O documento apresenta um curso de atualização em hemostasia ministrado por Fábio André Campos Baía. A introdução define hemostasia como o processo de manter o sangue fluido dentro dos vasos sanguíneos sem hemorragia ou trombose, e descreve os componentes do sistema hemostático e a cascata da coagulação. Também aborda coleta de amostras, análises laboratoriais como tempo de coagulação, contagem de plaquetas e tempo de protrombina para avaliar transtornos hemorrágicos.
1. PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
HOSPITAL MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS
LABORATÓRIO MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS
CURSO DE ATUALIZAÇÃO
EM HEMOSTASIA
Fábio André Campos Baía
Biomédico (CRBM 4 – 570/PA) e Médico Veterinário (CRMV-PA – 2426)
Especialista em Gestão em Saúde Pública
Cursando Especialização em Hematologia
Contatos: (94) 91282261 / (91) 81716863 / agearcan@hotmail.com
2. INTRODUÇÃO
O que é sangue?
Os componentes do sangue ou tecido sanguíneo:
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3. INTRODUÇÃO
HEMOSTASIA: é um processo fisiológico que tem como
objetivo manter o sangue em estado fluido dentro dos vasos
sanguíneos, sem que haja hemorragia ou trombose.
Em condições fisiológicas, as células endoteliais, que
revestem os vasos sanguíneos, expressam substâncias com
propriedades anticoagulantes.
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4. INTRODUÇÃO
Quando ocorre dano vascular, começa a formação do coágulo
de fibrina.
Os mecanismos envolvidos nesse processo, constituintes do
sistema hemostático, devem ser regulados para
simultaneamente, contrapor-se à perda excessiva de sangue e
evitar a formação de trombos intravasculares, decorrentes de
formação excessiva de fibrina.
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5. INTRODUÇÃO
Os componentes do sistema
hemostático
incluem
as
plaquetas, os vasos, as proteínas
da coagulação do sangue, os
anticoagulantes naturais e o
sistema de fibrinólise.
A formação do coágulo de
fibrina envolve complexas
interações entre proteases
plasmáticas e seus cofatores, que
culminam na gênese da enzima
trombina, que, por proteólise,
converte o fibrinogênio solúvel
em fibrina insolúvel.
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6. INTRODUÇÃO
A cascata da coagulação:
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7. INTRODUÇÃO
As doenças hemorrágicas abrangem diversas condições
clínicas, sendo caracterizadas por hemorragias de gravidade
variável em diferentes locais do corpo. Podem ser de causa
hereditária ou adquirida, relacionadas a doenças
hematológicas ou a outras condições sistêmicas.
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8. COLETA
Orientar o paciente
Escolha do local de coleta
Onde
não
estiver
sendo
administrado medicamentos
Vaso de bom calibre
Garroteamento < 1’00’’ : evitar
congestão e hemoconcentração
Sangue fluir facilmente
Distribuição para os tubos após a
retirada da agulha
Homogeinização até esgotar todo o
anticiagulante
Preferencialmente usar tubos a
vácuo
Promover a hemostasia através da
compressão
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9. COLETA
Principais exames que avaliam a
hemostasia:
FC (ou PL), TS, TC, TTPa, TP
(INR e ATV%), plaquetas
Coagulograma I: FC (ou PL),
TC e TS
Coagulograma II: TP e TTPa
Coagulograma total: I + II +
plaquetas
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10. COLETA
Procedimento:
E.P.I.
Agulha ou lanceta: TS
Garrote: FC (ou PL)
Seringa sem anticoagulante
3 Tubos específicos
Tampa vermelha: TC
Tampa roxa: plaquetas
Tampa azul: TP e TTPa
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11. ANÁLISES LABORATORIAIS
Inúmeros testes:
Tempo de coagulação (TC)
Tempo de sangria ou sangramento (TS)
Prova da Fragilidade Capilar ou Prova do Laço (FC ou PL)
Tempo de Protrombina (TP ou TAP)
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa)
Contagem de Plaquetas
Tempo de Trombina (TT)
Retração do Coágulo (RC)
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13. ANÁLISES LABORATORIAIS
Tempo de coagulação (TC)
Pouco valor clinico de triagem
Usado no controle de terapia com heparina
Colocar 1 mL de sangue no tubo de ensaio
Banho-maria a 37°C
Contar o tempo a partir da colocação no tubo
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14. ANÁLISES LABORATORIAIS
Tempo de coagulação (TC)
Referência: 6 – 12 min.
Prolongado na: deficiência severa em qualquer fator de
coagulação (exceto VII e XIII), afibrinogenemia e anticoagulante
Normal na trombocitopenia (plaquetopenia)
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15. ANÁLISES LABORATORIAIS
Tempo
de sangria
sangramento (TS)
ou
O TS mede a integridade
da função plaquetária e da
parede vascular
Incisão com auxilio de
agulha ou lanceta no lobo
da orelha ou dedo
Contar o tempo desde a
incisão até a cessação do
sangramento
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16. ANÁLISES LABORATORIAIS
Tempo de sangria ou sangramento (TS)
Não é de valor clínico: em desuso
Valor de referência atual: de 1 – 7 min
Aumentado em:
Trombocitopenia (plaquetopenia)
Doenças relacionadas a função das plaquetas
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17. ANÁLISES LABORATORIAIS
Prova da Fragilidade Capilar ou Prova do Laço (FC ou PL)
Avalia a permeabilidade ou a fragilidade capilar
Garroteamento do retorno venoso -> aumento da pressão
interna
Valor de referência: 1 – 5 petéquias em 25cm2
Teste positivo: defeito qualitativo ou quantitativo das plaquetas
ou defeito vascular
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18. ANÁLISES LABORATORIAIS
Tempo de Protrombina (TP ou
TaP)
Avalia o tempo de formação do
coágulo a partir da adição de
fator tecidual (tromboplastina)
e cálcio ao plasma
Coleta em tubo de citrato
Referência:
10 – 14”
INR: 0,9 – 1,25
Atividade: 70 – 100%
Aumentado
em: deficiências
dos fatores I, II, V, VII e X
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19. ANÁLISES LABORATORIAIS
Tempo de Tromboplastina
Parcial Ativada (TTPa)
Avalia
o tempo de
coagulação do plamsa na
presença de cefalina e um
ativador
Coleta em tubo de citrato
Referência: 25 – 45”
Aumentado na:
deficiência dos fatores VIII,
IX, X, XI e XII.
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20. ANÁLISES LABORATORIAIS
TP e TTPa podem ser potencialmente patológicos, portanto
os erros pré-analíticos devem ser grandemente evitados. Há
uma grande variedade de possibilidades diagnósticas com a
combinação de resultados.
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21. ANÁLISES LABORATORIAIS
Contagem de Plaquetas
Método automatizados
Tubo de tampa roxa (hemograma)
Contagem falsamente baixa: agregados de plaquetas
coleta demorada, dificuldade na coleta, aspiração muito lenta, demora a
agitação do tubo
Referência: 120.000 - 450.000 /mm3
Trombocitopenia:
diminuição da produção, diluição, transfusão, infecção, medicamentos,
etc.
Trombocitose (plaquetose):
Neoplasia, reacional (anemia, pós-operatório, pós-hemorragia, etc).
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22. OBRIGADO PELA ATENÇÃO
“Muito a aprender você ainda tem.”
Por Master Yoda
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