6. 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
RAMOS
F84 –Transtornos globais do desenvolvimento (TGD);F84.0 –
Autismo infantil;F84.1 – Autismo atípico;F84.2 – Síndrome
de Rett;F84.3 – Outro
transtorno desintegrativo da infância;F84.4 – Transtorno com
hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos
estereotipados;F84.5 – Síndrome de Asperger;F84.8 –
Outros transtornos globais do desenvolvimento;F84.9 –
Transtornos globais não especificados do desenvolvimento
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência
intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da
linguagem funcional;6A02.1 – Transtorno do Espectro do
Autismo com deficiência intelectual (DI) e com
comprometimento leve ou ausente da linguagem
funcional;6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo
sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional
prejudicada;6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com
deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional
prejudicada;6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com
deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem
funcional;6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo
especificado;6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo,
não especificado.
7. AUTISMO
Refere-se a uma condição neurobiológica, de
origem genética, que causa alterações genéticas
do feto em desenvolvimento no útero da mãe
fazendo com que ocorra uma cadeia de reações
químicas que modificam a qualidade,
a produção, a forma, a organização e o número
de células e alteram a expressão química
desses neurônios. (GAIATO, 2018;
Teixeira, 2018)
9. VOCÊ SABE O
QUE É AUTISMO
(TEA)?
• Segundo o Manual de Diagnóstico
e Estatístico de Transtornos Mentais
IV (DSM- IV):
• É um transtorno
do neurodesenvolvimento,
• Prejuízos na interação social,
• Problemas de comunicação e atividades
e interesses repetitivos,
• Aparecem antes dos três anos de vida.
10. Sinais de alerta
Sinais de alerta: a partir dos 4
meses
• Não acompanha objetos que se
movam na sua frente,
• Não sorri para as pessoas,
• Não leva as mãos ou objetos à
boca,
• Não emite sons com a boca,
• Não sustenta a cabeça.
11. Antes de falarmos
dos critérios para o
diagnóstico,
precisamos
entender alguns
conceitos
12. Teoria da
mente
Rígida, catequista, sem alterar por um segundo a
lentidão com que avançava, ela avançava: “Eles
vão olhar para mim, eu sei!”. Mas tentava, por
instinto de uma vida anterior, não lhes transmitir
susto. Adivinhava o que o medo desencadeia. (...)
Fazei com que eles não digam nada, fazei com que
eles só pensem, pensar eu deixo. (...) Mas pela
pressa com que a magoaram soube que eles
tinham mais medo que ela. Tão assustados que já
não estavam mais ali. Corriam. “Tinham medo
que eu gritasse e as portas das casas uma por uma
se abrissem”, raciocinou, eles não sabiam que não
se grita. (Lispector, 1983, pp. 101-102)
13. Sobre a Teoria da Mente
Essa capacidade de compreender, explicar e predizer o comportamento
humano em termos de estados mentais, tão frequente em nossas interações
sociais, tem sido convencionalmente chamada de teoria da mente.
Ao dizer que um indivíduo tem uma teoria da mente, queremos dizer que o indivíduo
atribui estados mentais a si mesmo e aos outros. (...) Um sistema de inferências desse
tipo é apropriadamente visto como uma teoria, primeiramente porque tais estados não
são diretamente observáveis e, em segundo lugar, porque o sistema pode ser usado para
fazer predições, especificamente sobre o comportamento de outros organismos
(Premack & Woodruff, 1978, p. 515).
14. Como podemos contribuir
com o desenvolvimento da
Teoria da Mente
• O Zé nunca viu o que estava dentro
da caixa, porque ele foi brincar
quando nós a abrimos. O que o Zé
acha que tem aqui dentro? O Zé sabe
que tem pedrinha aqui dentro? Agora
lá vem o Zé (o boneco retornava). O
Zé está de volta e é hora do lanche
dele. Vamos dar a caixinha pro Zé?
Então, como o Zé se sente quando ele
recebe a caixinha? Feliz ou triste?
15. Como funciona no Autismo
Entender sentimentos e
pensamentos alheios,
Entender que os outros
esperam que seu
comportamento mude
dependendo de onde ou
com quem estão,
Prever o que as pessoas
podem fazer em
seguida,
16. Como a Teoria da Mente funciona nas pessoas
com TEA
Interpretar diversos
gestos ou expressões
faciais,
Entender como o seu
comportamento pode
irritar terceiros,
Entender regras sociais
Expressar as próprias
emoções de forma
adequada
21. Conceito
• Os neurônios espelho desempenham uma função crucial para o
comportamento humano. Eles são ativados quando alguém observa uma
ação de outra pessoa. O mais impressionante é o fato
desse espelhamento não depender obrigatoriamente da nossa memória.
• Se alguém faz um movimento corporal complexo que nunca realizamos
antes, os nossos neurônios-espelho identificam no nosso sistema corporal
os mecanismos proprioceptivos e musculares correspondentes e
tendemos a imitar, inconscientemente, aquilo que observamos, ouvimos
ou percebemos de alguma forma.
23. Rigidez Cognitiva
Ansiedade: A ansiedade causada por
esse tipo de pensamento rígido e
inflexível pode causar muitos
desafios comportamentais em
crianças com TEA. Quando o
mundo não corre exatamente da
maneira que eles esperam, podem se
desorganizar.
Comportamentos desafiadores:
resistência a mudança, tentativas de
controlar todas as situações,
resistência em seguir a liderança de
outras pessoas - vista como um
comportamento fortemente
opositivo.
26. Critério A: Deficiências persistentes na comunicação e
interação social:
• 1. Limitação na reciprocidade social e emocional;
• 2. Limitação nos comportamentos de comunicação não verbal utilizados
para interação social;
• 3. Limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos, variando de
dificuldades com adaptação de comportamento para se ajustar as diversas
situações sociais
28. Critério B: Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses
ou atividades, manifestadas pelo menos por dois dos seguintes aspectos
observados ou pela história clínica:
• 1. Movimentos repetitivos e estereotipados no uso de objetos ou fala;
• 2. Insistência nas mesmas coisas, aderência inflexível às rotinas ou padrões
ritualísticos de comportamentos verbais e não verbais;
• 3. Interesses restritos que são anormais na intensidade e foco;
• 4. Hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente
29. Critério D
• Os sintomas causam prejuízo
clinicamente significativo nas áreas
social, ocupacional ou outras áreas
importantes de funcionamento atual do
paciente
33. Critério C
Os sintomas devem estar presentes nas
primeiras etapas do desenvolvimento.
Eles podem não estar totalmente
manifestos até que a demanda social
exceder suas capacidades ou podem
ficar mascarados por algumas
estratégias de aprendizado ao longo da
vida