2. +
Estética
n Do grego aisthesis, que significa sensação, percepção
sensível.
n Nasce como ramo do saber em meados do século XVIII;
n Ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do
belo e dos fundamentos da arte;
n Destinada a estudar uma forma de conhecimento obscura,
logo, com uma esmagadora carga especulativa;
n Também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da
beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até
mesmo ridículo.
3. +
Estética
n A estética ajuda o espectador a recuperar consciência do
lugar que ocupa em sua relação direta e imediata com um
objeto estético ou com um produto artístico em particular.
n Se a realidade é dinâmica a Estética o será também.
n A estética é uma teoria não normativa, fecunda para a prática
artística.
4. +
Problemas da estética
n 1º- Especificação do objeto;
n 2º - Definição da própria estética, sua utilidade e vantagem;
n Universo estético: seres naturais e objetos artificiais;
n Dentro desse universos estético existem aqueles objetos que
não recebem a atenção de nenhuma ciência específica,
portanto, faz-se necessária uma ciência especial que se
ocupe desses objetos e do comportamento humano em
relação a ele, essa ciência é a Estética.
5. +
Estética como filosofia do belo
O que é o Belo?
6. +
Estética como filosofia do belo
n Platão: é o perfeito, absoluto e atemporal; É
uma ideia;
n Aristóteles: possui ordem, limite, simetria;
n Estética cristã e medieval: é medida e forma,
ordem e proporção;
n Renascimento: é consonância e integração
mútua das partes;
n Antes do século XVIII: qualidade das coisas,
da realidade.
7. +
Estética como filosofia do belo
n A partir do século XVIII:
n Hutcheson: é uma percepção da mente;
n Hume: existe na mente daquele que a
contempla.
n Todo o belo é estético, mas nem todo estético
é belo,
n A arte não pode reduzir-se à sua versão
clássica ou classicista.
n A Estética não pode ser definida como a
ciêcia do belo.
9. +
Estética como filosofia da arte
n O estético ou o belo deixam de interessar como problema
especial ou exclusivo, e a atenção se concentra na arte, onde
um e outro acontecem;
n Em favor dessa concepção atua o papel privilegiado que
desde o Renascimento foi atribuído à arte;
n É atribuída ao homem a capacidade criadora.
10. +
Estética como filosofia da arte
n Antes a arte só existia com uma dupla condição servil:
n Como meio ou instrumento de uma finalidade alheia, a serviço
dos homens ou dos deuses;
n Como uma atividade própria de artesãos ou servos;
n Com o renascimento a arte passa a ocupar o lugar central
nas digressões estéticas.
11. +
Estética como filosofia da arte
n Embora para a Estética a arte seja um objeto de estudo
fundamental, não pode ser exclusivo;
n A arte é apenas uma forma do comportamento estético
humano;
n A relação estética não se dá apenas na arte e na recepção de
seus produtos, mas também na contemplação da natureza,
assim como no comportamento humano com objetos
produzidos com uma finalidade prático-utilitária.
12. +
Estética como filosofia da arte
n A definição da Estética como filosofia da arte é duplamente
limitativa:
n Restringe o campo do estético ao artístico, como também o da
arte com outras atividades humanas;
n Assim como a vinculação de todo o campo artístico com a
sociedade em que ocorre e com as diversas relações sociais que
a condicionam;
n Trata-se de uma teoria limitada diante da amplitude do
universo estético.
13. +
Estética e ciência da arte
n O que a diferencia da filosofia da arte é o modo que concebe
o objeto, a arte;
n Já não se tende a vê-la por um único lado, o estético, mas sim
em todos os seus aspectos e relações;
n Estético: é o que pode suscitar uma percepção
desinteressada;
n Artístico: compreende os valores diversos que se revelam na
obra de arte.
14. +
Estética e ciência da arte
n Pode considerar uma obra artística determinada levando em
conta seus valores não exatamente estéticos: religiosos,
morais, racionais ou sociais;
n A arte se liberta assim de sua submissão à beleza e, mais
exatamente, a beleza clássica;
n A ciência da arte considera a obra artística não só pelo seu
lado estético, mas como um todo que inclui valores extra-
estéticos.
16. +
Conclusão
n Estética caracteriza um comportamento específico com a
realidade.
n A Estética é a ciência de um modo específico de apropriação
da realidade, vinculado a outros modos de apropriação
humana do mundo e com as condições históricas, sociais e
culturais em que ocorre.
17. +
Exemplo
n Pintura rupestre pré-histórica;
n Pia batismal de uma igreja medieval;
n Coatlicue.
19. +
Exemplo
n Bisão saltando:
n Finalidade ou funções mágicas;
n Meio de exercer uma ação real;
n Ferramenta de caça.
20. +
Exemplo
n Pia batismal:
n Função ritual-religiosa;
n Meio para a administração de um sacramento;
n Ressaltar a importância do batismo.
21. +
Exemplo
n Coatlicue:
n Função mítica;
n Remete à ideia do poder onipotente e
tremendo da deusa da Terra sobre tudo
aquilo que nasce e morre;
n Despertar a crença do poder terrível da
deusa.
22. +
Exemplo
n Os objetos possuem concepções diferentes do mundo:
mágica, religiosa e mítica;
n Hoje os três tem em comum o fato de serem dignos de
contemplação;
n Possuem a mesma relação: estética;
n Hoje cumprem a mesma função estética.
n Antes cumpriam a função mágico-venatória, ritual-cristã e
mítico-religiosa.
23. +
Exemplo
n Desligadas de suas funções originais, voltamos nossa
atenção para a forma que o executante imprimiu à matéria;
n Contudo, a obra não se reduz apenas à forma;
n Seu significado não se perde ou dilui na obra formada ao
perder-se ou diluir-se sua função original.
24. +
Exemplo
n O bisão não mais funciona magicamente, mas não se reduz à
combinação de linhas e cores;
n O desenho não só testemunha o domínio da matéria, mas
também a encarnação de certa atitude do homem pré-
histórico em frente do mundo;
n Significado ideológico.
25. +
Exemplo
n O mesmo acontece com a pia batismal;
n Crente ou não, ao deslocada a atenção para a forma o objeto
perde sua função ritualística;
n A obra mantém seu significado religioso.
26. +
Exemplo
n Hoje, não vemos com terror a estátua asteca, mas com
adminiração;
n Coatlicue perdeu seu poder terrível, mas não perdeu o seu
significado;
n Todos esses objetos cumprem a mesma função: estética.