados concretos já disponíveis, mas também de certas premissas – são os chamados inputs, ou seja, as informações que vão servir de material para modelagem financeira. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 5
  • 6. INPUTS Um modelo normalmente vai incluir entre seus inputs diversas características e números relacionados à empresa, suposições e dados sobre economia (inflação, taxa de juros, crescimento econômico), taxa de crescimento da indústria, margens de lucros, planos de expansão da empresa e despesas de capital envolvidas nisso, entre outros fatores. Esses inputs do modelo também podem ser alterados, como forma de prever o impacto de certas mudanças sobre o negócio como um todo, ou de calcular o desempenho da empresa em diversos cenários possíveis. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 6
  • 7. INFORMAÇÕES PRO FORMA Há algumas situações não previstas, por assim dizer, que podem acontecer a uma entidade, como uma reestruturação societária ou de negócio, aquisições, vendas, fusões, cisões, incorporações, baixa. Esses processos podem causar desconfiança nos investidores, assim, determinadas informações ajudam na análise de perspectivas futuras da entidade, pois ilustram a possível abrangência da mudança na sua posição financeira histórica e nos resultados das suas operações causada pela transação ou reestruturação societária. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 7
  • 8. INFORMAÇÕES PRO FORMA É com esse objetivo que surgiram as informações financeiras pro forma, também conhecidas como projeções. Os demonstrativos financeiros pro forma são utilizados para evidenciar aos investidores o impacto de uma transação, caso ela tivesse ocorrido em período anterior, por isso a definição de projeções, assim essas informações antecipam o resultado de determinada transação. A Orientação Técnica OCPC 06 estabelece os critérios para compilação, elaboração e formatação de informações financeiras pro forma que só podem ser apresentadas quando assim forem qualificadas e desde que o propósito seja devidamente justificado. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 8
  • 9. INFORMAÇÕES PRO FORMA As informações financeiras pro forma devem consistir de: (i) balanço patrimonial pro forma, caso a transação ainda não tenha sido consolidada (quando necessário) no balanço patrimonial histórico apresentado; ou seja, se o balanço patrimonial mais recente já incluir o efeito da transação, não é aplicável a apresentação de balanço patrimonial pro forma; (ii) demonstração do resultado pro forma; e (iii) acompanhados de notas explicativas próprias; www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 9
  • 10. QUEM DEVE APRESENTAR INFORMAÇÕES PRO FORMA ? Atualmente somente as companhias abertas são obrigadas a apresentar as informações pro forma, que são averiguadas por auditores independentes registrados na CVM. Vale mencionar também que não estão disciplinadas nos International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB; Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade), e tampouco fazem parte das práticas contábeis adotadas no Brasil. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 10
  • 11. QUEM DEVE APRESENTAR INFORMAÇÕES PRO FORMA ? No Brasil temos, por exemplo, a Gol fazendo uso da pro-forma, no cálculo do Ebitda. Esta “medida de desempenho” tem sido usada por gestores que querem valorizar um “caixa”, em lugar do lucro operacional. O Ebitda retira do lucro algumas despesas, o que faz com que seu resultado seja geralmente otimista. Mas a Gol, mesmo com o Ebitda, não conseguiu um valor positivo. E resolveu criar seu próprio Ebitda, naturalmente mais favorável para a empresa. www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 11
  • 12. ESTUDO DE CASO “The Body Shop International PLC 2001: Uma introdução à modelagem financeira” www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 12
  • 13. Leituras adicionais • Modelagem financeira no R: • http://www.contabilidademq.com.br/2017/05/modelagem-financeira-no-r.html • O valor das pontes no mar dos negócios: • http://www.contabilidademq.com.br/2015/12/o-valor-das-pontes-no-mar-dos- negocios.html • Pro Forma: • http://financasaplicadasbrasil.blogspot.com/2014/11/pro-forma.html • Redução de custos: • http://financasaplicadasbrasil.blogspot.com/2014/08/analise-da-troca-de- equipamentos-com-o.html www.ccsa.ufpb.br/ppgcc ppgcc@ccsa.ufpb.br 13