O documento discute a história do planejamento familiar, desde a abertura da primeira clínica de planejamento familiar nos EUA em 1916 até os métodos contraceptivos atuais. Ele também aborda a importância do planejamento familiar para evitar gravidezes indesejadas e abortos clandestinos, e descreve os principais métodos contraceptivos como a pílula, DIU, contracepção de emergência e esterilização cirúrgica.
5. 1916
Enfermeira Margaret Sanger abre a primeira clínica de
planejamento familiar.
1950
Com seus 80 anos, Sanger contribuiu com a pesquisa
necessária para criar a primeira pílula humana para controle de
concepção.
Ela levantou $150,000 para o projeto.
Dhont, Marc History of oral contraception. The European Journal of Contraception & Reproductive Health Care. 2010 S12 , 1362-5187.
6. 1950’s
Testes em
1500 mulheres
em Porto Rico
(Rock e Pincus)
1960
FDA aprovou o
primeiro
contraceptivo
oral - Enovid.
Dhont, Marc History of oral contraception. The European Journal of Contraception & Reproductive Health Care. 2010 S12 , 1362-5187.
7. 1962 1.2 milhão de mulheres
americanas estavam
usando a pílula
1965 6.5 milhões.
1972 A corte suprema liberou
a pílula para todas as
mulheres independente
do estado civil
Dhont, Marc History of oral contraception. The European Journal of
Contraception & Reproductive Health Care. 2010 S12 , 1362-5187.
12. Ginecologistas e Generalistas
são os maiores responsáveis
pela orientação anti-
concepcional e pré-
concepcional
Importância da assistência primária para
planejamento familiar
Goossens J. Preconception-related needs of reproductive-aged women. Midwifery. 2016 Feb;33:64-72. doi: 10.1016/j.midw.2015.10.012. Epub 2015 Oct 24.
14. United Nations. Estimates of contraceptive prevalence by method among married or in-union women aged 15 to 49
(percentage), New York, 2015.
Método Europa ocidental Brasil Estados Unidos
Contraceptivo oral 37,5% 24,1% 16%
DIU 11,7% 1,9% 5,1%
Esterilização
5,9%(L)
2,8%(V)
28,4% (L)
5% (V)
21,8%(L)
10,8%(V)
Condom 7,4% 11,9% 11,6%
Injeção 0,8% 3,9% 0%
Implante 0,2% 0,1% 1%
Natural/outros 4% 3,8% 8,8%
Métodos contraceptivos no Brasil e no mundo
18. Planejamento
familiar
World Health Organization Department of Reproductive
Health and Research (WHO/RHR) and Johns Hopkins
Bloomberg School of Public Health/Center for
Communication Programs (CCP), Knowledge for Health
Project. Family Planning: A Global Handbook for Providers
(2018 update). Baltimore and Geneva: CCP and WHO,
2018.
19.
20. Métodos de barreira
Índice de Pearl ruim
Proteção adjacente contra
DSTs
Capuz cervical
Diafragma
Condom masculino e feminino
21. Condom masculino
Mais utilizado dos métodos de barreira
na sociedade brasileira e internacional
Índice de falha de até 30%
Mais efetivo se associado à
espermicida – nonoxinol 9
22. Métodos comportamentais
Não oferecerem proteção contra DSTs,
exigem controle e disciplina elevados, sem
resultados efetivos garantidos
Desaconselhados
isoladamente
Coito interrompido e
abstinência sexual periódica
24. Anticoncepção hormonal
Componente progestínico Componente estrogênico
Inibe o pico de LH
(ovulação)
Dificulta nidação do ovo
ao endométrio
Alterações no muco
cervical
Diminuição de motilidade
tubária
Inibe a secreção de LH
Aumenta a concentração
de receptores de
progesterona
27. Contracepção hormonal combinada oral
Contra-indicações principais:
Tabagistas com mais de 35 anos
Idade superior a 50 anos
Dislipidemia
Hipertensão moderada e grave
Tromboembolismo
Hepatopatia
Enxaqueca com aura
História pessoal ou familiar de ca de mama
31. Regras da esterilização cirúrgica
aconselhamento de 60
dias
• o qual deverá ser informado
sobre o procedimento e
suas implicações e sobre os
métodos reversíveis
capacidade civil plena
+ consentimento dos
cônjuges
+25 anos de idade ou
dois ou mais filhos
vivos
Proibida LT 42 dias
após o parto.
Caetano, A.J. Esterilização cirúrgica feminina no Brasil, 2000 a 2006: aderência à lei de planejamento familiar e demanda frustrada. R. bras. Est. Pop., Rio de Janeiro, v. 31, n.2, p. 309-331, jul./dez. 2014
Laqueaduras pós-parto:
• Indicação médica **
• Cesarianas sucessivas
LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996
36. Barreiras profissionais
• Não sabem inserir
• Cultura da pílula
• Desatualização
• não insere em adolescente
• não insere em nulípara
• Insere apenas se está menstruada
• Insere apenas se tiver ultrassom ou Papanicolau
• Não orienta no pré-natal acerca do DIU pós parto e pós aborto
Hoffman et al. Reproductive Health 2016. Clinicians knowledge and practices regarding Family
planning and intrauterine devices in China. Khazakstan, Laos and Mexico.
37. Anticoncepção de emergência
Possibilidades
Método de Yuzpe (200 mcg de etinilestradiol
+ 1,0 de levonogestrel) – eficácia de 57%
Progestogênio isolado (0,75 levonogestrel)
até 72h pós-coito 85% de eficácia
T de cobre ou IUS Lev 7 dias após relação
Nove de maio de 1960 – liberação do fda
Os testes tinham sido conduzidos na década de 50 por John Rock , um ginecologista e o biólogo Gregory Pincus em 1500 mulheres em Porto Rico, que não possuía leis para controle de natalidade, as mulheres tinham em média 5 filhos cada uma. 3 dessas mulheres morreram, não foi feita autópsia . A dose do enovid é cerca de https://www.washingtonpost.com/news/retropolis/wp/2017/05/09/guinea-pigs-or-pioneers-how-puerto-rican-women-were-used-to-test-the-birth-control-pill/?noredirect=on&utm_term=.30de2a6f7699
A pílula permitiu às mulheres que dissociassem o prazer e a reprodução, que antes se encontravam fortemente atrelados.
É claro que essa revolução já vinha acontecendo desde os anos 20, mas a pílula ajudou essa forma de pensamento a se propagar.
Eu poderia falar sobre o que se seguiu a esse marco, como os efeitos colaterais devido aàs doses altíssimas de estrogênio, e o surgimento de outros métodos, mas vamos voltar à sexualidade
Proibida lt 42 dias após o parto para coibir desnecesarianas
condição expressa relatório escrito de testemunho, assinado por dois médicos (art. 10, II da Lei do Planejamento Familiar).
Deve esta mulher ser informada do risco da cirurgia, efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes, além de documento escrito e firmado, registrando a expressa manifestação de vontade de quem deseja submeter-se à esterilização (art. 10, II, §1º da Lei do Planejamento Familiar). Não sendo considerada a manifestação de vontade se expressa durante a ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência do álcool, drogas, estado emocional alterado ou incapacidade mental temporária ou permanente (art. 10, §3º da Lei do Planejamento Familiar).
Referida Lei, apesar de proibir expressamente a esterilização durante os períodos de parto ou aborto, a aceita nos casos de comprovada necessidade como, por exemplo, por cesarianas sucessivas anteriores (art. 10, II, §2º da Lei do Planejamento Familiar).
O artigo 10, § 5º, determina o consentimento expresso de ambos os cônjuges para que seja realizada a esterilização voluntária em pessoas casadas. Tal obrigatoriedade é baseada nos princípios do matrimônio, que responsabiliza ambos os cônjuges na decisão acerca do planejamento familiar (art. 226, §7º da CF e art. 1565, §2º do CC), uma vez que assumem mutuamente, pelo casamento, a condição de consortes, companheiros, responsáveis pelos encargos da família (art. 1565, caput do CC) e devem exercer conjuntamente a direção da sociedade conjugal (art. 1567 do CC).
No site americano de divulgação do produto, há o seguinte alerta: "Algumas pacientes que implantaram o sistema Essure para controle permanente de natalidade têm experimentado e/ou relatado eventos adversos, incluindo perfuração do útero e/ou trompas de falópio, inserções na cavidade abdominal ou pélvica, dor persistente e suspeita de alergia ou reações de hipersensibilidade. Se o dispositivo precisar ser removido por conta de tais eventos adversos, um procedimento cirúrgico será necessário".
Hoffman et al. Reproductive Health 2016. Clinicians knowledge and practices regarding Family planning and intrauterine devices in China. Khazakstan, Laos and Mexico.