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Promoção, Prevenção
e Reabilitação em
Saúde
Me. Valmir Vasconcelos
Psicologia e Saúde- ULBRA
Evolução do Conceito
Estatística,
Revolução
Industrial,
Epidemiologia
Guerras,
Seguro
Social
Vacinação
Modelo Bio-
Psico-
Social
Sec. XVIII Sec. XIX
Sec. XX XXI
Guerras,
Medidas
Ambientais,
OMS
Saúde- Fenômeno Multifatorial
Temperamento,
Comportamento
Crenças,
Personalidade,
Estilo de Vida ,
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Saneamento,
Ambiente Condições
soecieconômicas,
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Resilência,
Herdabilidade,
Estilo de Vida,
Patógenos
Saúde
Biológicos
Psicológico
s
Ambientais
O conceito de Saúde definido pela OMS é amplo
e não se restringe apenas a ausência de
enfermidades, sendo: “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente
ausência de afeções e enfermidades”.
Envolve ações de promoção, prevenção e
reabilitação
Conteúdo
O Que é Promoção de Saúde
Prevenção Em Saúde
Intervenção em Saúde
Reabilitação em Saúde
01
02
03
04
O que é
Promoção de
Saúde
01
Promoção em Saúde
47 04 23 7
Menti.
com
“Concepção ampla do
processo Saúde-doença,
articulando saberes técnicos e
populares, mobilizando
recursos públicos,
comunitários e privados”
Promoção
da
saúde
Informe Lalonde 1976,
Canada
Saúde: recurso
para a vida e não
como objetivo de
viver
Especial realce aos
recursos pessoais e
sociais de cada
indivíduo
A responsabilidade da
promoção da saúde
NÃO é
exclusivamente do
setor da saúde
Ampla
Envolve os
organismos
estatais,
entre outros,
que tutelam
os sistemas
de saúde
Estes organismos devem se
preocupar em definir políticas,
planos ou programas de saúde
pública, que contemplem
medidas que permitam às
pessoas prevenir determinadas
doenças.
● Pré-Patógeno
● Educação e Motivação Sanitária
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● Educação Sexual
● Aconselhamento pré-nupcial
● Moradia adequada
● Recreação e lazer
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# Não Funciona para doenças crônicas
Concepção inicial
Modelos de Sáude
● Inicio insidioso
● Pode estar
relacionado a
patógeno
● Situados em um
tempo mais breve
Doenças Agudas Doenças Crônicas
● Progressão Lenta e longa
duração
● Pode estar relacionado ao
estilo de vida ou fatores
hereditários
● Situada em tempo mais
longo
Ações de
promoção da
saúde
Coletivas
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estatais
Ações
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Individuais
Cada pessoa
por si
Assenta-se em alguns
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Comportamentos humanos
cotidianos;
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sujeitos vivem.
Ambos possuem um grande impacto na vida e
saúde, ou seja, a saúde do homem é fortemente
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Biologia Humana
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Promoção da saúde
Proteção, manutenção e
aumento da saúde;
Nível operativo: conjunto de
atuações centradas no indivíduo
ou na comunidade;
Promover = educar: instaurar nas
pessoas comportamentos eficazes para a
construção de uma saúde ótima;
Requer: formação de condutas inovadoras, modificação de
atitudes e fomento de crenças positivas a partir de formulações
verbais, campanhas, trabalhos em grupo, intermediação,
intersetorialidade, equipes de saúde interdisciplinares,
multidisciplinares e interprofissionais.
● É posterior à promoção da saúde;
Contribui para:
A diminuição da incidência de
enfermidades;
A diminuição da prevalência.
Como?
Mediante o encurtamento do período de
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17
Prevenção de
doenças
Incidência
● Medidas de frequência de
ocorrência de doença.
● Quantas pessoas se
tornaram doentes no tempo
X, no lugar X.
Prevalência
● Medidas de frequência de
ocorrência de doença
● Quantas pessoas estão
doentes no tempo X, no
lugar X
18
Número de casos existentes (a soma de
casos novos de doenças e agravos mais
antigos em uma determinada população),
menos as pessoas que morreram e as
pessoas que se curaram.
Número de casos
novos
Níveis de prevenção das doenças
Sobre os níveis de intervenção de saúde dos psicólogos, as ações que:
● visam à diminuição da incidência das enfermidades são consideradas
prevenção primária;
● visam à diminuição da prevalência são prevenção secundária;
● visam à diminuição de sequelas e complicações das enfermidades são
prevenção terciária.
22
23
Prevenção primária
• Tem como característica central a atuação nos problemas epidemiológicos
da população beneficiária;
• Investe na construção de estilos de vida saudáveis;
• Investe na evitação de comportamentos de riscos;
• Busca desenvolver práticas de prevenção que se prolonguem ou se utilizem
durante toda a vida.
24
Prevenção secundária
• Seu principal objetivo é dar acompanhamento ao paciente ajudando-o no
seguimento de seu tratamento, seja físico ou psicológico, com o objetivo de
prevenir o agravamento da doença;
• Para atuar bem neste nível, os psicólogos da saúde devem lançar mão do
conhecimento produzido mediante investigações das causas e fatores
associados à falta de adesão ao tratamento;
• Conhecer bem as características associadas à falta de adesão a
determinados tratamentos facilita a formulação de programas
preventivos, voltados à proposição de diversas atividades dedicadas a
evitar comportamentos que reforcem a dificuldade de seguimento do
tratamento.
25
Prevenção terciária
• Está involucrada com a assistência aos problemas
de alta complexidade derivados dos outros níveis
de atenção (1º e 2º) e com as pesquisas em saúde;
• Em geral, faz-se nos hospitais. Entretanto, pode
também ser feita nos centros de especialidades;
• A prevenção terciária inclui o seguimento de
pacientes em tratamento clínico, cirúrgico,
quimioterápico e radioterápico.
Níveis de intervenção do psicólogo da saúde
Intervenção primária
● Intervenção direta sobre uma queixa detectada em um indivíduo ou em um coletivo
social;
● Trata -se da primeira ação de saúde ante a presença de um problema que deverá
ser identificado e orientado;
● Em seguida, se o caso necessitar de uma intervenção psicológica especializada será
encaminhado a um dos outros níveis de atenção de saúde, já que neste nível a
intervenção nunca deverá ser especializada;
● A intervenção primária do psicólogo na equipe de saúde, ainda que desempenhe um
papel específico, deverá ser realizada numa perspectiva interdisciplinar e
multiprofissional.
26
Intervenção secundária
● A intervenção secundária é o campo
tradicionalmente mais conhecido e desenvolvido
tanto da Psicologia como das especialidades
médicas em geral;
● Em termos da Psicologia, possui um fundamento
teórico/prático bem sedimentado na Psicologia Clínica.
Quer dizer, é o campo no qual se utilizam as técnicas
mais tradicionalmente desenvolvidas a exemplo da
psicoterapia.
27
Intervenção secundária
● Formas de atuação do psicólogo na intervenção secundária:
 oferecer as assistências psicoterápicas em suas várias
modalidades em todas as idades;
 realizar psicodiagnósticos diferenciais (mediante o uso de testes
ou por meio de diagnósticos descritivos fenomenológicos);
 elaborar pareceres para responder às demandas de outros
profissionais, inclusive para a justiça;
 realizar orientação e propor atividades de suporte social;
 atuar em conjunto com os demais profissionais de saúde e equipes
de saúde básica e especializada;
 fazer encaminhamento de pacientes a outros especialistas e
serviços;
 elaborar em conjunto com a equipe multiprofissional programas de
seguimento/adesão de tratamentos médicos (enfermidades
crônicas, enfermidades mentais, cânceres etc.);
 reunir e empregar o conhecimento da neuropsicologia, já que este
é decisivo nos cuidados das demências e nas sequelas dos
traumatismos do crânio.
28
Intervenção terciária
● A intervenção de terceiro nível, no âmbito da Psicologia d a
Saúde, tem na pesquisa uma de suas mais importantes
atividades;
● O psicólogo da saúde investiga os fatores biopsicossociais que
intervêm na etiologia dos problemas de saúde, analisando como o
entorno sociocultural afeta a saúde/ doença/cuidado/vida/morte
em consequência dos estilos de vida;
● As atividades de investigação do psicólogo da saúde estão muito
relacionadas com as assistências desenvolvidas nos hospitais, e
os temas onde se encontram o maior número de pesquisas se
relacionam com a investigação dos diversos tipos de cânceres,
das doenças infecto-contagiosas, das enfermidades provenientes
de lesões medulares, das enfermidades pediátricas, dos
problemas originários de setor de ginecologia e obstetrícia;
29
Intervenção terciária
● Atividades que podem ser realizadas na prevenção e intervenção terciária:
apoiar e orientar os pacientes hospitalizados;
apoiar e orientar as famílias de pacientes hospitalizados;
atuar nos cuidados paliativos;
assistir os profissionais de saúde – cuidar dos cuidadores;
fazer consulta/interconsulta com outras equipes de saúde;
desenvolver atividades com crianças (recreação, por exemplo);
preparar os enfermos para as cirurgias;
assistir os pacientes hospitalizados em UTI;
estimular as crianças ingressadas em UTI neonatal;
orientar as mães das crianças hospitalizadas;
atuar nas urgências psicológicas através de plantões em serviços;
substitutivos aos hospitais psiquiátricos (Centros de Assistência Psicossocial -
CAPS, Residências Terapêuticas, Centros de dia para idosos e outros);
priorizar o desenvolvimento das atividades de pesquisa do s processos
psicossociais da saúde-doença.
30
Reabilitação
● Reabilitação é processo de consolidação de objetivos
terapêuticos não caracterizando área de exclusividade
profissional;
● Trata-se de uma proposta de atuação multiprofissional e
interdisciplinar, composto por um conjunto de medidas que
ajudam pessoas com deficiências ou prestes a adquirir
deficiências a terem e manterem uma funcionalidade ideal
(física, sensorial, intelectual, psicológica e social) na interação
com seu ambiente, fornecendo as ferramentas que necessitam
para atingir a independência e a autodeterminação;
31
32
O processo de reabilitação
Identificar problemas e
necessidades
Avaliar efeitos
Definir problemas e mediadores-
alvo;
Selecionar as medidas
adequadas
Planejar, implementar e
coordenar intervenções
Relacionar os problemas
aos fatores modificáveis e
limitantes
Modelos de
intervenção!
Riscos Vs. Barreiras
percebidas
Ameaças
Percebidas
Autoeficácia
Pistas para Ação
Probaibilidade de Engajar-se em
um comportamento Promotor de
Sáude
Variáveis
Modificadoras
Seriedade
Percebida
Sucetibilidade
Percebida
Em vez de investigar ideias
abstratas através de
autorelato (e.g., vulnerabilidade
percebida, grau de severidade da
doença)....
Busca referencias
comportamentais e
percebidas dos conceitos
abstratos e suas interações
Fornece uma estrutura para
entender o processo para
descrever e entender o início
e a manutenção de ameaças
as saúde.
 Entender as interações
dinâmicas entre as variavéis
que controlam os
comportamentos de saude.
“What they see and Do”
35
Conceito- “Modelo do senso
comum”
● Conceitos Principais- Protótipos
36
Protótipo
“resfriado”
Protótipo
“normal”
Memória =
Experiências
passadas
Sensações
Somáticas
Prejuízo
Funcional
Tratamento
37
Representaçõ
es
Respost
a
Protótipos
Memória
Modelos
Mentais
Estímulo
(desvios de um self
“normal”)
Características dos Protótipos e representações
38
Representações
1. Identidade
2. Tempo
3. Consequências
4. Causas
5. Controle (self vs.
Medico)
Desenvolvimento Histórico-
Experiências diárias antecedentes a ação
● Estudo longitudinal desenvolvido durante a epidemia
de gripe asiática (1957) Prever vacinação ou
buscar ajuda
● Aplicaram o HBM para avaliar vulnerabilidade
percebida e crenças sobre severidade
● Modificaram de uma maneira importante =
buscararam experiências concretas suas ou de
familiars com a doença (Leventhal et al., 1960) 39
Resultados
40
● Crença na Sucetibilidade e na Severidade da
doença foram dependentes de ter pegado gripe
ou ser exposto a doença por familiars, mas as
pistas também foram importantes
● Metade dos participantes procuraram medico
quando alguem estava doente, e quase a
metade, foram a farmácia
● Crenças e ações dependeram da experiência
Referências:
P M. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia, D; Freitas, C M de. Promoção da
saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2003. p.15-38.
:
Capítulos 2 (Health beliefs), 3 (Ilness cognitions) e 4 (Health professional-patient
communications and the role of health beliefs) Ogden, J. (2012). Health Psychology: A Textbook (5th ed.). New
York, USA: Open University Press. |
Capitulo 3 Crenças de saúde e cognições de doenças. Em: Kern de Castro, E. & Remor, E. (2018) Bases Teóricas
da Psicologia da Saúde. Editora Appris: Curitiba, PR.
ALVES, RF., and EULÁLIO, MC. Abrangência e níveis de aplicação da Psicologia da Saúde. In
ALVES, RF., org. Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa [online]. Campina Grande:
EDUEPB, 2011. pp. 65-88. ISBN 978-85-7879-192-6. Available from SciELO Books
Leventhal, H., Phillips, L. A., & Burns, E. (2016). The Common-Sense Model of Self-Regulation (CSM): A
dynamic framework for understanding illness self-management. Journal of behavioral medicine, 39(6), 935-
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Promoção, Prevenção e Reabilitação em Saúde: Conceitos e Níveis de Intervenção

  • 1. Promoção, Prevenção e Reabilitação em Saúde Me. Valmir Vasconcelos Psicologia e Saúde- ULBRA
  • 2. Evolução do Conceito Estatística, Revolução Industrial, Epidemiologia Guerras, Seguro Social Vacinação Modelo Bio- Psico- Social Sec. XVIII Sec. XIX Sec. XX XXI Guerras, Medidas Ambientais, OMS
  • 3. Saúde- Fenômeno Multifatorial Temperamento, Comportamento Crenças, Personalidade, Estilo de Vida , Apoio Saneamento, Ambiente Condições soecieconômicas, acessibilidade, Vulnerabilidade, Resilência, Herdabilidade, Estilo de Vida, Patógenos Saúde Biológicos Psicológico s Ambientais
  • 4. O conceito de Saúde definido pela OMS é amplo e não se restringe apenas a ausência de enfermidades, sendo: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. Envolve ações de promoção, prevenção e reabilitação
  • 5. Conteúdo O Que é Promoção de Saúde Prevenção Em Saúde Intervenção em Saúde Reabilitação em Saúde 01 02 03 04
  • 6. O que é Promoção de Saúde 01
  • 7. Promoção em Saúde 47 04 23 7 Menti. com
  • 8. “Concepção ampla do processo Saúde-doença, articulando saberes técnicos e populares, mobilizando recursos públicos, comunitários e privados”
  • 9. Promoção da saúde Informe Lalonde 1976, Canada Saúde: recurso para a vida e não como objetivo de viver Especial realce aos recursos pessoais e sociais de cada indivíduo A responsabilidade da promoção da saúde NÃO é exclusivamente do setor da saúde Ampla Envolve os organismos estatais, entre outros, que tutelam os sistemas de saúde Estes organismos devem se preocupar em definir políticas, planos ou programas de saúde pública, que contemplem medidas que permitam às pessoas prevenir determinadas doenças.
  • 10.
  • 11. ● Pré-Patógeno ● Educação e Motivação Sanitária ● Nutrição conforme o Desenvolvimento humano ● Personalidade (Aconselhamento e Educação) ● Educação Sexual ● Aconselhamento pré-nupcial ● Moradia adequada ● Recreação e lazer ● Ambiente agradável no Trabalho e no Lar # Não Funciona para doenças crônicas Concepção inicial
  • 12.
  • 13. Modelos de Sáude ● Inicio insidioso ● Pode estar relacionado a patógeno ● Situados em um tempo mais breve Doenças Agudas Doenças Crônicas ● Progressão Lenta e longa duração ● Pode estar relacionado ao estilo de vida ou fatores hereditários ● Situada em tempo mais longo
  • 14. Ações de promoção da saúde Coletivas Ações de organismos estatais Ações empresariais Individuais Cada pessoa por si
  • 15. Assenta-se em alguns pilares: Comportamentos humanos cotidianos; Circunstâncias em que os sujeitos vivem. Ambos possuem um grande impacto na vida e saúde, ou seja, a saúde do homem é fortemente influenciada por estes fatores Biologia Humana Acessibilidade aos Serviços
  • 16. Promoção da saúde Proteção, manutenção e aumento da saúde; Nível operativo: conjunto de atuações centradas no indivíduo ou na comunidade; Promover = educar: instaurar nas pessoas comportamentos eficazes para a construção de uma saúde ótima; Requer: formação de condutas inovadoras, modificação de atitudes e fomento de crenças positivas a partir de formulações verbais, campanhas, trabalhos em grupo, intermediação, intersetorialidade, equipes de saúde interdisciplinares, multidisciplinares e interprofissionais.
  • 17. ● É posterior à promoção da saúde; Contribui para: A diminuição da incidência de enfermidades; A diminuição da prevalência. Como? Mediante o encurtamento do período de duração da doença ou a diminuição das sequelas e complicações da doença. 17 Prevenção de doenças
  • 18. Incidência ● Medidas de frequência de ocorrência de doença. ● Quantas pessoas se tornaram doentes no tempo X, no lugar X. Prevalência ● Medidas de frequência de ocorrência de doença ● Quantas pessoas estão doentes no tempo X, no lugar X 18 Número de casos existentes (a soma de casos novos de doenças e agravos mais antigos em uma determinada população), menos as pessoas que morreram e as pessoas que se curaram. Número de casos novos
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Níveis de prevenção das doenças Sobre os níveis de intervenção de saúde dos psicólogos, as ações que: ● visam à diminuição da incidência das enfermidades são consideradas prevenção primária; ● visam à diminuição da prevalência são prevenção secundária; ● visam à diminuição de sequelas e complicações das enfermidades são prevenção terciária. 22
  • 23. 23 Prevenção primária • Tem como característica central a atuação nos problemas epidemiológicos da população beneficiária; • Investe na construção de estilos de vida saudáveis; • Investe na evitação de comportamentos de riscos; • Busca desenvolver práticas de prevenção que se prolonguem ou se utilizem durante toda a vida.
  • 24. 24 Prevenção secundária • Seu principal objetivo é dar acompanhamento ao paciente ajudando-o no seguimento de seu tratamento, seja físico ou psicológico, com o objetivo de prevenir o agravamento da doença; • Para atuar bem neste nível, os psicólogos da saúde devem lançar mão do conhecimento produzido mediante investigações das causas e fatores associados à falta de adesão ao tratamento; • Conhecer bem as características associadas à falta de adesão a determinados tratamentos facilita a formulação de programas preventivos, voltados à proposição de diversas atividades dedicadas a evitar comportamentos que reforcem a dificuldade de seguimento do tratamento.
  • 25. 25 Prevenção terciária • Está involucrada com a assistência aos problemas de alta complexidade derivados dos outros níveis de atenção (1º e 2º) e com as pesquisas em saúde; • Em geral, faz-se nos hospitais. Entretanto, pode também ser feita nos centros de especialidades; • A prevenção terciária inclui o seguimento de pacientes em tratamento clínico, cirúrgico, quimioterápico e radioterápico.
  • 26. Níveis de intervenção do psicólogo da saúde Intervenção primária ● Intervenção direta sobre uma queixa detectada em um indivíduo ou em um coletivo social; ● Trata -se da primeira ação de saúde ante a presença de um problema que deverá ser identificado e orientado; ● Em seguida, se o caso necessitar de uma intervenção psicológica especializada será encaminhado a um dos outros níveis de atenção de saúde, já que neste nível a intervenção nunca deverá ser especializada; ● A intervenção primária do psicólogo na equipe de saúde, ainda que desempenhe um papel específico, deverá ser realizada numa perspectiva interdisciplinar e multiprofissional. 26
  • 27. Intervenção secundária ● A intervenção secundária é o campo tradicionalmente mais conhecido e desenvolvido tanto da Psicologia como das especialidades médicas em geral; ● Em termos da Psicologia, possui um fundamento teórico/prático bem sedimentado na Psicologia Clínica. Quer dizer, é o campo no qual se utilizam as técnicas mais tradicionalmente desenvolvidas a exemplo da psicoterapia. 27
  • 28. Intervenção secundária ● Formas de atuação do psicólogo na intervenção secundária:  oferecer as assistências psicoterápicas em suas várias modalidades em todas as idades;  realizar psicodiagnósticos diferenciais (mediante o uso de testes ou por meio de diagnósticos descritivos fenomenológicos);  elaborar pareceres para responder às demandas de outros profissionais, inclusive para a justiça;  realizar orientação e propor atividades de suporte social;  atuar em conjunto com os demais profissionais de saúde e equipes de saúde básica e especializada;  fazer encaminhamento de pacientes a outros especialistas e serviços;  elaborar em conjunto com a equipe multiprofissional programas de seguimento/adesão de tratamentos médicos (enfermidades crônicas, enfermidades mentais, cânceres etc.);  reunir e empregar o conhecimento da neuropsicologia, já que este é decisivo nos cuidados das demências e nas sequelas dos traumatismos do crânio. 28
  • 29. Intervenção terciária ● A intervenção de terceiro nível, no âmbito da Psicologia d a Saúde, tem na pesquisa uma de suas mais importantes atividades; ● O psicólogo da saúde investiga os fatores biopsicossociais que intervêm na etiologia dos problemas de saúde, analisando como o entorno sociocultural afeta a saúde/ doença/cuidado/vida/morte em consequência dos estilos de vida; ● As atividades de investigação do psicólogo da saúde estão muito relacionadas com as assistências desenvolvidas nos hospitais, e os temas onde se encontram o maior número de pesquisas se relacionam com a investigação dos diversos tipos de cânceres, das doenças infecto-contagiosas, das enfermidades provenientes de lesões medulares, das enfermidades pediátricas, dos problemas originários de setor de ginecologia e obstetrícia; 29
  • 30. Intervenção terciária ● Atividades que podem ser realizadas na prevenção e intervenção terciária: apoiar e orientar os pacientes hospitalizados; apoiar e orientar as famílias de pacientes hospitalizados; atuar nos cuidados paliativos; assistir os profissionais de saúde – cuidar dos cuidadores; fazer consulta/interconsulta com outras equipes de saúde; desenvolver atividades com crianças (recreação, por exemplo); preparar os enfermos para as cirurgias; assistir os pacientes hospitalizados em UTI; estimular as crianças ingressadas em UTI neonatal; orientar as mães das crianças hospitalizadas; atuar nas urgências psicológicas através de plantões em serviços; substitutivos aos hospitais psiquiátricos (Centros de Assistência Psicossocial - CAPS, Residências Terapêuticas, Centros de dia para idosos e outros); priorizar o desenvolvimento das atividades de pesquisa do s processos psicossociais da saúde-doença. 30
  • 31. Reabilitação ● Reabilitação é processo de consolidação de objetivos terapêuticos não caracterizando área de exclusividade profissional; ● Trata-se de uma proposta de atuação multiprofissional e interdisciplinar, composto por um conjunto de medidas que ajudam pessoas com deficiências ou prestes a adquirir deficiências a terem e manterem uma funcionalidade ideal (física, sensorial, intelectual, psicológica e social) na interação com seu ambiente, fornecendo as ferramentas que necessitam para atingir a independência e a autodeterminação; 31
  • 32. 32 O processo de reabilitação Identificar problemas e necessidades Avaliar efeitos Definir problemas e mediadores- alvo; Selecionar as medidas adequadas Planejar, implementar e coordenar intervenções Relacionar os problemas aos fatores modificáveis e limitantes
  • 34. Riscos Vs. Barreiras percebidas Ameaças Percebidas Autoeficácia Pistas para Ação Probaibilidade de Engajar-se em um comportamento Promotor de Sáude Variáveis Modificadoras Seriedade Percebida Sucetibilidade Percebida
  • 35. Em vez de investigar ideias abstratas através de autorelato (e.g., vulnerabilidade percebida, grau de severidade da doença).... Busca referencias comportamentais e percebidas dos conceitos abstratos e suas interações Fornece uma estrutura para entender o processo para descrever e entender o início e a manutenção de ameaças as saúde.  Entender as interações dinâmicas entre as variavéis que controlam os comportamentos de saude. “What they see and Do” 35 Conceito- “Modelo do senso comum”
  • 36. ● Conceitos Principais- Protótipos 36 Protótipo “resfriado” Protótipo “normal” Memória = Experiências passadas Sensações Somáticas Prejuízo Funcional Tratamento
  • 38. Características dos Protótipos e representações 38 Representações 1. Identidade 2. Tempo 3. Consequências 4. Causas 5. Controle (self vs. Medico)
  • 39. Desenvolvimento Histórico- Experiências diárias antecedentes a ação ● Estudo longitudinal desenvolvido durante a epidemia de gripe asiática (1957) Prever vacinação ou buscar ajuda ● Aplicaram o HBM para avaliar vulnerabilidade percebida e crenças sobre severidade ● Modificaram de uma maneira importante = buscararam experiências concretas suas ou de familiars com a doença (Leventhal et al., 1960) 39
  • 40. Resultados 40 ● Crença na Sucetibilidade e na Severidade da doença foram dependentes de ter pegado gripe ou ser exposto a doença por familiars, mas as pistas também foram importantes ● Metade dos participantes procuraram medico quando alguem estava doente, e quase a metade, foram a farmácia ● Crenças e ações dependeram da experiência
  • 41. Referências: P M. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia, D; Freitas, C M de. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2003. p.15-38. : Capítulos 2 (Health beliefs), 3 (Ilness cognitions) e 4 (Health professional-patient communications and the role of health beliefs) Ogden, J. (2012). Health Psychology: A Textbook (5th ed.). New York, USA: Open University Press. | Capitulo 3 Crenças de saúde e cognições de doenças. Em: Kern de Castro, E. & Remor, E. (2018) Bases Teóricas da Psicologia da Saúde. Editora Appris: Curitiba, PR. ALVES, RF., and EULÁLIO, MC. Abrangência e níveis de aplicação da Psicologia da Saúde. In ALVES, RF., org. Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2011. pp. 65-88. ISBN 978-85-7879-192-6. Available from SciELO Books Leventhal, H., Phillips, L. A., & Burns, E. (2016). The Common-Sense Model of Self-Regulation (CSM): A dynamic framework for understanding illness self-management. Journal of behavioral medicine, 39(6), 935- 946.