SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 130
Curso de Enfermagem Geral
Cuidados de Enfermagem nas
alterações da saúde das
crianças
Sub-modulo 6
Principais problemas
 Hematológicos; os distúrbios hematológicos são
causadas por anormalidades quantitativas ou qualitativas
dos elementos figurados do sangue, das proteínas
circulantes ou da parede vascular.
 As doenças do sangue podem ser congénitas e
adquiridas
 As congénitas, resultam na produção reduzida de
células pluripotenciais função anormal da membrana
celular (esferocitose hereditária trombastenia).
 As adquiridas; são aquelas que a criança adquire
depois de nascer
Curso de Enfermagem Geral
2
Problemas hematológicos
 As doenças do sangue adquiridas; são aquelas que a
criança adquire depois de nascer.
 As causas secundarias da doença hematológica
abrangem de infiltração de estruturas normais (leucemia,
neuroblastoma).
 Os distúrbios hematológicos apresentam manifestações
clínicas relacionados ao componente ao factor especifico.
Tais manifestações não são diagnostica da causa do
distúrbio, porem certos sinais e sintomas estão
associados a etiologias especificas. (Anemia por
deficiência de ferro).
Curso de Enfermagem Geral
3
Problemas hematológicos (Cont.)
 Anemia; a presença de anemia e determinada por nível
de hemoglobina do paciente com os valores normais
para sua idade e sexo.
 A anemia e uma complicação comum que pode agravar
outras disfunções orgânicas.
Curso de Enfermagem Geral
4
 A anemia quantitativa e o valor de hemoglobina ou
hematócrito de desvios de padrões (limites de confiança),
abaixo da media para a idade e o sexo. Esse valor e
menos directo em crianças do que em adultos.
 Fisiopatologia; As consequências fisiológicas da
anemia são determinadas a partir do exame físico. Pode
manifestar-se por frequência do pulso elevado, sopros
hémicos intolerância aos exercícios, cefaleias. sono
excessivo especialmente em lactentes, até recusa
alimentar-se
Curso de Enfermagem Geral
5
Problemas hematológicos (Cont.)
Problemas hematológicos (Cont.)
 Etiologia; os mecanismos comuns responsáveis por
anemia são feitos a partir do anamnese e exame físico
cuidadoso.
 No recém-nascido , a história de icterícia, palidez,
ingestão materna de drogas ou perda excessiva de
sangue no momento do nascimento.
Curso de Enfermagem Geral
6
 Manifestação clínica; o exame físico sugere a presença
de anemia. A presença de icterícia sugere hemólise,
petéquias púrpuras, indicam tendências hemorrágicas.
 Avaliação laboratorial; visa determinar a intensidade de
anemia para seguir a fase de investigação (hemograma
completa com a contagem de plaquetas).
Curso de Enfermagem Geral
7
Problemas hematológicos (Cont.)
Problemas hematológicos (Cont.)
 Tipos de anemias;
 Anemia microlítica e hipocromica, e causada por
deficiência da produção de hemoglobina.
 A anemia por deficiência de ferro alimentar e mais
comum a lactentes alimentadas por mamadeiras que
recebem grande volume e recebem poucos alimentos
ricos em ferro, (carne, verduras).
Curso de Enfermagem Geral
8
 Anemia normocitica; são causadas pela produção
inadequada de hemácias, abrangem grande variedade de
distúrbios das hemácias.
Anemia microlítica;
Anemias hemolíticas;
Anemia aplástica;
Curso de Enfermagem Geral
9
Problemas hematológicos (Cont.)
Hemoderivados mais usados
 Concentrado de hemacias;
 Concentrado de plaquetas;
 Plasma fresco congelado;
 Crioprecipitado.
Curso de Enfermagem Geral
10
Tipo de Reacção Sinais Clínicos
Hemolise intensa
(Incompatibilidade)
Choque agudo, rubor, febre precoce,
hemolise intravasculares
Febre Febre no fim da transfusão, urticária,
calafrios, por sensibilização antigénios
Alergia Febre, urticária reacção anafilactoide,
sensibilidade a proteínas plasmáticas
do doador.
Curso de Enfermagem Geral
11
Avaliação de Enfermagem nas
reacções transfusionais
Intervenções de Enfermagem nos
sinais clínicos
 Interromper a transfusão, devolver o sangue ao banco de
sangue com amostra fresca do sangue do doente.
 Hidratar com líquidos IV, manter a PA e fluxo urinário.
 Verificar a presença de hemoglobinémia, hemoglobinúria
e hiperpotassémia.
 Verificar icterícia, anemia.
Curso de Enfermagem Geral
12
Problemas Dermatológicos
 Distúrbios dermatológicos; são patologias que ocorrem
a nível da derme.
 Causas: anormalidades que ocorrem dentro da pele e
nos linfócitos dos pacientes.
 Principais manifestações:
1.Prurido;
2.Morfologia e distribuição típicas;
 Envolvimento facial e das faces extensoras em
lactentes e crianças pequenas;
 Liquefacção flexural
3. Dermatite crónica ou cronicamente recidivante
4. História pessoal ou familiar de atopia.
Curso de Enfermagem Geral
13
Manifestações Secundarias
1. Xerose;
2. Fissuras periauriculares;
3. Ictose ou ceratose pilar;
4. Dermatite nas mãos ou nos pés
5. Quelite
6. Dermatite do couro cabeludo
 Manifestações Clínicas
1. Lesões cutâneas que são pruriginosas, secas,
descamativas e muitas vezes eritematosas.
2. Lesões em distribuição típica;
3. Evolução crónica recidivante;
4. História familiar positiva da doença da pele.
Curso de Enfermagem Geral
14
Avaliação de Enfermagem;
 O pessoal de enfermagem deve avaliar as manifestações
principais e secundarias, de modo a tomar decisões para
a sua intervenção, em relação a terapêutica prescrita pelo
clínico e a intervenção nos cuidados de enfermagem.
 Notificar ao clínico sempre que ocorrer alguma alteração
no paciente relacionado com administração de
medicamentos.
Curso de Enfermagem Geral
15
Intervenções de Enfermagem
 O pessoal de enfermagem tem uma participação
importante no tratamento dos pacientes com problemas
da pele.
 As principais intervenções de enfermagem devem
basear-se nos seguintes aspectos:
 Prestar os cuidados de enfermagem nos pacientes
com problemas dermatológicos;
 Monitorar as características da pele, presenca de
infecção da pele;
Curso de Enfermagem Geral
16
 Verificar as possíveis alterações relacionados com a
irritabilidade, sensibilidade a certos alimentos;
 Aconselhar os familiares a remover os vestem que
irritam a pele
 Descrever os tipos de lesões, sua configuração e
localizado.
Curso de Enfermagem Geral
17
Intervenções de Enfermagem
Infecções Fúngicas
Infecções Fúngicas
 Os fungos são maiores e mais complexos do que as
bactérias.
 Podem ser unicelulares (ex. fermentos), ou
multicelulares (bolores)
 Muitos tipos são patogénicos para o ser humano,
causando doenças de pele comuns ou doenças
sistémicas sérias.
Candidíase
 A Candida albicans é um fungo tipo fermento,
geralmente habita o tracto gastrointestinal, a boca e
a vagina, mas não está geralmente presente na
pele.
 A Candidíase (monolíase), é a inflamação
associada ao crescimento do microorganismo na
pele, é causada pelas toxinas que são libertadas.
Candidiase cutânea
Factores predisponentes:
 Gravidez;
 Uso de pílula contraceptiva;
 Malnutrição;
 Antibioterapia;
 Diabetes Mellitus;
 Outras doenças endócrinas;
 Inalação de corticosteroídes;
 Doenças imunosupressoras.
Fisiopatologia
 desenvolve-se num ambiente quente e húmido como o
períneo, espaços interdigitais.
 A candidíase das mucosas tem um aspecto de aftas.
As lesões são brancas e podem estender-se até ao
esófago (“sapinhos”)
 Ao nível vaginal causa prurido intenso, com corrimento
vaginal branco e espesso
Fisiopatologia (cont)
 A candidíase da pele aparece como áreas de
erupção, pruriginosas, húmidas, inflamadas, com
vesículas e pústulas e ocorre mais frequentemente
nas pregas cutâneas, como sulco infra mamário e
sulco intra-nadegueiro, ou na região inguinal.
Epidemiologia:
 Não disponível
Diagnóstico:
 Aparência clínica
 Exame microscópico
Tratamento
 Manter a pele seca, para evitar maceração
 Usar roupas larga e de algodão
 Aplicação dos medicamentos tópicos:
 Nistatina
 Anfotericina
 Clotrimazol
 Ciclopirox
 Quetoconazol
Intervenções de Enfermagem
1. Informar acerca da candidíase
2.instruir/treinar/assistir/supervisionar/avaliar
[implementação do] regime medicamentoso.
3. Estabelecer relação com o doente
4. Escutar o doente
5. Informar acerca do curso da doença
6. vigiar a pele e executar tratamento à ferida.
Intervenções de Enfermagem
7. Gerir ambiente físico
8. Ensinar para o uso de roupas largas
9. Ensinar acerca de regime medicamentoso
10. Ensinar acerca de regime terapêutico
 a. gerir ambiente físico
 b. Ensinar acerca de regime terapêutico
 c. Aplicar água fria.
Ensino ao doente e família
 Prevenção
 Eliminação de factores como o ambiente quente e
húmido
 Ensino para a a detecção precoce (ensinando a
pessoa a avaliar as mucosas e as pregas cutâneas)
 O doentes imunodeprimidos devem receber terapia
preventiva.
Dermatofitoses
Dermatofitoses Tinea capitis - etiologia
 Inadequadamente designada por tinha do couro
cabeludo.
 Pode ser causada por:
 Microsporum
 Trichophyton
 Microsporum audouinii.
Dermatofitoses Tinea capitis -
Fisiopatologia
 A lesão característica é redonda com eritema,
uma ligeira descamação e algumas pústulas que
aparecem nos bordos da lesão.
 Queda de cabelo temporária
 Pode desenvolver-se uma situação inflamatória –
Quérion.
Dermatofitoses Tinea capitis –
diagnóstico e tratamento
 Quando colocados sob uma luz de Wood os
cabelos aprecem com cor azul-esverdeada
flurescente.
 Tratamento
 Griseofulvina (500mg P.O)
 Tolnaftato (1%) aplicado 2x dia
Dermatofitoses Tinea capitis –
Ensinos ao utente
 Compreender a razão do tratamento
 O couro cabeludo deve ser lavado pelo menos 2x
por semana
 Se ocorrer inflamação o couro cabeludo deve ser
lavado diariamente.
Tinea corporis e cruris - etiologia
 Infecções dermatológicas
 Tinea corporis - crianças que vivem em climas
quentes e húmidos
 Tinea cruris - mais frequente em homens
especialmente nos que têm pé de atleta (tinha do pé)
- Tinea Pedis e nos que utilizam frequentemente
apoios atléticos ou calções apertados.
 Também ocorre em mulheres que usam collants ou
calças apertadas
Tinea corporis e cruris -
epidemiologia
 As lesões da Tinea corporis ocorrem em partes do corpo que
não têm cabelo e apresentam-se de forma rasa com um
bordo escamoso e eritematoso e um centro mais claro.
 As lesões da Tinea cruris ocorrem nas áreas quentes,
húmidas na região inguinal.
 As lesões são bilaterais e estendem-se para fora, a partir da
região inguinal, ao longo da face interior da coxa. A cor vai do
castanho ao vermelho, não há descamação e geralmente
existe prurido.
Tinea corporis e cruris –
tratamento
 Aplicação de fungicidas tópicos Ex: clotrimazol
creme, ketoconazol, miconazol, etc
 Griseofulvina 10mg/kg/dia
Tinea corporis e cruris – ensino ao
utente
 As áreas afectadas devem ser mantidas limpas e
secas;
 Evitar tomar demasiados banhos
 A roupa interior deve ser larga
Dermatofitoses Tinea pédis
 A forma mais comum é a interdigital
(especialmente no 4.º espaço), pode estender-se
para debaixo dos dedos ou para a planta dos pés
 O doente pode:
 estar assintomático,
 ter prurido e queimadura na área afectada
 As unhas podem tornar-se descoloridas, espessas ou
tortas.
 Pode ser confundida com outras patologias.
Tinea pedis
Dermatofitoses Tinea pédis –
cuidados em colaboração
 O tratamento depende do estado da infecção
 Geralmente resolve com a aplicação de um anti-
fungico
 Se as lesões são espessas é necessário aplicar um
unguento para que o anti-fungico consiga
penetrar.
Tinea pédis – ensinos ao utente
 Ensino acerca:
 Higiene dos pés
 Manter a pele seca, (secar entre os dedos após o
banho)
 Aplicação do anti-fungico
 Roupa
 As meias devem ser de algodão
 Se possível usar sandálias, ou andar descalço.
Furúnculo – definição/etiologia
 É uma Infecção bacteriana da pele que causa
a necrose do folículo pilosebáceo.
 Os furúnculos são áreas grandes, elevadas,
dolorosas e inflamadas causadas por uma
infecção por Staphylococcus em torno dos
folículos pilosos.
Furunculo
Manifestações clínicas
 A lesão inicia-se por um nódulo muito doloroso,
vermelho, inflamatório, endurecido e quente e
centrado por um pêlo, onde pode aparecer um
pequeno ponto de pus.
 Com a evolução do quadro ocorre o rompimento
do nódulo e a eliminação do seu conteúdo
(geralmente, eles eliminam um exsudado
esbranquiçado e discretamente sanguinolento).
deixando a área ulcerada que vai cicatrizar.
 pescoço
 mamas
 face
 nádegas
 virilhas
 particularmente dolorosos quando se formam em
torno do nariz, das orelhas ou nos dedos.
 Quando ocorrem repetidamente, a doença recebe o
nome de furunculose e está associada à uma
deficiência do organismo em evitar a infecção do
folículo.
 Quando várias lesões surgem simultaneamente,
próximas e interligadas, o quadro recebe o nome de
antraz, ocorrência mais comum na região da nuca.
FURÚNCULO
Furúnculo - Tratamento
 Colecta de uma amostra do exsudado para o
exame laboratorial;
 Prescrição de um antibiótico, local ou sistémico.
 Nos casos muito dolorosos e com superfície
amolecida, pode ser feita a drenagem da lesão,
com alívio imediato da dor.
 O calor húmido favorece o acúmulo do pus
e pode fazer com que o furúnculo drene
espontaneamente.
 À medida que o furúnculo drena, deve
haver o cuidado para manter o conteúdo
fora da pele circundante, para evitar
recorrências.
Furúnculo - Tratamento
 A melhor maneira de se prevenir esta infecção ou a sua
disseminação a outros é a manutenção da pele limpa,
preferencialmente com sabão líquido anti bacteriano.
 Os indivíduos com furúnculos recorrentes podem ter que
tomar antibióticos durante meses ou mesmo anos.
 Quando ocorre a furunculose, deve-se pesquisar o que
está a favorecer o aparecimento das lesões e estimular
a defesa orgânica do indivíduo.
Furúnculo – cuidados em colaboração
 Penso quente e húmido até que ocorra
drenagem
 Manter a drenagem infectada fora da pele
circundante.
 Elucidar o utente relativamente a:
 Prevenção e propagação da infecção;
 Cuidados com a higiene das mãos
Curso de Enfermagem Geral
53
Fim
Impetigo Definição
 O impetigo é uma infecção bacteriana
cutânea causada por Staphylococcus ou por
Streptococcus B hemolítico que se
caracteriza pela formação de pequenas
pústulas.
 Esta doença afecta sobretudo as crianças e
pode ocorrer em qualquer parte do corpo,
mas frequentemente as lesões ocorrem na
face, nos membros superiores e inferiores.
 O impetigo pode
ocorrer após uma
lesão ou uma
doença que provoca
uma lesão cutânea
(infecção fúngica,
queimadura solar
ou picada de
insecto).
Fisiopatologia
 A doença caracteriza-se pelo aparecimento de
vesículas e bolhas com pus que rapidamente se
rompem (muitas vezes as bolhas nem são
vistas) deixando áreas erosivas recobertas por
crostas espessas de aspecto semelhante ao mel
ressecado.
 As bolhas podem ser do tamanho de uma ervilha ou
até de anéis grandes.
Impetigo - Diagnóstico
 Através do quadro clínico
 Cultura e coloração Gram
Manifestações clínicas
 As lesões podem evoluir espontaneamente mas muitas
vezes propagam-se às regiões próximas formando
novas lesões.
 Mais frequente nas épocas quentes do ano, a doença
atinge principalmente as áreas de dobra da pele.
 No caso do impetigo Streptocócico, há o risco de
ocorrência de glomerulonefrite, devido a um fenómeno
alérgico.
Impetigo - Manifestações clínicas
 Como infecção estafilocócica origina
frequentemente lesões localizadas
 As lesões são similares a crostas amarelo-
douradas
Impetigo
Impetigo – cuidados em colaboração
 O tratamento consiste:
 Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x por dia.
 Antibioticoterapia local nos casos mais simples e oral (p.ex.,
penicilina ou cefalosporina) nos casos mais graves ou com risco
de glomerulonefrite.
 O tratamento precoce pode evitar que o impetigo afecte as
regiões mais profundas da pele.
 Raramente, o impetigo causado por Streptococcus pode
levar a uma insuficiência renal.
Impetigo – ensino ao utente
 Ajudar o utente a compreender como se faz o
tratamento
 Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a
3x por dia.
 Prevenção da propagação da infecção
 Após o contacto lavar as mãos com sabão
anti bacteriano
 Usar toalhas individualizadas
Herpes
Herpes Simples- definição
 Um dos vírus mais comuns nos seres humanos é o
vírus do herpes simples (VHS).
 Existem duas estirpes semelhantes, mas
serologicamente diferentes: tipo 1 e o tipo 2.
 O tipo 1 encontra-se principalmente em lesões da
face e da boca, olhos e cérebro
 O tipo 2 está associado a uma lesão dos genitais
que pode ser transmitida por contacto sexual.
 A reactivação do vírus pode ocorrer devido a
diversos factores desencadeantes tais como:
 exposição à luz solar intensa,
 fadiga física e mental,
 Stress emocional,
 Febre
 Alimentos salgados
 Outras infecções que diminuam a resistência
orgânica.
Epidemiologia
 O herpes é uma infecção causada pelo Herpes
simplex virus.
 Fases da infecção por VHS:
I fase - adquirida por exposição directa ao vírus,
geralmente através do contacto com a pele e
mucosas de um individuo afectado
 O contacto com o vírus ocorre geralmente na infância, mas
muitas vezes a doença não se manifesta nesta época.
Epidemiologia (cont)
 II fase - O vírus atravessa a pele e, percorrendo
um nervo, instala- se no organismo de forma
latente num gânglio sensitivo, até que venha a
ser reactivado
 A reactivação do vírus provoca recorrência da
doença.
Manifestações clínicas
 Algumas pessoas tem maior possibilidade de
apresentar os sintomas do herpes.
 Outras, mesmo em contacto com o vírus, nunca
apresentam a doença, pois a sua imunidade não
permite o seu desenvolvimento.
 As localizações mais frequentes são:
os lábios e a região genital, mas o herpes pode
aparecer em qualquer lugar da pele.
Fisiopatologia
 Uma vez reactivado, o herpes apresenta- se da
seguinte forma:
 prurido
 ardência no local onde surgirão as lesões.
 pequenas vesículas agrupadas como num boquet
sobre área avermelhada e edemaciada, ou como
inflamação da córnea com fotofobia e lacrimejo.
 As lesões do tipo 2 ocorrem na vagina ou no colo do
útero ou na pele do pénis.
Herpes Simples - Fisiopatologia
as bolhas rompem-se libertando líquido rico
em vírus e formando uma ferida. É a fase de
maior perigo de transmissão da doença.
a ferida começa a secar formando uma crosta
que dará início à cicatrização.
a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias.
O VHS pode ser identificado pelo teste de
Tzanck.
Herpes- Manifestações clínicas
Herpes - Manifestações clínicas
Herpes - Tratamento
 Os seguintes cuidados devem ser tomados
durante um episódio de herpes:
 Início muito precoce do tratamento
 Deve ser aconselhado a aplicação de aciclovir tópico
 Se as lesões forem graves deve ser ponderada a sua
administração sistémica.
Herpes – cuidados em colaboração
 Deve-se aconselhar os utentes para :
 evitar furar as vesículas;
 evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas,
principalmente de crianças se a localização for labial;
 evitar relações sexuais se for de localização genital;
 lavar sempre bem as mãos após manipular as feridas pois
a virose pode ser transmitida para outros locais do próprio
corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e
genital.
Herpes – Cuidados em colaboração
 Quando as recidivas do herpes forem muito
frequentes, a imunidade deve ser estimulada
para combater o vírus.
 Os fenómenos desencadeantes devem ser
evitados, procurando-se levar uma vida o
mais saudável possível.
Herpes Zoster ou zona - Definição
 É causado pelo VZV, o mesmo vírus que
causa a varicela.
 Geralmente este é a resposta num hospedeiro
imune ao VZV.
 É menos contagioso que a varicela.
 Só recorre em circunstancias raras
Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia
 No herpes zoster, as pequenas vesículas geralmente
agrupam-se em linha.
 Seguem o curso dos nervos sensitivos periféricos e
frequentemente, são unilaterais.
 Uma vez que seguem as vias nervosas, as lesões nunca
cruzam a linha média do corpo.
 2/3 das pessoas desenvolvem lesões nos dermatomas do
tórax e as restantes apresentam envolvimento do nervo
trigémeo com problemas da face, olhos e couro cabeludo.
Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia
 O Rash desenvolve-se 1.º como máculas, mas
rapidamente progride para vesículas.
 O líquido torna-se turvo e as crostas
desenvolvem-se e caem em cerca de 10 dias.
Manifestações clínicas
 Geralmente precedem o aparecimento das lesões:
 Mal-estar
 Febre
 Prurido
 Dor na área envolvida (esta persiste até cerca de 4
semanas)
 Se as vesículas se desenvolverem dentro de 1 a 2 dias após
os sintomas iniciais de dor, geralmente desaparecem em 2 a
3 semanas, mas se se desenvolverem durante uma semana,
e de esperar um curso prolongado.
Herpes Zooster
Herpes Zoster ou zona – Tratamento
 Aciclovir P.O (400 a 800 mg) de 4 em 4 horas durante 5 – 6
dias.
 Viradabina (tem mais efeitos secundários que o aciclovir)
 Famciclovir
 Analgésicos (os anti-inflamatórios geralmente não são
eficazes)
 Esteroídes (prednisolona)
 Sedativos
 O desconforto local pode ser aliviado com loções.
Cuidados em colaboração
 Os utentes devem ser alvo de ensinos acerca de
:
 Uso de roupa larga
 Prevenir a infecção
 Tratamento e medicamentos
 Auxilio para lidar com a neuralgia pós-herpética.
Cuidados em colaboração
 Neuralgia pós-herpética ocorre em cerca de
10% das pessoas após a infecção por herpes
zoster.
 A dor pode persistir durante um ano e em
alguns casos pode durar alguns anos.
Problemas oftalmologicos
Curso de Enfermagem Geral
89
Sinais de uma doença Ocular
 Olho vermelho;
 Lacrimejamento;
 Fotofobia;
 Irritacao da conjuntiva podendo provocar
prurido e sensao de corpo estranho;
 Secrecao clara ou purulenta.
Curso de Enfermagem Geral
90
CONJUNTIVITE
 Definição : Inflamação da conjuntiva
 Doenca ocular mais comum
 Sintomas + comuns :sensacao de corpo
estranho,peso,queimacao,purido e fotofobia
quando a cornea esta envolvida
 Origem: + exogena que endogena
 Sinais: SECRECAO- clara e tranparente,
purulenta,falsa membrana,mucosa
Curso de Enfermagem Geral
91
Cont
HIPEREMIA, EDEMA, FOLICULOS, PAPILAS,
HEMORRAGIAS
 Causas: bacteriana, viral, por clamidia, fungos,
alergica,parasitaria,quimica, assoc doenca
sistemica, causa desconhecida.
 Tipos: Quanto a duracao:aguda, subaguda ou
cronica
segundo a etiologia- bacteriana, viral, alergica,
etc.
Curso de Enfermagem Geral
92
CONJ. BACTERIANA:
 Tipo + comum
 Sintomas- irritacao,bilateralidade,secrecao
purulenta, aderencia palpebral ao acordar, as
vezes edema palpebral.
 Comeca num olho e transmitida para o outro
pelas maos.
 Transmisao- pessoa /pessoa por toalhas,
objectos contaminados
 TTO: Identificacao bacteriologica do agente
causal. ATB topico- CAF 1gt 3v/d/10d.
Curso de Enfermagem Geral
93
CONJ. GONOCOCCICA
 Pode ser
 1- DO RECEM NASCIDO- Leva a cegueira
Inicio 3-4d apos o parto
agente: Neisseria gonorrhoeae
Bilateral, edema marcado,palpebras coladas,pus
abundante amarelo.
TTO: Kanamicina 25mg/kg de peso, 1 dose
unica IM, mais NUNCA superior a 75mg.
Limpeza com soro fisiologico de1/1h +pomada
de tetraciclina local de 1/1h =15 dias. Internar.
Tratar os pais. Profilaxia: METODO de CREDE.
Curso de Enfermagem Geral
94
CONJ. VIRAL
 Sao foliculares
Foliculo- saliencia arredondada, cor amarelada
,translucida com vascularizacao periferica,
conj. das piscinas,das dcas infecciosas ex:
moluscum contagioso,sarampo,rubeola.
TTO: cuidados de higiene
Cura: expontanea
Curso de Enfermagem Geral
95
CONJ. ALERGICA:
 Proliferacao de papilas
Papilas: Saliencias vermelhas com eixo vascular
central, forma poligonal.
Forma flictenular- etiologia alergica a microbios.
De contacto- cosmeticos, medicamentos,
produtos quimicos.
Da polinose
Primaveril
TTO: Corticoides locais, eliminar o agente causal,
dessensibilizacao, antihistaminico.
Curso de Enfermagem Geral
96
URGENCIAS EM
OFTALMOLOGIA
URG. EM OFTALMOLOGIA
 Orbita:1- traumatismo com fractura
2- celulite orbitaria
 Palpebras:1- Feridas c/ou s/ seccao do
canaliculo
2- abcesso
3- lagoftalmia
 Conjuntiva:1- conj. Aguda purulenta
2- corpo estranho
3- Feridas, queimaduras
URG. EM OFTALMOLOGIA
 A. LACRIMAL: Dacriocistite aguda
 Cornea: 1- Ulceras
2- Abcessos
3- Queimaduras
4- Ferida perforante
5- Corpo estranho
 Uvea: Uveites
URG. EM OFTALMOLOGIA
 Cristalino:1- Luxacao anterior
2- Catarata traumatica c/ massas na
camara anterior.
 Retina: 1- Retinoblastoma
2- Oclusao da ACR
3- Trombose da VCR
4- Descolamento
URG. EM OFTALMOLOGIA
 GLAUCOMA: agudo, secundario e congenito).
 TRAUMATISMO: 1- FPGO
2- Roptura do GO
3- CE intracular
4- Hifema
Problemas Otologicos
 Distúrbios Otológicos: São patologias que ocorrem a
nível da orelha e suas doenças.
 Infecções do ouvido mais comum;
 Otite externo; é uma infecção aguda do canal auditivo
externo.
 Otite média; é uma infecção supurativa da cavidade do
ouvido médio e mais comum nas crianças sadias ou
crianças com outras enfermidades.
Curso de Enfermagem Geral
102
Infeccoes do ouvido mais comum
 Sintomatologia;
 Dores no ouvido as vezes severas, irritabilidade e
interferência na audição. A sucção e a mastigação
tende a aumentar a dor.
 Febres irritáveis vómitos e diarreia zumbido, drenagem
de pus pelos ouvidos.
 Complicações; infecção, perda auditiva, mastoidite, otite
média crónico e meningite.
Curso de Enfermagem Geral
103
Avaliação de Enfermagem
 O pessoal de enfermagem deve:
 Examinar os ouvidos, sua aparência e higiene;
 Investigar a inflamação e a sensibilidade dos ouvidos
 Observar os nódulos linfáticos em torno do ouvido;
 Observar o excesso do cerume ou cera no ouvido
Notificar ao clínico sempre que ocorrer alguma alteração no
paciente relacionado com os aspectos identificados.
Curso de Enfermagem Geral
104
Intervenções de Enfermagem
 O pessoal de enfermagem deve:
 Prestar os cuidados de enfermagem nos pacientes
com distúrbios dos ouvidos;
 Administrar os medicamentos e monitorar as suas
reacções;
 Monitorar as infecções nos ouvidos
 Aconselhar os familiares a não usar os cotonetes para
remover o cerume nas crianças.
Curso de Enfermagem Geral
105
Problemas Odontoestomatologicos
Os Dentes
•Durante a vida surgem duas dentições num individuo:
A decidual “Leite” e a Permanente.
•O inicio é durante a vida intrauterina: Os deciduais na
7ªsemana e os permanentes no 4ºmes.
•A dentição decidual tem 20 dentes:2+1+2que nascem
dos 6 aos 24meses e caiem entre 6 a 12 anos; e a
permanente tem 32dentes:2+1+2+3.
•Apresentam Raiz, coroa e colo; E internamente dentina,
cimento e cavidade polpar.
•Tem a função de mastigar os alimentos, fala na
articulação directa dos sons e função estética.
Doenças mais comuns de interesse
odontoestomatologico
 Cárie dentária;
 Doenças periodentais: Gengivite e
periodontites.
 Estas duas doenças sao prioritárias
em estomatologia.
Cárie Dentária
 É uma doença infecciosa, oportunista que provoca a
destruição dos tecidos duros do dente e esta
fortemente relacionada com o consumo de
carbohidratos.
 É uma doença que afecta mais de 99% da
humanidade porque na actualidade regista-se uma
cada vez crescente prevalência devido ao aumento
crescente do consumo de carbohidratos refinados
ou processados no lugar de consumo de açúcares
naturais.
Exemplo de açúcares processados:
 O bolo;
 Rebuçados;
 Doces de vários tipos;
 Pão;
Exemplos de açúcares naturais
 Cana de açúcar;
 Mel;
 Frutas doces.
Factores causais da Carie dentaria
 Microorganismos: São os primeiros implicados,
streptococus do grupo mutans, lactobacilos
acidófilos.
 Dieta que fornece o substrato para o
metabolismo microorganismos (dieta rica em
carbohidratos refinados).
 Dente e Saliva (o dente é o hospedeiro).
Sinais e sintomas da carie dentaria
 Alteração na coloração da superfície da coroa ou superfície
do dente (mancha branca activa);
 O prognostico da carie dentaria resulta na formação duma
cavidade sobre o dente.
 Nestas etapas não há dor sobre o dente;
 Quando a dor aparece num dente com carie é sinal de
gravidade e extensão da infecção por carie até a polpa.
 A dor é de uma complicação pulpite (inflamação da polpa).
 O Diagnostico é essencialmente clínico.
Tratamento
 Restauração do dente usando materiais dentários
(biomateriais), para a restauração definitiva do dente.
 Este processo de tratamento é obturação do dente, processo
possível com uso dos biomateriais;
 Em caso de complicação como pulpite o tratamento será a
extracção dentaria;
 O outro tratamento nos casos de pulpite de forma a conservar
o dente pode-se fazer um tratamento especializado
designado por pulporadicular – que consiste na remoção da
polpa infectada e restauração do dente.
Complicações da Carie Dentaria
 Pulpites;
 Extensão da infecção as estruturas vizinhas do
dente e formação de abcesso dentário;
 Abcessos da face que podem ir ate tomar formas
graves provocando obstrução das vias aéreas e
dificuldades na alimentação;
 A infecção pode se estender a outras estruturas
distantes da cavidade bucal como o mediastino
causando provocando mediastinite ou estender a
infeccao intra Craniana produzindo abcessos
cerebrais e morte.
 Se a infeccao estender-se ate ao cérebro e caixa
toraxica o prognostico é reservado.
Medidas Preventivas da Carie Dentaria
 Medidas nutricionais: dieta equilibrada;
 Medidas Mecânicas: escovagem dos dentes pode ser feita
usando a escova dental e a pasta dentífrica.
 As formas tradicionais para a escovagem dos dentes são:
Mulala, Cinza, Musuaqui “nancapa, ramos de coqueiro, etc”.
 Medidas químicas: uso do flúor nas aguas de consumo e
também adição de flúor na pasta dentífrica o ideal é usar
pastas dentífricas fluoretadas.
NB: A escovagem só é feita usando técnica apropriada correcta
e sempre após as refeições. No entanto recomenda-se que
devem ser feitas duas escovagens por dia sendo a 1 após ao
pequeno almoço e a segunda um pouco antes de ir deitar-se.
Doenças periodentais Mais Comuns
 Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentários e
recobertos pela mucosa gengival cuja sua função é de
proteger o dente.
 O ligamento periodental serve para fixar o dente e sua função
é de inserção do dente no alvéolo.
 A doença do ligamento periodental é a mobilidade do dente.
 O periodente é constituído por: gengiva e o ligamento
periodental.
 Falar de doenças periodentais mais comuns queremos nos
referir das doenças infecciosas.
 As estruturas periodentais podem ser podem ser infecciosas
que podem ser bacterianas, virais e fungos.
GUNA
 G – Gengivite;
 U – ulcera;
 N – Necrotizante;
 A – Aguda.
 A guna é uma doença bacteriana cujo os
microorganismos são: Streptococus, bacilos
fusiformes, espiroquetas entre outras.
 É também uma doença oportunista, frequente em
crianças é aguda de sintomatologia marcada.
Aspectos Clínicos de Guna
 Lesões múltiplas da gengiva, sangramento no mínimo
toque e muito dolorosa, obrigando a criança em
dificuldade em comer, torna-se muito irritante,
psicologicamente estável e pode cusar e evoluir com:
 Ligeira frebe;
 A nível regional submandibular há linfadenopatia e
progressivamente pode haver compromisso do estado
geral da criança nomeadamente: decaimento físico,
desidratação, nervosismo que pode provocar
perturbações gastrointestinais ex: diarreia.
 A GUNA ocorre em bocas geralmente com higiene
deficiente ou pode ser sinal de manifestação de
doença sistémica debilitante.
 Na superfície da pele e das mucosas existem partes
terminais nervosas com funções especificas e
quando existe dor na superfície da pele é porque
existe exposição das terminações nervosas.
 O diagnostico é clínico e laboratorial (colheita de
material estomatologico.)
Tratamento
 Anti-sepsia oral através de soluções diluídas de agua oxigenada
ou peróxido de oxigénio com cloreto de sódio a 0.9% aa 3xdia
durante 3 dias ou anti-sepsia oral usando solução de clorexidina
a 0.02% 3xdia em menos de 1 semana.
 Uso de antibióticos oral: amoxicilina e metronidazol.
 Nos casos graves pode ser usada Penicilina Cristalina e o
metronidazol EV.
 Administração de analgésicos;
 De acordo com o estado geral pode ser instituída terapia de
suporte : hidratação e cuidados de alimentação.
 O prognostico é bom, mais em situações graves a
GUNA pode complicar ate formas mais graves de
destruição da face que é a mutilação doença que se
designa por NOMA.
 O NOMA é uma doença da pobreza associada a
outros problemas como: problemas nutricionais,
doenças debilitantes como a tuberculose associada
a infeccao do HIV.
 A prevenção do NOMA é a boa forma de tratamento
através dos bons hábitos alimentares correctos.
GEHA
 G – Gengivite;
 E – Estomatite;
 H – Herpética;
 A – Aguda.
 É causada pelo vírus do Herpes Simples, frequentemente
pode cursar com infecções bacteriana complicando o quadro
clínico.
 Aparece em lactentes e crianças com menos de 6 anos mais
também aparece em adolescente e adulto.
 Tem uma frequência igual tanto para homens e mulheres.
Características Locais
 Sinais bucais: lesão difusa eritematosa e brilhante da
gengiva e mucosa adjacente em graus variáveis de
edema e hemorragia gengival.
 Presença de vesículas, circunscritas esféricas e
acastanhadas da gengiva, mucosa labial e restante
mucosa oral.
 As vesículas rompem-se dando úlceras dolorosas e a
evolução é de 7 a 10 dias.
Quadro Geral
 Irritação da mucosa oral que impede beber e comer;
 Dor quando as vesículas se rompem sensíveis ao tacto, a
mudança a temperatura e alimentos.
 Irritação dos lactentes e recusa em alimentar-se.
 Ocorre adenite cervical, febre e mau estar geral.
 A GEHA é contagiosa e os adultos adquirem imunidade.
 O tratamento é semelhante ao da GUNA.
 O prognostico é bom, o herpes labial e da pele repetem-
se. Quando há decaimento imunológico, o processo febril
elevado o vírus manifesta-se.
Candiase aguda Oral
 É a infeccao micótica mais comun.
 A candida albicans é o microorganismo mais comun.
Aparece no adulto extremamente debilitado com baixa
resistência orgânica, exemplo nas seguintes situações:
 Doentes imunocomprometidos;
 Em cancerosos que recebem tratamento de radioterapia
ou quimioterapia.
 Esta candidiase pode progredir ate a faringe
constituindo-se da candidiase orofaringea.
 No RN o fungo pode proliferar e invadir os tecidos orais
e administração de antibióticos elimina a flora bacteriana
normal geralmente.
Manifestações Clínicas
 Lesões orais: são de coloração branco cremoso que se a
semelham a leite coagulado, são aderentes ao serem
arrancadas deixam pontos sangrantes.
 O diagnostico é clínico e por análise de Frotis (é uma
amostra) e manda-se ao laboratório de micologia.
 Tratamento: antimicoticos (Nistatina, ketoconazol,
clotrimazol).
 Anfotericina b é usada em situações de micoses sistémicas.
Manifestações Orais do HIV/SIDA
 Candidiase Oral;
 Herpes Simplex e Zóster;
 GUNA (Estomatite Necrotizante);
 Úlceras bocas recorrentes atípicas;
 Sarcosa de Kaposi;
 Linfomas.
Fim

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a ALTERACOES DA SAUDE DAS CRIANCAS PRINCIPAIS PROBLEMAS.ppt

Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012
Anais IV CBED
 
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundasFisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
Safia Naser
 
Microbiologia seminário - família enterobacteriaceae
Microbiologia   seminário - família enterobacteriaceaeMicrobiologia   seminário - família enterobacteriaceae
Microbiologia seminário - família enterobacteriaceae
Filho João Evangelista
 
Fisiologia endocrina
Fisiologia endocrinaFisiologia endocrina
Fisiologia endocrina
adrianomedico
 
Fisiopatologia endócrina
Fisiopatologia endócrinaFisiopatologia endócrina
Fisiopatologia endócrina
adrianomedico
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentes
Rodrigo Abreu
 

Semelhante a ALTERACOES DA SAUDE DAS CRIANCAS PRINCIPAIS PROBLEMAS.ppt (20)

Palestra sobre Eritema- Filipe Gustavo pptx
Palestra sobre Eritema- Filipe  Gustavo pptxPalestra sobre Eritema- Filipe  Gustavo pptx
Palestra sobre Eritema- Filipe Gustavo pptx
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
Aula sobre Leishmaniose visceral.ppt
Aula sobre Leishmaniose visceral.pptAula sobre Leishmaniose visceral.ppt
Aula sobre Leishmaniose visceral.ppt
 
lupus
lupuslupus
lupus
 
Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites   Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites
 
Aula de Dermatopatologia
Aula de DermatopatologiaAula de Dermatopatologia
Aula de Dermatopatologia
 
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundasFisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
 
Microbiologia seminário - família enterobacteriaceae
Microbiologia   seminário - família enterobacteriaceaeMicrobiologia   seminário - família enterobacteriaceae
Microbiologia seminário - família enterobacteriaceae
 
Manifestações orais de doenças sistêmicas
Manifestações orais de doenças sistêmicasManifestações orais de doenças sistêmicas
Manifestações orais de doenças sistêmicas
 
Trabalho casos raros 1
Trabalho casos raros 1Trabalho casos raros 1
Trabalho casos raros 1
 
Fisiologia endocrina
Fisiologia endocrinaFisiologia endocrina
Fisiologia endocrina
 
Fisiopatologia endócrina
Fisiopatologia endócrinaFisiopatologia endócrina
Fisiopatologia endócrina
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentes
 
ymunx
ymunxymunx
ymunx
 
Proteus
ProteusProteus
Proteus
 
Epidemiologia aula 1 slaid.pdf
Epidemiologia aula 1 slaid.pdfEpidemiologia aula 1 slaid.pdf
Epidemiologia aula 1 slaid.pdf
 
Cuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higieneCuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higiene
 
Desnutrição Infantil
Desnutrição InfantilDesnutrição Infantil
Desnutrição Infantil
 
Trabalho pronto
Trabalho prontoTrabalho pronto
Trabalho pronto
 

ALTERACOES DA SAUDE DAS CRIANCAS PRINCIPAIS PROBLEMAS.ppt

  • 1. Curso de Enfermagem Geral Cuidados de Enfermagem nas alterações da saúde das crianças Sub-modulo 6
  • 2. Principais problemas  Hematológicos; os distúrbios hematológicos são causadas por anormalidades quantitativas ou qualitativas dos elementos figurados do sangue, das proteínas circulantes ou da parede vascular.  As doenças do sangue podem ser congénitas e adquiridas  As congénitas, resultam na produção reduzida de células pluripotenciais função anormal da membrana celular (esferocitose hereditária trombastenia).  As adquiridas; são aquelas que a criança adquire depois de nascer Curso de Enfermagem Geral 2
  • 3. Problemas hematológicos  As doenças do sangue adquiridas; são aquelas que a criança adquire depois de nascer.  As causas secundarias da doença hematológica abrangem de infiltração de estruturas normais (leucemia, neuroblastoma).  Os distúrbios hematológicos apresentam manifestações clínicas relacionados ao componente ao factor especifico. Tais manifestações não são diagnostica da causa do distúrbio, porem certos sinais e sintomas estão associados a etiologias especificas. (Anemia por deficiência de ferro). Curso de Enfermagem Geral 3
  • 4. Problemas hematológicos (Cont.)  Anemia; a presença de anemia e determinada por nível de hemoglobina do paciente com os valores normais para sua idade e sexo.  A anemia e uma complicação comum que pode agravar outras disfunções orgânicas. Curso de Enfermagem Geral 4
  • 5.  A anemia quantitativa e o valor de hemoglobina ou hematócrito de desvios de padrões (limites de confiança), abaixo da media para a idade e o sexo. Esse valor e menos directo em crianças do que em adultos.  Fisiopatologia; As consequências fisiológicas da anemia são determinadas a partir do exame físico. Pode manifestar-se por frequência do pulso elevado, sopros hémicos intolerância aos exercícios, cefaleias. sono excessivo especialmente em lactentes, até recusa alimentar-se Curso de Enfermagem Geral 5 Problemas hematológicos (Cont.)
  • 6. Problemas hematológicos (Cont.)  Etiologia; os mecanismos comuns responsáveis por anemia são feitos a partir do anamnese e exame físico cuidadoso.  No recém-nascido , a história de icterícia, palidez, ingestão materna de drogas ou perda excessiva de sangue no momento do nascimento. Curso de Enfermagem Geral 6
  • 7.  Manifestação clínica; o exame físico sugere a presença de anemia. A presença de icterícia sugere hemólise, petéquias púrpuras, indicam tendências hemorrágicas.  Avaliação laboratorial; visa determinar a intensidade de anemia para seguir a fase de investigação (hemograma completa com a contagem de plaquetas). Curso de Enfermagem Geral 7 Problemas hematológicos (Cont.)
  • 8. Problemas hematológicos (Cont.)  Tipos de anemias;  Anemia microlítica e hipocromica, e causada por deficiência da produção de hemoglobina.  A anemia por deficiência de ferro alimentar e mais comum a lactentes alimentadas por mamadeiras que recebem grande volume e recebem poucos alimentos ricos em ferro, (carne, verduras). Curso de Enfermagem Geral 8
  • 9.  Anemia normocitica; são causadas pela produção inadequada de hemácias, abrangem grande variedade de distúrbios das hemácias. Anemia microlítica; Anemias hemolíticas; Anemia aplástica; Curso de Enfermagem Geral 9 Problemas hematológicos (Cont.)
  • 10. Hemoderivados mais usados  Concentrado de hemacias;  Concentrado de plaquetas;  Plasma fresco congelado;  Crioprecipitado. Curso de Enfermagem Geral 10
  • 11. Tipo de Reacção Sinais Clínicos Hemolise intensa (Incompatibilidade) Choque agudo, rubor, febre precoce, hemolise intravasculares Febre Febre no fim da transfusão, urticária, calafrios, por sensibilização antigénios Alergia Febre, urticária reacção anafilactoide, sensibilidade a proteínas plasmáticas do doador. Curso de Enfermagem Geral 11 Avaliação de Enfermagem nas reacções transfusionais
  • 12. Intervenções de Enfermagem nos sinais clínicos  Interromper a transfusão, devolver o sangue ao banco de sangue com amostra fresca do sangue do doente.  Hidratar com líquidos IV, manter a PA e fluxo urinário.  Verificar a presença de hemoglobinémia, hemoglobinúria e hiperpotassémia.  Verificar icterícia, anemia. Curso de Enfermagem Geral 12
  • 13. Problemas Dermatológicos  Distúrbios dermatológicos; são patologias que ocorrem a nível da derme.  Causas: anormalidades que ocorrem dentro da pele e nos linfócitos dos pacientes.  Principais manifestações: 1.Prurido; 2.Morfologia e distribuição típicas;  Envolvimento facial e das faces extensoras em lactentes e crianças pequenas;  Liquefacção flexural 3. Dermatite crónica ou cronicamente recidivante 4. História pessoal ou familiar de atopia. Curso de Enfermagem Geral 13
  • 14. Manifestações Secundarias 1. Xerose; 2. Fissuras periauriculares; 3. Ictose ou ceratose pilar; 4. Dermatite nas mãos ou nos pés 5. Quelite 6. Dermatite do couro cabeludo  Manifestações Clínicas 1. Lesões cutâneas que são pruriginosas, secas, descamativas e muitas vezes eritematosas. 2. Lesões em distribuição típica; 3. Evolução crónica recidivante; 4. História familiar positiva da doença da pele. Curso de Enfermagem Geral 14
  • 15. Avaliação de Enfermagem;  O pessoal de enfermagem deve avaliar as manifestações principais e secundarias, de modo a tomar decisões para a sua intervenção, em relação a terapêutica prescrita pelo clínico e a intervenção nos cuidados de enfermagem.  Notificar ao clínico sempre que ocorrer alguma alteração no paciente relacionado com administração de medicamentos. Curso de Enfermagem Geral 15
  • 16. Intervenções de Enfermagem  O pessoal de enfermagem tem uma participação importante no tratamento dos pacientes com problemas da pele.  As principais intervenções de enfermagem devem basear-se nos seguintes aspectos:  Prestar os cuidados de enfermagem nos pacientes com problemas dermatológicos;  Monitorar as características da pele, presenca de infecção da pele; Curso de Enfermagem Geral 16
  • 17.  Verificar as possíveis alterações relacionados com a irritabilidade, sensibilidade a certos alimentos;  Aconselhar os familiares a remover os vestem que irritam a pele  Descrever os tipos de lesões, sua configuração e localizado. Curso de Enfermagem Geral 17 Intervenções de Enfermagem
  • 19. Infecções Fúngicas  Os fungos são maiores e mais complexos do que as bactérias.  Podem ser unicelulares (ex. fermentos), ou multicelulares (bolores)  Muitos tipos são patogénicos para o ser humano, causando doenças de pele comuns ou doenças sistémicas sérias.
  • 20. Candidíase  A Candida albicans é um fungo tipo fermento, geralmente habita o tracto gastrointestinal, a boca e a vagina, mas não está geralmente presente na pele.  A Candidíase (monolíase), é a inflamação associada ao crescimento do microorganismo na pele, é causada pelas toxinas que são libertadas.
  • 22. Factores predisponentes:  Gravidez;  Uso de pílula contraceptiva;  Malnutrição;  Antibioterapia;  Diabetes Mellitus;  Outras doenças endócrinas;  Inalação de corticosteroídes;  Doenças imunosupressoras.
  • 23. Fisiopatologia  desenvolve-se num ambiente quente e húmido como o períneo, espaços interdigitais.  A candidíase das mucosas tem um aspecto de aftas. As lesões são brancas e podem estender-se até ao esófago (“sapinhos”)  Ao nível vaginal causa prurido intenso, com corrimento vaginal branco e espesso
  • 24. Fisiopatologia (cont)  A candidíase da pele aparece como áreas de erupção, pruriginosas, húmidas, inflamadas, com vesículas e pústulas e ocorre mais frequentemente nas pregas cutâneas, como sulco infra mamário e sulco intra-nadegueiro, ou na região inguinal.
  • 25. Epidemiologia:  Não disponível Diagnóstico:  Aparência clínica  Exame microscópico
  • 26. Tratamento  Manter a pele seca, para evitar maceração  Usar roupas larga e de algodão  Aplicação dos medicamentos tópicos:  Nistatina  Anfotericina  Clotrimazol  Ciclopirox  Quetoconazol
  • 27. Intervenções de Enfermagem 1. Informar acerca da candidíase 2.instruir/treinar/assistir/supervisionar/avaliar [implementação do] regime medicamentoso. 3. Estabelecer relação com o doente 4. Escutar o doente 5. Informar acerca do curso da doença 6. vigiar a pele e executar tratamento à ferida.
  • 28. Intervenções de Enfermagem 7. Gerir ambiente físico 8. Ensinar para o uso de roupas largas 9. Ensinar acerca de regime medicamentoso 10. Ensinar acerca de regime terapêutico  a. gerir ambiente físico  b. Ensinar acerca de regime terapêutico  c. Aplicar água fria.
  • 29. Ensino ao doente e família  Prevenção  Eliminação de factores como o ambiente quente e húmido  Ensino para a a detecção precoce (ensinando a pessoa a avaliar as mucosas e as pregas cutâneas)  O doentes imunodeprimidos devem receber terapia preventiva.
  • 31. Dermatofitoses Tinea capitis - etiologia  Inadequadamente designada por tinha do couro cabeludo.  Pode ser causada por:  Microsporum  Trichophyton  Microsporum audouinii.
  • 32. Dermatofitoses Tinea capitis - Fisiopatologia  A lesão característica é redonda com eritema, uma ligeira descamação e algumas pústulas que aparecem nos bordos da lesão.  Queda de cabelo temporária  Pode desenvolver-se uma situação inflamatória – Quérion.
  • 33. Dermatofitoses Tinea capitis – diagnóstico e tratamento  Quando colocados sob uma luz de Wood os cabelos aprecem com cor azul-esverdeada flurescente.  Tratamento  Griseofulvina (500mg P.O)  Tolnaftato (1%) aplicado 2x dia
  • 34. Dermatofitoses Tinea capitis – Ensinos ao utente  Compreender a razão do tratamento  O couro cabeludo deve ser lavado pelo menos 2x por semana  Se ocorrer inflamação o couro cabeludo deve ser lavado diariamente.
  • 35. Tinea corporis e cruris - etiologia  Infecções dermatológicas  Tinea corporis - crianças que vivem em climas quentes e húmidos  Tinea cruris - mais frequente em homens especialmente nos que têm pé de atleta (tinha do pé) - Tinea Pedis e nos que utilizam frequentemente apoios atléticos ou calções apertados.  Também ocorre em mulheres que usam collants ou calças apertadas
  • 36. Tinea corporis e cruris - epidemiologia  As lesões da Tinea corporis ocorrem em partes do corpo que não têm cabelo e apresentam-se de forma rasa com um bordo escamoso e eritematoso e um centro mais claro.  As lesões da Tinea cruris ocorrem nas áreas quentes, húmidas na região inguinal.  As lesões são bilaterais e estendem-se para fora, a partir da região inguinal, ao longo da face interior da coxa. A cor vai do castanho ao vermelho, não há descamação e geralmente existe prurido.
  • 37.
  • 38. Tinea corporis e cruris – tratamento  Aplicação de fungicidas tópicos Ex: clotrimazol creme, ketoconazol, miconazol, etc  Griseofulvina 10mg/kg/dia
  • 39. Tinea corporis e cruris – ensino ao utente  As áreas afectadas devem ser mantidas limpas e secas;  Evitar tomar demasiados banhos  A roupa interior deve ser larga
  • 40. Dermatofitoses Tinea pédis  A forma mais comum é a interdigital (especialmente no 4.º espaço), pode estender-se para debaixo dos dedos ou para a planta dos pés  O doente pode:  estar assintomático,  ter prurido e queimadura na área afectada  As unhas podem tornar-se descoloridas, espessas ou tortas.  Pode ser confundida com outras patologias.
  • 42. Dermatofitoses Tinea pédis – cuidados em colaboração  O tratamento depende do estado da infecção  Geralmente resolve com a aplicação de um anti- fungico  Se as lesões são espessas é necessário aplicar um unguento para que o anti-fungico consiga penetrar.
  • 43. Tinea pédis – ensinos ao utente  Ensino acerca:  Higiene dos pés  Manter a pele seca, (secar entre os dedos após o banho)  Aplicação do anti-fungico  Roupa  As meias devem ser de algodão  Se possível usar sandálias, ou andar descalço.
  • 44. Furúnculo – definição/etiologia  É uma Infecção bacteriana da pele que causa a necrose do folículo pilosebáceo.  Os furúnculos são áreas grandes, elevadas, dolorosas e inflamadas causadas por uma infecção por Staphylococcus em torno dos folículos pilosos.
  • 46. Manifestações clínicas  A lesão inicia-se por um nódulo muito doloroso, vermelho, inflamatório, endurecido e quente e centrado por um pêlo, onde pode aparecer um pequeno ponto de pus.  Com a evolução do quadro ocorre o rompimento do nódulo e a eliminação do seu conteúdo (geralmente, eles eliminam um exsudado esbranquiçado e discretamente sanguinolento). deixando a área ulcerada que vai cicatrizar.
  • 47.  pescoço  mamas  face  nádegas  virilhas  particularmente dolorosos quando se formam em torno do nariz, das orelhas ou nos dedos.  Quando ocorrem repetidamente, a doença recebe o nome de furunculose e está associada à uma deficiência do organismo em evitar a infecção do folículo.  Quando várias lesões surgem simultaneamente, próximas e interligadas, o quadro recebe o nome de antraz, ocorrência mais comum na região da nuca.
  • 49. Furúnculo - Tratamento  Colecta de uma amostra do exsudado para o exame laboratorial;  Prescrição de um antibiótico, local ou sistémico.  Nos casos muito dolorosos e com superfície amolecida, pode ser feita a drenagem da lesão, com alívio imediato da dor.
  • 50.  O calor húmido favorece o acúmulo do pus e pode fazer com que o furúnculo drene espontaneamente.  À medida que o furúnculo drena, deve haver o cuidado para manter o conteúdo fora da pele circundante, para evitar recorrências.
  • 51. Furúnculo - Tratamento  A melhor maneira de se prevenir esta infecção ou a sua disseminação a outros é a manutenção da pele limpa, preferencialmente com sabão líquido anti bacteriano.  Os indivíduos com furúnculos recorrentes podem ter que tomar antibióticos durante meses ou mesmo anos.  Quando ocorre a furunculose, deve-se pesquisar o que está a favorecer o aparecimento das lesões e estimular a defesa orgânica do indivíduo.
  • 52. Furúnculo – cuidados em colaboração  Penso quente e húmido até que ocorra drenagem  Manter a drenagem infectada fora da pele circundante.  Elucidar o utente relativamente a:  Prevenção e propagação da infecção;  Cuidados com a higiene das mãos
  • 54. Fim
  • 55. Impetigo Definição  O impetigo é uma infecção bacteriana cutânea causada por Staphylococcus ou por Streptococcus B hemolítico que se caracteriza pela formação de pequenas pústulas.  Esta doença afecta sobretudo as crianças e pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas frequentemente as lesões ocorrem na face, nos membros superiores e inferiores.
  • 56.  O impetigo pode ocorrer após uma lesão ou uma doença que provoca uma lesão cutânea (infecção fúngica, queimadura solar ou picada de insecto).
  • 57. Fisiopatologia  A doença caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas e bolhas com pus que rapidamente se rompem (muitas vezes as bolhas nem são vistas) deixando áreas erosivas recobertas por crostas espessas de aspecto semelhante ao mel ressecado.  As bolhas podem ser do tamanho de uma ervilha ou até de anéis grandes.
  • 58. Impetigo - Diagnóstico  Através do quadro clínico  Cultura e coloração Gram
  • 59. Manifestações clínicas  As lesões podem evoluir espontaneamente mas muitas vezes propagam-se às regiões próximas formando novas lesões.  Mais frequente nas épocas quentes do ano, a doença atinge principalmente as áreas de dobra da pele.  No caso do impetigo Streptocócico, há o risco de ocorrência de glomerulonefrite, devido a um fenómeno alérgico.
  • 60. Impetigo - Manifestações clínicas  Como infecção estafilocócica origina frequentemente lesões localizadas  As lesões são similares a crostas amarelo- douradas
  • 62. Impetigo – cuidados em colaboração  O tratamento consiste:  Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x por dia.  Antibioticoterapia local nos casos mais simples e oral (p.ex., penicilina ou cefalosporina) nos casos mais graves ou com risco de glomerulonefrite.  O tratamento precoce pode evitar que o impetigo afecte as regiões mais profundas da pele.  Raramente, o impetigo causado por Streptococcus pode levar a uma insuficiência renal.
  • 63. Impetigo – ensino ao utente  Ajudar o utente a compreender como se faz o tratamento  Na remoção das crostas e limpeza das lesões 2 a 3x por dia.  Prevenção da propagação da infecção  Após o contacto lavar as mãos com sabão anti bacteriano  Usar toalhas individualizadas
  • 65. Herpes Simples- definição  Um dos vírus mais comuns nos seres humanos é o vírus do herpes simples (VHS).  Existem duas estirpes semelhantes, mas serologicamente diferentes: tipo 1 e o tipo 2.  O tipo 1 encontra-se principalmente em lesões da face e da boca, olhos e cérebro  O tipo 2 está associado a uma lesão dos genitais que pode ser transmitida por contacto sexual.
  • 66.  A reactivação do vírus pode ocorrer devido a diversos factores desencadeantes tais como:  exposição à luz solar intensa,  fadiga física e mental,  Stress emocional,  Febre  Alimentos salgados  Outras infecções que diminuam a resistência orgânica.
  • 67.
  • 68. Epidemiologia  O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus.  Fases da infecção por VHS: I fase - adquirida por exposição directa ao vírus, geralmente através do contacto com a pele e mucosas de um individuo afectado  O contacto com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época.
  • 69. Epidemiologia (cont)  II fase - O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, instala- se no organismo de forma latente num gânglio sensitivo, até que venha a ser reactivado  A reactivação do vírus provoca recorrência da doença.
  • 70. Manifestações clínicas  Algumas pessoas tem maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes.  Outras, mesmo em contacto com o vírus, nunca apresentam a doença, pois a sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.  As localizações mais frequentes são: os lábios e a região genital, mas o herpes pode aparecer em qualquer lugar da pele.
  • 71. Fisiopatologia  Uma vez reactivado, o herpes apresenta- se da seguinte forma:  prurido  ardência no local onde surgirão as lesões.  pequenas vesículas agrupadas como num boquet sobre área avermelhada e edemaciada, ou como inflamação da córnea com fotofobia e lacrimejo.  As lesões do tipo 2 ocorrem na vagina ou no colo do útero ou na pele do pénis.
  • 72. Herpes Simples - Fisiopatologia as bolhas rompem-se libertando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença. a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização. a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias. O VHS pode ser identificado pelo teste de Tzanck.
  • 75. Herpes - Tratamento  Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um episódio de herpes:  Início muito precoce do tratamento  Deve ser aconselhado a aplicação de aciclovir tópico  Se as lesões forem graves deve ser ponderada a sua administração sistémica.
  • 76. Herpes – cuidados em colaboração  Deve-se aconselhar os utentes para :  evitar furar as vesículas;  evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial;  evitar relações sexuais se for de localização genital;  lavar sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais do próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.
  • 77. Herpes – Cuidados em colaboração  Quando as recidivas do herpes forem muito frequentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus.  Os fenómenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível.
  • 78. Herpes Zoster ou zona - Definição  É causado pelo VZV, o mesmo vírus que causa a varicela.  Geralmente este é a resposta num hospedeiro imune ao VZV.  É menos contagioso que a varicela.  Só recorre em circunstancias raras
  • 79.
  • 80. Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia  No herpes zoster, as pequenas vesículas geralmente agrupam-se em linha.  Seguem o curso dos nervos sensitivos periféricos e frequentemente, são unilaterais.  Uma vez que seguem as vias nervosas, as lesões nunca cruzam a linha média do corpo.  2/3 das pessoas desenvolvem lesões nos dermatomas do tórax e as restantes apresentam envolvimento do nervo trigémeo com problemas da face, olhos e couro cabeludo.
  • 81.
  • 82. Herpes Zoster ou zona -Fisiopatologia  O Rash desenvolve-se 1.º como máculas, mas rapidamente progride para vesículas.  O líquido torna-se turvo e as crostas desenvolvem-se e caem em cerca de 10 dias.
  • 83.
  • 84. Manifestações clínicas  Geralmente precedem o aparecimento das lesões:  Mal-estar  Febre  Prurido  Dor na área envolvida (esta persiste até cerca de 4 semanas)  Se as vesículas se desenvolverem dentro de 1 a 2 dias após os sintomas iniciais de dor, geralmente desaparecem em 2 a 3 semanas, mas se se desenvolverem durante uma semana, e de esperar um curso prolongado.
  • 86. Herpes Zoster ou zona – Tratamento  Aciclovir P.O (400 a 800 mg) de 4 em 4 horas durante 5 – 6 dias.  Viradabina (tem mais efeitos secundários que o aciclovir)  Famciclovir  Analgésicos (os anti-inflamatórios geralmente não são eficazes)  Esteroídes (prednisolona)  Sedativos  O desconforto local pode ser aliviado com loções.
  • 87. Cuidados em colaboração  Os utentes devem ser alvo de ensinos acerca de :  Uso de roupa larga  Prevenir a infecção  Tratamento e medicamentos  Auxilio para lidar com a neuralgia pós-herpética.
  • 88. Cuidados em colaboração  Neuralgia pós-herpética ocorre em cerca de 10% das pessoas após a infecção por herpes zoster.  A dor pode persistir durante um ano e em alguns casos pode durar alguns anos.
  • 89. Problemas oftalmologicos Curso de Enfermagem Geral 89
  • 90. Sinais de uma doença Ocular  Olho vermelho;  Lacrimejamento;  Fotofobia;  Irritacao da conjuntiva podendo provocar prurido e sensao de corpo estranho;  Secrecao clara ou purulenta. Curso de Enfermagem Geral 90
  • 91. CONJUNTIVITE  Definição : Inflamação da conjuntiva  Doenca ocular mais comum  Sintomas + comuns :sensacao de corpo estranho,peso,queimacao,purido e fotofobia quando a cornea esta envolvida  Origem: + exogena que endogena  Sinais: SECRECAO- clara e tranparente, purulenta,falsa membrana,mucosa Curso de Enfermagem Geral 91
  • 92. Cont HIPEREMIA, EDEMA, FOLICULOS, PAPILAS, HEMORRAGIAS  Causas: bacteriana, viral, por clamidia, fungos, alergica,parasitaria,quimica, assoc doenca sistemica, causa desconhecida.  Tipos: Quanto a duracao:aguda, subaguda ou cronica segundo a etiologia- bacteriana, viral, alergica, etc. Curso de Enfermagem Geral 92
  • 93. CONJ. BACTERIANA:  Tipo + comum  Sintomas- irritacao,bilateralidade,secrecao purulenta, aderencia palpebral ao acordar, as vezes edema palpebral.  Comeca num olho e transmitida para o outro pelas maos.  Transmisao- pessoa /pessoa por toalhas, objectos contaminados  TTO: Identificacao bacteriologica do agente causal. ATB topico- CAF 1gt 3v/d/10d. Curso de Enfermagem Geral 93
  • 94. CONJ. GONOCOCCICA  Pode ser  1- DO RECEM NASCIDO- Leva a cegueira Inicio 3-4d apos o parto agente: Neisseria gonorrhoeae Bilateral, edema marcado,palpebras coladas,pus abundante amarelo. TTO: Kanamicina 25mg/kg de peso, 1 dose unica IM, mais NUNCA superior a 75mg. Limpeza com soro fisiologico de1/1h +pomada de tetraciclina local de 1/1h =15 dias. Internar. Tratar os pais. Profilaxia: METODO de CREDE. Curso de Enfermagem Geral 94
  • 95. CONJ. VIRAL  Sao foliculares Foliculo- saliencia arredondada, cor amarelada ,translucida com vascularizacao periferica, conj. das piscinas,das dcas infecciosas ex: moluscum contagioso,sarampo,rubeola. TTO: cuidados de higiene Cura: expontanea Curso de Enfermagem Geral 95
  • 96. CONJ. ALERGICA:  Proliferacao de papilas Papilas: Saliencias vermelhas com eixo vascular central, forma poligonal. Forma flictenular- etiologia alergica a microbios. De contacto- cosmeticos, medicamentos, produtos quimicos. Da polinose Primaveril TTO: Corticoides locais, eliminar o agente causal, dessensibilizacao, antihistaminico. Curso de Enfermagem Geral 96
  • 98. URG. EM OFTALMOLOGIA  Orbita:1- traumatismo com fractura 2- celulite orbitaria  Palpebras:1- Feridas c/ou s/ seccao do canaliculo 2- abcesso 3- lagoftalmia  Conjuntiva:1- conj. Aguda purulenta 2- corpo estranho 3- Feridas, queimaduras
  • 99. URG. EM OFTALMOLOGIA  A. LACRIMAL: Dacriocistite aguda  Cornea: 1- Ulceras 2- Abcessos 3- Queimaduras 4- Ferida perforante 5- Corpo estranho  Uvea: Uveites
  • 100. URG. EM OFTALMOLOGIA  Cristalino:1- Luxacao anterior 2- Catarata traumatica c/ massas na camara anterior.  Retina: 1- Retinoblastoma 2- Oclusao da ACR 3- Trombose da VCR 4- Descolamento
  • 101. URG. EM OFTALMOLOGIA  GLAUCOMA: agudo, secundario e congenito).  TRAUMATISMO: 1- FPGO 2- Roptura do GO 3- CE intracular 4- Hifema
  • 102. Problemas Otologicos  Distúrbios Otológicos: São patologias que ocorrem a nível da orelha e suas doenças.  Infecções do ouvido mais comum;  Otite externo; é uma infecção aguda do canal auditivo externo.  Otite média; é uma infecção supurativa da cavidade do ouvido médio e mais comum nas crianças sadias ou crianças com outras enfermidades. Curso de Enfermagem Geral 102
  • 103. Infeccoes do ouvido mais comum  Sintomatologia;  Dores no ouvido as vezes severas, irritabilidade e interferência na audição. A sucção e a mastigação tende a aumentar a dor.  Febres irritáveis vómitos e diarreia zumbido, drenagem de pus pelos ouvidos.  Complicações; infecção, perda auditiva, mastoidite, otite média crónico e meningite. Curso de Enfermagem Geral 103
  • 104. Avaliação de Enfermagem  O pessoal de enfermagem deve:  Examinar os ouvidos, sua aparência e higiene;  Investigar a inflamação e a sensibilidade dos ouvidos  Observar os nódulos linfáticos em torno do ouvido;  Observar o excesso do cerume ou cera no ouvido Notificar ao clínico sempre que ocorrer alguma alteração no paciente relacionado com os aspectos identificados. Curso de Enfermagem Geral 104
  • 105. Intervenções de Enfermagem  O pessoal de enfermagem deve:  Prestar os cuidados de enfermagem nos pacientes com distúrbios dos ouvidos;  Administrar os medicamentos e monitorar as suas reacções;  Monitorar as infecções nos ouvidos  Aconselhar os familiares a não usar os cotonetes para remover o cerume nas crianças. Curso de Enfermagem Geral 105
  • 108. •Durante a vida surgem duas dentições num individuo: A decidual “Leite” e a Permanente. •O inicio é durante a vida intrauterina: Os deciduais na 7ªsemana e os permanentes no 4ºmes. •A dentição decidual tem 20 dentes:2+1+2que nascem dos 6 aos 24meses e caiem entre 6 a 12 anos; e a permanente tem 32dentes:2+1+2+3. •Apresentam Raiz, coroa e colo; E internamente dentina, cimento e cavidade polpar. •Tem a função de mastigar os alimentos, fala na articulação directa dos sons e função estética.
  • 109.
  • 110. Doenças mais comuns de interesse odontoestomatologico  Cárie dentária;  Doenças periodentais: Gengivite e periodontites.  Estas duas doenças sao prioritárias em estomatologia.
  • 111. Cárie Dentária  É uma doença infecciosa, oportunista que provoca a destruição dos tecidos duros do dente e esta fortemente relacionada com o consumo de carbohidratos.  É uma doença que afecta mais de 99% da humanidade porque na actualidade regista-se uma cada vez crescente prevalência devido ao aumento crescente do consumo de carbohidratos refinados ou processados no lugar de consumo de açúcares naturais.
  • 112. Exemplo de açúcares processados:  O bolo;  Rebuçados;  Doces de vários tipos;  Pão; Exemplos de açúcares naturais  Cana de açúcar;  Mel;  Frutas doces.
  • 113. Factores causais da Carie dentaria  Microorganismos: São os primeiros implicados, streptococus do grupo mutans, lactobacilos acidófilos.  Dieta que fornece o substrato para o metabolismo microorganismos (dieta rica em carbohidratos refinados).  Dente e Saliva (o dente é o hospedeiro).
  • 114. Sinais e sintomas da carie dentaria  Alteração na coloração da superfície da coroa ou superfície do dente (mancha branca activa);  O prognostico da carie dentaria resulta na formação duma cavidade sobre o dente.  Nestas etapas não há dor sobre o dente;  Quando a dor aparece num dente com carie é sinal de gravidade e extensão da infecção por carie até a polpa.  A dor é de uma complicação pulpite (inflamação da polpa).  O Diagnostico é essencialmente clínico.
  • 115. Tratamento  Restauração do dente usando materiais dentários (biomateriais), para a restauração definitiva do dente.  Este processo de tratamento é obturação do dente, processo possível com uso dos biomateriais;  Em caso de complicação como pulpite o tratamento será a extracção dentaria;  O outro tratamento nos casos de pulpite de forma a conservar o dente pode-se fazer um tratamento especializado designado por pulporadicular – que consiste na remoção da polpa infectada e restauração do dente.
  • 116. Complicações da Carie Dentaria  Pulpites;  Extensão da infecção as estruturas vizinhas do dente e formação de abcesso dentário;  Abcessos da face que podem ir ate tomar formas graves provocando obstrução das vias aéreas e dificuldades na alimentação;  A infecção pode se estender a outras estruturas distantes da cavidade bucal como o mediastino causando provocando mediastinite ou estender a infeccao intra Craniana produzindo abcessos cerebrais e morte.  Se a infeccao estender-se ate ao cérebro e caixa toraxica o prognostico é reservado.
  • 117. Medidas Preventivas da Carie Dentaria  Medidas nutricionais: dieta equilibrada;  Medidas Mecânicas: escovagem dos dentes pode ser feita usando a escova dental e a pasta dentífrica.  As formas tradicionais para a escovagem dos dentes são: Mulala, Cinza, Musuaqui “nancapa, ramos de coqueiro, etc”.  Medidas químicas: uso do flúor nas aguas de consumo e também adição de flúor na pasta dentífrica o ideal é usar pastas dentífricas fluoretadas. NB: A escovagem só é feita usando técnica apropriada correcta e sempre após as refeições. No entanto recomenda-se que devem ser feitas duas escovagens por dia sendo a 1 após ao pequeno almoço e a segunda um pouco antes de ir deitar-se.
  • 118. Doenças periodentais Mais Comuns  Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentários e recobertos pela mucosa gengival cuja sua função é de proteger o dente.  O ligamento periodental serve para fixar o dente e sua função é de inserção do dente no alvéolo.  A doença do ligamento periodental é a mobilidade do dente.  O periodente é constituído por: gengiva e o ligamento periodental.  Falar de doenças periodentais mais comuns queremos nos referir das doenças infecciosas.  As estruturas periodentais podem ser podem ser infecciosas que podem ser bacterianas, virais e fungos.
  • 119. GUNA  G – Gengivite;  U – ulcera;  N – Necrotizante;  A – Aguda.  A guna é uma doença bacteriana cujo os microorganismos são: Streptococus, bacilos fusiformes, espiroquetas entre outras.  É também uma doença oportunista, frequente em crianças é aguda de sintomatologia marcada.
  • 120. Aspectos Clínicos de Guna  Lesões múltiplas da gengiva, sangramento no mínimo toque e muito dolorosa, obrigando a criança em dificuldade em comer, torna-se muito irritante, psicologicamente estável e pode cusar e evoluir com:  Ligeira frebe;  A nível regional submandibular há linfadenopatia e progressivamente pode haver compromisso do estado geral da criança nomeadamente: decaimento físico, desidratação, nervosismo que pode provocar perturbações gastrointestinais ex: diarreia.
  • 121.  A GUNA ocorre em bocas geralmente com higiene deficiente ou pode ser sinal de manifestação de doença sistémica debilitante.  Na superfície da pele e das mucosas existem partes terminais nervosas com funções especificas e quando existe dor na superfície da pele é porque existe exposição das terminações nervosas.  O diagnostico é clínico e laboratorial (colheita de material estomatologico.)
  • 122. Tratamento  Anti-sepsia oral através de soluções diluídas de agua oxigenada ou peróxido de oxigénio com cloreto de sódio a 0.9% aa 3xdia durante 3 dias ou anti-sepsia oral usando solução de clorexidina a 0.02% 3xdia em menos de 1 semana.  Uso de antibióticos oral: amoxicilina e metronidazol.  Nos casos graves pode ser usada Penicilina Cristalina e o metronidazol EV.  Administração de analgésicos;  De acordo com o estado geral pode ser instituída terapia de suporte : hidratação e cuidados de alimentação.
  • 123.  O prognostico é bom, mais em situações graves a GUNA pode complicar ate formas mais graves de destruição da face que é a mutilação doença que se designa por NOMA.  O NOMA é uma doença da pobreza associada a outros problemas como: problemas nutricionais, doenças debilitantes como a tuberculose associada a infeccao do HIV.  A prevenção do NOMA é a boa forma de tratamento através dos bons hábitos alimentares correctos.
  • 124. GEHA  G – Gengivite;  E – Estomatite;  H – Herpética;  A – Aguda.  É causada pelo vírus do Herpes Simples, frequentemente pode cursar com infecções bacteriana complicando o quadro clínico.  Aparece em lactentes e crianças com menos de 6 anos mais também aparece em adolescente e adulto.  Tem uma frequência igual tanto para homens e mulheres.
  • 125. Características Locais  Sinais bucais: lesão difusa eritematosa e brilhante da gengiva e mucosa adjacente em graus variáveis de edema e hemorragia gengival.  Presença de vesículas, circunscritas esféricas e acastanhadas da gengiva, mucosa labial e restante mucosa oral.  As vesículas rompem-se dando úlceras dolorosas e a evolução é de 7 a 10 dias.
  • 126. Quadro Geral  Irritação da mucosa oral que impede beber e comer;  Dor quando as vesículas se rompem sensíveis ao tacto, a mudança a temperatura e alimentos.  Irritação dos lactentes e recusa em alimentar-se.  Ocorre adenite cervical, febre e mau estar geral.  A GEHA é contagiosa e os adultos adquirem imunidade.  O tratamento é semelhante ao da GUNA.  O prognostico é bom, o herpes labial e da pele repetem- se. Quando há decaimento imunológico, o processo febril elevado o vírus manifesta-se.
  • 127. Candiase aguda Oral  É a infeccao micótica mais comun.  A candida albicans é o microorganismo mais comun. Aparece no adulto extremamente debilitado com baixa resistência orgânica, exemplo nas seguintes situações:  Doentes imunocomprometidos;  Em cancerosos que recebem tratamento de radioterapia ou quimioterapia.  Esta candidiase pode progredir ate a faringe constituindo-se da candidiase orofaringea.  No RN o fungo pode proliferar e invadir os tecidos orais e administração de antibióticos elimina a flora bacteriana normal geralmente.
  • 128. Manifestações Clínicas  Lesões orais: são de coloração branco cremoso que se a semelham a leite coagulado, são aderentes ao serem arrancadas deixam pontos sangrantes.  O diagnostico é clínico e por análise de Frotis (é uma amostra) e manda-se ao laboratório de micologia.  Tratamento: antimicoticos (Nistatina, ketoconazol, clotrimazol).  Anfotericina b é usada em situações de micoses sistémicas.
  • 129. Manifestações Orais do HIV/SIDA  Candidiase Oral;  Herpes Simplex e Zóster;  GUNA (Estomatite Necrotizante);  Úlceras bocas recorrentes atípicas;  Sarcosa de Kaposi;  Linfomas.
  • 130. Fim