O documento discute conceitos e modelos relacionados à promoção, prevenção e reabilitação em saúde. Aborda a evolução histórica destes conceitos, os diferentes níveis de prevenção, as ações de promoção da saúde e os modelos de intervenção em saúde, incluindo o modelo do senso comum e como as experiências passadas influenciam as crenças e ações das pessoas em relação à saúde.
4. O conceito de Saúde definido pela OMS é amplo
e não se restringe apenas a ausência de
enfermidades, sendo: “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente
ausência de afeções e enfermidades”.
Envolve ações de promoção, prevenção e
reabilitação
5. Conteúdo
O Que é Promoção de Saúde
Prevenção Em Saúde
Intervenção em Saúde
Reabilitação em Saúde
01
02
03
04
8. “Concepção ampla do
processo Saúde-doença,
articulando saberes técnicos e
populares, mobilizando
recursos públicos,
comunitários e privados”
9. Promoção
da
saúde
Informe Lalonde 1976,
Canada
Saúde: recurso
para a vida e não
como objetivo de
viver
Especial realce aos
recursos pessoais e
sociais de cada
indivíduo
A responsabilidade da
promoção da saúde
NÃO é
exclusivamente do
setor da saúde
Ampla
Envolve os
organismos
estatais,
entre outros,
que tutelam
os sistemas
de saúde
Estes organismos devem se
preocupar em definir políticas,
planos ou programas de saúde
pública, que contemplem
medidas que permitam às
pessoas prevenir determinadas
doenças.
10.
11. ● Pré-Patógeno
● Educação e Motivação Sanitária
● Nutrição conforme o Desenvolvimento humano
● Personalidade (Aconselhamento e Educação)
● Educação Sexual
● Aconselhamento pré-nupcial
● Moradia adequada
● Recreação e lazer
● Ambiente agradável no Trabalho e no Lar
# Não Funciona para doenças crônicas
Concepção inicial
12.
13. Modelos de Sáude
● Inicio insidioso
● Pode estar
relacionado a
patógeno
● Situados em um
tempo mais breve
Doenças Agudas Doenças Crônicas
● Progressão Lenta e longa
duração
● Pode estar relacionado ao
estilo de vida ou fatores
hereditários
● Situada em tempo mais
longo
15. Assenta-se em alguns
pilares:
Comportamentos humanos
cotidianos;
Circunstâncias em que os
sujeitos vivem.
Ambos possuem um grande impacto na vida e
saúde, ou seja, a saúde do homem é fortemente
influenciada por estes fatores
Biologia Humana
Acessibilidade aos Serviços
16. Promoção da saúde
Proteção, manutenção e
aumento da saúde;
Nível operativo: conjunto de
atuações centradas no indivíduo
ou na comunidade;
Promover = educar: instaurar nas
pessoas comportamentos eficazes para a
construção de uma saúde ótima;
Requer: formação de condutas inovadoras, modificação de
atitudes e fomento de crenças positivas a partir de formulações
verbais, campanhas, trabalhos em grupo, intermediação,
intersetorialidade, equipes de saúde interdisciplinares,
multidisciplinares e interprofissionais.
17. ● É posterior à promoção da saúde;
Contribui para:
A diminuição da incidência de
enfermidades;
A diminuição da prevalência.
Como?
Mediante o encurtamento do período de
duração da doença ou a diminuição das
sequelas e complicações da doença.
17
Prevenção de
doenças
18. Incidência
● Medidas de frequência de
ocorrência de doença.
● Quantas pessoas se
tornaram doentes no tempo
X, no lugar X.
Prevalência
● Medidas de frequência de
ocorrência de doença
● Quantas pessoas estão
doentes no tempo X, no
lugar X
18
Número de casos existentes (a soma de
casos novos de doenças e agravos mais
antigos em uma determinada população),
menos as pessoas que morreram e as
pessoas que se curaram.
Número de casos
novos
19.
20.
21.
22. Níveis de prevenção das doenças
Sobre os níveis de intervenção de saúde dos psicólogos, as ações que:
● visam à diminuição da incidência das enfermidades são consideradas
prevenção primária;
● visam à diminuição da prevalência são prevenção secundária;
● visam à diminuição de sequelas e complicações das enfermidades são
prevenção terciária.
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23. 23
Prevenção primária
• Tem como característica central a atuação nos problemas epidemiológicos
da população beneficiária;
• Investe na construção de estilos de vida saudáveis;
• Investe na evitação de comportamentos de riscos;
• Busca desenvolver práticas de prevenção que se prolonguem ou se utilizem
durante toda a vida.
24. 24
Prevenção secundária
• Seu principal objetivo é dar acompanhamento ao paciente ajudando-o no
seguimento de seu tratamento, seja físico ou psicológico, com o objetivo de
prevenir o agravamento da doença;
• Para atuar bem neste nível, os psicólogos da saúde devem lançar mão do
conhecimento produzido mediante investigações das causas e fatores
associados à falta de adesão ao tratamento;
• Conhecer bem as características associadas à falta de adesão a
determinados tratamentos facilita a formulação de programas
preventivos, voltados à proposição de diversas atividades dedicadas a
evitar comportamentos que reforcem a dificuldade de seguimento do
tratamento.
25. 25
Prevenção terciária
• Está involucrada com a assistência aos problemas
de alta complexidade derivados dos outros níveis
de atenção (1º e 2º) e com as pesquisas em saúde;
• Em geral, faz-se nos hospitais. Entretanto, pode
também ser feita nos centros de especialidades;
• A prevenção terciária inclui o seguimento de
pacientes em tratamento clínico, cirúrgico,
quimioterápico e radioterápico.
26. Níveis de intervenção do psicólogo da saúde
Intervenção primária
● Intervenção direta sobre uma queixa detectada em um indivíduo ou em um coletivo
social;
● Trata -se da primeira ação de saúde ante a presença de um problema que deverá
ser identificado e orientado;
● Em seguida, se o caso necessitar de uma intervenção psicológica especializada será
encaminhado a um dos outros níveis de atenção de saúde, já que neste nível a
intervenção nunca deverá ser especializada;
● A intervenção primária do psicólogo na equipe de saúde, ainda que desempenhe um
papel específico, deverá ser realizada numa perspectiva interdisciplinar e
multiprofissional.
26
27. Intervenção secundária
● A intervenção secundária é o campo
tradicionalmente mais conhecido e desenvolvido
tanto da Psicologia como das especialidades
médicas em geral;
● Em termos da Psicologia, possui um fundamento
teórico/prático bem sedimentado na Psicologia Clínica.
Quer dizer, é o campo no qual se utilizam as técnicas
mais tradicionalmente desenvolvidas a exemplo da
psicoterapia.
27
28. Intervenção secundária
● Formas de atuação do psicólogo na intervenção secundária:
oferecer as assistências psicoterápicas em suas várias
modalidades em todas as idades;
realizar psicodiagnósticos diferenciais (mediante o uso de testes
ou por meio de diagnósticos descritivos fenomenológicos);
elaborar pareceres para responder às demandas de outros
profissionais, inclusive para a justiça;
realizar orientação e propor atividades de suporte social;
atuar em conjunto com os demais profissionais de saúde e equipes
de saúde básica e especializada;
fazer encaminhamento de pacientes a outros especialistas e
serviços;
elaborar em conjunto com a equipe multiprofissional programas de
seguimento/adesão de tratamentos médicos (enfermidades
crônicas, enfermidades mentais, cânceres etc.);
reunir e empregar o conhecimento da neuropsicologia, já que este
é decisivo nos cuidados das demências e nas sequelas dos
traumatismos do crânio.
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29. Intervenção terciária
● A intervenção de terceiro nível, no âmbito da Psicologia d a
Saúde, tem na pesquisa uma de suas mais importantes
atividades;
● O psicólogo da saúde investiga os fatores biopsicossociais que
intervêm na etiologia dos problemas de saúde, analisando como o
entorno sociocultural afeta a saúde/ doença/cuidado/vida/morte
em consequência dos estilos de vida;
● As atividades de investigação do psicólogo da saúde estão muito
relacionadas com as assistências desenvolvidas nos hospitais, e
os temas onde se encontram o maior número de pesquisas se
relacionam com a investigação dos diversos tipos de cânceres,
das doenças infecto-contagiosas, das enfermidades provenientes
de lesões medulares, das enfermidades pediátricas, dos
problemas originários de setor de ginecologia e obstetrícia;
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30. Intervenção terciária
● Atividades que podem ser realizadas na prevenção e intervenção terciária:
apoiar e orientar os pacientes hospitalizados;
apoiar e orientar as famílias de pacientes hospitalizados;
atuar nos cuidados paliativos;
assistir os profissionais de saúde – cuidar dos cuidadores;
fazer consulta/interconsulta com outras equipes de saúde;
desenvolver atividades com crianças (recreação, por exemplo);
preparar os enfermos para as cirurgias;
assistir os pacientes hospitalizados em UTI;
estimular as crianças ingressadas em UTI neonatal;
orientar as mães das crianças hospitalizadas;
atuar nas urgências psicológicas através de plantões em serviços;
substitutivos aos hospitais psiquiátricos (Centros de Assistência Psicossocial -
CAPS, Residências Terapêuticas, Centros de dia para idosos e outros);
priorizar o desenvolvimento das atividades de pesquisa do s processos
psicossociais da saúde-doença.
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31. Reabilitação
● Reabilitação é processo de consolidação de objetivos
terapêuticos não caracterizando área de exclusividade
profissional;
● Trata-se de uma proposta de atuação multiprofissional e
interdisciplinar, composto por um conjunto de medidas que
ajudam pessoas com deficiências ou prestes a adquirir
deficiências a terem e manterem uma funcionalidade ideal
(física, sensorial, intelectual, psicológica e social) na interação
com seu ambiente, fornecendo as ferramentas que necessitam
para atingir a independência e a autodeterminação;
31
32. 32
O processo de reabilitação
Identificar problemas e
necessidades
Avaliar efeitos
Definir problemas e mediadores-
alvo;
Selecionar as medidas
adequadas
Planejar, implementar e
coordenar intervenções
Relacionar os problemas
aos fatores modificáveis e
limitantes
35. Em vez de investigar ideias
abstratas através de
autorelato (e.g., vulnerabilidade
percebida, grau de severidade da
doença)....
Busca referencias
comportamentais e
percebidas dos conceitos
abstratos e suas interações
Fornece uma estrutura para
entender o processo para
descrever e entender o início
e a manutenção de ameaças
as saúde.
Entender as interações
dinâmicas entre as variavéis
que controlam os
comportamentos de saude.
“What they see and Do”
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Conceito- “Modelo do senso
comum”
38. Características dos Protótipos e representações
38
Representações
1. Identidade
2. Tempo
3. Consequências
4. Causas
5. Controle (self vs.
Medico)
39. Desenvolvimento Histórico-
Experiências diárias antecedentes a ação
● Estudo longitudinal desenvolvido durante a epidemia
de gripe asiática (1957) Prever vacinação ou
buscar ajuda
● Aplicaram o HBM para avaliar vulnerabilidade
percebida e crenças sobre severidade
● Modificaram de uma maneira importante =
buscararam experiências concretas suas ou de
familiars com a doença (Leventhal et al., 1960) 39
40. Resultados
40
● Crença na Sucetibilidade e na Severidade da
doença foram dependentes de ter pegado gripe
ou ser exposto a doença por familiars, mas as
pistas também foram importantes
● Metade dos participantes procuraram medico
quando alguem estava doente, e quase a
metade, foram a farmácia
● Crenças e ações dependeram da experiência
41. Referências:
P M. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia, D; Freitas, C M de. Promoção da
saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2003. p.15-38.
:
Capítulos 2 (Health beliefs), 3 (Ilness cognitions) e 4 (Health professional-patient
communications and the role of health beliefs) Ogden, J. (2012). Health Psychology: A Textbook (5th ed.). New
York, USA: Open University Press. |
Capitulo 3 Crenças de saúde e cognições de doenças. Em: Kern de Castro, E. & Remor, E. (2018) Bases Teóricas
da Psicologia da Saúde. Editora Appris: Curitiba, PR.
ALVES, RF., and EULÁLIO, MC. Abrangência e níveis de aplicação da Psicologia da Saúde. In
ALVES, RF., org. Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa [online]. Campina Grande:
EDUEPB, 2011. pp. 65-88. ISBN 978-85-7879-192-6. Available from SciELO Books
Leventhal, H., Phillips, L. A., & Burns, E. (2016). The Common-Sense Model of Self-Regulation (CSM): A
dynamic framework for understanding illness self-management. Journal of behavioral medicine, 39(6), 935-
946.