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Feo-hifomicose
Erik Ricardo Gonçalves Araújo
Infectologia – Medicina - 4º Período
Agente etiológico
• Causada por fungos dermatiáceos (demácios) escuros;
• A melanina é um fator de virulência;
• O termo feo-hifomicose foi criado em 1974 para designar doenças
causadas por fungos dermatiáceos;
• Todos os fungos demácios são do filo Ascomycota.
• Ex.: Bipolaris spp., Cladosphialophora spp., Clasdoporium spp., Exophiala ssp.,
Fonsecaea spp., Phhialophora spp., Ochronosis spp., Rhinocladiella spp. e
Wangiella spp., etc.
• Mais de 150 espécies.
Epidemiologia e Ecologia
• Fungos demácios estão presentes em diversos habitat;
• Vida saprobiótica;
• Algumas espécies são restritas a seus micronichos ecológicos.
• Algumas espécies são extremófilas;
• Ocorre tanto em indivíduos hígidos quanto em imunocomprometidos;
• Hígios: apresentam majoritariamente a forma subcutânea da doença;
• Imunocomprometidos: apresentam tanto a forma subcutânea quanto as
formas superficiais e cutâneas.
Fatores de Risco
• Transplante renal;
• Neutropênicos;
• Uso de fármacos imunossupressores;
• Câncer;
• Imunossupressão;
• Profissões expostas a matérias de
origem vegetal;
Patogênese
• Invasão por inalação ou
implantação;
• A melanina, alguns lipideos
intracelulares e termotolerância
são fatores de virulência;
• A melanina tem alta resistência
aos mecanismos efetores da
resposta imune.
• A melanina confere resistência à
antifúngicos.
Diagnóstico
• Exame usando colaração de
Masson-Fontana;
• Mais geral;
• Observação direta;
• Cultura para identificação de
espécies causadoras;
• Específica;
• Observação das características do
meio de cultura;
Manifestações clínicas
Feo-hifomicose superficial | Cutânea
• Manifestações clínicas mais frequentes;
• Associadas a microtraumas ou exposição ambiental;
• Tinea nigra:
• Assintomática;
• Horteae werneckii, e Stenella araguata;
• Lesões maculares de margens definidas em palmas da mãos;
• Diferenciar de sífilis.
• Piedra negra:
• Assintomática
• Piedraia hortae;
• Pequenos nódulos duros e escuros, que envolvem a bainha de pelos de diversas partes do
corpo.
• Diferenciar de outras tricopatias nodulares.
Feo-hifomicose superficial | Cutânea
• Ceratite micótica:
• Curvularia spp., Bipolaris spp., e
Lasiodiplodia spp.;
• Pode se tornar invasora da córnea e
de outras estruturas do globo ocular;
• Têm início com trauma local, podendo
ser causado por objetos variados;
• Pode ser acompanhada por reações
inflamatórias e necrose de diferentes
graus e intesidades.;
• Sensação de corpo estranho ocular até
perda de visão;
Feo-hifomicose de implantação | Subcutânea
• Muito relatada na literatura;
• Micose de implantação;
• Implante transcutâneo dos agentes por trauma;
• Exophiala, Alternaria, Phialophora e Bipolaris;
• Lesões isoladas ou múltiplas;
• Lesões iniciais eritematopapular ou nodular;
• Evolução lenta para lesões de aspecto polimórfico.
• Pode evoluir para lesão ulcerativa ou verruciforme;
• Pode se disseminar para o SNC;
Feo-hifomicose sistêmica | Disseminada
• A feo-hifomicose também pode acometer órgãos internos como os
pulmões e o cérebro.
• Pode evoluir a parti de foco pulmonar ou de lesões subcutâneas
preexistentes;
• Neoplasias hematológicas, quimioterapia, transplante de órgãos
sólidos e de células tronco são fatores de risco;
• Clodophialophora bantiana, Rhinocladiella Mackenziei, Ochroconis
gallopava, Bipolaris spicifera, Exophiala dermatites e Chaetomium
strumarium.
Feo-hifomicose sistêmica | Disseminada
• Cérebro:
• Quadro clínico compatível com abscesso cerebrais;
• Cefaleia;
• Sinais neurológicos focais;
• Convulsões;
• Pulmões:
• Ocorre em maioria em pacientes imunossuprimidos;
• Pneumonia;
• Nódulos pulmonares;
• Hemoptise.
Tratamento
• Sempre associar antifúngicos sistêmicos e tratamento cirúrgico.
• Lesões e cistos devem ser ressecados cirurgicamente;
• Lesões osteoarticulares s sinusite invasiva devem ser debridadas ou
curetadas;
• Abscessos cerebrais e pulmonares:
• Drenagem ou ressecagem;
Esquemas medicamentosos
• Itraconazol, 200 a 400 mg/dia;
• Pode ser associado a terbinafina, 250 mg 2x/dia, ou;
• 5-fluorcitosina, 100/mg/kg/dia;
• Anfotericina B pode ser usada na dose 1 mg/kg/dia;
• Para infecções refratárias:
• Posaconazol, 800 mg/dia;
• Pode variar de 6 semanas a 12 meses;
Referências Bibliográficas
• Reinaldo, S. Infectologia - Bases Clínicas e Tratamento. Grupo GEN,
2017. 9788527732628. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732628/.
Acesso em: 25 Nov 2020
• https://crescendoemcultura.blogspot.com/2013/11/piedra-
negra.html
• https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/fungos/feoifomicose
• UFPR -
micologia: http://www.prppg.ufpr.br/redefungos/feohifomicose.ht
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Feo-hifomicose - Doença causada por fungos escuros

  • 1. Feo-hifomicose Erik Ricardo Gonçalves Araújo Infectologia – Medicina - 4º Período
  • 2. Agente etiológico • Causada por fungos dermatiáceos (demácios) escuros; • A melanina é um fator de virulência; • O termo feo-hifomicose foi criado em 1974 para designar doenças causadas por fungos dermatiáceos; • Todos os fungos demácios são do filo Ascomycota. • Ex.: Bipolaris spp., Cladosphialophora spp., Clasdoporium spp., Exophiala ssp., Fonsecaea spp., Phhialophora spp., Ochronosis spp., Rhinocladiella spp. e Wangiella spp., etc. • Mais de 150 espécies.
  • 3. Epidemiologia e Ecologia • Fungos demácios estão presentes em diversos habitat; • Vida saprobiótica; • Algumas espécies são restritas a seus micronichos ecológicos. • Algumas espécies são extremófilas; • Ocorre tanto em indivíduos hígidos quanto em imunocomprometidos; • Hígios: apresentam majoritariamente a forma subcutânea da doença; • Imunocomprometidos: apresentam tanto a forma subcutânea quanto as formas superficiais e cutâneas.
  • 4. Fatores de Risco • Transplante renal; • Neutropênicos; • Uso de fármacos imunossupressores; • Câncer; • Imunossupressão; • Profissões expostas a matérias de origem vegetal;
  • 5. Patogênese • Invasão por inalação ou implantação; • A melanina, alguns lipideos intracelulares e termotolerância são fatores de virulência; • A melanina tem alta resistência aos mecanismos efetores da resposta imune. • A melanina confere resistência à antifúngicos.
  • 6. Diagnóstico • Exame usando colaração de Masson-Fontana; • Mais geral; • Observação direta; • Cultura para identificação de espécies causadoras; • Específica; • Observação das características do meio de cultura;
  • 7.
  • 9. Feo-hifomicose superficial | Cutânea • Manifestações clínicas mais frequentes; • Associadas a microtraumas ou exposição ambiental; • Tinea nigra: • Assintomática; • Horteae werneckii, e Stenella araguata; • Lesões maculares de margens definidas em palmas da mãos; • Diferenciar de sífilis. • Piedra negra: • Assintomática • Piedraia hortae; • Pequenos nódulos duros e escuros, que envolvem a bainha de pelos de diversas partes do corpo. • Diferenciar de outras tricopatias nodulares.
  • 10.
  • 11. Feo-hifomicose superficial | Cutânea • Ceratite micótica: • Curvularia spp., Bipolaris spp., e Lasiodiplodia spp.; • Pode se tornar invasora da córnea e de outras estruturas do globo ocular; • Têm início com trauma local, podendo ser causado por objetos variados; • Pode ser acompanhada por reações inflamatórias e necrose de diferentes graus e intesidades.; • Sensação de corpo estranho ocular até perda de visão;
  • 12. Feo-hifomicose de implantação | Subcutânea • Muito relatada na literatura; • Micose de implantação; • Implante transcutâneo dos agentes por trauma; • Exophiala, Alternaria, Phialophora e Bipolaris; • Lesões isoladas ou múltiplas; • Lesões iniciais eritematopapular ou nodular; • Evolução lenta para lesões de aspecto polimórfico. • Pode evoluir para lesão ulcerativa ou verruciforme; • Pode se disseminar para o SNC;
  • 13.
  • 14.
  • 15. Feo-hifomicose sistêmica | Disseminada • A feo-hifomicose também pode acometer órgãos internos como os pulmões e o cérebro. • Pode evoluir a parti de foco pulmonar ou de lesões subcutâneas preexistentes; • Neoplasias hematológicas, quimioterapia, transplante de órgãos sólidos e de células tronco são fatores de risco; • Clodophialophora bantiana, Rhinocladiella Mackenziei, Ochroconis gallopava, Bipolaris spicifera, Exophiala dermatites e Chaetomium strumarium.
  • 16. Feo-hifomicose sistêmica | Disseminada • Cérebro: • Quadro clínico compatível com abscesso cerebrais; • Cefaleia; • Sinais neurológicos focais; • Convulsões; • Pulmões: • Ocorre em maioria em pacientes imunossuprimidos; • Pneumonia; • Nódulos pulmonares; • Hemoptise.
  • 17.
  • 18. Tratamento • Sempre associar antifúngicos sistêmicos e tratamento cirúrgico. • Lesões e cistos devem ser ressecados cirurgicamente; • Lesões osteoarticulares s sinusite invasiva devem ser debridadas ou curetadas; • Abscessos cerebrais e pulmonares: • Drenagem ou ressecagem;
  • 19. Esquemas medicamentosos • Itraconazol, 200 a 400 mg/dia; • Pode ser associado a terbinafina, 250 mg 2x/dia, ou; • 5-fluorcitosina, 100/mg/kg/dia; • Anfotericina B pode ser usada na dose 1 mg/kg/dia; • Para infecções refratárias: • Posaconazol, 800 mg/dia; • Pode variar de 6 semanas a 12 meses;
  • 20. Referências Bibliográficas • Reinaldo, S. Infectologia - Bases Clínicas e Tratamento. Grupo GEN, 2017. 9788527732628. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732628/. Acesso em: 25 Nov 2020 • https://crescendoemcultura.blogspot.com/2013/11/piedra- negra.html • https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as- infecciosas/fungos/feoifomicose • UFPR - micologia: http://www.prppg.ufpr.br/redefungos/feohifomicose.ht ml