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    Estética
    Natureza e tarefa da estética
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    Estética

    n    Do grego aisthesis, que significa sensação, percepção
          sensível.

    n    Nasce como ramo do saber em meados do século XVIII;

    n    Ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do
          belo e dos fundamentos da arte;

    n    Destinada a estudar uma forma de conhecimento obscura,
          logo, com uma esmagadora carga especulativa;

    n    Também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da
          beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até
          mesmo ridículo.
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    Estética

    n    A estética ajuda o espectador a recuperar consciência do
          lugar que ocupa em sua relação direta e imediata com um
          objeto estético ou com um produto artístico em particular.

    n    Se a realidade é dinâmica a Estética o será também.

    n    A estética é uma teoria não normativa, fecunda para a prática
          artística.
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    Problemas da estética

    n    1º- Especificação do objeto;

    n    2º - Definição da própria estética, sua utilidade e vantagem;

    n    Universo estético: seres naturais e objetos artificiais;

    n    Dentro desse universos estético existem aqueles objetos que
          não recebem a atenção de nenhuma ciência específica,
          portanto, faz-se necessária uma ciência especial que se
          ocupe desses objetos e do comportamento humano em
          relação a ele, essa ciência é a Estética.
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    Estética como filosofia do belo




       O que é o Belo?
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    Estética como filosofia do belo

    n    Platão: é o perfeito, absoluto e atemporal; É
          uma ideia;

    n    Aristóteles: possui ordem, limite, simetria;

    n    Estética cristã e medieval: é medida e forma,
          ordem e proporção;

    n    Renascimento: é consonância e integração
          mútua das partes;

    n    Antes do século XVIII: qualidade das coisas,
          da realidade.
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    Estética como filosofia do belo

    n    A partir do século XVIII:
          n    Hutcheson: é uma percepção da mente;
          n    Hume: existe na mente daquele que a
                contempla.

    n    Todo o belo é estético, mas nem todo estético
          é belo,

    n    A arte não pode reduzir-se à sua versão
          clássica ou classicista.

    n    A Estética não pode ser definida como a
          ciêcia do belo.
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    Estética como filosofia da arte

    n    O estético ou o belo deixam de interessar como problema
          especial ou exclusivo, e a atenção se concentra na arte, onde
          um e outro acontecem;

    n    Em favor dessa concepção atua o papel privilegiado que
          desde o Renascimento foi atribuído à arte;

    n    É atribuída ao homem a capacidade criadora.
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    Estética como filosofia da arte

    n    Antes a arte só existia com uma dupla condição servil:
          n    Como meio ou instrumento de uma finalidade alheia, a serviço
                dos homens ou dos deuses;
          n    Como uma atividade própria de artesãos ou servos;

    n    Com o renascimento a arte passa a ocupar o lugar central
          nas digressões estéticas.
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    Estética como filosofia da arte

    n    Embora para a Estética a arte seja um objeto de estudo
          fundamental, não pode ser exclusivo;

    n    A arte é apenas uma forma do comportamento estético
          humano;

    n    A relação estética não se dá apenas na arte e na recepção de
          seus produtos, mas também na contemplação da natureza,
          assim como no comportamento humano com objetos
          produzidos com uma finalidade prático-utilitária.
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    Estética como filosofia da arte

    n    A definição da Estética como filosofia da arte é duplamente
          limitativa:
          n    Restringe o campo do estético ao artístico, como também o da
                arte com outras atividades humanas;
          n    Assim como a vinculação de todo o campo artístico com a
                sociedade em que ocorre e com as diversas relações sociais que
                a condicionam;

    n    Trata-se de uma teoria limitada diante da amplitude do
          universo estético.
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    Estética e ciência da arte

    n    O que a diferencia da filosofia da arte é o modo que concebe
          o objeto, a arte;

    n    Já não se tende a vê-la por um único lado, o estético, mas sim
          em todos os seus aspectos e relações;

    n    Estético: é o que pode suscitar uma percepção
          desinteressada;

    n    Artístico: compreende os valores diversos que se revelam na
          obra de arte.
+
    Estética e ciência da arte

    n    Pode considerar uma obra artística determinada levando em
          conta seus valores não exatamente estéticos: religiosos,
          morais, racionais ou sociais;

    n    A arte se liberta assim de sua submissão à beleza e, mais
          exatamente, a beleza clássica;

    n    A ciência da arte considera a obra artística não só pelo seu
          lado estético, mas como um todo que inclui valores extra-
          estéticos.
+
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    Conclusão

    n    Estética caracteriza um comportamento específico com a
          realidade.

    n    A Estética é a ciência de um modo específico de apropriação
          da realidade, vinculado a outros modos de apropriação
          humana do mundo e com as condições históricas, sociais e
          culturais em que ocorre.
+
    Exemplo

    n    Pintura rupestre pré-histórica;

    n    Pia batismal de uma igreja medieval;

    n    Coatlicue.
+
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    Exemplo

    n    Bisão saltando:
          n    Finalidade ou funções mágicas;
          n    Meio de exercer uma ação real;
          n    Ferramenta de caça.
+
    Exemplo

    n    Pia batismal:
          n    Função ritual-religiosa;
          n    Meio para a administração de um sacramento;
          n    Ressaltar a importância do batismo.
+
    Exemplo

    n    Coatlicue:
          n    Função mítica;
          n    Remete à ideia do poder onipotente e
                tremendo da deusa da Terra sobre tudo
                aquilo que nasce e morre;
          n    Despertar a crença do poder terrível da
                deusa.
+
    Exemplo

    n    Os objetos possuem concepções diferentes do mundo:
          mágica, religiosa e mítica;

    n    Hoje os três tem em comum o fato de serem dignos de
          contemplação;

    n    Possuem a mesma relação: estética;

    n    Hoje cumprem a mesma função estética.

    n    Antes cumpriam a função mágico-venatória, ritual-cristã e
          mítico-religiosa.
+
    Exemplo

    n    Desligadas de suas funções originais, voltamos nossa
          atenção para a forma que o executante imprimiu à matéria;

    n    Contudo, a obra não se reduz apenas à forma;

    n    Seu significado não se perde ou dilui na obra formada ao
          perder-se ou diluir-se sua função original.
+
    Exemplo

    n    O bisão não mais funciona magicamente, mas não se reduz à
          combinação de linhas e cores;

    n    O desenho não só testemunha o domínio da matéria, mas
          também a encarnação de certa atitude do homem pré-
          histórico em frente do mundo;

    n    Significado ideológico.
+
    Exemplo

    n    O mesmo acontece com a pia batismal;

    n    Crente ou não, ao deslocada a atenção para a forma o objeto
          perde sua função ritualística;

    n    A obra mantém seu significado religioso.
+
    Exemplo

    n    Hoje, não vemos com terror a estátua asteca, mas com
          adminiração;

    n    Coatlicue perdeu seu poder terrível, mas não perdeu o seu
          significado;

    n    Todos esses objetos cumprem a mesma função: estética.

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  • 1. + Estética Natureza e tarefa da estética
  • 2. + Estética n  Do grego aisthesis, que significa sensação, percepção sensível. n  Nasce como ramo do saber em meados do século XVIII; n  Ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte; n  Destinada a estudar uma forma de conhecimento obscura, logo, com uma esmagadora carga especulativa; n  Também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.
  • 3. + Estética n  A estética ajuda o espectador a recuperar consciência do lugar que ocupa em sua relação direta e imediata com um objeto estético ou com um produto artístico em particular. n  Se a realidade é dinâmica a Estética o será também. n  A estética é uma teoria não normativa, fecunda para a prática artística.
  • 4. + Problemas da estética n  1º- Especificação do objeto; n  2º - Definição da própria estética, sua utilidade e vantagem; n  Universo estético: seres naturais e objetos artificiais; n  Dentro desse universos estético existem aqueles objetos que não recebem a atenção de nenhuma ciência específica, portanto, faz-se necessária uma ciência especial que se ocupe desses objetos e do comportamento humano em relação a ele, essa ciência é a Estética.
  • 5. + Estética como filosofia do belo O que é o Belo?
  • 6. + Estética como filosofia do belo n  Platão: é o perfeito, absoluto e atemporal; É uma ideia; n  Aristóteles: possui ordem, limite, simetria; n  Estética cristã e medieval: é medida e forma, ordem e proporção; n  Renascimento: é consonância e integração mútua das partes; n  Antes do século XVIII: qualidade das coisas, da realidade.
  • 7. + Estética como filosofia do belo n  A partir do século XVIII: n  Hutcheson: é uma percepção da mente; n  Hume: existe na mente daquele que a contempla. n  Todo o belo é estético, mas nem todo estético é belo, n  A arte não pode reduzir-se à sua versão clássica ou classicista. n  A Estética não pode ser definida como a ciêcia do belo.
  • 8. +
  • 9. + Estética como filosofia da arte n  O estético ou o belo deixam de interessar como problema especial ou exclusivo, e a atenção se concentra na arte, onde um e outro acontecem; n  Em favor dessa concepção atua o papel privilegiado que desde o Renascimento foi atribuído à arte; n  É atribuída ao homem a capacidade criadora.
  • 10. + Estética como filosofia da arte n  Antes a arte só existia com uma dupla condição servil: n  Como meio ou instrumento de uma finalidade alheia, a serviço dos homens ou dos deuses; n  Como uma atividade própria de artesãos ou servos; n  Com o renascimento a arte passa a ocupar o lugar central nas digressões estéticas.
  • 11. + Estética como filosofia da arte n  Embora para a Estética a arte seja um objeto de estudo fundamental, não pode ser exclusivo; n  A arte é apenas uma forma do comportamento estético humano; n  A relação estética não se dá apenas na arte e na recepção de seus produtos, mas também na contemplação da natureza, assim como no comportamento humano com objetos produzidos com uma finalidade prático-utilitária.
  • 12. + Estética como filosofia da arte n  A definição da Estética como filosofia da arte é duplamente limitativa: n  Restringe o campo do estético ao artístico, como também o da arte com outras atividades humanas; n  Assim como a vinculação de todo o campo artístico com a sociedade em que ocorre e com as diversas relações sociais que a condicionam; n  Trata-se de uma teoria limitada diante da amplitude do universo estético.
  • 13. + Estética e ciência da arte n  O que a diferencia da filosofia da arte é o modo que concebe o objeto, a arte; n  Já não se tende a vê-la por um único lado, o estético, mas sim em todos os seus aspectos e relações; n  Estético: é o que pode suscitar uma percepção desinteressada; n  Artístico: compreende os valores diversos que se revelam na obra de arte.
  • 14. + Estética e ciência da arte n  Pode considerar uma obra artística determinada levando em conta seus valores não exatamente estéticos: religiosos, morais, racionais ou sociais; n  A arte se liberta assim de sua submissão à beleza e, mais exatamente, a beleza clássica; n  A ciência da arte considera a obra artística não só pelo seu lado estético, mas como um todo que inclui valores extra- estéticos.
  • 15. +
  • 16. + Conclusão n  Estética caracteriza um comportamento específico com a realidade. n  A Estética é a ciência de um modo específico de apropriação da realidade, vinculado a outros modos de apropriação humana do mundo e com as condições históricas, sociais e culturais em que ocorre.
  • 17. + Exemplo n  Pintura rupestre pré-histórica; n  Pia batismal de uma igreja medieval; n  Coatlicue.
  • 18. +
  • 19. + Exemplo n  Bisão saltando: n  Finalidade ou funções mágicas; n  Meio de exercer uma ação real; n  Ferramenta de caça.
  • 20. + Exemplo n  Pia batismal: n  Função ritual-religiosa; n  Meio para a administração de um sacramento; n  Ressaltar a importância do batismo.
  • 21. + Exemplo n  Coatlicue: n  Função mítica; n  Remete à ideia do poder onipotente e tremendo da deusa da Terra sobre tudo aquilo que nasce e morre; n  Despertar a crença do poder terrível da deusa.
  • 22. + Exemplo n  Os objetos possuem concepções diferentes do mundo: mágica, religiosa e mítica; n  Hoje os três tem em comum o fato de serem dignos de contemplação; n  Possuem a mesma relação: estética; n  Hoje cumprem a mesma função estética. n  Antes cumpriam a função mágico-venatória, ritual-cristã e mítico-religiosa.
  • 23. + Exemplo n  Desligadas de suas funções originais, voltamos nossa atenção para a forma que o executante imprimiu à matéria; n  Contudo, a obra não se reduz apenas à forma; n  Seu significado não se perde ou dilui na obra formada ao perder-se ou diluir-se sua função original.
  • 24. + Exemplo n  O bisão não mais funciona magicamente, mas não se reduz à combinação de linhas e cores; n  O desenho não só testemunha o domínio da matéria, mas também a encarnação de certa atitude do homem pré- histórico em frente do mundo; n  Significado ideológico.
  • 25. + Exemplo n  O mesmo acontece com a pia batismal; n  Crente ou não, ao deslocada a atenção para a forma o objeto perde sua função ritualística; n  A obra mantém seu significado religioso.
  • 26. + Exemplo n  Hoje, não vemos com terror a estátua asteca, mas com adminiração; n  Coatlicue perdeu seu poder terrível, mas não perdeu o seu significado; n  Todos esses objetos cumprem a mesma função: estética.