1. Departamento de Medicina
Serviço de Psiquiatria
Manifestações Psiquiátricas
em HIV
Málen Barroso
Residente em Medicina Interna
R3
Maputo, Janeiro de 2021
2. OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender a prevalência, manifestações e
tratamento de condições psiquiátricas em
pacientes HIV-positivo
• Desenvolver uma compreensão do
relacionamento entre infecção por HIV e
sintomas psiquiátricos
3. Genoma do HIV
• HIV é um vírus de RNA pertencente à família
dos retrovírus humanos (Retroviridae) e à
subfamília dos lentivírus.
Tat-activa
transcrição (P24)
Nef - bloqueia
apoptose e
intensifica a
infectividade
viral.
Vpr- infecta
macrófagos pelo
HIV.
Gp120- adesão
astrócitos
/micróglias.
5. Fisiopatologia
• A entrada do HIV no SNC
ocorre no início do curso
da infecção (alguns dias
ou semanas)
• Em contraste com a
periferia onde o HIV
infecta as células T CD4 +,
no Cérebro, o HIV atinge:
– Astrócitos e macrófagos
perivasculares
– Células microgliais.
• As áreas do cérebro mais
vulneráveis a danos
incluem, mas não estão
limitadas aos
– Gânglios da base,
– Substância branca
subcortical e
– Córtex frontal
6. Mecanismos de entrada:
• Migração de monócitos infectados- “Cavalo de Troia”
• Migração transendotelial de particulas virais/ linfócitos CD4
infectados
7. Fisiopatologia
• A probabilidade de uma determinada síndrome
psiquiátrica se correlaciona com:
– O estágio clínico da infecção por HIV
– Conforme reflectido pela carga viral
– Resposta imune e
– Contagens de linfócitos CD4 +
↓
• Isso, por sua vez, está relacionado:
– à gravidade da imunodeficiência e
– Auto-imunidade e aos
– Níveis séricos e teciduais de citocinas.
8. ESTATÍSTICAS GLOBAIS DE HIV
• 37,6 milhões de pessoas em todo
o mundo viviam com HIV em
2020.
• 1,5 milhão de pessoas foram
infectadas pelo HIV em 2020.
• No final de Dezembro de 2020,
27,4 milhões de pessoas tiveram
acesso ao TARV a
comparativamente aos 7,8
milhões em 2010.
Em Moçambique
• 2,2 milhões de pessoas vivendo
com HIV/SIDA
• Actual taxa de prevalência se
mantém em 13,2% entre a
população com idade entre 14 e
49 anos no país
World Health Organization (WHO).
HIV/AIDS. World Health Organization
(WHO). Available at
https://www.who.int/health-topics/hiv-
8
Prevalência do HIV
9. • Em geral, as pessoas com doenças mentais graves
têm maior risco de contrair o HIV, e a prevalência
de infecção por HIV entre eles é maior do que em
a população em geral:
– um conhecimento reduzido sobre questões
relacionadas ao HIV
– Comportamentos de risco sexual (sexo desprotegido,
prostituição)
– uso indevido de substâncias (incluindo uso de drogas
intravenosas)
Prevalência do HIV
10. Prevalência de condições psiquiátricas
• Depressão (35,6%)
• Abuso de substâncias
• Ansiedade
• Psicose
• Transtorno de ajustamento
• Transtorno afectivo bipolar
• Deficiência Neurocognitivo
também é comum, variando
em gravidade de
assintomático (o mais
frequente) a demência (o
menos frequente)
11. Fase precoce da doença por HIV
No diagnóstico
• ‘…pode ser desorganizadora do ponto de
vista psicológico, biológico e social, e,
por isso, sua aceitação representa um
processo complexo e subjetivo.’
Tomar em consideração aspectos
culturais/ sociais
1º Estágio: negação.
2º Estágio: Raiva.
3º Estágio: Barganha.
4º Estágio: Depressão.
5º Estágio: Aceitação
Importância de qualidade do aconselhamento pré e pós-
teste!
Síndrome Retroviral Agudo
• Ocorre em 60% doentes, 2- 6
semanas após infecção
– Queixas mais frequentes- febre, linfadenopatia,
perda ponderal, etc
• NB: meningite asséptica
Ikarimoto BM et al. Psiquiatria na Prática
Médica. Transtornos psiquiátricos em
pacientes portadores do HIV e AIDS
12. Fase avançada: Distúrbios Neuro-
cognitivos Associados ao HIV
Engloba alterações na memória, concentração, atenção e
função motora
• Em doente HIV- positivo sem ( outra) causa aparente
Classificação: Critério Frascati ( EUA NIH) 2007
• 3 níveis de alteração neurocognitiva e funcional:
Défice neurocognitivo
Distúrbio neurocognitivo leve
Demência associada à HIV
Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology, clinical
manifestations, and diagnosis
13. Manifestação Clínica
• Casos mais graves na doença avançada com baixo CD4 ↓
200 cel/ microL e ↑ carga viral, sem TARV
Demência por HIV
• Caracterizada por disfunção sub- cortical; com alteração de
atenção- concentração, sintomas depressivos, alteração na
velocidade e precisão psicomotora
• Natureza episódica, de início sub- agudo
Dêfice cognitivo
• Alteração na memória, função executiva, ↓ atenção e
concentração, lentificação mental e apatia
– Doente ‘lento e esquecido’. Julgamento preservado
Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology, clinical
manifestations, and diagnosis
14. Alterações comportamentais
• Apatia, falta de motivação
• Outros: Irritabilidade, agitação, insônia, perda de peso
e ansiedade
– Similar à depressão, porém sem disforia
• Pequena proporção pode evoluir para psicose e mania
Alterações motoras
• Redução na rapidez dos movimentos, disdiadokinésia,
hiper-reflexia
Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology, clinical
manifestations, and diagnosis
15. Diagnóstico
• História colhida do doente e família sobre alterações no/a:
– Verbal/ linguagem
– Atenção/ memória
– Abstração/ função executiva
– Aprendizagem
– Velocidade de processamento de informação
Exame físico, NB excluir outras causas da alteração neuro-
cognitiva
• Infecções oportunísticas
Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology, clinical
manifestations, and diagnosis
16. Exames complementares
• Análises de sangue:
– CD4
– Outras patologias: F. Tiroideia, Folato, Vit B12,
Hepatite, Sífilis
• Imagem:
– TAC/MRN: áreas de atrofia- NB núcleo de base e
substância branca
• LCR:
↑ proteínas e carga viral (não- específico)
Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology, clinical
manifestations, and diagnosis
17. Diagnóstico diferencial
• Infecção do CNS
– Toxoplasmose, infecção por JC vírus, encefalite por
CMV, neurosífilis e meningite criptocócica
– Malignidade ( linfomas)
– Outras causas de demência: Alzheimers/
demência vascular
– Défice nutricional- Vit B12 e Folato
– Doenças endócrinas- tiroide e insuficiência
adrenal
– Uso de substância ilícitas/ doença psiquiátrica
Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology, clinical
manifestations, and diagnosis
19. Depressão
Comum em doentes com HIV; associado à não- aderência ao TARV
• Prevalência estimada de 15- 40%
• Sub- diagnosticada e sub- tratada
Aumenta o risco de infecção:
• Intensifica o abuso de substâncias
• Agrava comportamentos auto- destrutivos
– Ex. aumento número de parceiros sexuais/ não uso
de preservativo
Aumenta risco de progressão da doença e mortalidade
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
19
20. Factores de Risco
Relações
sexuais
desprotegidas
Múltiplos
parceiros
sexuais
Uso de drogas
injectáveis
Abuso na
infância
Factores
comportamenta
is
Relações sociais
Ideias suicidas
Perfil de
personalidade
Mulheres
Idade avançada
↑ níveis de HIV-
RNA
Vagrante
Desemprego
Consumo de
drogas
Falta de apoio
social
Factores de risco
para HIV na
Depressão
Factores de risco
comuns
Factores de risco
para Depressão no
HIV
Nanni, MG et al. Depression-in-HIV-Infected-Patients: a Review
21. Patogenia
• Progressão da doença por HIV associado à
↑ risco de desenvolver depressão por:
– Dano directo às áreas sub- corticais
– Neuro- inflamação crônica
– Estresse crônico
– Agravamento da isolação social
– Demoralização intensa
Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients
22. Manifestação Clínica
• Redução do humor, senso de vitalidade e atitude
própria
– Também: irritabilidade, ansiedade, falta de emoção
– Variação do humor diurna
– NB: conhecer o humor usual do doente
• Anedónia
– redução na sensação de prazer, satisfação ou prazer
de fazer actividades
• Dormir, comer, relações sexuais/ trabalho, hobbies,
actividades sociais
• Manifestações neurocognitivas
– Alteração do sono, apetite ou funções somáticas
– NB: ideação suicída
• Queixas somáticas inespecíficas
Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients
23. Abordagem terapêutica
Farmacológica e psicoterapia
Farmacológica
• Tratamento de escolha e resposta similar à doentes sem HIV
• Importante: perfil de efeitos secundários e possíveis
interacções com ARV
• Aderência ao tratamento é a determinante mais importante
(do sucesso) do tratamento
– Iniciar com doses baixas, ↑ gradual; para melhor tolerância à
possíveis efeitos secundários
– Permitir 6- 8 semanas com dose terapêutica para efeitos
terapêuticos
Aderência ao tratamento aumenta aderência ao TARV!!!
Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients
24. Augmentação terapêutica- para resposta parcial ao
tratamento
• Lítio ( pouco recomendado por efeitos secundários)
• Fadiga: Tri-iodotironina
• Outros anti- depressivos/ estabilizadores de humor
• Terapia de luz
Troca de fármaco ( não responde ao tratamento mesmo
com o aumento/ efeitos intoleráveis)
• Outro agente ( pode ser da mesma classe)
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
25. Psicoterapia
Produz melhor resultado terapêutico em combinação com tratamento
farmacológico
• Permite maior controle ao doente
Importante em casos de doentes que associam sintomas de depressão ao
diagnóstico de HIV
• NB: educar o doente da natureza da doença e
necessidade de tratamento
Variantes mais aplicáveis
• Psicoterapia interpessoal
• Psicoterapia cognitiva- comportamental
Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients
26. Mania/ Doença Bipolar
Pode ocorrer como doença psiquiátrica ou entidade
relacionada ao HIV ( Mania associada a SIDA)
• Episódios de mania ↑ risco de infecção por HIV:
– ↑ impulsividade
– ↑ consumo de substâncias ilícitas
• Espectro clínico de doença Bipolar extenso
– Dificulta seu diagnóstico e relacionar ao HIV
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
27. Manifestação Clínica
Episódios de baixo humor (similar à sintomas
depressivos) alternados com episódios de mania
(↑ humor, energia, auto- estima, sensação de
bem- estar e ideias grandiosas)
• ↑ humor:
– + ↑ energia (e ↓ sono): hipomania. Diagnóstico
mais difícil (pode apresentar irritabilidade vs
euforia)
– + (casos graves) sintomas de alteração no
raciocínio/ funcionamento e/ ou psicóticos: mania
Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients
28. Mania associada ao SIDA
Associada à fase avançada de infecção por HIV ( CD4 ↓ 200 cel/microL)
Apresenta como mania e alterações cognitivas em doente sem antecedente
pessoal ou familiar de doença bipolar
• Irritabilidade mais predominante ( vs Euforia)
• Cronicidade ( vs episódica), com pior prognóstico
• Sem períodos de remissão sem tratamento
• Associado à quadro demencial e declínio cognitivo
• NB- ilusão de que estão curados do HIV/ descoberta
da cura
• Uso do TARV reduziu a prevalência desta entidade
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
29. Tratamento
Similar ao tratamento padrão de doença bipolar
• Neurolépticos, lítio, anti- convulsivantes (Ác. Valproico/
Carbamazepina)
Mania secundária ao HIV
• Boa resposta aos neurolépticos
• Atípicos considerados primeira linha por ↓ efeitos
secundários
– Risperidona/ Olanzapina/ Quetiapina
• Mudança na estratégia terapêutica na doença avançada:
– Por aumento de comorbidades e maior envolvimento do SNC
– Maior vulnerabilidade à efeitos tóxicos
– NB- Lítio- efeitos GIT, delírio; Ác. Valproico- hepatotoxicidade
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
30. Esquizofrenia
• Prevalência em doentes com HIV- 4 à 19%
• Não há evidência de casos de esquizofrenia
secundários ao HIV
• Esquizofrenia associado à comportamento de
risco para infecção por HIV
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
32. Consumo de substâncias ilícitas
Abordagem simplificada:
• Aceitação de papel de doente
• Desentoxicação
• Rehabilitação
• Tratamento de comorbidades
• Tratamento de manutenção e prevenção de
relapso
Pieper E et al. Depression, mania, and
schizophrenia in HIV-infected patients
33. Factores Indirectos
• Zidovudina
• Efavirenz
• Raltegravir,
Dolutegravir, e
Elvitegravir
TARV
• Toxoplasmose,
• Meningite
criptocócica
• Linfoma
• Sífilis
Doenças
Oportunísticas
• Interferon
• Metoclopramida
• Propranolol
• Corticosteroids
• Relaxantes musculares
Outros
fármacos
Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients
34. Reacção de ajustamento
• A prevalência de transtorno de ajustamento
entre Indivíduos HIV-positivos variam de 3,8 a
67,6%.
• Sua apresentação é variável, pois pode
frequentemente apresentam sintomas
depressivos ou de ansiedade, ou mesmo com
obsessivo-compulsivo ou sintomas somático
(Puri 2014).
35. Ansiedade
• A prevalência de ansiedade entre soropositivos
indivíduos varia de 4,3 a 44,4%
• Pode preceder a infecção pelo HIV, mas também
pode ser desencadeada por um diagnóstico de
HIV
• Estigma, isolamento social e medo de revelação
pode adicionar aos estressores, tornando o HIV
positivo indivíduos mais vulneráveis à ansiedade
36. Bibliografia
• Ikarimoto BM et al. Psiquiatria na Prática Médica. Transtornos
psiquiátricos em pacientes portadores do HIV e AIDS. Psychiatry on
line Brazil. Nov 2017. Acessado 16/10/19
• De Sousa TGR. Os Lutos da AIDS. Instituto de Psicologia. Acessado
18/10/19
• Richad, E et al. HIV-associated neurocognitive disorders: Epidemiology,
clinical manifestations, and diagnosis. Artigo UptoDate. Acessado
10/10/19
• Pieper E et al. Depression, mania, and schizophrenia in HIV-infected
patients. Artigo UptoDate. Acessado 10/10/19
• Nanni, MG et al. Depression in HIV infected patients: a Review. Current
Psychiatry Reports 2014. Acessado do Semantic Scholar. 10/10/19
Notas do Editor
vírus de ácido ribonucléico
ciclo de vida do HIV-1 começa com a interação entre a glicoproteína gp120 na superfície do vírus e o domínio extracelular N-terminal do receptor CD4, bem como um dos co-receptores, CCR5 ou CXCR4 [11]. A formação desse complexo leva a alterações conformacionais na glicoproteína gp41, que desencadeia a fusão da membrana e a subseqüente entrada do capsídeo viral no citoplasma da célula hospedeira [12]. Após a remoção do revestimento, o capsídeo desaparece, mas pelo menos algumas proteínas de matriz, nucleocapsídeo, transcriptase reversa e integrase e a proteína acessória Vpr permanecem associados para converter o genoma viral em um DNA de fita dupla, que é transportado para o núcleo como parte um complexo de pré-integração [13]. No núcleo, a integrase catalisa a inserção do DNA viral linear de fita dupla no cromossomo da célula hospedeira, criando um provírus [14]. Este provírus serve como um modelo para a síntese de RNAs virais que codificam proteínas estruturais (Gag e Env), enzimas (transcriptase reversa, polimerase e integrase), bem como proteínas regulatórias e acessórias (Tat, Rev, Nef, Vif, Vpu, e Vpr)
Macrófagos → fagocitose
Astrócitos → recaptação de glutamato e regeneração.
Micróglias→ imunidade e tem meia vida prolongada.
O HIV-1 pode alterar a permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE) modificando a expressão de proteínas que participam da manutenção das junções herméticas epiteliais da BHE por meio da acção da proteína viral Tat .
Outra teoria propõe que as partículas virais viajam livremente para o SNC. No caso do HIV-1, as partículas podem atravessar a BBB por transcitose, que é mediada pela proteína do envelope viral gp120. Esse processo também pode ocorrer quando a BBB é alterada por um aumento nas citocinas pró-inflamatórias, conforme demonstrado por um estudo em que a presença do antígeno p24 do HIV-1 no cérebro foi detectada somente após a ruptura da BBB pelo fator de necrose tumoral ( TNF) -α e interleucina (IL) -6.
Outra via de entrada proposta é através de células epiteliais infectadas. Esta teoria está relacionada à teoria do “cavalo de Tróia”, pois as células epiteliais em indivíduos infectados pelo HIV aumentam a expressão de moléculas de adesão como a E-selectina devido à infecção pelo HIV-1 [47] ou pela presença de pessoas infectadas pelo HIV monócitos circulantes
A ausência de disfunção cortical como afasia, agnosia e apraxia ajudam a distinguir de outras patologias como o Alzheimer
A depressão pode preceder
infecção e pode estar associada a fatores de risco
para infecção em primeiro lugar (Sherr 2011). Para
exemplo, a depressão é mais provável de ser encontrada
entre as populações que também estão em maior risco de
contrair HIV (por exemplo, homossexuais, drogas intravenosas
usuários) (Clucas 2011). A depressão também pode surgir Para
exemplo, a depressão é mais provável de ser encontrada
entre as populações que também estão em maior risco de
contrair HIV (por exemplo, homossexuais, drogas intravenosas
usuários) (Clucas 2011). A depressão também pode surgir durante o curso da infecção. Por exemplo,
pode ser desencadeada pelo teste de HIV e recebendo um
resultado positivo, pela divulgação de doença (e / ou sexual
orientação) ou pela perspectiva de levar ao longo da vida
tratamento (Sherr 2011). Como um crônico e ameaçador
doença, a infecção por HIV pode ser estressante
para gerenciar e pode, portanto, aumentar a vulnerabilidade
à depressão (Blank 2013). Infecção por HIV é
frequentemente associado a pessoas em desvantagem social e
populações marginalizadas (por exemplo, devido à raça, etnia
ou status de minoria sexual, pobreza, uso de substâncias,
prostituição ou trauma), que estão em maior risco
para a depressão (Blank 2013). O estigma também pode
contribuir para o desenvolvimento da depressão, em
em particular pelo isolamento social e falta de apoio
(Sherr 2011; Blank 2013). As sequelas médicas
de infecção por HIV, como HAND ou associado
infecções oportunistas, também foram associadas
com depressão (em branco 2013). Em particular,
a depressão é mais frequente nos estágios iniciais de
HIV demência (Puri 2014). Medicamentos anti-retrovirais
e outras drogas usadas no tratamento do HIV
infecção, como efavirenz, interferon, interleucina
(IL) -2, esteróides, zidovudina e vinblastina, são
conhecido por causar depressão ou sintomas depressivos
(Puri 2014), tornando o tratamento da infecção
ainda mais desafiador. Também há evidências de
uma associação entre a progressão da doença e
sintomatologia depressiva (Leserman 2007
Perfil de personalidade: auto- julgamento/ baixo auto- estima/ estilo de attachment insegura/ escore de neurotismo alto)
a infecção de HIV em estágio avançado com CD4 muito baixo
contagens está associado a depressão mais grave
do que a infecção em estágio inicial por causa de um aumento na
Citocinas pró-inflamatórias.
Senso vital: percepção subjectiva de bem estar: como o doente vé a sua própria saúde. Pacientes podem referir estar ’doente’, com sensação de peso no peito, ter ‘falta de força’, e até de estar a ‘morrer’
Podem também sentir culpa, que são ‘maus’, que não merecem o que tem e que decepcionaram os mais próximos
Manifestações neurovegetativas: alteração no sono- com insónia (mais frequente perder o sono cedo) ou aumento do sono. Aumento ou redução no apetite/ ou a comida não tem sabor
Alterações na memória a curto prazo e concentração: manifestam como confusão mental e lentificação no pensamento
Queixas somáticas: cefaleia, queixas gastrointestinais, dor musculo- esquelética ou visceral, sintomas cardíacos, sensação de cabeça leve, vertigem, tinito, fadiga
Evitar fármacos com efeitos GIT em doentes com diarreia crônica/ anti- depressivos tricíclicos; aumentar ingestão de água e fibras ( pelo efeito de obstipação)
Sintomas psicóticos: halucinações, delusões, pensamento desorganizado, agitação psico- motora
Atípicos: eficácia superior não esta provada
Doenças Oportunísticas: causam sintomas depressivos e por vezes depressão major
A infecção por um vírus que não tem cura e pode ser
imprevisivelmente progressivo, compreensivelmente cria
estresse e ansiedade